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Espécies lenhosas de um remanescente de Floresta Ombrófila Mista na região Centro-Sul e análise florística entre áreas florestais no Paraná Woody species a remnant of Mixed Ombrophylous Forest in the MidSouth and floristic analysis of forest areas in Parana, Brazil Juliano Cordeiro1(*) Carlos Vellozo Roderjan2 Gustavo Ribas Curcio3 Resumo Foi realizado o levantamento florístico de um remanescente florestal em Guarapuava e comparada a ocorrência das espécies lenhosas entre 38 estudos da Floresta Ombrófila Mista (FOM) e oito estudos da Floresta Estacional Semidecidual (FES) no Paraná. Foram coletadas 116 espécies de 48 famílias botânicas. As famílias com maior número de espécies foram: Myrtaceae (n=15), Fabaceae (n=8), Bignoniaceae e Solanaceae (n=7). Allophylus edulis (A. St.-Hil., A. Juss. & Cambess.) Hieron. ex Niederl., Casearia decandra Jacq., Cinnamodendron dinisii Schwacke, Ilex theezans Mart., Ocotea puberula (Rich.) Nees., Ocotea pulchella (Nees) Mez. e Schinus terebinthifolius Raddi podem ser consideradas as principais companheiras da Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze nos subosques da FOM. A maior similaridade (Sørensen = 63%) ocorreu entre os remanescentes localizados dentro da região Centro-Sul. Espécies citadas como típicas nas Florestas com Araucária não são tão frequentes como se referencia, devido à devastação progressiva dessas florestas ou os registros inicialmente produzidos contemplaram parcialmente a florística das áreas com este tipo vegetacional no Paraná. Palavras-chave: Floresta com Araucária; flora paranaense; levantamento florístico. 1 Dr.; Biólogo; Professor da Universidade Federal do Paraná, UFPR, Campus de Palotina; Endereço: Rua Pioneiro, 2153, Bloco Didático III, Jardim Dallas, CEP: 85950-000, Palotina, Paraná, Brasil; E-mail: julianocordeiro@ufpr. br (*) Autor para correspondência. 2 Dr.; Engenheiro Florestal; Professor do Departamento de Ciências Florestais da Universidade Federal do Paraná, UFPR; Endereço: Avenida Prefeito Lothário Meissner, 3400, CEP: 80210-170, Curitiba, Paraná, Brasil; E-mail: roderjan@ufpr.br 3 Dr.; Engenheiro Agrônomo; Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Centro Nacional de Pesquisa de Florestas. Endereço: Estrada da Ribeira, km 111, CEP: 83411-000 - Caixa-postal: 319, Colombo, Paraná, Brasil; E-mail: curcio@embrapa.br Recebido para publicação em 12/03/2013 e aceito em 05/09/2013 Ambiência Guarapuava (PR) v.9 n.3 DOI: 10.5935/ambiencia.2013.03.08 p. 563 - 588 Set./Dez. 2013 ISSN 1808 - 0251 Abstract It was conducted a floristic survey of a forestry remnant in Guarapuava and compared the occurrence of woody species from 38 studies of the Rain Forest (FOM) and 8 studies of semideciduous forest (FES) in Paraná. We collected 116 species of 48 botanical families. The families with the highest number of species were Myrtaceae (n = 15), Fabaceae (n = 8), Bignoniaceae and Solanaceae (n = 7). Allophylus edulis (A. St.-Hil., A. Juss. & Cambess.) Hieron. ex Niederl., Casearia decandra Jacq., Cinnamodendron dinisii Schwacke, Ilex theezans Mart., Ocotea puberula (Rich.) Nees., Ocotea pulchella (Nees) Mez. and Schinus terebinthifolius Raddi and can be considered as the main companions of Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze in the understories of FOM. The highest similarity (Sørensen = 63%) occurred among the remaining species located within the south-central region. Species cited as typical in Araucaria forests are not as frequent as references due to progressive destruction of these forests or records initially produced contemplated partially floristic areas with this vegetation type in Parana. Key words: Forest with Araucaria; Parana flora; floristic. Introdução Em sua vasta extensão territorial, o Brasil abriga grande diversidade de espécies vegetais que proporcionam ao país ser detentor de uma rica e exuberante flora. Essa riqueza florística se distribui entre as unidades da federação formando, por exemplo, a Floresta Ombrófila Mista (FOM) ou Floresta com Araucária de acordo com a classificação da vegetação brasileira (IBGE, 2012). No Paraná a FOM originalmente apresentava seu limite a Leste a Floresta Ombrófila Densa, a Norte, a Oeste e a Sudoeste, a Floresta Estacional Semidecidual e ao Sul, as áreas de Floresta Ombrófila Mista de Santa Catarina. Nas regiões centrais 564 do estado, apresentava-se entreada entre a Estepe Gramíneo-Lenhosa (Campos Naturais) formando os capões. Para Maack (1981), a Floresta Ombrófila Mista estendia desde limite do primeiro planalto com a borda da Serra do Mar e se espalhava pelo segundo e terceiro planaltos, numa extensão que já chegou a ocupar uma área de aproximadamente 37% da superfície paranaense. Estima-se que essa formação vegetacional iniciou o novo milênio com apenas 0,8% de seus remanescentes naturais em estágio avançado de sucessão, fragmentados ao longo dos três planaltos do Estado devido à substituição das áreas florestais, principalmente, para fins agrícolas (FUPEP, 2001). Ambiência - Revista do Setor de Ciências Agrárias e Ambientais V. 9 N. 3 Set./Dez. 2013 Os estudos sobre essa unidade