Brazilian Journal of Health Review 16647
ISSN: 2595-6825
Hipotireoidismo na gestação: Um relato de caso
Hypothyroidism in pregnancy: A case report
DOI:10.34119/bjhrv4n4-178
Recebimento dos originais: 05/07/2021
Aceitação para publicação: 06/08/2021
Julya de Assis Sousa Morais
Médica graduada pela Faculdade de Medicina Nova Esperança
Faculdade de Medicina Nova Esperança
Av. Frei Galvão, 12 - Gramame, João Pessoa – PB
E-mail: julya_morais@hotmail.com
Maria Beatriz Azevedo Terceiro Neto
Médica graduada pela Faculdade de Medicina Nova Esperança
Faculdade de Medicina Nova Esperança
Av. Frei Galvão, 12 - Gramame, João Pessoa - PB
E-mail: biatneto@hotmail.com
Mariana Lopes Lima
Médica graduada pela Faculdade de Medicina Nova Esperança
Faculdade de Medicina Nova Esperança
Av. Frei Galvão, 12 - Gramame, João Pessoa - PB
E-mail: lopesmariana213@gmail.com
Isabella Jordany Alves Ramos
Interna de Medicina pela Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte, FMJ,
IDOMED.
Av. Tenente Raimundo Rocha, S/N - Juazeiro do Norte - CE
E-mail: isabellajordanyar@gmail.com
RESUMO
A desordem tireoidiana descompensada na gestação pode acarretar em repercussões
maternas e fetais, como hipertensão gestacional, placenta prévia, abortos espontâneos,
baixo peso fetal, malformações congênitas, além de redução do QI da prole. Essas
alterações demonstram a importância da dosagem seriada do T4 Livre e TSH durante a
gestação em mães portadoras de hipotireoidismo para avaliação do controle da doença,
bem como o encaminhamento para o pré-natal de alto risco. É por meio da atenção
primária a saúde e do acompanhamento pré-natal da gestante que podem ser identificados
distúrbios gestacionais a fim de diminuir morbidade e mortalidade materno-infantil,
sendo de crucial importância para que haja um atendimento integrado a saúde. O início
tardio do pré-natal pode interferir na assistência deficiente, fazendo com que não haja
investigação de alguma disfunção que a gestante possa ser portadora, como a disfunção
tireoidiana que é de grande importância a sua identificação no primeiro trimestre. A
paciente possui história de hipotireoidismo desde os 9 anos de idade, tratada com
Levotiroxina 75 mg porém repetidas falhas no tratamento devido à má adesão
medicamentosa, que resultou, entre outras consequências, na descoberta de uma gestação
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já em estágio avançado e com alto risco de morbi-mortalidade materno-fetal em
decorrência do quadro clínico da paciente.
Palavras-chave: Hipotireoidismo, Gestação de alto risco, Atenção Primária, Disfunção
tireoidiana.
ABSTRACT
An uncompensated thyroid disorder during pregnancy can lead to maternal and fetal
repercussions, such as gestational hypertension, placenta previa, spontaneous abortions,
low fetal weight, congenital malformations, and reduced IQ of the offspring. These
changes demonstrate the importance of the serial measurement of Free T4 and TSH
during pregnancy in mothers with hypothyroidism to evaluate the control of the disease,
as well as the referral to high-risk prenatal care. It is through primary health care and
prenatal monitoring of pregnant women that gestational disorders can be identified in
order to reduce maternal and child morbidity and mortality, being of crucial importance
for an integrated health care. The late initiation of prenatal care can interfere in the
deficient assistance, causing the lack of investigation of some dysfunction that the
pregnant woman may have, such as thyroid dysfunction, which is of great importance to
be identified in the first trimester. The patient has a history of hypothyroidism since she
was 9 years old and was treated with Levothyroxine 75 mg, but the treatment failed
repeatedly due to poor compliance, which resulted, among other consequences, in the
discovery of a pregnancy at an advanced stage and with a high risk of maternal-fetal
morbidity and mortality due to the patient's clinical condition.
Keywords: Hypothyroidism, High-risk pregnancy, Primary care, Thyroid dysfunction.
1 INTRODUÇÃO
Os hormônios tireoidianos são necessários para a manutenção do metabolismo
normal, regulação da temperatura corporal, produção de energia e ainda desenvolvimento
fetal. Diante de um quadro de hipotireoidismo, observa-se uma alta produção do
hormônio estimulador da tireoide (TSH) mas em contrapartida, baixos níveis sanguíneos
dos hormônios produzidos pela glândula tireóide, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4).
