Nesta resenha, Peron Rios apresenta a coletânea A Escravidão na Poesia Brasileira: do século XVII... more Nesta resenha, Peron Rios apresenta a coletânea A Escravidão na Poesia Brasileira: do século XVII ao século XXI (Editora Record, 2022), organizada pelo poeta e crítico literário Alexei Bueno. A antologia retrata a escravidão negra na poesia brasileira e evidencia, por meio do valor estético e histórico dos poemas selecionados, as marcas deixadas por esta instituição na produção artística do Brasil. O volume não objetiva ser um livro de história, mas um livro de poesias, que se ligam, de maneira intrínseca, ao período histórico, visto que nascem dentro, e a partir, dele. Sendo assim, Rios, ao longo de sua resenha, enfatiza a riqueza da coletânea e retrata as características e as singularidades dos versos apresentados na obra organizada por Bueno, permitindo ao leitor observar a história por um olhar próprio da poesia.
O escritor João Guimarães Rosa proporciona aos leitores, no conto “A Hora e Vez de Augusto Matrag... more O escritor João Guimarães Rosa proporciona aos leitores, no conto “A Hora e Vez de Augusto Matraga”, publicado na coletânea Sagarana (1946), uma reflexão a respeito do percurso anagógico possível, na esfera da refiguração religiosa e moral de um personagem. Ancorada numa forma épica de construção, a narrativa apresenta, à guisa de Dante Alighieri na sua Commedia, o progressivo percurso de uma ética heroica de Matraga. Esta complexidade moral do texto se elabora no investimento estético, que sedimenta verossimilhança ao suspender sentidos prévios e consolidados, potencializa a percepção fina dos dramas humanos e abre um caminho viável de persuasão ficcional
Nesta resenha, Peron Rios apresenta a coletânea A Escravidão na Poesia Brasileira: do século XVII... more Nesta resenha, Peron Rios apresenta a coletânea A Escravidão na Poesia Brasileira: do século XVII ao século XXI (Editora Record, 2022), organizada pelo poeta e crítico literário Alexei Bueno. A antologia retrata a escravidão negra na poesia brasileira e evidencia, por meio do valor estético e histórico dos poemas selecionados, as marcas deixadas por esta instituição na produção artística do Brasil. O volume não objetiva ser um livro de história, mas um livro de poesias, que se ligam, de maneira intrínseca, ao período histórico, visto que nascem dentro, e a partir, dele. Sendo assim, Rios, ao longo de sua resenha, enfatiza a riqueza da coletânea e retrata as características e as singularidades dos versos apresentados na obra organizada por Bueno, permitindo ao leitor observar a história por um olhar próprio da poesia.
O escritor João Guimarães Rosa proporciona aos leitores, no conto “A Hora e Vez de Augusto Matrag... more O escritor João Guimarães Rosa proporciona aos leitores, no conto “A Hora e Vez de Augusto Matraga”, publicado na coletânea Sagarana (1946), uma reflexão a respeito do percurso anagógico possível, na esfera da refiguração religiosa e moral de um personagem. Ancorada numa forma épica de construção, a narrativa apresenta, à guisa de Dante Alighieri na sua Commedia, o progressivo percurso de uma ética heroica de Matraga. Esta complexidade moral do texto se elabora no investimento estético, que sedimenta verossimilhança ao suspender sentidos prévios e consolidados, potencializa a percepção fina dos dramas humanos e abre um caminho viável de persuasão ficcional
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