A Través de La Ventana de La Sepultura Juan Precia
A Través de La Ventana de La Sepultura Juan Precia
A Través de La Ventana de La Sepultura Juan Precia
H E L M Y F. G I A C O M A N
v i s t o n Pedro Pramo l a r e v i v i s c e n c i a d e a n t i g u o s m i t o s , t o d o s
helnicos. L o s p e r s o n a j e s d e R u l f o , segn F u e n t e s , s o n r e e n c a r n a c i o n e s m e x i c a n a s ms o m e n o s d i s c e r n i b l e s d e Telmaco y U l i s e s ,
d e Y o c a s t a y Eurdice, d e E d i p o y d e O r f e o
U n a obra tan intensa,
t a n s u g e s t i v a y potica c o m o Pedro Pramo s e p r e s t a a m u l t i t u d d e
c o m e n t a r i o s , e n l o s q u e l a s ms d i v e r s a s a s e v e r a c i o n e s n o n o s d e b e n
asombrar.
L a Revolucin m e x i c a n a y l a g u e r r a d e l o s cristeros n o estn
a u s e n t e s e n Pedro Pramo. E l c a c i q u e , hbilmente, colabora c o n l o s
alzados para evitar que l e saqueen s u hacienda y s u s riquezas. E l
p a d r e Rentera, c u r a prroco d e Cmala, s e u n e , aos despus, a l o s
cristeros.
P e r o h a y o t r a f o r m a d e presencia d e l a Revolucin, m u c h o ms
s i g n i f i c a t i v a todava, q u e n o h a s i d o sealada p o r l a crtica. E s sta:
e l f o n d o mtico d e l a n o v e l a , l a n o s t a l g i a d e u n Paraso, p o r u n a
p a r t e , y , p o r l a o t r a , l a conversin d e Cmala y s u regin e n tierra
e n ruinas, s u g i e r e l a n o s t a l g i a d e u n m u n d o a n t e r i o r a l a l u c h a f r a t r i c i d a q u e arruin a l o s p u e b l o s y l o s c a m p o s d e l a p a t r i a d e R u l f o
y destruy s u h o g a r .
E s t a visin d e l a n o v e l a , c o m o o r i g i n a d a e n e l t r a u m a t i s m o s u s c i t a d o e n e l a u t o r p o r l a Revolucin, r e s u l t a ms p l a u s i b l e c u a n d o ,
a l a l u z d e l a interpretacin d e El llano en llamas, l a a c t i t u d d e
R u l f o se muestra consecuente con u n a manera d e sentir e l m u n d o
y l a vida y , especialmente, e l m u n d o y l a vida d e s u Jalisco natal.
A travs de la v e n t a n a de l a s e p u l t u r a :
Juan
Rulfo
Joseph Sommers
pSi'i P e r * )
Pedro Pramo
^ - . ' t ^ -ri/ j , -
Vine a Cmala p o r q u e
dijo
f f , ^iva m i p a d r e un
t a l P e d r o Pramo '.*^As c o m i e n z a J a n o v e l a d e R u l f o e l J d i s c o
r u r a l , engaosamente s i m p l e y
' ^ ^ ^ ^ T '
q u e e l c o n t r a s t e m i s m o e s l""?i"'^5- ^"'^?/f ^ l o c u e n t a q u e e l e m e n t o s tales c o m o l a p r o g r ^ f " d m a m i c a d e l a h i s t o r i a y las c o m p l e j i d a d e s d e l a sicologa f r e u d i a n a e r a n u n a c a r g a
mnecesana.
A d e c u a d a a s u welansch^^^"^;
^" ' ^ i ' ^ " , " ' ^ " f v a e v i t a u n a s e c u e n c i a q u e p u e d a r e l a c i o n a r a l a c a u s a l i d a d c o n l a progresin e n e l
t i e m p o , y s u p i n t u r a d e l o s p e r s o n a j e s e s t a cas, p r i v a d a d e c o n f l i c t o s
interiores.
MiSviro Fondo de Cultura Econmica, 1955),
I Juan Rulfo, P e d r o P'''J''^'',ubsi"uietes lo sern a la 5. edicin, de 1964,
pgina 7. Todas las referencias
y apircccrn en el texto.
4i
II.I.MY
t'.
(..ACOMAN
HOMENAJE
A JUAN
RULFO
43
f r a g m e n t o s , a l p r i n c i p i o i n e x p l i c a b l e s , i n t r o d u c e n l a s m e m o r i a s de
P e d r o Pramo, r e f e r i d a s t a n t o p o r m e d i t a c i o n e s e n p r i m e r a p e r s o n a
c o m o p o r dilogos e n e s c e n a s q u e l r e c u e r d a .
U n a visin d e P e d r o Pramo c o m i e n z a a s u r g i r , p e r o slo t e n u e m e n t e , p u e s t o q u e las i d e n t i d a d e s s o n a m e n u d o d u d o s a s . G r a d u a l m e n t e s e h a c e m a n i f i e s t o q u e J u a n est comunicndose c o n l o s espr i t u s d e g e n t e m u e r t a , c u y o s c u e r p o s estn e n t e r r a d o s , m i e n t r a s q u e
s u s a h n a s estn c o n d e n a d a s a e r r a r p o r l a t i e r r a . A m e d i o c a m i n o
d e l a narracin, J u a n e n c u e n t r a s u p r o p i a m u e r t e y s u e n t i e r r o . A estas alturas se h a n descrito, d e u n a u o t r a f u e n t e , v a r i o s m o m e n t o s
e n l a v i d a d e P e d r o Pramo: s u a m o r d e niez p o r S u s a n a S a n J u a n ,
s u posesin d e l e n d e u d a d o r a n c h o d e l a f a m i l i a , s u v e n g a n z a p o r
e l asesinato g r a t u i t o d e s u padre y s u incansable ascenso a l poder.
