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Aps 2020-1

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1

UNIVERSIDADE PAULISTA

Alexandra Roberta Mende Conceição R.A F113752


Diana Vieira Da Silva Castilho R.A F03825-4
Jessy Kellen Medeiros Da Silva R.A F05GEH-8
Thainara Do Carmo Silva R.A F068DA8

O SERVIÇO SOCIAL NA PROTEÇÃO BÁSICA


Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo

CAMPINAS 2020-1
2

Alexandra Roberta Mende Conceição R.A F113752


Diana Vieira Da Silva Castilho R.A F03825-4
Jessy Kellen Medeiros Da Silva R.A F05GEH-8
Thainara Do Carmo Silva R.A F068DA8

O SERVIÇO SOCIAL NA PROTEÇÃO BÁSICA


Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo

Trabalho apresentado à disciplina de


Atividades Práticas Supervisionadas referentes
ao terceiro semestre do curso de Serviço
Social/ UNIP Campinas/Swift

Orientadora: Profª Ma. Silmara Quintana

CAMPINAS 2020-1
3

RESUMO
De acordo com as pesquisas efetuadas, esta APS apresenta um conteúdo
teórico com referências de uma linha que materializou a proteção social, uma linha
crescente referindo ao Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) aprovou,
em 2004, a Política Nacional de Assistência Social (PNAS) que criava um regime
próprio de gestão (Sistema Único de Assistência Social – SUAS), regulamentado
pela Norma Operacional Básica (NOB/SUAS) aprovada em 2005 e formalmente
instituído pela Lei Federal nº 12.435 de 06 de julho de 2011. E o contexto de sua
prática foi de acordo com o estudo e a visita ao Serviço de Convivência e
Fortalecimento de Vínculos (SCFV).
Conforme o serviço visitado está localizado na cidade de Campinas, além da
visita, utilizamos como metodologia teórica o Processo de elaboração do Plano
Municipal de Assistência Social (PMAS) do Município de Campinas, que fazem
análises situacionais do território local para retirar dados, especificadamente do
Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo visitado, de uma determinada
região do município, serviço que adentra na Proteção Social Básica, com base no
serviço visitado, a sua função é de atender as demandas territoriais e objetivo de
trilhar um caminho em busca de uma cidadania aos usuários através de atividades.
Assim Os Serviços De Convivência e Fortalecimento de Vínculos em uma
visão geral têm a finalidade de ofertar a proteção de convívio, para prevenir a
ocorrência de situações de risco pessoal e social, realizado e organizado por grupos,
para o progresso de seus usuários garantindo o fortalecimento e a convivência e
trabalhar as vulnerabilidades.

Palavras chaves: SCFV, PAIF, Proteção Social Básica.


4

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................5
CAPÍTULO I.........................................................................................................................................6
1. POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL- PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA.............................6
1.1 Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos........................................................6
1.1.1 O serviço de convivência e fortalecimento de vínculo está previsto (PNAS)............7
2. POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA............................7
2.1 Exceções das regras de compatibilidade..............................................................................8
 Crianças até 6 anos, em especial:.....................................................................8
 Crianças e adolescentes de 6 a 15 anos, em especial:....................................9
 Adolescentes de 15 a 17 anos, em especial:....................................................9
2.2 Idosos.......................................................................................................................................11
3. ATUAÇÃO DO ASSITENTE SOCIAL NA PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA- SCFV............12
CAPÍTULO II......................................................................................................................................13
O LOCUS DA PESQUISA................................................................................................................13
O SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS VISITADO.........15
CAPÍTULO III.....................................................................................................................................16
Tabela 1 - Grupos da região Leste por território.......................................................................16
Tabela 2 – Distribuição de habitante da região Leste..............................................................17
CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................................18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS................................................................................................19
REFERÊNCIAS DIGITAIS...............................................................................................................20
5

