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Martinet André Elementos de Lingüística General

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ANDRÉ MARTINET

ELEMENTOS DE

LINGUISTICA GENERAL
VERSION ESPANOLA DE ?

JULIO CALONGE RUIZ

SEGUNDA E D I C I O N REVISADA

h
BIBLIOTECA ROMÁNICA HISPÁNICA
EDITORIAL GREDOS
BIBLIOTECA ROMÁNICA HISPÁNICA
DIRIGIDA POR DÁMASO ALONSO

III. MANUALES, 13
ANDRE MARTINET

ELEMENTOS DE
LINGUISTICA GENERAL
VERSION ESPANOLA DE

JULIO CALONGE RUIZ

SEGUNDA EDICION REVISADA

5
BIBLIOTECA ROMÁNICA HISPÁNICA
E D I T O R I A L GREDOS
MADRID
© E D I T O R I A L GREDOS, S. A., Sánchez Pacheco, 81, M a d r i d , 1974,
para l a versión española.

T í t u l o o r i g i n a l : E l é m e n t s d e l i n g u i s t i q u e g é n é r a l e , LIBRAIRIE ARMAND
CoLIN, P a r i s , 1960,

REIMPRESIÓN.

Depósito Legal: M . 34136-1974.

I S B N 84-249-1137-7. Rústica.
I S B N 84-249-1138-5. Tela.

Gráficas Cóndor, S. A., Sánchez Pacheco, 81, M a d r i d , 1 9 ?7 4347.


4 .
PRÓLOGO

Cuando se reflexiona qué n a t u r a l y qué provechoso es


p a r a el h o m b r e i d e n t i f i c a r su lengua con la realidad, se vis-
l u m b r a el grado de sofisticación que ha sido preciso alcanzar
p a r a disociarlas y h a c e r de cada una un objeto de estudio. Es
conocida l a h i s t o r i a del tirolés que, al regreso de un viaje a
I t a l i a , ensalzaba ante sus compatriotas los encantos del país,
pero añadía que sus habitantes debían de ser bien tontos,
ya que se empeñaban en l l a m a r cavallo a lo que toda persona
con sentido común sabía que era un Pferd. E s t a identifica-
c i ó n d e la p a l a b r a y la cosa es tal vez la condición p a r a un
uso inconsciente y sin dificultades del lenguaje. Pero tiene que
ser necesariamente rebasada cuando se desea pasar del uso
de una lengua a su observación. Los primeros esfuerzos en
este sentido han conducido al h o m b r e a i d e n t i f i c a r su len-
guaje con l a razón; la palabra «lógica» designa en su origen
el arte de hablar. E s t o era, desde luego, exponerse a encon-
t r a r u n carácter razonable y lógico a las peores inconsecuen-
cias de la p r o p i a lengua, O bien a legislar allí donde el uso
no parecía conformarse a la razón. La comparación de len-
guas, practicada la mayor parte de las veces con intenciones
historicistas, es la que ha hecho entrever la variedad de las
estructuras lingiiisticas. A p a r t i r de entonces, si la razón
humana seguía siendo una, las formas del lenguaje no podían
8 E l e m e n t o s de lingiitstica general
Beneral
c o n f u n d i r s e c o n ella. E r a p r e c i s o v e r e n e l l e n g u a j e u n re.
flejo del pensamiento, de u n p e n s a m i e n t o d e l q u e se sos-
pechaba que estaba determinado por estructuras Sociales
m á s b i e n q u e s o m e t i d o a las leyes de l a lógica. L a l i n g i i i s t i c a
se h i z o a s í p s i c o l ó g i c a y s o c i o l ó g i c a - d u r a n t e t o d o el t i e m p o
q u e c o n s i d e r ó c o m o t a r e a p r o p i a e l e s t u d i o de l a evolución
y n o e l d e s c u b r i m i e n t o de l o s rasgos c o n s t i t u t i v o s del len.
guaje. S ó l o u n p u n t o d e v i s t a e s t r i c t a m e n t e s i n c r ó n i c o podía
p e r m i t i r p u r i f i c a r l a l e n g u a p o r a b s t r a c c i ó n de las necesida-
des c a m b i a n t e s d e l s e r h u m a n o , necesidades que reclaman
e n cada m o m e n t o u n a a d a p t a c i ó n d e l m e c a n i s m o lingúístico.
L a l e g i t i m i d a d de u n a l i n g i i í s t i c a g e n e r a l p e r f e c t a m e n t e
a u t ó n o m a no o f r e c e d u d a desde l a p u b l i c a c i ó n d e l C o u r s de
Ferdinand de S a u s s u r e , en el q u e se p r e s e n t a e l análisis
s i n c r ó n i c o c o m o el a r r a n q u e . i n i c i a l y f u n d a m e n t a l de esta
d i s c i p l i n a . S i n e m b a r g o , l a e n s e ñ a n z a de S a u s s u r e n o ha p r o -
ducido verdaderamente fruto más que injertada en o t r o s
brotes. Los diversos m o v i m i e n t o s estructuralistas han tenido
q u e e l i m i n a r desde e l p r i n c i p i o , o p o c o a p o c o , l o que en
d i c h a e n s e ñ a n z a h a b í a de caduco, a saber, u n p s i c o l o g i s m o
más o menos explícito que impide a t r i b u i r u n a situación
plenamente lingúística a la articulación fonemática y que
n o p e r m i t e p e r c i b i r q u e t o d o l o q u e c u e n t a en l a l e n g u a está
r e p r e s e n t a d o , b a j o u n a u o t r a f o r m a , en c a d a p u n t o d e l cir-
c u i t o del habla.
Los «estructuralistas» de h o y están de acuerdo en estable-
cer en p r i n c i p i o la p r i o r i d a d del análisis sincrónico y en re-
chazar toda introspección. Pero, más allá de eso, los puntos
de vista y los métodos d i f i e r e n a m p l i a m e n t e de una escuela
a o t r a o de una tendencia a otra, y las concordancias termi-
nológicas ocultan con frecuencia divergencias fundamentales.
H a y que renunciar, pues, a p r e s e n t a r en una sola obra e l
c o n j u n t o de las doctrinas que están vigentes entre los lin-
Prólogo 9

giiistas contemporáneos. No es n e c e s a r i o decir que todo


i n t e n t o de s i n c r e t i s m o e s t a r í a c o n s a g r a d o a l f r a c a s o . L o s p r i n -
c i p i o s y m é t o d o s q u e se v a n a e x p o n e r a c o n t i n u a c i ó n e s t á n
caracterizados, f r e n t e a otros p r i n c i p i o s y métodos, p o r un
m a y o r r e a l i s m o y p o r m e n o s f o r m a l i s m o o a p r i o r i . S i l e es
p e r m i t i d o a l a u t o r e s c r i b i r esto s i n s a l i r s e de l a m o d e s t i a ,
es p o r q u e los t e ó r i c o s d e h o y n o s i e m p r e r e c o m i e n d a n la
s u m i s i ó n a los h e c h o s . S e p o n d r á e l a c e n t o t a n t o e n l a f u n -
ción de las u n i d a d e s lingúísticas como en las e s t r u c t u r a s
q u e ellas f o r m a n . M á s a l l á de la s i n c r o n í a a p a r e c e r á n p r e -
o c u p a c i o n e s d i a c r ó n i c a s s i n q u e , desde luego, los p u n t o s d e
v i s t a se m e z c l e n n u n c a . L a s d i f e r e n t e s p a r t e s de esta o b r a
r e f l e j a n t o d a s , e v i d e n t e m e n t e , las p r e f e r e n c i a s y l a p e r s o n a -
l i d a d d e s u a u t o r , p e r o en g r a d o s m u y d i f e r e n t e s . L o s p r i n c i -
p i o s d e l a n á l i s i s f o n o l ó g i c o son desde hace t i e m p o d e d o m i -
n i o p ú b l i c o . P o r el c o n t r a r i o l o q u e se dice en e l c a p í t u l o I V
s o b r e l a s i n t a x i s es n u e v o , d e m a s i a d o n u e v o p a r a u n m a n u a l
c o m o éste; l a n e c e s i d a d de p r e s e n t a r u n m é t o d o de d e s c r i p -
c i ó n q u e a b a r q u e d e m a n e r a c o h e r e n t e el c o n j u n t o de los
h e c h o s de l e n g u a nos o b l i g a a a n t i c i p a r los r e s u l t a d o s de u n
e s f u e r z o c o l e c t i v o , a u n q u e m a l c o o r d i n a d o , que t i e n d e a ob-
t e n e r p a r a las u n i d a d e s s i g n i f i c a t i v a s l o q u e la f o n o l o g í a re-
p r e s e n t a p a r a las u n i d a d e s d i s t i n t i v a s . L o q u e se d i c e en los
c a p í t u l o s V y V I s o b r e l a v a r i e d a d de los usos y la d i n á m i c a
de las l e n g u a s es c i e r t a m e n t e m e n o s o r i g i n a l ; b a j o u n a f o r -
m a u o t r a , t o d o esto h a s i d o t r a t a d o y a a n t e r i o r m e n t e , p e r o
se está m u y l e j o s de q u e t o d o l o q u e a h í se dice sea acep-
tado universalmente.
E s t e l i b r o p r e s e n t a , en f o r m a condensada, u n c u r s o de
l i n g ú í s t i c a g e n e r a l p r o f e s a d o en l a S o r b o n a d u r a n t e e l a ñ o
escolar 1958-1959. L o s p á r r a f o s 2-13 a 2-39, c o n s a g r a d o s a la
fonética a r t i c u l a t o r i a , redactados especialmente p a r a la edi-
[ ?? a a ieol e n e

10 E l e m e n t o s de l i n g i i i s t i c a general
BM
Í _ Á _ Í _ O E O I A A A m >
c i ó n española, se d i f e r e n c i a n s ó l o e n p e q u e ñ o s detalles d e l
texto original. Algunos t í t u l o s n u e v o s f i g u r a n en l a biblio-
g r a f í a que v a a l f i n d e l a o b r a .
E l a u t o r se complace en d a r las gracias aquí a don Julio
Calonge, que se ha encargado de t r a d u c i r este libro al es-
pañol y que se ha esforzado en hacer más fácil para un
nuevo público la comprensión de la obra reemplazando, siem-
p r e que esto era posible, los ejemplos franceses p o r ejem-
plos españoles.
Capítulo 1

LA LINGUISTICA, E L LENGUAJE Y LA LENGUA

1-1. L a lingiitstica, disciplina no prescriptiva

L a lingitística es el e s t u d i o c i e n t í f i c o del lenguaje


humano.
Un estudio se l l a m a científico cuando se funda sobre
l a observación de los hechos y se abstiene de p r o p o n e r
una selección entre estos hechos en n o m b r e de ciertos prin:
cipios estéticos o morales. «Científico» se opone, pues, a
«prescriptivo». En el caso de la lingtiistica es particularmen-
te i m p o r t a n t e i n s i s t i r sobre el carácter científico y no pres-
c r i p t i v o de su estudio. Al ser el o b j e t o de esta ciencia una
actividad humana, hay una gran tentación de abandonar el
d o m i n i o de l a observación i m p a r c i a l para recomendar u n
determinado comportamiento, de no anotar lo que realmente
se dice, sino de d i c t a r lo que es preciso decir. La dificultad
que existe p a r a separar la lingilística científica de l a gramá-
tica n o r m a t i v a recuerda la que existe p a r a separar de la mo-
r a l u n a verdadera ciencia de las costumbres. L a historia nos
m u e s t r a que, hasta una fecha m u y reciente, la m a y o r parte
de los que se h a n ocupado del lenguaje o de las lenguas lo han
hecho con intenciones prescriptivas proclamadas o eviden-
=>

1 :
E l e m e n t o s de l i n g i i t s t i c a general
A ?????????? a a
tes. T o d a v í a h o y , l a m a y o r p a r t e d e l a g e n t e , i n c l u s o l a c u l t a ,
i g n o r a casi la e x i s t e n c i a d e u n a c i e n c i a d e l l e n g u a j e distinta
de l a g r a m á t i c a e s c o l a r y de la actividad normativa de es-
c r i t o r e s y p e r i o d i s t a s . P e r o e l l i n g i l i s t a c o n t e m p o r á n e o , ante
e x p r e s i o n e s c o m o t e p i d o l o h a g a s p r o n t o , e l n e g o c i o q u e te
h e h a b l a d o , es p o r e s o que decimos, se a p a r t a t a n t o de l a
virtuosa indignación del p u r i s t a c o m o d e l a a l e g r í a n o con-
t e n i d a d e l i c o n o c l a s t a . V e a h í s i m p l e m e n t e h e c h o s q u e debe
a n o t a r y e x p l i c a r en el c u a d r o d e l o s u s o s e n q u e e l l o s apa-
r e c e n . N o se s a l d r á d e s u p a p e l s i s e ñ a l a l a s p r o t e s t a s o las

b u r l a s de c i e r t o s a u d i t o r i o s y l a i n d i f e r e n c i a de o t r o s , p e r o ,
p o r su parte, se a b s t e n d r á d e t o m a r p a r t i d o .

?1-2. Carácter vocal del lenguaje

E l l e n g u a j e q u e e s t u d i a e l l i n g i l i s t a es el d e l h o m b r e . No
h a b r í a necesidad d e p r e c i s a r esto, p o r q u e los o t r o s empleos
q u e se h a c e n de l a p a l a b r a « l e n g u a j e » s o n c a s i s i e m p r e me-
t a f ó r i c o s : el « l e n g u a j e de los a n i m a l e s » . e s u n a i n v e n c i ó n de
los f a b u l i s t a s , el «lenguaje de las h o r m i g a s » supone más
b i e n u n a h i p ó t e s i s q u e u n d a t o d e o b s e r v a c i ó n , el «lenguaje
de las f l o r e s » es u n c ó d i g o c o m o t a n t o s o t r o s . E n e l hablar
corriente, «el lenguaje» designa p r o p i a m e n t e la facultad que
tienen los hombres de entenderse por medio de signos voca-
les. Merece la pena detenerse en este c a r á c t e r v o c a l
del lenguaje. En los países civilizados, desde hace algunos
milenios se hace uso con mucha frecuencia de signos Pic
tóricos o gráficos que corresponden a los signos vocales del
lenguaje. Esto es lo que se llama escritura. Hasta la inven-
ción del fonógrafo, todo signo vocal emitido erapercibión
inmediatamente o quedaba perdido para siempre. Por *
contrario, un signo escrito duraba tanto cuanto durara _
soporte: piedra, pergamino o papel, y los rasgos dejados >
b r e este s o p o r t e p o r el b u r i l , el estilo o l a p l u m a . Es l o que
se resumía p o r m e d i o d e l p r o v e r b i o verba volant, s c r i p t a
manent. Este c a r á c t e r d e f i n i t i v o de cosa escrita ha dado a
ésta u n prestigio considerable. B a j o l a f o r m a escrita se trans-
m i t e n hasta nuestros días las obras l i t e r a r i a s (por o t r a parte,
así llamadas precisamente p o r esta f o r m a escrita) que cons-
t i t u y e n a ú n la base de nuestra cultura. Las escrituras alfa-
béticas ofrecen p a r a cada signo una sucesión de letras, bien
separadas en los textos impresos, que la escuela ha enseñado
a conocer; c u a l q u i e r español i n s t r u i d o sabe cuáles son los
componentes del signo escrito caballo, pero le costaría es-
fuerzo d i s t i n g u i r los componentes del signo vocal corres-
pondiente. De hecho, todo concurre p a r a que se i d e n t i f i q u e n
en el e s p í r i t u de las gentes instruidas el signo vocal y
su equivalente gráfico y p a r a que este ú l t i m o se imponga
como el ú n i c o representante válido del complejo.
E s t o n o d e b e h a c e r o l v i d a r q u e los signos d e l l e n g u a j e
h u m a n o son c o n p r i o r i d a d vocales, q u e , d u r a n t e centenas de
m i l e s de años, estos s i g n o s h a n s i d o e x c l u s i v a m e n t e vocales,
y q u e t o d a v í a h o y l a m a y o r í a de l o s seres h u m a n o s saben
h a b l a r s i n s a b e r leer. Se a p r e n d e a h a b l a r antes de a p r e n d e r
a l e e r ; l a l e c t u r a v i e n e a d o b l a r la p a l a b r a , j a m á s a l c o n t r a -
r i o . E l e s t u d i o de l a e s c r i t u r a r e p r e s e n t a u n a d i s c i p l i n a dis-
t i n t a de l a l i n g i t i s t i c a , a u n q u e , p r á c t i c a m e n t e , es u n o d e sus
anexos. Así, pues, e l l i n g i t i s t a hace a b s t r a c c i ó n , p o r p r i n c i p i o ,
de l o s hechos de g r a f í a . N o los t i e n e e n c u e n t a m á s q u e en
la m e d i d a , en t o t a l r e s t r i n g i d a , en q u e los hechos de g r a f í a
i n f l u y e n e n l a f o r m a de los signos vocales.

1-3. E l lenguaje, i n s t i t u c i ó n h u m a n a

Con f r e c u e n c i a se h a b l a d e l l e n g u a j e c o m o de u n a fa-
c u l t a d h u m a n a . N o s o t r o s m i s m o s h e m o s e m p l e a d o este tér-
14 Elementos de lingúística general
A A E e n e r a l A

m i n o m á s a r r i b a , p e r o s i n c o n c e d e r l e u n v a l o r r i g u r o s o , Es
p r o b a b l e q u e las r e l a c i o n e s d e l h o m b r e y de s u lenguaje
sean de n a t u r a l e z a d e m a s i a d o p a r t i c u l a r p a r a q u e se pueda
d e l i b e r a d a m e n t e c o l o c a r a este ú l t i m o en u n t i p o más a m p l i o
de f u n c i o n e s determinadas. No se podría afirmar que el
l e n g u a j e sea e l r e s u l t a d o de l a a c t i v i d a d n a t u r a l de algún
órgano, c o m o l o son l a r e s p i r a c i ó n o el a n d a r , q u e consti-
tuyen, p o r así d e c i r l o , l a r a z ó n de ser de los p u l m o n e s y las
p i e r n a s . Se h a b l a , . e s c i e r t o , de ó r g a n o s de l a palabra, pero
se añade, en general, q u e l a p r i m e r a f u n c i ó n de cada u n o
de estos ó r g a n o s es o t r a c u a l q u i e r a : la b o c a sirve para la
i n g e s t i ó n de los a l i m e n t o s , las fosas nasales p a r a la respira-
c i ó n , y así s u c e s i v a m e n t e . L a c i r c u n v o l u c i ó n d e l cerebro en
que se h a q u e r i d o v e r el a s i e n t o de l a p a l a b r a , p o r q u e sus
lesiones e s t á n f r e c u e n t e m e n t e u n i d a s a l a afasia, tiene algo
que v e r p r o b a b l e m e n t e con e l e j e r c i c i o d e l lenguaje, pero
n a d a p r u e b a q u e ésa sea su f u n c i ó n p r i m e r a y esencial.
E n esta situación se ha pensado en situar el lenguaje entre
las i n s t i t u c i o n e s humanas, y esta manera de ver ofre-
ce ventajas indudables, pues las instituciones humanas sur-
gen de l a v i d a en sociedad. Éste es precisamente el caso del
lenguaje, que se concibe esencialmente como u n instrumento
de comunicación. Las instituciones humanas suponen el ejer-
cicio de las más diversas facultades. Pueden hallarse muy
extendidas o incluso ser universales, como el lenguaje, sin
aparecer idénticas de una c o m u n i d a d a otra. L a familia, por
ejemplo, caracteriza tal vez a todos los grupos humanos,
pero se m a n i f i e s t a en diferentes partes b a j o formas d i v e r :
sas. Igualmente el lenguaje, i d é n t i c o en sus f u n c i o n e s , difie-
re de una c o m u n i d a d a otra, de t a l manera que no puede
funcionar más que entre i n d i v i d u o s de u n grupo determr
nado. Como las instituciones n o son en m o d o alguno d a t o s
previos, sino productos de l a v i d a en sociedad, no son inmu-
L a lingilística, el lenguaje y ta lengua AS

tables. Son capaces de c a m b i a r p o r la presión de necesida-


des diversas y p o r la i n f l u e n c i a de otras comunidades. Pues
bien, veremos que las diferentes modalidades del lenguaje
que son las lenguas no se c o m p o r t a n de o t r o modo.

1-4. Las funciones del lenguaje

S i n e m b a r g o , d e c i r q u e e l l e n g u a j e es u n a i n s t i t u c i ó n es
algo que i n f o r m a imperfectamente sobre la naturaleza de
este f e n ó m e n o . D e s i g n a r u n a lengua, a u n q u e sea m e t a f o r i -
camente, como un instrumento l l a m a la a t e n c i ó n m u y ú t i l :
m e n t e s o b r e a q u e l l o q u e d i s t i n g u e l a l e n g u a de m u c h a s o t r a s
i n s t i t u c i o n e s . L a f u n c i ó n esencial del i n s t r u m e n t o que
es u n a l e n g u a es l a de l a c o m u n i c a c i ó n . El francés,
p o r e j e m p l o , es, a n t e t o d o , el m e c a n i s m o q u e p e r m i t e a las
p e r s o n a s «de l e n g u a f r a n c e s a » e n t r a r en r e l a c i ó n u n a s c o n
o t r a s . V e r e m o s q u e s i t o d a s las lenguas se m o d i f i c a n a t r a -
vés del t i e m p o , ello acontece esencialmente p a r a adaptarse
d e l m o d o m á s e c o n ó m i c o p o s i b l e a s a t i s f a c e r las n e c e s i d a d e s
de c o m u n i c a c i ó n de las c o m u n i d a d e s q u e las h a b l a n .
N o obstante, d e b e r á t e n e r s e en c u e n t a q u e el l e n g u a j e
ejerce otras funciones q u e l a de a s e g u r a r l a m u t u a c o m -
p r e n s i ó n . E n p r i m e r l u g a r , el l e n g u a j e s i r v e , p o r así d e c i r l o ,
d e s o p o r t e a l p e n s a m i e n t o , h a s t a e l p u n t o de q u e es p o s i b l e
h a c e r s e l a p r e g u n t a d e si u n a a c t i v i d a d m e n t a l a l a q u e f a l t a -
r a e l m a r c o de u n a l e n g u a m e r e c e r í a p r o p i a m e n t e e l n o m b r e
d e p e n s a m i e n t o . P e r o «corresponde a los p s i c ó l o g o s , n o a los
l i n g i i i s t a s , d a r s u o p i n i ó n s o b r e este p u n t o . P o r o t r a p a r t e ,
el h o m b r e e m p l e a con frecuencia s u lengua para e x p r e -
sarse, es d e c i r , p a r a a n a l i z a r Jo q u e s i e n t e s i n o c u p a r s e
e x c e s i v a m e n t e d e Jas r e a c c i o n e s de e v e n t u a l e s oyentes. E n -
c u e n t r a en ella, al m i s m o t i e m p o , el m e d i o de a f i r m a r s e
16 o - B l e m e n t o s d e lingiitsticg general
$ ra
a n t e sí m i s m o y a n t e o t r o s s i n q u e en r e a l i d a d tenga des
d e c o m u n i c a r n a d a . S e p o d r í a i g u a l m e n t e h a b l a r de eos
f u n c i ó n estética del l e n g u a j e q u e s e r í a d i f í c i l analizar ?he
t a l m a n e r a q u e se e n t r e m e z c l a e s t r e c h a m e n t e esta función
con las d e c o m u n i c a c i ó n y e x p r e s i ó n . E n ú l t i m o análisis, es

l a c o m u n i c a c i ó n , es d e c i r , l a c o m p r e n s i ó n m u t u a , la que es
preciso retener c o m o f u n c i ó n c e n t r a l d e l i n s t r u m e n t o que
es l a l e n g u a . Es n o t a b l e , a este r e s p e c t o , q u e las sociedades
reprimen p o r m e d i o de la b u r l a el s o l i l o q u i o , es decir, el
e m p l e o d e l l e n g u a j e c o n f i n e s p u r a m e n t e expresivos. E l que
q u i e r a e x p r e s a r s e s i n t e m o r a c e n s u r a debe encontrar un
p ú b l i c o a n t e el c u a l r e p r e s e n t a r l a c o m e d i a d e l intercambio
l i n g i i i s t i c o . P o r o t r a p a r t e , t o d o i n d i c a q u e l a lengua de cada
i n d i v i d u o se c o r r o m p e r í a r á p i d a m e n t e si n o existiera la n e
c e s i d a d de h a c e r s e c o m p r e n d e r . E s t a necesidad permanente
m a n t i e n e e l m e c a n i s m o e n b u e n e s t a d o de funcionamiento.

1-5. ¿Las lenguas son nomenclaturas?.

ero bastante exten»


Según una concepción muy ingenua, Pp
palabras, €s decir,
dida, una lengua sería un repertorio de
u n a de las cuales
de producciones vocales (o gráficas), cada ?al, el ca:
correspondería a upa cosa. Á un determinado animó? or el
ballo, por ejemplo, el repertorio particular conocido d u o
nombre de lengua española haría corresponder uná P or la
ción vocal determinada que la ortografía representa P i a n
forma caballo; las diferencias entre Jas Jenguas S° és diría
a diferencias de designación; para caballo el e a ue
cheval, el inglés horse y el alemán Pferd. Aprender ?
va lengua consistiría simplemente en retener Y
ria una nueva nomenclatura en todo paralela * ce
Los casos aislados en los que es preciso estado
La lingúística, el lenguaje y la lengua 17

ciones en este p a r a l e l i s m o c o n s t i t u i r í a n los «idiotismos». Las


mismas producciones vocales estarían normalmente c o m: -
puestas, e n t o d a s las l e n g u a s , d e l o s m i s m o s s o n i d o s ; l a s
únicas diferencias d e u n a lengua a o t r a consistirían en l a
e l e c c i ó n y a g r u p a m i e n t o d e esos s o n i d o s p a r a c a d a p a l a b r a .
E s t a c o n c e p c i ó n i n g e n u a se c o n f i r m a c u a n d o se p i e n s a e n
l a grafía m á s que en los sonidos, en r a z ó n al e m p l e o del
m i s m o alfabeto para las lenguas m á s diversas; los r ó t u l o s
c h e v a l , h o r s e , P f e r d u t i l i z a n , e f e c t i v a m e n t e , l a s l e t r a s de u n
m i s m o a l f a b e t o : l a e en las t r e s p a l a b r a s , l a h e n c h e v a l y
horse, l a r e n h o r s e y P f e r d , etc. C i e r t a m e n t e es p r e c i s o es-
t a b l e c e r q u e p a r a e l o í d o n o se r e d u c e t o d o a d i f e r e n c i a s
e n l a e l e c c i ó n y o r d e n a c i ó n de l o s m i s m o s e l e m e n t o s ; en-
t o n c e s se h a b l a i n g e n u a m e n t e d e «acento». U n «acento» r e p r e -
s e n t a r í a a l g o u n t a n t o m a r g i n a l q u e se s o b r e a ñ a d e a l a a r t i c u -
lación n o r m a l de l o s s o n i d o s d e l l e n g u a j e y q u e s e r í a u n
poco ridículo y casi i n c o n v e n i e n t e i n t e n t a r i m i t a r c u a n d o
se a p r e n d e u n a l e n g u a d i s t i n t a d e l a p r o p i a .

1 -6. E l lenguaje n o es un calco de l a realidad

E s t a n o c i ó n de l a lengua r e p e r t o r i o se f u n d a en l a idea
s i m p l i s t a de que el m u n d o en su totalidad se clasifica, c o n
a n t e r i o r i d a d a l a v i s i ó n que de él t i e n e n los hombres, en
categorías de objetos perfectamente distintos, cada u n a de
las. cuales recibe necesariamente. u n a designación en cada
lengua. E s t o que, hasta. cierto punto, es verdadero cuando
se trata, p o r ejemplo, de especies d e seres vivientes, n o l o
es en o t r o s campos. Podemos considerar como n a t u r a l la di-
ferencia entre el agua que f l u y e y la que no fluye, p e r o den-
t r o de estas dos categorías, ¿quién n o advierte l o a r b i t r a r i a
"que es l a subdivisión en océanos, mares, lagos y estanques, 0:

?E. DE LINGUÍSTICA.?-2
18 Elementos de lingiltsticagenera)
c e a
e n r i o s i m p o r t a n t e s , afluentes, arroyos y torrentes? La
m u n i d a d de c i v i l i z a c i ó n produce, s i n duda, el hecho de u e
p a r a los occidentales el M a r M u e r t o sea u n m a ry el Gran
Lago Salado, u n lago, p e r o n o i m p i d e que sólo los franceses
d i s t i n g a n e n t r e r í o que desemboca en el mar (fleuve h y
a f l u e n t e que lleva sus aguas a o t r o r í o (riviére). En otro cam.
po, el francés expresa c o n el m i s m o término bois un lugar
p l a n t a d o de árboles, la m a d e r a en general, la madera de cons-
t r u c c i ó n , la m a d e r a de q u e m a r , aparte de usos más especia.
les del t i p o bois de c e r f «cuernos de ciervo». E l danés tiene
u n a p a l a b r a , t r e , que designa el á r b o l y l a madera en ge.
n e r a l y, en c o n c u r r e n c i a c o n t e m m e r , l a madera de construc-
ción; p e r o n o u t i l i z a esta p a l a b r a p a r a u n lugar plantado de
árboles, que se dice skov, n i p a r a la madera de quemar, que
se dice b r e n d e . Para los principales sentidos de la palabra
francesa bois, el español distingue entre bosque, madera,
leña; el i t a l i a n o , entre bosco, legno, legna, legname; el ale-
man, e n t r e W a l d , Gehélz, H o l z ; el ruso, entre les, dérevo,
drová. Cada u n a de estas palabras es susceptible de aplicarse
a cosas p a r a las q u e el francés usaría o t r a palabra distinta
de «bois»; el a l e m á n W a l d es preferentemente «bosque»; e l
ruso dérevo, como el danés t r e , corresponde normalmente
al español árbol. E n el espectro solar, u n español, como la
m a y o r p a r t e de los occidentales, distingue entre violeta,
azul, verde, a m a r i l l o , n a r a n j a y rojo. Pero estas distinciones
no se encuentran en el espectro m i s m o donde no hay más
que u n todo c o n t i n u o del violeta al rojo. Este todo conti-
nuo se a r t i c u l a de m o d o diverso según las lenguas. Sin salir
de Europa, en b r e t ó n y en galés, u n a sola palabra, glas, se
aplica a u n a parte del espectro que cubre aproximadamente
las zonas del azul y el verde. Es frecuente que lo qué Des
otros llamamos verde, se halle d i v i d i d o entre dos unidades,
de las que u n a cubre una p a r t e de l o que nosotros designar
L a lingúística, e l lenguaje y l a lengua

mos como a z u l y l a o t r a l o esencial de nuestro a m a r i l l o .


Ciertas lenguas se c o n f o r m a n c o n dos colores básicos q u e
corresponden groseramente a las dos m i t a d e s del espectro.
Todo esto vale d e l m i s m o m o d o p a r a aspectos más abstrac-
tos de l a experiencia humana. Es s a b i d o que palabras como
inglés w i s t f u l , a l e m a n g e m i i t l i c h , ruso nidevó, n o correspon-
den en español a n a d a determinado. I n c l u s o palabras como
español tomar, f r a n c é s prendre, inglés take, alemán nehmen,
ruso b r a t ' , consideradas como equivalentes, n o son emplea-
das siempre en las m i s m a s circunstancias, o dicho d e o t r o
modo, n o c u b r e n exactamente el m i s m o campo semántico.
D e hecho, corresponde a cada lengua una o r g a n i z a c i ó n
p a r t i c u l a r de l o s d a t o s de la e x p e r i e n c i a .
A p r e n d e r o t r a lengua n o es p o n e r nuevos rótulos a objetos
conocidos, sino a c o s t u m b r a r s e a analizar de o t r o m o d o aque-
l l o que constituye e l o b j e t o de comunicaciones lingúísticas.

1-7. Cada lengua tiene sus t i p o s .

Acontece l o m i s m o en el plano de los sonidos del len-


guaje. L a vocal del inglés bait n o es una é francesa p r o n u n -
ciada c o n acento inglés, n i l a de bit u n a i deformada del
m i s m o m o d o . Es necesario darse cuenta de que, en la zona
a r t i c u l a t o r i a en l a que el francés distingue entre i y é, el
inglés opone tres tipos vocálicos, representados, respectiva-
mente, en las palabras beat, b i t y bait, tipos perfectamente
i r r e d u c t i b l e s a i, é del francés. L a consonante que l a orto-
grafía española n o t a c o n s y que se p r o n u n c i a en Castilla
de u n a m a n e r a que recuerda u n poco la inicial del francés
chien, n o es s n i t a m p o c o ch francesas. De hecho, entre cier-
tas modalidades articulatorias, el francés retiene dos tipos,
los de las iniciales de sien y chien; el español no posee más
que u n o que n o se p o d r í a i d e n t i f i c a r con la i n i c i a l de sién
20 E l e m e n t o s delingiitstiog gen
er,
ni con la de chien. L o q u e se l l a m a «acento» ex >
viene de la identificación abusiva de unidade
S fónicas qe
dos lenguas diferentes. V e r en la i n i c i a l del
español todo,
francés tout, inglés tale, a l e m á n Tat, ruso tuz, variantes q
un mismo tipo, es t a n peligroso y erróneo como considerar
que español -tomar, francés prendre, inglés take, alemán
nehmen, ruso brat*, responden a u n a misma realidad preexis.
tente a estas designaciones.

