Massa por Argamassa apresenta uma exploração profunda de um dos maiores ilusionistas da literatur... more Massa por Argamassa apresenta uma exploração profunda de um dos maiores ilusionistas da literatura, Jorge Luis Borges. Seu conto “A Biblioteca de Babel” é um exemplar ilustre de sua capacidade lúdica, embora não somente devido ao mundo invertido que nele é imaginado, no qual uma biblioteca, que supostamente contém todas as combinações possíveis de todas as letras, palavras e livros, é vasculhada por bibliotecários devotos em busca de verdades divinamente pré-fabricadas. Pois também é preciso lidar com a ironia da narração de Borges, que constantemente põe em xeque as afirmações do narrador sobre a universalidade da biblioteca, incluindo a própria possibilidade de exaurir os significados possíveis através de um processo combinatório.
Borges direcionava seus leitores para sua obra de não-ficção para que descobrissem o verdadeiro autor da ideia da biblioteca universal. Mas seus ensaios supostamente históricos são notoriamente repletos de referências falsas e contradições. Seja na verdade ou na ficção, Borges nunca atinge uma conclusão estável sobre as premissas atomistas da biblioteca universal – seria possível encontrar um conjunto de caracteres capaz de expressar todo o significado possível, ou estariam essas letras, assim como suas histórias e ensaios, se multiplicando e dividindo em uma incompletude incansável?
Embora muitos leitores de Borges o veem como um presságio de nossas tecnologias digitais, eles muitas vezes dão crédito demais a nossas invenções ao fazê-lo. Aqueles que elidem a necessária incompletude da Biblioteca de Babel a comparam com a Internet, assumindo que ambos seriam arquivos totais de todo o pensamento e expressão possíveis. Embora as imaginações de Borges tenham contribuído para a criatividade digital (libraryofbabel.info é certamente uma evidência disto), elas o fazem demonstrando a necessária incompletude de todos os projetos totalizadores, independentemente de seu refino tecnológico. No final, Basile guia os leitores em direção à ideia de que uma exposição fictícia/imaginária possui certo poder sobre a tecnologia.
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Jonathan Basile está atualmente cursando o doutorado no programa de Literatura Comparativa da Universidade de Emory, e é também o criador de uma biblioteca universal digital, libraryofbabel.info. Sua não-ficção já foi publicada no The Paris Review Daily, Guernica, e Electric Literature, e sua ficção foi publicada em minor literature[s] e Litro. Nem é preciso dizer que suas obras também estão disponíveis na Biblioteca de Babel, se você souber onde procurar.
Massa por Argamassa apresenta uma exploração profunda de um dos maiores ilusionistas da literatur... more Massa por Argamassa apresenta uma exploração profunda de um dos maiores ilusionistas da literatura, Jorge Luis Borges. Seu conto “A Biblioteca de Babel” é um exemplar ilustre de sua capacidade lúdica, embora não somente devido ao mundo invertido que nele é imaginado, no qual uma biblioteca, que supostamente contém todas as combinações possíveis de todas as letras, palavras e livros, é vasculhada por bibliotecários devotos em busca de verdades divinamente pré-fabricadas. Pois também é preciso lidar com a ironia da narração de Borges, que constantemente põe em xeque as afirmações do narrador sobre a universalidade da biblioteca, incluindo a própria possibilidade de exaurir os significados possíveis através de um processo combinatório.
Borges direcionava seus leitores para sua obra de não-ficção para que descobrissem o verdadeiro autor da ideia da biblioteca universal. Mas seus ensaios supostamente históricos são notoriamente repletos de referências falsas e contradições. Seja na verdade ou na ficção, Borges nunca atinge uma conclusão estável sobre as premissas atomistas da biblioteca universal – seria possível encontrar um conjunto de caracteres capaz de expressar todo o significado possível, ou estariam essas letras, assim como suas histórias e ensaios, se multiplicando e dividindo em uma incompletude incansável?
Embora muitos leitores de Borges o veem como um presságio de nossas tecnologias digitais, eles muitas vezes dão crédito demais a nossas invenções ao fazê-lo. Aqueles que elidem a necessária incompletude da Biblioteca de Babel a comparam com a Internet, assumindo que ambos seriam arquivos totais de todo o pensamento e expressão possíveis. Embora as imaginações de Borges tenham contribuído para a criatividade digital (libraryofbabel.info é certamente uma evidência disto), elas o fazem demonstrando a necessária incompletude de todos os projetos totalizadores, independentemente de seu refino tecnológico. No final, Basile guia os leitores em direção à ideia de que uma exposição fictícia/imaginária possui certo poder sobre a tecnologia.
