Espécies lenhosas de um remanescente de Floresta
Ombrófila Mista na região Centro-Sul e análise florística
entre áreas florestais no Paraná
Woody species a remnant of Mixed Ombrophylous Forest in the MidSouth and floristic analysis of forest areas in Parana, Brazil
Juliano Cordeiro1(*)
Carlos Vellozo Roderjan2
Gustavo Ribas Curcio3
Resumo
Foi realizado o levantamento florístico de um remanescente florestal em Guarapuava
e comparada a ocorrência das espécies lenhosas entre 38 estudos da Floresta
Ombrófila Mista (FOM) e oito estudos da Floresta Estacional Semidecidual
(FES) no Paraná. Foram coletadas 116 espécies de 48 famílias botânicas. As
famílias com maior número de espécies foram: Myrtaceae (n=15), Fabaceae (n=8),
Bignoniaceae e Solanaceae (n=7). Allophylus edulis (A. St.-Hil., A. Juss. & Cambess.)
Hieron. ex Niederl., Casearia decandra Jacq., Cinnamodendron dinisii Schwacke,
Ilex theezans Mart., Ocotea puberula (Rich.) Nees., Ocotea pulchella (Nees) Mez. e
Schinus terebinthifolius Raddi podem ser consideradas as principais companheiras
da Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze nos subosques da FOM. A maior
similaridade (Sørensen = 63%) ocorreu entre os remanescentes localizados dentro
da região Centro-Sul. Espécies citadas como típicas nas Florestas com Araucária
não são tão frequentes como se referencia, devido à devastação progressiva dessas
florestas ou os registros inicialmente produzidos contemplaram parcialmente a
florística das áreas com este tipo vegetacional no Paraná.
Palavras-chave: Floresta com Araucária; flora paranaense; levantamento florístico.
1 Dr.; Biólogo; Professor da Universidade Federal do Paraná, UFPR, Campus de Palotina; Endereço: Rua Pioneiro,
2153, Bloco Didático III, Jardim Dallas, CEP: 85950-000, Palotina, Paraná, Brasil; E-mail: julianocordeiro@ufpr.
br (*) Autor para correspondência.
2 Dr.; Engenheiro Florestal; Professor do Departamento de Ciências Florestais da Universidade Federal do
Paraná, UFPR; Endereço: Avenida Prefeito Lothário Meissner, 3400, CEP: 80210-170, Curitiba, Paraná, Brasil;
E-mail: roderjan@ufpr.br
3 Dr.; Engenheiro Agrônomo; Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Centro Nacional
de Pesquisa de Florestas. Endereço: Estrada da Ribeira, km 111, CEP: 83411-000 - Caixa-postal: 319,
Colombo, Paraná, Brasil; E-mail: curcio@embrapa.br
Recebido para publicação em 12/03/2013 e aceito em 05/09/2013
Ambiência Guarapuava (PR) v.9 n.3
DOI: 10.5935/ambiencia.2013.03.08
p. 563 - 588
Set./Dez. 2013
ISSN 1808 - 0251
Abstract
It was conducted a floristic survey of a forestry remnant in Guarapuava and
compared the occurrence of woody species from 38 studies of the Rain Forest
(FOM) and 8 studies of semideciduous forest (FES) in Paraná. We collected 116
species of 48 botanical families. The families with the highest number of species
were Myrtaceae (n = 15), Fabaceae (n = 8), Bignoniaceae and Solanaceae (n = 7).
Allophylus edulis (A. St.-Hil., A. Juss. & Cambess.) Hieron. ex Niederl., Casearia
decandra Jacq., Cinnamodendron dinisii Schwacke, Ilex theezans Mart., Ocotea
puberula (Rich.) Nees., Ocotea pulchella (Nees) Mez. and Schinus terebinthifolius
Raddi and can be considered as the main companions of Araucaria angustifolia
(Bertol.) Kuntze in the understories of FOM. The highest similarity (Sørensen
= 63%) occurred among the remaining species located within the south-central
region. Species cited as typical in Araucaria forests are not as frequent as references
due to progressive destruction of these forests or records initially produced
contemplated partially floristic areas with this vegetation type in Parana.
Key words: Forest with Araucaria; Parana flora; floristic.
Introdução
Em sua vasta extensão territorial, o
Brasil abriga grande diversidade de espécies
vegetais que proporcionam ao país ser detentor
de uma rica e exuberante flora. Essa riqueza
florística se distribui entre as unidades da
federação formando, por exemplo, a Floresta
Ombrófila Mista (FOM) ou Floresta com
Araucária de acordo com a classificação da
vegetação brasileira (IBGE, 2012).
No Paraná a FOM originalmente
apresentava seu limite a Leste a Floresta
Ombrófila Densa, a Norte, a Oeste e a
Sudoeste, a Floresta Estacional Semidecidual
e ao Sul, as áreas de Floresta Ombrófila
Mista de Santa Catarina. Nas regiões centrais
564
do estado, apresentava-se entreada entre
a Estepe Gramíneo-Lenhosa (Campos
Naturais) formando os capões. Para Maack
(1981), a Floresta Ombrófila Mista estendia
desde limite do primeiro planalto com
a borda da Serra do Mar e se espalhava
pelo segundo e terceiro planaltos, numa
extensão que já chegou a ocupar uma área
de aproximadamente 37% da superfície
paranaense. Estima-se que essa formação
vegetacional iniciou o novo milênio
com apenas 0,8% de seus remanescentes
naturais em estágio avançado de sucessão,
fragmentados ao longo dos três planaltos
do Estado devido à substituição das áreas
florestais, principalmente, para fins agrícolas
(FUPEP, 2001).
Ambiência - Revista do Setor de Ciências Agrárias e Ambientais
V. 9 N. 3
Set./Dez. 2013
Os estudos sobre essa unidade
fitogeográfica no Paraná foram realizados
na maioria em áreas localizadas no
primeiro e segundo planaltos. A
composição florística dos remanescentes
de FOM do terceiro planalto paranaense
é praticamente desconhecida, pois, de
acordo com Isernhagen (2001), dos 162
trabalhos analisados sobre levantamentos
quantitativos e estruturais de áreas florestais
nas últimas duas décadas no Paraná, apenas
uma referência foi encontrada para essa
região. Atualmente, aparecem estudos
da Fundação de Pesquisas Florestais do
Paraná - FUPEF (2003), Silva (2003), Silva
(2004), Watzlawick et al. (2005) e Cordeiro
e Rodrigues (2007).
