SENAI
MILTON RODRIGUES ALVES BITTENCOURT
PRINCIPAIS TIPOS DE LAJES
Principais lajes utilizadas no mercado atual
CURITIBA
MARÇO/2015
MILTON RODRIGUES ALVES BITTENCOURT
PRINCIPAIS TIPOS DE LAJES
principais lajes utilizadas no mercado atual
Trabalho realizado para
a disciplina: Introdução de
construção de edifício (ICE),
modulo um, do curso de
técnico em edificações, para a
instituição SENAI
Professor: Ezequiel Alves
CURITIBA
MARÇO/2015
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................... 2
2. LAJES MACIÇAS ....................................................................... 3
3. LAJES NERVURADAS ................................................................ 3
4. LAJES TRELIÇADAS .................................................................. 4
5. LAJES ALVEOLARES .................................................................. 5
6. LAJES PROTENDIDAS ................................................................ 5
7. LAJES STEEL DECK ................................................................... 6
8. LAJES TIPO TT .......................................................................... 7
9. CONCLUSÃO ............................................................................. 8
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................. 9
2
1. INTRODUÇÃO
Neste trabalho serão abordados os tipos de lajes, as suas
características, onde e qual a utilização de cada uma.
Em um resumo geral as lajes são elementos planos, quase sempre nas
horizontais, com duas dimensões muito maiores que a terceira, sendo esta
denominada espessura. A principal função das lajes é receber os carregamentos
atuantes no andar, provenientes do uso da construção (pessoas, móveis,
equipamentos, paredes, drywalls e etc...), e transferi-los para os apoios.
3
2. LAJES MACIÇAS
A Laje maciça é altamente resistente, oferecendo um isolamento
acústico e térmico. Esta laje é totalmente feita in loco, ou seja, ela é
desenvolvida inteiramente na obra ao contrário dos pré-moldados, no qual
explicaremos mais para frente. Em edifícios usuais, este tipo de laje tem
grande contribuição no consumo de concreto: aproximadamente cinquenta
porcento do total.
O método utilizado para construir a laje é através do molde de
madeira, apoiadas sobre vigas ou paredes, feita de chapas de compensado
tipo madeirite, adequado para obra e formas de concreto armado. Estas
chapas por suas vez são apoiadas em táboas de madeira, que são sustentadas
por postes de apoio.
Segundo a NBR 6118:2003, as espessuras mínimas das lajes devem
respeitar os seguintes limites:
• 5cm para lajes de cobertura não em balanço;
• 7cm para lajes de piso ou de cobertura em balanço;
• 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou
igual a 30kN (quilogramas Newtons);
• 12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior a
30kN;
• 15 cm para lajes com protensão.
A laje maciça não pode vencer grandes vãos, devido ao seu peso
próprio. É pratica usual adotar-se como vão médio econômico das lajes um
valor entre 3,5m e 5m.
3. LAJES NERVURADAS
A NBR 6118:2003 deine lajes nervuradas como “lajes moldadas no
local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração é constituída por
nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte.”. Elas são, na
verdade, nada mais do que um conjunto de vigas que se cruzam e que são
solidarizadas por uma capa ou mesa de compressão.
Em relação as lajes maciças, a laje nervurada é muito mais econômica
por utilizar menos concreto na região tracionada. Por ter mais altura que a
maciça de mesma inércia, a laje nervurada reduz também a quantidade de
ferragens.
4
Atualmente exite três tipos de lajes nervuradas:
• laje moldada no local;
• laje com nervuras pré-moldadas;
• laje nervurada com capitéis e com vigas-faixa.
Todas são feitas “in-loco”, ou seja, precisão de molduras e
escoramento.
O diferencial das lajes nervuradas foram a redução de peso e
custo, aumentando o tempo e uma simpliicação da armadura nos casos
de concreto armado, também há redução na mão de obra, tudo isso sem
comprometer a estrutura. Esse não comprometimento é relacionando ao
fato de que as nervuras atuam na parte de resistência a tração, o concreto
que era utilizado na zona neutra não prejudica em nada.
Os moldes para a composição da laje nervurada podem ser alugados
e reutilizados várias vezes, apoiando-os com escoras de madeira com peso
distribuído em tábuas para que não haja afundamento do solo e, depois da
cura do concreto, é só utilizar um martelo para tirá-los com facilidade.
Podem ser utilizados vários tipos de materiais de enchimento, entre
os quais: blocos cerâmicos, blocos vazados de concreto e blocos de EPS
(poliestireno expandido), também conhecido como isopor. Esses blocos
podem ser substituídos por vazios, obtidos com fôrmas constituídas por
caixotes reaproveitáveis.