INTRODUÇÃO
Este trabalho apresenta dados da pesquisa realizada tendo por tema o
Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – SCFV da proteção social
básica.
No capítulo I apresentamos o que está proposto pela lei, e as diretrizes de
trabalho de um SCFV.
No capítulo II apresentamos o que encontramos SCFV pesquisado e utilizado
como referência para a pesquisa.
No capítulo III cruzamos as informações entre as determinações e diretrizes
da lei e números referentes aos serviços encontrados, em contraposição com o
número de habitantes da região de referência.
6

CAPÍTULO I
1. POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL- PROTEÇÃO SOCIAL
BÁSICA
A partir da Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB/88) a
assistência social passa a ser tratada como uma política pública que se concretiza
no Art. nº 203, 204 como direito do cidadão e dever do Estado. A Proteção Social
Básica é o conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios da assistência
social estruturados para prevenir situações de vulnerabilidade e risco social,
buscando a inserção de famílias e indivíduos na rede socioassistencial e em outras
políticas setoriais, visando ao fortalecimento de vínculos familiares, comunitários e a
superação dessas situações.
Art.203: A assistência social será prestada a quem dela necessitar,
independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivo:
I. a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e a velhice;
II. o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III. a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV. a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a
promoção de sua integração à vida comunitária;
V. a garantia de um salário mínimo mensal à pessoa portadora de deficiência e
ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou
de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.

1.1 Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos


Foi regulamentado pela Resolução do Conselho Nacional de Assistência
Social (CNAS) nº 109/2009, que dá corpo a Tipificação Nacional de Serviços
Socioassistenciais (TNSS) e reordenado através da Resolução nº 01/2013 dessa
mesma instância.
É um Serviço oferecido no âmbito da proteção Social Básica- PSB do Sistema
Único de Assistência Social-SUAS ofertado no Centro de Referência da Assistência
Social-CRAS, que é a unidade pública da assistência social, de base municipal,
localizada em áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco social, destinada
à prestação de serviços e programas de abrangência desses centros ou
7

organizações da sociedade civil, inscritas no Conselho Municipal de Assistência


Social (CMAS).
O público alvo dos CRAS são famílias e indivíduos em situação de
vulnerabilidade e risco social, pessoas com deficiência, idosos, crianças retiradas do
trabalho infantil, pessoas inseridas no Cadastro Único, beneficiários do Programa
Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), entre outros.

1.1.1 O serviço de convivência e fortalecimento de vínculo está previsto


(PNAS)
De acordo com o Conselho Nacional de Assistência Social, através da
resolução nº 01, de 21 de fevereiro de 2013, em seu capítulo I, Art. 2º que dispõe do
reordenamento do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos-SCFV e dá
outras providências. O SCFV é um serviço de Proteção Básica realizado em grupos
organizado de acordo com ciclos de vida, a modo de garantir aquisições
progressivas aos seus usuários, para complementar o trabalho social com famílias
prevenindo assim ocorrências e situação de vulnerabilidade e risco social.
O serviço tem como objetivo complementar o trabalho social do Serviço de
Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) e do Serviço de Proteção e
Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI); prevenir a
institucionalização e a segregação de crianças, adolescentes, jovens e idosos, em
especial, das pessoas com deficiência; promover acessos a benefícios e serviços
socioassistenciais; Promover acessos a serviços setoriais - educação, saúde,
cultura, esporte e lazer; favorecer o desenvolvimento necessário para as atividades
intergeracionais, propiciando trocas de experiências e vivências.

2. POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - PROTEÇÃO SOCIAL


BÁSICA
Crianças e adolescentes têm suas peculiaridades em relação aos
atendimentos, pois são separados em suas faixas etárias e com isso diferem nas
atividades ofertadas pelo serviço.
De acordo com as diretrizes da atual MDS e do CNAS três aspectos são
determinantes para o público prioritário do SCFV: O ciclo de vida/idade; estar
8