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Jonathan Basile está atualmente cursando o doutorado no programa de Literatura Comparativa da Universidade de Emory, e é também o criador de uma biblioteca universal digital, libraryofbabel.info. Sua não-ficção já foi publicada no The Paris Review Daily, Guernica, e Electric Literature, e sua ficção foi publicada em minor literature[s] e Litro. Nem é preciso dizer que suas obras também estão disponíveis na Biblioteca de Babel, se você souber onde procurar.
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Books by Yuri N M Laskowski
Borges direcionava seus leitores para sua obra de não-ficção para que descobrissem o verdadeiro autor da ideia da biblioteca universal. Mas seus ensaios supostamente históricos são notoriamente repletos de referências falsas e contradições. Seja na verdade ou na ficção, Borges nunca atinge uma conclusão estável sobre as premissas atomistas da biblioteca universal – seria possível encontrar um conjunto de caracteres capaz de expressar todo o significado possível, ou estariam essas letras, assim como suas histórias e ensaios, se multiplicando e dividindo em uma incompletude incansável?
Embora muitos leitores de Borges o veem como um presságio de nossas tecnologias digitais, eles muitas vezes dão crédito demais a nossas invenções ao fazê-lo. Aqueles que elidem a necessária incompletude da Biblioteca de Babel a comparam com a Internet, assumindo que ambos seriam arquivos totais de todo o pensamento e expressão possíveis. Embora as imaginações de Borges tenham contribuído para a criatividade digital (libraryofbabel.info é certamente uma evidência disto), elas o fazem demonstrando a necessária incompletude de todos os projetos totalizadores, independentemente de seu refino tecnológico. No final, Basile guia os leitores em direção à ideia de que uma exposição fictícia/imaginária possui certo poder sobre a tecnologia.
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Jonathan Basile está atualmente cursando o doutorado no programa de Literatura Comparativa da Universidade de Emory, e é também o criador de uma biblioteca universal digital, libraryofbabel.info. Sua não-ficção já foi publicada no The Paris Review Daily, Guernica, e Electric Literature, e sua ficção foi publicada em minor literature[s] e Litro. Nem é preciso dizer que suas obras também estão disponíveis na Biblioteca de Babel, se você souber onde procurar.
Borges direcionava seus leitores para sua obra de não-ficção para que descobrissem o verdadeiro autor da ideia da biblioteca universal. Mas seus ensaios supostamente históricos são notoriamente repletos de referências falsas e contradições. Seja na verdade ou na ficção, Borges nunca atinge uma conclusão estável sobre as premissas atomistas da biblioteca universal – seria possível encontrar um conjunto de caracteres capaz de expressar todo o significado possível, ou estariam essas letras, assim como suas histórias e ensaios, se multiplicando e dividindo em uma incompletude incansável?
Embora muitos leitores de Borges o veem como um presságio de nossas tecnologias digitais, eles muitas vezes dão crédito demais a nossas invenções ao fazê-lo. Aqueles que elidem a necessária incompletude da Biblioteca de Babel a comparam com a Internet, assumindo que ambos seriam arquivos totais de todo o pensamento e expressão possíveis. Embora as imaginações de Borges tenham contribuído para a criatividade digital (libraryofbabel.info é certamente uma evidência disto), elas o fazem demonstrando a necessária incompletude de todos os projetos totalizadores, independentemente de seu refino tecnológico. No final, Basile guia os leitores em direção à ideia de que uma exposição fictícia/imaginária possui certo poder sobre a tecnologia.
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Jonathan Basile está atualmente cursando o doutorado no programa de Literatura Comparativa da Universidade de Emory, e é também o criador de uma biblioteca universal digital, libraryofbabel.info. Sua não-ficção já foi publicada no The Paris Review Daily, Guernica, e Electric Literature, e sua ficção foi publicada em minor literature[s] e Litro. Nem é preciso dizer que suas obras também estão disponíveis na Biblioteca de Babel, se você souber onde procurar.