fitogeográfica no Paraná foram realizados na maioria em áreas localizadas no primeiro e segundo planaltos. A composição florística dos remanescentes de FOM do terceiro planalto paranaense é praticamente desconhecida, pois, de acordo com Isernhagen (2001), dos 162 trabalhos analisados sobre levantamentos quantitativos e estruturais de áreas florestais nas últimas duas décadas no Paraná, apenas uma referência foi encontrada para essa região. Atualmente, aparecem estudos da Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná - FUPEF (2003), Silva (2003), Silva (2004), Watzlawick et al. (2005) e Cordeiro e Rodrigues (2007). Apesar da existência de muitos estudos sobre a vegetação paranaense, Dias et al. (1998) e Castella e Britez (2004) colocaram que para algumas formações as informações sobre a composição da flora são escassas ou em número reduzido. No contexto da FOM Montana, os estudos sobre o meio biológico dessas formações são raros e/ou superficiais, sendo quase totalmente desconhecidos pela ciência (FUPEF, 2003). Este estudo visou conhecer as plantas lenhosas de um remanescente florestal localizado em Guarapuava, região CentroSul do Paraná, relacionar as principais espécies companheiras da Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze nos subosques CORDEIRO, J.; RODERJAN, C.V.; CURCIO, G. R. das FOM e verificar a ocorrência de espécies entre a Floresta Ombrófila Mista e a Floresta Estacional Semidecidual. Material e Métodos A Fazenda Três Capões, com área total de 913 ha, está localizada no município de Guarapuava, PR (Figura 1), com coordenada: 25°25’18” S e 51°41’45” W. O enquadramento geológico pertence à bacia sedimentar do Paraná, com litologia composta por basaltos (rochas básicasintermediárias) pertencentes à unidade JKSGB1 da For maç ão S err a Ger al (NARDY, 1995). A região se enquadra dentro da subunidade morfoescultural P lanalto de Palmas/G uar apuava (MINEROPAR, 2006) e bloco-d do Terceiro Planalto paranaense (MAACK, 1981). Na paisagem da área é possível reconhecer as feições geomorfológicas de topos suaves, configurando as cumeeiras de rampas convexas irregulares. O relevo é predominantemente suave ondulado, mas podem ser encontradas áreas planas, onduladas e escarpadas com patamar altimétrico de aproximadamente 960 m s.n.m. As principais unidades pedológicas reconhecidas foram Cambissolo Háplico Tb Eutrófico Léptico, Neossolo Regolítico Tb Eutrófico Típico, Latossolo Bruno Tb Distrófico Típico e Cambissolo Húmico Tb Distrófico gleissólico- fluvissólico. 565 Figura 1 - Localização da Fazenda Três Capões, Guarapuava, Paraná, Brasil Fonte: IBGE (2004). Nota: Fazenda Maack: 25°25’18”S e 51°41’45”O. Google Earth. 18 Mar. 2012. 10 fev. 2013, adaptado. O c lima da região, segundo a classificação de Köppen, é do tipo Cfb, sem estação seca (MAACK, 1981). Os dados climáticos das últimas três décadas, elaborados por IAPAR (2013), mostram valores da temperatura média do ar de 17,1ºC, sendo 20,8 ºC a maior média e 12,8 ºC a menor. A umidade relativa do ar variou entre 72 a 81%. O índice pluviométrico médio anual foi de 1915 mm, com mínimo de oito e máximo de dezesseis dias/mês de chuva. 566 A principal unidade fitogeográfica é representada pela Floresta Ombrófila Mista Montana com cerca de 400 ha. Outras representações fitogeográficas podem ser encontradas em menor escala, como Floresta Ombrófila Mista Aluvial, Estepe Gramíneo-Lenhosa, Formações Pioneiras com Influência Flúvio-Lacustre e áreas de sucessão secundária. Pelo histórico levantado junto aos proprietários e capatazes, mas últimas Ambiência - Revista do Setor de Ciências Agrárias e Ambientais V. 9 N. 3 Set./Dez. 2013 cinco décadas a área de floresta nunca foi submetida a corte extrativista de madeira. Porém, em alguns locais são encontradas trilhas no interior da floresta, percebendo-se que ocorreu corte seletivo de algumas essências florestais em eventos esporádicos. Nota-se ainda a influência do gado bovino que utiliza o estrato herbáceo para pastejo e abrigo principalmente durante o período de inverno. O levantamento florístico foi executado através de 40 visitas a área ao longo de três anos para coleta de material fértil dos indivíduos lenhosos, ou seja, de todas as plantas que possuem crescimento secundário (RAVEN et al., 2001). Durante as coletas foram realizadas caminhadas visando atingir a totalidade da área, empregando as técnicas de coleta e herborização conforme IBGE (2012). O material coletado foi herborizado, determinado e depositado no Laboratório de Botânica do Setor Palotina da Universidade Federal do Paraná. A ordenação das famílias e gêneros foi baseada em Souza e Lorenzi (2012) e a nomenclatura das espécies foi verificada nos arquivos do Missouri Botanical Garden (MOBOT, 2013). O enquadramento das formas biológicas foi realizado seguindo a classificação de Vidal e Vidal (2000). A lista de espécies encontradas foi comparada com as relações florísticas de 38 estudos em áreas de FOM e oito em áreas de Floresta Estacional Semidecidual – FES. Para evitar duplicidades de registros, os sinônimos foram verificados de maneira que estivesse em conformidade com as regras do Código Internacional