contemplado em um ou mais das onzes situações prioritárias; e as regras de


compatibilidade (exceções). (Brasil, 2016a).
Ciclo de vida/idade:
 Crianças (de 0 a 12 anos incompletos);
 Adolescentes (de 12 anos completos há 18 anos completos);
 Pessoas Idosas (igual ou superior a 60 anos).
Segundo a Resolução CIT nº 01/2013 e a Resolução CNAS nº 01/2013,
considera-se público prioritário para o atendimento no SCFV crianças e/ou
adolescentes e/ou idosos nas seguintes situações:
 Em situação de isolamento;
 Trabalho infantil;
 Vivência de violência e/ou negligência;
 Fora da escola ou com defasagem escolar superior a 2 (dois) anos;
 Em situação de acolhimento;
 Em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto;
 Egressos de medidas socioeducativas;
 Situação de abuso e/ou exploração sexual;
 Com medidas de proteção do ECA;
 Crianças e adolescentes em situação de rua;
 Vulnerabilidade que diz respeito às pessoas com deficiência.

2.1 Exceções das regras de compatibilidade


 Trabalho infantil: crianças e adolescentes até 15 anos de idade;
 Em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto: adolescentes com
idade entre 12 a 21 anos;
 Com medidas de proteção do ECA: Crianças e adolescentes até 17 anos;
 Egressos de medidas socioeducativas: Adolescentes com idade de 12 a 21 anos;
 Situação de abuso e/ou exploração sexual: Crianças e adolescentes até 17 anos;
 Crianças e Adolescente em situação de rua: Crianças e adolescentes até 17
anos;
 Para as Crianças e Adolescente além dos objetivos gerais, o SCFV tem objetivos
específicos para cada ciclo de vida, tendo em vista as especificidades de cada
etapa do desenvolvimento dos sujeitos.
9

Dentro do grupo Criança e adolescente o Serviço de Convivência e


Fortalecimento de Vínculos tem uma divisão deste público. De acordo com a
Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais (Resolução CNAS nº
109/2009), constitui o público do SCFV:
 Crianças até 6 anos, em especial:
 Crianças com deficiência, com prioridade para as beneficiárias do BPC;
 Crianças cujas famílias são beneficiárias de programas de transferência de
renda;
 Crianças encaminhadas pelos serviços da Proteção Social Especial;
 Crianças residentes em territórios com ausência ou precariedade na oferta de
serviços e oportunidades de convívio familiar e comunitário;
 Crianças que vivenciam situações de fragilização de vínculos.
 Crianças e adolescentes de 6 a 15 anos, em especial:
 Crianças e adolescentes encaminhados pelos serviços da Proteção Social
Especial: Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI); Serviço de
Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI);
 Crianças e adolescentes em situação de acolhimento ou que já retornaram ao
convívio familiar após medida protetiva de acolhimento;
 Crianças e adolescentes com deficiência, com prioridade para as beneficiárias do
BPC;
 Crianças e adolescentes cujas famílias são beneficiárias de programas de
transferência de renda;
 Crianças e adolescentes de famílias com precário acesso à renda e a serviços
públicos.
 Adolescentes de 15 a 17 anos, em especial:
 Adolescentes pertencentes às famílias beneficiárias de programas de transferência
de renda;
 Adolescentes egressos de medidas socioeducativas ou em cumprimento de
medidas socioeducativas em meio aberto;
 Adolescentes em cumprimento ou egressos de medida de proteção do Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA, 1990);
 Adolescentes do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) ou
adolescentes egressos ou vinculados a programas de combate à violência e ao
abuso e à exploração sexual;
10

 Adolescentes de famílias com perfil de programas de transferência de renda;