Apesar da existência de muitos
estudos sobre a vegetação paranaense, Dias
et al. (1998) e Castella e Britez (2004)
colocaram que para algumas formações as
informações sobre a composição da flora
são escassas ou em número reduzido. No
contexto da FOM Montana, os estudos
sobre o meio biológico dessas formações
são raros e/ou superficiais, sendo quase
totalmente desconhecidos pela ciência
(FUPEF, 2003).
Este estudo visou conhecer as plantas
lenhosas de um remanescente florestal
localizado em Guarapuava, região CentroSul do Paraná, relacionar as principais
espécies companheiras da Araucaria
angustifolia (Bertol.) Kuntze nos subosques
CORDEIRO, J.; RODERJAN, C.V.; CURCIO, G. R.
das FOM e verificar a ocorrência de
espécies entre a Floresta Ombrófila Mista
e a Floresta Estacional Semidecidual.
Material e Métodos
A Fazenda Três Capões, com área
total de 913 ha, está localizada no município
de Guarapuava, PR (Figura 1), com
coordenada: 25°25’18” S e 51°41’45” W.
O enquadramento geológico pertence à
bacia sedimentar do Paraná, com litologia
composta por basaltos (rochas básicasintermediárias) pertencentes à unidade
JKSGB1 da For maç ão S err a Ger al
(NARDY, 1995). A região se enquadra
dentro da subunidade morfoescultural
P lanalto de Palmas/G uar apuava
(MINEROPAR, 2006) e bloco-d do
Terceiro Planalto paranaense (MAACK,
1981). Na paisagem da área é possível
reconhecer as feições geomorfológicas de
topos suaves, configurando as cumeeiras de
rampas convexas irregulares.
O relevo é predominantemente suave
ondulado, mas podem ser encontradas áreas
planas, onduladas e escarpadas com patamar
altimétrico de aproximadamente 960 m
s.n.m. As principais unidades pedológicas
reconhecidas foram Cambissolo Háplico
Tb Eutrófico Léptico, Neossolo Regolítico
Tb Eutrófico Típico, Latossolo Bruno Tb
Distrófico Típico e Cambissolo Húmico
Tb Distrófico gleissólico- fluvissólico.
565
Figura 1 - Localização da Fazenda Três Capões, Guarapuava, Paraná, Brasil
Fonte: IBGE (2004).
Nota: Fazenda Maack: 25°25’18”S e 51°41’45”O. Google Earth. 18 Mar. 2012. 10 fev. 2013, adaptado.
O c lima da região, segundo a
classificação de Köppen, é do tipo Cfb, sem
estação seca (MAACK, 1981). Os dados
climáticos das últimas três décadas, elaborados
por IAPAR (2013), mostram valores da
temperatura média do ar de 17,1ºC, sendo
20,8 ºC a maior média e 12,8 ºC a menor. A
umidade relativa do ar variou entre 72 a 81%.
O índice pluviométrico médio anual foi de
1915 mm, com mínimo de oito e máximo de
dezesseis dias/mês de chuva.
566
A principal unidade fitogeográfica
é representada pela Floresta Ombrófila
Mista Montana com cerca de 400 ha.
Outras representações fitogeográficas podem
ser encontradas em menor escala, como
Floresta Ombrófila Mista Aluvial, Estepe
Gramíneo-Lenhosa, Formações Pioneiras
com Influência Flúvio-Lacustre e áreas de
sucessão secundária.
Pelo histórico levantado junto aos
proprietários e capatazes, mas últimas
Ambiência - Revista do Setor de Ciências Agrárias e Ambientais
V. 9 N. 3
Set./Dez. 2013
cinco décadas a área de floresta nunca
foi submetida a corte extrativista de
madeira. Porém, em alguns locais são
encontradas trilhas no interior da floresta,
percebendo-se que ocorreu corte seletivo
de algumas essências florestais em eventos
esporádicos. Nota-se ainda a influência do
gado bovino que utiliza o estrato herbáceo
para pastejo e abrigo principalmente
durante o período de inverno.
O levantamento florístico foi
executado através de 40 visitas a área ao
longo de três anos para coleta de material
fértil dos indivíduos lenhosos, ou seja, de
todas as plantas que possuem crescimento
secundário (RAVEN et al., 2001). Durante as
coletas foram realizadas caminhadas visando
atingir a totalidade da área, empregando as
técnicas de coleta e herborização conforme
IBGE (2012). O material coletado foi
herborizado, determinado e depositado no
Laboratório de Botânica do Setor Palotina
da Universidade Federal do Paraná. A
ordenação das famílias e gêneros foi
baseada em Souza e Lorenzi (2012) e a
nomenclatura das espécies foi verificada
nos arquivos do Missouri Botanical Garden
(MOBOT, 2013). O enquadramento das
formas biológicas foi realizado seguindo a
classificação de Vidal e Vidal (2000).
A lista de espécies encontradas foi
comparada com as relações florísticas de 38
estudos em áreas de FOM e oito em áreas
de Floresta Estacional Semidecidual – FES.
Para evitar duplicidades de registros, os
sinônimos foram verificados de maneira que
estivesse em conformidade com as regras
do Código Internacional de Nomenclatura
Botânica.
CORDEIRO, J.; RODERJAN, C.V.; CURCIO, G. R.
Para identificar qualitativamente se
as espécies encontradas no remanescente da
Fazenda Três Capões são típicas da FOM
e estão associadas como companheiras
do pinheiro-do-Paraná, foram sugeridas
quatro categorias utilizando como critério
a frequência: Raras: ≤ 5% de frequência,
Companheiras Pouco Frequentes ou
Ocasionais: 5,1 a 49,9%, Companheiras
Frequentes ou Secundárias: 50 a 70%
e Companheiras Muito Frequentes ou
Principais: > 70%, adaptado de BraunBlanquet (1950). Para a distribuição natural
das espécies, foi comparada a ocorrência
com estudos realizados em áreas de FES no
Paraná.
A similaridade florística entre o
remanescente estudado e outras áreas de
FOM foi calculada pelo índice de Sørensen
(MAGURRAN, 1988) e com os valores
encontrados foi realizada a análise de
agrupamento obtido pelo método de ligação
média de grupo (UPGMA) com o uso do
software PC-OR for Windows versão 4.14
(McCUNE; MEFFORD, 1999).