U n o d e l o s mtodos m e n o s v i o l e n t o s e m p l e a d o s p o r P e d r o p a r a c o n s truir u n imperio f u ee l m a t r i m o n i o c o nDolores Preciado (quien
ms t a r d e f u e m a d r e d e J u a n ) p a r a p o s e e r s u t i e r r a .
L a m u e r t e d e l h i j o ilegtimo d e P e d r o , e l p e n d e n c i e r o M i g u e l ,
tambin f i g u r a e n l a narracin. M i g u e l e s l a n z a d o d e s u c a b a l l o d u r a n t e u n a e s c a p a t o r i a n o c t u r n a e n b u s c a d e m u j e r e s . A n t e s haba
a s e s i n a d o a l h e r m a n o d e l c u r a d e l p u e b l o , p a d r e Rentera, y haba
s e d u c i d o a l a s o b r i n a d e e s t e clrigo v a c i l a n t e y a c o s a d o p o r l a c u l p a .
A l f i n a l , c o n s c i e n t e d e l a s d e p r e d a c i o n e s d e M i g u e l y d e l a daina
i n f l u e n c i a d e P e d r o e n l a regin, l o v u e l v e i m p o t e n t e s u p r o p i a
debilidad.
A u n q u e stos s o n l o s h i l o s n a r r a t i v o s d e l a p r i m e r a m i t a d , l l e g a n
hasta e l lector e n f o r m a indirecta. L a historia parece centralizada
e n e l e n c u e n t r o d e J u a n c o n l a atmsfera i r r e a l d e Cmala; s u s
extraos e n c u e n t r o s c o n l o s p e r s o n a j e s v i v o s - m u e r t o s y c o n d i v e r s o s
funreos q u e p a r e c e n e s t a r v i v o s , y l o s r e c u e r d o s c a u s a l e s , i n e x p l i c a d o s d e P e d r o Pramo, e m a n a n d o d e u n a f u e n t e n o i d e n t i f i c a d a
en tiempo n i lugar.
E l principal recurso n a r r a t i v o d e l a segunda m i t a d consiste e n
dilogos d e s d e l a t u m b a e n t r e J u a n y l a v i e j a D o r o t e a , c o n l a c u a l
yace enterrado. A h o r a se v u e l v e claro para e l estupefacto lector
que los tempranos recuerdos d e Juan e n p r i m e r a persona f o r m a b a n
tambin p a r t e d e e s t e i n t e r c a m b i o e n t r e d o s p e r s o n a j e s m u e r t o s .
O t r o m e d i o n a r r a t i v o e s l a s e r i e d e monlogos q u e J u a n o y e d e s d e
l a t u m b a y a c e n t e , d o n d e S u s a n a S a n J u a n y a c e retorcindose y d a n d o
v u e l t a s , r e c o r d a n d o e l p a s a d o . C o m o e n l a p r i m e r a m i t a d , tambin
h a y fragmentos contados e n tercera persona p o r u n narrador desconocido.
L o s d i v e r s o s f r a g m e n t o s continan d e s a r r o l l a n d o l a s p e r i p e c i a s
d e P e d r o Pramo, c u y a e s t a t u r a pica d e c a c i q u e t a n slo l a i g u a l a
s u o b s e s i v o a m o r p o r S u s a n a . L a ltima haba d e j a d o a Cmala d e
nia; p e r o P e d r o Pramo, a l o l a r g o d e s u a s c e n s o a l p o d e r , haba
HhlMY
lilACOMAN
I n q u i r i d o p o r c i j a , t e n i e n d o n o t i c i a s de su m a t r i m o n i o y de su p o s t e r i o r v i u d e z . C o n r u d e z a caracterstica, l invit a s u p a d r e a v o l v e r
con Susana, y luego l o condujo a u n a m u e r t e preconcebida. Susana,
d e j a d a atrs, haba d e c o n s u m a r e l d e s e o s u p r e m o d e l c a c i q u e .
H a b i e n d o s e n t i d o , c o n t o d o , u n a pasin g e n u i n a e n s u m a t r i m o n i o ,
Susana se niega a seguir participando e n l a v i d a , buscando r e f u g i o
e n l a locura. E n este estado ella puede encontrar solaz e n recordar
m o m e n t o s d e alegra s e n s u a l , alejndose t o t a l m e n t e d e l a m o r d e P e d r o y d e l a presin d e l p a d r e Rentera p a r a q u e s e a r r e p i e n t a . D e n t r o
d e l a n o v e l a , e U a e s l a nica f i g u r a c u y a s m e m o r i a s i n c l u y e n u n mn i m o destello d e felicidad, aunque significativamente se trata d e u n a
felicidad encerrada e n l a locura.
Simultneo a l a frustracin e n P e d r o d e l o s d e s e o s d e u n a v i d a ,
es e l a d v e n i m i e n t o d e l a Revolucin, q u e s i r v e e n f o r m a s e c u n d a r i a
p a r a r e l a c i o n a r l o s s u c e s o s c o n l a cronologa d e l m u n d o e x t e r i o r .