 Adolescentes com deficiência, em especial beneficiários do BPC;
 Adolescentes fora da escola.
 Vulnerabilidade que diz respeito às pessoas com deficiência.
Vale ressaltar que cada município tem autonomia para organizar a oferta às
faixas etárias de acordo com a demanda do território.
Os estudos sobre violência reconhecem que ela se manifesta de diferentes
formas: violência verbal, física, psicológica, doméstica, intrafamiliar, patrimonial,
entre outras. Em muitas situações, essas violências se manifestam de forma
associada, ou seja, juntas. Destacamos, a seguir, aquelas que comumente levam
usuários até os serviços socioassistenciais: Violência Física e letal, violência sexual,
violência psicológica, discriminação, tráfico de pessoas, trabalho infantil, violência de
gênero, negligência, violência institucional.
Ao tratar os tipos de violência a Linha de Cuidados estabelece duas
categorias em consonância com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei
nº 8.069/90 o modelo proposto pela Organização Mundial da Saúde:
Violência autoprovocada - envolve o comportamento suicida e o suicídio
propriamente dito;
Violência interpessoal - ocorre na interação entre as pessoas, que
demonstram dificuldade de resolver conflitos por meio da conversa, como também
nas relações entre pais e filhos, homens e mulheres, irmãos, entre outras, nas quais
estão caracterizadas as relações de poder;
Violência coletiva - é em geral cometida por grandes grupos ou pelo Estado. É
caracterizada por qualquer distinção, exclusão ou restrição baseada, por exemplo,
em origem racial/étnica e social, que tenha o propósito ou o efeito de anular ou
prejudicar o exercício de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos
político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro domínio da vida pública;
Violência física - caracterizada como todo ato violento com uso da força física
de forma intencional, não acidental, praticada por pais, responsáveis, familiares ou
pessoas próximas da criança ou adolescente, que pode ferir, lesar, provocar dor e
sofrimento ou destruir a pessoa, deixando ou não marcas evidentes no corpo, e
podendo provocar inclusive a morte;
Violência psicológica - é toda ação que coloca em risco ou causa dano à
autoestima, à identidade ou ao desenvolvimento da criança ou do adolescente.
11

Manifesta-se em forma de rejeição, depreciação, discriminação, desrespeito,


cobrança exagerada, punições humilhantes e utilização da criança ou do
adolescente para atender às necessidades psíquicas de outrem. Aqui também está
contemplado o bullying.
Trabalho Infantil - uma forma de violência, podendo acarretar em danos
físicos e psicológicos, pois transforma as crianças e os adolescentes em adultos
precoces, submetendo-os, muitas vezes, a situações extremas que 49 afetam seu
processo de crescimento e desenvolvimento, expondo-os à aquisição de doenças e
a atrasos na formação escolar e, até mesmo, a sequelas que acabam sendo
irreversíveis na vida adulta;
Violência sexual - é todo ato ou jogo sexual com intenção de estimular
sexualmente a criança ou o adolescente, visando utilizá-lo para obter satisfação
sexual, em que os autores da violência estão em estágio de desenvolvimento
psicossexual mais adiantado que a criança ou adolescente. Essa categoria
compreende o abuso sexual (predominantemente doméstico) e a exploração sexual
(que envolve lucro ou troca e é comum ocorrer no contexto da prostituição);
Negligência - caracteriza-se pelas omissões dos adultos (pais ou outros
responsáveis pela criança ou adolescente, inclusive institucionais), ao deixarem de
prover as necessidades básicas para o desenvolvimento físico, emocional e social
de crianças e adolescentes.

2.2 Idosos
A pessoa idosa é protegida pela lei n° 10741, de 1° de Outubro de 2003, o
Estatuto do Idoso. No âmbito da proteção social, é um potencial beneficiário do BPC
(benefício de prestação continuada), caso o perfil se enquadre nas normativas da lei.
Assim, o idoso fica protegido pelas três garantias: a de sobrevivência, a de acolhida
e a de convívio.
O SCFV é o serviço da proteção social básica que compreende a segurança
de convívio, fortalecendo vínculos familiares e comunitários, possibilitando ao idoso
a garantia de convívio social.
O perfil do idoso usuário do SCFV é descrito na tipificação nacional de
serviços socioassistenciais: com idade igual ou superior a 60 anos, que se encontra
em situação de vulnerabilidade social. O serviço tem por objetivo contribuir para um
processo de envelhecimento saudável e autônomo.
12

Art. 3 É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do


Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do
direito à vida, a saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao
lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à
convivência familiar e comunitária. (ESTATUTO DO IDOSO, LEI N° 10741,
2003, p. 7).