Resultados e Discussão
O le vantamento flor ístico do
remanescente de FOM da Fazenda Três
Capões resultou na identificação de 116
espécies de plantas lenhosas de 89 gêneros e
49 famílias botânicas, distribuídas nas formas
biológicas de arbustos (n=13), árvores (n=62),
arvoretas (n=27), lianas (n=9) e subarbustos
(n=5). Na tabela 1, encontram-se listadas as
espécies e famílias botânicas, suas respectivas
formas biológicas e ocorrência em estudos de
FOM e de FES no Paraná.
567
Conipherophyta
Araucariaceae
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Av
Magnoliophyta
Acantaceae
Justicia brasiliana Roth
Adoxaceae
Sambucus australis Cham. & Schltdl.
Anacardiaceae
Lithraea aroeirinha March. ex Warm.
Schinus johnstonii F. A. Barkley
Schinus terebinthifolius Raddi
Av
1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16,18,19,21,22,23,24,25
,26,27,29,30,31,32,33,34,35,36,37,38
--x--
At
13,19
39,42,43,46
At
4,12
--x--
Av
At
2,4,10,18,19,20,22,25,27,29,34,35,36
32,33,34
1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,18,19,20,22,23,24,25,26,2
7,28,29,
30,31,32,33,34,35,36,37,38
46
--x--
Anonaceae
Annona cacans Warm.
Guatteria australis A. St.-Hil.
Aquifoliaceae
Ilex brevicuspis Reiss.
Ilex dumosa Reiss.
Av
Av
15,18,19,22
17,19,22,31,33,34
Av
At
Ilex paraguariensis A. St.-Hil.
Av
2,4,5,7,10,13,15,16,19,22,29,32,33,35
2,4,5,6,8,10,13,16,19,22,25,33,34
2,3,4,5,6,7,8,10,11,13,15,16,17,18,19,22,23,24,25,27,29,30
,33,34,35
39,40,42,46
39,42,45,46
39,40,42,46
Set./Dez. 2013
FB
V. 9 N. 3
Registros em estudos realizados em áreas de
Floresta Estacional
Floresta Ombrófila Mista
Semidecidual
42
--x-42
(continua...)
568
Família / Espécie
Ambiência - Revista do Setor de Ciências Agrárias e Ambientais
Tabela 1 – Espécies lenhosas coletadas na Fazenda Três Capões organizadas por ordem de famílias botânicas e ocorrência nos estudos
em remanescentes de Floresta Ombrófila Mista e Floresta Estacional Semidecidual no Paraná
(....continuação...)
Ilex theezans Mart.
Asteraceae
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabr.
Berberidaceae
Berberis laurina Thunb.
Bignoniaceae
Anemopaegma chamberlaynii (Sims)
Bureau & K. Schum.
Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) B.
Verlot
Cuspidaria convoluta (Vell.) A. H.
Gentry
Handroanthus albus (Cham.) Mattos
Av
2,3,4,5,7,10,14,19,20,22,23,25,33,34,35,36,38
--x--
Ab
1,13,14,19,24,26,29,33,34,35
--x--
Li
--x--
--x--
Li
35
--x--
Li
34
--x--
Av
3,4,7,10,14,19,22,27,29,34,35,36
1,3,4,5,7,8,9,10,11,12,13,15,16,18,19,21,22,23,25,27, 29,
30,31,33,
34,35
46
Jacaranda puberula Cham.
Av
Macfadyena unguis-cati (L.) A. H.
Gentry
Pithecoctenium crucigerum (L.) A. H.
Gentry
Boraginaceae
Cordia trichotoma (Vell.) Arrab. ex
Steud.
Cannabaceae
Celtis iguanaea ( Jacq.) Sargent
Li
12,13,33,35
46
Li
20,33,34,35
46
Av
2,10,11,19
39,42,45,46
Av
22,31,35
39,42
40,41,46
(continua...)
CORDEIRO, J.; RODERJAN, C.V.; CURCIO, G. R.
Família / Espécie
Registros em estudos realizados em áreas de
Floresta Estacional
FB
Floresta Ombrófila Mista
Semidecidual
2,3,4,5,6,7,10,11,14,15,16,17,18,19,20,22,24,25,27,29,30,3
Av 1,32,33,
--x-34,35,36,37,38
569
Tabela 1 – Espécies lenhosas coletadas na Fazenda Três Capões organizadas por ordem de famílias botânicas e ocorrência nos estudos
em remanescentes de Floresta Ombrófila Mista e Floresta Estacional Semidecidual no Paraná
FB
Canellaceae
Cinnamodendron dinisii (Schwacke)
Occhioni
Cardiopteridaceae
Citronella gongonha (Mart.) R. A.
Howard.
Citronella paniculata (Mart.) R.A.
Howard
Celastraceae
Maytenus muellerii Schwacke
Maytenus aquifolia Mart.
Clethraceae
Clethra scabra Pers.
Combretaceae
Combretum fruticosum (Loefl.) Stuntz
Cunoniaceae
Lamanonia speciosa (Cambess.) L.B.
Sm.
Erythroxilaceae
Erythroxylum deciduum A. St. Hil.
Escalloniaceae
Escallonia bifida Link. & Otto
Euphorbiaceae
Bernardia pulchella Müll. Arg.
Sapium glandulatum (Vell.) Pax
Av
1,2,3,4,5,6,7,8,10,11,12,13,16,18,19,22,24,25,26,27,28,
29,31,32,33,
34,35,36,38
Av
3,11,19,22,23,31,35
39,42
Av
2,3,4,5,18,19,22,25
39,40,42,46
Av
At
2,3,4,5,9,10,12,13,16,19,21,22,23,26,28,33,35,38
33
Av
3,4,6,7,10,11,12,13,15,17,19,20,22,23,24,30,33.34.35
Li
--x--
Av
4,5,6,7,10,11,14,15,17,18,19,21,23,34,35
Av
3,5,12,16,19,21,26,33,34,35
Ab
35
Ab
Av
13,33,34,35,38
4,6,7,10,11,12,13,15,16,18,19,22,23,24,25,27,29,31,31,33,3
4,35,36
--x--
39,45
42,46
--x-42,46
46
39,46
Set./Dez. 2013
--x-46
39,42,43,46
(continua...)
570
Família / Espécie
V. 9 N. 3
(....continuação...)
