Publicação na Sessão Temática: Cultura Afro-Brasileira e Patrimônio: Preservação, Identidade e Memória. XI COPENE : Negras Escrevivências, Interseccionalidades e Engenhosidades. , 2020
Este artigo tem como pretensão apresentar os primeiros apontamentos da pesquisa realizada no Ilê ... more Este artigo tem como pretensão apresentar os primeiros apontamentos da pesquisa realizada no Ilê Axé Mãe Nice D'Xangô, situado na cidade de Jaguarão-RS, na fronteira com o país do Uruguai.O aporte teórico desta pesquisa se delineia em uma perspectiva afrocentrada, evidenciando autores negros e negras. Essa pesquisa justifica-se na busca de uma metodologia que compreenda esses sujeitos que ali transitam, uma vez que esse espaço tem em sua ciência e política ou seja, seus saberes e fazeres, pautados na busca de uma totalidade, tendo como arcabouço teórico o pensamento de Helena Theodoro(1996) na abordagem sobre as mulheres negras de axé e suas representaçõe no conceito da ideologia do axé e as intelectuais negras Vilma Piedade (2017) na reflexão sobre o pensamento de dororidade, fio que liga as mulheres negras, debatendo dentro da cosmovisão ao culto ancestral na religiosidade de matriz africana. Este trabalho tem por objetivo central apresentar o Ilê Axé Mãe Nice D´Xangô, discorrendo sobre o pensamento de mulheres negras, evidenciando a importância desse espaço sagrado para a cultura na manutenção dos saberes e fazeres dos povos tradicionais de matriz africana. A procedimento metodológicos é baseada na etnografia participante e leituras bibliográficas. No primeiro momento foi realizado uma pesquisa bibliográfica para compreendermos o espaço que estamos inseridas, a fim de não cair na homogeneização das narrativas. No segundo momento, incumbidas da potencialidade da etnografia, inseridas a campo, entretanto, salientamos a necessidade de pedir "agô", licença para adentrar, uma vez que esse espaço nos leva a diferentes bens, sendo ele tangíveis e intangíveis. Os resultados e análise da pesquisa até o momento nos leva a entender que a Yalorixá desenvolve suas ações pautadas na forma de consciência corpórea, evidenciando as urgências e emergências presente na divulgação e valorização negra dentro do município e nas diferentes significações sociais que o mesmo carrega, sempre voltando suas ações e pensando no apoderamento das suas significações na religiosa negra. Até o presente momento concluímos que de modo corpóreo a Yalorixá apresenta os territórios em seu espaço, o Ilê Axê Mãe Nice D'Xangô, demarcando a importância de cada um, nos desenvolvimentos dos indivíduos que ali transitam, apontando que esse espaço tem uma forte identificação geracional na sua construção, em sua permanência e nas estratégias de fortalecimento para o reconhecimento social.
O presente trabalho evidencia a trajetória da intelectual negra Iyalorixá Nice D’Xangô, problemat... more O presente trabalho evidencia a trajetória da intelectual negra Iyalorixá Nice D’Xangô, problematizando questões de identidades negras, protagonismo, agência e produção cultural, tendo como objetivo principal investigar como se estruturou a Festa de São Jorge de Jaguarão-RS, entre os anos de 2018 a 2020. A pesquisa de caráter qualitativo evidencia as ações impulsionadas pela liderança de uma mulher negra de axé no contexto fronteiriço Brasil-Uruguai, bem como as tensões na falta de adesão do poder público no fomento a eventos negro-religiosos no município. A investigação utiliza-se de fontes documentais e entrevista, aliando-se ao pensamento de Silvio Almeida, que conceitua racismo estrutural, Helena Theodoro que nos ensina o que é ideologia do axé, Bruno Rohde e Emília Mota na contextualização histórica da religiosidade negra no Brasil e a anunciação da Umbanda e Ama Mazama que aborda afrocentricidade como método de reestruturação da sociedade. Percebemos a produção cultural enquanto campo de luta e disputa de recursos nesta sociedade desigual e que é imprescindível reconhecer o protagonismo de nossas mais velhas para poder seguir num caminho de prosperidade, dando continuidade a uma agenda cunhada pela ancestralidade negra.