1-8. La doble articulación del lenguaje .

Se oye decir con frecuencia que el lenguaje humano es


articulado. Los que así se expresan tendrían probablemente
dificultad para d e f i n i r exactamente lo que ellos éntienden
p o r esto. Pero no hay duda de que este término responde
a un rasgo que caracteriza efectivamente a todas las lenguas.
C o n v i e n ne o, obstante, precisar esta noción de articulación
del lenguaje y tener en cuenta que se manifiesta en dos
planos diferentes; cada u n a de las unidades que resultande
una primera articulación es a su vez articulada en unidades
de otro tipo, o.

La p r i m e r a a r t i c u l a c i ó n del lenguaje €s aquella


con arreglo a la cual todo hecho de experiencia que $0 w y
a transmitir, toda necesidad que se desee hacer c o n c
Otra persona, se analiza en una sucesión de unidades, o
das cada una de una forma vocal y de un, sentido. Si Estos
dolores de cabeza, puedo manifestarlo por e r e s fisio
l i e serinvoluntarios; en este casodependen C e 5 y des"
tinados a pueden ser más o menos a n e que me t*°
dean, Peso acer conocer mis sufrimientos a _ nicación Jin
SlíStica Caan. no basta para hacer una com a1 const
to " : grito es inanalizable y correspoh
zada
. : Ss is
inanalizable de l a s e n s a c i é n d o l o r o s a . L a s i t u a c i ó n €
L a lingilística, el lenguaje y l a lengua 21

t i n t a si p r o n u n c i o l a frase me duele la cabeza. A q u í n i n g u n a


de las c u a t r o unidades sucesivas, me, duele, la, cabeza, co-
rresponde a l o que tiene de específico m i dolor. Cada u r i a
de ellas puede encontrarse en cualquier o t r o c o n t e x t o p a r a
comunicar otros hechos de experiencia: duele, p o r e j e m p l o ,
en duele la i n g r a t i t u d , y cabeza, en se ha puesto a la cabeza.
Es manifiesta la economía que representa esta p r i m e r a ar-
ticulación. Se p o d r í a i m a g i n a r u n sistema de c o m u n i c a c i ó n
en el que a una situación determinada, a u n hecho de expe-
riencia dado correspondiera u n g r i t o p a r t i c u l a r . Pero basta
pensar en l a i n f i n i t a variedad de estas situaciones y de estos
hechos de experiencia p a r a comprender que si semejante
sistema debiera r e n d i r los mismos servicios que nuestras
lenguas tendría que c o m p r e n d e r una c a n t i d a d de signos dis-
tintos tan considerable que l a m e m o r i a del ?hombre n o po-
dría almacenarlos. Algunos millares de unidades, c o m o ca-
beza, duele, la, me, a m p l i a m e n t e combinadas nos p e r m i t e n
hacer más comunicaciones que las que se p o d r í a n c o n s e g u i r
con millones de gritos i n a r t i c u l a d o s diferentes.
L a p r i m e r a a r t i c u l a c i ó n es l a m a n e r a según l a c u a l se
dispone l a experiencia c o m ú n a todos los m i e m b r o s de u n a
c o m u n i d a d l i n g i l í s t i c a determinada. Solamente h a y c o m u n i -
cación lingitística en el cuadro de esta experiencia, l i m i t a d a
necesariamente a aquello que es c o m ú n a u n n ú m e r o consi-
derable de i n d i v i d u o s . L a o r i g i n a l i d a d del p e n s a m i e n t o n o
se p o d r á ?manifestar más que c o n u n a disposición inesperada
de las unidades. L a experiencia personal, i n c o m u n i c a b l e e n
su unicidad, es analizada en u n a sucesión de unidades, cada
una de ellas de d é b i l especificidad y conocida p o r t o d o s l o s
m i e m b r o s de la c o m u n i d a d . Se conseguirá u n a m a y o r espe-
cificidad añadiendo nuevas unidades, p o r e j e m p l o , a d j e t i v o s
a u n n o m b r e , a d v e r b i o s a u n a d j e t i v o , e n general d e t e r m i .
nantes a u n d e t e r m i n a d o .
22 E l e m e n t o s de lingiitstica general

Cada u n a de estas unidades de la primera articulación


presenta, c o m o hemos visto, u n sentido y una forma vocal
(o f ó n i c a ) . Pero no puede ser analizada en unidades sucesi-
vas más pequeñas dotadas de sentido. El conjunto cabeza
q u i e r e d e c i r «cabeza» y n o se puede atribuir a ca-, a -be- y
a -za, sentidos d i s t i n t o s cuya suma sea equivalente a «cabe-
za». Pero l a f o r m a vocal es analizable en una sucesión de
unidades, cada u n a de las cuales contribuye a distinguir
cabeza de o t r a s unidades como cabete, majeza o careza.
E s t o es l o que se designará como l a s e g u n d a a r t i c u -
l a c i ó n del lenguaje. En cabeza, estas unidades son seis;
p o d e m o s representarlas p o r medio de letras que, por acuet-
do, son colocadas entre barras oblicuas, esto es, /kabeda/.
Es evidente l a economía que representa esta segunda articu-
lación. Si t u v i é r a m o s que hacer corresponder a cada unidad
s i g n i f i c a t i v a m í n i m a una producción vocal específica e ina-
nalizable, t e n d r í a m o s necesidad de distinguir millares, lo
que sería i n c o m p a t i b l e con las posibilidades articulatorias Y
l a sensibilidad a u d i t i v a del ser humano. Gracias a la segun-
da a r t i c u l a c i ó n , las lenguas pueden limitarse a algunas de-
cenas de producciones fónicas distintas que se combinan
p a r a obtener la f o r m a vocálica de las unidades de la P e
a r t i c u l a c i ó n : casa, p o r ejemplo, utiliza dos veces la unida
fónica que representamos p o r medio de / a l y coloca [ e
de estas dos / a / otras dos unidades que notamos: 1x/ y Is *

1-9, Las unidades lingiitsticas de base

Un enunciado como me duele la cabeza o una parte


dicho enunciado que tenga sentido, como me duele 0 0 nn
se llama s i g n o lingiiístico. Todo signo lingiifstico $ slot
pone de un s i g n i f i c a d o , que es su sentido 0 s u v
La lingúística, el lenguaje y l a lengua 23

q u e se n o t a r á e n t r e c o m i l l a s ( « m e d u e l e l a cabeza», « m e
duele», «cabeza»), y de u n s i g n i f i c a n t e , en v i r t u d d e l
c u a l se m a n i f i e s t a el signo, q u e se r e p r e s e n t a r á e n t r e b a r r a s
oblicuas ( / m e duele la kabe9a/, / m e duele/, / k a b e 0 a / ) . E n
e l l e n g u a j e c o r r i e n t e se r e s e r v a r í a e l n o m b r e d e s i g n o a l
significante. Las unidades que ofrece la p r i m e r a articulación,
c o n s u s i g n i f i c a d o y s u s i g n i f i c a n t e , son signos, m e j o r d i c h o ,
signos m í n i m o s , p u e s n i n g u n o d e ellos p o d r í a s e r a n a l i z a d o
en u n a s u c e s i ó n d e signos. N o existe u n t é r m i n o u n i v e r s a l -
m e n t e a d m i t i d o p a r a d e s i g n a r estas u n i d a d e s . E m p l e a r e m o s
aquí el de m o n e m a .
Como c u a l q u i e r o t r o signo, e l m o n e m a es una unidad de
dos caras; p o r u n a parte, el significado, su sentido o su valor,
y p o r o t r a parte, el significante, que reviste f o r m a fónica y
que está compuesto de unidades de l a segunda articulación.
Estas ú l t i m a s son llamadas f o n e m a s .
E n el enunciado que venimos utilizando hay cuatro mo-
nemas que coinciden c o n l o que en l a lengua corriente se
l l a m a p a l a b r a : me, duele, la, cabeza. Pero n o se debe sacar
de aquí l a c o n c l u s i ó n de que «monema» no es más que u n
equivalente c u l t o de «palabra». En la palabra como h a y dos
m o n e m a s : com- / k o m / , q u e designa cierto tipo de acción,
y -o / o / , que designa a l a persona que habla. Tradicional-
mente se d i s t i n g u e e n t r e com- y -0 diciendo que el u n o es u n
semantema y el o t r o u n m o r f e m a . E s t a terminología tiene
el inconveniente de sugerir que sólo el semantema estaría
dotado de sentido, m i e n t r a s que el m o r f e m a estaría p r i v a d o
d e él, l o que es inexacto. E n la m e d i d a en que la distinción
es ú t i l , sería m e j o r designar como l e x e m a s simples a los
monemas cuyo l u g a r está en el léxico y n o en l a gramática,
y conservar m o r f e m a p a r a designar los que como -o apa-
recen en las gramáticas. L o s monemas c o m o p a r a o con, q u e
figuran en el l é x i c o y en l a gramática, deben clasificarse
da B l e m e n t o s de lingtifsticg ge
entre los m o r f e m a s . H a y q u e t e n e r e n cuenta ral
com- figura t r a d i c i o n a l m e n t e en e l léxico b a j o | a f o r m a come,
es decir, se le e n c u e n t r a d i s f r a z a d o con el ,
morfema ?er d e ]
infinitivo.

1-10. Forma lintal?y carácter vocal

Toda lengua se m a n i f i e s t a en l a f o r m a lineal de enuncia.


dos que representan l o q u e se l l a m a frecuentemente cadena
hablada. Esta f o r m a l i n e a l del lenguaje humano deriva
-
en ú l t i m o análisis de su c a r á c t e r v o c a l ; los enunciados
vocales se d e s a r r o l l a n necesariamente en el tiempo y el oído
l o s percibe necesariamente c o m o u n a sucesión. La situación
es diferente cuando l a c o m u n i c a c i ó n es de tipo p i c t ó r i cyo
percibida p o r l a vista. E l p i n t o r , en efecto, pinta los elemen-
tos de su c u a d r o sucesivamente, pero el espectador percibe
el mensaje en su c o n j u n t o , o b i e n aplicando sucesivamente
su atención a los elementos del mensaje siguiendo un orden
cualquiera, sin que el v a l o r del mensaje se vea afectado por
ello. U n sistema visual de comunicación, como el que repre
senta la señalización de carreteras, no es lineal, sino de dos
dimensiones. E l carácter lineal de los enunciados explical a
sucesividad de los monemas y de los fonemas. En esta sur

cesión, el orden de los f o n e m a s tiene el mismo valor dist


tivo que la elección de u n f o n e m a determinado: el signo $
-
/ s a l / contiene los m i s m o s fonemas que el signo las / las/, >
que se confunda con él. L a s i t u a c i ó n es algo d i e r a n
lo que se refiere a las unidades de l a p r i m e r a arti
E n efecto, el francés le chasseur t u e le l i o n t i e n e e un
ción distinta de le lion tue le chasseur, pero no eS raro a odifi-
si £no pueda c a m b i a r de l u g a r en u n enunciado s i ,
ani . ,
cación apreciable de sentido: estará allí el martes Y ue 108
e

tes estard alli. P o r o t r a p a r t e , es b a s t a n t e f r e c u e n t e q i s


lexemas a d m i t SU f u n e !
an morfemas que, por indicar
L a tingúística, el lenguaje y l a lengua 25

el enunciado, es decir, sus relaciones c o n los o t r o s signos, les


p e r m i t e n f i g u r a r en diferentes posiciones s i n afectar real-
mente al sentido d e l c o n j u n t o . Este es, p o r ejemplo, el caso
del latín, donde p u e r u m , suficientemente caracterizado como .

o b j e t o p o r el segmento -um, puede f i g u r a r i n d i s t i n t a m e n t e


antes o después del v e r b o : puer-um u i d e t o u i d e t puer-um.

1-11. L a doble articulación y l a economía del lenguaje

E l t i p o de organización que acabamos de esbozar existe


en todas las lenguas descritas hasta l a fecha. Parece que. se
i m p o n e a las comunidades humanas como e l m e j o r adap-
t a d o a las necesidades y a los recursos del hombre. Sólo l a
economía que r e s u l t a de las dos articulaciones es capaz de
obtener u n i n s t r u m e n t o de comunicación de empleo general
que p e r m i t e t r a n s m i t i r tanta i n f o r m a c i ó n con t a n t a facili-
dad. Además de l a economía suplementaria que representa,
l a segunda articulación tiene l a ventaja de hacer l a f o r m a
d e l s i g n i f i c a n t e i n d e p e n d i e n t e del v a l o r del
s i g n i f i c a d o correspondiente y de este m o d o asegurar
u n a estabilidad m a y o r a la f o r m a lingiiistica. Es evidente,
en efecto, que en u n a lengua, en l a que correspondiera a
cada palabra u n gruñido p a r t i c u l a r e inanalizable, nada i m -
pediría a las personas m o d i f i c a r ese gruñido en el sentido
en el que a cada una de ellas l e pareciera más descriptivo
del o b j e t o designado. Pero, como en este punto sería i m p o -
sible alcanzar l a u n a n i m i d a d , se llegaría a u n a inestabilidad
crónica poco favorable al m a n t e n i m i e n t o de l a comprensión.
L a existencia de u n a segunda articulación asegura este man-
t e n i m i e n t o uniendo l a suerte de cada u n o de los componen-
t e s d e l «significante, p o r ejemplo, cada uno de los t r a m o s de
sal / s / , / a l , /1/, n o al sentido del significado correspondien-
» E l e m e n t o s d e l i n g i l i s t i c a Beneras
q

te (aquí «sal»), sino al de los componentes de otr


ficantes de la lengua, la / s / de silla, la / a / de cabe l a signi.
mole, etc. Esto no quiere decir que la / s / o la /1 I de 0 de
pueda modificarse en el curso de los siglos, sino que o n a
caso de que cambie, no podra hacerlo sin q u e a l m i r o

tiempo y en el m i s m o sentido cambie también la /s/ de


silla o la /1/ de mole.

1-12. Cada lengua tiene su propia articulación

Si todas las lenguas coinciden en practicar la doble ar-


+ticulación, todas d i f i e r e n en cuanto al modo como los usua-
rios de cada u n a de ellas analizan los datos de la experiencia
y en cuanto a la m a n e r a como aprovechan las posibilidades
ofrecidas p o r los órganos de la palabra. E n otros términos,
c a d a l e n g u a a r t i c u l a a s u m o d o tanto los enun-
ciados como los significantes. En las circunstancias en que
u n español dice me duele la cabeza, u n francés dice j?ai mal
á la téte. E n el caso del francés, el sujeto del enunciado será
el que habla; en español, la cabeza que sufre. La expresión
del d o l o r será n o m i n a l en francés, verbal en español, y la atri-
bución de este d o l o r se h a r á en el p r i m e r caso a la cabeza,
en el segundo, a la persona indispuesta. Importa poco quee l
francés p u d i e r a t a m b i é n decir la téte me f a i t mal. Lo deck
sivo es que, en u n a situación dada, el francés y el español
habrán r e c u r r i d o de una m a n e r a n a t u r a l ' a dos análisis Com-
pletamente diferentes. E n el m i s m o orden de.ideas, se pue?
den comparar los equivalentes: l a t í n poenas dabant y espe
fiol eran castigados; inglés s m o k i n g p r o h i b i t e d , r u s o ka
vosprexédetsja y francés défense de f u m e r ; alemán er E
zuverlissig y francés o n p e u t c o m p t e r s u r I i , vn e e
La tingúística, el lenguaje y la lengua 27
a ?__ _ _ _?_?____ ( A O O E _eo qq q q

Sabemos ya que las palabras de u n a lengua n o tienen


equivalentes exactos en otra. E s t o está, naturalmente, de
acuerdo con l a variedad de análisis de los datos de l a expe-
riencia. Es posible que las diferencias de análisis lleven con-
sigo u n m o d o diferente de considerar u n fenómeno, o b i e n
que una concepción diferente de u n fenómeno produzca u n
análisis diferente de l a situación. De hecho, no es posible
hacer la distinción entre uno y o t r o caso.
E n l o q u e se r e f i e r e a l a a r t i c u l a c i ó n d e los s i g n i f i c a n t e s ,
hay que precaverse de j u z g a r los hechos t o m a n d o c o m o base
las g r a f í a s , i n c l u s o c u a n d o se t r a t a de t r a n s c r i p c i o n e s y n o
de f o r m a s o r t o g r á f i c a s . S i se p a r t e d e / Z e m a l a l a t e t / y
/ m e d u e l e l a k a b e 0 a / , n o se d e b e p e n s a r q u e l a p r i m e r a / a /
de / k a b e 9 a / c u b r a l a m i s m a r e a l i d a d l i n g i i f s t i c a q u e l a / a / d e
/ m a l / . E n f r a n c é s , d o n d e l a / a / de m a l se d i s t i n g u e d e l a / a /
de mále, l a p r i m e r a n o p u e d e t e n e r m á s q u e u n a a r t i c u l a c i ó n
poco p r o f u n d a , m i e n t r a s q u e l a / a / de cabeza, ú n i c a v o c a l
a b i e r t a d e l e s p a ñ o l , t i e n e m u c h a m á s a m p l i t u d . R a z o n e s de
e c o n o m í a h a c e n q u e se t r a n s c r i b a n p o r m e d i o d e los m i s m o s
caracteres los f o n e m a s de dos l e n g u a s d i f e r e n t e s .

.- 1-13, N ú m e r o de monemas y de fonemas

E l n ú m e r o de enunciados posibles en cada lengua es teó-


ricamente i n f i n i t o , p o r q u e n o existe l í m i t e p a r a el n ú m e r o
de monemas sucesivos que u n enunciado puede contener,
La lista de los monemas d e u n a lengua es, en efecto, u n a
lista abierta. Es imposible determinar precisamente
cuántos monemas d i s t i n t o s presenta u n a lengua, p o r q u e en
toda c o m u n i d a d se manifiestan a cada instante nuevas nece-
sidades que hacen nacer nuevas designaciones. Las palabras
que u n civilizado de nuestra época es capaz de e m p l e a r o
23 Elementos d e l i n g i i i s t i c g general
q
comprender se cuentan p o r decenas de m i l l a r . Pero
Muchas
de estas palabras están c o m p u e s t a s de monemas, b ien sus.
ceptibles de aparecer c o m o p a l a b r a s independientes (por ej
sello-postal, autopista), b i e n l i m i t a d o s a la composicién (por
ej., en termostato, telégrafo). De ello resulta que los mone-
mas, incluso c o n l a a y u d a de desinencias como -mos y de
sufijos como -able, s o n m u c h o menos numerosos que las
palabras.
L a lista de los fonemas d e u n a lengua es una l i s t a ce-
r r a d a . E l castellano, p o r e j e m p l o , distingue 24 fonemas, ni
más n i menos. L o que hace c o n f r e c u e n c i a delicada la respues-
ta a la p r e g u n t a «¿cuántos f o n e m a s tiene tal lengua?» es el
hecho de que las lenguas de civilización, que se hablan en
amplias zonas, n o presentan u n a p e r f e c t a unidad y varían
algo de región a región, de u n a clase social a otra, de una
generación a o t r a generación. Estas variaciones no impiden,
en general, l a comprensión, p e r o pueden llevar consigo dife-
rencias en el i n v e n t a r i o de unidades, t a n t o distintivas (fone-
mas) como significativas (monemas o signos más amplios).
Así, el español hablado en A m é r i c a presenta frecuentemente
22 fonemas en l u g a r de 24. L a v a r i e d a d del francésutilizado
p o r el autor de.esta o b r a contiene 34 fonemas. Pero entre
los habitantes de París n a c i d o s desde 1940 no es raro V t
sistema de 31 fonemas. Se u t i l i z a este ú l t i m o , que es más
simple, en l a t r a n s c r i p c i ó n de los ejemplos franceses.

1-14, ¿Qué es una lengua?


os p o r
Podemos i n t e n t a r a h o r a f o r m u l a r l o quee n t e n d e r co
«lengua», U n a l e n g u a es u n i n s t r u m e n t o eriem
m u n i c a c i ó n c o n a r r e g l o a l c u a l l a on? t e en
c i a h u m a n a se a n a l i z a , d e m o d o d i f e r e
L a l i n g i i i s t i c ea ,l l e n g u a j e y l a l e n g u a 29
TL TE LE N Ó men.

cada comunidad, en unidades dotadas de un


contenido semántico y de u n a expresión fó
nica, l o s m o n e m a s , E s t a expresión fónica se
articula a su vez en unidades distintivas y
sucesivas, los fonemas, en número determi-
nado en c a d a lengua, c u y a n a t u r a l e z a y rela:
c i o n e s m u t u a s d i f i e r e n t a m b i é n de u n a len-
g u a a o t r a , E s t o i m p l i c a : 1 . ) que reservamos e l t é r m i n o
de lengua p a r a d e s i g n a r u n i n s t r u m e n t o de comunicación
doblemente a r t i c u l a d o y de m a n i f e s t a c i ó n vocal, y 2 . ) que,
aparte de esta base c o m ú n , c o m o l o i n d i c a n las expresiones
«de modo diferente» y «difieren» e n l a f o r m u l a c i ó n preceden-
te, n o h a y n a d a p r o p i a m e n t e l i n g i j í s t i c o q u e
n o p u e d a d i f e r i r d e u n a l e n g u a a o t r a . E n este,
sentido es en e l que se debe e n t e n d e r l a afirmación de que
los hechos de lengua s o n «arbitrarios» o «convencionales».

1-15. A l margen de l a doble a r t i c i l a c i ó n

Todas las lenguas presentan el t i p o de organización que


se acaba de describir. Pero esto n o quiere decir que las len-
guas no hayan r e c u r r i d o a procedimientos que n o entran en
el cuadro de l a doble articulación. E n francés, p o r ejemplo,
es frecuente que el carácter interrogativo del enunciado no
esté marcado más que p o r u n a elevación melódica de la voz
en l a ú l t i m a palabra. Así se distingue m u y bien entre l a
afirmación i l pleut y la pregunta i l pleut? Esta u l t i m a es
el equivalente de est-ce q u ' i l pleut?, es decir, que la elevación
de l a voz en i l pleut? desempeña el mismo papel que el signo
Jesk/ en l a f o r m a ortogrAfica est-ce que. Se puede entonces
decir que esta curva melódica es u n signo, exactamente igual
que est-ce que, c o n u n significado: «interrogación», y u n sig-
nificante perceptible: l a elevación de l a voz. Pero, én t a n t o
30 -
= ? Elementos de lingiitstica general
2 2 1 mentos
1 de limgúística
2 genera
que el significante de est-ce q u e se c o n f o r m a a l a segunda
a r t i c u l a c i ó n con su sucesión de tres fonemas / e s k / , y a la
p r i m e r a en e l sentido que aparece e n l a sucesión de mone.
mas, e l significante de l a c u r v a m e l ó d i c a n o hace nada de
esto. E n efecto, n o ocupa u n a p o s i c i ó n p a r t i c u l a r en l a ca.
dena hablada, sino que se superpone, p o r así decirlo, a las
unidades de las dos articulaciones y n o se puede analizar
en una sucesión de fonemas. A los hechos lingiiísticos que
n o se c o n f o r m a n a l a articulación en fonemas se les l l a m a
frecuentemente «suprasegmentales» y constituyen u n capí-
t u l o i n t i t u l a d o p r o s o d i a , d i s t i n t o de l a f o n e m á t i c a
en la que se t r a t a de unidades de l a segunda articulación. ?

1-16. Carácter no discreto de la entonación

Existe una oposición f u n d a m e n t a l entre l a diferencia me-


l ó d i c a que distingue l a a f i r m a c i ó n i l p l e n t de l a p r e g u n t a i l
pleut? y l a diferencia entre dos fonemas. L a fisiología de los
órganos de l a palabra produce n o r m a l m e n t e a l comienzo
de u n enunciado u n a elevación de l a voz q u e corresponde
a u n a tensión progresiva y, hacia el f i n del enunciado, u n
descenso de l a voz que corresponde a u n r e l a j a m i e n t o pro-
gresivo. Si n o se produce este descenso, el oyente tendrá l a
i m p r e s i ó n de que n o se h a t e r m i n a d o el enunciado, que re-
quiere, p o r ejemplo, u n complemento b a j o l a f o r m a de u n a
respuesta a una pregunta. E s t o es l o que se aprovecha p a r a
hacer de i l p l e u t ? el equivalente de est-ce q u i l p l e u t ? Pero.
no quiere decir que l a elevación de la voz al f i n de u n enun-
ciado tenga u n valor b i e n d e t e r m i n a d o que se opone a o t r o
valor bien determinado del descenso de l a voz. L a significación
exacta del enunciado v a r i a r á según el grado de a l t u r a o de
gravedad alcanzado, Una nota m u y b a j a i m p l i c a r á u n a a f i r m a -
La lingiitstica, el lenguajey la lengua 31
ción enérgica; l a aseveración se har4*menos categórica a.me-
d i d a . q u e l a caída m e l ó d i c a sea menos rápida. Al elevarse l a
curva, se p a s a r á insensiblemente a afirmaciones matizadas de
duda y p o r i n c r e m e n t o de l a duda, a preguntas cada vez más
dubitativas. N o se t r a t a en m o d o alguno de una elevación p o r
grados d e t e r m i n a d o s en l a que la elección de u n n i v e l lle-
varía a u n enunciado radicalmente diferente, sino de una
situación en l a que c u a l q u i e r modificación de la curva me-
lódica lleva consigo u n a modificación paralela y p r o p o r c i o n a l
del sentido del enunciado.

1-17. Las unidades discretas

Cuando se trata n o de dos direcciones diferentes de l a


c u r v a de entonación, sino de dos fonemas, l a situación es dis-
t i n t a . Las palabras p i n o / p i n o / y v i n o / b i n o / n o se distinguen
más que p o r el empleo en u n a de ellas d e / p / allí donde l a
o t r a tiene / b / . Se puede pasar insensiblemente de l a articula-
c i ó n característica de / b / a l a de / p / reduciendo progresiva-
m e n t e las vibraciones de las cuerdas vocales. Así, pues, fisio-
lógicamente encontramos aquí l a m i s m a : c o n t i n u i d a d s i n
i n t e r r u p c i ó n alguna que hemos establecido p a r a l a elevación
de l a voz. Pero m i e n t r a s que todo cambio en l a elevación de
l a v o z lleva consigo u n a modificación quizá mínima, p e r o r e a l
del mensaje, nada parecido se p r o d u c e en el caso de las vi-
braciones que caracterizan a / b / con relación a / p / . E n t a n t o
que ellas permanecen perceptibles, la palabra p r o n u n c i a d a sera
entendida como «vino». Pero se llega a alcanzar u n u m b r a l ,
que puede v a r i a r con el contexto y l a situación, en el q u e e l
oyente entiende «pino», €s decir, que l a i n i c i a l n o es ya i n -
terpretada como / b / , sino como / p / . E l sentido del mensaje,
p o r tanto, cambiará enteramente. Si el que habla a r t i c u l a
32 Elementos de lingiitsticageneral
mal, O si h a y r u i d o y l a s i t u a c i ó n no f a c i l i t a m i funció
oir, p o d r í a v a c i l a r en i n t e r p r e t a r l o queo i g o , como os de
buen vino, o b i e n es u n buen pino. Pera necesariamente a
bería elegir entre u n a u o t r a interpretación. La noción de
u n mensaje i n t e r m e d i o no tiene sentido. Del mismo modo
que no se puede c o n c e b i r nada q u e sea u n poco menos «vino»
y u n poco más «pino», n o se p o d r í a h a l l a r una realidad lin.
gilística que n o f u e r a del t o d o / b / o fuera casi / p / . Todo
segmento de u n enunciado que sea reconocido como español
ha de ser necesariamente i d e n t i f i c a b l e bien como / b / , bien
como / p / , b i e n como u n o de los 22 fonemas restantes de la
lengua. Se resume t o d o esto diciendo que los fonemas son
unidades d i s c r e t a s . E s t e c a r á c t e r discreto de los fone?
mas estaba n a t u r a l m e n t e i m p l í c i t o en l a indicación dada
más arriba de que l o s fonemas están en n ú m e r o fijo en cada
lengua, Nuestra grafía alfabética, que es en su origen un.
calco de la a r t i c u l a c i ó n fonemática, h a conservado bien el
carácter discreto. E n u n texto m a n u s c r i t o se puede vacilar:
al i n t e r p r e t a r algún r a s g o b i e n como u, b i e n como %, pero
se sabe que necesariamente se t r a t a de u O de n. La lectura
implica la identificación: de cada l e t r a como una unidad entre
un número determinado de unidades, p a r a cada una de las
cuales el cajista de i m p r e n t a tiene una caja distinta, perod e
ningún modo i m p l i c a la i n t e r p r e t a c i ó n subjetiva del detalle de
la forma de cada l e t r a i n d i v i d u a l . U n texto bien impreso es
aquel en que las diferencias entre las a individuales sucest
vas son tan minimas que no alteran en nada l a identificación
de todas esas a como l a m i s m a u n i d a d gráfica. Sucede l o
mismo con los enunciados y los fonemas. E l enunciado

o m á s claro cuanto más identificables sean 8

unida as de u n m i s m o f o n e m a c m no antes so-


bre| nica, Esto enlaza con l o ques e h a dicho de sal...
a solidaridad que une la /s/ de silla con la /s/
La lingiiística, el lenguaje y l a lengua 33

Se trata, en efecto, de la m i s m a u n i d a d , como lo señala la


t r a n s c r i p c i ó n idéntica, u n i d a d que los hablantes tienen in-
terés en r e a l i z a r del m i s m o modo, si desean f a c i l i t a r l a com-
prensión de l o q u e dicen.
Las u n i d a d e s discretas son, pues, aquellas cuyo v a l o r lin-
giiístico n o r e s u l t a afectado en nada p o r variaciones de
detalle d e t e r m i n a d a s p o r el contexto o p o r circunstancias
?diversas. S o n indispensables p a r a el funcionamiento de todas
las l e n g u a s . L o s fonemas son unidades discretas. No son
unidades discretas rasgos prosódicos como los hechos de
e n t o n a c i ó n i n d i c a d o s m á s a r r i b a . E n c a m b i o , o t r o s hechos
prosódicos, caracterizados como tales p o r q u e no se i n t e -
g r a n e n l a s e g m e n t a c i ó n f o n e m á t i c a , son d i s c r e t o s c o m o los
f o n e m a s . Se t r a t a de l o s t o n o s , q u e se e n c u e n t r a n en u n
n ú m e r o d e t e r m i n a d o e n c a d a l e n g u a . N o e x i s t e n e n español
n i e n l a m a y o r p a r t e de las l e n g u a s e u r o p e a s ; h a y dos e n
s u e c o , c u a t r o e n c h i n o d e l n o r t e , seis en v i e t n a m i t a .

1-18. Lengua y habla, código y mensaje

Cuando se dice que una lengua tiene 24 fonemas, se quiere


decir que, en cada m o m e n t o de su enunciado, el que habla
debe elegir entre 24 unidades de la segunda articulación
para p r o d u c i r el significante que corresponda al mensaje
que q u i e r e t r a n s m i t i r : / b / y n o / p / o / t / o cualquiera o t r o
fonema español en l a i n i c i a l de vino si quiero decir es u n
buen vino. Pero cuando se dice que u n enunciado contiene
24 fonemas, se quiere decir que presenta 24 partes sucesivas,
cada u n a de las cuales es identificable como u n fonema de-
t e r m i n a d o s i n q u e esto i m p l i q u e que las 24 unidades suce-.
?sivas sean todas unidades diferentes: el enunciado es una
buena niña c o n t i e n e 13 fonemas en el sentido de que presenta

E, DE LINGUÍSTICA.?3
34 0 ? ' '
E l e m e n t o s d é l i n g i i i s t i c g general

13 partes sucesivas, identificables cada u n a de ellas como un


fonema determinado. S i n efnbargo, utiliza tres veces el fo-
nema / n / y el f o n e m a / a / , dos veces el fonema / b / y no
utiliza mas que siete fonemas diferentes. Lo que aqui se
dice para los fonemas vale igualmente p a r a unidades lin-
gúísticas más complejas, con la diferencia de que no se
puede decir cuántos monemas o cuántas palabras tiene una
lengua. E n el mozo lleva el vaso hay cinco monemas suce-
sivos, pero solamente cuatro monemas diferentes.
Es indispensable d i s t i n g u i r cuidadosamente entre, por
una parte, los hechos lingiiísticos de todas clases, tales cua:
les aparecen en los enunciados y, p o r o t r a parte, los hechos
lingúísticos en t a n t o que pertenecen a u n repertorio del que
dispone l a persona que i n t e n t a comunicar. N o corresponde
a l lingúiista, como tal lingiiista, p r e c i s a r dónde se hallan dis
ponibles en el hablante estos hechos lingiiísticos, n i tampoco
p o r qué p r o c e d i m i e n t o este hablante ha sido llevado a hacer
u n a elección c o n f o r m e a sus necesidades comunicativas. Pero
le es i m p r e s c i n d i b l e suponer la existencia de una organiza-
ción psico-fisiológica que durante el aprendizaje de la lengua
p o r el niño, o más tarde si se t r a t a de una segunda lengua,
está acondicionada p a r a p e r m i t i r el análisis, según las nor-
mas de esta lengua, de la experiencia que se va a comunk-
car y para o f r e c e r en cada p u n t o del enunciado las eleccio-
nes necesarias. Este acondicionamiento es l o que se Hama
propiamente lengua. E s t a lengua, en efecto, n o m a n i f i e s t a
su existencia más que p o r el discurso o, si se prefiere, POr
actos del habla. Pero el discurso, los actos del habla, no son
l a lengua. L a oposición, q u e es tradicional, entre A
y h a b l a , puede expresarse t a m b i é n en términos de c ó ite
g 0 y m e n s a j e . E l cédigo es l a organizacién que p e r m
cada
l a redacción del mensaje y c o n el que se confronta ]
fee :
elemento de u n mensaje p a r a obtener el sentido.
L a lingúística, el lenguaje y la l e n g u a 35

E s t a d i s t i n c i ó n , m u y ú t i l , entre lengua y habla, puede


llevar a creer que el habla posee una organización indepen-
diente de l a organización de la lengua de m a n e r a que se
podría, p o r ejemplo, considerar l a existencia de u n a lingiiís-
tica del habla f r e n t e a l a l i n g i i i s t i c a de la lengua. Ahora bien,
es necesario convencerse de que el habla no hace más que
c o n c r e t a r l a organización de la lengua. Sólo p o r el examen
del habla y d e l c o m p o r t a m i e n t o que determina en los oyen-
tes podemos alcanzar u n conocimiento de l a lengua. Para
conseguirlo será necesario que hagamos abstracción de l o que
en el h a b l a es no-lingiiístico, como el t i m b r e de voz p r o p i o
de u n i n d i v i d u o , es decir, que no f o r m a p a r t e de los hábitos
colectivos a d q u i r i d o s d u r a n t e el aprendizaje de l a lengua.