A base d e s o b o r n o y m a n i o b r a s sagaces, P e d r o l o g r a c o n t r o l a r l a s
o l a s d e l l e v a n t a m i e n t o . S u tctica e s l a d e a l i a r s e c o n b a n d a s d e r e b e l d e s s u r g i d a s espontneamente, p r o p o r c i o n a n d o h o m b r e s y u n
mnimo d e a y u d a , c a n a l i z a n d o s u p i l l a j e h a c i a l o s p u e b l o s a d y a c e n t e s .
L a s u b s i g u i e n t e m u e r t e d e S u s a n a n o e s l a m e n t a d a e n Cmala.
E n r e a l i d a d , l a s i n c e s a n t e s c a m p a n a s a t r a e n c u r i o s o s d e kilmetros
a l a redonda, y l a s iniciales expresiones d e pena abren paso lentam e n t e a u n a f i e s t a t u m u l t u o s a . E n f u r e c i d o y a m a r g a d o , P e d r o Pramo
jura vengarse conduciendo a l pueblo a l a ruina.
l c u m p l e e s t a p r o m e s a p a s a n d o e l r e s t o d e s u s das e n s u r a n cho, meditando impasiblemente a l lado del camino, apelando a las
memorias que h a n aparecido a l o largo d e l a novela y q u e ahora
a d q u i e r e n u n sentido e n e l c o n t e x t o d e s u m u e r t e i n m e d i a t a . L a escena final es la de la m u e r t e de P e d r o a m a n o s del borracho A b u n d i o ,
l l e n o d e pena p o r l a m u e r t e d e s u p r o p i a esposa. L a escena resuena
c o n u n a dobl irona, p o r q u e A b u n d i o e s e l h i j o ilegtimo d e P e d r o ,
quien e n s uborrachera n i siquiera reconoce a s u padre.
E s t e b r e v e r e s u m e n c o l o c a e n u n a relacin o r d e n a d a l a s u s t a n c i a
anecdtica d e l a n o v e l a ; l a h i s t o r i a q u e e s c o n t a d a . Ms i m p o r t a n t e
es l a n a t u r a l e z a especfica d e l p r o c e s o cmo ste e s c o m u n i c a d o ,
p o r q u e ^ e n l a discusin d e l a tcnica r a d i c a l a c l a v e d e l a o r i g i n a l i d a d
d e Pedro Pramo. Punto d e v i s t a , e s t r u c t u r a , e s t i l o , d e s a r r o l l o d e l
p e r s o n a j e y s u b e s t r u c t u r a mstica, t o d o s e c o m b i n a p a r a p r o y e c t a r
u n a dimensin e s p e c i a l e n u n a implcita p e r s p e c t i v a d e l m u n d o .
llMiNAJL
Perspectiva
A JUAN
RULFO
49
narrativa
3 E l fatalismo implcito en esta tcnica lo discute James East Irby, La inf l u e n c i a de 'William
F a u l k n e r en cuatro
narradores
hispanoamericanos
(Mxico,
Universidad Nacional Autnoma de Mxico, 1956). Irby encuentra una influencia faulkneriana en la estructura catica, en el uso de un narrador-testigo, en
la revisin fatalista del pasado y en la seleccin de un segmento arcaico, decadente, de la sociedad para basar la obra literaria.
* Realidad y estilo de Juan Rulfo, en Revista
M e x i c a n a de
Literatura, I , I (1955), 72. Este excelente estudio anterior examina tambin el fatalismo
en F e d r o Pramo y el contraste entre la narracin lacnica, aparentemente
obictiva, y la visin del mundo, finalmente subjetiva, basada en la distorsin
del marco tradicional tiempo-lugar de la realidad.
t
nniMV
tilACOMAN
I m l u i i o lo monlogo y l a s m e m o r i a s de P e d r o Pramo j u e g a n u n
lapcl m u c h o ms n a r r a t i v o q u e d e auto-anlisis s u b j e t i v o .
E n varios momentos d e l a novela e l autor vuelve a u n incidente
y a c o n o c i d o , aproximndolo d e s d e u n n u e v o ngulo o p u n t o d e v i s t a .
E s t e p r o c e s o d e e n f o q u e s mltiples r e d o n d e a l a aprehensin d e l
lector d e los acontecimientos y d e s u impacto e n los diversos personajes. U n excelente ejemplo l o constituye l a m u e r t e d e M i g u e l
Pramo. P r i m e r o e s c o n t a d a e n l a versin mgico-popular d e E d u v i g e s , q u i e n r e c u e r d a s u conversacin c o n e l m u e r t o , M i g u e l , p o c o despus d e - s u f a t a l a c c i d e n t e . V a r i a s pginas ms a d e l a n t e l l e g a
u n a relacin d e l a m i s a fnebre, i l u m i n a n d o l a s r e a c c i o n e s d e l p a d r e
Rentera: p r i m e r o , condenacin m o r a l d e l p e c a d o r d i f u n t o ; l u e g o ,
aceptacin d e l a donacin m o n e t a r i a d e P e d r o Pramo y c a m b i o d e
s u p r i m e r a negacin a b e n d e c i r e l c u e r p o . E n l a s e g u n d a m i t a d d e l a
n o v e l a , u n a narracin e n t e r c e r a p e r s o n a d e s c r i b e cmo P e d r o Pr a m o f u e n o t i f i c a d o d e l a m u e r t e y cmo reaccion c o n u n a o b s e r v a cin f a t a l i s t a q u e t r a n s p a r e n t a b a e l s e n t i d o d e s u s p r o p i a s f a l t a s :
Estoy c o m e n z a n d o a p a g a r . Ms v a l e e m p e z a r t e m p r a n o p a r a t e r ^ n a r pronto. D e i n m e d i a t o s i g u e n l a s m e m o r i a s d e l p a d r e Rentera,
que sirven para explicar la p r o f u n d a culpa del sacerdote. L a naturaleza
i m b r i c a d a d e estas c u a t r o secciones establece s u v e r o s i m i l i t u d , perm i t i e n d o que e l lector j u n t e algunos d e los azulejos d e u n mosaico
q u e a l c o m i e n z o l o c o n f u n d e . E l nfasis n o est p u e s t o t a n t o e n l o s
e v e n t o s m i s m o s c o m o e n l a s i n t e r r e l a c i o n e s q u e i l u m i n a n l o s mltiples enfoques.