Registros em estudos realizados em áreas de
Floresta Estacional
Floresta Ombrófila Mista
Semidecidual
Ambiência - Revista do Setor de Ciências Agrárias e Ambientais
Tabela 1 – Espécies lenhosas coletadas na Fazenda Três Capões organizadas por ordem de famílias botânicas e ocorrência nos estudos
em remanescentes de Floresta Ombrófila Mista e Floresta Estacional Semidecidual no Paraná
(....continuação...)
FB
Registros em estudos realizados em áreas de
Floresta Estacional
Floresta Ombrófila Mista
Semidecidual
Sebastiania commersoniana (Baill.) L.B. Av
Sm. & Downs
Fabaceae
Acacia recurva Benth.
Li
Bauhinia forficata Link
Av
Dalbergia frutescens (Vell.) Britton
Av
Inga virescens Benth.
At
Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth.Av
Machaerium paraguariense Hassler
Av
Mimosa scabrella Benth.
Av
Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.
Av
Macbr.
12,13,14,15,18,19,22,24,25,26,27,28,29,30,31,32,33,34,35,
36,37,38
39,42,43,44,46
9,10,14,16,34,35,38
4,15,19,22
14,19,22,23,27,28,29,34,35,37
2,4,7,15,19,22,33,34
15,19,22,34
15,19,22,23,28,33,37
2,3,4,5,7,8,10,12,14,16,19,22,30,33,34,36
19
42
39,40,42,44,46
39,42,43,44,46
39,42,46
39,42,43,44,46
39,42,43,46
--x-39,42,44,46
Vitex montevidensis Cham.
1,3,4,5,7,8,10,12,13,15,18,19,20,21,22,25,26,27,28,34,35,3
6,37,38
39,41,42,46
33,34,35,38
4,5,6,7,10,11,15,17,19,20,21,22,28,30,33,34
1,2,3,4,5,6,7,9,10,11,13,14,15,16,17,18,19,21,22,24,25,27,2
9,30,35
1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16,17,18,19,20,21,22,23
,24,27,29,
30,33,34,35
2,3,7,8,10,13,14,15,17,18,19,20,22,24,25,26,27,28,29,30,32
,33,34,35,
36,37,38
--x-39,40,42,43,44,46
39
Lamiaceae
Av
Lauraceae
Cinnamomum amoenum (Nees)
Av
Kosterm.
Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez Av
Ocotea porosa (Ness & C. Mart.)
Av
Barroso
Ocotea puberula (Rich.) Nees.
Av
Ocotea pulchella (Nees) Mez.
Av
39,40,42,43,46
39,46
(continua...)
CORDEIRO, J.; RODERJAN, C.V.; CURCIO, G. R.
Família / Espécie
571
Tabela 1 – Espécies lenhosas coletadas na Fazenda Três Capões organizadas por ordem de famílias botânicas e ocorrência nos estudos
em remanescentes de Floresta Ombrófila Mista e Floresta Estacional Semidecidual no Paraná
Laxmanniaceae
Cordyline dracaenoides Kunth
Loganiaceae
Strychnos brasiliensis (Spreng.) Mart.
Strychnos trinervis (Vell.) Mart.
Malphigiaceae
Tetrapterys phlomoides (Spreng.)
Niedenzo
Malvaceae
Luehea divaricata Mart.
At
4,10,13,15,19
At
At
1,4,13,15,19,22,28,29,30,33,34,35
--x--
Li
--x--
Av
3,4,5,6,7,8,10,11,12,13,15,16,19,21,22,23,28,29,33,34,35,3
6,37,38
Melastomataceae
Leandra australis (Cham.) Cogn.
Sb
Leandra xanthocoma (Naudin) Cogn. Sb
Miconia cinerascens Miq.
At
Miconia hyemalis A. St.-Hil. & Naudin Ab
Meliaceae
Cabralea canjerana (Vell.) Mart.
At
Cedrela fissilis Vell.
Av
Trichilia elegans A. Juss.
At
Myrsinaceae
Myrsine ferruginea (Ruiz & Pav.)
Av
Spreng.
Myrtaceae
1,9,13,33,34,38
1,3,13,24,33,34,35
4,7,14,19,20,,22,24,28,33,34,35,37,38
8,14,19,22,24,33,34,35
10,11,12,14,15,17,18,19,22,23,33,34
2,3,4,5,7,10,12,13,14,15,16,17,18,21,22,23,27,29,33,34,35,
37
4,6,13,15,19,22,28,34
3,5,7,10,12,13,15,16,18,19,22,24,25,27,29,30,33,34,35,
36,38
39,40,46
40,42,43,46
--x---x-39,40,42,43,44,46
46
--x-39,42,46
42
39,40,42,46
42,45,46
39,30,42,43,46
Set./Dez. 2013
FB
39,42,45,46
(continua...)
572
Família / Espécie
V. 9 N. 3
(....continuação...)
Registros em estudos realizados em áreas de
Floresta Estacional
Floresta Ombrófila Mista
Semidecidual
Ambiência - Revista do Setor de Ciências Agrárias e Ambientais
Tabela 1 – Espécies lenhosas coletadas na Fazenda Três Capões organizadas por ordem de famílias botânicas e ocorrência nos estudos
em remanescentes de Floresta Ombrófila Mista e Floresta Estacional Semidecidual no Paraná
(....continuação...)
Acca sellowiana (O. Berg) Burret
Calyptranthes concinna DC.
Campomanesia guazumifolia
(Cambess.) O. Berg
Campomanesia xanthocarpa O.Berg in
Mart.
Eugenia pyriformis Cambess.
Eugenia uniflora L.
Eugenia sp.
Myrceugenia euosma (O. Berg) D.
Legrand
Myrcia guianensis (Aubl.) DC.
Myrcia hartwegiana (O. Berg) Kiaersk.
Myrcia cf retorta Cambess.
Myrcia richardiana (O. Berg) Kiaersk.
Myrcia venulosa DC.
Myrcianthes gigantea (D. Legrand) D.
Legrand
Myrcianthes pungens (O. Berg) D.
Legrand
Polygonaceae
Ruprechtia laxiflora Meissn.
Phytolaccaceae
Phytollaca dioica L.
Seguieria guaranitica Speg.