Sendo assim, é possível inferir, que tais alterações afetam praticamente todas as funções
do sistema orgânico, tornando os processos metabólicos mais lentos. (PINHEIRO;
NUNES 2019).
No período gestacional, ocorrem diversas alterações na fisiologia e função
tireoidiana, aumentando a produção hormonal em 50% para dar resposta às necessidades
maternas e fetais. Isso ocorre por três fatores: aumento da globulina ligante de tiroxina
(TBG) pelo efeito do estrogênio no fígado; semelhança molecular entre gonadotrofina
coriônica (hCG); e o hormônio estimulador da tireoide (TSH), havendo efeito estimulador
na glândula tireoidiana pelo hCG e o suplemento de iodo disponível por meio da dieta. A
tiroxina (T4) e a tri-iodotironina (T3) sérica total estão aumentadas no início da gestação
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em resposta ao aumento da TBG, mas a fração livre dos hormônios se mantém dentro dos
limites da normalidade (DE ALMEIDA.; MONTEIRO; TRAJANO, 2015).
A disfunção tireoidiana é o segundo distúrbio endócrino mais comum que acomete
mulheres em idade reprodutiva. Sendo, que a prevalência do hipotireoidismo evidente se
mantém entre 0,3 a 3% das gestações e o subclínico ocorre entre 1,5 a 3%. Grande parte
dessa estatística é atrelada à autoimunidade tireoidiana (tireoidite de Hashimoto),
principal causa relacionada, determinando a presença de autoanticorpos da tireóide
[anticorpos TPO-Ab ou tireoglobulina (TG)] em 5-15% das mulheres durante a idade
fértil. Além disso, a deficiência de iodo também está relacionada a maior incidência de
tal alteração e no Brasil, isso é visto principalmente nas regiões Norte e Nordeste.
(PINHEIRO; NUNES 2019).
As mulheres que são portadoras de hipotireoidismo e que pretendem engravidar
deveriam ser estimuladas a fazer o exame diagnóstico e, uma vez confirmada a disfunção,
ser orientada e acompanhado os níveis de T3 e T4 antes da concepção. O diagnóstico é
confirmado através das dosagens de TSH, T3 e T4. Quando diagnosticada a gravidez,
esses hormônios deverão ser monitorados a partir do primeiro trimestre da gestação,
revendo os mesmos a cada seis ou oito semanas, de modo que o tratamento consiste na
reposição dos hormônios tireoidianos, devendo ser ajustado quando houver necessidade.
(LOPES; 2016)
Sendo assim, é de grande relevância a realização de um acompanhamento
sistemático, pela equipe de saúde, que acompanha essa mulher, acerca dos fatores de
riscos a que ela está exposta, pois isso irá ajudar no diagnóstico precoce e possível
tratamento imediato. Estudos demonstram que das complicações diagnosticadas na
gestante relacionada com hipotireoidismo não tratado, as que se manifestam com maior
frequência são à hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia, descolamento prévio da
placenta, malformações congênitas e abortos espontâneos. Além desses efeitos, o feto
poderá apresentar sofrimento fetal, nascer prematuro, com hipotireoidismo congênito e
comprometimento neurológico. (OLIVEIRA; 2009).
2 MÉTODOS
O seguinte artigo, trata-se da análise de um caso clínico na forma de um estudo
qualitativo, documental, transversal e de aspecto descritivo, no qual foi analisado um caso
clinico de hipotireoidismo durante a gestação, seu rastreio dentro da atenção básica e a
importância do acompanhamento de uma equipe de saúde para o desfecho da saúde da
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paciente. O instrumento utilizado durante a pesquisa foi o prontuário da paciente, através
de seus relatos espontâneos, bem como uma revisão bibliográfica de literatura. O local de
pesquisa foi uma Unidade Básica de Saúde, localizada no bairro Valentina de Figueiredo,
na cidade de João Pessoa – PB.
3 RELATO DE CASO
L.T.S.T, 24 anos, feminino, relata história de hipotireoidismo desde os 9 anos de
idade em acompanhamento com endocrinologista, sendo prescrito Levotiroxina 75mg em
sua última passagem pelo especialista. Afirma que devido a episódios de síncope e
tonturas suspendeu por conta própria a medicação, interrompendo o tratamento. Nos
meses subsequentes, refere ganho de aproximadamente 10kgs em 3 meses, além de edema
vespertino de membros inferiores e amenorreia há mais de 1 ano. Começou a sentir
ligeiros movimentos em região abdominal, quando então procurou policlínica para
realizar ultrassom transvaginal, sendo diagnosticada gestação em torno de 24 semanas.