As, R u l f o e m p l e a u n a s e r i e d e tcnicas q u e d o t a n d e u n a a p a r e n t e o b j e t i v i d a d a los f r a g m e n t o s n a r r a t i v o s d e s u n o v e l a . E l desa p a s i o n a d o n a r r a d o r testigo, e l t o n o n o e n j u i c i a t i v o d e l o s o t r o s
personajes, l a naturaleza reforzadora d e distintas versiones d e u n
m i s m o conjunto d e acontecimientos, todo ello n o s predispone a
a c e p t a r c o m o v e r d a d e r a s l a s r e l a c i o n e s q u e r e c i b i m o s d e l a Cmala
de R u l f o .
P o r o t r a parte, cuando estos componentes se colocan e n u n ord e n q u e p e r m i t e u n a interpretacin sinttica, e l l o s c o n s t i t u y e n u n
m u n d o t o t a l q u e est l e j o s d e s e r c l a r o y o b j e t i v o . L a p e r s p e c t i v a
d e l a m u e r t e , c o n s u c o n s i g u i e n t e nulificacin d e l a s e c u e n c i a t e m p o r a l y l a lgica d e c a u s a y e f e c t o , s i r v e p a r a a t e n u a r l a r e a l i d a d
y establecer u n sello particularmente subjetivo a l m u n d o angustiado
d e Pedro Pramo.
E l p r o c e d i m i e n t o i n v i e r t e e l d e Yez, q u e a n a l i z a a travs d e l
rr.onlogo i n t e r n o , sueos y d e s c r i p c i o n e s d e l o s p e n s a m i e n t o s d e l o s
p e r s o n a j e s , s u n a t u r a l e z a paradjicamente s u b j e t i v a , l o c u a l l e p e r m i t e , c o m o l o h a sealado M a n u e l d e E z c u r d i a , acercarse a l a
realidad objetiva mediante muchas impresiones subjetivas d e diversos
nOMISNAJlS
A UAN RULFO
47
v^vv,..-.';..,.: z^;/,:/....,.,..
|
|
ntilMr
f ttlACOMAN
t i M i e r i c , y l u Imbltucin q u e I c o f r e c e l u c e extraa; ms i m p o r t a n t e
an: e l l a r e v e l a c o n o c e r s u v e n i d a d e a n t e m a n o , refirindola c a s u a l m e n t e a u n a notificacin d e s u m a d r e m u e r t a .
Esta creciente incomprensibilidad produce e n J u a n u n sentimient o d e e s t u p o r y a s o m b r o , sensacin a l m e n o s c o m p a r t i d a p o r e l
lector:
Yo crea que aquella mujer estaba loca. Luego ya no crea nada. Me
sent en un mundo lejano y me dej arrastrar. Mi cuerpo, que pareca
aflojarse, se doblaba ante todo, haba soltado sus amarras y cualquiera
poda jugar con l como si fuera de trapo.
C o n e s t a declaracin d e i n g r a v i d e z sicolgica, q u e i n d i c a l a
ausencia d e bases n o r m a l e s para relacionarse c o n e l t i e m p o y l a real i d a d , s e h a c e s e n t i r t o d a l a f u e r z a d e l a innovacin e s t r u c t u r a l .
L a s i g u i e n t e seccin c a m b i a a b r u p t a m e n t e d e p e r s o n a j e s y d e u b i cacin, s i n p r o p o r c i o n a r l e c l a v e s a l l e c t o r , q u i e n , e n v e r d a d , s e
c o n f u n d e p o r u n m o m e n t o . D e all p a s a a u n dilogo e n t r e P e d r o
Pramo m u c h a c h o y s u m a d r e . I n y e c t a d o s d e p r o n t o e n e s t e i n t e r c a m b i o , h a y f r a g m e n t o s d e l a s m e m o r i a s d e niez d e l P e d r o Pramo
adulto y d e s u t e m p r a n o a m o r p o r Susana, apenas destacados p o r
c o m i l l a s . Y e n t o n c e s , despus d e t r e s d e e s t a s s e c c i o n e s n a r r a t i v a s
e n c u a t r o pginas, a l l e c t o r s e l e l a n z a b r u s c a m e n t e d e v u e l t a a l
d i s c u r s o d e E d u v i g e s , e n dilogo c o n J u a n . P r o n t o habr s a l t o s
ms a b r u p t o s .
