Ministério da Cultura
Grupo de Trabalho para o Estudo do Espólio
e Edição da Obra Completa de Fernando Pessoa
Coordenador: Ivo Castro
EDIÇÃO CRÍTICA DE FERNANDO PESSOA
Série Maior, Volume XI, Tomo I
Volumes da Série Maior
I. Poemas de Fernando Pessoa
tomo I: até 1914 (em publicação)
tomo II: 1915-1920 (publicado)
tomo III: 1921-1930 (publicado)
tomo IV: 1931-1933 (publicado)
tomo V: 1934-1935 (publicado)
Mensagem e Poemas Publicados em Vida (em publicação)
Quadras (publicado)
Rubaiyat (publicado)
II. Poemas de Álvaro de Campos (publicado)
III. Poemas de Ricardo Reis (publicado)
IV. Poemas de Alberto Caeiro (em publicação)
V. Poemas Ingleses
tomo I: Antinous, Inscriptions, Epithalamium, 35 Sonnets (publicado)
tomo II: Poemas de Alexander Search (publicado)
tomo III: The Mad Fiddler (publicado)
VI: Obras de António Mora (publicado)
VII: Escritos sobre Génio e Loucura (2 tomos) (publicados)
VIII: Obras de Jean Seul de Méluret (publicado)
IX: A Educação do Stoico (publicado)
X: Sensacionismo e Outros Ismos (publicado)
XI: Cadernos
tomo I (publicado)
tomo II (em publicação)
tomo III (em publicação)
tomo IV (em publicação)
A preparação desta obra foi financiada, parcialmente, por bolsa de pós-doutoramento atribuída pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
Introdução
No volume XI da Edição Crítica de Fernando Pessoa serão editados
gradual e integralmente todos os cadernos pessoanos. Este tomo, o I da
série, reúne os primeiros dez cadernos, seguindo uma cronologia — a do
tempo da escrita — que não é absoluta, mas que serve de guia. Em geral, a
sequência das páginas encadernadas corresponde à sequência da escrita dos
textos e, mesmo quando dois cadernos foram manuscritos durante um período de tempo mais ou menos coincidente, é possível propor uma organização cronológica destes suportes. Confiamos em que os cadernos assim
organizados permitam novas revisitações da vida e da obra de Fernando
Pessoa (1888-1935), atendendo a que as páginas do primeiro começaram a ser
ocupadas em 1900, enquanto que as páginas do último foram preenchidas
em 1935.
Os desafios não são poucos. Uma vez definido o que entendemos por
«caderno», logo descobrimos que nem todos os cadernos de Fernando Pessoa estão arquivados como tal na secção «Cadernos» (BNP / E3, 144; cf. o
portal da Biblioteca Nacional Digital 1), e reconhecemos ainda que, para além
deles, muitas folhas de outros cadernos estão dispersas pelo espólio da BNP;
finalmente, há que decifrar e transcrever textos que foram escritos — em
geral — «com mais que muita pressa» (carta a Mário Beirão, de 1-II-1913) 2.
Acresce que nos cadernos se encontram tábuas, desenhos, cálculos, horóscopos, escritos mediúnicos, repetições de palavras e simples «riscos moles e
cinzentos» (para citar um poema de Álvaro de Campos: Fecho o caderno
dos apontamentos | E faço riscos moles e cinzentos | nas costas do envelope
do que sou… 3). As costas com riscos desse envelope imaginário lembram as
capas e as folhas de guarda de muitos cadernos.
O que é um «caderno»? A pergunta revela-se pertinente a partir do
momento em que nos apercebemos da diversidade dos objectos que podemos denominar cadernos e da diversidade dos suportes arquivados na secção «Cadernos». Uma possibilidade seria ensaiar uma definição por oposição e estabelecer, por exemplo, uma distinção entre cadernos e cadernetas,
assim como às vezes se distinguem cahiers e carnets, cuadernos e libretas.
