Professor Assistente Substituto (CEDU/UFAL). Mestre em Educação pela Universidade Federal de Alagoas (PPGE/UFAL). Especialista em Ensino de Filosofia pela Universidade Cândido Mendes (UCAM). Licenciado em Filosofia pelo Centro Universitário Claretiano (CEUCLAR). Professor de Filosofia na Secretaria Estadual de Educação de Alagoas (SEDUC/AL) entre 2012 e 2019.
RESUMO: O presente artigo apresenta os resultados obtidos em nossa pesquisa realizada junto ao gr... more RESUMO: O presente artigo apresenta os resultados obtidos em nossa pesquisa realizada junto ao grupo de estudos Filosofia e Educação/Ensino de Filosofia, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). O objetivo de nossa investigação foi compreender os sentidos que professores e alunos detêm sobre a prática do ensino de Filosofia na qual esses sujeitos estão inseridos. Por meio do método fenomenológico aplicado à pesquisa, descrito por Moreira (2002), realizamos entrevistas das quais recolhemos um conjunto de assertivas significativas com as quais desenvolvemos nosso trabalho. O sentido do ensino de Filosofia aparece nas falas dos sujeitos de nossa pesquisa como compreensão do mundo, como um saber mais, uma abertura para o conhecimento, como capacidade de buscar conhecimentos. Entende-se ainda que esse ensino tem o potencial de auxiliar os estudantes a crescerem pessoalmente e fazerem escolhas mais acertadas. A pesquisa sobre os sentidos do ensino de Filosofia encontra a sua razão de ser na contribuição que pode oferecer para a formação dos futuros professores e professoras de Filosofia, trazendo novos elementos para pensar e repensar constantemente a nossa prática. Palavras-chave: Ensino de Filosofia. Sentido. Educação.
Quais os medos e as ousadias que carregam os professores de nosso tempo, em seu trabalho docente?... more Quais os medos e as ousadias que carregam os professores de nosso tempo, em seu trabalho docente? Essa é a questão fundante de nosso trabalho. Diante de um ser professor que se torna mais tenso, acreditamos ser de grande importância trazer à tona os medos e as ousadias que atravessam a prática docente. Nosso objetivo é, à luz do pensamento exposto por Freire e Schor (1986), na obra Medo e Ousadia: o cotidiano do professor, refletir sobre o trabalho do professor a partir desses dois polos. Agregamos ao nosso diálogo, o pensamento educacional de Arroyo (2013). Em sua obra Currículo, território em disputa, o autor nos apresenta alguns conflitos que envolvem a prática educacional, os quais constituem um verdadeiro desafio para o professor, requerendo deste, ousadia para enfrentá-los. A partir de uma abordagem qualitativa, desenvolvida através de uma pesquisa bibliográfica, no que diz respeito ao referencial teórico; e da pesquisa de campo, desenvolvida por meio de entrevistas estruturadas realizadas com dois professores da rede de educação básica, estabelecemos um diálogo entre as respostas dos professores e nosso referencial teórico principal. Há muitos medos presentes: medo de não acertar, de prejudicar as crianças que estão envolvidas no processo pedagógico, de não ser útil, de não ter o devido reconhecimento. Entretanto, há muita ousadia: no inovar, no re-criar de suas práticas, de adaptação. É, pois, nessa dialética constante que os professores aprendem e forjam a própria identidade docente.
Resumo: O presente artigo tem como objetivo revisitar a história do ensino de Filosofia no Brasil... more Resumo: O presente artigo tem como objetivo revisitar a história do ensino de Filosofia no Brasil e em Alagoas. Como se constitui a trajetória dessa prática em nível nacional e local? Por meio de uma pesquisa bibliográfica em escritos de autores que abordam a história do ensino de Filosofia, bem como de uma pesquisa documental, percebemos as idas e vindas, presenças e ausências desse ensino na educação formal. Cada nova reforma nos currículos ameaça a presença da Filosofia nos currículos escolares, urge, então, defender a sua permanência, apon-tando a sua especificidade diante das outras disciplinas, isto é, mos-trando aquilo que justifica sua presença nas escolas. Palavras-chave: Alagoas; Brasil; Ensino de Filosofia; História da Educação. Resumen/Abstract: This article aims to revisit the history of Philosophy teaching in Brazil and in Alagoas. How is the trajectory of this practice constituted at the national and local levels? Through a bibliographical research in writings of authors that approach the history of the teaching of Philosophy, as well as of a documentary research, we perceive the comings and goings, presences and absences of this teaching in formal education. Each new reform in the curricula threatens the presence of Philosophy in school curricula, and it is urgent to defend its permanence, pointing out its specificity in relation to other disciplines, that is, showing what justifies its presence in schools.
