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Por — De São Paulo


Greenbaum, CEO da AESC: inteligência emocional e orientação aos resultados — Foto:  Martin Bentsen/Divulgação
Greenbaum, CEO da AESC: inteligência emocional e orientação aos resultados — Foto: Martin Bentsen/Divulgação

No ano passado, três temas estiveram no centro das decisões da maioria dos vencedores do prêmio Executivo de Valor 2024: transformações tecnológicas, foco em pessoas e práticas de sustentabilidade. Além disso, a capacidade de tomar decisões equilibrando os interesses de diferentes públicos foi uma característica importante para esses líderes se destacarem na votação.

Os executivos premiados foram eleitos por 15 consultorias que fazem parte da AESC, associação global que congrega as empresas com as melhores práticas na seleção e desenvolvimento do alto escalão e que está presente em 74 países.

O processo de escolha se deu em duas etapas. Na primeira, as 15 consultorias indicaram até cinco nomes em cada uma das 24 categorias. Todas as lideranças que tiveram ao menos duas indicações seguiram para a segunda etapa, que contou com 197 nomes, entre os quais os premiados foram escolhidos.

Neste ano, uma nova categoria foi criada: seguros e previdência. No total, serão homenageadas 24 lideranças escolhidas pelo júri em 20 setores da economia, além de quatro categorias especiais: melhor executivo à frente de startup; melhor presidente de conselho de administração; melhor liderança jovem; e liderança de destaque em atividades voltadas à sociedade.

Karen Greenbaum, CEO da AESC, destaca que os melhores líderes sabem equilibrar inteligência emocional e orientação aos resultados, além de serem resilientes. “Os emocionalmente inteligentes inspiram os outros, incentivam a inovação e enxergam oportunidades onde os outros veem apenas desafios”, pontua. “Não é possível ser um grande líder sem ter a capacidade de se conectar e inspirar seu pessoal”, afirma. “Um grande líder sabe que, para estar um passo à frente da concorrência, é necessário ser inovador, e os líderes inovadores compreendem a importância de construir uma cultura inclusiva e que incentive a diversidade de pensamento para gerar novas ideias.”

Joseph Teperman, sócio-gestor da Amrop Brazil, também observou nos líderes resiliência e capacidade de tomada de decisão em momentos difíceis. “Eles precisaram se adaptar a mudanças mais de uma vez. Mas fizeram isso sem perder o foco naquilo que realmente importava para o resultado das companhias”, diz.

Alexandre Sabbag, sócio-diretor da Boyden, diz que, na votação, levou em conta atitudes, além dos tradicionais resultados financeiros, principalmente nas dimensões relacionadas ao ESG. “Chamou-nos a atenção a tomada de risco dos dirigentes, assim como a entrada em segmentos onde a decisão foi pautada também pelo impacto social, e não apenas pelo retorno sobre o investimento.”

Neste contexto, Alexandre Cruz, sócio sênior da Havik Executive Search/Cornerstone International, afirma que a capacidade de leitura do cenário externo, global e local, para além dos aspectos políticos e da economia, teve que estar presente nas agendas dos CEOs. “Foi um ano desafiador em diversos aspectos, desde a atração dos talentos certos, passando pela transformação digital”, diz. Já Fabio Fonseca, sócio-diretor da consultoria no Brasil, reforça que os executivos incorporaram os temas ESG e atuaram para impulsionar essa agenda dentro e fora de suas organizações.

Para Adriana Prates, fundadora e CEO da EMA Partners/Dasein, um líder eficaz se destaca pela capacidade de definir metas claras e alcançáveis, além de saber priorizar objetivos e comunicá-los de forma simples e direta. “A capacidade de conduzir a empresa de forma sustentável e lucrativa, mantendo o foco em iniciativas socialmente responsáveis, foi um fator-chave neste ano”, acrescenta.

“Nosso foco não se restringe apenas ao ‘o que’ os CEOs fazem ou fizeram para alcançar seus objetivos, mas também, e principalmente, ao ‘como’”, explica Rodrigo Forte, cofundador da EXEC e conselheiro global da AESC. Para ele, um CEO deve ter adaptabilidade e resiliência para lidar com mudanças rápidas no ambiente de negócios, visão estratégica clara para orientar a empresa no longo prazo e liderança inspiradora para motivar a equipe.

Na visão de Carlos Guilherme Nosé, CEO e sócio do FESA Group, o líder que conseguiu ver para onde seu mercado irá e implementou tais inovações saiu na frente. “O ano passado trouxe desafios extras, como o avanço da IA em quase todos os setores e do tema ESG nas pautas estratégicas.”

Para Ana Paula Bonilha, sócia da Heidrick & Struggles, os que levaram o prêmio tiveram lideranças inspiradoras, visão, habilidades de comunicação e pensamento inovador. Na visão de Ricardo Casiuch, managing director da Kincannon & Reed, os vencedores mostraram resiliência e criatividade em momentos de crise, e ainda foram capazes de lucrar e desenvolver projetos de conservação ambiental.

“O executivo não faz nada sozinho. O que ele e seu time desenvolvem se reflete no que a empresa apresenta durante o ano”, defende Flávio Pestana, CEO no Brasil da Odgers Berndtson. Em sua análise, os premiados desta edição tiveram desempenho comparados aos pares na capacidade de inovar, pelo crescimento e disciplina financeira.

De acordo com Anna Luiza Osser, sócia da Osser & Osser Executive Search, quem se destacou soube liderar organizações em um cenário de mudanças. “[Eles souberam] orquestrar a organização, ajustando-a com maestria à complexidade exigida nos negócios, apresentando resultados consistentes, tendo cada vez mais uma abordagem centrada nas pessoas.”

Jacques Sarfatti, sócio-diretor da Russell Reynolds Associates, detalha que procura enxergar o CEO “na sua plenitude”, ou seja, se ele conseguiu expandir as suas competências e áreas de atuação para atender às altas exigências do mercado. Nesse sentido, ele destaca que foi necessário olhar para as demandas da sociedade, uso ético das novas ferramentas tecnológicas, com bom gerenciamento da força de trabalho.

Na percepção de Jorge Kraljevic, sócio-gestor da Signium, a capacidade de inovar foi destaque no ano passado. Ele observa que os vencedores demonstraram ter criatividade para acelerar o negócio, mirando as metas de curto prazo e a estratégia de médio prazo. Para Laura Menezes, presidente da Spencer Stuart no Brasil, o olhar mais atento para a agenda de desenvolvimento e sucessão de lideranças e o aumento do diálogo em relação à cultura organizacional foram pontos importantes na prática dos executivos.

Em 2023, o que mais chamou a atenção de João Márcio Souza, CEO da Talenses Executive, foram o compromisso com a sustentabilidade, a ênfase em uma liderança inclusiva e a capacidade de gerar valor significativo para os acionistas. “Muitos executivos usaram estratégias que equilibram o crescimento econômico com impactos positivos no meio ambiente e na sociedade”, analisa.

Ricardo Du Pain, gerente-geral da People Assets/Transearch, enfatiza que um fator importante foi o estilo de liderança. “Com o mercado de contratação aquecido e carente de executivos, ter uma liderança inspiradora acaba sendo um fator de atração e retenção de talentos, com a potencial consequência de trazer bons resultados para as organizações.”

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