1-19. Cada u n i d a d supone una elección ~

E n t r e los hechos lingilísticos hay algunos que se mani-


f i e s t a n p o r s i m p l e examen de u n enunciado y otros que n o
se idéntifican más que p o r la comparación de enunciados di-
ferentes. Unos y otros son hechos de lengua. Sea u n enun-
ciado como es u n buen v i n o ; si suponemos ya realizado el
análisis en monemas y en fonemas, este enunciado nos in-
f o r m a sobre ciertos rasgos no despreciables de la e s t r u c t u r a
de la lengua: buen puede aparecer después de u n y antes
de vino; en v i n o / b i n o / el fonema / o / puede aparecer a l
final del enunciado y el fonema / b / en inicial de u n mo-
nema, etc. Todas estas posibilidades f o r m a n parte de las
reglas c o n arreglo a las cuales se analiza en español la
experiencia h u m a n a y pertenecen a l a lengua. Para el lin-
gilista, estos rasgos t i e n e n sobre otros l a ventaja de que se
m a n i f i e s t a n a l s i m p l e examen de l a r e p a r t i c i ó n respectiva
de las unidades en u n enunciado. N o obstante, si estamos en
36 Elementos de lingiitstiog general
condiciones de decir algo sobre las Posibilidades Combina.
torias de buen, es que este segmento del enunciado h
sido reconocido c o m o u n a u n i d a d p a r t i c u l a r distinta de a
y de vino. Para l l e g a r a ese resultado ha sido necesario
establecer que buen en este contexto correspondía a una
e l e c c i ó n específica e n t r e u n cierto número de adjetivos
posibles. L a c o m p a r a c i ó n de o t r o s enunciados españoles ha
m o s t r a d o que en los contextos en que figura buen aparece
también excelente, mal, etc. Esto indica que el hablante, más
o menos conscientemente, h a descartado todos los competi-!
dores que h u b i e r a n p o d i d o f i g u r a r entre un y vino, pero que
n o resultaban convenientes en este caso. Decir que un oyente
entiende el español i m p l i c a que identifica p o r experiencia
las elecciones sucesivas que ha debido hacer el hablante, que
reconoce buen c o m o u n a elección d i s t i n t a de la de un y de
la de vino, y que no queda excluido que la elección de buen
en l u g a r de m a l i n f l u y a en su actitud. E ?

Sucede l o m i s m o en lo que concierne a los fonemas. Lo


que podemos decir sobre las posibilidades combinatorias de
/ b / en / b i n o / ( v i n o ) es que / b / ha sido reconocida como
u n a u n i d a d d i s t i n t i v a p a r t i c u l a r , notablemente diferente de
l a / i / que le sigue en / b i n o / . Se ha establecido también que
/ b / corresponde a u n a elección específica en l a que el ha-
blante h a descartado, sin duda inconscientemente, / t / que hu-
biera dado / t i n o / , / s / que h u b i e r a dado / s i n o / , A f que hu:
biera dado / l i n o / o / d / que h u b i e r a dado el pronunciable

pero inexistente / d i n o / . .
Es cosa clara que todas las elecciones que h a c e el ho
blante en cada p u n t o de su discurso no son elecciones a
tuitas. Evidentemente, l a naturaleza de l a experiencia a
. ; limo-
va a comunicar le lleva a preferir buen a mal, vino 2
elegir en
nada. Porque el sentido reclama vino tiene que
so... . ciones
inicial / b / en lugar de / t / , / s / o /1/. Pero ¿existen elec
La lingúística, el lenguaje y la lengua 37

que no estén determinadas? No hay que pensar que la elec-


ción de monemas sea más «libre» que la de fonemas.

1-20. Contrastes y oposiciones

Se ve q u e las unidades lingilísticas, ya sean signos o fo-


nemas, se h a l l a n e n t r e sí en dos t i p o s distintos de relaciones.
Están, p o r ú n a p a r t e , las relaciones en el enunciado que se
llaman s i n t a g m á t i c a s y son observables directamente.
Son, p o r e j e m p l o , las relaciones de buen con sus vecinos
u n y v i n o y las de / n / c o n / o / que sigue y con / i / que pre-
cede en vino. I n t e r e s a r e s e r v a r el t é r m i n o c o n t r a s t e s
para designar estas relaciones. Por o t r a parte, se hallan
las r e l a c i o n e s que se conciben entre unidades que pueden
f i g u r a r en u n m i s m o contexto y que, en ese contexto p o r
lo menos, se excluyen m u t u a m e n t e . Estas relaciones se
l l a m a n p a r a d i g m á t i c a s ys e les da el n o m b r e de o p o -
s i c i o n e s ; buen, excelente, mal, que pueden f i g u r a r en los
m i s m o s contextos, están en relación de oposición; sucede
l o m i s m o con los a d j e t i v o s que expresan colores que pueden
aparecer todos e n t r e el l i b r o . . . y ...ha desaparecido, H a y
o p o s i c i ó n e n t r e / b / , / s / , / 1 / que pueden aparecer en l a ini-
c i a l antes de / - i n o / .
Capítulo 2

LA DESCRIPCIÓN DE LAS LENGUAS

2-1, ¿Cómo funciona una lengua determinada?

E l lenguaje, o b j e t o de la lingiiística, no existe más que


b a j o l a f o r m a de lenguas diversas. El p r i m e r cuidado del
l i n g i l i s t a será, pues, estudiar esas lenguas que se nos presen
tan ante todo como i n s t r u m e n t o s de comunicación. Conven-
drá, pues, p o r de p r o n t o observarlas y describirlas en su fun-
cionamiento. Se trata: de precisar de qué manera cada una
des signifi-
de ellas analiza l a experiencia humana en unida
lla-
cativas y cómo u t i l i z a las posibilidades ofrecidas por los
m a d o s ó r g a n o s de l a p a l a b r a .

2-2. Sincronía y diacronía

precon-
A todo el que llega hoy a la lingúi
ingiñística sin ideas ence el
cebidas, posiblemente le parezca n o r m a l que Se com in-
estudio de u n mecanismo en su f u n c i o n a m i e n t o antes d e
vestigar cómo y p o r qué este m e c a n i s m o sé modifica * el
transcurso del t i e m p o . Es u n hecho, sin embargo, que
La descripción de las lenguas 39

estudio científico, n o e l descriptivo, de las lenguas se h a l i -


m i t a d o p r á c t i c a m e n t e , d u r a n t e cerca de u n siglo, a los pro-
b l e m a s de evolución. Más adelante volveremos a estos pro-
blemas. Aquí, nos l i m i t a r e m o s a r e c o r d a r que las lenguas
se m o d i f i c a n s i n que, a pesar de ello, cesen n u n c a de fun-
c i o n a r y q u e existe l a p r o b a b i l i d a d de que la lengua cuyo
f u n c i o n a m i e n t o se t r a t a de describir esté en curso de m odi-
ficación. P o r l o demás, u n m o m e n t o de reflexión nos sirve
p a r a convencernos d e que éste es e l caso p a r a todas las
lenguas e n todo m o m e n t o . E n estas condiciones surge l a
p r e g u n t a de si es p o s i b l e disociar el estudio del funciona-
m i e n t o del de l a evolución. Pero l a existencia de modifica-
ciones apenas se m a n i f i e s t a e n u n examen más que p o r la
c o m p a r a c i ó n de las reacciones de diferentes generaciones en
contacto. Reunidos p o r azar 66 parisienses nacidos antes de
1920, todos tienen dos vocales distintas en patte y páte; en-
tre algunas centenas de mujeres parisienses nacidas después
de 1940, más del 60 p o r 100 tienen en estas dos palabras
una m i s m a vocal / a / . Se podría prescindir de toda evolu-
ción l i m i t a n d o l a observación al uso de una generación de-
terminada. Pero, en u n a descripción, nada i m p i d e conside-
r a r el c o m p o r t a m i e n t o lingúístico de dos generaciones en
contacto. Yo sé, p o r haberlo comprobado muchas veces, que
esas diferencias no i m p i d e n el funcionamiento del francés
a satisfacción de todos, entre adultos de más de cuarenta
años y jóvenes de menos de veinte. Incluso si me l i m i t a r a
al uso de los más jóvenes habría de tener en cuenta l a
m i n o r í a que conserva la distinción tradicional para d a r así
una presentación de los hechos que no excluyera el uso de
los adultos. En efecto, conviene que la descripción sea estric-
tamente s i n c r ó n i c a , es decir, fundada exclusivamente
sobre observaciones hechas durante u n período de tiempo
suficientemente corto para ser consideradas en la práctica
40 E l e m e n t o s d e l i n g i i í s t i c a general

como u n p u n t o en el eje del t i e m p o . Todo estudio que abar.


que la comparación de usos diferentes de una misma lengua
con e l p r o p ó s i t o de sacar consecuencias respecto a un sen.
t i d o de evolución se l l a m a d i a c r ó n i c o . Los hechos indi-
cados más a r r i b a sobre l a vocal de patte y la de páte pueden
ser o b j e t o b i e n de u n a f o r m u l a c i ó n sincrónica: la oposición
/ a / - / á ] n o es general en e l uso contemporáneo, bien deu n a
f o r m u l a c i ó n d i a c r ó n i c a : l a oposición / a / - / 4 / tiende a des-
aparecer en e l uso parisiense,

2-3. Variedades de uso

Se sabe que las lenguas no son necesariamente idénticas


en todo el territorio en que se hablan, Las diferencias pue-
den llegar hasta hacer aleatorias las tentativas de comunica»
ción. En este caso se dirá que la lengua tiene varios dialec-
tos y la descripción deberá especificar de qué dialecto se
trata. Pero pueden existir divergencias menos profundas que
no afectan a la comprensión mutua, por ejemplo, entre el
francés de Toulouse y el de París. Los franceses del Sur, en
su mayor parte, no distinguen entre piqué y piquait. También
aqui el lingiiista que describe el francés contemporaneo
tendrá posibilidad de elegir. Podrá excluir los usos meridio-
nales de su descripción o establecerá que la distinción entre
/-é/ y /-%/ no es general. Ninguna comunidad relativamente
amplia es homogénea lingiiísticamente. Pero, una vez dele
mitado el campo con arreglo a su conveniencia, el descriptor
: 4 . 2 var
deberá presentar las diferencias q u e c o m p r u e b e como

riantes de un mismo uso -y no como dos usos distintos.

2-4, E l «Corpus»
s lenguas
La descripción sincrónica no está limitada a Ja
da le i m
contemporáneas que se pueden oir y registrar. Na
La descripción de las lenguas 41

p i d e a l l i n g i i i s t a i n t e n t a r u n a d e s c r i p c i ó n del l a t í n de Cice-
r ó n o d e l a n t i g u o inglés d e l r e y A l f r e d o . E n este caso su
tarea será más c o m p l e j a p o r q u e l e será preciso reconocer
u n sistema d e fonemas a través de u n a grafía que los r e f l e j a
i m p e r f e c t a m e n t e . P o r el contrario, p o d r á f a c i l i t a r su t r a b a j o
el hecho de que las obras conservadas de Cicerón o del r e y
A l f r e d o f o r m a n u n c o n j u n t o b i e n d e l i m i t a d o que se somete
con f a c i l i d a d a t r a t a m i e n t o s estadísticos, l o que p e r m i t e sa-
car conclusiones precisas. S i n duda, las obras literarias de
u n período d e t e r m i n a d o necesariamente dan una idea in-
c o m p l e t a de l a lengua atestiguada de este modo. Pero, si
r e s u l t a i m p o s i b l e o t r o acceso a esta lengua, estos documen-
tos se pueden considerar sin escrúpulo como plenamente
representativos. Estas condiciones de trabajo ofrecen tales
ventajas que se h a i n t e n t a d o reproducirlas, cuando se t r a t a
de u n estado de lengua contemporáneo, constituyendo u n
c o r p u s , es decir, u n a colección de enunciados registrados
en c i n t a m a g n e t o f ó n i c a o tomados al dictado. U n a vez cons-
t i t u i d a esta colección considerada como intangible, n o recibe
ya adiciones y l a lengua se describe en f u n c i ó n de l o que en
ella se encuentra. L a objeción teórica que se puede hacer a
este m é t o d o del «corpus» es que dos investigadores que tra-
b a j e n en u n a m i s m a lengua, p e r o con «corpus» diferentes,
pueden l l e g a r a descripciones diferentes de la m i s m a lengua,
L a o b j e c i ó n p r á c t i c a es que en c u a l q u i e r m o m e n t o e l des-
c r i p t o r puede s e n t i r l a necesidad de c o m p l e t a r su i n f o r m a -
ción y c o m p r o b a r l a y que, si se niega a satisfacer esta ne-
cesidad cuando l a experimenta, descarta voluntariamente
ciertos aspectos de l a r e a l i d a d n o ciertamente p o r q u e n o
sean pertinentes, sino p o r q u e l e h a b í a n pasado inadvertidos
al principio.
42 Elementos de lingiiistica general

2-5. La pertinencia

Toda descripción supone u n a selección. U n objeto, por


m u y s i m p l e que parezca en u n a p r i m e r a consideración, pue-
de manifestarse de u n a i n f i n i t a complejidad. Ahora bien,
u n a descripción es necesariamente finita, lo que quiere decir
que sólo se p o d r á n obtener ciertos rasgos del objeto que se
va a definir. Los rasgos que revelan dos personas diferentes
tienen todas las probabilidades de n o ser los mismos. Frente
al m i s m o árbol, u n observador advertirá l a majestad de su
aspecto y el carácter i m p o n e n t e de su follaje, a otro le
l l a m a r á n l a atención las grietas del tronco y el tornasolado
de sus hojas, o t r o se entretendrá en detalles numéricos y
o t r o i n d i c a r á la f o r m a característica de cada órgano. Todas
las descripciones serán aceptables a condición de que sean
coherentes, que estén hechas desde u n p u n t o d e v i s t a
d e t e r m i n a d o . U n a vez adoptado este punto de vista,
h a y que retener ciertos rasgos llamados p e r t i n e n t e s ;
los otros, que no son pertinentes, deben ser debidamente
descartados. Es evidente que, desde el punto de vista del
que sierra el á r b o l en trozos, no son pertinentes el color o
la f o r m a de las hojas, así como tampoco es pertinente para
el p i n t o r el p o d e r calorífico de la madera. Cada cienciap r e -
supone l a elección de u n p u n t o de vista particular; en arit-
mética sólo los números son pertinentes; en geometría, las
figuras; en calorimetría, las temperaturas. Nada distinto
acontece en m a t e r i a de descripción lingúística. Tomemos cual-
q u i e r fracción de u n a cadena hablada. Es posible conside-
r a r l a como u n fenómeno físico, una serie dev i b r a c i o n e s que
el especialista en acústica registrará gracias a Sus i n s t r u -
mentos y que describirá en características de frecuencia Y
de a m p l i t u d . U n fisiólogo p o d r á e x a m i n a r cómo se produ-
L a descripción de las lenguas 43

cen; describirá qué órganos entran en acción y de qué modo.


Al hacer esto, uno y o t r o c o n t r i b u i r á n probablemente a fa-
c i l i t a r la tarea del descriptor, p e r o en n i n g ú n m o m e n t o
h a b r á n i n i c i a d o el t r a b a j o del lingilista.

2-6. Elección y función

Este trabajo no c o m i e n z a m á s q u e e n el m o m e n t o en
q u e e n t r e t o d o s l o s h e c h o s f í s i c o s o f i s i o l ó g i c o s se hace l a ;
separación de los que c o n t r i b u y e n d i r e c t a m e n t e al estable-
c i m i e n t o de l a c o m u n i c a c i ó n y los q u e n o c o n t r i b u y e n . L o s
elementos que se c o n s e r v a n son a q u e l l o s que, en e l con-
t e x t o d o n d e se h a l l a n , h u b i e r a n p o d i d o n o f i g u r a r , a q u e l l o s
que el h a b l a n t e ha empleado allí i n t e n c i o n a l m e n t e
y a n t e l o s q u e r e a c c i o n a e l o y e n t e p o r q u e r e c o n o c e e n ellos
u n a i n t e n c i ó n c o m u n i c a t i v a d e s u i n t e r l o c u t o r . E n o t r a s pa-
labras, sólo los elementos portadores de i n f o r m a c i ó n s o n
p e r t i n e n t e s e n l i n g i l í s t i c a . S i en el e n u n c i a d o ¡ t o m a el l i b r o !
e l l i n g i i i s t a d i s t i n g u e t r e s u n i d a d e s de l a p r i m e r a a r t i c u l a -
c i ó n es p o r q u e en él establece tres elecciones: toma
e n l u g a r d e da, d e j a , p o n , etc.; el en l u g a r de un, y l i b r o en
l u g a r d e c u a d e r n o , c o r t a p l u m a s o v a s o ; si e n m a l se d i s t i n -
g u e n t r e s f o n e m a s es p o r q u e se p e r c i b e n t r e s e l e c c i o n e s su-
cesivas: /m/ por /k/ (que daría cal), / b / (que daría val),
/ s / ( q u e d a r í a s a l ) , / t / ( q u e d a r i a t a l ) , / a / e n l u g a r de / i /
( q u e d a r í a m i l ) y / 1 / e n l u g a r de / s / ( q u e d a r í a m á s ) . E n
l a t e r c e r a elección de m i l p o d r í a tomarse cero ( q u e daría m i ) .
L a p a l a b r a e s p a ñ o l a m u c h o , q u e f í s i c a m e n t e se a n a l i z a
d e m o d o c o r r e c t o c o m o [ m u t 3 o ] , o c o m o . [ o s t u m ] s i se re--
p r o d u c e en e l o r d e n i n v e r s o , d e b e s e r a n a l i z a d a n o en c i n c o ,
s i n o e n c u a t r o f o n e m a s sucesivos, p o r q u e e n e s p a f i o l e l so-
mido [$] necesariamente lleva consigo una [t] precedente,
de tal manera que [ t 3 ] r e p r e s e n t a 1 n a e l e c c i ó n y n o dos
e l e c c i o n e s sucesivas.
44 E l e m e n t o s de l i n g i í s t i c a general

Lingiiísticamente son s ó l o pertinentes los e l e m e n t o s de


l a cadena h a b l a d a c u y a p r e s e n c i a n o es r e q u e r i d a a u t o m á t i .
camente p o r el c o n t e x t o e n q u e a p a r e c e n y q u e p o r ello
t i e n e n u n a f u n c i ó n de i n f o r m a c i ó n . Se c o n s i d e r a l i n g ú í s t i c o
u n elemento del enunciado en razón de su f u n c i ó n y,
c o m o v e r e m o s después, s e g ú n l a n a t u r a l e z a de esa función,
se le c l a s i f i c a r á e n t r e los o t r o s e l e m e n t o s t e n i d o s en cuenta.
S e r í a u n e r r o r c r e e r q u e e l l i n g ú i s t a n o se i n t e r e s a p o r la
r e a l i d a d f í s i c a de los s o n i d o s . L o q u e n o l e i n t e r e s a es lo
q u e n o r m a l m e n t e escapa a l d o m i n i o d e l h a b l a n t e , c o m o el
timbre particular de s u voz o los entrecruzamientos que
p r o v i e n e n d e l a i n e r c i a de l o s ó r g a n o s q u e n o se adaptan
r á p i d a m e n t e a las sucesivas n e c e s i d a d e s d i s t i n t i v a s ; en fran-
c é s l o n g u e m e n t / l ó g m á / , las r e s o n a n c i a s nasales pertinentes
de / 6 / se u n e n a las t a m b i é n p e r t i n e n t e s de / m / , nasali-
z a n d o d e p a s o el s e g m e n t o / g / , q u e p o r e l l o n o d e j a de ser
el fonema / g / .

2-7. ¿ E l i m i n a r el sentido?

Algunos lingiiistas se han propuesto como ideal el esta-


blecimiento de un método de descripción en el que no I r
terviniera el sentido de las unidades significativas. Esto do-
taría de mayor rigor a la lingiíística al eliminar un campo
en el que la experiencia demuestra que no es fácil ordenar
los hechos. Un poco de ingenio permite, ciertamente, i r bas-
tante lejos ene s t e sentido. Supongamos que el francés a
fuera conocido más que p o r un amplio corpus recogido en
cintas sonoras y cuyo análisis en fonemas suponemos yá
realizado, E l descriptor habrá localizado pronto ciertos s e
mentos que se encuentran en contextos diferentes, p o r ejer?
Plo, / k a j e / (cahier) en los contextos / ¿ k a j e v e r / (un cahier
v e r t ) y / l e k a j e z ó n / (les cahiers j a u n e s ) . U n a vez q u e c o n
estas bases se h a r e a l i z a d o u n análisis del t e x t o e n m o n e m a s :
sucesivos, se c l a s i f i c a r í a n c o n j u n t a m e n t e l o s q u e aparecen
en los m i s m o s contextos. Se t e n d r á entonces, p o r e j e m p l o ,
l a clase d e m o n e m a s q u e v a n seguidos f r e c u e n t e m e n t e de
Je/, I r é ] , [ r a ] , / x 5 / , etc. (es decir, -ais, - a i t , - a i e n t , «rai, -ras,
-rons, - r o n t , etc.), tales c o m o . / d d n / (donn-, ?donne-), / k u r /
( c o u r - ) , / r e v e j / ( r é v e i l l e - ) , etc. D e este m o d o se h a b r i a ais-
lado l o q u e c o n s i d e r a m o s c o m o r a d i c a l e s verbales d e l f r a n -
cés, y c o n s i d e r a c i o n e s estadisticas p e r m i t i r i a n p r o b a b l e m e n -
te a t r i b u i r l e s l a f u n c i ó n p r e d i c a t i v á q u e n o s es e n ellos co-
nocida. Se l l e g a r í a así a u n análisis i n t e g r a l de l a lengua
que p e r m i t i r í a establecer u n a g r a m á t i c a e i n c l u s o u n l é x i c o
al que n o f a l t a r í a n m á s q u e las definiciones de .nuestros'
diccionarios. D e hecho, a n i n g ú n l i n g i l i s t a parece habérsele
o c u r r i d o a n a l i z a r y d e s c r i b i r u n a lengua de l a que n o com-
prende nada. Según toda v e r o s i m i l i t u d , u n a empresa seme-
jante, p a r a ser l l e v a d a a t é r m i n o , e x i g i r í a t a l e m p l e o de
tiempo y energía q u e hace r e t r o c e d e r a aquellos m i s m o s
que v e n en este m é t o d o e l ú n i c o t e ó r i c a m e n t e aceptable,
Cuando se sabe q u e / k a j e / e n le g r a n d c a h i e r designa u n
o b j e t o d e t e r m i n a d o y que / k a j e / en l e l a i t caillé i n d i c a u n
estado p a r t i c u l a r de c i e r t o s l í q u i d o s , entonces n o se p i e r d e
t i e m p o en i n v e s t i g a r si / l e / l a i t es o n o es a q u í u n a u n i d a d
q u e pertenece a l a m i s m a clase que / g r á / ( g r a n d ) , es decir,
u n a d j e t i v o , l o q u e p e r m i t i r í a i d e n t i f i c a r / k a j e / en l o s d o s
contextos. N o se puede r e c o m e n d a r u n m é t o d o q u e prescin-
d a t o t a l m e n t e d e l sentido de las unidades significativas, p e r o
es hecesario, s i n e m b a r g o , precaverse de los p e l i g r o s que

existen cuando se p e n e t r a s i n Precauciones en e l d o m i n i o


.

semántico. os
46 o

? Elementos de lingiitstica general

2-8. L a forma, garantía del carácter lingilístico

Estos peligros, cuando se opera con «la propia lengua»,


son los que lleva consigo la utilización de la introspección.
Puesto que hablo español y l a p a l a b r a casa es una palabra
española, n o tengo más que buscar en m í mismo lo que
representa la palabra casa, y de este m o d o determinaré el
sentido de esta palabra. Desgraciadamente, cuando intento
ver l o que evoca p a r a mí, aparece una imagen más o menos
compuesta que, p o r algunos de sus rasgos, estoy seguro de
que no es l a que la palabra evoca en o t r a persona. Es, pues,
claro que esta imagen, que p o r o t r a p a r t e varía en m í a
cada momento, n o p o d r í a ser considerada como el «sentido»
de l a p a l a b r a c o m ú n a todos l o s individuos de lengua es-
pañola. Todo lo que sé del sentido de casa es que en mí está
asociado u n determinado t i p o de experiencia al significante
/ k a s a / o a su sustituto gráfico y que esta misma asociación
existe en las demás personas «de lengua española. Su com-
p o r t a m i e n t o me ofrece l a p r u e b a de ello, incluso su c o m
p o r t a m i e n t o lingiifstico p o r el que l a palabra casa figura
exactamente en los contextos en que yo m i s m o l a colocaría.
Es necesario tener en cuenta que la vista de u n a casa no
desencadena automáticamente el proceso lingitístico que l e
está asociado y que paralelamente el empleo de la palabra
casa no lleva consigo necesariamente l a evocación de una
experiencia vivida. I n c l u s o es p r o b a b l e que en l a mayor
parte de los casos n o acontezca nada semejante y que i e
enunciado no sea acompafiado, en general, de una serie 0
evocaciones o de estados de conciencia correspondientes a
cada una de las unidades sucesivas. E s t o n o sería Cas! com
patible con la rapidez del discurso. Pero n o corresponde a
lingitista pronunciarse en esta materia, Se contentará, PO!
La descripción de las lenguas -
o 47

s u p a r t e , c o n d e c i r q u e n a d a q u e n o sea c o m ú n a v a r i o s in-
d i v i d u o s p u e d e s e r r e c o n o c i d o c o m o p a r t e c o n s t i t u y e n t e de
l a l e n g u a . E s t o s i r v e p a r a el s e n t i d o c o m o p a r a c u a l q u i e r
o t r a cosa, y e x c l u y e l a i n t r o s p e c c i ó n c o m o m é t o d o de ob-
servación, y a q u e j a m á s p u e d e a l c a n z a r m á s q u e a u n a sola
p e r s o n a , l a q u e , p o r o t r a p a r t e , a l s e r a l m i s m o t i e m p o ob-
s e r v a d o r y o b j e t o o b s e r v a d o , se e n c u e n t r a en las m á s desfa-
vorables condiciones p a r a llevar a cabo u n a investigación im-
parcial. L o q u e es a l a vez c o m ú n a v a r i o s i n d i v i d u o s y
directamente observable son sus reacciones, lingitísticas y
n o l i n g i i i s t i c a s , a n t e l o s m e n s a j e s f ó n i c o s q u e establecen la
comunicación. No e x i s t i r á , pues, ningún «sentido» en l i n -
g i i i s t i c a q u e n o esté i m p l i c a d o f o r m a l m e n t e en e l m e n s a j e
fónico; a cada d i f e r e n c i a de sentido corres-
ponde n e c e s a r i a m e n t e una d i f e r e n c i a de
f o r m a en algún punto del mensaje. Se p o d r í a objetar
c o n l o s casos d e h o m o n i m i a . P e r o u n s e g m e n t o c o m o p e r r a
/pefa/ no tiene propiamente ningún sentido si n o es e n
contextos f o r m a l m e n t e diferentes (la perra h a ladrado, no
pueden c o m p r a r l o porque no tienen una p e r r a ) q u e esta-
blecen s u v a l o r b i e n c o m o u n a n i m a l , b i e n c o m o u n a m o n e d a .
Esto tiene consecuencias i m p o r t a n t e s que j a m á s se de-
berán p e r d e r de vista. P o r una parte, u n elemento lingúístico
no tiene realmente sentido más que en u n contexto y una
s i t u a c i ó n dados. U n m o n e m a o u n signo más c o m p l e j o no
l l e v a e n s í m á s q u e v i r t u a l i d a d e s s e m á n t i c a s , de las q u e al-
gunas s ó l o se r e a l i z a n e f e c t i v a m e n t e en u n a c t o d e t e r m i n a d o
d e l h a b l a . V o l v i e n d o a t o m a r e l e j e m p l o de casa, en l o s actos
d e l h a b l a l a s e ñ o r a n o está en casa, r e p r e s e n t a u n a casa co-
m e r c i a l , l u c h ó c o n t r a l a Casa de A u s t r i a , el c o n t e x t o h a c e
a p a r e c e r e n cada caso c i e r t a s v i r t u a l i d a d e s y relega las o t r a s
a la sombra. Por otra parte, ninguna unidad gramatical
o l e x i c a l p u e d e ser a t r i b u i d a a u n a l e n g u a si n o c o r r e s p o n d e
48 o E l e m e n t o s d e l i n g i i í s t i c a general

e n ella a diferencias fónicas q u e l a caracterizan y la oponen


a las categorías del m i s m o t i p o . N o se puede, p o r ejemplo,
h a b l a r de s u b j u n t i v o en u n a lengua en l a que no se disponga
de f o r m a s de s u b j u n t i v o d i s t i n t a s de las formas del indica-
tivo, como yo sepa es d i s t i n t o de yo sé.

2-9. Peligros de l a t r a d u c c i ó n

Cuando se trabaja con una lengua que se conoce imper-


fectamente no se adquiere conciencia del sentido de las uni
dades significativas más que traduciéndolas en la «propia len-
gua». E n este caso, el peligro consiste en que se puede estar
tentado de interpretar l a lengua descrita en función de
aquella a la que se traduce. Si para una forma de la otra
lengua tengo en español «yo sé» en un caso, «yo sepa» en
otro caso, puedo sentirme arrastrado, tal vez, a hablar en
el primer caso de indicativo; en el segundo de subjuntivo,
es decir, atribuyo a la lengua extranjera rasgos de la lengua
que utilizo para describirla. Sin embargo, si esa lengua res
ponde siempre p o r formas idénticas a los indicativos y a los
subjuntivos del español, estaría tan fuera de lugara t r i b u i r l e
un subjuntivo como si un alemán insistiera endistinguir en
español entre un nominativo el jardín y unacusativo -2 p l
dín con el pretexto de que en un caso en su lengua dice de
Garten, en el otro den Garten. No hay razón para hables ue
singular y plural cuando se trata de una lengua en la c i n
no se encuentran plurales formalmente distintos de c n
gulares correspondientes. Conviene, pues, tener e es
de los peligros a los que nos expone lanecesidad e n un
tamos para comprender otra lengua de traducir Cá ciencia
ciado a la nuestra, es decir, de rearticularl a a pe Desde
extraña con arreglo a l modelo que nos €s familiar.
La descripción de las lenguas 49

luego, es p r e c i s o p a r t i r d e q u e n a d a nos a s e g u r a de h a l l a r
en u n a l e n g u a c u y o e x a m e n a b o r d a m o s , n i n g u n a de las dis-
t i n c i o n e s , n i n g u n a de las u n i d a d e s f o n o l ó g i c a s o g r a m a t i c a -
les a las q u e nos h a h a b i t u a d o n u e s t r a e x p e r i e n c i a l i n g ú í s -
t i c a a n t e r i o r . P o r el c o n t r a r i o , d e b e m o s e s p e r a r e n c o n t r a r e n
ella, f o r m a l m e n t e expresadas, d i s t i n c i o n e s que no hubiéra-
mos p o d i d o i m a g i n a r . N o h a b r á q u e e x t r a ñ a r s e de l a ausen-
cia de l a e x p r e s i ó n g r a m a t i c a l d e l t i e m p o , de l a i n d i f e r e n c i a
en c u a n t o a l a v o z a c t i v a o pasiva, de l a i n e x i s t e n c i a de gé-
neros, de l a obligación de d i s t i n g u i r entre u n «nosotros»
q u e i n c l u y e a l i n t e r l o c u t o r y u n « n o s o t r o s » q u e l o excluye,
o e n t r e f o r m a s v e r b a l e s q u e d e s i g n a n l o q u e está v i s i b l e y
o t r a s q u e se e m p l e a n p a r a l o q u e está f u e r a d e l c a m p o de
l a m i r a d a . N o se d e b e r á p a r t i r de q u e t o d a l e n g u a o p e r a con
u n s u j e t o d e l a o r a c i ó n , posee a d j e t i v o s y d i s t i n g u e e l v e r b o
del n o m b r e . E n resumen, puesto que hemos convenido en
l l a m a r «lengua» a t o d o l o q u e c o r r e s p o n d e a c i e r t a d e f i n i c i ó n
( c f . 1-14), n o s o b l i g a m o s a n o p o s t u l a r en u n a l e n g u a l a exis-
t e n c i a de a l g o q u e n o f i g u r a d e m a n e r a e x p l í c i t a o i m p l í c i t a
en n u e s t r a d e f i n i c i ó n .

