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Tira de banda desenhada

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Tira de jornal)
Prancha dominical de Krazy Kat, 1922.

Uma tira de banda desenhada (chamada ainda de tira cómica (português europeu) ou tirinha/tira de quadrinhos (português brasileiro)) é o equivalente em português do termo inglês comic strips,[1] o qual se refere a uma apresentação possível de banda desenhada, caracterizada por uma série de vinhetas, publicada regularmente (normalmente, diariamente ou semanalmente), em jornais, revistas e mais recentemente nas páginas da Internet (webcomics).[2] Estrutura-se em enunciados curtos, e traz um conteúdo em que predomina a crítica, com humor, a modos de comportamento, valores, sentimentos, destacando-se, portanto, nessa composição, códigos verbais e não-verbais.[3]

Havia mais de 200 histórias em quadrinhos diferentes e painéis diários de desenhos animados apenas nos jornais americanos todos os dias durante a maior parte do século XX, totalizando pelo menos 7 300 000 episódios.[4]

As tiras são escritas e desenhadas por um artista de banda desenhada ou cartunista. Como o nome indica, as tiras de quadrinhos podem ser bem-humoradas (por exemplo, tiras "engraçadas", como Blondie, Bringing Up Father, Marmaduke e Pearls Before Swine).

A partir do final da década de 1920, as histórias em quadrinhos se expandiram de suas origens alegres para contar histórias de aventura, como Popeye, Captain Easy, Buck Rogers, Tarzan e As Aventuras de Tintin. Tiras de soap opera como Judge Parker e Mary Worth ganharam popularidade na década de 1940. Todos são chamados, genericamente, de banda desenhada, embora o cartunista Will Eisner tenha sugerido que "arte sequencial" seria um nome melhor em termos de gênero.[5]

No Reino Unido e no resto da Europa, as tiras também são serializadas em revistas de banda desenhada, com a história de uma tiras às vezes continuando por três páginas ou mais. Tiras de banda desenhada apareceram em revistas americanas como Liberty e Boys 'Life e também nas capas de revistas, como a série Flossy Frills no suplemento do jornal The American Weekly Sunday.

Alguns exemplos de tiras:

  • cartum (em inglês single panel) - cartum é um narrativa de apenas um quadro ou vinheta.[6] Muitos cartuns são sindicalizados e publicados diariamente, em uma página de jornal.[7]
  • tira diária (em Inglês, daily strip)[8] - tiras que se desenvolvem em algumas entre três e quatro vinhetas horizontais, alinhados horizontalmente e geralmente publicadas em preto e branco por causa do ritmo de publicação.[1]
  • pranchas dominicais (em Inglês, sunday strip) - normalmente enchem uma página e são publicadas em cores.[9]
  • topper - pequena tira publicada na junto com a prancha dominical.[10]
  • Yonkoma - tiras de origem japonesa, possuem quatro vinhetas verticais.[11]

Não necessariamente este tipo de apresentação de banda desenhada tem de ser cómico (outros géneros que têm sido explorados são a familiar, aventura, mistério, espionagem, policial, drama e super-heróis, entre outros).

Geralmente as tiras são publicadas em jornais por ação dos syndicates.[9]

Referências

  1. a b Rentroia Iannone, Leila; Iannone, Roberto Antônio (1994). O mundo das histórias em quadrinhos. [S.l.]: Editora Moderna. 87 páginas. ISBN 8516010082 
  2. Érico Assis (5 de Agosto de 2008). «Geniais tiras online Garfield Minus Garfield vão virar livro». Omelete 
  3. «Tirinhas - Compreendendo as Ideias». Governo do Ceará. Consultado em 8 de novembro de 2012 
  4. «Comic Art Collection». Consultado em 3 de outubro de 2019. Cópia arquivada em 12 de fevereiro de 2010 
  5. Eisner, Will (2008). Comics and Sequential Art. W. W. Norton & Company. pp. xi–xii ISBN 978-0-393-33126-4.
  6. Edgar Franco (2004). HQtrônicas: do suporte papel à rede Internet. [S.l.]: Annablume. pp. 23 e 24. ISBN 9788574194769 
  7. Bernard A. Drew (2015). Black Stereotypes in Popular Series Fiction, 1851-1955: Jim Crow Era Authors and Their Characters. [S.l.]: McFarland. 107 páginas. ISBN 9780786474103 
  8. Zilda Augusta Anselmo (1975). Histórias em quadrinhos. [S.l.]: Vozes 
  9. a b Sérgio Codespoti (8 de maio de 2008). «Quando a nomenclatura faz a diferença». Universo HQ. Consultado em 16 de maio de 2010. Cópia arquivada em 29 de agosto de 2010 
  10. Flash Gordon no Planeta Mongo
  11. Tamra Orr. In: The Rosen Publishing Group. Manga Artists. [S.l.: s.n.]. 8 p.
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