de Nomenclatura Botânica. CORDEIRO, J.; RODERJAN, C.V.; CURCIO, G. R. Para identificar qualitativamente se as espécies encontradas no remanescente da Fazenda Três Capões são típicas da FOM e estão associadas como companheiras do pinheiro-do-Paraná, foram sugeridas quatro categorias utilizando como critério a frequência: Raras: ≤ 5% de frequência, Companheiras Pouco Frequentes ou Ocasionais: 5,1 a 49,9%, Companheiras Frequentes ou Secundárias: 50 a 70% e Companheiras Muito Frequentes ou Principais: > 70%, adaptado de BraunBlanquet (1950). Para a distribuição natural das espécies, foi comparada a ocorrência com estudos realizados em áreas de FES no Paraná. A similaridade florística entre o remanescente estudado e outras áreas de FOM foi calculada pelo índice de Sørensen (MAGURRAN, 1988) e com os valores encontrados foi realizada a análise de agrupamento obtido pelo método de ligação média de grupo (UPGMA) com o uso do software PC-OR for Windows versão 4.14 (McCUNE; MEFFORD, 1999). Resultados e Discussão O le vantamento flor ístico do remanescente de FOM da Fazenda Três Capões resultou na identificação de 116 espécies de plantas lenhosas de 89 gêneros e 49 famílias botânicas, distribuídas nas formas biológicas de arbustos (n=13), árvores (n=62), arvoretas (n=27), lianas (n=9) e subarbustos (n=5). Na tabela 1, encontram-se listadas as espécies e famílias botânicas, suas respectivas formas biológicas e ocorrência em estudos de FOM e de FES no Paraná. 567 Conipherophyta Araucariaceae Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Av Magnoliophyta Acantaceae Justicia brasiliana Roth Adoxaceae Sambucus australis Cham. & Schltdl. Anacardiaceae Lithraea aroeirinha March. ex Warm. Schinus johnstonii F. A. Barkley Schinus terebinthifolius Raddi Av 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16,18,19,21,22,23,24,25 ,26,27,29,30,31,32,33,34,35,36,37,38 --x-- At 13,19 39,42,43,46 At 4,12 --x-- Av At 2,4,10,18,19,20,22,25,27,29,34,35,36 32,33,34 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,18,19,20,22,23,24,25,26,2 7,28,29, 30,31,32,33,34,35,36,37,38 46 --x-- Anonaceae Annona cacans Warm. Guatteria australis A. St.-Hil. Aquifoliaceae Ilex brevicuspis Reiss. Ilex dumosa Reiss. Av Av 15,18,19,22 17,19,22,31,33,34 Av At Ilex paraguariensis A. St.-Hil. Av 2,4,5,7,10,13,15,16,19,22,29,32,33,35 2,4,5,6,8,10,13,16,19,22,25,33,34 2,3,4,5,6,7,8,10,11,13,15,16,17,18,19,22,23,24,25,27,29,30 ,33,34,35 39,40,42,46 39,42,45,46 39,40,42,46 Set./Dez. 2013 FB V. 9 N. 3 Registros em estudos realizados em áreas de Floresta Estacional Floresta Ombrófila Mista Semidecidual 42 --x-42 (continua...) 568 Família / Espécie Ambiência - Revista do Setor de Ciências Agrárias e Ambientais Tabela 1 – Espécies lenhosas coletadas na Fazenda Três Capões organizadas por ordem de famílias botânicas e ocorrência nos estudos em remanescentes de Floresta Ombrófila Mista e Floresta Estacional Semidecidual no Paraná (....continuação...) Ilex theezans Mart. Asteraceae Gochnatia polymorpha (Less.) Cabr. Berberidaceae Berberis laurina Thunb. Bignoniaceae Anemopaegma chamberlaynii (Sims) Bureau & K. Schum. Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) B. Verlot Cuspidaria convoluta (Vell.) A. H. Gentry Handroanthus albus (Cham.) Mattos Av 2,3,4,5,7,10,14,19,20,22,23,25,33,34,35,36,38 --x-- Ab 1,13,14,19,24,26,29,33,34,35 --x-- Li --x-- --x-- Li 35 --x-- Li 34 --x-- Av 3,4,7,10,14,19,22,27,29,34,35,36 1,3,4,5,7,8,9,10,11,12,13,15,16,18,19,21,22,23,25,27, 29, 30,31,33, 34,35 46 Jacaranda puberula Cham. Av Macfadyena unguis-cati (L.) A. H. Gentry Pithecoctenium crucigerum (L.) A. H. Gentry Boraginaceae Cordia trichotoma (Vell.) Arrab. ex Steud. Cannabaceae Celtis iguanaea ( Jacq.) Sargent Li 12,13,33,35 46 Li 20,33,34,35 46 Av 2,10,11,19 39,42,45,46 Av 22,31,35 39,42 40,41,46 (continua...) CORDEIRO, J.; RODERJAN, C.V.; CURCIO, G. R. Família / Espécie Registros em estudos realizados em áreas de Floresta Estacional FB Floresta Ombrófila Mista Semidecidual 2,3,4,5,6,7,10,11,14,15,16,17,18,19,20,22,24,25,27,29,30,3 Av 1,32,33, --x-34,35,36,37,38 569 Tabela 1 – Espécies lenhosas coletadas na Fazenda Três Capões organizadas por ordem de famílias botânicas e ocorrência nos estudos em remanescentes de Floresta Ombrófila Mista e Floresta Estacional Semidecidual no Paraná FB Canellaceae Cinnamodendron dinisii (Schwacke) Occhioni Cardiopteridaceae Citronella gongonha (Mart.) R. A. Howard. Citronella paniculata (Mart.) R.A. Howard Celastraceae Maytenus muellerii Schwacke Maytenus aquifolia Mart. Clethraceae Clethra scabra Pers. Combretaceae Combretum fruticosum (Loefl.) Stuntz Cunoniaceae Lamanonia speciosa (Cambess.) L.B. Sm. Erythroxilaceae Erythroxylum deciduum A. St. Hil. Escalloniaceae Escallonia bifida Link. & Otto Euphorbiaceae Bernardia pulchella Müll. Arg. Sapium glandulatum (Vell.) Pax Av 1,2,3,4,5,6,7,8,10,11,12,13,16,18,19,22,24,25,26,27,28, 29,31,32,33, 34,35,36,38 Av 3,11,19,22,23,31,35 39,42 Av 2,3,4,5,18,19,22,25 39,40,42,46 Av At 2,3,4,5,9,10,12,13,16,19,21,22,23,26,28,33,35,38 33 Av 3,4,6,7,10,11,12,13,15,17,19,20,22,23,24,30,33.34.35 Li --x-- Av 4,5,6,7,10,11,14,15,17,18,19,21,23,34,35 Av 3,5,12,16,19,21,26,33,34,35 Ab 35 Ab Av 13,33,34,35,38 4,6,7,10,11,12,13,15,16,18,19,22,23,24,25,27,29,31,31,33,3 4,35,36 --x-- 39,45 42,46 --x-42,46 46 39,46 Set./Dez. 2013 --x-46 39,42,43,46 (continua...) 