Esta dissertação busca investigar imaginários sobre memória social nas redes sociais on-line.... more Esta dissertação busca investigar imaginários sobre memória social nas redes sociais on-line. Para tanto, analisam-se comentários deixados nas fan pages (páginas de fãs) “Fortaleza Nobre”, de Fortaleza, e “O Rio de Janeiro Que Não vivi”, do Rio de Janeiro, no site de rede social Facebook. O trabalho parte da hipótese de que os comentadores experimentam uma experiência com a cidade sensível ao “curtir”, comentar e compartilhar imagens antigas na sociabilidade, entendida como expressão comunicativa, observada nas duas comunidades virtuais. O principal objetivo da pesquisa é descobrir o que dão a ler os textos deixados em postagens públicas, no que diz respeito a espacialidades, temporalidades e sensorialidades evocadas pela cidade habitada e pela cidade perpassada pelo imaginário. Para tal abordagem, utiliza-se como metodologia de pesquisa a etnografia em meios digitais aliada às contribuições teóricas da hermenêutica, a partir da abordagem ricoeuriana de “texto”. Tendo em vista o caráter histórico – e transdisciplinar – do objeto, verdadeiros rastros escritos, a pesquisa tem como referenciais teóricos textos da Escola de Toronto, da História Cultural, da Geografia Cultural e da antropologia. Também serão caras à análise contribuições da sociologia do imaginário, dos estudos em memória social e a perspectiva de pesquisadores brasileiros que problematizam as relações entre comunicação e o sensível. A pesquisa aponta para a ocorrência do “devaneio” na web como expressão desse contato com a cidade sensível. Os comentários falam de uma valorização da experiência “vivida” e de construções arquetípicas sobre o espaço e o tempo condutoras de relações sacralizadas e monumentais com a memória e com as fotografias.
Ambiente de propagação de produtos audiovisuais, as redes sociais on-line constituem locus priv... more Ambiente de propagação de produtos audiovisuais, as redes sociais on-line constituem locus privilegiado de análise dos imaginários contemporâneos. Hoje, o uso dessas ferramentas têm facilitado, inclusive, a disseminação de materiais memorialísticos cujo acesso era antes restrito a pesquisadores da memória. Em comunidades virtuais, os “amantes” do passado dividem paixões pelas cidades e histórias de vida, criando sociabilidade a partir do compartilhamento de imaginários sobre memória social. O presente trabalho propõe um estudo de duas dessas agregações no Facebook: “Fortaleza Nobre” e “O Rio de Janeiro que Não Vivi”, com ancoragem na etnografia midiática para análise dos comentários deixados pelos seguidores. Estabelecendo um diálogo entre comunicação, história e sociologia do imaginário, a busca é por compreender como se dá essa apropriação de sentidos sobre memória social e os aspectos envolvidos no consumo dessas imagens no Facebook. O questionamento central diz respeito às funções do monumento e do sagrado nessas comunidades.
O trabalho se propõe a investigar discursos sobre territorialidades na fan page “Fortaleza Nobre”... more O trabalho se propõe a investigar discursos sobre territorialidades na fan page “Fortaleza Nobre”, no site de rede social Facebook. Criada em outubro de 2011 pela técnica em contabilidade Leila Nobre, a página tem como tema principal aspectos da história e da memória de Fortaleza. Por meio da metodologia da etnografia na internet, com contribuições da hermenêutica do discurso, serão analisados comentários dos interagentes e postagens. Parte-se da seguinte pergunta: o ciberespaço situa os sujeitos em um contexto destemporalizado e desterritorializado? Busca-se entender, dessa forma, como a sociabilidade criada em torno de temas do passado da cidade engendram narrativas de criação e desaparecimento de territórios
O trabalho tem por objetivo investigar o consumo midiático dos temas de história e memória na fan... more O trabalho tem por objetivo investigar o consumo midiático dos temas de história e memória na fan page “Fortaleza Nobre”, no site de rede social Facebook. Por meio do estudo exploratório dos comentários dos usuários da página, será utilizada a metodologia de etnografia na internet para a análise de postagens na página. Tal abordagem busca compreender a sociabilidade criada em torno de temas do passado no ciberespaço, cenário onde predomina a retórica do “novo”. Discute-se a relação entre história e mídia, e apresentam-se algumas contribuições bibliográficas sobre o termo “comunidades virtuais”. A análise dos comentários aponta para a relação entre memória individual e coletiva no contexto comunitário do grupo no Facebook e para o estranhamento dos interagentes diante de uma cidade marcada pelas contingências da modernidade. Por fim, elencam-se-hipóteses e questionamentos possíveis para o estudo da mobilização de significados de temas do passado nas redes sociais on line.
