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Por — Para o Valor, de São Paulo


Pâmela Vaiano: “A capacidade de antever cenários possibilitou chegar aos cem anos” — Foto: Divulgação
Pâmela Vaiano: “A capacidade de antever cenários possibilitou chegar aos cem anos” — Foto: Divulgação

Visão de futuro e capacidade de adaptação às mudanças são características comuns da nova leva de companhias centenárias.

Em 2024, o Itaú Unibanco está comemorando cem anos. “Sem dúvida, a capacidade de antever cenários e se reinventar possibilitou ao Itaú Unibanco chegar aos cem anos em plena forma. A disciplina na gestão de riscos é outra marca do banco para crescer de forma sustentável”, diz Pâmela Vaiano, superintendente de Comunicação Corporativa do Itaú Unibanco.

O marco do início das atividades foi 27 de setembro de 1924, quando o governo federal concedeu a carta de patente para funcionamento da seção bancária da Casa Moreira Salles, em Poços de Caldas (MG), que deu origem ao Itaú Unibanco, fruto da fusão entre as instituições, em 2008.

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Ao longo de sua história, evoluiu e ganhou relevância, atravessando períodos desafiadores como hiperinflação e crises econômicas no país e no mundo. Hoje, o Itaú Unibanco é uma das maiores instituições financeiras do mundo e o maior banco da América Latina, com valor de mercado em torno de US$ 68 bilhões.

O banco atende mais de 70 milhões de clientes e oferece todos os tipos de soluções financeiras e investimentos. Sua carteira de crédito chegou a R$ 1,18 trilhão, equivalente a 10% do PIB.

O Itaú coleciona realizações inovadoras. Foi o primeiro a implementar caixa eletrônico no Brasil, em 1983, e pioneiro a oferecer a opção de abertura de conta corrente via WhatsApp, em 2022. Segundo Pâmela, a instituição investe continuamente em novas tecnologias e mantém relacionamento com o ecossistema de inovação. Um dos principais canais é o Cubo, hub de empreendedorismo mantido pelo banco, que conecta mais de 400 startups e 90 corporações parceiras.

“Com o Cubo, conseguimos conectar propósitos e construir grandes cases de inovação. Assim, ampliamos a oferta de produtos e serviços, seguindo na vanguarda”, destaca a superintendente. Essas também são respostas à concorrência, que veio se acirrando no setor nos últimos anos. “O uso de dados tem sido fundamental, o que certamente ganhará mais força com o desenvolvimento e adoção da inteligência artificial, o que já começamos a fazer no banco”, acrescenta Pâmela.

Entre as iniciativas para marcar o centenário, o Itaú lançou a nova marca e o movimento Feito de Futuro, ou seja, uma campanha refletindo sobre o legado e longevidade. O show da Madonna no Rio de Janeiro fez parte dessa estratégia.

No setor de tecnologia, a Unisys completará cem anos de atuação no país no próximo mês. Em 12 de junho de 1924, a multinacional registrou uma das suas linhas de produtos na Junta Comercial do Rio de Janeiro. “Naquela época, a computação como conhecemos não tinha começado. A empresa comercializava máquinas somadoras mecânicas”, conta Marcel Valverde, general manager da Unisys para o Brasil. Hoje, a companhia oferece soluções de tecnologia para os setores de varejo, financeiro e de logística.

“Pesquisa e desenvolvimento é crucial para nós, que temos foco em soluções inovadoras e disruptivas”, ressalta. Outra preocupação é com a formação de profissionais. A empresa oferece treinamentos e mantém uma universidade interna.

Ao longo da sua história, a Unisys coleciona marcos. Em 1950, ao abrir sua primeira unidade no Brasil, na cidade de São Paulo, lançou o que seria o começo da automação bancária, na verdade, um caixa que fazia autenticação mecânica. A Unisys é uma das pioneiras da computação no mundo e trouxe ao Brasil, em 1957, um sistema de processamento de dados, equipamento que foi utilizado pelo IBGE para processar o censo brasileiro de 1960.

Nos anos 90, a Unisys iniciou o processo de automação no varejo com seu sistema de código de barras. Em 1996, foi responsável pelo início da implementação da urna eletrônica no país. Mais recentemente, participou de um dos consórcios para a montagem dos centros de controle e vigilância da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016. “Nosso desafio atual é a preparação para esse novo momento da inteligência artificial”, comenta Valverde. Para seu centenário de Brasil, a Unisys já lançou um logotipo especial e contará com celebrações em todas as suas unidades.

No ramo hoteleiro, o famoso Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, fez seu centésimo aniversário no dia 13 de agosto de 2023, totalizando mais de 10 milhões de hospedagens (pessoa por noite). A própria construção do hotel foi uma inovação, pois não existiam no local hotéis à beira-mar. O empresário Octávio Guinle, fundador do Copacabana Palace, era um grande visionário e criou o cassino e o teatro do Copa - que foi reinaugurado em 2021, depois de 27 anos desativado -, além do primeiro grande espaço de shows da América do Sul, o Golden Room.

A Belmond adquiriu o hotel em 1989 e, desde então, vieram grandes investimentos para manter alto padrão de qualidade e relevância. “Os investimentos mais significativos foram em estrutura, profissionais, eventos e gastronomia”, afirma Ulisses Marreiros, area managing director da Belmond no Brasil.

Na avaliação do executivo, os anos 80 foram desafiadores, pois houve um boom de novos hotéis, ou seja, a concorrência aumentou e o Copa precisou de fortes aportes. Mais recentemente, a pandemia foi o momento mais difícil, pois o hotel fechou as portas por 132 dias.

No ano passado, as comemorações foram marcantes, com uma série de eventos que reuniu grandes nomes como Gilberto Gil, Jorge Ben Jor, Alok e Gustavo Kuerten. Um dos pontos altos foi o baile de carnaval dos cem anos. Também houve o lançamento do livro “Copacabana Palace: Where Rio Starts”.

Por sua vez, a Lorenzetti, líder na produção de duchas, chuveiros, torneiras elétricas e aquecedores de água a gás, fez cem anos em outubro do ano passado. A empresa, que conta com cinco fábricas e emprega 4.000 colaboradores, alcançou faturamento anual de R$ 2,5 bilhões.

“A longevidade é resultado de estratégias sólidas e adaptações constantes ao mercado. Os três pilares que sustentaram nosso sucesso são a inovação, pulverização dos pontos de vendas e atenção às mudanças de comportamento do consumidor”, afirma Eduardo Coli, CEO da Lorenzetti. Conforme ele, historicamente a companhia investe cerca de 6,5% da receita líquida em pesquisa e desenvolvimento.

Entre os muitos exemplos da abordagem inovadora da Lorenzetti, destaca-se o pioneirismo na fabricação de motores elétricos 100HP na década de 30 e do chuveiro elétrico automático na década de 50. Entre os desafios atuais, Eduardo Coli aponta a expansão da transformação digital das plantas. Na comemoração do seu centésimo aniversário, a empresa fez uma campanha publicitária e lançou mais de 70 produtos.

Mais recente Próxima Reinventar o foco das operações é saída para conseguir sobreviver

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