I am associate professor of philosophy in the Department of Philosophy at Federal University of Goiás. My area is Ancient Philosophy (mainly Socrates and Plato). Currently I am working on the following projects: (i) "The distinction between doxa and episteme in Plato", funded by CNPq (Brazil).; (ii) "Portuguese translation and notes of Plato's Republic".
This paper explores the scope of the theses presented in Theaetetus 184-6 concerning the epistemi... more This paper explores the scope of the theses presented in Theaetetus 184-6 concerning the epistemic capacity of aisthēsis. I develop two main arguments in this analysis. First, I situate the passage within the broader context of 151-183 and propose that the argument in 184-6 stands independently of the analysis of the Protagorean theses conducted in 151-183. Then, I analyze the traditional reading of 184-6, which holds that aisthēsis lacks cognition, and contrast this perspective with that of those who argue that Plato allows for some judicative content at the sensory level. I demonstrate that both readings exaggerate the importance of Plato’s defended position in 184-6, particularly regarding the epistemic limits of perception.
In this chapter, which is part of the book "Substância na História da Filosofia" (2023, Editora d... more In this chapter, which is part of the book "Substância na História da Filosofia" (2023, Editora da UFPEL), I comment on the meaning and context of each of the 6 occurrences of the term "ousía" in the Phaedo.
Comments on the main arguments about the concept of knowledge presented in Plato's Theaetetus. Se... more Comments on the main arguments about the concept of knowledge presented in Plato's Theaetetus. See chapter 10, pages 131-146.
Resumo: Peter Geach cunhou a expressão "falácia socrática" para se referir a duas proposições que... more Resumo: Peter Geach cunhou a expressão "falácia socrática" para se referir a duas proposições que, segundo ele, são defendidas por Sócrates: (i) que uma definição é necessária para usarmos corretamente um termo e (ii) que o estudo de exemplos de ocorrências do termo não é útil à sua elucidação. Várias respostas críticas foram dadas a Geach. No presente texto, retomo e comento estas duas proposições. Argumento que a segunda é realmente falsa, mas Sócrates não a adota. Mostro também que a primeira não é falsa se adequadamente qualificada. Destaco ainda que Geach não ofereceu, em seu artigo, um argumento para provar que o princípio que ele chamou de "falácia socrática" é de fato uma falácia em qualquer contexto de aplicação. Palavras-chave: Definição, conhecimento, exemplos, prioridade do conhecimento. Abstract: Peter Geach coined the expression "Socratic fallacy" to refer to two propositions which, according to him, are defended by Socrates: that a definition is necessary for an adequate use of a term and that the study of examples of occurrences of the term is not useful to clarify it. Several critical responses were given to Geach. In the present text, I will resume and comment on these two propositions. I will argue that the second is false, but Socrates does not adopt it. I will also argue that the first proposition is not false if adequately qualified. Finally, I highlight that Geach did not offer, in his article, an argument to prove that the principle he called "Socratic fallacy" is indeed a fallacy in any context of application.
In Metaphysics Γ 4-6 Aristotle argues that Protagoras is committed not just to denying the PNC, b... more In Metaphysics Γ 4-6 Aristotle argues that Protagoras is committed not just to denying the PNC, but also to asserting its contrary. In this paper, I offer an analysis of this commitment. I try to show that Aristotle is working with a specific idea in mind: a Protagoreanism ontologically linked to the flux doctrine, as Plato suggested in Theaetetus 152-160.
Archai: Revista de Estudos sobre as Origens do Pensamento Ocidental, 2008
Page 1. REVISTA ARCHAI: REVISTA DE ESTUDOS SOBRE AS ORIGENS DO PENSAMENTO OCIDENTAL ISSN: 1984-24... more Page 1. REVISTA ARCHAI: REVISTA DE ESTUDOS SOBRE AS ORIGENS DO PENSAMENTO OCIDENTAL ISSN: 1984-249X BORGES, Anderson de Paula. Justiça e prudência na cidade: reflexões sobre a Digressão do Teeteto. ...