Proteaceae
Registros em estudos realizados em áreas de
Floresta Estacional
Floresta Ombrófila Mista
Semidecidual
FB
At
At
Av
Av
Av
Ab
Ab
Av
Ab
At
Av
Ab
Av
13
3,13,14,15,19,20,22,23,24,25,26,27,28,29,30,33,34,35,
37,38
1,3,5,7,10,13,16,18,19,22,24,35
4,5,810,11,12,13,15,1,18,19,22,24,26,27,28,29,30,31,33,
34,35,36,38
19,22,34,35
1,3,5,7,8,9,10,11,12,13,15,16,18,19,21,22,23,27,28,29,
33,34,35
--x-4,5,10,12,13,14,19,24,33,34,37
24,25
5,13,14,17,19,22,35,38
--x-5,19,24,34
19,22,23,33,34,35
22,28,33
At
19
At
18,22,34
At
At
7,19,22,35
19
Av
--x-39,42,46
39,40,42,43,44,45,46
39,40,42,43,44,45,46
39,40,42,45,46
39,40,42,43,44,45,46
--x-39,42
--x-42
--x---x-42
--x-42,44,46
39,40,42,43,44,45,46
39,42,43,46
39,44,46
(continua...)
CORDEIRO, J.; RODERJAN, C.V.; CURCIO, G. R.
Família / Espécie
573
Tabela 1 – Espécies lenhosas coletadas na Fazenda Três Capões organizadas por ordem de famílias botânicas e ocorrência nos estudos
em remanescentes de Floresta Ombrófila Mista e Floresta Estacional Semidecidual no Paraná
Roupala brasiliensis L.
Av
Quillajaceae
Quillaja brasiliensis (A. St.-Hil. & Tul.) Av
Mart.
Rhamnaceae
Rhamnus sphaeorosperma Sw.
At
Rosaceae
Prunus sellowii Koehne
Av
Rubiaceae
Guettarda uruguensis Cham. & Schltdl.
Rudgea parquioides (Cham.) M. Arg.
Machaonia brasiliensis (Hoffmanns. ex
Humb.) Cham. & Schltdl.
Rutaceae
Citrus limon (L.) Burm. f.
Zanthoxylum rhoifolium Lam.
Zanthoxylum petiolare A. St.-Hil. &
Tul.
Salicaceae
Banara tomentosa Clos
Casearia decandra Jacq.
3,4,5,6,7,8,9,10,11,13,15,17,18,19,21,22,25,26,35
4,10,19,22,24,30
45
12,19,22,25,27,29,33,34
46
3,4,5,6,7,8,9,10,11,13,16,17,18,19,21,24,25,27,28,29,30,
33,34,35,37,38
At
Ab
At
1,8,12,13,19,22,23,26,28,33,34,35,37,28
1,3,24,28,33,35,38
--x--
At
Av
35
1,6,7,8,10,11,12,13,15,16,18,19,20,21,22,23,25,27,29,33,
34,35,38
Av
Av
Av
42,45,46
39,40,46
46
42
41
39,41
39,40,42,45,46
42,44
1,2,4,13,15,19,22,23,27,29,33,35
3,4,6,9,10,11,14,15,16,17,18,19,22,23,24,25,26,27,28,29,30
,31,33,34,
35,37,38
39,42,43,46
Set./Dez. 2013
FB
39,42,43,45,46
(continua...)
574
Família / Espécie
V. 9 N. 3
(....continuação...)
Registros em estudos realizados em áreas de
Floresta Estacional
Floresta Ombrófila Mista
Semidecidual
Ambiência - Revista do Setor de Ciências Agrárias e Ambientais
Tabela 1 – Espécies lenhosas coletadas na Fazenda Três Capões organizadas por ordem de famílias botânicas e ocorrência nos estudos
em remanescentes de Floresta Ombrófila Mista e Floresta Estacional Semidecidual no Paraná
(....continuação...)
Registros em estudos realizados em áreas de
Floresta Estacional
Floresta Ombrófila Mista
Semidecidual
FB
Xylosma ciliatifolia (Clos) Eichler
Av
Sapindaceae
Allophylus edulis (A. St.-Hil.) Radlk. ex Av
Warm.
Allophylus guaraniticus (A. St.-Hil.)
Sb
Radlk.
1,3,812,19,22,23,26,29,32,33,34,35
Cupania vernalis Cambess.
Av
Diatenopteryx sorbifolia Radlk.
Av
Matayba elaeagnoides Radlk.
Av
Serjania communis Cambess.
Simaroubaceae
Castella tweedii Planch.
Solanaceae
Brunfelsia pilosa Plowman
Cestrum intermedium Sendtn.
Solanum granulosoleprosum Dun.
Solanum pseudocapsicum L.
Solanum sanctaecatharinae Dun
Solanum variabile Mart.
Vassobia breviflora (Sendtn.) Hunz.
Styracaceae
Styrax leprosus Hook. et Arn.
Symplocaceae
Symplocos tenuifolia Brand.
Li
1,4,5,6,8,9,10,11,12,13,15,18,19,20,22,23,24,26,27,28,29,30
,33,34,35,36,37,38
19,22,27,29,33
4,5,7,8,10,11,13,14,15,16,17,18,19,20,22,23,25,26,27,29,30
,33,34,35,
37,38
4,7,10,19,21,22
4,5,6,7,8,10,11,13,14,15,16,17,18,19,23,24,25,26,28,30,33,
34,35,36,
37,38
--x--
Ab
35
Ab
At
Av
Sb
Av
Av
At
35
19,22,33
12,19,22,27,29,33,35,36,37
38
3,4,8,9,10,12,13,15,19,22,23,31,33,34,35
13,22,34,35,38
9,13,19,22,27,29,35
Av
3,4,5,6,7,10,11,12,14,16,19,21,22,23,27,29,30,33,35
At
5,19,22,24,25,34
42,46
39,40,41,44,45,46
39,40,42,43,46
39,40,42,43,44,46
39,42,44,45,46
39,40,42,43
--x---x---x-39,40,42,46
40,42,46
39
39,40,42,46
42
39,42,43
42
--x-(continua...)
CORDEIRO, J.; RODERJAN, C.V.; CURCIO, G. R.
Família / Espécie
575
Tabela 1 – Espécies lenhosas coletadas na Fazenda Três Capões organizadas por ordem de famílias botânicas e ocorrência nos estudos
em remanescentes de Floresta Ombrófila Mista e Floresta Estacional Semidecidual no Paraná
Symplocos tetrandra (Mart.) Miq.
Symplocos uniflora (Pohl) Benth.
Thymelaeaceae
Daphnopsis racemosa Griseb.