3. ATUAÇÃO DO ASSITENTE SOCIAL NA PROTEÇÃO SOCIAL


BÁSICA- SCFV
A Atuação do/a Assistente Social na Proteção Social Básica – Serviço De
Convivência e Fortalecimento de Vínculos.
A composição de uma equipe de Serviço de Convivência e Fortalecimento de
Vínculos segundo a CNAS no 17/11 deve ser composta por orientadores sociais do
CRAS sendo de formação de nível superior e/ou um profissional com formação de
nível médio de escolaridade conforme dispõe a Resolução CNAS n° 09/2014 ou um
técnico de referência, que é responsável pela gestão territorial básico sendo um
assistente social. Dependendo da quantidade de usuários atendidos existe a
necessidade de um segundo técnico que é preferencialmente um psicólogo, esses
grupos são referencias ao SCFV. De uma maneira geral quem coordena as equipes
de um SCFV é um Assistente Social.
Está na alçada desses profissionais à aplicação do princípio da matricialidade
sociofamiliar que orienta as ações de Proteção Social Básica da Assistência Social
além do acompanhamento e da execução do serviço, principalmente por meio de
participação sistemática nas atividades de planejamento e assessoria ao orientador
social.
A incumbência do Assistente social nos grupos de SCFV é de promover um
ambiente democrático e dinâmico além de conhecer a realidade do território e
verificar as famílias com crianças, idosos, adultos e jovens para melhor organização
e promoção dos serviços ofertados. O profissional deve se familiarizar-se com as
condições que se encontra o município já que a abordagem metodológica exige
certa complexidade e uma concordância entre o trabalho realizado e prestado e a
Política Nacional de Assistência Social.
13

CAPÍTULO II
O LOCUS DA PESQUISA
O Espaço Crescer e Vencer, Serviço Social Nova Jerusalém é o Serviço de
Convivência e Fortalecimento de Vínculo que iremos relata após a entrevista com a
assistente social Marinalva Costa- Cress; 45361
SFCV localizado na região leste de Campinas, na rua Presidente Alves, 1252
– Jd. Das Paineiras. A Região Leste de Campinas concentra bairros residenciais de
alto padrão e outros bairros que contrastam muito com os de alto padrão, assim
concretizando a má distribuição de renda e o descaso público. Nesta região, situam-
se shoppings de alto padrão e bairros rurais, assim é considerada a região mais rica
e desenvolvida do município. A seguir veremos a entrevista realizada com a
profissional assistente social Marinalva Costa.
1. Qual o procedimento a ser tomado em caso de suspeita de abuso em relação
às crianças e adolescentes sejam eles físicos sexuais ou psicológicos?
Começamos a fazer um vínculo de confiança com nossos usuários, fazendo
visitas domiciliares, e quando temos a suspeita fazemos a denúncia no sistema
SISNOC (SISTEMA DE NOTIFICAÇÃO DE CAMPINAS) para abuso sexual, e está
ligando para uma médica responsável pelo sistema, e todos os abusos fazemos a
denúncia para o Conselho Tutelar, estamos localizados na região Leste temos um
Conselheiro de referência.

2. Quais os objetivos de atendimento do SCFV nesta faixa etária (6 a 15 anos) e


quais atividades buscam desenvolver com essas crianças/adolescentes e suas
famílias?
Somos um Serviço de Convivência e Fortalecimento Vínculo e nosso objetivo
é prepará-los para Cidadania.

3. Como essas crianças e adolescentes chegam até o SCFV? Como se


estabelece a comprovação para o atendimento no SCFV?
Temos as seguintes formas: lista de espera, denuncia da comunidade, busca
ativa, encaminhada pelo Conselho Tutelar e Vara da Infância.
14

4. Qual é a linha de critérios na construção de vínculos que o profissional aborda


na relação das crianças e adolescentes (6 a 15 anos) com suas famílias?
Trabalhamos com sete oficinas (música, Hip-Hop, culinária, esporte, arte
circense, brincando com as letras, e judô de alto rendimento).

5. O que é preciso considerar no atendimento as crianças e adolescentes com


deficiência neste SCFV?
Laudo Médico e acessibilidade. Não temos um educador específico para esse
aluno, hoje temos cinco crianças com algum tipo de deficiência no SCFV.