570 Família / Espécie V. 9 N. 3 (....continuação...) Registros em estudos realizados em áreas de Floresta Estacional Floresta Ombrófila Mista Semidecidual Ambiência - Revista do Setor de Ciências Agrárias e Ambientais Tabela 1 – Espécies lenhosas coletadas na Fazenda Três Capões organizadas por ordem de famílias botânicas e ocorrência nos estudos em remanescentes de Floresta Ombrófila Mista e Floresta Estacional Semidecidual no Paraná (....continuação...) FB Registros em estudos realizados em áreas de Floresta Estacional Floresta Ombrófila Mista Semidecidual Sebastiania commersoniana (Baill.) L.B. Av Sm. & Downs Fabaceae Acacia recurva Benth. Li Bauhinia forficata Link Av Dalbergia frutescens (Vell.) Britton Av Inga virescens Benth. At Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth.Av Machaerium paraguariense Hassler Av Mimosa scabrella Benth. Av Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Av Macbr. 12,13,14,15,18,19,22,24,25,26,27,28,29,30,31,32,33,34,35, 36,37,38 39,42,43,44,46 9,10,14,16,34,35,38 4,15,19,22 14,19,22,23,27,28,29,34,35,37 2,4,7,15,19,22,33,34 15,19,22,34 15,19,22,23,28,33,37 2,3,4,5,7,8,10,12,14,16,19,22,30,33,34,36 19 42 39,40,42,44,46 39,42,43,44,46 39,42,46 39,42,43,44,46 39,42,43,46 --x-39,42,44,46 Vitex montevidensis Cham. 1,3,4,5,7,8,10,12,13,15,18,19,20,21,22,25,26,27,28,34,35,3 6,37,38 39,41,42,46 33,34,35,38 4,5,6,7,10,11,15,17,19,20,21,22,28,30,33,34 1,2,3,4,5,6,7,9,10,11,13,14,15,16,17,18,19,21,22,24,25,27,2 9,30,35 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16,17,18,19,20,21,22,23 ,24,27,29, 30,33,34,35 2,3,7,8,10,13,14,15,17,18,19,20,22,24,25,26,27,28,29,30,32 ,33,34,35, 36,37,38 --x-39,40,42,43,44,46 39 Lamiaceae Av Lauraceae Cinnamomum amoenum (Nees) Av Kosterm. Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez Av Ocotea porosa (Ness & C. Mart.) Av Barroso Ocotea puberula (Rich.) Nees. Av Ocotea pulchella (Nees) Mez. Av 39,40,42,43,46 39,46 (continua...) CORDEIRO, J.; RODERJAN, C.V.; CURCIO, G. R. Família / Espécie 571 Tabela 1 – Espécies lenhosas coletadas na Fazenda Três Capões organizadas por ordem de famílias botânicas e ocorrência nos estudos em remanescentes de Floresta Ombrófila Mista e Floresta Estacional Semidecidual no Paraná Laxmanniaceae Cordyline dracaenoides Kunth Loganiaceae Strychnos brasiliensis (Spreng.) Mart. Strychnos trinervis (Vell.) Mart. Malphigiaceae Tetrapterys phlomoides (Spreng.) Niedenzo Malvaceae Luehea divaricata Mart. At 4,10,13,15,19 At At 1,4,13,15,19,22,28,29,30,33,34,35 --x-- Li --x-- Av 3,4,5,6,7,8,10,11,12,13,15,16,19,21,22,23,28,29,33,34,35,3 6,37,38 Melastomataceae Leandra australis (Cham.) Cogn. Sb Leandra xanthocoma (Naudin) Cogn. Sb Miconia cinerascens Miq. At Miconia hyemalis A. St.-Hil. & Naudin Ab Meliaceae Cabralea canjerana (Vell.) Mart. At Cedrela fissilis Vell. Av Trichilia elegans A. Juss. At Myrsinaceae Myrsine ferruginea (Ruiz & Pav.) Av Spreng. Myrtaceae 1,9,13,33,34,38 1,3,13,24,33,34,35 4,7,14,19,20,,22,24,28,33,34,35,37,38 8,14,19,22,24,33,34,35 10,11,12,14,15,17,18,19,22,23,33,34 2,3,4,5,7,10,12,13,14,15,16,17,18,21,22,23,27,29,33,34,35, 37 4,6,13,15,19,22,28,34 3,5,7,10,12,13,15,16,18,19,22,24,25,27,29,30,33,34,35, 36,38 39,40,46 40,42,43,46 --x---x-39,40,42,43,44,46 46 --x-39,42,46 42 39,40,42,46 42,45,46 39,30,42,43,46 Set./Dez. 2013 FB 39,42,45,46 (continua...) 572 Família / Espécie V. 9 N. 3 (....continuação...) Registros em estudos realizados em áreas de Floresta Estacional Floresta Ombrófila Mista Semidecidual Ambiência - Revista do Setor de Ciências Agrárias e Ambientais Tabela 1 – Espécies lenhosas coletadas na Fazenda Três Capões organizadas por ordem de famílias botânicas e ocorrência nos estudos em remanescentes de Floresta Ombrófila Mista e Floresta Estacional Semidecidual no Paraná (....continuação...) Acca sellowiana (O. Berg) Burret Calyptranthes concinna DC. Campomanesia guazumifolia (Cambess.) O. Berg Campomanesia xanthocarpa O.Berg in Mart. Eugenia pyriformis Cambess. Eugenia uniflora L. Eugenia sp. Myrceugenia euosma (O. Berg) D. Legrand Myrcia guianensis (Aubl.) DC. Myrcia hartwegiana (O. Berg) Kiaersk. Myrcia cf retorta Cambess. Myrcia richardiana (O. Berg) Kiaersk. Myrcia venulosa DC. Myrcianthes gigantea (D. Legrand) D. Legrand Myrcianthes pungens (O. Berg) D. Legrand Polygonaceae Ruprechtia laxiflora Meissn. Phytolaccaceae Phytollaca dioica L. Seguieria guaranitica Speg. Proteaceae Registros em estudos realizados em áreas de Floresta Estacional Floresta Ombrófila Mista Semidecidual FB At At Av Av Av Ab Ab Av Ab At Av Ab Av 13 3,13,14,15,19,20,22,23,24,25,26,27,28,29,30,33,34,35, 37,38 1,3,5,7,10,13,16,18,19,22,24,35 4,5,810,11,12,13,15,1,18,19,22,24,26,27,28,29,30,31,33, 34,35,36,38 19,22,34,35 1,3,5,7,8,9,10,11,12,13,15,16,18,19,21,22,23,27,28,29, 33,34,35 --x-4,5,10,12,13,14,19,24,33,34,37 24,25 5,13,14,17,19,22,35,38 --x-5,19,24,34 19,22,23,33,34,35 22,28,33 At 19 At 18,22,34 At At 7,19,22,35 19 Av --x-39,42,46 39,40,42,43,44,45,46 39,40,42,43,44,45,46 39,40,42,45,46 39,40,42,43,44,45,46 --x-39,42 --x-42 --x---x-42 --x-42,44,46 39,40,42,43,44,45,46 39,42,43,46 39,44,46 (continua...) CORDEIRO, J.; RODERJAN, C.V.; CURCIO, G. R. Família / Espécie 573 Tabela 1 – Espécies lenhosas coletadas na Fazenda Três Capões organizadas por ordem de famílias botânicas e ocorrência nos estudos em remanescentes de Floresta Ombrófila Mista e Floresta Estacional Semidecidual no Paraná Roupala brasiliensis L. Av Quillajaceae Quillaja brasiliensis (A. St.