Templo de Zhenguo
Templo de Zhenguo 镇国寺 | |
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Salão Wanfo no Templo de Zhenguo | |
Informações gerais | |
Tipo | templo budista |
Construção | 963 |
Área | 1,45 hectare, 3,85 hectare |
Património Mundial | |
Critérios | ii, iii, iv |
Ano | 1997 |
Referência | 812 en fr es |
Geografia | |
País | China |
Localização | Antiga cidade de Pingyao |
Província | Shanxi |
Coordenadas | 37° 17′ 06″ N, 112° 16′ 44″ L |
Localização em mapa dinâmico |
Templo de Zhenguo (chinês tradicional: 镇國寺, chinês simplificado: 镇国寺, pinyin: Zhèn Gúo Sì) é um templo budista localizado a 10 km de Pingyao na aldeia de Hadongcun, na província chinesa de Shanxi. O mais antigo cómodo do templo é o Salão Wanfo, construído em 963 durante a Dinastia Han. Caracteriza-se por possuir grandes suportes dougong, que sustentam o telhado e os seus beirais. As esculturas nele existentes estão entre os únicos exemplos de escultura budista do século X da China.
História
[editar | editar código-fonte]A história do templo começou no ano de 963, quando inaugurada a construção do Salão Wanfo (em chinês: 万佛殿). Essa data foi escrita numa viga do compartimento, sendo também a data dada por uma história local de Pingyao, escrita no século X o que comprova efectivamente a época da sua fundação. A estela do templo, gravada em 1819, também confirma esta data.[1][2] O Salão Wanfo é o mais antigo bloco do Templo de Zhenguo e é o único edifício sobrevivente que remonta à curta duração da dinastia Han do Norte.[3] Embora pouco se conheça sobre a história do templo, as estelas confirmam que este foi renovado em 1540 e 1816.[4] Apesar dos sucessivos reparos ao longo das dinastias, a sua aparência original ainda vigora. No templo, existem esculturas com as cores das Cinco Dinastias, consideradas particularmente raras em toda a China.[1] Na história da China, o período das Cinco Dinastias teve curtíssima duração, o que, portanto, comprometeu a sua cultura ao pouco que chegou até ao dias de hoje. O Salão Wanfo e as suas coloridas esculturas proveram evidências extremamente preciosas para as pesquisas sobre a história da arquitetura chinesa, assim como a história da escultura no país.[1] Em 1997, juntamente com a cidade de Pingyao e o Templo de Shuanglin, este templo foi declarado Património da Humanidade pela UNESCO enquanto Antiga Cidade de Pingyao.[5][6]
Projeto
[editar | editar código-fonte]O templo é composto por dois pavilhões principais, um de entrada para o templo e dois pátios entre os três edifícios. Existe uma parede que envolve todo o complexo. O templo é aberto a sul, com o Salão Tianwang (天王殿) que atua como portão de entrada do templo.[7] O próximo salão a norte é o Salão Wanfo e, por fim, o último complexo é chamado de Salão Sanfo (三佛殿), todos datando da Dinastia Qing. O pátio norte também tem dois salões de menor importância nas frentes a leste e oeste denominados Salões Gaunyin (观音殿) e Dizang (地藏殿), que datam da Dinastia Ming.[8] Existem dois campanários em cada banda do Salão Tianwang.[7]
Salão Wanfo
[editar | editar código-fonte]O salão mais importante do templo é o Salão Wanfo (Salão de 10 000 Budas), um dos mais antigos edifícios de madeira da China. Coberto por um único telhado de quatro águas, apresenta uma forma quase quadrada inscrita num perímetro de 11,6 por 10,8 m, e 8,8 metros de altura.[9] Apesar das suas pequenas dimensões e as respetivas características que o identificam como um salão regular (como os pilares implantados diretamente no chão e não em pedestais), a estrutura ,é contudo, bastante complexa. Existem portas na parte frontal e posterior do salão. A frente tem duas janelas em ambos os lados da porta e existem doze pilares que sustentam toda a estrutura.[7] Segundo Yingzao Fashi, as mísulas dos cantos e das colunas centrais que suportam o telhado formam um dos maiores e mais complexos tipos conhecidos. Estes conjuntos de suportes têm cerca de 2,5 metros de altura, 70% do tamanho da coluna. O salão não possui forro interior e as partes superiores e inferiores das vigas estão expostas.[10] Nancy Steinhardt especula que os elementos de sustentação dos complexos, naquilo que teria sido uma humilde estrutura, eram na verdade uma tentativa por parte dos governantes da dinastia Han para construir uma magnífica construção, todavia com limitados recursos.[11] A sala possui onze esculturas da dinastia Han do Norte, as únicas esculturas chinesas da época que se preservaram até aos dias de hoje intactas, para além das encontradas nas Grutas de Mogao.[2] Dessas, existe uma estátua principal de Sakyamuni, ladeada por Bodhisattvas e pelos Reis Celestiais.[12]
Referências
- ↑ a b c (申维辰 & 2003 87)
- ↑ a b Steinhardt 1997, p. 77
- ↑ Steinhardt 2002, p. 117
- ↑ Zhao 2007, p. 94
- ↑ Unesco - Brief Description
- ↑ «Pingyao Ancient City Evaluation» (PDF). UNESCO. 1996. Consultado em 13 de outubro de 2009
- ↑ a b c Steinhardt 1997, p. 78
- ↑ Miller 2000, p. 83
- ↑ Miller 2000, pp. 83-84
- ↑ Steinhardt 1997, p. 79
- ↑ Steinhardt 1997, p. 80
- ↑ Howard 2006, p. 375
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Zhenguo Temple», especificamente desta versão.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Howard, Ángela Falco (2006). Chinese Sculpturen. [S.l.]: Yale University Press. ISBN 0-300-10065-5
- Miller, Tracy (2000). Constructing religión: Song Dynasty Architecture and the Jinci Temple Complex. [S.l.]: University of Pennsylvania. ISBN 0-300-10065-5
- Steinhardt, Nancy Shatzman (1997). Liao Architecture. [S.l.]: University of Hawái. ISBN 0-8248-1843-1
- Steinhardt, Nancy Shatzman (2002). Chinese Architecture. [S.l.]: Yale University. ISBN 978-0-300-09559-3
- Zhao Yu (2007). Shanxi (em chinês). [S.l.]: Beijing: Chinese Travel Press. ISBN 978-7-5032-3001-1
- 申维辰 (2003). 五洲传播出版社 - A Antiga Cidade de Pingyao. [S.l.]: 五洲传播出版社. 144 páginas. ISBN 7508502507
O Templo de Zhenguo está incluído no sítio "Cidade Antiga de Ping Yao", Património Mundial da UNESCO. |