I
T a l e s l a e s t r u c t u r a laberntica d e l a s e c u e n c i a n a r r a t i v a , u n a
e s t r u c t u r a q u e n o vara, e x c e p t o q u e l a m u e r t e d e J u a n o c a s i o n a
u n a divisin c l a r a y n a t u r a l e n d o s p a r t e s . L a s e g u n d a ser c o n t a d a
d e s d e e l presente d e l a m u e r t e , c u a n d o aqul y D o r o t e a y a c e n
en sus t u m b a s adyacentes. A u n q u e se hace claro que Juan, e n verdad, y a estaba m u e r t o cuando narraba l a p r i m e r a parte, e l autor
tena u n a b u e n a razn p a r a r e t r a s a r e s t a informacin.
L a m u e r t e d e J u a n s i r v e e n r e a l i d a d c o m o u n a lnea d i v i s o r i a
e n t r e l a s d o s p e r s p e c t i v a s d e l a narracin. Aqu l a e s t r u c t u r a y l a
tcnica d e p o s t e r g a r l a informacin s e r e l a c i o n a n c o n l a visin d e
l a r e a l i d a d . E l nfasis e s t a b a p u e s t o , e n l a p r i m e r a p a r t e , e n u n
J u a n a p a r e n t e m e n t e v i v o , c o n q u i e n e l l e c t o r podra i d e n t i f i c a r s e
a l e n c o n t r a r aqul l a m u e r t e , e n f o r m a d e l m i s t e r i o i n f e r n a l d e
Cmala. E l r o s t r o f a n t a s m a l , cadavrico d e l p u e b l o , f u e p e r c i b i d o
p o r a l g u i e n q u e pareca v i v o todava, p e r o c u y a v i t a l i d a d e s t a b a
s i e n d o c a d a v e z ms s o c a v a d a p o r e l a b r u m a d o r i m p a c t o d e l a m u e r t e
e n sus s e n t i d o s .
t )AlHK-4;/ A fllAN
Mino
49
sin d e l a p e r s p e c t i v a , e s c l a r a l a m i s m a p r e m i s a p e s i m i s t a : l a m u e r t e
prevalece sobre la vida. E n la p r i m e r a m i t a d , la presencia de la m u e r te contamina l a existencia; l a v i d a es u ni n f i e r n o viviente. E n l a
segunda m i t a d , l a vida contamina l a muerte, haciendo d e esa condi- '
cin tambin u n i n f i e r n o .
E n e s t e m u n d o esttico l a nica c o s a q u e c a m b i a e s e l teln d e "
fondo. Podemos, d e hecho, discernir cuatro niveles e n e l proceso
m e d i a n t e e l c u a l e l i m p a c t o d e P e d r o Pramo c a m b i a e l p a i s a j e .
P r i m e r o , e n e l p a s a d o , est l a b e l l e z a lrica d e s c r i t a e n l a s m e m o r i a s
de Dolores y Susana. L u e g o , por e l t i e m p o d e l a m u e r t e d e M i g u e l ,
e l p a d r e Rentera l e d i c e a s u c o n f e s o r : All e n Cmala h e i n t e n t a d o s e m b r a r u v a s . N o s e d a n . Slo c r e c e n a r r a y a n e s y n a r a n j o s ;
n a r a n j o s a g r i o s y a r r a y a n e s a g r i o s . A m s e m e h a o l v i d a d o e l s a b o r
d e l a s c o s a s dulces.
Aos ms t a r d e , c u a n d o l o s d i s t u r b i o s s o c i a l e s d e l a i n m i n e n t e
Revolucin d e 1 9 1 0 f u e r z a n s u r e g r e s o , e l p a d r e d e S u s a n a d e s c r i b e a Cmala:
,
Hay pueblos que saben a desdicha. Se les conoce con sorber un
p o c o de su aire viejo y entumido, pobre y flaco como todo lo viejo. Este
es uno de esos pueblos, Susana.
All, de donde venimos ahora, al menos te entretenas mirando el
nacimiento de las cosas: nubes y pjaros, el musgo, te acuerdas? Aqu,
en cambio, no sentirs sino ese olor amarillo y acedo que parece destilar
por todas partes. Y es que ste es un pueblo desdichado; untado todo
de desdicha.
* Respecto al valor simblico del JioiTibre Pramo, Hugo RodrguezAlcal cit una carta de Roberto-Mead, r., al T h e N e w Y o r k T i m e s B o o k
R e v i e w , 9 agosto 1959, p. 17. EV profesor NIead afirm: La perceptiva resea;
de Sclden Rodman sobre P e d r o Pramo, de Juan Rulfo, en la cual pone el,
nfasis, en forma adecuada, sobre el simbolismo de la novela, hubiera sido'
incluso ms significativa de haber sealado que Pramo significa desierto o
tierra balda en espaol. Porque, a pesar de las luchas de los personajes de
Rulfo, sus vidas quedan sin resolverse por cuanto ellos existen, muertos o vivos,
en un mundo baldo de esfuerzos malgastados.
4
:
llinjY
V.
IML:>AIE
GIACOMAN
RULFO
e s p o s a e h i j o estn m u e r t o s , m u e r e despus d e h a b e r m a t a d o a su
p a d r e , p o r q u e e s s u espritu el q u e gua a J u a n h a c i a Cmala. Y J u a n ,
n o s d a m o s c u e n t a a l f i n a l d e l a n o v e l a , llegar a algn s u b s i g u i e n t e
punto d e l tiempo ( e l comienzo d e l a novela), comprometido e n u n a
bsqueda q u e culminar e n s u p r o p i a m u e r t e , p e r o l o capacitar p a r a
s e g u i r r e c o n s t r u y e n d o l a t r a g e d i a d e P e d r o Pramo.