-Hil. & Tul.) Av Mart. Rhamnaceae Rhamnus sphaeorosperma Sw. At Rosaceae Prunus sellowii Koehne Av Rubiaceae Guettarda uruguensis Cham. & Schltdl. Rudgea parquioides (Cham.) M. Arg. Machaonia brasiliensis (Hoffmanns. ex Humb.) Cham. & Schltdl. Rutaceae Citrus limon (L.) Burm. f. Zanthoxylum rhoifolium Lam. Zanthoxylum petiolare A. St.-Hil. & Tul. Salicaceae Banara tomentosa Clos Casearia decandra Jacq. 3,4,5,6,7,8,9,10,11,13,15,17,18,19,21,22,25,26,35 4,10,19,22,24,30 45 12,19,22,25,27,29,33,34 46 3,4,5,6,7,8,9,10,11,13,16,17,18,19,21,24,25,27,28,29,30, 33,34,35,37,38 At Ab At 1,8,12,13,19,22,23,26,28,33,34,35,37,28 1,3,24,28,33,35,38 --x-- At Av 35 1,6,7,8,10,11,12,13,15,16,18,19,20,21,22,23,25,27,29,33, 34,35,38 Av Av Av 42,45,46 39,40,46 46 42 41 39,41 39,40,42,45,46 42,44 1,2,4,13,15,19,22,23,27,29,33,35 3,4,6,9,10,11,14,15,16,17,18,19,22,23,24,25,26,27,28,29,30 ,31,33,34, 35,37,38 39,42,43,46 Set./Dez. 2013 FB 39,42,43,45,46 (continua...) 574 Família / Espécie V. 9 N. 3 (....continuação...) Registros em estudos realizados em áreas de Floresta Estacional Floresta Ombrófila Mista Semidecidual Ambiência - Revista do Setor de Ciências Agrárias e Ambientais Tabela 1 – Espécies lenhosas coletadas na Fazenda Três Capões organizadas por ordem de famílias botânicas e ocorrência nos estudos em remanescentes de Floresta Ombrófila Mista e Floresta Estacional Semidecidual no Paraná (....continuação...) Registros em estudos realizados em áreas de Floresta Estacional Floresta Ombrófila Mista Semidecidual FB Xylosma ciliatifolia (Clos) Eichler Av Sapindaceae Allophylus edulis (A. St.-Hil.) Radlk. ex Av Warm. Allophylus guaraniticus (A. St.-Hil.) Sb Radlk. 1,3,812,19,22,23,26,29,32,33,34,35 Cupania vernalis Cambess. Av Diatenopteryx sorbifolia Radlk. Av Matayba elaeagnoides Radlk. Av Serjania communis Cambess. Simaroubaceae Castella tweedii Planch. Solanaceae Brunfelsia pilosa Plowman Cestrum intermedium Sendtn. Solanum granulosoleprosum Dun. Solanum pseudocapsicum L. Solanum sanctaecatharinae Dun Solanum variabile Mart. Vassobia breviflora (Sendtn.) Hunz. Styracaceae Styrax leprosus Hook. et Arn. Symplocaceae Symplocos tenuifolia Brand. Li 1,4,5,6,8,9,10,11,12,13,15,18,19,20,22,23,24,26,27,28,29,30 ,33,34,35,36,37,38 19,22,27,29,33 4,5,7,8,10,11,13,14,15,16,17,18,19,20,22,23,25,26,27,29,30 ,33,34,35, 37,38 4,7,10,19,21,22 4,5,6,7,8,10,11,13,14,15,16,17,18,19,23,24,25,26,28,30,33, 34,35,36, 37,38 --x-- Ab 35 Ab At Av Sb Av Av At 35 19,22,33 12,19,22,27,29,33,35,36,37 38 3,4,8,9,10,12,13,15,19,22,23,31,33,34,35 13,22,34,35,38 9,13,19,22,27,29,35 Av 3,4,5,6,7,10,11,12,14,16,19,21,22,23,27,29,30,33,35 At 5,19,22,24,25,34 42,46 39,40,41,44,45,46 39,40,42,43,46 39,40,42,43,44,46 39,42,44,45,46 39,40,42,43 --x---x---x-39,40,42,46 40,42,46 39 39,40,42,46 42 39,42,43 42 --x-(continua...) CORDEIRO, J.; RODERJAN, C.V.; CURCIO, G. R. Família / Espécie 575 Tabela 1 – Espécies lenhosas coletadas na Fazenda Três Capões organizadas por ordem de famílias botânicas e ocorrência nos estudos em remanescentes de Floresta Ombrófila Mista e Floresta Estacional Semidecidual no Paraná Symplocos tetrandra (Mart.) Miq. Symplocos uniflora (Pohl) Benth. Thymelaeaceae Daphnopsis racemosa Griseb. Urticaceae Urera baccifera (L.) Guadich. Violaceae Hybanthus communis (A. St.-Hil.) Taub. Winteraceae Drimys brasiliensis var. angustifolia (Miers) A.C. Sm. FB At Av 19,23,26,28 8,12,13,19,22,24,27,28,29,30,33,34,35,37,38 46 46 Sb 1,3,9,14,19,20,22,25,26,27,28,29,33,34,35,37,38 46 Ab 13,19,33,34,35 Ab AV 3,24,34 39,40,42,46 --x-- --x---x-- Fonte: Autores, 2013. Notas: FB = Forma biológica: Ar = arbusto, At = arvoreta, Av = árvore, Li = liana lenhosa e Sb = subarbusto. Estudos em áreas de FOM: 1 – Dombrowski e Kuniyoshi (1967), 2 – Occhioni e Hastsbach (1972), 3 – Imaguire (1980b; 1980c), 4 – Carvalho (1980), 5 – Longhi e Faehser (1980); Schaaf (2006), 6 – Oliveira e Rotta (1982), 7 – Inoue et al. (1984), 8 – Cervi et al. (1987), 9 – Cervi et al. (1989), 10 – Galvão et al. (1989), 11 – Silva e Marconi (1990), 12 – Roseira (1990), 13 – Britez et al. (1995), 14 – Moro et al. (1996), 15 – Dias et al. (1998), 16 – Sanquetta et al. (2000), 17 – Sonda et al. (1999), 18 – Ziller (2000), 19 – Isernhagen (2001), 20 – Moro et al. (2001), 21 – Negrelle e Leuchtenberger (2001), 22 – Dias et al. (2002), 23 – Rondon Neto et al. (2002), 24– Fupef (2003), 25 – Oliveira et al. (2003), 26 – Pasdiora (2003), 27 – Silva (2003), 28 – Barddal et al. (2004), 29 – Silva (2004), 30 – Watzlawick et al. (2005), 31 – Seger et al. (2005), 32 – Curcio et al. (2006), 33 – Kozera et al. (2006a: 2006b), 34 – Cervi et al. (2007), 35 – Cordeiro e Rodrigues (2007), 36 – Curcio et