6. Qual a conduta adotada para com o adolescente que não aceita o


atendimento do SCFV, quais as medidas tomadas?
Temos dois caminhos, se a criança e adolescente não se adaptar
simplesmente podemos fazer o desligamento por contato telefônico ou visita
domiciliar, é raro esse familiar nos comunicar, sobre o desligamento.

7. Como é feita a promoção de encontros geracionais? Entre idoso, usuários? É


um grupo? Quais as atividades são desenvolvidas?
Festa da família, apresentação das crianças, café com familiar mensal.

8. Em relação à rede de apoio, vocês podem contar com ela? A resposta diante
a rede é de fato efetiva?
Sim, temos uma rede de apoio fantástica, temos uma reunião mensal onde a
rede faz discussão de caso.

9. Tem um número limite de indivíduos atendidos para cada equipe técnica de


atuação no SCFV?
Sim nossa meta é de 210, cada educador trabalha com 30 usuários então
temos 7 grupos.

10. A família das crianças e adolescentes que estão integradas no SCFV participa
ativamente no desenvolvimento da mesma? São colaborativas?
Temos a participação de 70% dos familiares.
15

O SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE


VÍNCULOS VISITADO
O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo, utilizado para a
realização dessa pesquisa é o Espaço Crescer e Vencer, uma OSC conveniada à
prefeitura Municipal de Campinas. Ela trabalha com crianças de 06 a 15 anos. Conta
com sete oficinas, que trabalham no fortalecimento de vínculos e promovem a
autonomia e cidadania dessas crianças e adolescentes.
O Espaço crescer e Vencer tem a particularidade de se localizar em uma área
considerada nobre da cidade de Campinas, porém, rodeada por comunidades, traço
marcante da desigualdade tão presente em nosso país.
Essa OSC atende as obrigatoriedades do SCFV previstas no SUAS (Sistema
Único de Assistência Social) podendo contar com a rede de apoio e realizar as
atividades pertinentes aos grupos de famílias, crianças e adolescentes atendidos
incluindo trabalhos com sete tipos de oficinas, que são atividades previstas.
Além de considerarem o atendimento às crianças e adolescentes com
deficiência pois a inclusão no SCFV é muito importante. Porém nessa unidade não
existe um profissional específico para desenvolver essas crianças com essas
particularidades.
Com a pesquisa podemos ver que na maioria das famílias colaboram e
participam desse trabalho sendo 70% ativas e contando com a meta de atendimento
dentro do padrão esperado que é de 210 indivíduos divididos em sete grupos.
A forma de funcionamento desse SCFV está dentro do que se espera a não
ser por contar com a falta de mais um ambiente com esses serviços para ter um
alcance maior da demanda reprimida que infelizmente ainda é um problema em
vários campos dos serviços.
16

CAPÍTULO III
Diante dos dados constatamos com bases em informações do Relatório
Municipal de Vínculos as seguintes tabelas, referente ao número de habitantes e ao
número de SCFV ofertados na região Leste, região onde se localiza o SCFV
“Espaço Crescer e Vencer.”

Tabela 1 - Grupos da região Leste por território.

FONTE: Ministério da Cidadania (2020).