Mas a diversidade é maior: dentro e fora da secção «Cadernos» há também
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Cadernos de Fernando Pessoa
agendas, blocos de notas e vários conjuntos de folhas cosidas, atadas ou
argoladas. Quais destes conjuntos são cadernos e quais não são? De novo,
o que é um «caderno»? Etimologicamente, «caderno» (do Lat. quaternu) é
uma folha de papel dobrada duas vezes, de modo a formar um conjunto de
quatro fólios; por extensão, a designação aplica-se a todo o conjunto de
folhas dobradas com quatro ou mais fólios; um jornal é constituído por
cadernos soltos, assim como um livro o é por cadernos cosidos e ligados
entre si na lombada. Uma agenda também costuma estar constituída por
cadernos, mas não necessariamente um bloco de notas ou um conjunto de
folhas cosidas, atadas ou argoladas sem terem sido dobradas, já que nem
toda a reunião de folhas avulsas forma neste sentido um caderno.
Neste volume incluem-se todos os suportes que podem ser definidos
propriamente como «cadernos» e alguns conjuntos autógrafos que talvez
não o sejam propriamente, mas que se encontram arquivados na secção com
este nome e que têm sido considerados como tais. Portanto, aqui se encontram todos os suportes que, de acordo com um critério tipológico (ou por
outro critério), foram classificados como «cadernos», e além disso por todos os cadernos que, apesar de o serem, não foram reconhecidos como tal
e ficaram dispersos pelo espólio pessoano. Excluem-se os números de alguns jornais manuscritos (A Palavra, O Palrador) e mimeografados (O Progresso e A Civilização), que se encontram fora do núcleo principal e que
não estão redigidos em cadernos, à excepção de um único número de
O Palrador 4. Tentaram localizar-se todas as folhas soltas dos cadernos editados e estudaram-se as folhas soltas de cadernos completamente desmembrados, que hoje não é possível reconstituir na íntegra. Desta foram, o leitor poderá comprovar até que ponto esta edição diverge e complementa o
portal da Biblioteca Nacional Digital dedicado aos cadernos de Fernando
Pessoa, portal para o qual contribuimos activamente durante 2007/2008.
A edição dos cadernos pessoanos é um projecto comparável ao da edição
de outros cadernos modernos, entre os que se podem destacar os carnets de
travail de Gustave Flaubert, os cahiers de Paul Valéry e os notebooks de
James Joyce, entre muitíssimos outros. Sem que se possa dizer que se trata
de prática exclusivamente sua, quase todos os escritores modernos e nomeadamente os modernistas fizeram uso de cadernos, já que de certo modo
estes materiais eclodiram com a modernidade e tiveram um período áureo
durante o modernismo. Alguns tipos de caderno — e nomeadamente os de
dimensões mais pequenas, «de algibeira» — surgiram ou multiplicaram-se
em finais do século XIX e princípios do XX. Tanto que é possível associar a
experiência dispersiva do sujeito moderno à prática de tomar apontamentos
rápidos num caderno, de modo a não perder nenhuma ideia nem sensação.
Ainda mais quando as ideias e as sensações são tantas, que evocam a movi-
Introdução
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mentação de uma rua no centro da cidade. Na carta já citada a Mário Beirão,
Pessoa escreve que precisa de fazer da sua atenção um caderno de apontamentos; e pouco depois acrescenta:
V. dificilmente imaginará que Rua do Arsenal, em matéria de movimento, tem sido a minha pobre cabeça. Versos inglezes, portuguezes,
raciocinios, themas, projectos, fragmentos de cousas que não sei o que
são, cartas que não sei como começam ou acabam, relampagos de criticas, murmurios de metaphysicas… Toda uma literatura, meu caro Mario,
que vae da bruma — para a bruma — pela bruma…
Toda essa literatura é a que é possível encontrar nos cadernos de Fernando Pessoa. Um dos maiores fascínios destes suportes é o de oferecerem
uma imagem reduzida do cosmos heterogéneo da produção pessoana. Existem cadernos dedicados apenas a um assunto, mas essa é a excepção e não
a regra; em geral, num caderno podem existir e existem todo o tipo de
escritos. Daí Foucault ter-se perguntado se tudo o que figura nos cadernos
de Nietzsche podia ou não ser considerado «obra»:
Quand on entreprend de publier, par exemple, les œuvres de Nietzsche, où faut-il s’arrêter? Il faut tout publier, bien sûr, mais que veut
dire ce ‘tout’? Tout ce que Nietzsche a publié lui-même, c’est entendu.