Este trabalho se propõe a investigar como temas do cotidiano da Fortaleza do fim século XIX se ... more Este trabalho se propõe a investigar como temas do cotidiano da Fortaleza do fim século XIX se tornam mote para textos do jornal O Pão, veículo de propagação das ideias dos integrantes da Padaria Espiritual, grêmio literário fundado na capital do Ceará. Por meio do método de análise de conteúdo, expõem-se os recursos textuais e as visões de mundo sobre cidade que emergem das páginas dos jornais da primeira fase da agremiação. Conclui-se que há elementos de uma prática reporteira, fincada na atualidade. Inferem-se também leituras saudosistas de cidade e de reações de empolgação e espanto com as novidades impostas pela modernidade.
Esta dissertação busca investigar imaginários sobre memória social nas redes sociais on-line.... more Esta dissertação busca investigar imaginários sobre memória social nas redes sociais on-line. Para tanto, analisam-se comentários deixados nas fan pages (páginas de fãs) “Fortaleza Nobre”, de Fortaleza, e “O Rio de Janeiro Que Não vivi”, do Rio de Janeiro, no site de rede social Facebook. O trabalho parte da hipótese de que os comentadores experimentam uma experiência com a cidade sensível ao “curtir”, comentar e compartilhar imagens antigas na sociabilidade, entendida como expressão comunicativa, observada nas duas comunidades virtuais. O principal objetivo da pesquisa é descobrir o que dão a ler os textos deixados em postagens públicas, no que diz respeito a espacialidades, temporalidades e sensorialidades evocadas pela cidade habitada e pela cidade perpassada pelo imaginário. Para tal abordagem, utiliza-se como metodologia de pesquisa a etnografia em meios digitais aliada às contribuições teóricas da hermenêutica, a partir da abordagem ricoeuriana de “texto”. Tendo em vista o caráter histórico – e transdisciplinar – do objeto, verdadeiros rastros escritos, a pesquisa tem como referenciais teóricos textos da Escola de Toronto, da História Cultural, da Geografia Cultural e da antropologia. Também serão caras à análise contribuições da sociologia do imaginário, dos estudos em memória social e a perspectiva de pesquisadores brasileiros que problematizam as relações entre comunicação e o sensível. A pesquisa aponta para a ocorrência do “devaneio” na web como expressão desse contato com a cidade sensível. Os comentários falam de uma valorização da experiência “vivida” e de construções arquetípicas sobre o espaço e o tempo condutoras de relações sacralizadas e monumentais com a memória e com as fotografias.
Ambiente de propagação de produtos audiovisuais, as redes sociais on-line constituem locus priv... more Ambiente de propagação de produtos audiovisuais, as redes sociais on-line constituem locus privilegiado de análise dos imaginários contemporâneos. Hoje, o uso dessas ferramentas têm facilitado, inclusive, a disseminação de materiais memorialísticos cujo acesso era antes restrito a pesquisadores da memória. Em comunidades virtuais, os “amantes” do passado dividem paixões pelas cidades e histórias de vida, criando sociabilidade a partir do compartilhamento de imaginários sobre memória social. O presente trabalho propõe um estudo de duas dessas agregações no Facebook: “Fortaleza Nobre” e “O Rio de Janeiro que Não Vivi”, com ancoragem na etnografia midiática para análise dos comentários deixados pelos seguidores. Estabelecendo um diálogo entre comunicação, história e sociologia do imaginário, a busca é por compreender como se dá essa apropriação de sentidos sobre memória social e os aspectos envolvidos no consumo dessas imagens no Facebook. O questionamento central diz respeito às funções do monumento e do sagrado nessas comunidades.