4. LAJES TRELIÇADAS
A laje treliça é composta por dois elementos básicos, vigotas de
concreto pré-fabricado com armações treliçadas, sendo que estas podem
ter de 8,0cm a 30cm de altura. Intercalando essas vigas são colocados os
elementos de enchimento, as lajotas, que podem ser de cerâmica, EPS
(também conhecido como isopor) ou mista (EPS com cerâmica). Elas podem
ser unidirecional ou bidirecional.
Este tipo de laje é indicado para obras residenciais, comerciais e
industriais de pequeno e médio porte, os benefícios que a laje treliçada
trás são de componentes relativamente leves, o que permite uma fácil
montagem do material, também tem um baixo consumo de concreto em
obra e proporciona isolamento termo acústico.
5
5. LAJES ALVEOLARES
São compostas por grandes painéis, geralmente protendidos, ou
seja, cuja armadura é constituída por cabos de aço de alta resistência,
tracionados e ancorados no próprio concreto, que vencem vãos muito
grandes. Este tipo de laje é pré-fabricada, no qual é um método industrial
onde os elementos são fabricados em série, por sistema de produção em
massa, depois é transportado para obra, onde o transporte deve ser feito
com guindastes, devido ao grande peso.
A vantagem de usar esta laje em relação a laje maciça é o espaço
destinado ao estocamento, recebimento e transporte, pois para cada um
dos componentes é necessário o espaço para estocagem. Já na laje alveolar,
somente os painéis e eventualmente o aço para a malha de distribuição,
deverão ser recebidos e estocados através do auxílio de um guindaste ou
pela grua da própria obra, simpliicando o recebimento, estoque e manuseio
do produto.
O processo de montagem da laje é muito simples e repetitivo.
O rendimento de uma equipe de montagem é pequena, pois segundo
estatísticas, uma equipe de três operários pode construir cerca de 50m²
horas, o que equivale a 400m² em oito horas.
Concluída a montagem dos painéis alveolares, é possível o início
imediato do preenchimento das juntas ou execução da capa de concreto,
sem necessidade de escoramento dos painéis.
6. LAJES PROTENDIDAS
As lajes protendidas permitem, praticamente, maiores vãos entre os
pilares, o que deixa o espaço tão seguro quanto um de laje convencional,
so que mais aberto e com um maior aproveitamento de espaço, sendo
muito usado em casas de festa, áreas de lazer, escolas, aeroportos,
estacionamentos, etc.
A protensão é uma tecnologia que pode ser adotada sempre que for
necessário ter vãos maiores com menos vigas, e lage com maior capacidade
de carga.
As lajes protendidas sem vigas, permitem o uso de pés-direitos
menores, resultando numa menor altura total do edifício, ou num maior
número de pavimentos. Nos edifícios residenciais e comerciais, o uso de lajes
lisas protendidas permite grande lexibilização na utilização dos espaços e
6
o menor número de pilares pode aumentar as vagas de garagem. Uma das
vantagens deste tipo de laje, é a execução de pisos de grande comprimento
sem juntas de dilatação, pois a pré-compressão introduzida pela protensão
combate a issuração devido a retração do concreto.
Ao ser efetuada a protensão, a laje é submetida, de imediato, a
um encurtamento elástico. Os pilares, paredes e cortinas, concretados
monoliticamente com a laje, exercem restrições a essa deformação e podem
afetar a pré-compressão na laje. Parte da força horizontal de compressão
introduzida no concreto pela protensão é absorvida por esses elementos.
Em outras palavras, a força axial na laje é igual à força no cabo menos as
forças horizontais necessárias para deformar os elementos verticais, pois
esses, pelo princípio da ação e reação, aplicam forças de tração na laje.
Existem vários tipos de pisos protendidos, dentre eles:
• lajes lisas;
• lajes lisas com capitéis;
• lajes com faixas chatas e largas;
• lajes nervuradas com trechos maciços sobre os pilares;
• lajes nervuradas com faixas maciças sobre os apoios.
7. LAJES STEEL DECK
A Laje Steel Deck é composta por uma telha de aço galvanizado
e uma camada de concreto. O aço é utilizado no formato de uma telha
trapezoidal, que serve como fôrma para o concreto durante a concretagem
e como armadura positiva para as cargas de serviço. Este sistema possui
nervuras largas e com a utilização de conectores de cisalhamento permite a
interação do concreto com o aço, o que possibilita o cálculo de bigas mistas,
permitindo uma redução do peso da estrutura.