The goal of this paper is to examine the cognitive limits of aisthēsis in the section 184-6 of Pl... more The goal of this paper is to examine the cognitive limits of aisthēsis in the section 184-6 of Plato’s Theaetetus. In the dialogue’s literature there are two opposing views on this issue, which are: (i) aisthesis is just ‘bare sensation’ and (ii) aisthesis is capable of perceptual judgment. I argue that Plato is committed to the first alternative. My analysis focuses mainly on 184-5, since I think it is in this part of the text that are the points that will support my argument. However, before get there, I make some comments on what has been argued in the first part of the dialogue as a whole at the point where the final argument is given. After that, I move on 184-5, offering translations and interpretations of the relevant subsections. I also discuss some of Cornford and Cooper’s claims about Theaetetus 184-6.
resumo Há muita discussão sobre como interpretar o papel do argumento 'Saber ou não Saber' em Tee... more resumo Há muita discussão sobre como interpretar o papel do argumento 'Saber ou não Saber' em Teeteto 188a-c. Alguns intérpretes supõem que esse papel é dialético e Platão não está comprometido com sua verdade. Outros pensam que o argumento revela a confusão de Platão sobre o tema da opinião falsa à época do Teeteto. Em minha análise, há uma terceira via que faz mais justiça ao que Platão está desenvolvendo em 188a-c. Penso que em 188a-c temos uma versão do princípio platônico da infalibilidade. palavras-chave Platão; Teeteto; Conhecimento; Opinião; Infalibilidade; Doxa; Epistêmê I O contexto imediato da segunda parte do Teeteto investiga se o conceito de conhecimento (epistêmê) 2 pode ser definido como uma das espécies do gênero de pensamento que o diálogo nomeia 'doxazein' (opinar), a saber, a alêthês doxa (opinião verdadeira) 3 . No texto do Teeteto o contexto específico dessa proposta se desenvolve do seguinte modo. Em 187b3 Sócrates diz "fala, novamente, o que é o conhecimento." [lege authis ti pot' estin epistêmê]. Teeteto responde, antes de qualquer outra coisa, que doxa como gênero não pode ser identificada à epistêmê porque também há casos de opinião falsa. Ele propõe, em 187b6, a resposta 'opinião verdadeira' [alêthês doxa]. Na sequência Sócrates retoma a formulação de Teeteto e pergunta (187c5): "você define conhecimento como opinião verdadeira?" [tên alêthê doxan epistêmên horizê(i);]. Este trecho deixa claro que o autor Recebido em 26 de maio de 2013. Aceito em 20 de setembro de 2013.
In this paper I attempt to show why the role of flux in Theaetetus 151-160 is exclusively explana... more In this paper I attempt to show why the role of flux in Theaetetus 151-160 is exclusively explanatory. I show that Plato uses material from Heraclitus' flux (H) in order to create for Protagoras (P) the best available argument which can grant infallibility. In the first part of the paper I discuss, briefly, some controversies about two problems: how Plato is establishing the connections among the three theses and how he understands flux. In the second part I propose an analysis of 152a-c. On section III I give an explanation of 152c-157c, from the perspective of some passages that, in my view, are sufficient for to get the core meaning of flux in the Secret Doctrine and, in the final section (IV), I briefly resume the substantial virtues and defects of Plato's argument for Protagoras.
O objetivo do presente artigo é fazer uma breve discussão de três aspectos que caracterizam a teo... more O objetivo do presente artigo é fazer uma breve discussão de três aspectos que caracterizam a teoria do sonho do Teeteto. Primeiro, comento a função do sonho no contexto da terceira definição de conhecimento. Depois, me detenho no texto e examino algumas questões relacionadas ao conceito de logos de 201 d -202 c . Na última parte do artigo discuto o problema da percepção dos elementos. Nessa seção recuso a tese, defendida por alguns, de que Platão coloca os elementos na mesma condição perceptiva dos dados sensíveis, tal como estão descritos em Teeteto 184-6.
Trata-se de tradução inédita, direta do grego, do diálogo Fédon, de Platão. A tradução conta com ... more Trata-se de tradução inédita, direta do grego, do diálogo Fédon, de Platão. A tradução conta com Introdução, notas explicativas e referências bibliográficas.