O trabalho se propõe a investigar discursos sobre territorialidades na fan page “Fortaleza Nobre”... more O trabalho se propõe a investigar discursos sobre territorialidades na fan page “Fortaleza Nobre”, no site de rede social Facebook. Criada em outubro de 2011 pela técnica em contabilidade Leila Nobre, a página tem como tema principal aspectos da história e da memória de Fortaleza. Por meio da metodologia da etnografia na internet, com contribuições da hermenêutica do discurso, serão analisados comentários dos interagentes e postagens. Parte-se da seguinte pergunta: o ciberespaço situa os sujeitos em um contexto destemporalizado e desterritorializado? Busca-se entender, dessa forma, como a sociabilidade criada em torno de temas do passado da cidade engendram narrativas de criação e desaparecimento de territórios
O trabalho tem por objetivo investigar o consumo midiático dos temas de história e memória na fan... more O trabalho tem por objetivo investigar o consumo midiático dos temas de história e memória na fan page “Fortaleza Nobre”, no site de rede social Facebook. Por meio do estudo exploratório dos comentários dos usuários da página, será utilizada a metodologia de etnografia na internet para a análise de postagens na página. Tal abordagem busca compreender a sociabilidade criada em torno de temas do passado no ciberespaço, cenário onde predomina a retórica do “novo”. Discute-se a relação entre história e mídia, e apresentam-se algumas contribuições bibliográficas sobre o termo “comunidades virtuais”. A análise dos comentários aponta para a relação entre memória individual e coletiva no contexto comunitário do grupo no Facebook e para o estranhamento dos interagentes diante de uma cidade marcada pelas contingências da modernidade. Por fim, elencam-se-hipóteses e questionamentos possíveis para o estudo da mobilização de significados de temas do passado nas redes sociais on line.
Este trabalho se propõe a investigar como temas do cotidiano da Fortaleza do fim século XIX se ... more Este trabalho se propõe a investigar como temas do cotidiano da Fortaleza do fim século XIX se tornam mote para textos do jornal O Pão, veículo de propagação das ideias dos integrantes da Padaria Espiritual, grêmio literário fundado na capital do Ceará. Por meio do método de análise de conteúdo, expõem-se os recursos textuais e as visões de mundo sobre cidade que emergem das páginas dos jornais da primeira fase da agremiação. Conclui-se que há elementos de uma prática reporteira, fincada na atualidade. Inferem-se também leituras saudosistas de cidade e de reações de empolgação e espanto com as novidades impostas pela modernidade.
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page “Fortaleza Nobre”, no site de rede social Facebook. Por meio do estudo exploratório dos comentários
dos usuários da página, será utilizada a metodologia de etnografia na internet para a análise de postagens na
página. Tal abordagem busca compreender a sociabilidade criada em torno de temas do passado no
ciberespaço, cenário onde predomina a retórica do “novo”. Discute-se a relação entre história e mídia, e
apresentam-se algumas contribuições bibliográficas sobre o termo “comunidades virtuais”. A análise dos
comentários aponta para a relação entre memória individual e coletiva no contexto comunitário do grupo no
Facebook e para o estranhamento dos interagentes diante de uma cidade marcada pelas contingências da
modernidade. Por fim, elencam-se-hipóteses e questionamentos possíveis para o estudo da mobilização de
significados de temas do passado nas redes sociais on line.
page “Fortaleza Nobre”, no site de rede social Facebook. Por meio do estudo exploratório dos comentários
dos usuários da página, será utilizada a metodologia de etnografia na internet para a análise de postagens na
página. Tal abordagem busca compreender a sociabilidade criada em torno de temas do passado no
ciberespaço, cenário onde predomina a retórica do “novo”. Discute-se a relação entre história e mídia, e
apresentam-se algumas contribuições bibliográficas sobre o termo “comunidades virtuais”. A análise dos
comentários aponta para a relação entre memória individual e coletiva no contexto comunitário do grupo no
Facebook e para o estranhamento dos interagentes diante de uma cidade marcada pelas contingências da
modernidade. Por fim, elencam-se-hipóteses e questionamentos possíveis para o estudo da mobilização de
significados de temas do passado nas redes sociais on line.