A recolocação do ensino de filosofia nas escolas públicas de ensino médio nos leva a questionar s... more A recolocação do ensino de filosofia nas escolas públicas de ensino médio nos leva a questionar sobre a identidade do professor de filosofia desta etapa especifica. Quase dez anos depois da lei 11.684/2008, perguntamo-nos quem é o docente de filosofia, o que ele deve ter/fazer, qual sua especificidade enquanto tal. O presente artigo, objetiva discutir como deve proceder e quais características não deve faltar aquele que abraça a tarefa de ensinar Filosofia. Por meio de uma revisão de literatura já existente sobre o ensino de Filosofia, através da leitura bibliográfica de GALLO e ASPIS (2009), GHEDIN (2009), KOHAN (2008), dentre outros, percebemos que um dos elementos dessa identidade se dá na concepção do professor de filosofia como um filósofo. Sendo assim, urge-nos superar esta dicotomia que parece separar o filosofar do ensino de filosofia, como se o professor fosse um mero reprodutor de conhecimentos filosóficos, posição esta contestada pelos autores que aqui abordamos. O docente de filosofia é aquele que convida ao pensamento crítico e autônomo, rejeitando, portanto, essa reprodução de teorias filosóficas. Ademais, cabe salientar que refletir sobre este ensino é um problema filosófico, o que o torna uma tarefa primordial do professor de filosofia/filósofo. Há muitas lacunas ainda que precisam ser sanadas e é refletindo constantemente sobre essa prática que podemos descortinar novos horizontes para um autêntico ensino de Filosofia.
O presente artigo visa apresentar como teve inicio o fenômeno da repressão sexual, co... more O presente artigo visa apresentar como teve inicio o fenômeno da repressão sexual, como se desenvolveu em nossa sociedade ocidental desde a antiguidade aos nossos dias, quais os mecanismos utilizados para a manutenção deste fenômeno e como ele se reproduz na consciência dos sujeitos. Partindo da leitura de alguns estudiosos em sexualidade, dentre eles o filosofo francês Michel Foucault, pretendemos mostrar como de diferentes formas a repressão se desenvolveu, passando de uma regulação das práticas sexuais em sua intensidade e momento, para uma regulação valorativa entre certo e errado. A própria repressão traz consigo conseqüências diversas para a sociedade e cabe nos perguntar se poderíamos um dia estar livres dela.
RESUMO: O presente artigo apresenta os resultados obtidos em nossa pesquisa realizada junto ao gr... more RESUMO: O presente artigo apresenta os resultados obtidos em nossa pesquisa realizada junto ao grupo de estudos Filosofia e Educação/Ensino de Filosofia, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). O objetivo de nossa investigação foi compreender os sentidos que professores e alunos detêm sobre a prática do ensino de Filosofia na qual esses sujeitos estão inseridos. Por meio do método fenomenológico aplicado à pesquisa, descrito por Moreira (2002), realizamos entrevistas das quais recolhemos um conjunto de assertivas significativas com as quais desenvolvemos nosso trabalho. O sentido do ensino de Filosofia aparece nas falas dos sujeitos de nossa pesquisa como compreensão do mundo, como um saber mais, uma abertura para o conhecimento, como capacidade de buscar conhecimentos. Entende-se ainda que esse ensino tem o potencial de auxiliar os estudantes a crescerem pessoalmente e fazerem escolhas mais acertadas. A pesquisa sobre os sentidos do ensino de Filosofia encontra a sua razão de ser na contribuição que pode oferecer para a formação dos futuros professores e professoras de Filosofia, trazendo novos elementos para pensar e repensar constantemente a nossa prática. Palavras-chave: Ensino de Filosofia. Sentido. Educação.