al. (2007a), 37 – Curcio et al. (2007b), 38 – Iurk et al. (2009). * = O estudo 19 – Isernhagen (2001) contém a compilação de dados de espécies que ocorreram em 40 trabalhos em áreas de FOM. Estudos em áreas de FES: 39 – Isernhagen (2001), 40 – Mikich e Silva (2001), 41 – Campos e Souza (2002), 42 – Dias et al. (2002), 43 – Bianchini et al. (2003), 44 – Corino (2006), 45 – Costa Filho et al. (2006), 46 – Blum (2009). ** = O estudo 39 – Isernhagen (2001) contém a compilação de dados de espécies que ocorreram em 38 trabalhos em áreas de FES. exótica - Espécie exótica. Set./Dez. 2013 Registros em estudos realizados em áreas de Floresta Estacional Floresta Ombrófila Mista Semidecidual V. 9 N. 3 Família / Espécie Ambiência - Revista do Setor de Ciências Agrárias e Ambientais (...Conclusão) 576 Tabela 1 – Espécies lenhosas coletadas na Fazenda Três Capões organizadas por ordem de famílias botânicas e ocorrência nos estudos em remanescentes de Floresta Ombrófila Mista e Floresta Estacional Semidecidual no Paraná O rol de espécies foi comparado com as listagens florísticas de 38 estudos de FOM e oito estudos de FES. Na figura 2, estão representados os locais desses estudos, sendo que 73,8% foram realizados no 1º e 2º planaltos, 13,1% no 3º planalto e 13,1% abrangeram áreas em dois ou mais planaltos. A concentração dos estudos no 1º e 2º planaltos tem correlação direta com localização das universidades nessas regiões. Como as principais fontes geradoras de pesquisas científicas no Estado advêm da academia, fato que se repete em âmbito nacional, por questões econômicas e apoio logístico a proximidade das áreas acaba sendo o fator preponderante a ser considerado na efetivação dos estudos. Figura 2 – Localização dos estudos florísticos no Paraná em áreas de FOM e FES Fonte: IBGE (2004), adaptado. Nota: A identificação dos estudos segue a ordem definida na tabela 1. A composição florística do remanescente possui espécies típicas da FOM pertencentes às famílias Lauraceae e Myrtaceae, do gênero Drimys além da Araucaria angustifolia (KLEIN, 1960; MAACK, 1981; LEITE, 1995). Contudo, não foi registrada na área Podocarpus lambertii, citada como espécie comum aos ambientes de FOM segundo Mattos (1972) e Roderjan et al.(2002). Os gêneros mais representativos foram Myrcia, com cinco espécies, Ilex e Solanum com quatro Eugenia, Ocotea e CORDEIRO, J.; RODERJAN, C.V.; CURCIO, G. R. Symplocos com três. Esses seis gêneros (7%) reúnem 22 espécies (19%) e os outros 83 gêneros (93%) agrupam 81% das espécies. Com maior riqueza de espécies são as famílias Myrtaceae (n=15), Fabaceae (n=8), Bignoniaceae e Solanaceae (n=7), Sapindaceae (n=6) e Lauraceae (n=5). Essas 6 famílias (12,5%) agrupam 48 espécies (42% da riqueza) e foram reunidas no Grupo I. As outras famílias foram reunidas em quatro grupos de acordo com a quantidade de espécies. Com duas espécies, o Grupo II ficou composto 577 por seis famílias (12,5%) - Annonaceae, Cardiopteridaceae, Celastraceae, Loganiaceae, Phytolaccaceae e Rosaceae, que somando 12 espécies (10%). O Grupo III com sete famílias (14,5%) Anacardiaceae, Euphorbiaceae, Meliaceae, Rubiaceae, Rutaceae, Salicaceae, Symplocaceae, com três espécies cada e um total de 21 (18%). O Grupo IV é formado pelas famílias Aquifoliaceae e Melastomataceae (4%), com quatro espécies e oito no total (7%). Com uma espécie cada, o Grupo V é formado por 27 famílias e 27 espécies (23%). As famílias Myrtaceae, Lauraceae e Aquifoliaceae, citadas por Reitz e Klein (1966), IBGE (2012), entre outros, como típicas na composição florística da FOM por apresentarem maior riqueza de espécies estão representadas por quinze, cinco e quatro espécies, respectivamente. O registro das 116 espécies no remanescente da Fazenda Três Capões é superior aos registros das listagens florísticas de muitos estudos de FOM. Isso se deve a fatores como o esforço e o critério amostral adotados e a identificação do material botânico. Sobre o esforço amostral, procurou-se percorrer durante as coletas a maior extensão do remanescente que, associado às frequentes visitas à área, permitiu encontrar as espécies em fase fértil. Em relação ao critério amostral, nos estudos de Longhi e Faehser (1980), Roseira (1990), Sonda et al. (1999), Rondon Neto et al. (2002), Barddall et al. (2004) e Curcio et al. (2006), entre outros, a listagem florística derivou do emprego da metodologia fitossociológica (parcelas ou distâncias) que estabelece um valor mínimo de inclusão (perímetro - PAP ou diâmetro à altura do peito - DAP). 