Urticaceae
Urera baccifera (L.) Guadich.
Violaceae
Hybanthus communis (A. St.-Hil.)
Taub.
Winteraceae
Drimys
brasiliensis var. angustifolia (Miers)
A.C. Sm.
FB
At
Av
19,23,26,28
8,12,13,19,22,24,27,28,29,30,33,34,35,37,38
46
46
Sb
1,3,9,14,19,20,22,25,26,27,28,29,33,34,35,37,38
46
Ab
13,19,33,34,35
Ab
AV 3,24,34
39,40,42,46
--x--
--x---x--
Fonte: Autores, 2013.
Notas: FB = Forma biológica: Ar = arbusto, At = arvoreta, Av = árvore, Li = liana lenhosa e Sb = subarbusto.
Estudos em áreas de FOM: 1 – Dombrowski e Kuniyoshi (1967), 2 – Occhioni e Hastsbach (1972), 3 – Imaguire (1980b; 1980c), 4 – Carvalho (1980), 5 – Longhi e
Faehser (1980); Schaaf (2006), 6 – Oliveira e Rotta (1982), 7 – Inoue et al. (1984), 8 – Cervi et al. (1987), 9 – Cervi et al. (1989), 10 – Galvão et al. (1989), 11 – Silva
e Marconi (1990), 12 – Roseira (1990), 13 – Britez et al. (1995), 14 – Moro et al. (1996), 15 – Dias et al. (1998), 16 – Sanquetta et al. (2000), 17 – Sonda et al. (1999),
18 – Ziller (2000), 19 – Isernhagen (2001), 20 – Moro et al. (2001), 21 – Negrelle e Leuchtenberger (2001), 22 – Dias et al. (2002), 23 – Rondon Neto et al. (2002),
24– Fupef (2003), 25 – Oliveira et al. (2003), 26 – Pasdiora (2003), 27 – Silva (2003), 28 – Barddal et al. (2004), 29 – Silva (2004), 30 – Watzlawick et al. (2005),
31 – Seger et al. (2005), 32 – Curcio et al. (2006), 33 – Kozera et al. (2006a: 2006b), 34 – Cervi et al. (2007), 35 – Cordeiro e Rodrigues (2007), 36 – Curcio et al.
(2007a), 37 – Curcio et al. (2007b), 38 – Iurk et al. (2009).
* = O estudo 19 – Isernhagen (2001) contém a compilação de dados de espécies que ocorreram em 40 trabalhos em áreas de FOM.
Estudos em áreas de FES: 39 – Isernhagen (2001), 40 – Mikich e Silva (2001), 41 – Campos e Souza (2002), 42 – Dias et al. (2002), 43 – Bianchini et al. (2003), 44 – Corino
(2006), 45 – Costa Filho et al. (2006), 46 – Blum (2009).
** = O estudo 39 – Isernhagen (2001) contém a compilação de dados de espécies que ocorreram em 38 trabalhos em áreas de FES.
exótica
- Espécie exótica.
Set./Dez. 2013
Registros em estudos realizados em áreas de
Floresta Estacional
Floresta Ombrófila Mista
Semidecidual
V. 9 N. 3
Família / Espécie
Ambiência - Revista do Setor de Ciências Agrárias e Ambientais
(...Conclusão)
576
Tabela 1 – Espécies lenhosas coletadas na Fazenda Três Capões organizadas por ordem de famílias botânicas e ocorrência nos estudos
em remanescentes de Floresta Ombrófila Mista e Floresta Estacional Semidecidual no Paraná
O rol de espécies foi comparado
com as listagens florísticas de 38 estudos de
FOM e oito estudos de FES. Na figura 2,
estão representados os locais desses estudos,
sendo que 73,8% foram realizados no 1º e
2º planaltos, 13,1% no 3º planalto e 13,1%
abrangeram áreas em dois ou mais planaltos. A
concentração dos estudos no 1º e 2º planaltos
tem correlação direta com localização das
universidades nessas regiões. Como as
principais fontes geradoras de pesquisas
científicas no Estado advêm da academia, fato
que se repete em âmbito nacional, por questões
econômicas e apoio logístico a proximidade
das áreas acaba sendo o fator preponderante
a ser considerado na efetivação dos estudos.
Figura 2 – Localização dos estudos florísticos no Paraná em áreas de FOM e FES
Fonte: IBGE (2004), adaptado.
Nota: A identificação dos estudos segue a ordem definida na tabela 1.
A composição florística do
remanescente possui espécies típicas da
FOM pertencentes às famílias Lauraceae
e Myrtaceae, do gênero Drimys além da
Araucaria angustifolia (KLEIN, 1960;
MAACK, 1981; LEITE, 1995). Contudo,
não foi registrada na área Podocarpus
lambertii, citada como espécie comum
aos ambientes de FOM segundo Mattos
(1972) e Roderjan et al.(2002).
Os gêneros mais representativos
foram Myrcia, com cinco espécies, Ilex
e Solanum com quatro Eugenia, Ocotea e
CORDEIRO, J.; RODERJAN, C.V.; CURCIO, G. R.
Symplocos com três. Esses seis gêneros (7%)
reúnem 22 espécies (19%) e os outros 83
gêneros (93%) agrupam 81% das espécies.
Com maior riqueza de espécies são
as famílias Myrtaceae (n=15), Fabaceae
(n=8), Bignoniaceae e Solanaceae (n=7),
Sapindaceae (n=6) e Lauraceae (n=5).
Essas 6 famílias (12,5%) agrupam 48
espécies (42% da riqueza) e foram reunidas
no Grupo I. As outras famílias foram
reunidas em quatro grupos de acordo
com a quantidade de espécies. Com duas
espécies, o Grupo II ficou composto
577
por seis famílias (12,5%) - Annonaceae,
Cardiopteridaceae, Celastraceae,
Loganiaceae, Phytolaccaceae e Rosaceae,
que somando 12 espécies (10%). O
Grupo III com sete famílias (14,5%) Anacardiaceae, Euphorbiaceae, Meliaceae,
Rubiaceae, Rutaceae, Salicaceae,
Symplocaceae, com três espécies cada e
um total de 21 (18%). O Grupo IV é
formado pelas famílias Aquifoliaceae
e Melastomataceae (4%), com quatro
espécies e oito no total (7%). Com uma
espécie cada, o Grupo V é formado por 27
famílias e 27 espécies (23%).