Quais os medos e as ousadias que carregam os professores de nosso tempo, em seu trabalho docente?... more Quais os medos e as ousadias que carregam os professores de nosso tempo, em seu trabalho docente? Essa é a questão fundante de nosso trabalho. Diante de um ser professor que se torna mais tenso, acreditamos ser de grande importância trazer à tona os medos e as ousadias que atravessam a prática docente. Nosso objetivo é, à luz do pensamento exposto por Freire e Schor (1986), na obra Medo e Ousadia: o cotidiano do professor, refletir sobre o trabalho do professor a partir desses dois polos. Agregamos ao nosso diálogo, o pensamento educacional de Arroyo (2013). Em sua obra Currículo, território em disputa, o autor nos apresenta alguns conflitos que envolvem a prática educacional, os quais constituem um verdadeiro desafio para o professor, requerendo deste, ousadia para enfrentá-los. A partir de uma abordagem qualitativa, desenvolvida através de uma pesquisa bibliográfica, no que diz respeito ao referencial teórico; e da pesquisa de campo, desenvolvida por meio de entrevistas estruturadas realizadas com dois professores da rede de educação básica, estabelecemos um diálogo entre as respostas dos professores e nosso referencial teórico principal. Há muitos medos presentes: medo de não acertar, de prejudicar as crianças que estão envolvidas no processo pedagógico, de não ser útil, de não ter o devido reconhecimento. Entretanto, há muita ousadia: no inovar, no re-criar de suas práticas, de adaptação. É, pois, nessa dialética constante que os professores aprendem e forjam a própria identidade docente.
Resumo: O presente artigo tem como objetivo revisitar a história do ensino de Filosofia no Brasil... more Resumo: O presente artigo tem como objetivo revisitar a história do ensino de Filosofia no Brasil e em Alagoas. Como se constitui a trajetória dessa prática em nível nacional e local? Por meio de uma pesquisa bibliográfica em escritos de autores que abordam a história do ensino de Filosofia, bem como de uma pesquisa documental, percebemos as idas e vindas, presenças e ausências desse ensino na educação formal. Cada nova reforma nos currículos ameaça a presença da Filosofia nos currículos escolares, urge, então, defender a sua permanência, apon-tando a sua especificidade diante das outras disciplinas, isto é, mos-trando aquilo que justifica sua presença nas escolas. Palavras-chave: Alagoas; Brasil; Ensino de Filosofia; História da Educação. Resumen/Abstract: This article aims to revisit the history of Philosophy teaching in Brazil and in Alagoas. How is the trajectory of this practice constituted at the national and local levels? Through a bibliographical research in writings of authors that approach the history of the teaching of Philosophy, as well as of a documentary research, we perceive the comings and goings, presences and absences of this teaching in formal education. Each new reform in the curricula threatens the presence of Philosophy in school curricula, and it is urgent to defend its permanence, pointing out its specificity in relation to other disciplines, that is, showing what justifies its presence in schools.
A recolocação do ensino de filosofia nas escolas públicas de ensino médio nos leva a questionar s... more A recolocação do ensino de filosofia nas escolas públicas de ensino médio nos leva a questionar sobre a identidade do professor de filosofia desta etapa especifica. Quase dez anos depois da lei 11.684/2008, perguntamo-nos quem é o docente de filosofia, o que ele deve ter/fazer, qual sua especificidade enquanto tal. O presente artigo, objetiva discutir como deve proceder e quais características não deve faltar aquele que abraça a tarefa de ensinar Filosofia. Por meio de uma revisão de literatura já existente sobre o ensino de Filosofia, através da leitura bibliográfica de GALLO e ASPIS (2009), GHEDIN (2009), KOHAN (2008), dentre outros, percebemos que um dos elementos dessa identidade se dá na concepção do professor de filosofia como um filósofo. Sendo assim, urge-nos superar esta dicotomia que parece separar o filosofar do ensino de filosofia, como se o professor fosse um mero reprodutor de conhecimentos filosóficos, posição esta contestada pelos autores que aqui abordamos. O docente de filosofia é aquele que convida ao pensamento crítico e autônomo, rejeitando, portanto, essa reprodução de teorias filosóficas. Ademais, cabe salientar que refletir sobre este ensino é um problema filosófico, o que o torna uma tarefa primordial do professor de filosofia/filósofo. Há muitas lacunas ainda que precisam ser sanadas e é refletindo constantemente sobre essa prática que podemos descortinar novos horizontes para um autêntico ensino de Filosofia.
O presente artigo visa apresentar como teve inicio o fenômeno da repressão sexual, co... more O presente artigo visa apresentar como teve inicio o fenômeno da repressão sexual, como se desenvolveu em nossa sociedade ocidental desde a antiguidade aos nossos dias, quais os mecanismos utilizados para a manutenção deste fenômeno e como ele se reproduz na consciência dos sujeitos. Partindo da leitura de alguns estudiosos em sexualidade, dentre eles o filosofo francês Michel Foucault, pretendemos mostrar como de diferentes formas a repressão se desenvolveu, passando de uma regulação das práticas sexuais em sua intensidade e momento, para uma regulação valorativa entre certo e errado. A própria repressão traz consigo conseqüências diversas para a sociedade e cabe nos perguntar se poderíamos um dia estar livres dela.
Uploads
Papers by Williams Nunes