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O rural, o urbano e o faxinal

This article is part of a study about conceptual applications, and representations of culture and usage abstracted from writings on the relationship between: rural and urban areas, the climate and behavior, the environment and nature, history and regional development. The texts that served as sources are writings on the state of Parana, especially, the Central South area, which contain the system “faxinais”. Note that the writings of the decades of 1960-70, when local leaders did several actions in order to assert the state’s cultural identity, they adopted and sometimes they radicalized notions of culture and usage before used by the subjects involved in the movement of constitution the identity of Paraná, during the 1930’s and 1940’s. The view common to both periods is that the Paraná is the land of the progress, where the culture was represented as a product of the urban-industrial reality, while the common usage and custom is what is produced in the rural environment. We start from the hypothesis that the use of these terms, in a linear and “progressive” perspective, may lead to the depreciation of local realities and especially of the original people. Este artigo é parte de um estudo sobre, aplicações conceituais, e representações de cultura e de costume abstraídas de escritos referentes às relações entre: o campo e a cidade, o clima e o comportamento, o ambiente e o caráter, a história e o desenvolvimento regional. Os textos que serviram como fontes versam sobre o estado do Paraná, principalmente, a região Centro Sul, área de abrangência do sistema de faxinais. Nota-se que os escritos das décadas de 1960-70, quando lideranças políticas estaduais desencadearam diversas ações no sentido de afirmar as marcas culturais do Estado, incorporam e, às vezes, radicalizam concepções de cultura e costume adotados pelos sujeitos envolvidos no movimento de constituição da identidade paranaense, durante as décadas de 1930 e 1940. A tese comum aos dois períodos consiste em que o Paraná é a terra do progresso, donde a cultura é representada como produto do espaço urbanoindustrial, enquanto o costume é o que se reproduz no ambiente rural. Partimos da hipótese de que o uso desses termos, numa perspectiva linear e de progresso, pode implicar a desvalorização das realidades locais e principalmente dos povos tradicionais.