Les brouillons de ses œuvres? Évidemment. Les projets d’aphorismes?
oui. Les ratures également, les notes au bas des carnets? oui. Mis quand,
à l’intérieur d’un carnet rempli d’aphorismes on trouve une référence,
l’indication d’un rendez-vous ou d’une adresse, une note de blanchisserie:
œuvre ou pas œuvre? Mais pourquoi pas?
(Foucault, 1969: 79-80)
Aqui apelamos a uma noção de «obra» o mais abrangente possível, que
é a que torna defensável a publicação da totalidade dos autógrafos de
Fernando Pessoa. Um talão de lavandaria não faria parte da sua «obra»
— isto é, dessa totalidade ideal que continua a ser construída postumamente — mas os rascunhos, os «relâmpagos», os segmentos riscados, os «murmúrios» e as notas nas margens, sim fariam parte. Tudo o que Fernando
Pessoa escreveu, todos os seus autógrafos, são a sua obra e podem argumentadamente fazer parte de uma série das suas Obras.
Como editar esses autógrafos? Como apresentá-los tipograficamente,
se nunca foram publicados (nem se destinariam directamente a publicação)?
Aqui seguimos fundamentalmente o mesmo modelo editorial adoptado nos
outros volumes da Edição Crítica de Fernando Pessoa. Optámos pela mesma estrutura tripartida dos outros volumes desta colecção (Introdução, Texto
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Cadernos de Fernando Pessoa
Crítico e Aparato Genético), registámos as correcções e as variantes no
Aparato Genético, e, entre variantes alternativas, escolhemos a última, ou
melhor, o testemunho terminal da escrita. Procedemos assim para evitar um
texto «acriticamente sinóptico» (Castro, 1990: 51), isto é, um texto em que
o editor suspende o seu juízo e procura imitar a «topografia original» da
página.
Apesar da sua aparente «unicidade», os autógrafos têm características
comuns e significativas. Por isso, embora fôssemos sensíveis a muitas das
peculiaridades de certas páginas dos cadernos pessoanos, procurámos não
abordar cada página individual com superstição, como se de uma manifestação única se tratasse. Em termos gráficos, algumas páginas são mais «únicas» do que outras e, por isso, o recurso ao fac-símile (fazer similarmente)
foi selectivo. O fac-símile revela-se indispensável para reproduzir o desenho
do guarda-redes das páginas 144B-35v e 36v, mas não para reproduzir a letra
miudinha com que se encontra manuscrita uma lista de livros. Além disso,
a maior parte dos cadernos podem ser consultados no portal da Biblioteca
Nacional Digital. Os fac-símiles que escolhemos só procuram tornar esta
edição mais nítida e independente. Também fomos selectivos no recurso ao
fac-símile para não tornar a edição dos cadernos mais custosa do que a
edição de outros papéis de Fernando Pessoa.
No Aparato Genético registámos as correcções e as variantes existentes, mas não as características materiais dos suportes. A notícia dos testemunhos — que nos outros volumes desta colecção precede as notas genéticas de cada texto — foi transformada numa memória descritiva prévia e pormenorizada de cada conjunto autógrafo. Assim, é no início de cada capítulo
e não no Aparato Genético que o leitor encontrará certas informações relativas a cada um dos cadernos. O seguinte é o esquema-tipo das memórias
(inspirado pelo que Kathleen Coburn construiu na edição dos notebooks de
Samuel Taylor Coleridge):
Localização: identificação arquivística (cota).
