O design de interiores pode ser estudado a partir dos limites, objetos e percepções, permitindo c... more O design de interiores pode ser estudado a partir dos limites, objetos e percepções, permitindo criar uma imagem mais detalhada dos elementos que o arquiteto precisa articular para criar ambientes determinados. Definir e imaginar lugares, móveis, cores, sensações, a incidência de luz e sombras em espaços, é uma sensibilidade própria do arquiteto, porém, a arquitetura também é adaptativa e muda de acordo com o usuário, seu uso ou necessidades. A análise segue, a partir da visão crítica de três filmes: Playtime (1967), Mon Oncle (1958) e Volver (2006) em relação à arquitetura nos itens mencionados: limites, objetos e percepções respectivamente. Os limites definem um espaço, eles podem ser tão óbvios quanto os limites físicos, ou tão difusos que dependem apenas da posição do usuário para definir uma variação do espaço, uma mudança na textura, material, cor ou diferença de altura ou mobília para caracterizar uma área interior ou exterior. Os limites podem ser adaptáveis, flexíveis ou leves, permitindo que a arquitetura se relacione com o exterior e vice-versa. As diversas explorações dos limites na arquitetura incentivam ao arquiteto a criar e inovar formas de relacionamento espacial. O filme Playtime (1967), permite analisar os "limites" que categorizam as escalas onde o filme é desenvolvido: escala da cidade (escala macro), prédios (escala média) e mobília (escala menor). A escala também é um limite que define os espaços que permitem diferenciar cenários ou ambientes. No filme, a escala da cidade, amostra um cenário utópico, irreal e futurista, Paris mostra-se como uma cidade inteiramente moderna, com uma arquitetura ortogonal, cinzenta, de superfícies lisas e sem ornamentos, grandes janelas e amplos espaços internos, que visualiza uma paisagem urbana como elementos repetitivos que esquecem as características próprias do lugar e delimita, uma cidade distante do estilo gótico, ou Barroco que imaginamos encontrar, o filme só permite reconhecer que é desenvolvido no Paris por pequenas reflexões que enquadram a Torre Eiffel ou do Arco do Triunfo. Os espaços abertos, naturais com arvores, não existem no filme, sendo um limite natural da cidade, converte uma cena difícil de imaginar na realidade. Isso nos faz entender que
O design de interiores pode ser estudado a partir dos limites, objetos e percepções, permitindo c... more O design de interiores pode ser estudado a partir dos limites, objetos e percepções, permitindo criar uma imagem mais detalhada dos elementos que o arquiteto precisa articular para criar ambientes determinados. Definir e imaginar lugares, móveis, cores, sensações, a incidência de luz e sombras em espaços, é uma sensibilidade própria do arquiteto, porém, a arquitetura também é adaptativa e muda de acordo com o usuário, seu uso ou necessidades. A análise segue, a partir da visão crítica de três filmes: Playtime (1967), Mon Oncle (1958) e Volver (2006) em relação à arquitetura nos itens mencionados: limites, objetos e percepções respectivamente. Os limites definem um espaço, eles podem ser tão óbvios quanto os limites físicos, ou tão difusos que dependem apenas da posição do usuário para definir uma variação do espaço, uma mudança na textura, material, cor ou diferença de altura ou mobília para caracterizar uma área interior ou exterior. Os limites podem ser adaptáveis, flexíveis ou leves, permitindo que a arquitetura se relacione com o exterior e vice-versa. As diversas explorações dos limites na arquitetura incentivam ao arquiteto a criar e inovar formas de relacionamento espacial. O filme Playtime (1967), permite analisar os "limites" que categorizam as escalas onde o filme é desenvolvido: escala da cidade (escala macro), prédios (escala média) e mobília (escala menor). A escala também é um limite que define os espaços que permitem diferenciar cenários ou ambientes. No filme, a escala da cidade, amostra um cenário utópico, irreal e futurista, Paris mostra-se como uma cidade inteiramente moderna, com uma arquitetura ortogonal, cinzenta, de superfícies lisas e sem ornamentos, grandes janelas e amplos espaços internos, que visualiza uma paisagem urbana como elementos repetitivos que esquecem as características próprias do lugar e delimita, uma cidade distante do estilo gótico, ou Barroco que imaginamos encontrar, o filme só permite reconhecer que é desenvolvido no Paris por pequenas reflexões que enquadram a Torre Eiffel ou do Arco do Triunfo. Os espaços abertos, naturais com arvores, não existem no filme, sendo um limite natural da cidade, converte uma cena difícil de imaginar na realidade. Isso nos faz entender que
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