V
Mientras que las dosmitades d el anovela cambian s u perspectiva,
c o m o s i l a narracin f u e r a p r o y e c t a d a p o r l e n t e s i n v e r t i d o s , e l e l e m . e n t o d o m i n a n t e e n a m b a s e s l a m u e r t e , encuntrese e l e n f o q u e e n
el sujeto o e n e l objeto. E n l a p r i m e r a m i t a d es J u a n e l narradors u j e t o d e c u y a desvitalizacin s o m o s t e s t i g o s , c o n t r a e l t r a s f o n d o
d e l a f a n t a s m a l Cmala q u e l e n c u e n t r a . E n l a s e g u n d a m i t a d s o n
S u s a n a y P e d r o Pramo, y c o n e l l o s Cmala l o s o b j e t o s d e inters
n a r r a t i v o , l o s q u e s e d e s p l a z a n i n e x o r a b l e m e n t e h a c i a s u absorcin
en l a i n t e m p o r a l i d a d , mientras e l estado d e l narrador permanece e n
Ijuspenso.
L a e s t r u c t u r a j u e g a u n p a p e l mltiple, c o n t r i b u y e n d o a l a p a r t i c u l a r u n i d a d l i t e r a r i a s o b r e l a c u a l s e b a s a Pedro Pramo. M u y o b vio es e l hecho d e q u erepentinos cambios narrativos e n t i e m p o ,
lugar y persona destruyen e l proceso n o r m a l d e trazar l a causalidad
e n s u relacin c o n l a i m p o n e n t e procesin d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s e n
l a s e c u e n c i a t e m p o r a l . C i e r t a m e n t e , e l l e c t o r reordenar l o s d i v e r s o s
f r a g m e n t o s , t r a t a n d o d e r e c o n s t r u i r l a cronologa. S i n e m b a r g o , la
estructura d e l a novela, q u e l oobliga inicialmente a v e r los incident e s f u e r a d e s u c o n t e x t o r e a l , desva s u bsqueda d e l a c a u s a l i d a d
hacia o t r a parte.
As, p o r e j e m p l o , n u e s t r a opinin s o b r e P e d r o Pramo est prm e r a m e n t e f o r m a d a p o r h e c h o s q u e t i e n e n l u g a r despus d e s u
m u e r t e . S e n o s i n t r o d u c e a l a travs d e l a v i s i t a d e J u a n a l a
Cmala e s t r a n g u l a d a p o r P e d r o Pramo, a q u i e n s e c a r a c t e r i z a
e n l a c u a r t a pgina c o m o un r e n c o r vivo. Y u x t a p u e s t o s a e s t a
visin p o s t u m a h a y flash-backs c o n t r a s t a n t e s d e l p a s a d o d e P e d r o :
u n f r a g m e n t o d e s u niez, m e m o r i a s d e a d o l e s c e n c i a y l u e g o l a s
secuencias q u e t r a t a n d e M i g u e l . E l r e s u l t a d o d e esta secuencia apar e n t e m e n t e catica e s e l d e a i s l a r l o s h e c h o s y p e r s o n a j e s d e l a
c o r r i e n t e d e l m u n d o a s u a l r e d e d o r , c a m b i a n d o as l a interaccin
' t r a d i c i o n a l e n t r e e l h o m b r e y s u c i r c u n s t a n c i a s o c i a l e histrica.
;
L a e s t r u c t u r a c o n t r i b u y e tambin a u n a visin n o s e c u e n c i a l d e l
t i e m p o . E l p r o c e s o d o m i n a n t e e n Pedro Pramo n o e s n i e l d e s a r r o l l o
n i l a progresin, s i n o l a revelacin d e l a f i n a l i d a d ; l a s c u a l i d a d e s
estticas, estticas, p e r m a n e n t e s , i n h e r e n t e s a l a e x i s t e n c i a h u m a n a .
L o s h e c h o s c i r c u l a n h a c i a atrs y a d e l a n t e , c o n e l f u t u r o f u n d i d o
en e l pasado.
L a e s t r u c t u r a tambin a y u d a a b o r r a r l a s d i v i s i o n e s e n t r e r e a lidad e irrealidad, divisiones a u edeben ser enterradas nara noder
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B l a n c o A g u i n a g a o b s e r v a tambin q u e l o s d o s n i v e l e s d e l p e r s o n a j e estn a i s l a d o s e l u n o d e l o t r o y n o s e i n f l u y e n h a s t a e l f i n a l
de l a narracin, c u a n d o e l c a c i q u e r e n u n c i a a s u v i d a d e a c t i v i d a d
dinmica despus d e l a m u e r t e d e S u s a n a . Ms an, e l c o n t r a s t e
e n t r e s e n s i b i l i d a d i n t e r i o r y h o s t i l i d a d e x t e r i o r est p r e s e n t e c o m o
u n fenmeno c o n s i s t e n t e , t a n t o e n e l m u c h a c h o c o m o e n e l h o m b r e .
N o h a y c a m b i o s i g n i f i c a t i v o o evolucin e n P e d r o Pramo.