2-10. Se debe empezar p o r la segunda a r t i c u l a c i ó n

Cuando se examina la lengua en su f u n c i o n a m i e n t o como


mecanismo de comunicación, es n o r m a l l l a m a r p r i m e r a ar-
ticulación a aquélla c o n arreglo a la cual se analiza l a expe-
riencia que se va a c o m u n i c a r , y segunda a r t i c u l a c i ó n la de
los significantes e n fonemas sucesivos. Pero n o h a y que ol-
v i d a r que en l a c o m u n i c a c i ó n lingúística se «significa» algo
q u e no es manifiesto p o r m e d i o de algo que sí l o es. Es,
pues, n o r m a l que el descriptor, que procede p o r examen de
hechos observables, p a r t a de l o que es manifiesto, los signi-

E, DE LINGUÍSTICA.?4
50 Elementos de lingiiística general

ficantes, para remontarse a l o que n o lo es. Así, pues, Ing


significantes h a n de ser descritos necesariamente p o r sus
componentes fónicos, fonemas y o t r o s rasgos d i s t i n t i v o s'
eventuales. Por ello es n o r m a l que la descripción de una
lengua comience p o r una exposición de su fonología, es de-
cir, que aparezca en p r i m e r lugar l o que hemos llamado
segunda articulación. Vamos a examinar en p r i m e r término*
las condiciones y los métodos del análisis fonológico.

2-11. L a fonética a r t i c u l a t o r i a

E n l o q u e sigue, los r a s g o s f ó n i c o s p e r t i n e n t e s serán iden-


t i f i c a d o s y las v a r i a n t e s de las u n i d a d e s f o n o l ó g i c a s serán
d e s c r i t a s e n r a z ó n a l a m a n e r a e n q u e son realizadas p o r
m e d i o de los « ó r g a n o s de l a p a l a b r a » . Se p o d r í a n u s a r con
e l m i s m o f i n las o n d a s s o n o r a s p r o d u c i d a s p o r l a acción de
estos Órganos. N o o b s t a n t e , l a f o n é t i c a a r t i c u l a t o r i a sigue
s i e n d o m á s f a m i l i a r p a r a l a m a y o r p a r t e de los lingúistas y ,
e n g e n e r a l , p e r m i t e p e r c i b i r m e j o r l a c a u s a l i d a d de los cam-
b i o s f o n é t i c o s . Se r e c o r d a r á a q u í e l f u n c i o n a m i e n t o de los
ó r g a n o s q u e c o n t r i b u y e n a l a p r o d u c c i ó n d e los sonidos del

habla.

2-12. Las transcripciones

Los sonidos del lenguaje se simbolizan por medio de


letras y de signos diversos a los cuales se atribuye unvalor
convencional. Existen numerosos sistemas de transcripción
fonética que generalmente se dirigen a públicosdiferentes:
Los signos que se utilizan aquí son con bastante frecuen
cia los que recomienda la Association phonétique interna:
La descripción de las lenguas 51

tionale *. Una t r a n s c r i p c i ó n fonética anota todas las dife-


rencias que p e r c i b e l a persona q u e hace d i c h a transcrip-
ción O aquellas sobre las que p o r u n a razón c u a l q u i e r a
desea l l a m a r l a atención. Se coloca h a b i t u a l m e n t e e n t r e
paréntesis cuadrados: [ o s t u m ] . L a t r a n s c r i p c i ó n fonológica
no anota más que los rasgos que u n análisis de l a lengua
ha m o s t r a d o como d i s t i n t i v o s o, más generalmente, dotados
d e u n a f u n c i ó n lingúística. Se coloca entre dos barras o b l i -
.cuas: f m u c o f .

2-13. E l aire en m o v i m i e n t o

Los sonidos del habla resultan, en l a m a y o r p a r t e d e los


casos, de l a acción de ciertos órganos, llamados «órganos
de la palabra», sobre u n a columna d e a i r e que viene de l o s
pulmones. Puede suceder, s i n embargo, que e l a i r e q u e
actúa sobre los órganos n o provenga d i r e c t a m e n t e de l o s
pulmones, sino' que haya sido retenido y después c o m p r i -
m i d o entre dos p u n t o s del canal espiratorio. Puede darse
igualmente el caso de que l a presión d e l aire sea m e n o r en
el i n t e r i o r de l a boca que en el exterior, y entonces el mo-
vimiento del aire ya n o se h a r á del i n t e r i o r hacia el exte-
r i o r , s i n o del e x t e r i o r hacia el i n t e r i o r . E n l a práctica, s i n
embargo, tiene interés considerar como normales los sonidos
que resultan de u n a espiración de aire venido de los p u l -
mones. Estos sonidos existen en todas las lenguas y muchas
no conocen otros. Cuando, en l o que sigue, no precisamos
la procedencia del a i r e en m o v i m i e n t o , nos r e f e r i m o s a l o s
pulmones.

* Se ha considerado conveniente mantener los signos empleados


por el autor y extenderlos, para unidad de la obra, a la ejemplificación
española. A l final del libro se da un cuadro de correspondencias con
Jos signos de transcripción fonética habituales en las obras españo-
as. (N. T.)
s2 l e mentos delingiitsticageneral

2-14. La glotis

E l p r i m e r órgano que puede presentar u n obstáculo a la


salida del aire p u l m o n a r es l a glotis, que se encuentra a la
altura de l a «nuez», La glotis está formada p o r dos repliegues
musculares de las paredes del canal espiratorio. Estos replie-
gues reciben el n o m b r e de c u e r d a s v o c a l e s . Cuando
se aproximan las cuerdas vocales pueden cerrar completa-
mente el paso del aire. Esto es lo que se produce antes de
la tos. E n la respiración, las cuerdas vocales están amplia-
mente separadas y el aire pasa libremente a través de la
glotis en los dos sentidos. A l h a b l a r es frecuente que las
cuerdas vocales estén en contacto y que entren en vibración
p o r la presión del aire espirado. E l sonido que resulta de
-las vibraciones de l a glotis se l l a m a v o z .

2-15. La voz

La voz acompaña casi necesariamente a ciertas articu


laciones bucales que p o r sí mismas producen poco ruido
para ser percibidas en condiciones normales, Éste es el caso
de las v o c a l e s que representan la voz matizada de modo
diverso por el volumen y la forma variable de la cavidad
bucal, con o sin intervención de las fosas nasales. Pero la
voz puede acompañar a un ruido bastante caracterizado
para ser perceptible sin su ayuda. La inicial del francés
saute consiste en un frotamiento bien perceptible s i ne l so
porte de la voz; la inicial de zone lleva el mismo frotamient
pero acompañado de voz. Se dice en general que la c a e
saute es s o r d a , mientras que la [ z ] de zone & s o n ? on
El timbre más o menos grave o agudo de la voz depen
L a descripción de las lenguas 53

principio de la longitud de las cuerdas vocales. Las mujeres,|


cuya glotis es menos l a r g a que l a de los hombres, tienen l a
voz, n a t u r a l m e n t e , más aguda. Depende también del grado
de tensión de las cuerdas vocales, tensión que el l o c u t o r
puede hacer v a r i a r a su gusto. Esto constituye l a melodía
del habla. L a s utilizaciones lingiiísticas de esta melodía se
examinarán a m p l i a m e n t e más adelante (3-24 a 32).

2-16. L a faringe

Se l l a m a «laringe» l a p a r t e del canal espiratorio que se


encuentra al n i v e l d e la nuez. U n poco más arriba, l a tráguea
desemboca en u n a cavidad, l a faringe, que se puede designar
t a m b i é n como fondo de l a boca. Al mirarse en u n espejo
el i n t e r i o r de la boca, se ve totalmente atrás l a pared pos-.
t e r i o r de Ja faringe; el paladar, que f o r m a l a bóveda de l a
boca, t e r m i n a h a c i a la faringe p o r u n repliegue de mucosa
llamado velo del paladar, que f o r m a dos arcos, separados
en el medio del espacio b u c a l p o r u n a lengiieta que es l a
campanilla (en l a t í n uvula, de donde el a d j e t i v o «uvular»
para designar los p r o d u c t o s fónicos resultantes de u n a ac-
ción de l a campanilla). L a faringe c o m u n i c a con las fosas
nasales m i e n t r a s e l velo del p a l a d a r no se apoye en su pared
posterior. D e l a zona i n f e r i o r y p o s t e r i o r de la faringe parte
el esófago. L a faringe puede concebirse como u n paso a
nivel. L o que corresponde a l a c a r r e t e r a p o r l a que c i r c u l a n
los coches m i e n t r a s que las barreras n o estén bajadas está
representado p o r el canal r e s p i r a t o r i o p r o p i a m e n t e dicho que
comienza con las fosas nasales y se contimúa, pasada l a fa-
ringe, p o r l a tráquea h a c i a los pulmones. L o que corresponde
al f e r r o c a r r i l es l a v í a a l i m e n t i c i a que comienza en l a boca
y continúa, pasada l a faringe, p o r el esófago hacia e l estó-
54 E l e m e n t o s de lingúística general
C O O e ese
mago. E l b o l o a l i m e n t i c i o , e m p u j a d o p o r l a lengua hacia
atrás y hacia abajo, corresponde a l t r e n que n o pasa más
que después de cerradas las b a r r e r a s que detienen l a circu-
lación p o r la carretera, es decir, en este caso, el paso del
aire. Estas barreras son, p o r u n a parte, el velo del p a l a d a r ,
que se levanta como se h a descrito; p o r o t r a parte, la epi-
glotis, que recubre el o r i f i c i o de l a tráquea e i m p i d e que
las partículas alimenticias se desvíen a l a laringe. N i la
epiglotis n i el esófago i n t e r v i e n e n en el funcionamiento del
habla. E n cuanto a l velo del paladar, cuando se habla está
levantado o bajado. Si está bajado, una p a r t e del aire espira-
d o pasa p o r las fosas nasales y sale a l e x t e r i o r sin encontrar
obstáculos. Este aire 'se p i e r d e p a r a la boca, q u e es el lugar
donde l a m a y o r parte de los sonidos t o m a n su aspecto Car
racterístico. Los sonidos están m e j o r diferenciados si l a co-
l u m n a de aire llega entera a l a boca, es decir, si el velo del
paladar está levantado. É s t a es l a razón p o r la quem i e n t r a s
se habla la posición levantada de este órgano es netamente
más frecuente que l a que p e r m i t e el paso del aire de la
faringe a las fosas nasales.

?\

2-17. Las vocales

E n el h a b l a r n o r m a l , las vocales son voz repercutida en


las cavidades formadas p o r las partes superiores del canal
espiratorio. E l v o l u m e n y l a f o r m a de l a cavidad bucal es
l o que esencialmente da su t i m b r e característico a u n a vocal.
Este v o l u m e n y esta f o r m a dependen en l a práctica de tres
factores: la posición de l a lengua, la de los labios y el grado
de abertura de l a boca. Con frecuencia l a lengua se desplaza
b i e n hacia adelante, b i e n hacia atrás en l a cavidad bucal.
Cuando se desplaza h a c i a a d e l a n t e , d e j a entre ella y
La descripción de las lenguas A N 55
L a descripción d e l a s lenguas
los labios u n a cavidad bastante estrecha. Si a l m i s m o t i e m -
po los labios se r e t r a e n l o más posible, la cavidad compren-
dida entre la lengua y los labios queda reducida a l m í n i m o .
Cuando, al contrario, la lengua se desplaza h a c i a
a t r á s , deja entre ella y los labios u n a cavidad bastante
amplia. Si a l m i s m o t i e m p o los labios se p r o y e c t a n hacia
adelante lo más posible, la c a v i d a d c o m p r e n d i d a entre
la lengua y los labios alcanza su m á x i m a a m p l i t u d . L a
"diferencia entre cavidad m í n i m a y cavidad m á x i m a n o tiene
sentido cuando se abre la boca l o más a m p l i a m e n t e posible,
como p a r a enseñar la garganta al médico. E n este caso l a
lengua se separa del p a l a d aa rl máximo, los labios están e l
uno del o t r o l o más alejados que es posible y n o p o d r í a n
c o n t r i b u i r a l i m i t a r una cavidad. La vocal que se f o r i n a c o n
la boca completamente abierta está representada p o r [ a l
(español m a r ) . Cuando la boca está cerrada al m á x i m o
compatible con la p r o d u c c i ó n de una vocal (ausencia de f r i c -
ción), se obtiene la vocal [1] (español r i c o ) en la cavidad
m í n i m a (retracción de los labios y lengua desplazada hacia
adelante) y la vocal [ul] (español d u d a ) en la cavidad má-
xima (adelantamiento y redondeamiento de los labios, lengua
desplazada hacia atrás). Se puede, pues, decir que Li] es
una vocal c e r r a d a , a n t e r i o r y r e t r a í d a y que [ u ]
es u n a vocal c e r r a d a , p o s t e r i o r y r e d o n d e a d a .
Se puede decir que l a vocal [ a ] es abierta.

2-18. G r a d o s de a b e r t u r a de las v o c a l e s

Las vocales [ i ] y [ u ] son las más cerradas, cada u n a de


su tipo. Cuando l a abertura d e la boca es m a y o r que l a de
[ i ] y [ u ] y m e n o r que l a de [ a ] , es posible d i s t i n g u i r entre
u n a vocal a n t e r i o r y retraida, representada p o r [ e ] (español
56 Elementos de+língiifstica general
a c e
peso) y u n a vocal p o s t e r i o r y redondeada representada p o r
[ o ] (esp. moza). I g u a l m e n t e se pueden establecer cuatro
grados de a b e r t u r a vocálica a l o s q u e se supone equidis-
tantes: 1.9) abertura m á x i m a p a r a [ a ] ; 2 . ) a n t e r i o r retraída,
representada p o r [ e ] (portugués t e r r a ) y p o s t e r i o r redon-
deada representada p o r [ 9 ] (portugués s o r t e ) ; 3 . ) [ e ] (más
específicamente [ e l , portugués m e d o ) y [o] (más específi-
camente [ o ] , portugués todo), y 4 . ) [ i ] y [ u ] . N a t u r a l m e n t e
se puede concebir una i n f i n i d a d de diferentes grados de aber-
t u r a entre [ a ] p o r una parte e [ i ] y [ u ] p o r l a o t r a parte,
Para describir e l inglés es conveniente d i s t i n g u i r u n a [ « ]
más abierta que [ e ] y u n a [ A ] más abierta que [ o ] ; una y
otra menos abiertas que [ a ] . E n francés se distingue tradi-
cionalmente entre u n a a a n t e r i o r (en p a t t e ) representada
p o r [ a ] y una a p o s t e r i o r (en p á t e ) representada p o r [ul].

2-19. Tipos vocálicos intermedios

E l desplazamiento de la lengua hacia adelante puede


combinarse con el desplazamiento hacia adelante de los la-
bios y su redondeamiento, creando así u n a cavidad m e d i a
situada hacia adelante. E l resultado e n el grado más débil
de abertura está representado p o r [ y ] o b i e n [ i i ] ( f r . p u r ) ;
correspondiendo a l grado de a b e r t u r a [ e ] y [ o ] se obtiene
la vocal representada p o r [ 9 ] o b i e n [ 5 ] ( f r . peu), y con el
grado de abertura de [ e ] y [ 9 ] se e n c u e n t r a [oe] ( f r . peur).
E l desplazamiento de l a lengua h a c i a atrás «se puede com-
b i n a r con u n a r e t r a c c i ó n de los labios. E n este caso se ob-
tiene una cavidad m e d i a situada h a c i a atrás. E l resultado
en el grado de abertura más pequeño se representa p o r [ u l ] ;
es la vocal representada p o r 2 e n e l r u m a n o m i n á «mano»;
la vocal de l a m i s m a p a l a b r a que se representa p o r d es del
La descripción de las lenguas
' 57

mismo t i p o y corresponde a u n grado de abertura interme-


dio entre e l de [uw] y el de [ a ] .

2-20. Vocales medias, neutras y centralizadas

Además de las vocales caracterizadas p o r articulaciones


extremas ( r e t r a c c i ó n m á x i m a , desplazamiento m á x i m o hacia
adelante, etc.), existen articulaciones medias de naturaleza
diversa que pueden caracterizarse en relación con las que se
h a n descrito; [51] del ruso, p o r ejemplo, tiene el m i s m o
grado de cierre que [ i ] y [ul], los labios están retraídos
como p a r a la [ i ] , p e r o el desplazamiento máximo de l a lengua
n o llega n i t a n adelante como p a r a [ i ] n i tan atrás como
p a r a [ u r ] . Se l l a m a neutra a l a vocal que no es n i m u y
cerrada n i m u y abierta, n i francamente anterior O posterior,
n i r e t r a í d a n i redondeada. L a vocal neutra se representa
p o r [ o ] . Es l a que se deja o i r cuando se vacila sobre l o que
se va a decir o en l a final del inglés v i l l a y del alemánG a b e .
Se l l a m a c e n t r a l i z a d a a una vocal cuya articulación
tiende hacia l a de la vocal neutra.

2-21. Vocales tensas y vocales flojas

S e g ú n q u e l a v o c a l se a r t i c u l e c o n g r a n t e n s i ó n d e los
ó r g a n o s , e s p e c i a l m e n t e de l a l e n g u a , o c o n r e l a t i v a s u a v i d a d ,
se l a l l a m a t e n s a o f l o j a . É s t a es l a d i f e r e n c i a e s e n c i a l
e n t r e f r a n c é s sic, s o u t e , c o n l a s vocales tensas [ i l , [ul e
i n g l é s s i c k , s o o t c o n las v o c a l e s f l o j a s [1], [ u j . L a vocal
f l o j a d a l a i m p r e s i ó n de u n t i m b r e m á s a b i e r t o , y u n a p e r -
s o n a p o c o p r e p a r a d a p u e d e t o m a r [ 1 ] p o r [ e ] y [ u l ] p o r [ol].
Esta d i s t i n c i ó n no tiene apenas v a l o r más que p a r a l a s vo-
cales m á s c e r r a d a s .
58 E l e m e n t o s de l i n g i l f s t i c a general

2-22. V o c a l e s nasales

E n todas las vocales h a s t a a q u í d e s c r i t a s h e m o s p a r t i d o


del supuesto de q u e e l velo d e l p a l a d a r estaba l e v a n t a d o y
concentraba en l a c a v i d a d b u c a l t o d o e l a i r e p r o c e d e n t e de
los pulmones. Sin e m b a r g o , el descenso d e l velo d e l paladar,
que p e r m i t e que u n a p a r t e d e l a i r e salga p o r l a nariz, no
i m p i d e l a a r t i c u l a c i ó n de las vocales, s i n o q u e las d o t a de
resonancias nasales p a r t i c u l a r e s . P e r o a l p r i v a r a l a cavidad
bucal de u n a p a r t e d e l a i r e d i s p o n i b l e , a t e n ú a l a n i t i d e z de
las diferencias e n t r e las d i v e r s a s a r t i c u l a c i o n e s vocálicas, E l
francés conoce vocales nasales en vín, u n , v e n t , f o n d ,

Una lengua ñ o t i e n e n e c e s a r i a m e n t e l o s m i s m o s t i m b r e s
p a r a las vocales nasales y las v o c a l e s n o nasales, l l a m a d a s
t a m b i é n orales, L a v o c a l d e l f r a n c é s v i n es l a v e r s i ó n nasal
de u n a v o c a l [ze] que n o e x i s t e en esta l e n g u a c o m o vocal
oral. Las vocales nasales se r e p r e s e n t a n p o r m e d i o d e l t i l d e
[ ? ] c o l o c a d o e n c i m a d e l s i g n o q u e r e p r e s e n t a l a v o c a l co-
r r e s p o n d i e n t e . Las p a l a b r a s c o n nasales c i t a d a s m á s a r r i b a
se t r a n s c r i b e n v é kE
vá fo,

2-23. D u r a c i ó n d e las v o c a l e s

Cuando la duración de una vocal se percibe claramente,


se dice que la vocal es larga. Con frecuencia la duración de
la articulación vocálica depende del contexto, pero tampoco
es raro que dos segmentos vocálicos no difieran más que
por su duración. Muchos franceses dan a la vocal de maítre
una duración más considerable que a la de mettre. Se re-
presenta la primera por [e-], [ e : ] o [ 8 ] y la segunda simple-
L a d e s c r i p c i ó n de las lenguas 59

m e n t e p o r [ e ] , o b i e n , si se q u i e r e l l a m a r l a a t e n c i ó n s o b r e
su b r e v e d a d , [ É ] . C u a n d o u n a l e n g u a d i s t i n g u e e n t r e v o c a l e s
l a r g a s y v o c a l e s b r e v e s , sucede m u y f r e c u e n t e m e n t e q u e las
l a r g a s s o n m á s t e n s a s y las b r e v e s m á s f l o j a s . Es l o que
sucede e n a l e m á n d e l n o r t e , d o n d e ¿hm se p r o n u n c i a c o n
una [ i ] l a r g a y tensa, p e r o i m c o n u n a [1] breve y floja.
L a s v o c a l e s l a r g a s e s t a n i g u a l m e n t e expuestas a l a d i p t o n g a -
c i ó n , l o q u e q u i e r e d e c i r q u e e n e l c u r s o de s u e m i s i ó n los
órganos m o d i f i c a n g r a d u a l m e n t e su posición. P o r esto los
s o n i d o ingleses q u e a p a r e c e n a veces r e p r e s e n t a d o s p o r [ i : ]
y [ e : ] c o n f r e c u e n c i a se a r t i c u l a n r e s p e c t i v a m e n t e [ 1 ] y [ e i l
( e n f e e d y f a k e p o r e j . ) , es d e c i r , q u e l a b o c a se c i e r r a g r a -
d u a l m e n t e d e s d e e l p r i n c i p i o de l a e m i s i ó n h a s t a e l f i n .

2-24. Las consonantes

Se d a el n o m b r e de c o n s o n a n t e s a l o s s o n i d o s q u e se
perciben m a l s i n el apoyo de u n a v o c a l p r e c e d e n t e o si-

guiente.
Se l l a m a o c l u s i v a l a c o n s o n a n t e q u e s u p o n e u n c i e r r e
d e l c a n a l e s p i r a t o r i o . L o q u e se p e r c i b e b i e n es e l r e l a j a -
m i e n t o b r u s c o d e este c i e r r e a n t e l a v o c a l s i g u i e n t e ( e n [ p a ]
e l c i e r r e de l o s l a b i o s se r e l a j a e n u n a especie de e x p l o s i o n
a n t e l a v o c a l [ a ] q u e sigue), O b i e n l a r e a l i z a c i ó n r e p e n t i n a
d e este c i e r r e q u e i n t e r r u m p e a u n a v o c a l p r e c e d e n t e (en
[ a p ] , l o q u e se p e r c i b e s o b r e t o d o es l a b r u s c a i n t e r r u p c i ó n
de [ a ] p o r el c i e r r e d e l o s l a b i o s ) . C o m o n o es p o s i b l e l a
explosión sin la oclusión previa, oclusión percibida auditi-
v a m e n t e en [ a p ] y n o p e r c i b i d a e n [ p a ] , el h a b l a n t e i d e n t i f i -
ca i n c o n s c i e n t e m e n t e r e a l i d a d e s f í s i c a s m u y d i f e r e n t e s , c o m o
s o n l a [ p ] d e [ a p ] y l a de [ p a l .
60 Elementos de lingiiística general

Una consonante q u e r e p r e s e n t a u n estrechamiento del


canal espiratorio s i n l l e g a r h a s t a el c i e r r e se llama f r i c a .
t i v a si se percibe claramente el f r o t a m i e n t o del aire en el
lugar del estrechamiento. E n este caso se le da igualmente
el nombre de constrictiva. Cuando el labio i n f e r i o r se apro-
xima a los dientes superiores y el a i r e que sale de la boca
frota los dos lados del e s t r e c h a m i e n t o así formado, se ob.
tiene l a fricativa que se p e r c i b e en l a i n i c i a l del español
fábula.
Conviene h a b l a r de e s p i r a n t e s cuando en u n estre.
chamiento del canal se p e r c i b e n más las resonancias que
el frotamiento; l a z del español caza se a r t i c u l a como fri-
cativa, l a d de cada, como espirante.
E n el caso de que el aire a l s a l i r rodee u n obstáculo
central, se habla de l a t e r a l e s . E n la m a y o r parte de los
casos el obstáculo es l a p u n t a de l a lengua, que toca un
lugar de l a bóveda palatina, en t a n t o q u e el aire sale por
ambos lados. Éste es el s o n i d o q u e se percibe en la inicial
del español leche. Las v i b r a n t e s r e s u l t a n de l a vibración
de u n órgano b a j o la p r e s i ó n del aire espirado. Se percibe
una vibrante también en l a i n i c i a l del ital. raro, esp. 7424
y fr. rang si lo p r o n u n c i a n los q u e usan l a r apical.
Con frecuencia se agrupan fricativas, espirantes, laterales
y vibrantes bajo l a denominación de c o n t i n u a s ; ento!
ces, por oposición, se designa a las oclusivas como mo
m e n t á n e a s . E n efecto, nada impide prolongar la a r t i c
lación de la fricativa inicial del español sal, mientras que no
es posible hacerlo con Ja [ p ] de [pal].
nánticos des"
En principio, cada uno de los tipos conso
de los 6rg?
critos puede ser realizado en diferentes puntos clu:
nos del habla. Esto es verdadero sobre todo p a r a amos
Jas
sivas, las fricativas y las espirantes. A continuación ve d i
a pasar revista a las producciones consonanticas de
La descripción d e las lenguas - 61
A q5 _ _ 2 ?

ferentes Órganos. Comenzamos p o r los órganos cuyos movi-


mientos se observan c o n más facilidad.

nee

2-25. Las labiales

Se l l a m a n labiales las producciones fónicas que hacen


intervenir los labios o, p o r lo menos, el labio i n f e r i o r . H a y
que distinguir las b i l a b i a l e s , en las que ambos labios
son activos, y las l a b i o d e n t a l e s , en cuya p r o d u c c i ó n
intervienen el labio i n f e r i o r y los dientes superiores.
L a o c l u s i v a b i l a b i a l se r e p r e s e n t a p o r [ p ] si es s o r d a , es
decir, n o v a a c o m p a ñ a d a de v i b r a c i o n e s g l o t a l e s ; se r e p r e -
senta p o r [ b ] s i es sonora, es d e c i r , a c o m p a f i a d a de v o z .
A r t i c u l a d a con e l velo d e l p a l a d a r b a j a d o , de m a n e r a q u e e l
a i r e p u e d a s a l i r p o r las fosas nasales, l a o c l u s i v a b i l a b i a l
( g e n e r a l m e n t e s o n o r a ) , r e p r e s e n t a d a entonces p o r [ m ] , s e
l l a m a nasal; ésta y a n o es m o m e n t á n e a , s i n o c o n t i n u a .
C u a n d o e l a i r e sale e n t r e los dos l a b i o s m u y a p r o x i m a -
dos, l a f r i c c i ó n es p o c o a u d i b l e y el p r o d u c t o se caracte-
riza más bien como espirante que como fricativa. Una gran
t e n s i ó n de l o s l a b i o s r e c l a m a r í a p r o b a b l e m e n t e m u c h a m á s
energía de l a q u e n o r m a l m e n t e se d i s p o n e p a r a l a a r t i c u -
l a c i ó n de l o s s o n i d o s d e l habla. L a sorda r e p r e s e n t a d a p o r
[ p ] es r a r a e inestable, p o r q u e p a r a i m p o n e r s e a l o í d o de
l o s oyentes n o t i e n e n i fricción verdadera n i vibraciones
glotales que: l a sostengan. E n c u a n t o la a r t i c u l a c i ó n l a b i a l
se r e l a j a u n p o c o , l o q u e se p e r c i b e y a n o está causado p o r
el a i r e q u e sale p o r los l a b i o s , s i n o p o r el q u e pasa a t r a v é s
d e l a glotis; entonces [ p ] se c o n v i e r t e e n l o q u e se l l a m a
aspiración, q u e se r e p r e s e n t a p o r [ h ] . L a sonora q u e se re-
p r e s e n t a p o r [ $ ] y se p e r c i b e e n t r e las dos vocales d e l es-
62. Elementos de lingilística genero]

pañol saber es más perceptible por el hecho de que la


paña la voz. acom,

Las fricativas labiales verdaderamente estables son 1

labiodentales; l a sorda [ f ] y la sonora [ v ] , cuyaproducció,


h a sido descrita más a r r i b a (2-24). Una oclusión labiodental
es d i f i c i l de realizar, p o r e x i s t i r intersticios entre Jos dientes
Se comprueba, pues, que la posición de los órganosmás re.
comendable p a r a l a a r t i c u l a c i ó n fricativa no es conveniente
p a r a l a oclusión, y viceversa, que la posición favorable a la
oclusión n o p e r m i t e p r o d u c t o s fricativos satisfactorios, Esta
situación volverá a aparécer en otras partes,

2-26. Las apicales (oclusivas, fricativas y espirantes)

Los sonidos apicales resultan de l a acción de la punta


(apex) de lengua. Según el lugar de la bóveda palatina a
que se aplique l a p u n t a de la lengua, se distinguirá en-
tre a p i c o d e n t a l e s , a p i c o a l v e o l a r e s y r e t r o
flexos.
Las oclusivas apicodentales se representan por [ t ] la
sorda y p o r [ d ] l a sonora. Se perciben en la inicial del es-
pañol t o d o y dato.
La nasal correspondiente se representa p o r [ n ] . En todos
estos sonidos el b o r d e de l a lengua se apoya en las caras in:
ternas de los dientes superiores de manera que obture per
fectamente ?los intersticios de los dientes. Para pasar de las
oclusivas [ t d ] a las fricativas representadas por [o 5] o
p o r [ p 8 ] , el borde de la lengua baja y el frotamiento $
produce entre este b o r d e y el de los dientes superiores.Como
en estas condiciones se ve entre los dientes la partei n f eno"
de l a lengua, se suele l l a m a r interdentales a estas fricativas,
lo que puede hacer suponer equivocadamente una interven
ción de los dientes inferiores.
La descripción de las lenguas e
L a descripciónd e l a s tenguas C B
Las oclusivas apicoalveolares no difieren de las anterio-
res más que porque el borde de la lengua se aplica, un poco
más arriba de los dientes, contra la mucosa que cubre los
alvéolos de los dientes superiores. Son las que se perciben
en la inicial del inglés two, do, no, Se las representa en ge-
neral por los mismos signos que sirven para las apicoden-

ESQUEMA DE LAS ARTICULACIONES INTRABUCALES


(no se indican los órganos que no intervienen en la fonación)

cielo del fosas nasales


. paladar Pep
paladar anterior postpalatales a j , dez
palatales Vela, ms

€s

dorso de la lengua
dientes dorsales
superiores

punta de la lengua
apicales

a = a r t i c u l a c i ó n á p i c o dental
b = articulación alveolar
c = articulación retroflexa
d = articulación p a l a t a l
e = articulaciones p o s t p a l a t a l y v e l a r
Í = articulación uvular
g = articulación faringal
h = elevación del velo (artic, orales)

tales. E n una lengua como el inglés, en la que [t1, [d1 y [ n l


son apicoalveolares, las fricativas [ p l y [ 5 ] se articulan
entre el b o r d e de l a lengua y l a p a r e d p o s t e r i o r de los dien-
tes superiores, p e r o acústicamente estas fricativas d i f i e r e n
64 E l e m e n t o s de lingiiística general

m u y p o c o de las que se a r t i c u l a n u n poco más abajo, La di-


ferencia gráfica entre [ 9 5 ] p o r una parte y [p 8 ] p o r otra
p a r t e n o se aprovecha p a r a distinguir. entre interdentales y
postdentales, sino p a r a caracterizar, p o r ejemplo, la diferen-
c i a entre la espirante [ 5 ] del esp. cada y la fricativa [ 6 ]
del ing. that,
E n e l caso de las r e t r o f l e x a s , l a p u n t a de l a l e n g u a ( o e l
b o r d e d e l a l e n g u a ) se l e v a n t a t a n t o h a c i a el p a l a d a r , q u e el
c o n t a c t o y a n o se p r o d u c e e x a c t a m e n t e e n t r e l a p u n t a y e l
p a l a d a r , s i n o e n t r e l a p a r e d i n f e r i o r de l a l e n g u a y e l pala-
d a r . L a s o c l u s i v a s r e t r o f l e x a s se p u e d e n r e p r e s e n t a r p o r [ t ] ,
[ d l ] y [ n ] . L a s f r i c a t i v a s r e t r o f l e x a s , m u y d i f e r e n t e s de las
q u e se r e p r e s e n t a n p o r [ p ] y [ 6 ] c o r r e s p o n d e n a l t i p o que se
e x a m i n a r á c o n e l n o m b r e de «silbantes». E l s o n i d o q u e se
p e r c i b e en la i n i c i a l de c i e r t a s v a r i e d a d e s d e l inglés r u n
p u e d e s e r d e f i n i d o c o m o e s p i r a n t e r e t r o f l e x o sonoro.