As famílias Myrtaceae, Lauraceae
e Aquifoliaceae, citadas por Reitz e
Klein (1966), IBGE (2012), entre outros,
como típicas na composição florística da
FOM por apresentarem maior riqueza de
espécies estão representadas por quinze,
cinco e quatro espécies, respectivamente.
O registro das 116 espécies no
remanescente da Fazenda Três Capões
é superior aos registros das listagens
florísticas de muitos estudos de FOM.
Isso se deve a fatores como o esforço e o
critério amostral adotados e a identificação
do material botânico. Sobre o esforço
amostral, procurou-se percorrer durante as
coletas a maior extensão do remanescente
que, associado às frequentes visitas à área,
permitiu encontrar as espécies em fase
fértil. Em relação ao critério amostral,
nos estudos de Longhi e Faehser (1980),
Roseira (1990), Sonda et al. (1999),
Rondon Neto et al. (2002), Barddall et al.
(2004) e Curcio et al. (2006), entre outros,
a listagem florística derivou do emprego
da metodologia fitossociológica (parcelas
ou distâncias) que estabelece um valor
mínimo de inclusão (perímetro - PAP
ou diâmetro à altura do peito - DAP).
578
Esses procedimentos limitam o registro
de outras formas biológicas, uma vez que
essa metodologia destina-se na maioria
das vezes à comunidade arbórea.
Quanto à efetiva distribuição das
espécies nas formações vegetacionais, é
preciso que a identificação dos espécimes
encontrados seja a mais precisa possível.
Em alguns estudos, muitas espécies foram
relacionadas sem o epíteto específico,
como em Oliveira e Rotta (1982), Silva e
Marconi (1990), Durigan (1999), Pizatto
(1999), Sanquetta et al. (2001) e Negrelle e
Leuchtenberger (2001). A identificação das
espécies por meio de material vegetativo
pode resultar em erros de categoria
taxonômica, duplicidade de espécies e
aumento na riqueza florística de uma área.
Considerando o critério de
frequência nos levantamentos florísticos
em áreas de FOM, as espécies encontradas
foram agrupadas em quatro categorias:
Raras – constituída por 22 espécies (19%
do total), Ocasionais – 68 espécies (59%),
Secundárias – dezoito espécies (15%) e
Principais – oito espécies (7%), conforme
tabela 1.
Nas categorias Principais estão
às espécies Allophylus edulis, Araucaria
angustifolia, Casearia decandra,
Cinnamodendron dinisii, Ilex theezans,
Ocotea puberula, Ocotea pulchella e Schinus
terebinthifolius.
As espécies Campomanesia
x a n t h oc a r pa , E u ge n i a u n i f l o ra , I l e x
paraguariensis e Ocotea porosa citadas
por Klein (1960), Mattos (1972), Veloso
(1991) e Roderjan et al. (2002), como
sendo companheiras naturais do pinheirodo-Paraná compondo a flora da FOM,
obtiveram frequência abaixo do valor
para enquadramento na categoria de
Ambiência - Revista do Setor de Ciências Agrárias e Ambientais
V. 9 N. 3
Set./Dez. 2013
Muito Frequentes. A ausência em alguns
estudos deve-se a extração comercial da O.
porosa, ao desmatamento que tem atingido
as áreas florestais do Paraná há várias
décadas e a eliminação dessas e de outras
espécies do subosque de áreas utilizadas
como sistema faxinal para exploração da
pecuária extensiva.
A categoria Secundárias foi formada
por Calyptranthes conccinna, Cedrela
f issilis, Jacaranda puberula, Matayba
elaeagnoides, Prunus sellowii e Sebastiania
commersoniana, entre outras, que há muito
são citadas por Reitz e Klein (1966),
Hueck (1972), Mattos (1972), Klein
(1984) e Leite (2002) como constituintes
naturais da composição florística da FOM.
Nas categorias Ocasionais estão
63 espécies de várias formas biológicas
e apareceram em estudos ao longo dos
três planaltos do Estado. Destaque para
Berberis laurina, Drimys brasiliensis,
Gochnatia polymorpha, Mimosa scabrella,
Stirax leprosus e Tabebuia Alba apontadas
por Maack (1981), Veloso (1991), Leite
(1995) e Roderjan et al.(2002) como
espécies peculiares, ou seja, que possuem
frequência regular no subosque das
florestas com araucária.
Na categoria Raras, foram
registradas 22 espécies (cinco arbustos,
três árvores e sete arvoretas, um subarbusto
e seis lianas). A baixa frequência de
algumas espécies e a ausência de outras
pode ser justificada pelo tipo de pesquisa
realizada (florística ou fitossociológica) e
pelo critério de amostragem empregado
(formas biológicas analisadas). Entre
os estudos analisados apenas em doze
trabalhos (32%) o levantamento florístico
foi extensivo às outras formas biológicas
além das arbóreas, como Imaguire (1980b;
CORDEIRO, J.; RODERJAN, C.V.; CURCIO, G. R.
1980c), Britez et al. (1995), Dias et al.
(2002), Kozera et al. (2006a) e Cordeiro
e Rodrigues (2007), e a quantidade de
espécies variou de 100 a 263.
A ampliação da coleta sobre as
demais formas biológicas pode ajudar no
entendimento da composição da Categoria
Raras, pois, 59% das espécies encontradas
na área de FOM da Fazenda Três Capões
foram enquadradas como não arbóreas.
Esse motivo não representa que essas
espécies não possam ser comuns na FOM,
contudo, não foram registradas nos estudos
analisados e quando foram, apresentam
baixa frequência. Salienta-se a existência
de uma lacuna quanto às referências
sobre levantamentos mais específicos da
florística individual de arbustos, lianas e
subarbustos nos ambientes de FOM.
As espécies Anemopaegma
chamberlaynii, Hybanthus communis,
Myrcia cf. retorta, Serjania communis,
Strychnos trinervis, Tetrapteris phlomoides,
Combretum f ruticosum, Machaonia
brasiliensis e Zanthoxylum petiolare não
foram relacionadas em nenhum dos
estudos sobre a FOM analisados, sendo
que as três espécies somente possuem
registros em áreas de domínio da FES,
conforme os trabalhos de Blum (2009),
Campos e Souza (2002) e Corino (2006).
Dessa forma, tem-se uma ampliação
na distribuição natural destas espécies
a l é m d a s u a re g i ã o d e o c o r rê n c i a .