N o slo e l p r o t a g o n i s t a n o l o g r a e v o l u c i o n a r , a l a m a n e r a t r a d i c i o n a l d e l p e r s o n a j e redondo, s i n o q u e s u p e r s o n a l i d a d y s u i n d i v i d u a l i d a d s o n d i s c e r n i b l e s slo e n l o s trminos ms s i m p l e s , ms
e s e n c i a l e s . E l a l c a n c e d e s u v i d a i n t e r i o r est l i m i t a d o a s u a m o r p o r
Susana, e nbreves destellos que resultan engrandecidos por n o haber
ms r e f e r e n c i a s a o t r a s reas d e s u siqtte y a c a u s a d e s u c o n c e n t r a d o l i r i s m o . U n p a s a j e i n i c i a l a p r e s a l a paradjica s e n s i b i l i d a d d e
u n h o m b r e p o r l o dems b r u t a l :
,j
de los personajes
L a f i g u r a de P e d r o Pramo es a l a v e z u n a i m a g e n potica y u n
p e r s o n a j e d e c a r n e y s a n g r e e n s u encarnacin de l a t r a g e d i a . C a r l o s
B l a n c o A g u i n a g a h a i n d i c a d o l a s lneas f u n d a m e n t a l e s d e l a p r e s e n tacin q u e R u l f o h a c e d e l p e r s o n a j e :
R U L F O
"
Esa i m a g e n r e d e n t o r a se mostr i n a c c e s i b l e a P e d r o Pramo porq u e n o h a y t a l i m a g e n d e n t r o d e l a visin trgica d e J u a n R u l f o .
L a s f u e r z a s q u e i m p u l s a n a l p e r s o n a j e P e d r o Pramo s o n indep e n d i e n t e s d e c u a l q u i e r a m b i e n t e s o c i a l , trascendindolo. E l ritmo
d e l a h i s t o r i a d e s u v i d a n o c o r r e s p o n d e a l a s c o n d i c i o n e s externas
a Cmala, p o c o a l u d i d a e n r e f e r e n c i a s histricas, p o r q u e l a s c l a v e s
d e s u c o n d u c t a y a c e n e n r a s g o s h u m a n o s ms bsicos. Su b r u t a l i d a d
a d q u i e r e r e l i e v e p o r l a d e s l u m b r a n t e b e l l e z a d e s u a m o r , cuya misma
}4
H E L M Y F. G I A C O M A N
L a p o l a r i d a d e n t r e P e d r o Pramo y S u s a n a s e m u e s t r a p o r l a s
formas c o m o reaccionan a s umiseria. P e d r o responde con violencia;
S u s a n a s e r e t i r a a l i n f i e r n o p r i v a d o ( y a l a alegra) d e l a l o c u r a .
E l l a s e v u e l v e c o m p l e t a m e n t e p a s i v a , m i e n t r a s q u e l a s energas d e
l e s t a l l a n h a c i a a f u e r a c o n t r a l o s o t r o s . S u s a n a r e c h a z a a P e d r o
Pramo y l o s c o n s u e l o s q u e o f r e c e l a religin, m i e n t r a s q u e l aade
el peso d e s u s u f r i m i e n t o a l suyo p r o p i o . L o s dos se contrabalancean
m u t u a m e n t e , a u n q u e S u s a n a e s p o c o ms q u e u n e s b o z o a l carbn.
L a f a l t a d e u n d e s a r r o l l o c o n v e n c i o n a l d e l o s p e r s o n a j e s e n Pedro
Pramo e s n o t a b l e c u a n d o s e l a c o m p a r a c o n Al filo del agua. N o h a y
descripcin fsica e n e l p r i m e r o , p o r e j e m p l o , m i e n t r a s q u e t o d o
detalle d e l a apariencia d ed o n D i o n i s i o fue cuidadosamente descrito,
c a d a m a t i z d e sus acciones o b s e r v a b l e s destacado. T o d a e s t a r i q u e z a
descriptiva ayudaba a convencernos d e s u autenticidad. C o n conoc i m i e n t o d e s u s r e f l e x i o n e s , e l l e c t o r s e d e s p l a z a b a c o n l m i e n t r a s
t r a t a b a d e r e s o l v e r c o n f l i c t o s i r r e c o n c i l i a b l e s . Yez mostr t a m bin l o s c a m . b i a n t e s p r o c e s o s d e l p e r s o n a j e . D o n D i o n i s i o aprendi
de l a experiencia y s u s respuestas variaban d e acuerdo c o n l a n a t u r a l e z a d e l o s o t r o s p e r s o n a j e s . Trabaj m u y d i s t i n t a m e n t e c o n e l
p a d r e R e y e s q u e c o n e l p a d r e I s l a s , p o r e j e m p l o . Tambin e s t a b a
situado e n u n trasfondo agudamente enfocado, que a s u vez l e dio
m a y o r coherencia. E n r e s u m e n , era h u m a n o , u n a figura d e carne y
sangre e n u n a m b i e n t e real.
E l p r o t a g o n i s t a d e J u a n R u l f o e s t o d o h u e s o s y espritu. E s u n a
abstraccin, n o u n s e r h u m a n o . E n l u g a r d e d e s c r i p c i o n e s explcitas,
h a y f r a g m e n t o s d e l a h i s t o r i a y p e d a z o s d e conversacin y l a mayora
UMESAJE
A JUAN
RULFO
d e e l l o s p r o v i e n e n d e f u e n t e s i l u s o r i a s . A u n q u e l a n o v e l a a b a r c a los
m i s m o s aos, l o s h e c h o s e x t e r i o r e s s o n d e m e n o r i m p o r t a n c i a y su
p u e b l o d e J a l i s c o t i e n e p o c o p a r e c i d o c o n e l d e s c r i t o p o r Yez.
A h o r a nos las tenemos que ver con l a magia.