2-27. Las apicales (laterales yv i b r a n t e s )

Las laterales son en la m a y o r parte de los casos apicales,


bien apicodentales, como la inicial del francés lac, italiano
lago, b i e n apicoalveolares, como la inicial del portugués lago
o l a f i n a del inglés f i l l . Como los dos orificios laterales son
1

demasiado a m p l i o s p a r a que se pueda p r o d u c i r u n frota-


m i e n t o , lo que i m p o r t a aquí es l a f o r m a de las cavidades
bucales. Si la p u n t a de l a lengua está alargada hacia ade-
lante, el espacio c o m p r e n d i d o entre la lengua y el paladar
será sensiblemente u n i f o r m e a lo largo del canal. Si, p o r el
contrario, la p u n t a de la lengua se eleva hacia los alvéolos.
el cuerpo de dicho órgano se ahuecará para elevarse h a c i a
el f o n d o de la boca. E s t a elevación posterior, análoga a la
que se manifiesta e n el caso de l a vocal [ u ] , da a la [1]
apicoalveolar su t i m b r e característico. o
La descripción de las lenguas 65

Las laterales v a n n o r m a l m e n t e acompañadas de vibra-


ciones glotales, lo que se c o m p r e n d e e n articulaciones que
por naturaleza suenan t a n poco. E n las lenguas donde se
distingue de l a 1 sonora u n a 1 sorda, ésta tiende a hacerse
fricativa, a f i n de q u e el r u i d o del f r o t a m i e n t o compense
para el oído l a voz que falta. E n este ?caso, el paso del aire
se hace p o r u n solo lado, y este o r i f i c i o lateral unico se re-
duce de t a l m a n e r a q u e l a f r i c c i é n del aire sea audible en él.
L a v i b r a n t e a p i c a l , q u e se r e p r e s e n t a p o r [ r ] , r e s u l t a de
los c h o q u e s d e l a p u n t a d e l a l e n g u a c o n t r a u n l u g a r c u a l -
q u i e r a de l a p a r t e a n t e r i o r de l a boca. E l n ú m e r o de c h o q u e s
sucesivos p u e d e v a r i a r m u c h o s i n c a m b i a r l a i d e n t i d a d d e l
sonido. S i n e m b a r g o , c o n f r e c u e n c i a e l c h o q u e ú n i c o ( a ve-
ces r e p r e s e n t a d o p o r [ r ] ) se o p o n e a los c h o q u e s m ú l t i p l e s .
E s t o d i s t i n g u e l a s dos p a l a b r a s españolas p e r o ( c o n 11) y
p e r r o ( c o n [ r ] d e v a r i o s c h o q u e s ) . E n inglés de A m é r i c a l a
d d de l a d d e r y l a t t d e l a t t e r se p r o n u n c i a n c o m ú n m e n t e
c o m o [rc].

2-28. Las s i l b a n t e s

La p a r t e a n t e r i o r de Ja lengua, que hemos designado como


la punta, y las regiones vecinas son los más musculosos y
flexibles de todos los llamados órganos de la palabra. Según
que esta parte de la lengua esté floja o tensa, plana o ahueca-
da, según su surco medio, los sonidos que se produzcan
podrán ser m u y diferentes. Las continuas apicales represen-
tadas p o r [ 8 ] o [ b ] , [ 5 ] o [ 6 ] se articulan todas con la len-
gua plana, pues el f r o t a m i e n t o característico de las fricativas
se produce en u n a m p l i o f r e n t e entre el borde de la lengua
y los incisivos superiores. Otras continuas llamadas s i l b a n -
t e s se caracterizan p o r u n f r o t a m i e n t o enérgico p r o d u c i d o
p o r el aire al pasar p o r u n orificio estrecho formado al nivel

E. DB LINGUÍSTICA.?$
66 E l e m e n t o s de lingiiística general

de los alvéolos p o r u n a d e p r e s i ó n d e l Surco medio


de la
lengua, m i e n t r a s q u e a a m b o s lados de este surco la Tengua
se apoya enérgicamente c o n t r a l o s alvéolos de manera que
el aire no pueda s a l i r más que p o r el centro. La silbante sor.
da se representa p o r [ s ] y la s o n o r a p o r [ z ] . H a y que dis.
tinguir por una parte l a s silbantes a p i c o a l v e o l a r e s ,
en las que l a p u n t a de la lengua e s t á al n i v e l de la zona de
f r i c c i ó n : [ $ ] en l a p r o n u n c i a c i ó n castellana del español es
apicoalveolar; p o r o t r a p a r t e las silbantes ? p r e d o r s o a l -
v e o l a r e s , en las que una p a r t e del dorso (dorsum) de la
lengua esta en contacto c o n los alvéolos. L a p u n t a de la len-
gua, totalmente inactiva en esta a r t i c u l a c i ó n , puede descen-
der hasta la parte p o s t e r i o r de los dientes inferiores. Las sil-
bantes predorsoalveolarés son las que se encuentran normal-
mente en francés y, de m a n e r a general, en las lenguas que
tienen j u n t o a las silbantes o r d i n a r i a s u n tipo fricativo em-
parentado, el de las c h i c h e a n t e s (chuintantes). Las
fricativas chicheantes, como las demás silbantes, se articu-
lan al nivel de los alvéolos, p e r o se d i s t i n g u e n de aquéllas
por un volumen diferente de las cavidades bucales frecuente
mente en relación con u n desplazamiento de los labios hacia
adelante que produce u n a m p l i o espacio entre la zona de
fricción y el orificio bucal. Las fricativas chicheantes se we

presentan p o r [ $ ] la sorda y p o r [ 3 ] la sonora, y tambien


por [8] y [2], respectivamente. .

Las fricativas retroflexas, p o r su articulación enérgica


producida p o r u n orificio estrecho para la salida del aire y
también por el volumen bastante considerable de la cavidad
comprendida entre la zona de f r i c c i ó n y los labios, Se p a r e
cen m u c h o a Jas
er

fricativas c h i,c h e a n t e s y se confunde


mn
a
menudo con ellas,
L a descripción de las lenguas 67

2-29. Las dorsales palatales (prepalatales)

Las dorsales resultan de l a acción del dorso de l a lengua,


que se levanta hacia l a bóveda de l a cavidad bucal, repre-
sentada en l a p a r t e a n t e r i o r p o r el paladar duro, y en l a
posterior, p o r el paladar blando o velo del paladar. Sólo se
califican como «palatales» las dorsales que se a r t i c u l a n ha-
cia adelante, contra el paladar duro. E n esta m i s m a zona
se a r t i c u l a la vocal [ i ] , y los que no conocen las palatales
en su lengua las perciben en general como acompañadas de
u n a [ i ] breve n o silábica. Se suele decir que las palatales
son «mojadas»; p o r ejemplo, l a oclusiva sorda representada
p o r [ c ] o, analíticamente, p o r [ t ] , se concibe y expresa con
frecuencia como u n a [ t ] o u n a [ k ] mojada, m i e n t r a s q u e l a
sonora correspondiente, representada [ 3 ] o [dl], sería u n a
[ d ] o u n a [ g ] mojada. L a nasal palatal se representa p o r
D i , (a] o [a].
L a f r i c a t i v a palatal sonora está m u y extendida; se l e da
a veces el n o m b r e de y o d y se l a representa p o r [ j ] . Cuando
p o r exceso de abertura no se percibe el f r o t a m i e n t o del aire
entre el dorso de la lengua y el paladar, se produce u n a espi-
r a n t e que n o es más que u n a [ i ] no silábica representada
p o r [ i ] . N o es raro que l a n o t a c i ó n [ j ] abarque l a espirante
y l a f r i c a t i v a . L a f r i c a t i v a sorda correspondiente se n o t a
[ o ] ; es propiamente l o que en alemán se llama ich-Laut.
L a s l a t e r a l e s p a l a t a l e s , q u e n o s o n r a r a s , se r e p r e s e n t a n
p o r [ A ] o [1]. L a g l i del i t a l i a n o p a g l i a y l a 11 del español
calle, en su pronunciación tradicional, son laterales pala-
tales.

2-30. Dorsales postpalatales, velares y uvulares

L a s d o r s a l e s a r t i c u l a d a s h a c i a e l p u n t o m d s e l e v a d o de
la cavidad b u c a l n o son y a p e r c i b i d a s c o m o mojadas. Pue-
68 E l e m e n t o s de lingilistica general

den ser más o menos a n t e r i o r e s y Posteriores, se gún voca]


la.
que les acompañe (más: a n t e r i o r en l a i n i c i a l q €
quizá;
más
p o s t e r i o r enl a i n i c i a l de c u b o ) . Se puede n o t e n e r en cuenta
estas diferencias y r e p r e s e n t a r l a oclusiva sorda p o r [ k ] , la
oclusiva sonora p o r [ g ] y l a nasal correspondiente por [9].
Cuando la a p r o x i m a c i ó n del dorso de l a lengua a la bg.
veda b u c a l n o t e r m i n a en u n c i e r r e completo, se produce un
sonido c o n t i n u o que se r e p r e s e n t a p o r [ x ] si es sordo, y
p o r [ y ] si es sonoro. Estas c o n t i n u a s dorsales medias son
productos fónicos b a s t a n t e inestables. Parece que hay resis-
tencia a l e v a n t a r l a lengua t a n alto si n o es para apoyarla
contra l a bóveda, lo que se hace en las articulaciones oclu-
sivas. Le sucede c o n f r e c u e n c i a a [yx] lo que antes hemos
indicado r e f e r i d o a [ p ] ' ( 2 - 2 5 ) ; en cuanto la articulación se
r e l a j a u n poco, el sonido que se p e r c i b e n o está ya causado
p o r el aire-que sale al n i v e l del dorso de la lengua, sino por
el que pasa a través de la g l o t i s ; entonces [ x ] se convierte
en lo que se l l a m a u n a aspiración, que se representa por
[ h ] . E s t o sucede con frecuencia en' las zonas del español en
las que l a «jota» de p a j a se a r t i c u l a en el m i s m o lugar que
l a g de paga, respectivamente c o m o [x11 y Ty]. Aquí como
en las labiales, l a sonora [ y ] es más perceptible que la sor
da, porque la acompaña l a voz y se m a n t i e n e mejor.
No es raro que la sorda [ x ] «bascule» hacia adelante °
hacia atrás, es decir, se articule con las partes d e l do
que están más en contacto con la bóveda. Si bascula mon
adelante, el resultado es [q], como en el caso de la cht i v a
mana de ich. Si bascula hacia atrás, se produce uná e e

enérgica, representada p o r [ x ] , articulada en e l fon hs a


velo en la proximidad de la campanilla. Es el sonido o
alemán Buch, ach. Es asimismo la «jota» de ciertas porte
castellanas, en las que paja se pronuncia [paxa] (200 o
castellana) y no [ p a x a ] (zona andaluza). E n este ©
La descripción de las lenguas o 69

sorda puede a r r a s t r a r e n su retroceso a la sonora, de m o d o


que paga se c o n v i e r t e e n [ p a v a ] , c o n una f r i c a t i v a sonora
representada p o r [ x ] análoga a l a que corresponde n o r m a l -
mente a l a r del francés Paris, llamada c o n frecuencia «gras-
seyé», en o p o s i c i ó n a l a articulación como v i b r a n t e apical
llamada «roulée». Las fricativas dorsouvulares sorda y so-
n o r a son realizaciones frecuentes de lo que se l l a m a r f u e r t e
en el portugués de L i s b o a o de Río de Janeiro.
N o es i m p o s i b l e r e a l i z a r u n a o c l u s i ó n d o r s a l c o n t r a el f o n -
d o d e l v e l o h a c i a l a c a m p a n i l l a . L a s o r d a , q u e es b a s t a n t e f r e -
cuente, se r e p r e s e n t a p o r [ q ] . L a s o n o r a y l a nasal, q u e s o n
m á s r a r a s , se r e p r e s e n t a n r e s p e c t i v a m e n t e p o r [6] y [NI].
L a v i b r a n t e q u e se p r o n u n c i a con l a c a m p a n i l l a se r e p r e s e n -
t a p o r [rR]. N o es e x c e p c i o n a l q u e las a r t i c u l a c i o n e s d e [ x ]
y de [ a ] l l e v e n a l g u n a s v i b r a c i o n e s de este m i s m o ó r g a n o .
Y

2-31. Faringales

L a a p r o x i m a c i ó n de las p a r e d e s a n t e r i o r y p o s t e r i o r d e l a
f a r i n g e , es d e c i r , d e l d o r s o d e l a l e n g u a en s u p a r t e m á s
p r o f u n d a y d e l f o n d o d e l a b o c a , p u e d e a c a b a r en u n a o c l u -
s i ó n o e n u n a f r i c a c i ó n . L o s l i n g i i i s t a s t i e n e n p o c a s ocasio-
nes de t r a t a r de o c l u s i v a s f a r i n g a l e s . P e r o u n a l e n g u a b i e n
c o n o c i d a , e l á r a b e , posee f r i c a t i v a s f a r i n g a l e s s o r d a s y so-
n o r a s r e p r e s e n t a d a s r e s p e c t i v a m e n t e p o r { a l y [ql].

2-32. Las glotales

Hemos v i s t o en lo que antecede l a i m p o r t a n c i a de las vi-


braciones glotales que, c o n l a denominación de voz, acom-
pañan a la mayoría de los sonidos del lenguaje. Hemos visto
igualmente (2-25 y 2-30) que se puede p e r c i b i r el f r o t a m i e n t o
del aire que pasa entre las paredes de la glotis, y que este
70 E l e m e n t o s de lingitistica &enerag]
sonido se l l a m a g e n e r a l m e n t e «aspiración»
Y Se representa
p o r [ h ] . Se tendrá en cuenta, además, que
e l c i e r r e de la
glotis que se produce antes de t o s e r es u n a o c l u s i ó n como
otra cualquiera. Es una consonante que se r e p r
e s e n t a p o r [?].

2-33. Aspiradas y glotalizadas

Cuando se p r o n u n c i a [ g a ] , la vocal está


p r e c e d i d a de una
consonante sonora,
lo que quiere decir que las cuerdas vo-
cales vibran desde el principio hasta el fin. Si se pronuncia
[ka], la vocal está precedida por una consonante sorda y
las vibraciones no comienzan más que con la vocal. Si en
el momento de la explosión de [ k ] las cuerdas vocales están
suficientemente próximas como para entrar inmediatamente
en vibración, se percibirá la vocal desde que termine la oclu-
sión de [k]; esta [ k ] será entonces no aspirada. Pero si las
cuerdas vocales se mantienen separadas durante toda la
emisión de [k], necesitarán algún tiempo para establecer el
contacto necesario para que comiencen las vibraciones. Du-
rante este tiempo, el aire que sale de los pulmones frotará
Contra las cuerdas vocales y se producirá lo que se llama
aspiración y. se representa por [h]; se percibirá entonces
[kha]. Pero como la [ h ] supone simplemente el paso de l a
Posición de glotis abierta, que caracteriza aquí la articu-
lación de [k], a la posición de voz, que es la de la vocal[ a ] ,
NO Se considera, en este caso, la aspiración como un sonido
Particular, sino Simplemente como una característica de [K],
a o r y S a m s a s p i r e 3d
ancés no Son [ke] O por [ke]. Las D o e ente.
Es. posible A las c e l ingies lo o t totalmente
cerrada, Br, f l lcular las oclusivas con la Bons entre la
oclusión partion caso, se encuentra encerrado a l cemplo)
ar (oclusión dorsal para [k], por €j
La descripción de las lenguas 71
mene

y la que se realiza a l n i v e l d e l a glotis. Si se levanta entonces


el c o n j u n t o de l a glotis, l a p r e s i ó n d e l a i r e almacenado au-
mentará y p e r m i t i r á la: r u p t u r a de l a o c l u s i ó n p a r t i c u l a r ;
la explosión glotal, que está d e t e r m i n a d a p o r la p r e s i ó n del
aire procedente de l o s p u l m o n e s , se p r o d u c i r á precediendo
inmediatamente a las v i b r a c i o n e s necesarias p a r a l a p r o d u c -
ción de l a v o c a l siguiente. Se percibe entonces [ k ? a ] . Pero
como [ ? ] representa el paso de l a p o s i c i ó n de l a glotis que
caracteriza aquí a [ k ] a l a p o s i c i ó n r e q u e r i d a p a r a l a vocal,
no se considera [ ? ] como sonido p a r t i c u l a r , sino como ca-
racterística de u n a [ k ] l l a m a d a g l o t a l i z a d a o eyectiva,
?que se representa, en e l caso de l a dorsal, como [ k ? ] . Si el
r e l a j a m i e n t o g l o t a l se a n t i c i p a a l a explosión bucal en vez
de seguir a ésta, l a consonante se percibe como sonora
p r e g l o t a l i z a d a , p o r ej. [?g]. L a elevación de l a glo-
t i s llevará a d a r al aire almacenado u n a presión suficiente
que se conseguirá con t a n t a m a y o r f a c i l i d a d cuanto más
pequeña sea a l p r i n c i p i o la cavidad comprendida éntre las
dos oclusiones. Por ello resulta más fácil p r o n u n c i a r una [ k ? ]
que u n a [ t ? ] , y muchas lenguas que presentan glotalizadas
n o tienen [ p ? ] . Las glotalizadas y las preglotalizadas n o son
raras f u e r a de E u r o p a . L o que en la transcripción del árabe
se represénta p o r q es c o n frecuencia u n a oclusiva dorsal
p r o f u n d a glotalizada.
E n l a articulación de u n a oclusiva con la glotis cerrada,
se puede b a j a r la glotis e n vez de subirla. L a presión del aire
almacenado d i s m i n u y e en este caso y, cuando se r e l a j a l a
oclusión bucal p r o p i a del sonido que se articula, el aire del
exterior penetra e n l a boca y produce la explosión, A l m i s m o
tiempo, el aire p u l m o n a r se i n f i l t r a a través de la glotis, que
vibra, y el p r o d u c t o t o t a l es percibido como sonoro. A l o s
sonidos producidos de este m o d o se les l l a m a implosivos o
i n y e c t i v o s . Se los representa de m o d o diverso, c o n pre-
ferencia con versalitas ( [ B ] , [ p ] , etc.). E n las lenguas de
, Elementos de lingiitsticg Benerg)

Africa negra q u e conocen estos sonidos, las labiales y las


apicales son más frecuentes q u e las dorsales,

2-34. Los clics

E n muchas regiones d e l globo, p a r t i c u l a r m e n t e en Eu.


ropa, se usan dos c l i c s : el beso, que es u n clic bilabial, y el
clic apicoalveolar q u e i n d i c a n e r v i o s i s m o y que, si se repite
varias veces, responde a l o q u e se escribe tststs (cf. 3-3). En
algunas lenguas, p a r t i c u l a r m e n t e en A f r i c a del Sur, los clics
son consonantes n o r m a l e s q u e se c o m b i n a n con las vocales,
Se producen los clics al c r e a r u n vacío en u n punto .cual-
quiera del canal e s p i r a t o r i o p o r separación de los órganos
entre dos puntos en los q u e se m a n t i e n e el cierre. En el caso
de tststs los dos p u n t o s de o c l u s i ó n están respectivamente
en las zonas a p i c o a l v e o l a r y dorsovelar; l a lengua produce
u n vacío a l d e p r i m i r s e e n t r e estos dos puntos. El ruido de
clic se realiza al r e l a j a r b r u s c a m e n t e l a oclusión de la parte
anterior, de m a n e r a q u e el a i r e e x t e r i o r penetra en el vacío
existente entre las dos oclusiones.

2-35. Articulaciones bucales complejas

. .
Sabemos que las articulaciones combinan
bucales se combinan
' nece-
:
Sarlamente o .
con posiciones características:de la glotis.PPero el
is,

ejemplo de los clics nos enseña que una producción fónica


Puede resultar de la combinación de dosarticulacion?
la boca, No es raro que se combine una articulación ici
nántica Cualquiera, por ejemplo, una bilabial, conl a pe como
de los órganos necesaria para una vocal característica, ooo
fi] o ful, Las articulaciones consonánticas combina o t del
e l desplazamiento de la lengua hacia la parte anter©
paladar, que caracteriza a [ i ) , se llamán p a l a t a l i Z ® das
.
No h a y que c o n f u n d i r l o s sonidos palatales, que n o presentan
otro rasgo c a r a c t e r í s t i c o q u e el palatal, c o n los sonidos pa-
latalizados, que t i e n e n , además d e l rasgo palatal, u n a articu-
lación m á s específica. U n a [ p ] n o p o d r í a ser palatal p o r q u e
es labial, p e r o p u e d e ser palatalizada, y en este caso se r e
presenta p o r [ p ? ] . E l r u s o conoce u n a serie entera de sonidos
palatalizados, y especialmente [ t ' ] y [ d ' ] , que r e s u l t a n de
u n a c o m b i n a c i ó n d e dos articulaciones concomitantes, apical
y d o r s o p a l a t a l , y no, c o m o [ t ] y [ d ] , de u n a sola articu-
lación d o r s o p a l a t a l .
Las a r t i c u l a c i o n e s consonánticas combinadas c o n e l avan-
ce de los labios y el retroceso de l a lengua hacia el velo del
p a l a d a r q u e caracterizan a [ u ] son llamadas l a b i o v e l a -
r i z a d a s . P o r e j e m p l o , u n a [ t ] , que p o r naturaleza es
apical, puede ser labiovelarizada, y en este caso se l a repre-
senta p o r [ t " ] . U n a [ p ] , aunque labial p o r naturaleza, puede
igualmente ser labiovelarizada; los labios se ponen e n posi-
ción más adelantada p a r a [ p " ] que p a r a [pl].
Se I l a m a n l a b i o v e l a r e s los sonidos que c o m b i n a n
l a a r t i c u l a c i ó n l a b i a l y l a a r t i c u l a c i ó n velar, s i n que se pueda
precisar c u á l de ellas es l a más específica. Algunas labiove-
lares c o m b i n a n u n a o c l u s i ó n dorsal y l a a r t i c u l a c i ó n l a b i a l
y l i n g u a l de [ u ] . Se p o s t u l a n p a r a el indoeuropeo labiovela-
res de este t i p o representadas p o r *k?, *gw, etc. Pero las
verdaderas labiovelares son las que c o m b i n a n u n a articula-
c i ó n l a b i a l y u n a a r t i c u l a c i ó n velar del m i s m o t i p o : d o s o c l u -
siones, dos f r i c a c i o n e s O dos articulaciones de t i p o espirante.
Las labiovelares continuas, normalmente espirantes, se re-
presentan p o r [ w ] 0, si el grado de a b e r t u r a es el de [ u l ,
por [ u ] ; en algunos usos del inglés aparece la sorda, corres-
pondiente a w h de la g r a f í a , transcrita por [wy]. Las labio-
velares momentáneas tienen dos oclusiones concomitantes
p r i m e r o l a v e l a r y a continua-
que se r e l a j a n sucesivamente,
74 Elementos de lingiiística general
a A ,
ción l a labial. Se las r e p r e s e n t a p o r medio de digrafos [kp]
[gb]. Estas oclusivas dobles n o son raras en Africa,

Las diferentes articulaciones consonánticas se pueden com-


b i n a r con una r e t r a c c i ó n de l a lengua hacia l a p a r t e posterior
de l a cavidad bucal, s i n que a esta r e t r a c c i ó n le acompañe,
como sucede en e l caso de l a s labiovelarizadas, u n a proyec-
ción y redondeamiento de los labios. A estas consonantes se
les da el n o m b r e de v e l a r i z a d a s o f a r i n g a l i z a d a s .
L a velarización (o f a r i n g a l i z a c i ó n ) lleva consigo necesaria-
mente u n a modificación de l a a r t i c u l a c i ó n específica de cier.
tas consonantes. Al desplazarse l a lengua h a c i a atrás, l a pun-
ta de este órgano queda más bien detrás de los alvéolos que
detrás de los dientes y, p o r tanto, u n a 1 velarizada, repre-
sentada p o r [ t ] , será ápicoalveolar más bien que ápicodental,
Es comprensible que las vocales en c o n t a c t o con las con-
sonantes palatalizadas, labiovelarizadas o velarizadas sufran
en su t i m b r e l a i n f l u e n c i a de l a a r t i c u l a c i ó n de estas conso-
nantes. E n t r e dos consonantes palatalizadas, p a r a las que la
lengua debe t o m a r l a posición r e q u e r i d a p a r a [ i ] , u n a vocal
[ u ] tendrá tendencia a t o m a r , a ú n conservando el redon-
deamiento de los labios, u n a a r t i c u l a c i ó n a n t e r i o r , de ma-
nera que [ t ' u t ' ] , p o r ejemplo, en r e a l i d a d se a r t i c u l a r á como
[tit].

2-36. L a s africadas

Cuando se a r t i c u l a u n sonido cualquiera, especialmente


una oclusiva, existe u n t i e m p o p a r a l a colocación de los 6r-
ganos, u n m o m e n t o e n que l a p o s i c i ó n así realizada Se
aprovecha p a r a p r o d u c i r el s o n i d o característico Y f i n a l -
mente u n r e l a j a m i e n t o de l o s órganos h a c i a u n a posición
neutra. En general, sólo se p e r c i b e el segundo tiempo, v o
mado -«oclusión», p o r q u e es e l ú n i c o característico. Pero
La descripción de las lenguas 75
? O A qq q q O 0 q AAA A A

puede suceder que el tercer tiempo, el del relajamiento de


los órganos, sea lo suficientemente lento como para que el
oyente lo perciba, sobre todo cuando él no está habituado
a realizar el sonido de que. se trata y, por tanto, no es sen-
sible a su unidad articulatoria. Es lo que sucede con las
palatales; como se ha visto más arriba (2-29), personas que
no las tienen en su lengua tienden a interpretarlas como [ t ]
o [ k ] , [ d ] o [g] más [1].
C o n el t é r m i n o a f r i c a d a s ( o s e m i o c l u s i v a s ) se desig-
n a n las a r t i c u l a c i o n e s o c l u s i v a s c u y o t e r c e r t i e m p o se puede
i d e n t i f i c a r c o m o u n a f r i c a t i v a . U n a a f r i c a d a q u e aparece c o n
m u c h a f r e c u e n c i a es l a q u e r e s u l t a de u n a o c l u s i ó n o b t e n i d a
con l a p a r t e d e l d o r s o de l a l e n g u a p r ó x i m a a l a p u n t a de
este- ó r g a n o a p l i c a d a c o n t r a l a r e g i ó n de l o s alvéolos de los
dientes s u p e r i o r e s , ' l o q u e p r o d u c e u n a o c l u s i ó n p a r e c i d a a
[ t ] y u n . r e l a j a m i e n t o «que se p u e d e i n t e r p r e t a r c o m o ($1.
Esto e x p l i c a q u e se r e p r e s e n t e a m e n u d o esta a f r i c a d a p o r
medio del d i g r a f o [ t S ] . P e r o es p r e f e r i b l e r e s e r v a r esta no-
tación p a r a la sucesión [ t + 8] d e l f r . t o u t e chose [ t u t $ o z ]
y e m p l e a r p a r a l a a f r i c a d a u n s i g n o c o m o [ é ] . A s i se p u e d e
d i s t i n g u i r e n t r e ing. ( r i g h t s h i p [ . . . a i t 8 I p ] y I c h i p [ a i c i p ] .
E s t a a f r i c a d a c h i c h e a n t e se oye e n el esp. c h a t o , i t a l . c i t t á ,
ruso ¿aj; la s o n o r a correspondiente, atestiguada en l a i n i c i a l
d e l ing. jet, i t a l . g i a l l o , se r e p r e s e n t a [ 8 ] y , m e n o s b i e n , [ d z ] .
L a a f r i c a d a s i l b a n t e s o r d a e n l a i n i c i a l d e l a l . zehn, i t a l . zio,
se p u e d e r e p r e s e n t a r p o r [ c ] ( e n vez d e p o r [ t s ] , a p e s a r d e l
c o n f l i c t o q u e s u p o n e el e m p l e o de este s i g n o p a r a l a o c l u s i v a
p a l a t a l ; c f . 2-29). Se suele u s a r u n d í g r a f o p a r a r e p r e s e n t a r
l a a f r i c a d a s i l b a n t e s o n o r a d e l i t a l . z e r o ( [ d z ] ) . Se encuen-
tran también africadas c o n f r i c c i ó n l a b i a l (o m á s exacta-
mente labiodental) [pf] (al. P f e r d ) , con f r i c c i ó n dorsouvu-
lar [kx], con fricción interdental [ 0 ] , con fricción lateral
[ t k ] , etc.
76 + 0 * *

Elementos de lingiitstieg generas

2-37. Consonantes largas y geminadas

N o se percibe como larga u n a consonante más que cuan.


d o su duración excede f r a n c a m e n t e de l o que se espera en
el contexto en que aparece. C o m o antes en el caso de las
vocales (2-23), se pueden r e p r e s e n t a r las consonantes largas
p o r u n punto alto o p o r dos p u n t o s colocados después de]
símbolo de l a consonante, p o r ejemplo, p a r a una [1] larga
[ 1 ] o [1:]. Cuando una consonante de d u r a c i ó n larga se en-
cuentra entre dos vocales, es f r e c u e n t e que su comienzo sea
percibido como el f i n de la p r i m e r a sílaba y el f i n como el
p r i n c i p i o de la sílaba siguiente. E s t o d a la impresión de dos
articulaciones sucesivas, y su representación tiene en cuenta
esta impresión, p o r l o que [ a l l a ] y n o [ a l : a ] . A las consonan-
tes largas que pertenecen a dos sílabas sucesivas se las llama
geminadas.
2-38. L a sílaba I E S

En los casos más simples hay tantas sílabas como vocales


separadas p o r consonantes. Al ser las vocales más percep-
tibles que las consonantes, esto parece indicar que cada
sílaba corresponde a un ápice de la curva de perceptibili-
dad. Esto explicaría que una consonante como [1] colocada
entre dos consonantes menos perceptibles que ella, como
[ v ] o [ k ] , puede desempeñar el papel de ápice de la sílaba,
como en checo v i k «lobo», o que una vocal como [ i ] , en
contacto con una vocal más abierta como [a], en contextos
como [ia] o [ai], pueda no f o r m a r ápice s i l á b i c o e
Pero dos vocales de perceptibilidad diferente puedes a ]
bien formar sílabas sucesivas, como en francés é b a l t for-
y [1], normalmente más perceptibles que [ t ] o [kl], Do (1),
man sílaba en francés quatre [ k a t a ] , boucle [ b u l k ]
La descripción d e l a s lenguas 77
u n a a a
menos a b i e r t a q u e [ o ] , es, n o o b s t a n t e , e l á p i c e d e l a ú n i c a
sílaba d e l i n g l é s b e e r [ b i o ] . L a s i l a b a c i ó n d e p e n d e , p u e s , d e
múltiples f a c t o r e s q u e están l e j o s d e ser conocidos perfec-

tamente.