Ao iniciar pré-natal em ESF, relatou que não fazia uso de nenhum método contraceptivo
e acreditava que o ganho de peso decorria do hipotireoidismo não tratado. Possui história
semelhante de má adesão ao tratamento do hipotireoidismo quando engravidou do
primeiro filho, sendo que este veio a óbito nos primeiros dias de vida por infecção
congênita, pois a paciente só deu início ao pré-natal nas últimas semanas de gestação por
também não ter desconfiado de gravidez. Ao solicitar TSH na ESF, este encontrava-se
em 50 miliunidades/L, ocasião em que foi prescrita novamente terapia com Levotiroxina
50mg e a gestante foi então encaminhada ao pré-natal de alto risco no Hospital
Universitário Alcides Carneiro (HULW).
4 DISCUSSÃO
Em reconhecimento à relevância e ao impacto do processo de nascimento, o
Ministério da Saúde (MS) brasileiro vem, nos últimos anos, assumindo, como um de seus
compromissos, a promoção da maternidade segura. A assistência pré-natal é um dos
programas criados para grupos específicos de gestantes na tentativa de se elevar a
qualidade dos serviços prestados, visto que os principais fatores de risco tanto para a
saúde materna, quanto do concepto, são identificados durante as consultas de pré-natal
através do acompanhamento sistematizado no período gestacional (LIMA; MELO;
FERREIRA, 2012).
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Essa assistência está dividida em duas modalidades: Assistência ao pré-natal de
baixo risco compreendido pela assistência integral à mulher, de modo organizado para
atender às necessidades das gestantes e a assistência ao pré-natal de alto risco, uma vez
que mesmo a gravidez sendo um fenômeno fisiológico, algumas gestantes podem
apresentar condições que ameaçam a sua saúde e do recém-nascido (ROBLES, 2015).
Entre as condições que configuram ameaça a sua materna e do recém-nascido,
estão as doenças hipertensivas específicas da gestação (DHEG), diabetes gestacional não
controlada e doenças clínicas maternas, como o hipotireoidismo.
A caracterização de gestações como sendo de alto risco tem como objetivo
principal orientar a atenção adicional à gestante, possibilitando a prevenção de eventos e
desfechos indesejáveis. Para estas gestantes, o número de consultas deve ser avaliado
individualmente, de acordo com a necessidade da paciente, podendo ter acompanhamento
domiciliar (BRANDEN, 2000).
O pré-natal é um fator de prevenção a todas as gestantes, com a finalidade de
identificar e prevenir complicações nesse período. O mais cedo possivel, deve-se iniciar
o pré-natal antes do primeiro trimestre para que possam fazer todas as consultas
preconizadas pela assistência básica do pré-natal (BRASIL, 2012c). O início tardio do
pré-natal pode interferir na assistência deficiente, fazendo com que não haja investigação
de alguma disfunção que a gestante possa ser portadora, como a disfunção tireoidiana que
é de grande importância a sua identificação no primeiro trimestre.
A disfunção tireoidiana é o segundo distúrbio endócrino mais comum que acomete
mulheres em idade reprodutiva. O hipotireoidismo tem como característica a elevação de
TSH e diminuição dos hormônios tireoidianos. Quando se analisa os desfechos do
hipotireoidismo durante a gestação, observa-se que nem sempre é possível traçar o
diagnóstico clínico de forma precoce, por ser difícil de ser estabelecidos, devidas
semelhanças na sintomatologia, a não ser quando os sintomas sejam evidentes. Sendo
assim, a boa evolução da gravidez nas mulheres hipotireoidianas dependerá dos esforços
para identifica-las e tratá-las adequadamente (MACIEL; MAGALHÃES, 2008).
Os hormônios da tireóide são essenciais para o desenvolvimento do feto no
primeiro trimestre da gestação, e é a principal fonte de fornecimento hormonal durante
esse período, sendo responsáveis pela mielinização normal, regula a migração de células
no córtex, cerebelo e hipocampo e regulando também a diferenciação de neurônios
(ANDERSEN et al, 2013). Na segunda metade da gestação, os hormônios também
participam no desenvolvimento do cérebro do feto (BERNAL, 2005). Estudos mostram
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que até a 18ª - 20ª semana da gestação, a tireóide do feto não está funcionando (SAHAY;
NAGESH, 2012), com isso, depende exclusivamente dos hormônios tireoidianos
maternos que atravessam a placenta para o seu desenvolvimento neurológico (CHANG
et al, 2011).