578 Esses procedimentos limitam o registro de outras formas biológicas, uma vez que essa metodologia destina-se na maioria das vezes à comunidade arbórea. Quanto à efetiva distribuição das espécies nas formações vegetacionais, é preciso que a identificação dos espécimes encontrados seja a mais precisa possível. Em alguns estudos, muitas espécies foram relacionadas sem o epíteto específico, como em Oliveira e Rotta (1982), Silva e Marconi (1990), Durigan (1999), Pizatto (1999), Sanquetta et al. (2001) e Negrelle e Leuchtenberger (2001). A identificação das espécies por meio de material vegetativo pode resultar em erros de categoria taxonômica, duplicidade de espécies e aumento na riqueza florística de uma área. Considerando o critério de frequência nos levantamentos florísticos em áreas de FOM, as espécies encontradas foram agrupadas em quatro categorias: Raras – constituída por 22 espécies (19% do total), Ocasionais – 68 espécies (59%), Secundárias – dezoito espécies (15%) e Principais – oito espécies (7%), conforme tabela 1. Nas categorias Principais estão às espécies Allophylus edulis, Araucaria angustifolia, Casearia decandra, Cinnamodendron dinisii, Ilex theezans, Ocotea puberula, Ocotea pulchella e Schinus terebinthifolius. As espécies Campomanesia x a n t h oc a r pa , E u ge n i a u n i f l o ra , I l e x paraguariensis e Ocotea porosa citadas por Klein (1960), Mattos (1972), Veloso (1991) e Roderjan et al. (2002), como sendo companheiras naturais do pinheirodo-Paraná compondo a flora da FOM, obtiveram frequência abaixo do valor para enquadramento na categoria de Ambiência - Revista do Setor de Ciências Agrárias e Ambientais V. 9 N. 3 Set./Dez. 2013 Muito Frequentes. A ausência em alguns estudos deve-se a extração comercial da O. porosa, ao desmatamento que tem atingido as áreas florestais do Paraná há várias décadas e a eliminação dessas e de outras espécies do subosque de áreas utilizadas como sistema faxinal para exploração da pecuária extensiva. A categoria Secundárias foi formada por Calyptranthes conccinna, Cedrela f issilis, Jacaranda puberula, Matayba elaeagnoides, Prunus sellowii e Sebastiania commersoniana, entre outras, que há muito são citadas por Reitz e Klein (1966), Hueck (1972), Mattos (1972), Klein (1984) e Leite (2002) como constituintes naturais da composição florística da FOM. Nas categorias Ocasionais estão 63 espécies de várias formas biológicas e apareceram em estudos ao longo dos três planaltos do Estado. Destaque para Berberis laurina, Drimys brasiliensis, Gochnatia polymorpha, Mimosa scabrella, Stirax leprosus e Tabebuia Alba apontadas por Maack (1981), Veloso (1991), Leite (1995) e Roderjan et al.(2002) como espécies peculiares, ou seja, que possuem frequência regular no subosque das florestas com araucária. Na categoria Raras, foram registradas 22 espécies (cinco arbustos, três árvores e sete arvoretas, um subarbusto e seis lianas). A baixa frequência de algumas espécies e a ausência de outras pode ser justificada pelo tipo de pesquisa realizada (florística ou fitossociológica) e pelo critério de amostragem empregado (formas biológicas analisadas). Entre os estudos analisados apenas em doze trabalhos (32%) o levantamento florístico foi extensivo às outras formas biológicas além das arbóreas, como Imaguire (1980b; CORDEIRO, J.; RODERJAN, C.V.; CURCIO, G. R. 1980c), Britez et al. (1995), Dias et al. (2002), Kozera et al. (2006a) e Cordeiro e Rodrigues (2007), e a quantidade de espécies variou de 100 a 263. A ampliação da coleta sobre as demais formas biológicas pode ajudar no entendimento da composição da Categoria Raras, pois, 59% das espécies encontradas na área de FOM da Fazenda Três Capões foram enquadradas como não arbóreas. Esse motivo não representa que essas espécies não possam ser comuns na FOM, contudo, não foram registradas nos estudos analisados e quando foram, apresentam baixa frequência. Salienta-se a existência de uma lacuna quanto às referências sobre levantamentos mais específicos da florística individual de arbustos, lianas e subarbustos nos ambientes de FOM. As espécies Anemopaegma chamberlaynii, Hybanthus communis, Myrcia cf. retorta, Serjania communis, Strychnos trinervis, Tetrapteris phlomoides, Combretum f ruticosum, Machaonia brasiliensis e Zanthoxylum petiolare não foram relacionadas em nenhum dos estudos sobre a FOM analisados, sendo que as três espécies somente possuem registros em áreas de domínio da FES, conforme os trabalhos de Blum (2009), Campos e Souza (2002) e Corino (2006). Dessa forma, tem-se uma ampliação na distribuição natural destas espécies a l é m d a s u a re g i ã o d e o c o r rê n c i a . O utras espécies da c ategor ia R aras como Maytenus aquifolium, Myrcianthes pungens, Piptadenia gonoacantha, Seguieria guaranitica e Solanum pseudocapsicum apresentaram frequência relativamente maior para a FES do que para a FOM. Destaca-se que a ocorrência e a frequência não podem ser considerados como únicos 579 critérios para atestar que essas espécies sejam típicas de uma ou de outra formação vegetacional. Pelo registro das espécies nas formações vegetacionais, pode-se ampliar esse conjunto, quando se consideram aquelas que apresentaram maior frequência comparativa nos estudos de FES em relação aos da FOM, como é o caso de Bauhinia forficata, Cabralea canjerana, Campomanesia guazumifolia, Citronella paniculata, Cordia t r ichotoma, Diatenopter yx sorbif olia, Justicia brasiliana, Lonchocarpus campestris, Machaerium paraguariense, Ruprechtia laxiflora e Trichilia elegans. A presença e a frequência dessas espécies podem se somadas ás afirmações de Klein (1960), Mattos (1972), Klein (1984), Leite (2002) e Britez (2005), que a FOM está sendo invadida lentamente por espécies típicas da FES. Essa invasão se dá pelo avanço de um “front” de espécies que se abrigam