2-39. Energía articulatoria

Hemos i n d i c a d o más a r r i b a (2-28) que las silbantes? re-


sultan de u n a f r i c a c i ó n m á s enérgica que las continuas api-
cales representadas p o r [ 6 ] y [ 5 ] . E n este caso la energía
de la f r i c a c i ó n se p r o d u c e p o r q u e e l m i s m o v o l u m e n de aire
ha de pasar p o r u n o r i f i c i o más estrecho para [ s ] que p a r a
[0]. L a energía q u e consideramos aquí es l a energía de la
articulación en general, u n a energía d i f í c i l de localizar, p o r
ejemplo, l a que p a r e c e d i s t i n g u i r l a r r del esp. cerro de l a r
del esp. cero. A veces esa energía es lo esencial p a r a distin-
guir una p a l a b r a de o t r a p a l a b r a o g r u p o de palabras, p o r
ejemplo, f r . acheter, c o n [ 8 ] de a jeter, donde, ante la [ t ]
sorda, [ 4 ] n o se d i s t i n g u e apenas de [ 3 ] más que p o r Ta
menor energía de su a r t i c u l a c i ó n .
U n a vez puesta en m o v i m i e n t o , esta energía n o es fácil-
mente contenible. P o r esta razón se l a emplea relativamente
poco p a r a d i s t i n g u i r u n sonido de o t r o y Se la r e s e r v a para
poner de r e l i e v e u n a sílaba p o r palabra. A este realzamiento,
al que se d a el n o m b r e d e ácento, puedenc o n t r i b u i r , como
se verá más adelante, 3 - 3 1 , además de l a energía articulato-
ria (ing. stress), la duración de la vocal y lo que lasigue e n
la silaba y determinados movimientos de la curva melódica
(ing. pitch).
Capítulo 3

E L A N A L I S I S FONOLÓGICO

1. FUNCIONES DE LOS ELEMENTOS FÓNICOS

3-1. Tres funciones fundamentales

El análisis fonológico aspira a i d e n t i f i c a r los elementos


f ó n i c o s de u n a l e n g u a y a c l a s i f i c a r l o s según s u f u n c i ó n en esa
l e n g u a . S u f u n c i ó n es d i s t i n t i v a u o p o s i t i v a cuando
c o n t r i b u y e n a i d e n t i f i c a r en u n p u n t o de l a c a d e n a h a b l a d a u n
s i g n o p o r o p o s i c i ó n a t o d o s los o t r o s signos q u e h u b i e r a n
p o d i d o f i g u r a r en ese m i s m o p u n t o sí el m e n s a j e h u b i e r a
s i d o d i f e r e n t e . E n el e n u n c i a d o es u n b u e n v i n o e l s i g n o v i n o
/ b i n o / es i d e n t i f i c a d o c o m o t a l p o r sus c u a t r o f o n e m a s suce-
sivos, cada u n o de los cuales desempeña s u p a p e l p o r el h e c h o
de s e r distinto de todos los o t r o s fonemas que podrían
f i g u r a r e n este c o n t e x t o . P e r o , j u n t o a esta f u n c i ó n f o n o l ó -
g i c a esencial, los e l e m e n t o s f ó n i c o s d e u n a l e n g u a p u e d e n
desempeñar funciones c o n t r a s t i v a s cuando c o n t r i b u y e n
a f a c i l i t a r a l o y e n t e e l a n á l i s i s d e l e n u n c i a d o e n u n i d a d e s su-
cesivas. E s l o q u e de u n a m a n e r a g e n e r a l hace e l a c e n t o y,
m u y e s p e c i a l m e n t e , en u n a l e n g u a c o m o e l c h e c o e n l a q u e
E l análisis fonológico 79
ge 3 002 00_0O04<[x+*+* E e
ya regularmente e n l a p r i m e r a sílaba de todas las palabras.
Es lo que t a m b i é n hace el fonema / h / del inglés que además
de su función d i s t i n t i v a ( h i l l d i s t i n t o de ill, pill, bill, etc.)
tiene una f u n c i ó n de demarcación, p o r q u e en esta lengua
/ h / no puede aparecer, en el vocabulario tradicional, más
que en inicial de u n monema. Otra f u n c i ó n fonológica es la
e x p r e s i v a que i n f o r m a al oyente sobre el estado de á n i m o
del que habla, s i n que éste r e c u r r a p a r a este fin al esquema
de la doble articulación. Así sucede que en francés u n alar-
gamiento y u n r e f o r z a m i e n t o de l a / p / de impossible en
cet enfant est impossible se puede i n t e r p r e t a r como indica-
ción de u n a i r r i t a c i ó n r e a l o simulada,

3-2. Rasgos característicos n o funcionales

Se habla de f u n c i ó n de los elementos fónicos sólo en l a


medida en que éstos son resultado de u n a elección del ha-
blante. S i n embargo, h a y que i n d i c a r l a existencia de rasgos
fónicós que i n f o r m a n a otro, quiéralo o n o el que habla,
sobre su personalidad, su situación e n l a sociedad o sobre
la región de donde procede, rasgos que deben entrar en u n a
descripción fonológica en l a medida en que no tienen este
valor más que e n u n a c o m u n i d a d l i n g i í s t i c a p a r t i c u l a r ; p o r
ejemplo, en francés convendrá señalar l a existencia p a r a el
fonema / r / de dos variantes principales, una «velar» (llama-
da grasseyée) y o t r a «alveolar» (llamada roulée) todavía m u y
frecuente esta ú l t i m a en zonas rurales, aunque en regresión.
No podría, desde luego, e n t r a r en u n a descripción fonológica
el que los h o m b r e s h a b l a n con u n t i m b r e más grave que l a s
mujeres, ya que esto responde a diferencias somáticas u n i -
de m a n e r a precisa a u n a comuni-
versales y n o caracteriza
dad p a r t i c u l a r . Pero cuando en algunas lenguas del noreste
80 Elementos de lingiitstica genera]
de Asia se c o m p r u e b a q u e u n m i s m o fonema representado
p o r / c / se realiza como [ t 3 ] en los hombres y como [ t s ] en
las mujeres no se puede d e j a r de señalar este hecho, ya que,
en otra lengua cualquiera, en italiano, p o r ejemplo, hombres
y m u j e r e s coinciden en p r o n u n c i a r [ t 3 ] en l a inicial de cin-
que y [ t s ] en la de zucchero.

3-3, R e a l i d a d física y función lingilística

E l m i s m o rasgo fónico puede ejercer u n a f u n c i ó n en una


lengua y tener en o t r a u n v a l o r completamente diferente,
E l cierre glotal que es u n fonema en árabe de Egipto, p o r
ejemplo, n o tiene en alemán v a l o r distintivo, sino contras-
tivo, e n cuanto que i n d i c a el comienzo de los radicales con
inicial vocálica; en verachten, de ver- y achten u n cierre
glotal separa l a -r- de l a -a- siguiente. En hotentote y en bos-
químano existe c o m o f o n e m a el r u i d o que, si se repite, sirve
p a r a señalar en español u n a ligera i r r i t a c i ó n , y se puede re-
presentar p o r tststs,'es decir, que las lenguas de A f r i c a del Sur
a t r i b u y e n u n a f u n c i ó n d i s t i n t i v a a lo que en otras partes?
tiene valor expresivo. E n árabe l a r alveolar y la r velar (ésta
ú l t i m a representada p o r gh en t r a n s c r i p c i ó n en la palabra
Maghreb, p o r e j e m p l o ) representan dos fonemas distintos,
en t a n t o que en francés el empleo de u n o y o t r o no afecta
a l sentido de l o que se dice, p e r o i n f o r m a sobre Ja persona
l i d a d del que habla. N o h a y nada que i l u s t r e m e j o r la inde-
pendencia m u t u a de l a r e a l i d a d física y de la función lin-
giifstica que el uso que se hace en las diversas lenguas de
lo que se l l a m a a l t u r a melódica. C o m o vamos a ver a con-
tinuación, los grados de a l t u r a y las direcciones de l a curva
melódica pueden . a s u m i r u n a f u n c i ó n d i s t i n t i v a cuando sé
oponen los unos a los o t r o s como tonos, u n a f u n c i ó n contras:
gl análisis fonológico 81

tiva cuando contribuyen al establecimiento del acento, y una


función expresiva allí donde deben considerarse como hechos
de entonación.

3-4, Dos c r i t e r i o s en c o n f l i c t o : función y segmentación:

El lingiiista se interesa en los hechos fónicos en l a me-


dida en que éstos ejercen u n a función. Se espera también
del análisis fonológico que agrupe los hechos que aseguran
la misma función, incluso si son físicamente diferentes, y,
que separe los que tienen funciones diferentes, aunque sean
materialmente análogos. De hecho este p r i n c i p i o entra en
conflicto con el o t r o p r i n c i p i o según el cual los hechos fóni-
cos se clasifican con arreglo a las dimensiones del segmento
de la cadena en l a cual ellos asumen su función. L a eleva-
ción melódica que p e r m i t e d i s t i n g u i r i l pleut? de i l pleut
tiene función opositiva como el grado de abertura de la boca
que permite d i s t i n g u i r ré de riz, pero carga sobre u n enun-
ciado completo y n o sobre u n segmento fonemático. Sabemos
|

que tal elevación se sale de l a doble articulación, que no es


propiamente d i s t i n t i v a como lo es la diferencia entre dos fo-
nemas, sino significativa como la oposición de dos monemas.
Por otra parte, l a entonación se presenta de tal manera que,
a veces, se distingue bastante m a l si l a funcióne j e r c i d a e s
propiamente opositiva (oposición de dós significaciones d i f e -
rentes) o expresiva (indicación sobre el estado de espíritu del
que habla). P o r esto, c o n frecuencia, se prefiere la segmen-
tación a l a función como p r i n c i p i o de base de clasificación.
Desde luego, los hechos se evalúan y clasifican para cada
tipo d e segmentación, sobre l a base de su función. Esto quie-
re decir que las unidades de la segunda articulación, los
fonemas, se t r a t a n aparte de los hechos prosódicos que p o r
definición están f u e r a de esta segunda a r t i c u l a c i ó n .

E, DE LINGUÍSTICA, ? 6
II, L A FONEMÁTICA

3 - 5 . Las pausas virtuales

La f o n e m á t i c a t r a t a d e l análisis del enunciado en fone


mas, de l a clasificación de esos fonemas y del examen de sus
combinaciones p a r a f o r m a r los significantes de la lengua,
Los significantes de l a lengua q u e se estudia son los datos
de los que el l i n g ú i s t a parte. Estos significantes, que son la
cara perceptible del signo l i n g i i f s t i c o , pueden ser de dimen-
sién y c o m p l e j i d a d m u y variables, p o r e j e m p l o , u n significan-
t e / m e duele la kabe@a/ que corresponde al signo me duele
la cabeza y u n significante / k a b e 9 a / que corresponde a cabe-
za. Para efectuar el análisis fonológico, se podría p a r t i r de
significantes de enunciados completos, que representan los
datos reales, sin n i n g u n a i n t e r p r e t a c i ó n o análisis previo en
frases, en oraciones, en palabras o en monemas. Pero esto
presentaría considerables inconvenientes t a n t o prácticos como
teóricos. Sucede, en efecto, que u n fonema dado se puede
p r o n u n c i a r de m a n e r a bastante d i f e r e n t e según el contexto
en que se halle. La /1/ del inglés b r i t á n i c o se pronuncia de
modo m u y diferente según que preceda a la vocal, como en
lake, o que la siga, como en w h a l e ; los parisienses articulan
de manera completamente d i s t i n t a la / 0 / de j o l i y la de a r .
L a ausencia de u n fonema que siga es u n elemento del con-
texto: en francés l a / á / de g r a n d / g r á / se percibe con fre:
cuencia como mas breve que la / a / de grande /grád/. Ahora
bien, esta diferencia entre l a vocal de g r a n d y l a de grande,
anaislada"
.
q u e es e v i d e n t e c u a n d o las d o s f o r m a s se p r o n u n c i
se cuando
mente o en posición final, es capaz de conservar.
ado, p o r
dichas f o r m a s a p a r e c e n e n e l m e d i o d e u n enunci
El análisis f o n o l ó g i c o 83

ejemplo, en /...óé g r á d a d e . . . / u n g r a n d dadais y / . . . l a g r á d


adel.../ l a grande Adele. Esto quiere decir, que l a p r o n u n c i a -
ción n o r m a l ante u n a pausa puede mantenerse allí donde l a
pausa es, p o r así d e c i r l o , - v i r t u a l y ' n o realizada. Si no tuvié-
ramos en cuenta l4s: pausas virtuales, es decir, la segmenta-
ción en palabras, t e n d r í a m o s que d i s t i n g u i r en francés u n
fonema / á / «breve» y o t r o fonema / 4 : / «larga», pues sólo
esta diferencia de «breve» a «larga» d i s t i n g u i r í a [...gráda-
dé...] con [ 4 ] breve en u n g r a n d dadais de [ . . . g r a : d a d é . . . ]
con [ á : ] l a r g a en grande Adéle. Es conveniente, pues, efec-
t u a r el análisis p a r t i e r i d o de segmentos del enunciado que
no sean susceptibles de ser i n t e r r u m p i d o s p o r u n a pausa,
es decir, en l a p r á c t i c a l o que se l l a m a palabras. E n l a trans-
cripción, las pausas v i r t u a l e s serán marcadas p o r u n espacio.

3-6. Las j u n t u r a s internas

Sucede en ciertas lenguas que el c o m p o r t a m i e n t o fonoló-


gico p a r t i c u l a r que se encuentra generalmente en u n a pausa
v i r t u a l aparece t a m b i é n , de manera más o menos marcada,
en el i n t e r i o r de l o que se llama: palabra, en la demarcación
de dos monemas. E n inglés la palabra compuesta n i g h t rate
« t a r i f a de noche» / n a i t - r e i t / n o se confunde con n i t r a t e
«nitrato» / n a i t r e i t / aunque la sucesión fonemática y los ele-
mentos prosódicos son los m i s m o s en los dos casos; del
m i s m o m o d o l a final [-ainos] de m i n u s «menos» no es idéntica
a la de slyness «astucia» donde encontramos el a d j e t i v o sly
más el sufijo -ness. N a t u r a l m e n t e , conviene hacer n o t a r la
existencia de este t i p o p a r t i c u l a r de pausa v i r t u a l , cuyos
efectos n o se c o n f u n d e n necesariamente con los del t i p o pre-
cendente examinado, y m a r c a r l a en la t r a n s c r i p c i ó n p o r me-
dio de u n guión, p o r e j e m p l o . Este t r a t a m i e n t o p a r t i c u l a r
puede extenderse a contextos inesperados, p o r ejemplo, en el
alemán Theater se t r a t a con u n a o c l u s i ó n glotal delante de
-a- como si f u e r a u n compuesto de Tee y de u n A t e r inexis-
tente. A estas pausas v i r t u a l e s se les da, a veces, el nombre
de j u n t u r a , .

3-7. ¿Qué significantes deben someterse al análisis?

Para el análisis en fonemas se utilizarán, p o r tanto, seg-


mentos del enunciado de los que se esté seguro que no en-
cierran pausas virtuales. Conviene n o o l v i d a r que, aunque
h a y u n a relación evidente entre las pausas virtuales y los
puntos de segmentación en palabras y en monemas, no exis-
t e necesariamente coincidencia absoluta, y, que en una trans-
c r i p c i ó n fonológica el espacio o el guión i n d i c a n en r igor los
puntos de la cadena e n que pueden p r o d u c i r s e accidentes
particulares que se h a decidido n o t e n e r en cuenta en el
análisis fonemático. Es preciso, p o r o t r a parte, no comparar
más que segmentos sobre los q u e se tenga seguridad de que
llevan los mismos rasgos prosódicos, esto es, acento en e l
mismo l u g a r si es u n a lengua c o n acento, los mismos tonos
sobre las mismas sílabas si se t r a t a de u n a lengua con tonos.
En el caso de u n a lengua c o m o el francés, esta ú l t i m a re-
comendación n o tiene o b j e t o y se puede u t i l i z a r como seg
mento cualquier palabra. Conviene, en fin, n o tener en cuen-
ta los elementos con f u n c i ó n expresiva, esto es n o establecer
oposición, como si se t r a t a r a de dos unidades diferentes,
entre impossible con una / p / alargada y fuerte, O impossible
con una / p / normal.
E l análisis fonológico 85

3-8. La segmentación fonemática

L a s p a l a b r a s c o l y m e s a s o n e n español m u y d i s t i n t a s :
el c o m p o r t a m i e n t o d e u n oyente n o es e l m i s m o si decimos
trae l a c o l o t r a e l a mesa, l o q u e nos c o n f i r m a en l a idea de
que c o l y m e s a n o c o r r e s p o n d e n a l o s m i s m o s hechos de
experiencia y q u el a p r o n u n c i a c i ó n de c ó l es c l a r a m e n t e dis-
t i n t a d e l a d e mesa, l a s u f i c i e n t e p a r a q u e n o sea probable
u n a c o n f u s i ó n . A l e x a m i n a r l o s segmentos, n i n g u n o de los de
la f o r m a p r o n u n c i a d a e n u n a de l a s p a l a b r a s parece recor-
d a r a l g u n o de l a o t r a . L a s i t u a c i ó n v a r í a si las dos palabras
c o m p a r a d a s s o n m e s a y pesa. A q u í la r e a c c i ó n del que oye
sigue s i e n d o d i s t i n t a ante t r a e l a mesa y trae la pesa, pero,
a l c o m p a r a r l a s d o s f o r m a s p r o n u n c i a d a s , tenemos l a sensa-
c i ó n de q u e s o n i d é n t i c a s e n u n a a m p l i a m e d i d a y q u e lo
que i m p i d e l a c o n f u s i ó n de las dos f o r m a s , y, p o r tanto, l a
i n c e r t i d u m b r e d e l q u e oye acerca d e l c o m p o r t a m i e n t o que
debe a d o p t a r , se l o c a l i z a a l p r i n c i p i o de ellas. Sucede l o mis-
m o si. se c o m p a r a g a m o y t r a m o . S i n embargo, si compara-
m o s t r a m o y r a m o n o s d a m o s cuenta de que l o que d i s t i n -
gue t r a m o y gamo se analiza en elementos sucesivos, el que
se e n c u e n t r a e n r a m o y o t r o q u e le precede. N a t u r a l m e n t e ,
l a o r t o g r a f í a p e r m i t í a p r e v e r este análisis. P e r o , p a r a l o s
o j o s d e l f o n ó l o g o , e l t e s t i m o n i o de la ortografía n o es válido;
s o l a m e n t e el a n á l i s i s p o r oposiciones sucesivas p e r m i t e se-
p á r a r l a s u n i d a d e s l i n g i t i s t i c a s . Si v o l v e m o s a mesa y pesa,
b u s c a r e m o s en v a n o u n a p a l a b r a española que r i m e con las
dos p a l a b r a s y q u e n o s p e r m i t a a n a l i z a r t o d a v i a mas l o que
d i s t i n g u e mesa d e pesa d e l m i s m o m o d o que hemos p o d i d o ,
gracias a r a m o , a n a l i z a r e n d o s elementos sucesivos l o que
d i s t i n g u e t r a m o y gamo: C o m p r o b a m o s , pues, que las i n k
ciales d e mesa y d e pesa s o n segmentos m i n i m o s , es decir,
86 E l e m e n t o s d e l i n g i i i s t i c a general
OO A A ? ? ? ?
fonemas. Se p o d r í a o b j e t a r que cae de su peso que l a inicial
d e t r a m o es m á s c o m p l e j a q u e l a d e g a m o , y a q u e se c o m p o n e
de dos «sonidos» sucesivos diferentes frente al «sonido»
ú n i c o de g a m o . P e r o se p u e d e r e s p o n d e r a esto q u e l a dife.
r e n c i a d e h o m o g e n e i d a d e n t r e l a i n i c i a l d e t r a m o y l a de
gamo no nos llama la atención más q u e p o r q u e estamos
habituados, p o r e l e m p l e o de f o r m a s c o m o t r a m o y r a m o ,
a a n a l i z a r l a p r i m e r a e n dos u n i d a d e s sucesivas. Se p u e d e
a ñ a d i r q u e es u n a d i f e r e n c i a d e g r a d o m á s q u e de n a t u r a -
leza, y q u e n o t i e n e n a d a q u e v e r c o n e l a n á l i s i s f o n o l ó g i c o ,
p u e s t o q u e existen lenguas, c o m o el v i e t n a m i t a , p o r ejem-
plo, que tienen iniciales análogas a la de t r a m o , i n i c i a l e s
q u e n o es p o s i b l e a n a l i z a r p o r f a l t a r p a l a b r a s e n ra, gra,
etc., y a las q u e , e n c o n s e c u e n c i a , h a y q u e c o n s i d e r a r c o m o
u n s e g m e n t o m í n i m o , es d e c i r , u n fonema. Esta situación
se p a r e c e a l a s e ñ a l a d a m á s a r r i b a (2-6) p a r a [ t 3 ] del es-
p a ñ o l m u c h o q u e es u n f o n e m a ú n i c o p o r q u e [$3] n o existe
e n esta l e n g u a s i n [ t ] p r e c e d e n t e , y , p o r t a n t o , [ t S ] supone
una elección ú n i c a p o r parte del que habla,

3-9. Un m i s m o sonido p a r a dos fonemas y viceversa

Operaciones como las precedentes p e r m i t e n establecer la


segmentación f o n e m á t i c a de l o s enunciados, es decir, preci-
sar de cuántos fonemas se c o m p o n e u n o u o t r o significante,
p o r ejemplo, cuatro en r a m o y en pesa, cinco en tramo, seis
en tramar. Se tiene la t e n t a c i ó n de c r e e r que estas operacio-
nes nos p e r m i t e n i g u a l m e n t e d e t e r m i n a r cuáles son los fo-
nemas de la lengua, en el sentido de que u n a vez realizado
el análisis de todos los significantes es posible comparar los
segmentos separados en los d i f e r e n t e s significantes Y con-
siderar como ejemplares del m i s m o f o n e m a aquellos que se
El análisis fonológico 87
A<_ _ _ ? _ _ _ ? _ 2 - > -» _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ? ?

parecen t a n t o como -esa de pesa y -esa de mesa. De este


modo se i d e n t i f i c a r á u n m i s m o f o n e m a / r / en la i n i c i a l de
r a m o y de rojo. S i n embargo, a l o p o n e r mesa y pesa hemos
comprobado u n a i d e n t i d a d física de l o que l a ortografía re-
presenta p o r -esa e n ambos casos, que nos ha p e r m i t i d o
localizar en l a i n i c i a l l a diferencia entre los dos significan-
tes. Pero no hemos sacado de ahí la conclusión de que mesa

y pesa, dejando aparte l a inicial, estén formadas p o r los


mismos fonemas, p o r q u e sabemos que l a identidad física n o
permite d e d u c i r l a i d e n t i d a d lingúística. U n m i s m o fonema
se realiza de m o d o diferente según el m a t e r i a l fónico que le
rodea, y u n m i s m o sonido, según lo que l e rodee, puede ser
la realización de fonemas diferentes. E n danés, p o r ejemplo,
el fonema /z2/ se realiza como [ e ] en n e l «bonito», pero
como [ a ] en ret «correcto»; el sonido [ a ] , que es u n a realiza-
ción del f o n e m a / = / en ret, es u n a realización del fonema
/ a / en nat «noche». Si la identidad física no lleva aquí con-
sigo l a i d e n t i f i c a c i ó n l i n g i l i s t i c a es porque la / x / danesa
?abre las articulaciones vocálicas anteriores que están en
contacto c o n ella. A h o r a bien, el danés distingue fonológica-
mente c u a t r o grados de a b e r t u r a p a r a las vocales, tanto €n
contacto c o n / r / como en o t r o caso. E l p r i m e r grado de
abertura no se puede caracterizar p o r su t i m b r e que varía
entre [ i ] y [ e ] según el contexto, sino p o r l o que le dis-
tingue en cualquier posición, de las otras vocales anteriores,
a saber su a b e r t u r a m í n i m a . Igualmente, lo que da unidad
a l fonema / z / es el hecho de que existen en l a parte a n t e -
r i o r de l a boca dos fonemas más cerrados que él y uno más
abierto, es decir, que 'es del t e r c e r grado de abertura. E s o
es. lo que le opone a los otros fonemas; Su realización, en
cambio, v a r í a según los contextos de [ e ] a [ a ] . Esta [ e l y
esta [ a ] estan en sus contextos respectivos, en una relación
idéntica c o n las o t r a s vocales.
88 E l e m e n t o s de lingilística general
-_A ? < á ñ á k á A A _ _ = - - - _ _ _ _ _ _ _____?_?

3-10. D e f i n i r los segmentos antes de compararlos

N o se p o d r í a , pues, decir que r a m o y r o j o comienzan


p o r el m i s m o fonema hasta después de h a b e r comprobado
que están en u n a r e l a c i ó n de i d e n t i d a d c o n las unidades sus-
ceptibles de f i g u r a r en sus contextos respectivos -amo -ojo.
Es u n caso parecido al de [ e ] del danés net y de [ a ] del
danés r e t que son reconocidos como u n solo y único fonema
p o r q u e se les define a ambos como de tercer grado de aber-
t u r a con relación a las otras unidades susceptibles de apare-
cer en los m i s m o s contextos que ellos. Así, pues, antes de
p r o c e d e r al establecimiento del inventario de fonemas, es
necesario definir cada segmento d e t e r m i n a n d o exactamente
l o que en su contorno fónico le distingue de todos los que
hubiesen p o d i d o estar en su lugar. Una vez hecho esto, se
identificarán como realizaciones de u n solo y m i s m o fonema
los segmentos que, procediendo de contextos diferentes, pre-
sentan l a m i s m a definición.

3-11. O p e r a r c o n contextos l i m i t a d o s

Si se m a n t u v i e r a al pie de la l e t r a l o que se acaba de


decir acerca de las c o n d i c i o n e s - q u e p e r m i t e n l a identifica-
c i ó n de diferentes segmentos m í n i m o s como realizaciones
d e u n m i s m o f o n e m a , m u y p r o n t o se c h o c a r í a c o n d i f i c u l t a ?
des insuperables, debidas a que en todas l a s lenguas sólo se
aprovechan realmente p a r a f o r m a r palabras y monemas una
m i n o r í a de las combinaciones fonemáticas posibles. En el
contexto t o t a l y exacto en q u e se encuentra la / r / de ramo,
apenas se u t i l i z a n en español más fonemas q u e / t / en tamo
y / g / en gamo, N o obstante, si nos decidimosa u t i l i z a r col-

ae
El análisis fonológico 89
eeee e e ?

tornos f ó n i c o s a l g o d i f e r e n t e s , p e r o q u e n o p a r e c e que afec-


ten a las c o n d i c i o n e s de a p a r i c i ó n de s o n i d o s a n t e -amo, se
a ñ a d i r á n m u c h o s o t r o s f o n e m a s a esta l i s t a : / 1 / y / s / , p o r
ejemplo, q u e se e n c u e n t r a n e n c l a m o y asamos. Se caerá
en seguida en l a c u e n t a de q u e en e s p a ñ o l t o d o l o q u e p u e d e
aparecer a n t e a p u e d e a p a r e c e r t a m b i é n a n t e -amo. M á s a ú n ,
se o b s e r v a r á q u e l a naturaleza de la vocal no i m p l i c a en
esta l e n g u a n i n g u n a l i m i t a c i ó n en c u a n t o a l a elección d e l
f o n e m a c o n s o n á n t i c o q u e l a p r e c e d e , l o que, c o m o se c o m -
prende, s i m p l i f i c a m u c h o l a t a r e a . P e r o este n o es el caso e n
m u c h a s lenguas y e l l o p r o d u c e p a r a l a i d e n t i f i c a c i ó n de los
fonemas, p r o b l e m a s q u e s e r á n t r a t a d o s enseguida.

3-12. Investigación de los rasgos pertinentes

L a identificación de los segmentos mínimos, previa a cual-


quier identificación de los fonemas, supone comparar l a na-
turaleza f o n é t i c a del segmento elegido con la de los otros
segmentos que pueden f i g u r a r en el m i s m o contexto 0, Por
decirlo de o t r o modo, que están en oposición con él. Por ejem-
plo, el p r i m e r segmento de Ja palabra doro esta en oposición
con el p r i m e r segmento de soro. Se percibe en el p r i m e r
caso u n a explosión precedida de u n cierre d e l canal espira-
t o r i o efectuado al n i v e l de los dientes superiores p o r la pun-
ta de la lengua y acompañado de vibraciones de las cuerdas
vocales. E n el o t r o caso, Se observa u n a f r i c c i ó n del aire
entre los alvéolos superiores y el ápice de l a lengua, sin
acompañamiento de vibraciones glotales. E n este p u n t o del
análisis n o sabemos si estas diferentes características van
siempre j u n t a s o no. Si más tarde se comprobara que en
español la explosión apicodental va siempre acompañada de
voz y que la f r i c a c i ó n apicoalveolar es siempre sorda, es de-
90 E l e m e n t o s de l i n g i i i s t i c a general

cir, que u n a y o t r a obedecen siempre a u n a elección única


del q u e habla, habría q u e considerar cada u n o de estos
c o m p l e j o s a r t i c u l a t o r i o s c o m o u n rasgo p e r t i n e n t e o distin-
t i v o único. Pero cuando hacemos i n t e r v e n i r l a palabra toro
a d v e r t i m o s que el p r i m e r segmento de esta p a l a b r a se opone
a l a i n i c i a l de d o r o n o p o r l a a r t i c u l a c i ó n de la lengua que
es l a m i s m a , sino p o r l a ausencia de vibraciones glotales
concomitantes. Para realizar d o r o es preciso hacer elección
en la i n i c i a l : 1 . ) de l a a r t i c u l a c i ó n oclusiva apical común a
d o r o y a toro, 2 . ) de la articulación g l o t a l característica quie
d i s t i n g u e d o r o de toro. Si después comparamos moro, ad-
v e r t i m o s que doro difiere de esta p a l a b r a en que su oclusión
i n i c i a l es apical y no labial y en que va acompañada de una
elevación d e l velo. del paladar que i m p i d e al aire penetrar
en las fosas nasales, m i e n t r a s que el p r i m e r segmento de
m o r o a d m i t e u n a salida de aire p o r la nariz antes de la ex-
p l o s i ó n labial. Hasta aquí nada nos dice que en español la
oclusión labial sonora no vaya siempre acompañada de una
salida de aire p o r l a nariz. Pero l a intervención de b o r o nos
m u e s t r a que l a oclusión labial sonora y el carácter nasal son
disociables y en consecuencia representan dos rasgos d i s -
tintivos, y -noro (de sonoro) i n d i c a que se puede combinar
oclusión apical y carácter nasal. E s t o i m p l i c a de rechazo que
l a p r o n u n c i a c i ó n del p r i m e r segmento de d o r o supone una
tercera elección, l a de la elevación d e l ' velo del paladar que
le distingue del p r i m e r segmento de -noro. N o aporta ningún
elemento l a i n t e r v e n c i ó n de c o r o ; l a oclusión en este caso
es dorsal y no apical y s i n a c o m p a ñ a m i e n t o de vibraciones
glotales, pero esto n o hace destacar n i n g ú n rasgo p a r t i c u l a r
de l a a r t i c u l a c i ó n del p r i m e r segmento de doro. L a inicial
de l o r o presenta t a m b i é n u n a a r t i c u l a c i ó n apical, pero con
salida del aire p o r ambos lados de l a lengua (articulación
lateral); hay, pues, que caracterizar este segmento como

qu
t e
El análisis f o n o l ó g i c o = Ci

J a t e r a l . Si, c o m o s u c e d e e n f r a n c é s , n o e x i s t i e r a en español
más l a t e r a l q u e l a a p i c a l , n o h a b r í a q u e d i s t i n g u i r en l o r o
más rasgo p e r t i n e n t e q u e e l l a t e r a l , p u e s t o q u e r e p r e s e n t a r í a
una elección ú n i c a . S i n e m b a r g o , en español, a d e m á s d e * l a
apical de l o r o , e x i s t e l a p a l a t a l d e l l o r o / l o r o / p o r l o q u e ' e n
el p r i m e r s e g m e n t o de l o r o h a y q u e d i s t i n g u i r dos rasgos
pertinentes, a saber, l a t e r a l y a p i c a l . C o m o e l p r i m e r seg-
mento de d o r o es t a m b i é n a p i c a l , se o p o n e a l de l o r o p o r
su c a r á c t e r n o l a t e r a l q u e es n e c e s a r i o d i s o c i a r c o m o rasgo
p e r t i n e n t e , T e n d r e m o s , p u e s , e n c u e n t a p a r a este segmento
cuatro rasgos p e r t i n e n t e s : 1.°) o c l u s i v o apical, 2 . ) sonoro,
3 ° ) . n o n a s a l , e s t o es, o r a l y 4 ° ) n o l a t e r a l .

3-13. P r o p o r c i o n a l i d a d de las r e l a c i o n e s

Si separamos del m i s m o m o d o los rasgos pertinentes de


todos los segmentos m i n i m o s que figuran o podrian figurar
en francés a n t e -ouche, p o r ejemplo, y si agrupamos los
segmentos caracterizados p o r u n rasgo p e r t i n e n t e determina-
do, obtenemos las clases siguientes: «sordas» p f t s 8 k ;
«sonoras» b v d z Z g; «no nasales» b d y; «nasales» m n i i ;
«lateral» 1; «uvular» 1; «bilabiales» p b m; «labiodentales»
f v; «apicales» t d n; «silbantes» S z; «prepalatales»» 3 2;
«palatales» y ii; «dorsovelares» k g. Los términos elegidos
para designar cada u n o de los rasgos n o intentan dar u n a
descripción exhaustiva de l a producción fónica en cuestión.
E l adjetivo «Sonoro» corresponde aquí a la expresión «acom-
pañado de vibraciones glotales» del análisis precedente; pero
ninguna de estas designaciones se presenta como descripti-
va. Se sabe desde hace m u c h o t i e m p o que las vibraciones
de las cuerdas vocales que acompañan a l a pronunciación
de ciertas articulaciones bucales son paralelas de otras ma-
92 E l e m e n t o s d e l i n g i l í s t i c a genera]
o A _ 2
_2 0
q E _
,
n i f e s t a c i o n e s f o n é t i c a s . L o q u e s i g n i f i c a a q u í s o n o r o es l a
p r o p o r c i o n a l i d a d d e r e l a c i o n e s de / p / a / b / , / f / a / v / , / t ] a
/ d / , etc. C u a l e s q u i e r a q u e sean l a s r e a l i d a d e s f o n é t i c a s que
d i s t i n g u e n a / p / de / b / se a f i r m a q u e son las m i s m a s que
d i s t i n g u e n a / £ / d e / v / , s o l a m e n t e c o n las d i f e r e n c i a s que re-
p r e s e n t a n l a a r t i c u l a c i ó n o c l u s i v a y b i l a b i a l e n u n caso, y
f r i c a t i v a y l a b i o d e n t a l e n el o t r o . E l h e c h o de p o n e r entre
c o m i l l a s u n a d e s i g n a c i ó n c o m o « s o n o r a » señala s u carácter
a m p l i a m e n t e c o n v e n c i o n a l . H a y q u e o b s e r v a r q u e u n a clase
c o m o / t d n / h a s i d o d e s i g n a d a s i m p l e m e n t e c o m o apical,
m i e n t r a s q u e e l a n á l i s i s d e e s t o s t r e s s e g m e n t o s h a b í a revela-
d o de m a n e r a m u y p r e c i s a u n a o c l u s i ó n a p i c a l . N o obstante,
a n o t a r e n este caso « o c l u s i ó n a p i c a l » e n l u g a r de «apical»
s u p o n d r í a e l r i e s g o de . s u g e r i r l a e x i s t e n c i a de dos rasgos
p e r t i n e n t e s d i s t i n t o s , c u a n d o l a v e r d a d es que, a l ser en fran-
cés s i e m p r e o c l u s i v a s l a s « a p i c a l e s » n o h a y j a m á s dos elec-
ciones d i s t i n t a s ; c o m o las « a p i c a l e s » n o son las únicas oclu-
sivas, se debe r e t e n e r e l t é r m i n o « a p i c a l » q u e es e l ú n i c o
específico. C o n v i e n e t e n e r e n c u e n t a i g u a l m e n t e que, ante
-ouche, l o s s e g m e n t o s / m n ñ/ no s o l a m e n t e son nasales,
sino t a m b i é n s o n o r o s . S i n e m b a r g o , a q u í l a s o n o r i d a d n o es
d i s o c i a b l e de l a n a s a l i d a d , y a q u e e n esta p o s i c i ó n n o existen
nasales n o s o n o r a s . P o r eso es p o r l o q u e n a t u r a l m e n t e / m
n f i / n o f i g u r a n e n l a clase de l a s « s o n o r a s » q u e son tales
sonoras ú n i c a m e n t e p o r o p o s i c i ó n a l a s « n o sonoras».