Materiais: descrição material do caderno (tipo de papel, instrumentos de escrita, estado de conservação, dimensões, peculiaridades, etc.).
Paginação: análise do tipo ou dos tipos de paginação; registo de
eventuais irregularidades ou descontinuidades na numeração ordenada das
páginas.
Datação: discussão do período de tempo durante o qual o caderno
foi utilizado, quer a partir das datas de alguns textos, quer a partir de
outros elementos (tipo de letra, instrumentos de escrita, referências históricas, relações inter-textuais, bibliografia passiva, etc.)
Introdução
11
Publicação: indicação dos escritos publicados em outras edições póstumas.
Por último, convém referir que no Texto Crítico muitas notas de rodapé
se destinam a indicar a existência de testemunhos tardios de alguns escritos.
A maior parte dos textos dos cadernos não passaram da primeira reacção,
mas alguns foram copiados noutros suportes. A localização dos testemunhos tardios foi fundamental para transcrever adequadamente determinadas
passagens e, nomeadamente, as de mais difícil leitura.
Sobre os cadernos de Fernando Pessoa a bibliografia ainda é escassa.
Contudo, pode ser útil a consulta do verbete respectivo no Dicionário de
Fernando Pessoa e do Modernismo Português (2008) e o artigo de João
Dionísio (2008), «Before Alexander Search: A Report on a Notebook», sobre
o caderno 3, adquirido à família de Pessoa em 2007 5. Estas e outras referências específicas figuram na Bibliografia.
Ficam aqui os agradecimentos para o coordenador e todos os membros
da Equipa Pessoa, assim como para o Departamento Editorial da Imprensa
Nacional-Casa da Moeda (INCM). Este volume desafiante — em termos
técnicos e não só — não teria sido possível sem a sua colaboração. Também
quero deixar umas palavras amigas e de gratidão para os membros do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa (CLUL), e para alguns «companheiros de viagem»: Pauly Ellen Bothe, Patricio Ferrari e Antonio
Cardiello.
Uma nota final para assinalar a actualidade de uma frase de Pierre Hourcade, que figura num texto de Junho de 1930: «Pessoa inédito, mítico e lendário» (Hourcade, 1978: 134).
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Cadernos de Fernando Pessoa
http://purl.pt/1000/1/cadernos/index.html
Carta da qual não existe testemunho no espólio. Primeira publicação no Diário
Popular de 28-11-1957. Incluída em Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação (1966: 29),
com a ortografia actualizada. Cf. Uma observação de Louis Hay: «l’emploi du carnet ‘en
réponse à une demande urgente’ définit, j ecrois, l’essentiel de sa fonction poétique» (Hay,
1990: 11).
3 Versos de «Barrow-on-Furness».
4 Ver o capítulo II.
5 Em 2007 a Biblioteca Nacional de Portugal adquiriu também, mas por leilão, três
cadernos de Mário de Sá-Carneiro (BNP /E3, 154, 155 e 156), os quais foram arquivados
no espólio de Fernando Pessoa. O primeiro contém versos para os Indícios de Ouro; o
segundo e o terceiro, recortes de imprensa colados. Ver também o artigo de François Castex
(1990), «Sur deux cahiers de français de Mário de Sá-Carneiro».
1
2
I. CADERNO I
([1901] 1900-1903)
Localização: BNP, E3 / 144B.
Materiais: Caderno de capa preta envolvido em elástico, com folhas pautadas (a uma das folhas foi arrancada a metade inferior), parcialmente
desmembrado. Encontra-se manuscrito a tinta preta e a lápis. Na capa interior
do caderno lê-se: PESSOA, sem acento circumflexo. Capa: 6,5 × 10 cm; folhas:
6 × 9,5 cm. 117 páginas manuscritas em 62 folhas.
Paginação: Apenas alógrafa (inventário): de 144B-1 a 144B-61.