ao longo das áreas ciliares dos principais rios e seus afluentes que compõem o sistema hidrográfico que dissecam o território da FOM, pelas elevações das médias térmicas que atualmente são mais favoráveis para as plantas de áreas mais quentes e pelo desenvolvimento de recursos fisiológicos como a deciduidade foliar, típica de espécies estacionais. A área em estudo pertence à bacia do rio Jordão, que está subordinada à bacia do rio Iguaçu, isto pode justificar a presença das espécies oriundas das áreas de FES, uma vez que elas utilizam os vales desses rios para transitarem entre as duas formações 580 vegetacionais, conforme colocado por Reitz e Klein (1966), Roderjan et al. (2001) e Castella e Britez (2004). Comparativamente, verifica-se que Nectandra megapotamica, Luehea divaricata, Campomanesia xanthocar pa, Eugenia pyriformis, Casearia decandra, Allophylus edulis e Cupania vernalis são citadas como espécies importantes na composição florística da FOM (MATTOS, 1972; MAACK, 1981; KLEIN, 1984; RODERJAN et al., 2001) e apresentaram frequência superior a 60% nos estudos em áreas da FES. Isto mostra que essas espécies estão bem adaptadas a ambientes com diferentes particularidades o que as caracteriza como plantas de boa plasticidade ecológica. É fundamental que considerações sobre a distribuição fitogeográfica e a ocorrência das espécies nas formações vegetacionais sejam feitas com base no maior número possível de dados coletados a campo e que sirvam para subsidiar informações científicas consistentes. Q uanto à similaridade (F igura 3) o conjunto de espécies da FOM da Fazenda Três Capões apresentou maior similaridade (Sørensen = 63%) com o estudo da área do Parque Municipal das Araucárias realizado por Cordeiro & Rodrigues (2007). Essa alta similaridade é justificada pela proximidade entre as áreas (± 20 km), pelas características ambientais semelhantes (geológicas, geomorfológicas e climáticas) e metodologia de trabalho (contemplarem no levantamento todas as plantas lenhosas). Ambiência - Revista do Setor de Ciências Agrárias e Ambientais V. 9 N. 3 Set./Dez. 2013 Figura 3 – Dendrogama de similaridade baseado no índice de Sørensen entre os estudos de FOM no Paraná Fonte: Autores (2013). Nota: A identificação dos estudos segue a ordem definida na tabela 1. A segunda maior similaridade (S = 50%) foi registrada para a área estudada por Britez et al. (1995), que apesar de localizada região de São Mateus dos Sul (1º planalto paranaense) o critério de amostragem contemplou todas as formas biológicas. Entre os estudos mais dissimilares estão os de Curcio et al. (2006) com valor de Sørensen = 11% realizado em uma a área de FOM que apresentava um conjunto de características ambientais (geologia, geomorfologia, pedologia e clima) distintos em relação à Fazenda Três Capões e também porque a lista florística limitava-se às principais espécies do levantamento fitossociológico. No estudo de Negrelle e Leuchtenberger (2001), a baixa similaridade (S = 16%) justifica-se porque das 67 morfo-espécies apresentadas 44,8% não apresentaram epíteto específico. Ressalta-se que, como o índice de Sørensen baseia-se na presença e ausência CORDEIRO, J.; RODERJAN, C.V.; CURCIO, G. R. das espécies, é imprescindível a correta identificação de todas as espécies encontradas nos levantamentos. Em alguns estudos, muitas espécies foram relacionadas sem apresentarem a determinação específica, como em Oliveira & Rotta (1982), onde 60% do rol florístico estava indeterminado, em Pizatto (1999) e Sanquetta et al. (2001) esse percentual atingiu 29,8% das espécies, 34,8% em Durigan (1999) e 30,6% em Silva e Marconi (1990). Os percentuais relativamente elevados de espécies não identificadas contribuem para que os valores de similaridade calculados tenham baixa confiabilidade. Conclusões A riqueza florística da FOM está intimamente relacionada ao rigor amostral empregado sendo potencializado quando se 581 amplia o critério amostral às outras formas biológicas, além das arbóreas. As delimitações fitogeográficas das espécies devem ser realizadas com base em dados oriundos do maior número possível de estudos florísticos para se evitar subdimensionamento das informações produzidas. Algumas espécies registradas para a FES estão integrando a FOM, especialmente aquelas localizadas nas proximidades dos vales dos grandes rios, local por onde transitam e avançam essas espécies. A análise florística revelou que espécies citadas como companheiras do pinheiro-do-Paraná e de ocorrência natural no subosque das FOM não são tão frequentes como se referencia. Isto pode ser resultado de que os registros inicialmente produzidos não contemplaram a totalidade das áreas de FOM do Estado e das ações antrópicas que há décadas vem impactanto essa unidade fitogeográfica no Paraná. Referências BARDDAL, M. L.; RODERJAN, C. V.; GALVÃO, F.; CURCIO, G. R. Caracterização florística e fitossociológica de um trecho sazonalmente inundável de floresta aluvial, em Araucária, PR. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 14. n. 2, p. 37-50, 2004. BIANCHINI, E.; POPOLO, R. S.; DIAS, M. C.; PIMENTA, J. A. 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