3-14, Representación gráfica de las proporciones

L a p r o p o r c i o n a l i d a d d e las r e l a c i o n e s i n d i c a d a s p o ! l o s

términos «sorda», «nasal», «bilabial», «labiodental», «api! .


«silbantes», «prepalatal», «palatal» y «dorsovelar» S¢ pue
horizonte"
representar en un gráfico colocando en las rectas
El análisis f o n o l ó g i c o 94
i i A q 0 0 0
les o v e r t i c a l e s c o r r e s p o n d i e n t e s l a s u n i d a d e s c a r a c t e r i z a d a s

por cada u n o de estos rasgos. .

Hay que a d v e r t i r expresamente que n o están representa-


dos los rasgos p e r t i n e n t e s que h a n sido aislados, p o r ejem-
plo, «no nasal» o «no lateral». Se trata de rasgos que carac-
terizan a fonemas que n o e n t r a n en las proporciones, como
Mi y [ x [ o q u e exigirían que ciertos fonemas ( / b d / ) figura:
ran dos veces e n el gráfico.
2
et A a
3 . 3 E
a a 9 3 A vs}
EA
2 38 ? ~$ $
a]
5
S Z 2 8 S 3 £
rt
a s 6 3 8 B S
A A A
sorda Pp fF t s $ k
sonora b Vv d z 2 g
* nasal m n ñ
j

3-15. De los inventarios de segmentos a los fonemas

E n p r i n c i p i o el i n v e n t a r i o precedente es el de las unidades


distintivas que f i g u r a n O p o d r í a n figurar ante -ouche, pero el
análisis c o n o t r o s contextos puede d a r lugar a inventarios
más ricos o menos abundantes. Hay que identificar las uni-
dades d e e s t o s n u e v o s i n v e n t a r i o s c o n las q u e se h a a i s l a d o
más arriba, c o m p a r a n d o n o l o que a l oído le parece seme-
do p o r los mismos rasgos
jante, sino lo que está caracteriza
pertinentes. Representan Un solo y único fonema las unida-
que se hallan en las mismas
des de diferentes inventarios
relaciones con las otras unidades de su inventario respec:
tivo. La inicial de búche y la de bouge son identificadas como
realizaciones del mismo fonema / b / porque una y otra se
?hy 94 E l e m e n t o s de l i n g i í s t i c a general
1

3_ A > ? A A 4 + ? ? 0 g g q O00c0c0000?Q0Q 0 -_?_


a definen c o m o : 1 . ) «bilabial», 2.2) «sonora», 3 . ) «no nasal»,
Ñ Naturalmente, los fonemas que se aíslen de este modo
,
pueden ser clasificados t a l c o m o se h a hecho antes con los
segmentos distintivos que p r e c e d e n a -ouche y se puede in.
iy tentar una representación esquemática de las proporciones
del sistema colocando e n l a intersección de las rectas los
os

fonemas caracterizados p o r u n m i s m o rasgo pertinente. Una


clase de fonemas consonánticos caracterizados p o r u n mis-
mo rasgo, como / p f t s 3 k / en francés, que se ordenan a
lo largo del canal espiratorio se l l a m a s e r i e ; las consonan-
tes, como / t d n / o / 3 Z/, que se a r t i c u l a n en el mismo pun-
to de este canal y p o r m e d i o del m i s m o juego de u n mismo
órgano f o r m a n l o que se l l a m a u n o r d e n . E n francés se
distinguen las series sorda, sonora y nasal y los órdenes bila-
bial, labiodental, apical, silbante, prepalatal, palatal y dorso-
velar. Dos series como / p f t s 3¿k/ y / b v d z Z g / forman
lo que se l l a m a c o r r e l a c i ó n . Este t é r m i n o supone que
cada una de las dos series n o existe como t a l más que p o r
el hecho de que existe l a otra. E l rasgo pertinente que dis-
tingue las dos series se l l a m a m a r c a de correlación. Aquí
la marca de correlación es l a «sonoridad».

3-16. Las variantes combinatorias

_La identificación de la / b / de búche con l a de bouge no


podía ofrecer dificultad en el cuadro de la operación precé:
dente. Pero la cosa está muy lejos de ser siempre tan simple.
Cuando se comparan dos inventarios se encuentran, en el
mejor de los casos, el mismo número de unidades en uno Y
otro. Pero es excepcional que la descripción de cada UnA e
ellas en un inventario t e n g a correspondiente exacto en e
otro inventario. Si hacemos el inventario de las unidades
El análisis fonológico 95

d i s t i n t i v a s d e l e s p a ñ o l e n e l c o n t e x t o n a . . . a, s e p a r a m o s e n
l a p a l a b r a n a d a u n a u n i d a d q u e c a r a c t e r i z a m o s c o m o espi-
r a n t e s o n o r a a p i c o i n t e r d e n t a l [ 5 ] , q u e se p a r e c e u n p o c o a l a
f r i c a t i v a e s c r i t a t h e n e l i n g l é s f a t h e r . S i a c o n t i n u a c i ó n ha-
c e m o s el i n v e n t a r i o e n e l c o n t e x t o f o n . . . a, e n c o n t r a m o s e n
la palabra fonda una u n i d a d que hay que describir como
u n a o c l u s i v a a p i c o d e n t a l [ d ] ; p e r o l a e s p i r a n t e [ 5 ] n o apare-
ce n u n c a a q u í , c o m o t a m p o c o l a o c l u s i v a [ d ] a p a r e c e n u n -
c a - e n t r e d o s a. S i n e m b a r g o , c o m o l a s r e l a c i o n e s d e l a espi-
r a n t e a p i c o i n t e r d e n t a l c o n las u n i d a d e s d e s u i n v e n t a r i o son
l a s m i s m a s q u e las d e l a o c l u s i v a a p i c o d e n t a l c o n las d e l
suyo, i d e n t i f i c a m o s estas d o s r e a l i z a c i o n e s como variantes
de u n m i s m o f o n e m a / d / . L a c o m p a r a c i ó n d e l o s dos cua-
d r o s s i g u i e n t e s m u e s t r a q u e [ 6 ] y [ d ] e n t r a n en e l m i s m o
s i s t e m a d e p r o p o r c i o n e s en sus i n v e n t a r i o s r e s p e c t i v o s .

Inventario parcial Inventario parcial


entre vocales entre nasal y vocal
p t k e

p t k
Bp
5 Y : b d g
f 0 x f 0 x

Se h a b l a de variantes combinatorias o contextuales cuan-


do se adquiere conciencia de l a diferencia de las realizaciones
de u n m i s m o f o n e m a en contextos diferentes, es decir, cuando
esta diferencia es l o suficientemente notable para que se pue-
d a llegar a descripciones no idénticas, como sucede en español
con [ 5 ] y [ d ] . N o obstante, h a y que tener en cuenta que
ciertas diferencias que u n individuo percibe pueden escapar
a o t r o cuyos antecedentes l i n g i í s t i c o s no son los mismos.
U n español, al describir u n a lengua en l a que [51 y [ d ] sean
variantes de u n m i s m o fonema, no pensaría en d i s t i n g u i r
en este caso dos variantes; jamás tiene que elegir entre una
96 Elementos de lingiiistica general
> A ee .RQ.._. K X ? ? ? ?

y otra, y, p o r ello, l a s i d e n t i f i c a . I g u a l m e n t e a l t i p o m e d i o
p a r i s i e n s e n o se l e o c u r r i r í a s e ñ a l a r u n a d i f e r e n c i a e n t r e l a
/ 0 / de j o l i y l a d e c o r . P e r o p a r a u n a n g l o a m e r i c a n o , q u e
oye en e l p r i m e r caso s u / a / de s u n y e n e l s e g u n d o caso s u
/ a / d e l o r d , s o n v a r i a n t e s b i e n c a r a c t e r i z a d a s o, c o m o t a m -
b i é n se dice, « a l ó f o n o s » . D e c i r q u e u n f o n e m a n o t i e n e v a r i a n .
tes o b i e n q u e t i e n e dos, t r e s o m á s es c o m e t e r e l e r r o r de
t r a s p a s a r a l s i s t e m a d e l a l e n g u a q u e se d e s c r i b e las reaccio-
nes p r o p i a s d e l q u e d e s c r i b e .
Desde luego, una variación combinatoria no p u e d e ser
u n p r o d u c t o d e l azar. D e b e e x p l i c a r s e , p o r l o m e n o s p a r c i a l -
m e n t e , en r e l a c i ó n c o n e l c o n t e x t o f ó n i c o . S i e l f o n e m a es-
p a ñ o l / d / se r e a l i z a c o m o o c l u s i v o d e s p u é s de / n / , es p o r -
q u e l a a r t i c u l a c i ó n b u c a l d e este ú l t i m o e x i g e u n cierre, y
es m á s f á c i l y m á s e c o n ó m i c o m a n t e n e r este c i e r r e p a r a l a
/ d / siguiente. S i se r e a l i z a e n t r e dos vocales, se r e a l i z a c o m o
f r i c a t i v o p o r q u e en e l c u a d r o d e l s i s t e m a e s p a ñ o l es más
e c o n ó m i c o n o c e r r a r l a b o c a c o m p l e t a m e n t e e n t r e dos a r t i c u -
laciones v o c á l i c a s q u e de s u y o se r e a l i z a n c o n l a b o c a a m p l i a -
m e n t e a b i e r t a . Se d i c e q u e las v a r i a n t e s c o m b i n a t o r i a s de
un mismo. fonema están en d i s t r i b u c i ó n c o m p l e
mentaria,

3-17. Las otras variantes

Existen variantes de u n fonema d i s t i n t a s de las combina-


torias.. E l m i s m o fonema francés / r / es velar p a r a unos y
alveolar p a r a otros. Se dice entonces que son variantes in-
dividuales. E n el caso del a c t o r que realiza en escena la al:
veolar y e n la calle l a v e l a r se d i r á más b i e n que se trata de
variantes facultativas. E l c o n d i c i o n a m i e n t o de las variacio-
nes puede entremezclarse, H a y franceses que hacen alveolar
E l análisis f o n o l ó g i c o 97

l a / r / d e t r é s y v e l a r l a de f e r , es d e c i r , q u e o f r e c e n v a r i a n -
tes i n d i v i d u a l e s c o n f o r m e a u n c o n d i c i o n a m i e n t o c o m b i n a :
torio. :

3-18, Neutralización y archifonemas

S u c e d e c o n m u c h a f r e c u e n c i a q u e los i n v e n t a r i o s recogi-
dos e n d o s c o n t e x t o s d i f e r e n t e s n o r e ú n e n el m i s m o n ú m e r o
de u n i d a d e s d i s t i n t i v a s . E n este caso, p u e d e s u c e d e r q u e la
u n i d a d d e u n i n v e n t a r i o c u y o e q u i v a l e n t e n o aparece e n el
o t r o i n v e n t a r i o n o e n t r e e n n i n g u n a d e las p r o p o r c i o n e s d e l
s i s t e m a . E s t a s i t u a c i ó n se d a en l o s i d i o m a s c r i o l l o s f r a n c e -
ses e n l o s q u e l a ú n i c a u n i d a d d e f i n i d a c o m o u v u l a r está
a t e s t i g u a d a en l a i n i c i a l de p a l a b r a s c o m o riche, p e r o n o
está r e p r e s e n t a d a en f i n de p a l a b r a o s í l a b a ( p o u r o p e r d u
« p r o n u n c i a d a s s i n 7»). E n este caso se d i c e s i m p l e m e n t e q u e
e l f o n e m a p r e s e n t a l a g u n a s en s u d i s t r i b u c i ó n . L a s i t u a c i ó n
es m u y d i s t i n t a c u a n d o l a s u n i d a d e s d e q u e se t r a t a se h a l l a n
e n r e l a c i o n e s p r o p o r c i o n a l e s . P o r e j e m p l o , el i n v e n t a r i o de
las c o n s o n a n t e s d e l r u s o en p o s i c i ó n a n t e v o c a l c o m p r e n d e
( g e n e r a l m e n t e e n dos f o r m a s d i s t i n t a s , p a l a t a l i z a d a y n o pa-
l a t a l i z a d a ) u n a u n i d a d c a r a c t e r i z a d a c o m o : 1.°) b i l a b i a l , 2.°) n o
n a s a l , 3.2) s o r d a ; o t r a c a r a c t e r i z a d a c o m o : 1.°) b i l a b i a l , 2.°) n o
n a s a l , 3.2) s o n o r a ; o t r a t e r c e r a c a r a c t e r i z a d a c o m o : 1 . ) a p i c o -
d e n t a l , 2.9) n o n a s a l , 3 . ) s o n o r a , etc., así, p u e s , u n s i s t e m a
proporcional
p t
b d etc,
(m n)

E n p o s i c i ó n final, el inventario correspondiente se reduce


a una u n i d a d : 1.2) bilabial, 2.°) n o nasal, y a una u n i d a d : 1.°)
apicodental, 2.°) n o nasal, esto es, u n sistema donde ya no se
E, DE L I N G U Í S T I C
? A7,
98 E l e m e n t o s de lingiitstica generq
e e e Beneral
d i s t i n g u e n / p / y / b / , / t / y / d / . F i s i c a m e n t e , n o se conocen
e n p o s i c i ó n f i n a l a b s o l u t a m á s q u e l o s s o n i d o s [ p ] y [ t ] que
son n o s o n o r o s . P e r o este c a r á c t e r s o r d o n o es p e r t i n e n t e
p u e s t o q u e está d e t e r m i n a d o a u t o m á t i c a m e n t e p o r el con.
t e x t o y n o es o b j e t o d e u n a e l e c c i ó n p o r p a r t e d e l que habla,
Así, pues, m i e n t r a s q u e d e l a n t e de v o c a l h a y que d i s t i n g u i r ,
e n l a m a y o r p a r t e de l o s t i p o s a r t i c u l a t o r i o s o c l u s i v o s o fri-
cativos, e n t r e u n f o n e m a s o r d o y o t r o s o n o r o , n a d a de esto
sucede e n f i n a l de p a l a b r a n i t a m p o c o en f i n a l de sílaba
d o n d e l a p r e s e n c i a o a u s e n c i a de v i b r a c i o n e s g l o t a l e s está
d e t e r m i n a d a p o r e l c o n t e x t o . H a y e n este caso u n a sola uni-
d a d d i s t i n t i v a que, p o r así d e c i r l o , c u b r e las dos unidades
correspondientes en p o s i c i ó n p r e v o c á l i c a y que se l l a m a
archifonema. S i e l f o n e m a se d e f i n e c o m o l a suma de
los rasgos p e r t i n e n t e s , e l a r c h i f o n e m a es el c o n j u n t o de ras-
gos p e r t i n e n t e s c o m u n e s a dos o m á s f o n e m a s que son los
ú n i c o s que los p r e s e n t a n t o d o s . A l l í , d o n d e se r e a l i z a e l archi-
f o n e m a , se dice q u e h a y n e u t r a l i z a c i ó n . E n r u s o , las
oposiciones / p / - / b / , / t / - / d / , etc., y , p a r a f o r m u l a r e l hecho
de m a n e r a más general, l a o p o s i c i ó n de l a s o n o r i d a d a l a au-
sencia de s o n o r i d a d se n e u t r a l i z a n en f i n d e p a l a b r a y ante
o c l u s i v a o a n t e f r i c a t i v a . S u c e d e l o m i s m o en a l e m á n , donde
R a d y R a t se p r o n u n c i a n d e m o d o i d é n t i c o , y e n o t r a s mu-
chas lenguas, p e r o no se d a este caso e n f r a n c é s n i en
inglés, d o n d e r a t e / r a t / y r a d e / r a d / , c a t y cad sem a n t i e n e n
bien distintos.
La neutralización puede afectar a más de dos fonemas.
E n español, los tres fonemas nasales que aparecen en inicial
.de sílaba, p o r ejemplo, en cama, cana, caña, neutralizan sus
oposiciones en final de sílaba donde l a realización de los
sonidos [ m ] , [ n ] , [ a ] y [ y ] está ordenada p o r el contexto
y no puede ser o b j e t o de elección p o r p a r t e del que habla.
Por ejemplo, el segmento final de l a p a l a b r a razón se realiza
E l análisis f o n o l ó g i c o 99

como [ n ] , 0, a veces, c o m o [ y ] , s i n que los hablantes ten-


gan conciencia de u n a diferencia; el final de l a f o r m a g r a n
se realiza [ m ] en g r a n poeta, [ n ] e n g r a n torero, [ i i ] en g r a n
Chaco, [ml] en g r a n cabo. Como se ve p o r estos ejemplos,
estas asimilaciones se l l e v a n a cabo incluso p o r encima de
u n a pausa v i r t u a l .

3.19. Neutralización y distribución complementaria parcial

Se p u e d e h a b l a r de n e u t r a l i z a c i ó n y de archifonema en
ciertos casos e n q u e las unidades de que se t r a t a n o entran
e n el s i s t e m a p r o p o r c i o n a l , p e r o en los que una distribución
c o m p l e m e n t a r i a p a r c i a l (cf. 3-16) c o n f i r m a las indicaciones
de parentesco que había sugerido el análisis fónico. E n l a
o p o s i c i ó n del español c e r r o / c e r o , se puede h a b l a r de u n a
v i b r a n t e f u e r t e en e l p r i m e r caso y de una vibrante débil en
e l segundo. Pero t a m b i é n se podrían ver en ella dos realida-
des c o m p l e t a m e n t e d i s t i n t a s : u n a v i b r a c i ó n en el p r i m e r
caso y u n choque en el segundo. S i n embargo, h a y que tener
en cuenta q u e en p o s i c i ó n i n i c i a l de p a l a b r a n o se encuen-
t r a más q u e l a f u e r t e y en final de sílaba sólo l a débil. Si no
consideramos más que estas dos posiciones nos vemos con-
d u c i d o s a ver, en l a f u e r t e y en l a débil, variantes de una
m i s m a u n i d a d , u n a v a r i a n t e f u e r t e en rico y u n a variante
d é b i l en a m o r . E s t a u n i d a d que se escinde en dos en posi-
c i ó n i n t e r v o c á l i c a es u n a r c h i f o n e m a caracterizado p o r vibra-
ciones apicales y los fonemas que él cubre son u n a vibrante
f u e r t e / F / ( c e r r o ) y una v i b r a n t e débil / r / (cero).
E n el sistema vocálico francés también l a d i s t r i b u c i ó n
c o m p l e m e n t a r i a p a r c i a l de determinadas unidades distinti-
vas p e r m i t e precisar l a naturaleza exacta de las oposiciones
d e l sistema. E n f i n a l de p a l a b r a se distinguen en el francés
d e París c u a t r o grados de a b e r t u r a p a r a las vocales anterio-
100 Elementos de lingiiistica general
r e s , como l o d e m u e s t r a nl a s p a l a b r a s r i z , r é , r a i e y r a t . E p
la posición trabada, es decir, cuando una consonante al me-
nos sigue a la vocal, no se distinguen más que tres grados,
los de bile, belle, bal. Una palabra que comience p o r / b / y
termine p o r / 1 / y que lleve entre estas consonantes el tim.
b r e é de ré no solamente no existe, s i n o ' q u e es impronuncia.
ble para el t i p o medio parisiense. L o que p e r m i t e decir que
l a neutralizada en este caso es la oposición r é / r a i e , y no la
oposición riz/ré, es el hecho de que los t i m b r e s de ré y de
raie son parcialmente complementarios; el t i m b r e de raie
es sólo n o r m a l en sílaba trabada, el de ré tiende a ser sólo
n o r m a l en sílabas no trabadas fuera de la posición final, por
ejemplo, en maison, pécheur, descendre, a pesar de las tra-
diciones del bien h a b l a r y de .las indicaciones que parece
d a r la grafía. H a y que h a b l a r en este caso de u n archifonema
(representado p o r / E / o más simplemente p o r / e / ) que no
se escinde claramente en dos fonemas más que en final de
palabra, aunque, a veces, ciertas personas al hablar tratan
de d i s t i n g u i r entre pécher y péché. Cuando se trata de voca-
les no nasales del francés interesa p a r t i r de los archifonemas,
indicados con frecuencia p o r la maytiscula / I E A O U U @/,
que representan en esta parte del sistema las únicas distin-
ciones comunes a todos los francohablantes.

3-20. L a neutralización se m a n i f i e s t a en las alternancias

Cuando no se hace un análisis minucioso de los rasgos


pertinentes, se adquiere generalmente conciencia de la neu-
tralización p o r la observación de las modificaciones que €x-
perimentan las palabras en la flexión. Por ejemplo, en el
infinitivo de la palabra .repérer la vocal [ e ] colocada entre
/-p-/ y /-+-/ tiene el timbre de la vocal de ré; en il repere,
E l análisis f o n o l ó g i c o 101

l a vocal [ £ ] tiene el t i m b r e de l a de gres. Es esto l o que p o r


o t r a p a r t e i n d i c a n los acentos agudos y graves en los que se
puede confiar en este caso p a r t i c u l a r . Hay, pues, si se quiere,
alternancia, p e r o u n a a l t e r n a n c i a condicionada p o r el entor-
n o fónico y q u e n o depende de u n a elección del hablante.
A l t i p o m e d i o parisiense le sería d i f í c i l p r o n u n c i a r l a é de
r é en i l repére, y precisamente esta é es l a ú n i c a pronuncia-
c i ó n que se l e o c u r r e n a t u r a l m e n t e en l a segunda sílaba de
repérer. E s t a a l t e r n a n c i a que depende del entorno fónico
actual y que refleja u n c o m p o r t a m i e n t o fonológico caracterís-
t i c o del f r a n c é s c o n t e m p o r á n e o no puede ser colocada en
el m i s m o p l a n o que l a de e u / o u en ils peuvent, nous pouvons
que refleja u n a d i f e r e n c i a c i ó n cuyo condicionamiento fóni-
co h a cesado de e x i s t i r desde hace más de m i l años. N o h a y
n a d a en l a f o n o l o g í a del francés contemporáneo que se pu-
d i e r a o p o n e r a f o r m a s como * i l s p o u v e n t o *nous peuvons
r i m a n d o c o n elles couvent y nous abreuvons.

3-21. Vocales y consonantes

E n u n a lengua como el francés n o es r a r o e n c o n t r a r con-


sonantes y vocales en los m i s m o s contextos, p o r ejemplo, en
chaos / k a o / y cap / k a p / , e n abbaye / a b e i / y abeille / a b e j / .
D e c i r que el c o n t e x t o n o es el m i s m o p o r q u e l a silabación
es d i f e r e n t e es o l v i d a r q u e carácter vocálico y carácter silá-
b i c o n o s o n a q u í más que u n solo y ú n i c o rasgo. S i n embargo,
i n t e r e s a d e u n a m a n e r a general d i s t i n g u i r el sistema de las
consonantes del de las vocales. L o que se espera de las con-
sonantes y de las vocales n o es q u e aparezcan en los m i s m o s
contextos, es decir, que se opongan, sino que se sucedan
unas a otras en el h i l o del discurso, es decir, que estén en
?contraste.
102 E l e m e n t o s de lingiiística general
?A? ? _ ? ? $ $ B U S A general
E s t o n o q u i e r e d e c i r q u e d e t e r m i n a d o s s o n i d o s n o pue-
dan, según el contexto, d e s e m p e ñ a r e l p a p e l d e á p i c e de
sílaba, q u e es el p a p e l n o r m a l d e u n a v o c a l , o el de a c o m .
p a ñ a n t e de este á p i c e , q u e es e l p a p e l q u e se e s p e r a de u n a
c o n s o n a n t e . E n m u c h a s l e n g u a s [ i l ] es á p i c e de s í l a b a a n t e
c o n s o n a n t e y a g r e g a d a d e ese á p i c e d e l a n t e d e v o c a l : f r a n -
cés v i t e y v i e n s ; [1] es á p i c e de sílaba, o si se q u i e r e vocal,
e n i n g l é s b a t t l e o e n c h e c o v i k « l o b o » , p e r o es c o n s o n a n t e
e n i n g l é s l a k e o c h e c o l é t o «año». E n estas c o n d i c i o n e s n o
e x i s t e n i n g u n a r a z ó n p a r a d i s t i n g u i r dos f o n e m a s , u n o vocá-
l i c o y o t r o c o n s o n á n t i c o . E s t o t i e n e e l m i s m o v a l o r si [ i ]
a n t e c o n s o n a n t e a l t e r n a c o n [ j ] a n t e v o c a l p o r q u e estos dos
s o n i d o s n o se d i s t i n g u e n de h e c h o m á s q u e p o r u n c i e r r e
algo m a y o r p a r a [ j ] q u e p a r a [ i ] y p o r q u e este g r a d o su-
p l e m e n t a r i o d e c i e r r e es n o r m a l p a r a m a r c a r el c o n t r a s t e
e n t r e [ j ] y l a v o c a l o las v o c a l e s v e c i n a s . S i en f r a n c é s hay
n e c e s i d a d de d i s t i n g u i r u n f o n e m a [ j ] d e u n f o n e m a [ i ] es
p o r q u e p a y e y a b e i l l e n o se c o n f u n d e n c o n p a y s y abbaye.
P e r o h a y q u e t e n e r e n c u e n t a q u e l a o p o s i c i ó n se n e u t r a l i z a
en l a s d e m á s p o s i c i o n e s q u e n o son f i n a l de sílaba. N o se
p o d r í a e n f r a n c é s d i s t i n g u i r e n t r e v i e n s y u n a p a l a b r a vi-ens
en dos sílabas. I n c l u s o en las l e n g u a s e n las q u e d e b e dis-
t i n g u i r s e / i / de / j / , / u / de / w / , es n o r m a l q u e l o s rasgos
p e r t i n e n t e s de / j / y / w / e n l a c e n estos f o n e m a s m a s b i e n a l
s i s t e m a de l a s v o c a l e s q u e a l d e l a s c o n s o n a n t e s .

3-22. Elementos sin valor distintivo

El conjunto de las operaciones presentadas hasta aquí


permite en principio aislar los fonemas y archifonemas de
una lengua y a la vez clasificar cada uno de ellos según las
relaciones que mantiene con los otros fonemas y archifone-
E l análisis f o n o l ó g i c o 103

mas del sistema. T o d o se basa e n l a operación l l a m a d a c o n :


m u t a c i ó n que nos h a p e r m i t i d o o p o n e r l a i n i c i a l de
mesa a l a de pesa y analizar en dos unidades sucesivas l a
i n i c i a l de g r a m o p o r comparación con ramo. Sabemos e n
teoría cómo d e t e r m i n a r el n ú m e r o de fonemas sucesivos
que comiprende u n significado. E n la p r á c t i c a se presentan
situaciones en las que podríamos encontrar dificultades.
P o r e j e m p l o , u n a comparación de l a palabra francesa
devant c o n revend y luego con d i v a n parecería i n d i c a r que l o
que precede a -vant en devant se compone de dos fonemas,
/ d / seguido de / a / . Pero, mientras que llegamos a l a conclu-
s i ó n de que l a / g / de l a i n i c i a l del español g r a m o era u n seg-
m e n t o f o n e m á t i c o a u t ó n o m o p o r q u e su desaparición daba
l u g a r a o t r a palabra, r a m o , n o podríamos aplicar este crite-
r i o a l a vocal de l a p r i m e r a sílaba de devant. Cuando des-
aparece e n lá-devant o en sens devant derriére, seguimos
o b r a n d o c o n l a m i s m a palabra, l o que parece i n d i c a r que,
p o r l o menos en esta posición, esta vocal n o tiene v a l o r dis-
t i n t i v o ; n o puede haber en francés una palabra [ d o v á ] dis-
t i n t a de [ d v á ] . Cuando se advierte, p o r o t r a parte, que en
francés [ 9 ] v a necesariamente precedida de uma consonante
se siente l a tentación de c o n c l u i r que [ d a ] n o es más que l a
variante del fonema / d / cuando éste se presenta, en u n
enunciado, entre dos consonantes; lá-devant / l a d v a / con / d /
= [ d ] , p e r o p a r devant / p a r d v a / con / d / = [ d o ] (adviértase el
sonido [ d a ] en u n n o m b r e como Hérold-Paquis [ e r o l d a p a k i l ,
en el que l a ortografía n o tiene e). Esta i n t e r p r e t a c i ó n es cier-
t a m e n t e correcta. Pero h a y contextos en los que la presen-
c i a d e [ o ] es d i s t i n t i v a : Vétre / l e t r / - l e hétre / l o e t r / , dors
/ d o r / - dehors [ d a o r / . Se dirá, pues, que l a oposición entre
[ o ] y cero, que existe en contextos m u y especiales, se neutra-
l i z a e n los demás casos; recevoir se transcribe / r s v u a r /
p o r q u e l a inserción de u n a [ 9 ] entre dos consonantes inicia-
les es a u t o m á t i c a y su colocación (antes o después de / - - / )
no c a m b i a l a i d e n t i d a d de l a palabra,

3-23. Dos sonidos sucesivos como f o n e m a único

Veamos ahora la palabra inglesa chip, fonéticamente [t81p];


e l caso de [ t 8 ] es aquí m u y d i f e r e n t e al del español mu-
cho. E n inglés [ 3 ] existe s i n [ t ] precedente; j u n t o a chip
[t31p] tenemos s h i p [31p] y t i p [ t i p ] . Podríamos sentirnos
tentados a analizar la palabra en / t 3 r p / . Pero en el sistema
inglés la i n i c i a l de chip se opone a l a de gin [ d z i n ] como
u n a sorda a l a sonora correspondiente y las dos deben reci-
b i r necesariamente el m i s m o t r a t a m i e n t o . A h o r a bien la
[ d z ] de g i n es tan inanalizable como la [ t 8 ] del español
mucho y p o r u n a razón análoga: [ 2 ] n o aparece jamás en
inglés en posición i n i c i a l sin u n a [ d ] que la preceda; gin
está, pues, f o r m a d o p o r tres fonemas representados p o r
/ é m / y, en correspondencia, c h i p será analizado igualmente
en tres fonemas, /¿1p/. P o r razones análogas sucede con
frecuencia que producciones fónicas n o homogéneas, africa:
das o diptongos, deben ser interpretadas como fonemas úni-
cos en las lenguas más diversas.

III. L A PROSODIA

3-24. Naturaleza física de los hechos prosódicos

Se clasifican en l a p r o s o d i a todos los hechos de l a lengua


que n o entran en el c u a d r o fonemático, es decir, los q u e ,
E l análisis fonológico 105
€qgIIáI >
de cualquier manera, escapan de l a s e g u n d a articulación.
F í s i c a m e n t e , se t r a t a en g e n e r a l de h e c h o s f ó n i c o s necesaria-
m e n t e p r e s e n t e s en t o d o e n u n c i a d o hablado. Sea l a e n e r -
gía c o n q u e se a r t i c u l a c o n s i d e r a b l e o l i m i t a d a , s i e m p r e
e x i s t e e n a l g ú n g r a d o . E n c u a n t o a p a r e c e l a v o z , es n e c e s a r i o
q u e l a s v i b r a c i o n e s de l a g l o t i s t e n g a n u n a f r e c u e n c i a , l o q u e
d a a c a d a m o m e n t o , d u r a n t e e l s t i e m p o q u e se p e r c i b e l a voz,
una a l t u r a m e l ó d i c a d e t e r m i n a d a . O t r o rasgo suscep-
t i b l e d e u t i l i z a c i ó n p r o s ó d i c a es l a d u r a c i ó n q u e n a t u r a l -
m e n t e es u n a s p e c t o f í s i c o i n e l u d i b l e de l a p a l a b r a p u e s l o s
e n u n c i a d o s se d e s a r r o l l a n en el t i e m p o . E n estas c o n d i c i o n e s
se c o m p r e n d e q u e l i n g i i í s t i c a m e n t e estos hechos n o t e n g a n
a p e n a s v a l o r p o r s u p r e s e n c i a o s u a u s e n c i a en u n p u n t o ,
s i n o m á s b i e n p o r sus m o d a l i d a d e s q u e v a r í a n d e u n l u g a r
a o t r o d e l e n u n c i a d o . E n c o n s e c u e n c i a estos hechos p e r m i -
ten c a r a c t e r i z a r las unidades discretas menos que otros, como,
p o r e j e m p l o , l a masalidad o la oclusión labial que pueden
f i g u r a r o n o f i g u r a r en u n enunciado. E n la frase salid al
río, no hay ni nasalidad ni oclusión labial, pero no'se
p u e d e m o r m a l m e n t e p r o n u n c i a r este m a n d a t o sin que in-
t e r v e n g a n de m a n e r a consciente o n o consciente, p o r una
p a r t e l a d u r a c i ó n y, p o r otra, una altura melódica y una
e n e r g í a a r t i c u l a t o r i a q u e v a r í a n d e l p r i n c i p i o a l f t n d e l enun-
ciado. N o o b s t a n t e , es s a b i d o que los tonos, aunque son
h e c h o s p r o s ó d i c o s , p u e s t o q u e n o e n t r a n en l a s e g m e n t a c i ó n
f ó n e m á t i c a , s o n u n i d a d e s d i s c r e t a s c o n el m i s m o v a l o r q u e
los fonemas.