Segundo Límanová (2015), o hipotireoidismo é uma condição bastante prevalente
e por vezes assintomática ou com sintomas mascarados pelo estado hipermetabólico da
gestação. Sintomas moderados incluem ganho de peso modesto, letargia, diminuição na
capacidade de se exercitar e intolerância ao frio. Apesar disso, a doença tem fácil
diagnostico, têm tratamento eficaz e seguro; a dosagem dos hormônios TSH e dos
anticorpos anti-TPO devem ser realizadas no início, durante o primeiro trimestre, sabendo
que a suplementação adequada do hormônio durante a gravidez é importante e se for
possível, deverá ser iniciada antes da concepção. Para mulheres que são portadoras do
hipotireoidismo e que estão planejando engravidar, deverá ajustar a dose da levotiroxina
assim que a gravidez for confirmada e os exames mais utilizados no acompanhamento
das gestantes são TSH e T4 livre o objetivo do tratamento é atingir o nível de TSH para
cada trimestre de gestação (VILLAGELIN et al, 2015).
O hipotireoidismo quando não identificado ou tratado durante a gestação, implica
em consequências graves tanto para a maternas e neonatais, como o risco aumentado de
abortamento, parto prematuro, descolamento de placenta, restrição de crescimento
intrauterino, hipertensão gestacional, baixo peso ao nascer e déficit no desenvolvimento
neurocognitivo fetal (MACIEL; MAGALHÃES, 2008).
Segundo Chang et al (2011), estudos mostram que mulheres com hipotireoidismo
não tratado durante a gestação, têm suas crianças apresentando aumento na deficiência
intelectual em comparação às gestantes que fazem controle cuidadoso com reposição
hormonal, têm desenvolvido uma gravidez tranquila, e as crianças tem apresentado um
bom desenvolvimento. Estudos comprovam que crianças que nascem de mães portadoras
do hipotireoidismo têm maiores riscos de apresentarem deficiência do Quociente de
Inteligência (QI); as nascidas de mães não tratadas apresentaram QI abaixo da média de
crianças nascidas de mães que tiveram suplementação adequada. Sabendo que o risco,
aplica-se também as mulheres que fazem uso de suplementação e que esteja abaixo do
ideal (SAHAY; NAGESH, 2012).
Quanto ao tratamento, o objetivo do tratamento da gestante com hipotireoidismo
é obter o eutireoidismo clínico e laboratorial. A levotiroxina é a droga de escolha para
hipotireoidismo na gestação, e devido às modificações fisiológicas é preciso aumentar a
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dose diária do hormônio tireoidiano que varia em média de 30 – 50% a mais da dose
habitual (SAHAY; NAGESH, 2012). Devendo manter os níveis de TSH dentro do
normal, no terceiro trimestre e T4 Livre dentro do limite de normalidade e com
acompanhamento a cada 4 a 6 semanas para que possa ser feito ajuste da dose quando
necessário (STAGNARO-GREEN et al, 2011).
Após o parto, as mulheres deverão diminuir a dosagem do hormônio que foi
aumentando durante a gestação ate a 4ª semana pós-parto, voltando para a dose que
tomava no período pré- gestacional; as que iniciaram as doses dos hormônios na gravidez
irão necessitar da metade da dose que tomava antes do parto; as gestantes com
hipotireoidismo sub-clínico, poderá interromper a medicação após o parto, sendo avaliada
após seis semanas e decidir se vai continuar o tratamento hormonal ou não
(RAMPRASAD; BHATTACHARYYA; BHATTACHARYYA, 2012). Os testes da
função tireoidiano, deverão permanecer por pelo menos 6 meses após o parto para
determinar se o hipotireoidismo foi gestacional ou permanente (SAHAY; NAGESH,
2012).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
É de crucial importância que durante o acompanhamento pré-natal da gestante,
seja identificado distúrbios tireoidianos como o hipotireoidismo gestacional, que apesar
de não ser frequente, pode acarretar em repercussões maternas e fetais, entre elas,
hipertensão gestacional, placenta prévia, abortos espontâneos, baixo peso fetal,
malformações congênitas, além de redução do QI da prole.
É atribuída ao Sistema Único de Saúde a responsabilidade de atenção pré-natal às
gestantes, por meio do serviço de Atenção Primária, a fim de diminuir a morbidade e a
mortalidade materno-infantil. A equipe de Estratégia em Saúde da Família (ESF) deve
estar preparada para reconhecer condições clínicas que necessitem de manejo em outros
níveis de atenção à saúde, para que por meio das Redes de Saúde (RS) seja garantido a
integralidade do cuidado. Assim como é importante reconhecer um pré-natal de alto risco,
para que a gestante seja encaminhada para serviços especializados. Não se pode esquecer
de que o vínculo criado entre a equipe de saúde e a gestante não finaliza com o
encaminhamento para o pré-natal de alto risco, uma vez que o cuidado com o indivíduo
na atenção básica visa a continuidade.
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