Trata-se de tradução inédita, direta do grego, de diálogo O Banquete, de Platão. A tradução apres... more Trata-se de tradução inédita, direta do grego, de diálogo O Banquete, de Platão. A tradução apresenta uma introdução e notas com informações gerais sobre personagens, locais e temas do diálogo.
This paper explores the scope of the theses presented in Theaetetus 184-6 concerning the epistemi... more This paper explores the scope of the theses presented in Theaetetus 184-6 concerning the epistemic capacity of aisthēsis. I develop two main arguments in this analysis. First, I situate the passage within the broader context of 151-183 and propose that the argument in 184-6 stands independently of the analysis of the Protagorean theses conducted in 151-183. Then, I analyze the traditional reading of 184-6, which holds that aisthēsis lacks cognition, and contrast this perspective with that of those who argue that Plato allows for some judicative content at the sensory level. I demonstrate that both readings exaggerate the importance of Plato’s defended position in 184-6, particularly regarding the epistemic limits of perception.
In this chapter, which is part of the book "Substância na História da Filosofia" (2023, Editora d... more In this chapter, which is part of the book "Substância na História da Filosofia" (2023, Editora da UFPEL), I comment on the meaning and context of each of the 6 occurrences of the term "ousía" in the Phaedo.
Comments on the main arguments about the concept of knowledge presented in Plato's Theaetetus. Se... more Comments on the main arguments about the concept of knowledge presented in Plato's Theaetetus. See chapter 10, pages 131-146.
Resumo: Peter Geach cunhou a expressão "falácia socrática" para se referir a duas proposições que... more Resumo: Peter Geach cunhou a expressão "falácia socrática" para se referir a duas proposições que, segundo ele, são defendidas por Sócrates: (i) que uma definição é necessária para usarmos corretamente um termo e (ii) que o estudo de exemplos de ocorrências do termo não é útil à sua elucidação. Várias respostas críticas foram dadas a Geach. No presente texto, retomo e comento estas duas proposições. Argumento que a segunda é realmente falsa, mas Sócrates não a adota. Mostro também que a primeira não é falsa se adequadamente qualificada. Destaco ainda que Geach não ofereceu, em seu artigo, um argumento para provar que o princípio que ele chamou de "falácia socrática" é de fato uma falácia em qualquer contexto de aplicação. Palavras-chave: Definição, conhecimento, exemplos, prioridade do conhecimento. Abstract: Peter Geach coined the expression "Socratic fallacy" to refer to two propositions which, according to him, are defended by Socrates: that a definition is necessary for an adequate use of a term and that the study of examples of occurrences of the term is not useful to clarify it. Several critical responses were given to Geach. In the present text, I will resume and comment on these two propositions. I will argue that the second is false, but Socrates does not adopt it. I will also argue that the first proposition is not false if adequately qualified. Finally, I highlight that Geach did not offer, in his article, an argument to prove that the principle he called "Socratic fallacy" is indeed a fallacy in any context of application.
In Metaphysics Γ 4-6 Aristotle argues that Protagoras is committed not just to denying the PNC, b... more In Metaphysics Γ 4-6 Aristotle argues that Protagoras is committed not just to denying the PNC, but also to asserting its contrary. In this paper, I offer an analysis of this commitment. I try to show that Aristotle is working with a specific idea in mind: a Protagoreanism ontologically linked to the flux doctrine, as Plato suggested in Theaetetus 152-160.
Archai: Revista de Estudos sobre as Origens do Pensamento Ocidental, 2008
Page 1. REVISTA ARCHAI: REVISTA DE ESTUDOS SOBRE AS ORIGENS DO PENSAMENTO OCIDENTAL ISSN: 1984-24... more Page 1. REVISTA ARCHAI: REVISTA DE ESTUDOS SOBRE AS ORIGENS DO PENSAMENTO OCIDENTAL ISSN: 1984-249X BORGES, Anderson de Paula. Justiça e prudência na cidade: reflexões sobre a Digressão do Teeteto. ...