Soportes
mticos
H E L M Y F. G I A C O M A N
P o r e l c o n t r a r i o , e n la s e g u n d a m i t a d d e la n o v e l a , e s d i a l o g a n d o
con e l cuerpo sin alma d e Dorotea como Juan completa e l proceso
d e t r a e r a l a l u z l a s f a s e s f i n a l e s d e l a v i d a d e P e d r o Pramo. E n u n a
c o n m o v e d o r a respuesta que establece e n ella e l m i s m o s e n t i m i e n t o d e
culpa q u e envuelve a todos l o spersonajes que J u a n h a conocido,
e l l a l e h a b l a d e l a separacin d e l c u e r p o y e l a l m a :
La literatura se vuelve mtica, cubriendo lo natural con fuerza preternatural hacia ciertos fines, capturando las fuerzas impersonales del
mundo y dirigindolas hacia el cumplimiento de ciertos fines
El mito cumple la funcin catrtica de dramatizar los choques y las
armonas de la vida en un ambiente social y nrttuml, Vv\o gt mito puede
i.ef (PHlufJitfe rHfHa gt fgfit^iTiensi gstiicp cjud reconcilia o hace tolerables
aquellos profundos diturbios neurticos que en una cultura primitiva
son ocasionados por las actitudes conflictivas de la magia y la religin
Review,
HOMENAJE A JUAN
57
RULFO
del
mundo
X I I I , 3 (vera E l arte
de Juan
Rulfo,
pp. 132-135.
H E L M Y
F.
G I A C O M A N
H O M E N A J E
A J U A N
R U L F O
}9
HELMY
F. G I A C O M A N
Es i n t e r e s a n t e n o t a r q u e e l p r o g r e s o tcnico est b i e n c l a r o , p e r o
n o p r o d u c e emocin. A l c o n t r a r i o , e s u n a intensificacin d e l a m u e r t e e n s y n o d e l a s r e a c c i o n e s d e l o s p e r s o n a j e s a n t e e l h e c h o . E l
nfasis r e c a e e n e l s u c e s o y n o e n l o s q u e l o o b s e r v a n .
E s t a m i s m a c i t a n o s l l e v a a e x a m i n a r o t r a tcnica d e i n t e n s i f i cacin. E s l a q u e e n ingls s u e l e l l a m a r s e understaement.
E n Rulfo
aparece e n l a actitud ultra-pasiva que asume ante los hechos violent o s ; h e c h o s q u e d e b e n i r o q u e s u e l e n i r acompaados d e c i e r t a
emocin o , p o r l o m e n o s , d e u n a reaccin a d e c u a d a a l i m p a c t o q u e
se esperara d e t a l s u c e s o . L a tcnica d e c o n t a r t a l e s s u c e s o s e n u n
t o n o t a n malter-o-fact,
tan simple y pasivo, d a a l o s hechos una
i n t e n s i d a d t r e m e n d a . E s u n a tcnica p o r l a c u a l e l a u t o r h a c e h i n capi e n e l a c t o m i s m o , ms b i e n q u e e n l a narracin d e ste.
E s e approach n o s d i c e m u c h o s o b r e l a p e r s p e c t i v a d e J u a n
R u l f o ; n o slo s u p e r s p e c t i v a l i t e r a r i a , s i n o tambin s u a c t i t u d h a c i a
e l h o m b r e i n d i v i d u a l . E l h o m b r e n o e s ms q u e o t r o e l e m e n t o d e l
m u n d o . N o t i e n e ms i m p o r t a n c i a n i ms s i g n i f i c a d o q u e l o s dems
componentes d e la realidad. Es, c o m o hemos visto, u nm u n d o grotesco que se hace real p o r ser presentado e n u n a f o r m a t a n extraordinaria, t a n fuera d e l a realidad concreta. E s t e efecto se logra m e d i a n t e u n a a c t i t u d u l t r a - r e a l i s t a , e n l a q u e l a descripcin d e u n a
m u e r t e o l a d e u n rbol s o n i g u a l e s e n s u f a l t a d e s e n t i m i e n t o . E l
rbol y l a m u e r t e p a r t i c i p a n , a m b o s , e n u n a s o l a r e a l i d a d ; d e m o d o
q u e n i e l u n o n i l a o t r a t i e n e ms i m p o r t a n c i a d e n t r o d e l e s q u e m a
g e n e r a l d e e s a r e a l i d a d . E l m u n d o e x i s t e p o r s m i s m o , c o m o e n t i d a d o b j e t i v a , y l a p r e s e n c i a o f a l t a d e u n rbol ms o u n h o m b r e
ms n o l o a l t e r a n i l o a f e c t a p r o f u n d a m e n t e .
L o s tres procesos q u e h e m o s m e n c i o n a d o e n estas notas s o n los
que d e t e r m i n a n , a nuestro parecer, l a m a y o r parte del estilo d e J u a n
R u l f o . C a d a u n o t i e n e s u p r o p i a funcin d e n t r o d e l a o b r a y c a d a
u n o produce u n efecto distinto. N o obstante, hay que notar que es
l a combinacin e interaccin d e l o s t r e s l o q u e p r o d u c e e l e f e c t o d e s c o n c e r t a n t e d e l a o b r a . E l m u n d o d e J u a n R u l f o d e t e r m i n a y est d e t e r m i n a d o p o r estos tres elementos, que llegan a c o n v e r t i r realidades
d e p o r s increbles e n r e a l i d a d e s p a t e n t e s y s o r p r e n d e n t e s .
Juan Rulfo,
la v e r d a d casi
cuentista:
sospechosa
Manuel Duran