A constituição de trajetórias profissionais: possíveis contribuições ao debate sobre o trabalho docente
DOI:
https://doi.org/10.35362/rie4691888Resumen
É preciso assinalar que a inserção de novos temas e questionamentos sobre o trabalho do
professor bem como sobre as relações de ensino e de aprendizagem exige, cada vez mais, a aplicação de
estudos que lançam mão de referenciais constituídos em diferentes campos do conhecimento: didática,
sociologia, psicologia, história, filosofia, antropologia, política. Assim, a constituição de um campo de
estudos na área de educação que utilize a teoria das representações sociais nas investigações sobre
formação do professor é recente e tem constituído a preocupação de inúmeras pesquisas, conforme
analisam Menin e Shimizu (2006). Tendo em vista os problemas que permeiam qualquer campo de
investigação que se proponha a lançar mão de diferentes perspectivas metodológicas, as autoras apontam alguns equívocos que ocorrem nesses estudos, invariavelmente relacionados à ausência de profundidade das investigações: falta de verificação de ancoragem das representações; poucas comparações entre os conhecimentos de senso comum, as representações e os conhecimentos escolares; priorização de descrição e classificação das representações obtidas em questionários e entrevistas em detrimento da realização de análise estrutural, isto é, não são explorados conteúdos e processos cognitivos das representações; falta de utilização de análise fundamentada nas perspectivas da antropologia e da sociologia; ausência de trabalhos longitudinais e tendência a trabalhos mais descritivos que explicativos.
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