O utras espécies da c ategor ia R aras
como Maytenus aquifolium, Myrcianthes
pungens, Piptadenia gonoacantha, Seguieria
guaranitica e Solanum pseudocapsicum
apresentaram frequência relativamente
maior para a FES do que para a FOM.
Destaca-se que a ocorrência e a frequência
não podem ser considerados como únicos
579
critérios para atestar que essas espécies
sejam típicas de uma ou de outra formação
vegetacional.
Pelo registro das espécies nas
formações vegetacionais, pode-se ampliar
esse conjunto, quando se consideram
aquelas que apresentaram maior frequência
comparativa nos estudos de FES em relação
aos da FOM, como é o caso de Bauhinia
forficata, Cabralea canjerana, Campomanesia
guazumifolia, Citronella paniculata, Cordia
t r ichotoma, Diatenopter yx sorbif olia,
Justicia brasiliana, Lonchocarpus campestris,
Machaerium paraguariense, Ruprechtia
laxiflora e Trichilia elegans. A presença
e a frequência dessas espécies podem se
somadas ás afirmações de Klein (1960),
Mattos (1972), Klein (1984), Leite (2002)
e Britez (2005), que a FOM está sendo
invadida lentamente por espécies típicas
da FES. Essa invasão se dá pelo avanço de
um “front” de espécies que se abrigam ao
longo das áreas ciliares dos principais rios
e seus afluentes que compõem o sistema
hidrográfico que dissecam o território da
FOM, pelas elevações das médias térmicas
que atualmente são mais favoráveis para
as plantas de áreas mais quentes e pelo
desenvolvimento de recursos fisiológicos
como a deciduidade foliar, típica de
espécies estacionais.
A área em estudo pertence à bacia do
rio Jordão, que está subordinada à bacia do
rio Iguaçu, isto pode justificar a presença
das espécies oriundas das áreas de FES, uma
vez que elas utilizam os vales desses rios
para transitarem entre as duas formações
580
vegetacionais, conforme colocado por Reitz
e Klein (1966), Roderjan et al. (2001) e
Castella e Britez (2004).
Comparativamente, verifica-se que
Nectandra megapotamica, Luehea divaricata,
Campomanesia xanthocar pa, Eugenia
pyriformis, Casearia decandra, Allophylus edulis
e Cupania vernalis são citadas como espécies
importantes na composição florística da
FOM (MATTOS, 1972; MAACK, 1981;
KLEIN, 1984; RODERJAN et al., 2001)
e apresentaram frequência superior a 60%
nos estudos em áreas da FES. Isto mostra
que essas espécies estão bem adaptadas a
ambientes com diferentes particularidades
o que as caracteriza como plantas de boa
plasticidade ecológica. É fundamental
que considerações sobre a distribuição
fitogeográfica e a ocorrência das espécies
nas formações vegetacionais sejam feitas
com base no maior número possível de
dados coletados a campo e que sirvam
para subsidiar informações científicas
consistentes.
Q uanto à similaridade (F igura
3) o conjunto de espécies da FOM da
Fazenda Três Capões apresentou maior
similaridade (Sørensen = 63%) com o
estudo da área do Parque Municipal das
Araucárias realizado por Cordeiro &
Rodrigues (2007). Essa alta similaridade é
justificada pela proximidade entre as áreas
(± 20 km), pelas características ambientais
semelhantes (geológicas, geomorfológicas
e climáticas) e metodologia de trabalho
(contemplarem no levantamento todas as
plantas lenhosas).
Ambiência - Revista do Setor de Ciências Agrárias e Ambientais
V. 9 N. 3
Set./Dez. 2013
Figura 3 – Dendrogama de similaridade baseado no índice de Sørensen entre os estudos de FOM
no Paraná
Fonte: Autores (2013).
Nota: A identificação dos estudos segue a ordem definida na tabela 1.
A segunda maior similaridade (S =
50%) foi registrada para a área estudada por
Britez et al. (1995), que apesar de localizada
região de São Mateus dos Sul (1º planalto
paranaense) o critério de amostragem
contemplou todas as formas biológicas.
Entre os estudos mais dissimilares
estão os de Curcio et al. (2006) com
valor de Sørensen = 11% realizado em
uma a área de FOM que apresentava um
conjunto de características ambientais
(geologia, geomorfologia, pedologia e
clima) distintos em relação à Fazenda
Três Capões e também porque a lista
florística limitava-se às principais espécies
do levantamento fitossociológico. No estudo
de Negrelle e Leuchtenberger (2001), a baixa
similaridade (S = 16%) justifica-se porque das
67 morfo-espécies apresentadas 44,8% não
apresentaram epíteto específico.
Ressalta-se que, como o índice de
Sørensen baseia-se na presença e ausência
CORDEIRO, J.; RODERJAN, C.V.; CURCIO, G. R.
das espécies, é imprescindível a correta
identificação de todas as espécies encontradas
nos levantamentos. Em alguns estudos,
muitas espécies foram relacionadas sem
apresentarem a determinação específica,
como em Oliveira & Rotta (1982), onde
60% do rol florístico estava indeterminado,
em Pizatto (1999) e Sanquetta et al. (2001)
esse percentual atingiu 29,8% das espécies,
34,8% em Durigan (1999) e 30,6% em
Silva e Marconi (1990). Os percentuais
relativamente elevados de espécies não
identificadas contribuem para que os valores
de similaridade calculados tenham baixa
confiabilidade.
Conclusões
A riqueza florística da FOM está
intimamente relacionada ao rigor amostral
empregado sendo potencializado quando se
581
amplia o critério amostral às outras formas
biológicas, além das arbóreas. As delimitações
fitogeográficas das espécies devem ser
realizadas com base em dados oriundos do
maior número possível de estudos florísticos
para se evitar subdimensionamento das
informações produzidas.
Algumas espécies registradas para a
FES estão integrando a FOM, especialmente
aquelas localizadas nas proximidades dos
vales dos grandes rios, local por onde
transitam e avançam essas espécies. A análise
florística revelou que espécies citadas como
companheiras do pinheiro-do-Paraná e de
ocorrência natural no subosque das FOM
não são tão frequentes como se referencia.
Isto pode ser resultado de que os registros
inicialmente produzidos não contemplaram
a totalidade das áreas de FOM do Estado
e das ações antrópicas que há décadas vem
impactanto essa unidade fitogeográfica no
Paraná.
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