Palavras-Chave: Iyalorixá Nice D’Xangô, Intelectual negra, Festa de São Jorge, Racismo
Publicação na Sessão Temática: Cultura Afro-Brasileira e Patrimônio: Preservação, Identidade e Memória. XI COPENE : Negras Escrevivências, Interseccionalidades e Engenhosidades. , 2020
Este artigo tem como pretensão apresentar os primeiros apontamentos da pesquisa realizada no Ilê ... more Este artigo tem como pretensão apresentar os primeiros apontamentos da pesquisa realizada no Ilê Axé Mãe Nice D'Xangô, situado na cidade de Jaguarão-RS, na fronteira com o país do Uruguai.O aporte teórico desta pesquisa se delineia em uma perspectiva afrocentrada, evidenciando autores negros e negras. Essa pesquisa justifica-se na busca de uma metodologia que compreenda esses sujeitos que ali transitam, uma vez que esse espaço tem em sua ciência e política ou seja, seus saberes e fazeres, pautados na busca de uma totalidade, tendo como arcabouço teórico o pensamento de Helena Theodoro(1996) na abordagem sobre as mulheres negras de axé e suas representaçõe no conceito da ideologia do axé e as intelectuais negras Vilma Piedade (2017) na reflexão sobre o pensamento de dororidade, fio que liga as mulheres negras, debatendo dentro da cosmovisão ao culto ancestral na religiosidade de matriz africana. Este trabalho tem por objetivo central apresentar o Ilê Axé Mãe Nice D´Xangô, discorrendo sobre o pensamento de mulheres negras, evidenciando a importância desse espaço sagrado para a cultura na manutenção dos saberes e fazeres dos povos tradicionais de matriz africana. A procedimento metodológicos é baseada na etnografia participante e leituras bibliográficas. No primeiro momento foi realizado uma pesquisa bibliográfica para compreendermos o espaço que estamos inseridas, a fim de não cair na homogeneização das narrativas. No segundo momento, incumbidas da potencialidade da etnografia, inseridas a campo, entretanto, salientamos a necessidade de pedir "agô", licença para adentrar, uma vez que esse espaço nos leva a diferentes bens, sendo ele tangíveis e intangíveis. Os resultados e análise da pesquisa até o momento nos leva a entender que a Yalorixá desenvolve suas ações pautadas na forma de consciência corpórea, evidenciando as urgências e emergências presente na divulgação e valorização negra dentro do município e nas diferentes significações sociais que o mesmo carrega, sempre voltando suas ações e pensando no apoderamento das suas significações na religiosa negra. Até o presente momento concluímos que de modo corpóreo a Yalorixá apresenta os territórios em seu espaço, o Ilê Axê Mãe Nice D'Xangô, demarcando a importância de cada um, nos desenvolvimentos dos indivíduos que ali transitam, apontando que esse espaço tem uma forte identificação geracional na sua construção, em sua permanência e nas estratégias de fortalecimento para o reconhecimento social.
O presente trabalho evidencia a trajetória da intelectual negra Iyalorixá Nice D’Xangô, problemat... more O presente trabalho evidencia a trajetória da intelectual negra Iyalorixá Nice D’Xangô, problematizando questões de identidades negras, protagonismo, agência e produção cultural, tendo como objetivo principal investigar como se estruturou a Festa de São Jorge de Jaguarão-RS, entre os anos de 2018 a 2020. A pesquisa de caráter qualitativo evidencia as ações impulsionadas pela liderança de uma mulher negra de axé no contexto fronteiriço Brasil-Uruguai, bem como as tensões na falta de adesão do poder público no fomento a eventos negro-religiosos no município. A investigação utiliza-se de fontes documentais e entrevista, aliando-se ao pensamento de Silvio Almeida, que conceitua racismo estrutural, Helena Theodoro que nos ensina o que é ideologia do axé, Bruno Rohde e Emília Mota na contextualização histórica da religiosidade negra no Brasil e a anunciação da Umbanda e Ama Mazama que aborda afrocentricidade como método de reestruturação da sociedade. Percebemos a produção cultural enquanto campo de luta e disputa de recursos nesta sociedade desigual e que é imprescindível reconhecer o protagonismo de nossas mais velhas para poder seguir num caminho de prosperidade, dando continuidade a uma agenda cunhada pela ancestralidade negra.