Um ponto forte desse sistema é a integração das virtudes do aço e do
concreto. O steel deck consiste na utilização de uma fôrma permanente de
aço galvanizado, perilada e formada a frio. Nesse sistema, o aço trabalha
como fôrma para concreto durante a concretagem e como armadura positiva
para as cargas de serviço. Para favorecer a aderência do concreto ao aço são
conformadas massas e ranhuras na chapa metálica que serve de superfície
de ancoragem. O steel deck é composto, ainda, por telas eletrossoldadas,
que atuam como armadura negativa e ajudam a prevenir trincas supericiais
na laje.
Pode ser usada tanto em ediicações de estrutura metálica, como em
7
concreto. Em condições onde a solução construtiva competitiva em situações
onde os vãos variam de 2m a 4m, a laje mista dispensa escoramentos, o
que agiliza o cronograma da obra..
Sua montagem é realizada independente das condições atmosféricas
e permite incorporar facilmente canalizações, ios elétricos, bem como
tirantes para sustentação de forro.
O Steel Deck ainda não possui normas técnicas nacionais, o que
pode ser um problema dependendo da empresa que for contratada, mas
há várias normas técnicas que devem ser seguidas como referência, dentre
elas está a NBR 6118, a NBR 10735 e a NBR14323. A norma internacional
domo a ASTM (American Society for Testing and Materials), também pode
servir como referência aos proissionais.
8. LAJES TIPO TT
As Lajes Tipo TT são lajes pré-fabricadas de concreto protendido,
produzidas em formas metálicas com excelente acabamento inferior,
dispensado forro ou reboco. Podem ser usadas como entrepisos, coberturas e
fechamentos laterais em obras comerciais, industriais, de ensino, depósitos,
etc.. Podem ser montadas tanto em estruturas pré-fabricadas como em
estruturas moldadas “in loco”. É também uma laje de concreto pré-moldado
com duas nervuras longitudinais, por isso o formato de duplo T, de diversas
alturas e comprimentos em função da carga necessária. Após a montagem
das peças, uma capa de concreto recobre e dá rigidez à estrutura.
Este tipo de laje tem a característica de possibilitar o uso em vãos
acima de 15 metros de comprimento, são autoportantes, não necessitando
o uso de escoramentos e admitem carga imediata após a montagem.
8
9. CONCLUSÃO
Existem vários tipos de lajes, visto isso, conclui-se que para cada
tipo de laje é necessário um estudo a fundo e analisar qual tipo é adequado
para cada obra, levando em consideração custo, tempo e qualidade, no qual
chamamos de custo-benefício.
Existem tipos mais adequados para residências, outros para edifícios
residenciais, comerciais, industriais, barracões, shoppings, escolas,
estacionamentos e entre outros.
A escolha do tipo de lajes inluenciará na quantidade de concreto,
peso, quantidade de ferragens, tempo de mão de obra, estocagem e
deslocamento, tempo de cura e quantidade de vigas de sustentação,
distância do vão.
9
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Portal de educação, Colégio dos Arquitetos. Disponível em:
<http://www.colegiodearquitetos.com.br/dicionario/2009/02/o-que-elaje/>
Portal de notícias, Universo Online. Disponível em:
<http://mulher.uol.com.br/casa-e-decoracao/colunas/fernando-forte-erodrigo-marcondes-ferraz/2010/12/03/quais-sao-os-tipos-de-laje-que-sepode-usar-na-construcao-de-uma-residencia.htm>
Site da empresa, Lajes Varzea Paulista. Disponível em:
<http://lajesvarzeapaulista.com.br/informativos/tipos-de-lajes>
Portal de notícias, JRRIO. Disponível em:
<http://www.jrrio.com.br/construcao/estrutura/laje.html>
Portal de educação, USP, Disponível em:
<http://www.set.eesc.usp.br/mdidatico/concreto/Textos/11%20Lajes%20
Macicas.pdf>
Portal de educação, USP, Disponível em:
<http://www.set.eesc.usp.br/mdidatico/concreto/Textos/12%20Proj%20
Lajes%20macicas.pdf>
Portal de educação, USP. Disponível em:
<http://www.set.eesc.usp.br/mdidatico/concreto/Textos/17%20Lajes%20
nervuradas.pdf - laje nervurada>
Blog de educação, UFJF. Disponível em:
<http://blogdopetcivil.com/2011/08/18/lajes-alveolares/>
Site da empresa, Metalica. Disponível em:
<http://www.metalica.com.br/lajes-steel-deck>
Portal de educação, UNESP. Disponível em:
<http://wwwp.feb.unesp.br/lutt/Concreto%20Protendido/ArtLaje%20
Protendida.pdf>
Portal da Arquitetura, Engenharia e Construção, AECweb. Disponível em:
<http://www.aecweb.com.br/cls/catalogos/Preconcretos/Preconcretos_
placas_TT.pdf>