Atividade da superóxido dismutase, da catalase e níveis de lipoperoxidação na glândula digestiva e no pulmão de Helix aspersa expostos a poluição atmosférica em Porto Alegre

IX Salão de Iniciação Científica PUCRS Atividade da Superóxido Dismutase, da Catalase e Níveis de Lipoperoxidação na Glândula Digestiva e no Pulmão de Helix aspersa Expostos a Poluição Atmosférica em Porto Alegre Gomes, T.S. C1; Dutra, B.K.1; Gonçalves, J.R.1; Failace, D.M.1; Oliveira, G.T.1; Rossi, I.C.C. 1; Porawski, M1. (Orientador) 1 Faculdade de Biociências, Laboratório de Fisiologia da Conservação, PUCRS. Resumo A poluição do ar é um problema que tem preocupado dos governantes em todo o mundo, uma vez que sua elevação tem causado danos às populações de diversos países. Indicadores biológicos são definidos como variáveis bióticas, que podem ser medidas, informando a presença de uma resposta a algum agente estressante, o qual pode ser desde o derramamento de poluentes até a alteração das concentrações dos gases respiratórios. Os moluscos possuem a capacidade de concentrar certas substâncias em níveis muito mais altos dos que os encontrados no meio. Os ensaios utilizando biomarcadores em diferentes localidades simultaneamente, oferecem informações sobre o efeito da poluição sobre os organismos. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da poluição atmosférica, gerada por veículos automotores, sobre o estresse oxidativo na glândula digestiva e no tecido pulmonar do molusco Helix aspersa expostos durante o verão em dois locais na cidade de Porto Alegre. Os animais foram divididos em 4 grupos: 1- (PO7) exposição no Parque Osório-PO (esquina das avenidas Bento Gonçalves com a Salvador França) durante 7 dias (n=5); 2- (PO30) PO durante 30 dias (n=5); 3-(UF7) exposição na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA - Avenida Sarmento Leite) durante 7 dias (n=5); 4- (UF30) UFCSPA durante 30 dias (n=5). Durante todo o período de exposição os espécimes foram mantidos em caixas plásticas, com o fundo coberto de terra preta esterilizada e alimentados ad libitum com folhas de alface hidropônica. Após este período, os animais foram crioanestesiados e a glândula digestiva e os pulmões foram retirados, para a realização da medida da lipoperoxidação pela técnica das Substâncias Reativas ao Ácido Tiobarbitúrico (TBARS) (nmoles de TBARS/mg de proteína), da atividade da superóxido dismutase (SOD) (U/mg de IX Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 2008 proteína) e da atividade da catalase (pmoles/mg de proteína). Os resultados são mostrados como média ± erro padrão. A análise estatística foi teste Student T, com p<0.05. As glândulas digestivas dos animais expostos durante 7 dias no Parque Osório, apresentaram níveis de lipoperoxidação significativamente maiores que os animais expostos durante 30 dias, já os animais expostos UFCSPA não apresentaram diferenças significativas (PO7 0.126±0.014; PO30 0.082±0.004; UF7 0.156±0.020; UF30 0.132±0.024). Quando foram analisados os níveis de atividade da enzima catalase no mesmo tecido os animais expostos durante 7 dias no Parque Osório apresentaram valores significativamente menores que os animais expostos durante 30 dias, enquanto que, os animais expostos UFCSPA não apresentaram diferenças significativas (PO7 0.639±0.038; PO30 1.054±0.033; UF7 1.133±0.168; UF30 1.621±0.230). A análise estatística demonstrou que atividade da superóxido dismutase não apresentou diferença significativa nos animais expostos em nenhum dos locais (PO7 0.96±0.33; PO30 1.48±0.26; UF7 0.91±0.37; UF30 1.83±0.34). Já nos pulmões dos animais expostos em ambos os locais não foram observadas diferenças significativas nos níveis de lipoperoxidação (PO7 1.29±0.19; PO30 1.76±0.48; UF7 1.45±0.25; UF30 1.74±0.23), na atividade da superóxido dismutase (PO7 1.40±0.52; PO30 2.15±1.67; UF7 2.30±0.95; UF30 0.80±0.18) e na atividade da catalase (PO7 0.30±0.08; PO30 0.84±0.54; UF7 1.18±0.31; UF30 0.38±0.23). Os resultados parecem indicar que ao longo do tempo os animais expostos a ambientes poluídos aumentam o dano oxidativo junto com o aumento nas defesas antioxidantes, o que os protege do estresse oxidativo. Os animais expostos no Parque Osório apresentaram um maior dano oxidativo na primeira semana seguida de uma adaptação ao ambiente indicando um maior grau de poluição na região da esquina da Salvador França com a Avenida Bento Gonçalves. Apoio Financeiro: FAPERGS, PUCRS. IX Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 2008 View publication stats