The goal of this paper is to examine the cognitive limits of aisthēsis in the section 184-6 of Pl... more The goal of this paper is to examine the cognitive limits of aisthēsis in the section 184-6 of Plato’s Theaetetus. In the dialogue’s literature there are two opposing views on this issue, which are: (i) aisthesis is just ‘bare sensation’ and (ii) aisthesis is capable of perceptual judgment. I argue that Plato is committed to the first alternative. My analysis focuses mainly on 184-5, since I think it is in this part of the text that are the points that will support my argument. However, before get there, I make some comments on what has been argued in the first part of the dialogue as a whole at the point where the final argument is given. After that, I move on 184-5, offering translations and interpretations of the relevant subsections. I also discuss some of Cornford and Cooper’s claims about Theaetetus 184-6.
resumo Há muita discussão sobre como interpretar o papel do argumento 'Saber ou não Saber' em Tee... more resumo Há muita discussão sobre como interpretar o papel do argumento 'Saber ou não Saber' em Teeteto 188a-c. Alguns intérpretes supõem que esse papel é dialético e Platão não está comprometido com sua verdade. Outros pensam que o argumento revela a confusão de Platão sobre o tema da opinião falsa à época do Teeteto. Em minha análise, há uma terceira via que faz mais justiça ao que Platão está desenvolvendo em 188a-c. Penso que em 188a-c temos uma versão do princípio platônico da infalibilidade. palavras-chave Platão; Teeteto; Conhecimento; Opinião; Infalibilidade; Doxa; Epistêmê I O contexto imediato da segunda parte do Teeteto investiga se o conceito de conhecimento (epistêmê) 2 pode ser definido como uma das espécies do gênero de pensamento que o diálogo nomeia 'doxazein' (opinar), a saber, a alêthês doxa (opinião verdadeira) 3 . No texto do Teeteto o contexto específico dessa proposta se desenvolve do seguinte modo. Em 187b3 Sócrates diz "fala, novamente, o que é o conhecimento." [lege authis ti pot' estin epistêmê]. Teeteto responde, antes de qualquer outra coisa, que doxa como gênero não pode ser identificada à epistêmê porque também há casos de opinião falsa. Ele propõe, em 187b6, a resposta 'opinião verdadeira' [alêthês doxa]. Na sequência Sócrates retoma a formulação de Teeteto e pergunta (187c5): "você define conhecimento como opinião verdadeira?" [tên alêthê doxan epistêmên horizê(i);]. Este trecho deixa claro que o autor Recebido em 26 de maio de 2013. Aceito em 20 de setembro de 2013.
In this paper I attempt to show why the role of flux in Theaetetus 151-160 is exclusively explana... more In this paper I attempt to show why the role of flux in Theaetetus 151-160 is exclusively explanatory. I show that Plato uses material from Heraclitus' flux (H) in order to create for Protagoras (P) the best available argument which can grant infallibility. In the first part of the paper I discuss, briefly, some controversies about two problems: how Plato is establishing the connections among the three theses and how he understands flux. In the second part I propose an analysis of 152a-c. On section III I give an explanation of 152c-157c, from the perspective of some passages that, in my view, are sufficient for to get the core meaning of flux in the Secret Doctrine and, in the final section (IV), I briefly resume the substantial virtues and defects of Plato's argument for Protagoras.
O objetivo do presente artigo é fazer uma breve discussão de três aspectos que caracterizam a teo... more O objetivo do presente artigo é fazer uma breve discussão de três aspectos que caracterizam a teoria do sonho do Teeteto. Primeiro, comento a função do sonho no contexto da terceira definição de conhecimento. Depois, me detenho no texto e examino algumas questões relacionadas ao conceito de logos de 201 d -202 c . Na última parte do artigo discuto o problema da percepção dos elementos. Nessa seção recuso a tese, defendida por alguns, de que Platão coloca os elementos na mesma condição perceptiva dos dados sensíveis, tal como estão descritos em Teeteto 184-6.
Trata-se de tradução inédita, direta do grego, do diálogo Fédon, de Platão. A tradução conta com ... more Trata-se de tradução inédita, direta do grego, do diálogo Fédon, de Platão. A tradução conta com Introdução, notas explicativas e referências bibliográficas.
Trata-se de tradução inédita, direta do grego, de diálogo O Banquete, de Platão. A tradução apres... more Trata-se de tradução inédita, direta do grego, de diálogo O Banquete, de Platão. A tradução apresenta uma introdução e notas com informações gerais sobre personagens, locais e temas do diálogo.
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