17

REGIÃO LESTE
Microrregião
Parque São Jardim Distritos de Vilas Costa e Silva
Quirino Flamboyant Sousas e De Miguel
Joaquim Vicente Cury
Egídio
População Estimada 70.206 39.800 47.304 40.000
(230.000 hab.)
Ocupações 02 03 02
Favelas 10 02 01
Responsáveis da 8,52% Parque 7,77% 4,13% 5,16%
Família sem São Quirino Parque Brasília Sousas - Vilas Costa e Silva
rendimento 5,42% Centro 2,17% Miguel Vicente Cury
Vila Brandina Joaquim
3,94% Egídio e
Jardim Sousas -
Flamboya Rural 3,08%
nt Joaquim
Egídio
Taxa de Homicídio 53,12% Parque 15,28 36,27 38,49
Estimada por 100 mil São Quirino Parque Brasília Sousas - Vilas Costa e Silva
habitantes 53,82 Centro 61,55 Miguel Vicente Cury
Vila Brandina Joaquim
21,59 Egídio e
Jardim Sousas -
Flamboya Rural 42,13
nt Joaquim
Egídio
Percentual de 10,64% Parque 10,70% 5,53% 6,38%
Mulheres São Quirino Parque Brasília Sousas - Vilas Costa e Silva
Responsáveis pelos 7,90% Centro 4,76% Miguel Vicente Cury
Domicílios sem Vila Brandina Joaquim
renda 21,59% Egídio e
Jardim Sousas -
Flamboya Rural 1,64%
nt Joaquim
Egídio
Índice de Exclusão 32º Parque 38º 40º 47º Vilas Costa
Social (Posição no São Parque Sousas - e Silva Miguel
Mapa da Exclusão Quirino Brasília Centro Vicente Cury
Social) 52º 16º
Vila Brandina Joaquim Egídio
64º Jardim e Sousas –
Flamboyant Rural
63º
Joaquim
Egídio

Tabela 2 – Distribuição de habitante da região Leste.

FONTE: Site da Prefeitura de Campinas (2020).


18

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo em vista os dados apurados, concluímos que há um esmero e esforço das
organizações da sociedade civil quanto aos SCFV. O Espaço Crescer e Vencer
oferece através das suas sete oficinas, meios para que crianças e adolescentes
possam desenvolver suas potencialidades. Atendem um total de 210
crianças/adolescentes e contam com uma demanda reprimida de 98 crianças.
Percebemos que muito embora haja esse engajamento por parte das OSC's é
perceptível que atenção demandada pelo poder público ainda deixa a desejar.
19
20

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - Lei 8069/90, 1990.

FERREIRA, Stela da Silva - NOB/RH-SUAS Anotada e Comentada – Brasília, DF:


MDS; secretaria Nacional de Assistência Social, 2011.

LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL (LOAS) 3º edição – Edições Câmara –


Brasília/DF, 2016.

MARTINELLI, Maria Lúcia, Serviço Social Identidade e alienação. São Paulo:


Cortez, 2011.

TIPIFICAÇÃO NACIONAL DE SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAIS, reimpressão


2014 – MDS – Brasília/DF, 2013.
21

REFERÊNCIAS DIGITAIS
Campinas. Glossário das situações prioritárias para os serviços de Convivência e
Fortalecimentos de Vínculos. Maio de
2018.http://www.campinas.sp.gov.br/arquivos/assistencia-social-seguranca-
alimentar/glossario-situacoes-priorirtarias-scfv.pdf.

ESTATUTO DO IDOSO, LEI N° 10741, de 1° de outubro de 2003. Disponível em:


Governo Federal. Ministério da mulher, da família e dos direitos humanos. 2020.
https://www.mdh.gov.br/biblioteca/crianca-e-adolescente/acoes-de-protecao-a-
criancas-e-adolescentes-contra-violencias-levantamentos-nas-areas-de-saude-
assistencia-social-turismo-e-direitos-humanos.pdf

Ministério da Cidadania. Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF.


03/08/2015 15h47. Disponível em: www.mds.gov.br/acesso-a-informacao/perguntas-
frequentes/assistencia-social/psb-protecao-social-basica/projetos-psb/servico-de-
protecao-e-atendimento-integral-a-familia-2013-paif.

MIOTO, Regina Célia. CAMPOS, Marta Silva. Política de Assistência Social e a


posição da família na política social brasileira. Portal de Periódicos. 2010. Disponível
em: http://periodicos.unb.br/index.php/SER_Social/article/view/281/22287789-3-
PB.pdf.

MIOTO, Regina Célia. Família, trabalho com famílias e Serviço Social. Serviço Social
Em Revista. 2010. Disponível em:
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/ssrevista/article/view/7584/6835

Patrulheiros. 2020. Disponível em:http://patrulheiroscampinas.com.br/servico-de-


convivencia-e-fortalecimento-de-vinculos/.

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