Datação: Na página 144B-1r figura o apontamento: Started = Sept. 10th
1900; na 144B-10 v lê-se: Junior | Durban v Maritzburg | D 1/1/1901; na 144B14 v: Queen died Jan. 23rd 1901 | Prince of Wales crowned King on ¢. Estas
últimas são referências à morte da Rainha Vitória e à coroação do Príncipe de
Gales, Albert Edward, que se tornou o rei Edward VII a 9 de Agosto de 1902
(data que Pessoa ainda desconhecia em 1901), iniciando a que mais tarde seria
conhecida como a época eduardiana. Em 144B-57 r é referido um livro de 1903:
A restauração de Portugal | por | Faustino da Fonseca.
Publicação: Inédito.
Nota: Transcrito em colaboração com Patricio Ferrari.
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Cadernos de Fernando Pessoa
144B-1r
1 [144B-1 a 61r]
Nos.
27
37
39
42.
51.
Nos.
36.
41.
Transvaal Series
Old Set
Gen French (1)
N. E. Frontier Map
S. E. Frontier Map.
Kimberley.
Lord Roberts (¾)
New Set
Dundonald (½)
Otto’s Kopje, Kimberley.
Started = Sept. 10th 1900.
Lieut Roberts (1st Card)
p
VI. CADERNO 6
(1904-1909)
Localização: BNP, E3 / 144N.
Materiais: «144N é um caderno de apontamentos, de capa dura, com folhas
lineadas. 13 a 18 são as páginas que formam o diário e que no caderno estão
numeradas de “19” a “30”; manuscritas a tinta preta. Além de muitas folhas em
branco, o caderno tem, no final, apontamentos de estenografia; antes e depois do
diário, notas com interesse biográfico, quer sobre trabalhos de Pessoa, quer
enquato leitor» (Prista 2001: 158). Dimensões das folhas, 15,9 × 9,8 cm; da capa,
16,7 × 11 cm. Tem duas folhas de guarda, uma anterior e outra posterior, que
estão pautadas no verso. Os textos encontram-se manuscritos principalmente a
tinta preta e a lápis. 75 páginas manuscritas em 132 folhas (incluindo as duas de
guarda).
Paginação: Há duas paginações. Uma delas, autógrafa: de um lado, de
1 até 20 (pequenos carimbos azuis), e de 21 até 25 e de 28 até 37 (manuscrita a
tinta preta); do outro lado, de a3. até a.33 (manuscrita a tinta preta). A outra,
alógrafa, de um lado de 1 até 25; do outro lado, de 26 até 54.
Datação: A parte mais conhecida do caderno, o diário de leituras, já foi
publicado por Alexandrino Severino (1969-70, vol. II: 118-120), em Fernando
Pessoa na África do Sul, com data de 1903. António Pina Coelho sugeriu como
data «1905 mais ou menos» (1971, vol. II: 151). Sobre a datação final do diário ou
diários, Reading Diary, Diary Proper e Diary of Reading (1906), ver Gianluca
Miraglia (1988: 258-260) e Luís Prista (2001: 157-185). O caderno terá sido
manuscrito fundamentalmente post 1905. Para a datação do caderno convém ter
presente as informações seguintes:
206
Cadernos de Fernando Pessoa
3r
4r
5r
5r
7r
10r
13r
13v e ss.
17v e 18v
They are not great who...
Sub Umbrâ
Epigram
Translation
Joseph Chamberlain
He was good and kind...
Reading Diary
Diary Proper
Diary of Reading
8 de Maio de 1909
Agosto 1904
Agosto 1904
Janeiro 1905
Fevereiro 1905
23 de Fevereiro de 1909
Abril – Maio 1906
Junho – Agosto 1906
Novembro 1906
O documento transcrito em apêndice (24-14v) complementa a informação
dos diários de leituras.
Publicação: Ver os livros de Severino e Pina Coelho referidos mais acima e
o volume VII, da Edição Crítica de Fernando Pessoa, Escritos sobre Génio e
Loucura (2007: 618-622).