Palavras-Chave: Iyalorixá Nice D’Xangô, Intelectual negra, Festa de São Jorge, Racismo
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Nice D'Xangô, situado na cidade de Jaguarão-RS, na fronteira com o país do Uruguai.O aporte teórico desta
pesquisa se delineia em uma perspectiva afrocentrada, evidenciando autores negros e negras. Essa pesquisa
justifica-se na busca de uma metodologia que compreenda esses sujeitos que ali transitam, uma vez que esse
espaço tem em sua ciência e política ou seja, seus saberes e fazeres, pautados na busca de uma totalidade,
tendo como arcabouço teórico o pensamento de Helena Theodoro(1996) na abordagem sobre as mulheres
negras de axé e suas representaçõe no conceito da ideologia do axé e as intelectuais negras Vilma Piedade
(2017) na reflexão sobre o pensamento de dororidade, fio que liga as mulheres negras, debatendo dentro da
cosmovisão ao culto ancestral na religiosidade de matriz africana. Este trabalho tem por objetivo central
apresentar o Ilê Axé Mãe Nice D´Xangô, discorrendo sobre o pensamento de mulheres negras, evidenciando
a importância desse espaço sagrado para a cultura na manutenção dos saberes e fazeres dos povos
tradicionais de matriz africana. A procedimento metodológicos é baseada na etnografia participante e
leituras bibliográficas. No primeiro momento foi realizado uma pesquisa bibliográfica para compreendermos
o espaço que estamos inseridas, a fim de não cair na homogeneização das narrativas. No segundo momento,
incumbidas da potencialidade da etnografia, inseridas a campo, entretanto, salientamos a necessidade de
pedir "agô", licença para adentrar, uma vez que esse espaço nos leva a diferentes bens, sendo ele tangíveis e
intangíveis. Os resultados e análise da pesquisa até o momento nos leva a entender que a Yalorixá
desenvolve suas ações pautadas na forma de consciência corpórea, evidenciando as urgências e emergências
presente na divulgação e valorização negra dentro do município e nas diferentes significações sociais que o
mesmo carrega, sempre voltando suas ações e pensando no apoderamento das suas significações na religiosa
negra. Até o presente momento concluímos que de modo corpóreo a Yalorixá apresenta os territórios em seu
espaço, o Ilê Axê Mãe Nice D'Xangô, demarcando a importância de cada um, nos desenvolvimentos dos
indivíduos que ali transitam, apontando que esse espaço tem uma forte identificação geracional na sua
construção, em sua permanência e nas estratégias de fortalecimento para o reconhecimento social.
Palavras-chave: Yalorixá Nice D'Xangô; Intelectuais Negras; Políticas afirmativas; Patrimônio Negro;
Jaguarão; Racismo religioso .
Palavras-Chave: Iyalorixá Nice D’Xangô, Intelectual negra, Festa de São Jorge, Racismo
Nice D'Xangô, situado na cidade de Jaguarão-RS, na fronteira com o país do Uruguai.O aporte teórico desta
pesquisa se delineia em uma perspectiva afrocentrada, evidenciando autores negros e negras. Essa pesquisa
justifica-se na busca de uma metodologia que compreenda esses sujeitos que ali transitam, uma vez que esse
espaço tem em sua ciência e política ou seja, seus saberes e fazeres, pautados na busca de uma totalidade,
tendo como arcabouço teórico o pensamento de Helena Theodoro(1996) na abordagem sobre as mulheres
negras de axé e suas representaçõe no conceito da ideologia do axé e as intelectuais negras Vilma Piedade
(2017) na reflexão sobre o pensamento de dororidade, fio que liga as mulheres negras, debatendo dentro da
cosmovisão ao culto ancestral na religiosidade de matriz africana. Este trabalho tem por objetivo central
apresentar o Ilê Axé Mãe Nice D´Xangô, discorrendo sobre o pensamento de mulheres negras, evidenciando
a importância desse espaço sagrado para a cultura na manutenção dos saberes e fazeres dos povos
tradicionais de matriz africana. A procedimento metodológicos é baseada na etnografia participante e
leituras bibliográficas. No primeiro momento foi realizado uma pesquisa bibliográfica para compreendermos
o espaço que estamos inseridas, a fim de não cair na homogeneização das narrativas. No segundo momento,
incumbidas da potencialidade da etnografia, inseridas a campo, entretanto, salientamos a necessidade de
pedir "agô", licença para adentrar, uma vez que esse espaço nos leva a diferentes bens, sendo ele tangíveis e
intangíveis. Os resultados e análise da pesquisa até o momento nos leva a entender que a Yalorixá
desenvolve suas ações pautadas na forma de consciência corpórea, evidenciando as urgências e emergências
presente na divulgação e valorização negra dentro do município e nas diferentes significações sociais que o
mesmo carrega, sempre voltando suas ações e pensando no apoderamento das suas significações na religiosa
negra. Até o presente momento concluímos que de modo corpóreo a Yalorixá apresenta os territórios em seu
espaço, o Ilê Axê Mãe Nice D'Xangô, demarcando a importância de cada um, nos desenvolvimentos dos
indivíduos que ali transitam, apontando que esse espaço tem uma forte identificação geracional na sua
construção, em sua permanência e nas estratégias de fortalecimento para o reconhecimento social.
Palavras-chave: Yalorixá Nice D'Xangô; Intelectuais Negras; Políticas afirmativas; Patrimônio Negro;
Jaguarão; Racismo religioso .
Palavras-Chave: Iyalorixá Nice D’Xangô, Intelectual negra, Festa de São Jorge, Racismo