3-25. La entonación

> La voz se produce p o r las vibraciones de las cuerdas


vocales; estas vibraciones suponen una tensión de estos órga-
nos. Cuando una cuerda se halla en fuerte tensión vibra con
106 E l e m e n t o s de l i n g i l í s t i c a general
€_ E e t
u n a n o t a elevada. S i l a t e n s i ó n es d é b i l , v i b r a c o n u n a n o t a
b a j a . E s t o m i s m o s u c e d e c o n las c u e r d a s vocales, E n el
c a n t o , l a e l e v a c i ó n y el d e s c e n s o se h a c e n p o r g r a d o s , esto
es, n o t a s . E n l a p a l a b r a , l a e l e v a c i ó n y e l d e s c e n s o son con-
t i n u o s y r e c u e r d a n m á s e l r u i d o de u n a s i r e n a q u e u n a pieza
t o c a d a a l p i a n o . C o m o las c u e r d a s v i b r a n e n c a d a m o m e n t o
a u n a a l t u r a d e t e r m i n a d a , es p o s i b l e t r a z a r e n t o d o enuncia-
do u n a curva de alturas melódicas (con algunas breves
s o l u c i o n e s de c o n t i n u i d a d c o r r e s p o n d i e n t e s a las c o n s o n a n t e s
sordas). E s t a m e l o d í a d e l d i s c u r s o es, p u e s , a u t o m á t i c a ?en:
c i e r t o s e n t i d o , es d e c i r , q u e e l h a b l a n t e n o elige e n t r e su
p r e s e n c i a y s u ausencia. A u n q u e s u l i b e r t a d d e u t i l i z a c i é n
l i n g i i f s t i c a sea t a n l i m i t a d a n o d e j a de r e p r e s e n t a r u n p a p e l
?cuya i m p o r t a n c i a y n a t u r a l e z a v a r i a n de u n a l e n g u a a otra.
S ó l o algunas de ellas e m p l e a n esta m e l o d í a b a j o l a f o r m a
de u n i d a d e s discretas, esto es, l o s t o n o s ; n o e s - r a r a s u u t i -
l i z a c i ó n con fines c o n t r a s t i v o s , h a c i e n d o d e s t a c a r el acento.
Interesa reservar el t é r m i n o e n t o n a c i ó n a l o q u e queda
de l a c u r v a m e l ó d i c a después de h a b e r d e j a d o a p a r t e los
t o n o s y los hechos acentuales,
Como hemos visto (1-16) el m o v i m i e n t o de l a curva de
entonación está ampliamente condicionado p o r l a necesidad
de poner en tensión las cuerdas vocales a l comienzo de la
emisión y p o r la tendencia económica a r e l a j a r l a tensión
desde que se a n u n c i a el f i n de esta emisión. Sin. embargo,
los hablantes pueden u t i l i z a r este m o v i m i e n t o con deter-
minados fines diferenciativos, según p r i n c i p i o s que parecen
comunes al conjunto de la h u m a n i d a d aunque b a j o formas
que pueden v a r i a r de u n a c o m u n i d a d a otra. N o se? puede,
pues, negar valor lingiifstico a l a entonación. Pero su juego
n o entra en el cuadro de l a doble articulación, puestoq u e e l
signo que puede representar l a elevación melódica n o se 1?
tegra en la sucesión de monemas y n o p r e s e n t a u n significan"
E l análisis f o n o l ó g i c o 107

te analizable en u n a serie de fonemas. Las variaciones de la


c u r v a de e n t o n a c i ó n ejercen funciones m a l diferenciadas, l a
d i r e c t a m e n t e significativa como en i l pleut?, pero con más
frecuencia funciones del t i p o de la que hemos l l a m a d o ex-
presiva. L o que h a y que tener presente sobre todo en l a
melodía de l a frase, en lenguas como el español o el francés,,
es que l a s variaciones de l a curva no son capaces de a l t e r a r
l a i d e n t i d a d de u n m o n e m a o de u n a palabra. E l p l e u t de
i l pleut? c o n voz ascendente n o es una palabra d i s t i n t a del
p l e u t de la a f i r m a c i ó n i l pleut, c o n su melodía descendente.
I n c l u s o cuando l a diferencia entre las dos curvas no se ma-
nifiesta mas que sobre u n a sola palabra, no es afectado el
v a l o r de esta sola palabra, sino el de u n segmento de enun-
ciado más a m p l i o que puede ser l a frase entera.

3-26. Los tonos

Estos fenómenos de entonación agotan en lenguas como


el español o el francés el uso lingúístico de l a elevación me-
lódica. Pero en otras lenguas, especialmente e n las ?que se
h a b l a n en A f r i c a , a l s u r del Sahara, y en el este y suroeste
de Asia, esta m i s m a r e a l i d a d fisica se utiliza con fines dis-
t i n t i v o s b a j o f o r m a de unidades discretas, como los fonemas,
p e r o que n o se c l a s i f i c an entre los rasgos fonemáticos, por-
que afectan a segmentos del enunciado que n o se confunden
necesariamente c o n las unidades de l a segunda articulación,
Se t r a t a de l o s l l a m a d o s t o n o s . E n u n a lengua con tonos,
u n a p a l a b r a o u n m o n e m a n o se identifican perfectamente
más q u e cuando se h a n aislado t a m b i é n los tonos del m i s m o
m o d o que l o s fonemas. D e c i r que en chino l a p e r a y l a cas-
t a f i a se dicen d e l m i s m o m o d o l i serfa casi t a n inexacto como
a f i r m a r q u e e n francés le p r é «el prado» y le p r é t «el prés-
108 Elementos de lingiiística general

tamo» son h o m ó n i m o s p e r f e c t o s . E n realidad, la palabra


china que designa l a p e r a se p r o n u n c i a con u n tono ascen.
dente y la que designa l a castaña c o n u n tono descendente
y la diferencia e n t r e estos dos tonos es t a n eficaz comol a
del t i m b r e vocálico q u e p e r m i t e d i s t i n g u i r p r é d e prét,

3-27. Tonos puntuales

Un tono lleva siempre consigo un movimiento melódico


de una duración variable. Pero el conjunto de este movi-
miento no es necesariamente pertinente, es decir, capaz de
permitir reconocer este tono como diferente de otros tonos
que emplea la lengua. Existen lenguas con tonos en las que
los tonos son p u n t u a l e s , es decir, que en ellas sólo cuen-
ta para lá identificación un punto de la curva melódica, por
ejemplo, el más alto (el más agudo) o el más bajo (el más
grave); la elevación de la curva hasta el punto más alto y el
descenso que sigue a este punto, el descenso y la nueva eleva:
ción que acompañan al punto más bajo son automáticos Y,
por consiguiente, sin valor lingiiistico. E n una lengua que
distingue dos tonos puntuales, uno de ellos es necesariamen-
te alto y el otro bajo. Ciertas lenguas distinguen tres t o n
puntuales, un tono alto, un tono medio y un tono bajo: en-
dice que una lengua de este tipo tiene tres niveles a
tes o tres r e g i s t r o s . En l a mayor parte de las l e g a , ba
tonos puntuales, el tono caracteriza una sílaba yc a d a a
tiene un tono. Tomemos, p o r ejemplo, el lonkundo, 4 un
con dos registros hablada en l a región del Congo-
t o n o bajo en cada una de las tres sílabas, la palab bajo
cesigna en ella el fruto de l a palmera. Con up tono bes dos
> Primera sílaba y un tono alto en c a d a uno d e
£mentos, .lokoto quiere decir «exorcismo?- S i
El análisis fonológico 109

el tono alto con el acento agudo y el b a j o con el grave, es-


cribimos l0kóló e n u n caso y 1ókdló en el otro. E n la m i s m a
lengua, dtáóma se t r a d u c i r á « t ú no has matado hoy» y
átáómá « t ú n o has matado ayer». H a y que tener en cuenta
que el tono alto y el tono b a j o tienen el m i s m o estatuto
funcional y que, p o r ejemplo, una palabra n o tiene obliga-
toriamente una sílaba c o n tono alto. Puesto que los hom-
bres, las mujeres y los niños que hablan estas lenguas, tie-
nen, como en todas partes, voces naturalmente más o menos
graves o agudas, está claro que u n tono alto no es reconoci-
do como t a l más que p o r contraste con el tono de las sílabas
vecinas.

3-28. Tonos melódicos

Frente a las lenguas con tonos puntuales, existen lenguas


con t o n o s m e l ó d i c o s en las que los tonos no se definen
p o r referencia a u n solo p u n t o de la curva, sino que intervie-
nen l a d i r e c c i ó n o direcciones sucesivas de esta curva. E n
el caso más s i m p l e hay que d i s t i n g u i r entre u n tono ascen-
dente y u n t o n o descendente; j u n t o a estos dos tonos puede
encontrarse u n t o n o u n i f o r m e s i n elevación n i descenso apre-
ciable. A u n o o varios tonos simples caracterizados p o r u n a
dirección única, se puede oponer u n tono c o m p l e j o carac-
terizado p o r u n c a m b i o de dirección. E n sueco, l a palabra
k o m m a «coma» lleva u n tono caracterizado p o r u n a direc-
c i ó n única, ascendente o descendente según los dialectos y
se opone así a la p a l a b r a k o m m a «venir» que se p r o n u n c i a
con u n t o n o descendente y después ascendente. L o s tonos
melódicos caracterizan c o n bastante frecuencia segmentos
correspondientes a sílabas, de t a l m a n e r a que cada sílaba
tiene su tono p r o p i o . Pero hay lenguas, como se puede v e r
en el e j e m p l o d e l sueco, en las q u e el t o n o melódico carac-
110 E l e m e n t o s de l i n g ú í s t i c a general

teriza segmentos más considerables q u e l a sílaba, De hecho


l a d i s t i n c i ó n i n d i c a d a e n t r e los dos t o n o s e n esta lengua
necesita p o r l o menos dos sílabas p a r a realizarse; u n m o -
nosílabo sueco n o p u e d e ser a c o m p a ñ a d o de u n m o v i m i e n t o
m e l ó d i c o complejo.
Los tonos melódicos de u n a lengua p u e d e n p e r t e n e c e r a l
m i s m o registro. E s t o n o q u i e r e d e c i r q u e el comienzo de u n
t o n o ascendente sea de la m i s m a a l t u r a q u e el f i n del t o n o
descendente, s i n o s i m p l e m e n t e que dos tonos n o se. distin-
guen n u n c a únicamente p o r su a l t u r a respectiva. S i n e m
bargo, h a y lenguas que c o m b i n a n tonos m e l ó d i c o s y registros,
p o r e j e m p l o , aquellas en las que se distingue u n t o n o ascen-
dente alto y u n t o n o ascendente b a j o p e r o cada p u n t o de l a
curva m e l ó d i c a del p r i m e r t o n o es más alto q u e su p u n t o
correspondiente en el segundo tono.
L a tensión brusca de las cuerdas vocales que correspon-
de a u n a elevación r á p i d a de l a voz puede c o n d u c i r a u n a
o c l u s i ó n m o m e n t á n e a de l a glotis. P o r esta causa h a y t o n o s
que están menos caracterizados p o r una f o r m a p a r t i c u l a r d e l
m o v i m i e n t o m e l ó d i c o que p o r u n a breve i n t e r r u p c i ó n , o i n -
cluso s i m p l e m e n t e p o r u n a especie de e s t r a n g u l a m i e n t o d e
l a voz. U n e s t r a n g u l a m i e n t o de este t i p o es e l que, en danés,
d i s t i n g u e esencialmente anden «el pato» de anden «otro»,
E n ciertas f o r m a s d e l v i e t n a m i t a se pueden d e t e r m i n a r seis
tonos r e p a r t i d o s en dos registros: 1) ascendente alto, 2) as-
cendente bajo, 3) p u n t u a l alto, 4) p u n t u a l bajo, 5) estrangula-
do alto y 6) estrangulado bajo. Como se ve, l o s tonos puns
tuales pueden c o e x i s t i r con los tonos melódicos. Se l l a m a n
lenguas «con tonos puntuales» solamente aquéllas en las que
todos los h e c h o s tonales se pueden analizar como t o n o s
Puntuales,
E l análisis fonológico 111

3-29. Las moras

Interesa en ocasiones, para simplificar la descripción,


c o n s i d e r a r u n t o n o m e l ó d i c o s i m p l e c o m o l a sucesión de dos
t o n o s p u n t u a l e s ; se a n a l i z a así u n t o n o a s c e n d e n t e c o m o u n
t o n o b á j o s e g u i d o de u n t o n o a l t o , y u n t o n o d e s c e n d e n t e c o m o
u n t o n o a l t o s e g u i d o d e u n t o n o b a j o . E n este caso, cada
u r i o de l o s s e g m e n t o s c a r a c t e r i z a d o s p o r u n o de los t o n o s
p u n t u a l e s sucesivos se l l a m a m o r a . E s t e t i p o de a n á l i s i s
está i n d i c a d o e s p e c i a l m e n t e en los casos de lenguas que
tienen n o r m a l m e n t e tonos puntuales y q u e de c u a n d o en
c u a n d o p r e s e n t a n m o v i m i e n t o s m e l ó d i c o s en el c u a d r o de
u n a s o l a sílaba. T o m e m o s , p o r e j e m p l o , u n a sucesión -tata-
c o n u n t o n o a l t o en l a p r i m e r a s í l a b a y u n t o n o a s c e n d e n t e
e n l a segunda. E s c o m p l e t a m e n t e r e c o m e n d a b l e a n a l i z a r este
ú l t i m o t o n o c o m o dos t o n o s p u n t u a l e s sucesivos ( b a j o , alto),
s o b r e t o d o si, c o m o sucede f r e c u e n t e m e n t e , el t o n o ascen-
dente tiene la m i s m a función gramatical o de derivación
. q u e l a s u c e s i ó n de u n t o n o b a j o y de u n t o n o a l t o en dos
s í l a b a s sucesivas.

3-30. Tonos y entonaciones

L a existencia de tonos en una lengua no tiene como efec-


t o la supresión de la entonación. Continúa siendo n o r m a l que
las cuerdas vocales estén menos tensas al comienzo de la
e m i s i ó n y que se anticipe el relajamiento de los órganos hacia
el fin del enunciado. Es incluso comprensible que no se re-
n u n c i e a tener en cuenta el hecho de que u n enunciado cuya
curva melódica no desciende parece reclamar u n complemen-
to, en la f o r m a de una respuesta, p o r ejemplo. H e aquí, pues,
112 Elementos de l i n g i l i s t i c a general

una' situación en l a que l a m i s m a : r e a l i d a d física, l a frecuen-


c i a de las vibraciones de l a voz, se u t i l i z a en l a m i s m a len-
gua, i n c l u s o en el m i s m o enunciado, c o n dos fines lingiiís-
ticos diferentes. Se deben -prever interferencias, ya que las
necesidades de l a entonación p o d r á n exigir una elevación
allí donde el t o n o e x i j a u n descenso y viceversa. Se comprue-
ba, en efecto, q u e - u n torio alto en fin de enunciado: puede
ser, en e l m i s m o h a b l a n t e , m u c h o más grave que u n tono
b a j o : e n e l . medio del m i s m o enunciado. Si e l descenso me:
Iédico es p a r t i c u l a r m e n t e rápido, n o es r a r o que u n tono
l i n g ú í s t i c a m e n t e alto sea físicamente más b a j o que el tono
l i n g i i i s t i c a m e n t e b a j o que precede. E s t o quiere decir que
l o s oyentes, p a r a j u z g a r si u n tono-es alto o ' b a j o , no atienden
a l n i v e l de l a voz en relación cón l o que se podría describir
como e l t i m b r e n o r m a l del hablante, sino que perciben como
a l t o l o q u e es más agudo y como b a j a l o q u e es más grave
que l o q u e l a curva d e l a entonación p e r m i t e prever en cada

momento.

3-31. É l realzamiento. p o r el acento

El a c e n t o es el realzamienitó de una sola sílabá dentro,


de lo que en úna lengua determinada representa la unidad
acentual, E n lá: mayor p a r t e de las lenguas, esta unidad acen-
tual es ló que se llama corrientemente palabra. En lenguas
e l italiano, o el español cada palabra:
como el' ruso, e l polaco,
presenta u n a ú n i c a sílaba realzada, con f r e c u e n c i a a €xpen-
sas de las demás sílabas dé l a palabra. Es l a p r i m e r a sílaba
en el ruso gorod, polaco ryba, i t a l i a n o donna y español mesa;
lá: segunda sílaba en el ruso sobaka, polaco wysoki, italiano
mattinia-y español cabeza. Esto ?vale en inglés y en a l e m á n
para lds palabras simples (no compuestas) como father,
Vater, acentuadas en la primera silaba, career, K a r t o f f e t
E l análisis f o n o l ó g i c o 113

acentuadas en l a segunda. Cuando la palabra está aislada


el realzamiento acentual se realiza siempre. E n contexto,
este realzamiento puede ser más o menos manifiesto, l o que
.no deja de tener efecto en el v a l o r del mensaje. Se establece
entre los diferentes acentos de u n enunciado una jerarquía
que está en p a r t e determinada p o r los hábitos adquiridos,
pero que el hablante puede m o d i f i c a r para hacer v a r i a r el
contenido del enunciado; en inglés el mensaje no es el mismo
si en e l enunciado w e d i d el realzamiento de we es m a y o r
que el de d i d o viceversa.
Los rasgos fónicos generalmente utilizados para el realza-
miento acentual son la energía articulatoria, la altura melódi-
ca y l a d u r a c i ó n r e a l o percibida de la sílaba acentuada. E n
muchas lenguas se tiende a a r t i c u l a r la sílaba acentuada
m á s enérgicamente, con u n t i m b r e más elevado y más larga
que l a s sílabas inacentuadas vecinas que contrastan con ella,
y, p o r tanto, e l grado de energía, la altura y la duración
son los elementos q u e p e r m i t e n establecer la jerarquía de
l o s acentos en el enunciado. Pero l a naturaleza física del
?acento varia de u n a lengua a otra. E n u n a lengua como el
portugués l a d u r a c i ó n c o n t r i b u y e de manera decisiva a des-
tacar l a sílaba acentuada, m i e n t r a s que en castellano la vocal
de esta sílaba n o es más larga que la de la silaba n o acentua-
da siguiente. D u r a n t e m u c h o tiempo el acento de la m a y o r
parte de las lenguas de l a E u r o p a actual se h a considerado
como dinámico, es decir, caracterizado p o r u n a cima de la
curva de la i n t e n s i d a d a r t i c u l a t o r i a . L a observación contem-
poránea parece i n d i c a r que en u n a lengua como el inglés,
p o r ejemplo, l a característica permanente de todo acento
és una r á p i d a v a r i a c i ó n de l a curva melódica. Este rasgo,
sin embargo, con m u c h a frecuencia va acompañado y refor-
?zado p o r u n i n c r e m e n t o de l a i n t e n s i d a d y de la duración.

E, DE L I N G U Í S T I C??A8,
114 E l e m e n t o s de lingilística genera¡
A 0 202202 A
2 0 2 0 0 0 2 2 020 q0qQOQKEQOO0OÑ0QKÉ
,

3-32. Acentos y tonos

E l acento utiliza, pues, a m p l i a m e n t e elementos melódicos,


s i n duda más de l o que durante m u c h o t i e m p o se h a creído,
Es este u n rasgo físico que tiene en c o m ú n con los tonos, y
es legítimo hacerse la p r e g u n t a de si en estas condiciones
u n a m i s m a lengua puede presentar el acento y los tonos
c o m o r e a l i d a d e s l i n g i l í s t i c a s d i f e r e n t e s . D e h e c h o , e n las len-
guas en las que todas las sílabas son susceptibles de recibir
u n tono, parece que n o es posible h a b l a r de acento. Cuando
en u n a m i s m a lengua coexisten acento y tonos, estos últimos
n o se oponen como unidades distintas más que en l a sílaba
acentuada. Con o t r a s palabras, e l realzamiento de una sílaba
en cada u n i d a d acentual se hace a expensas de l a posibilidad
de distinciones tonales e n las otras sílabas. Hay, pues, len-
guas con tonos s i n acento en las. que cada sílaba presenta
u n tono distintivo, y lenguas acentuales con tonos en las que
cada palabra o u n i d a d acentual n o puede tener más que un
solo tono d i s t i n t i v o cuya colocación está enlazada con la del
acento. E n este ú l t i m o caso, se i n t e n t a v e r en cada tono un
tipo de acento y se dice que una lengua que distingue dos
tonos enlazados al acento presenta dos tipos de acento. El
sueco, en el que k o m m a «venir» se distingue de komma
«coma» p o r una gráfica melódica diferente, puede de este
m o d o ser presentado como u n a lengua c o n dos tipos de
acento, el acento simple de k o m m a «coma» y el acento com-
p l e j o de k o m m a «venir», Se dice generalmente que el griego
ático tenía dos acentos diferentes, el «agudo» y el «circun-
flejo» (el acento «grave» n o indicaba u n a u n i d a d lingúística
distinta) que n o se oponían más que en l a ú l t i m a sílaba de
l a palabra cuando dicha sílaba llevaba vocal larga o d i p t o n -
80. N o obstante, p a r a d i s t i n g u i r c o n p r e c i s i ó n l a función,
E l análisis f o n o l ó g i c o 115

sería m e j o r decir que b a j o el acento, cuando éste caía en l a


ú l t i m a sílaba, el griego oponía dos tonos si esta sílaba con-
tenía u n a vocal l a r g a o u n diptongo.

3-33. Funciones del acento

La f u n c i ó n de los tonos es esencialmente distintiva. U n


tono n o existe más q u e en oposición a o t r o tono p o r l o me-
nos. A s í u n a lengua tiene tonos, jamás u n tono. L a f u n c i ó n
del acento es esencialmente contrastiva, es decir, que con-
t r i b u y e a i n d i v i d u a l i z a r la p a l a b r a o la unidad a la que carac-
teriza c o n r e l a c i ó n a las demás unidades del m i s m o t i p o que
están presentes en el m i s m o enunciado; una lengua tiene
u n acento, n o acentos, Cuando en una lengua determinada,
el acento se encuentra siempre en la p r i m e r a o en la ú l t i m a
sílaba de l a palabra, esta individualización es perfecta, pues
la p a l a b r a se d i s t i n g u e así claramente de l o que precede o
de l o que sigue. A l l í donde el l u g a r del acento es imprevisi-
ble, h a y q u e a p r e n d e r l o en cada palabra y n o m a r c a el fin
y e l p r i n c i p i o de l a u n i d a d acentual, el acento tiene u n a f u n -
c i ó n q u e se l l a m a c u l m i n a t i v a . Sirve p a r a anotar en el enun-
ciado l a presencia de u n c i e r t o n ú m e r o de articulaciones
i m p o r t a n t e s y f a c i l i t a así el análisis del mensaje. Sea pre-
v i s i b l e su l u g a r o n o l o sea, el acento p e r m i t e precisar el
m e n s a j e a l h a c e r v a r i a r l a i m p o r t a n c i a respectiva de los
realzamientos sucesivos. Se siente l a tentación de a t r i b u i r al
acento u n v a l o r d i s t i n t i v o cuando su l u g a r no es fijo, es
decir, que l a sucesión de los fonemas que caracterizan. la
u n i d a d n o p e r m i t e d e t e r m i n a r la sílaba que debe llevarlo;
es el caso del español en donde l a sucesión de fonemas / t e r -
m i n o / n o p e r m i t e saber si se t r a t a de t é r m i n o , t e r m i n o o
t e r m i n ó . Pero esto n o se p o d r í a aceptar más que si se pudie-
116 Elementos de lingiística general
ra concebir una palabra española / t e r m i n o / Cuyas tres sí]
bas fueran acentuadas al m i s m o t i e m p o , o t r a en la que min
guna de las sílabas f u e r a acentuada, o t r a tercera en la que
/ t e r / y / m i / estuvieran acentuadas m i e n t r a s que / n o / fuera
sin acento, etc. L o que puede tener v a l o r d i s t i n t i v o es e] lugar
del acento. Este papel d i s t i n t i v o del l u g a r del acento es
generalmente episódico, p e r o puede a d q u i r i r cierta impor-
tancia como se ve, p o r e j e m p l o , en inglés donde existen
muchas parejas de n o m b r e y verbo fonemáticamente homó-
nimas o cási h o m ó n i m a s como an increase, to increase; a
permit, to p e r m i t que se d i s t i n g u e n esencialmente por e l
acento inicial del n o m b r e y e l acento final del verbo. Sin
embargo, esto n o debe hacer o l v i d a r que la función funda-
mental del acento en todas las lenguas q u e se sirven de él,
es contrastiva y n o opositiva.

3-34, Papel del acento en l a i d e n t i f i c a c i ó n de la palabra

Lo que muchas veces tiende a oscurecer el carácter f£un-


damental contrastivo del acento es el hecho deq u e en las
lenguas en las que no es previsible su lugar en la palabra,
los oyentes empiezan a identificar la palabra p o r referencia
a la cima que representa el acento. Una palabra española
como pasé queda identificada desde el p r i m e r momento
como perteneciente al esquema acentual / - . / . Después, den
tro de este cuadro, se la percibe como distinta de pasó mn
pertenece al mismo esquema. Pero jamás se confrontar
consciente o inconscientemente con paso, cuyaacentuación
es / - - / y que por ello, queda fuera de cuestión desde de

momento en que ha sido reconocido el esquema / - A


pasé. Esto se resume c c1 la comprobación de que una P ue
bra mal acentuada no se -rtiende, aunque los fonemas q
El análisis fonológico 117

l a c o m p o n e n se p r o n u n c i e n c o n l a m a y o r perfección. L o que
explica que e l acento sea p e r c i b i d o c o n p r e f e r e n c i a es esen-
cialmente el h e c h o de que se i d e n t i f i c a l a sílaba acentuada
p o r c o n t r a s t e c o n las sílabas vecinas n o acentuadas. E s t o
i m p l i c a q u e t o d o s l o s elementos necesarios p a r a l a identi-
ficación s o n o f r e c i d o s p o r el que habla, están realmente
presentes en e l enunciado y son registrados pasivamente p o r
el oyente. E l caso es d i s t i n t o c o n los componentes fonemá-
ticos que n o s o n identificables más que p o r una confronta-
ción en la m e m o r i a c o n las unidades del sistema que n o se
hallan presentes en este p u n t o de la cadena y que están en
relación de oposición c o n cada segmento sucesivo del enun-
ciado.

3-35, L a j e r a r q u í a de los acentos

U n a a f i r m a c i ó n , c o m o l a h e c h a m á s a r r i b a de q u e u n a
l e n g u a t i e n e u n a c e n t o y n o v a r i o s acentos, p a r e c e c o n t r a -
d e c i r l a o p i n i ó n general según l a cual hay que distinguir,
en c i e r t a s l e n g u a s entre u n acento p r i n c i p a l y u n acento
s e c u n d a r i o . E n l a p a l a b r a i n g l e s a o p p o s i t i o n l a p r i m e r a y la
t e r c e r a s í l a b a e s t á n a c e n t u a d a s , p e r o e l r e a l z a m i e n t o de esta
última es m á s evidente. En alemán, A u g e n b l i c k tiene un
a c e n t o p r i n c i p a l en A u - y u n a c e n t o s e c u n d a r i o en - b l i c k . L a
c o l o c a c i ó n r e s p e c t i v a d e estos dos acentos n ó es de n i n g ú n
m o d o l i n g i i í s t i c a m e n t e i n d i f e r e n t e , pues, p o r ella, se d i s t i n -
guen unterhalten «tener debajo», con a c e n t o principal en
u n y a c e n t o s e c u n d a r i o e n -hal-, y u n t e r h a l t e n « c o n v e r s a r »
c o n l a d i s t r i b u c i ó n i n v e r s a . De h e c h o , l a d i s t i n c i ó n de u n
a c e n t o p r i n c i p a l y o t r o s e c u n d a r i o no es s u f i c i e n t e p a r a d a r
u n a d e s c r i p c i ó n e x h a u s t i v a d e l s i s t e m a a c e n t u a l de las len-
guas d e q u e se t r a t a , p o r q u e en t e o r í a h a y en u n a p a l a b r a
compuesta tantos grados acentuales distintos cuantos ele-
118 Elementos de lingilística 8enerat
mentos haya sucesivamente añadidos; alemán Wachs
f igur
« f i g u r a d e cera» l l e v a u n a c e n t o p r i n c i p a l en W a c h s . y un
a c e n t o s e c u n d a r i o e n - g u r , p e r o l a a d i c i ó n de u n t e r c e r ele.
m e n t o en W a c h s f i g u r e n k a b i n e t t « g a b i n e t e d e f i g u r a s de Cera»
i n t r o d u c e u n a c e n t o en - n e t t q u e es i n t e r m e d i o e n t r e el p r i n .
c i p a l de W a c h s - y e l m e n o s m a n i f i e s t o d e -gu-,
E n u n a l e n g u a c o m o el a l e m á n , l a s i t u a c i ó n es c l a r a , pues
cada e l e m e n t o d e l c o m p u e s t o c o n s e r v a el a c e n t o q u e le ca.
r a c t e r i z a c o m o p a l a b r a i n d e p e n d i e n t e . L a s e g u n d a sílaba de
F i g u r tendrá siempre u n realzamiento, tanto c u a n d o Figur
se e m p l e e como m i e m b r o autónomo del enunciado como
c u a n d o sea e l e m e n t o de u n c o m p u e s t o . L a s i t u a c i ó n es com.
p l e t a m e n t e d i s t i n t a en r u s o , d o n d e t o d o s los e l e m e n t o s de]
c o m p u e s t o , excepto u n o , p i e r d e n s u a c e n t o p r o p i o ; nos «na:
r i z » p i e r d e s u a c e n t o y e l t i m b r e p r o p i o de s u v o c a l en el
c o m p u e s t o n o s o r ó g [ n a s a ' r o k ] « r i n o c e r o n t e » . P o r el contra-
r i o , e n e l e q u i v a l e n t e a l e m á n N a s h o r n , c a d a u n o de los dos
e l e m e n t o s c o n s e r v a s u a c e n t o s i m p l e m e n t e c o n l a subordina-
c i ó n d e l de - h o r n a l de Nas-. Se p u e d e r e s u m i r t o d o esto di-
ciendo que la u n i d a d a c e n t u a l e n r u s o es l a palabra,
y e n a l e m á n , el l e x e m a .
L a situación se complica en inglés p o r el hecho de que una
gran masa del vocabulario de esta lengua está formado de
préstamos p o r vía oral del francés medieval y, más reciente-
mente, bajo f o r m a escrita, del l a t í n y del griego clásico.
Estas palabras están adaptadas a los esquemas acentuales
del vocabulario t r a d i c i o n a l : a d d u c t i o n y arisen presentan
las dos el esquema .. . .., o r t h o d o x y y u n d e r l y i n g responden
ambas al esquema « . . _, c r u c i f i x i o n y understanding al
esquema + ? « _, etc. Sin embargo, se distinguen de las pe
labras germánicas los elementos más recientes p o r una J
dividualidad semántica y fónica menos destacada de l o s c o m
ponentes de la palabra. N i n g ú n a n g l o h a b l a n t e t e n d r á dificul-
E l análisis f o n o l ó g i c o 119

tad para i d e n t i f i c a r under- en underlying con e l adverbio y


la preposición under; pero aunque ortho- sea sentido como
unidad f o r m a l independiente, pocas personas serían capaces
de a t r i b u i r a este elemento u n valor definido. Es v e r d a d que
esto sirve igualmente p a r a under- en understanding, y en
este m i s m o sentido cabe p r e g u n t a r qué alemán podría iden-
t i f i c a r semánticamente el unter- de untersagen «prohibir».
Por eso es l í c i t o i n c l u i r ortho-, -doxy, cruci- y -fixión entre
las unidades acentuales del inglés con l a m i s m a razón que
under-, -lying o -standing.
Es m a n i f i e s t o que el alemán y el inglés, como p o r lo
demás las lenguas germánicas en general, difieren de la ma-
yoría de las restantes lenguas en que conservan en el i n t e r i o r
de la p a l a b r a compuesta la jerarquía de los acentos que es
general en l a oración o en la frase. Esta jerarquía no puede
l i m i t a r s e a dos grados más que si la composición m i s m a se
l i m i t a a dos términos, pero n o es éste el caso. La adición de
u n nuevo elemento en u n compuesto puede siempre dar lugar
a i n t r o d u c i r en este compuesto u n grado acentual suplemen-
tario. La descripción completa de una lengua debe ofrecer
n a t u r a l m e n t e u n análisis de la j e r a r q u í a de los acentos en
las unidades que agrupan varias unidades acentuales. E n la
m a y o r parte de las lenguas estas unidades serán más amplias
que la palabra; en algunas otras, entre ellas las lenguas que
se acaban de mencionar, estas unidades incluyen igualmente
l a palabra.

IV. LA DEMARCACIÓN

3-36. La demarcación acentual

L a f u n c i ó n c o n t r a s t i v a , c u l m i n a t i v a más e s p e c í f i c a m e n t e
(3-33), d e l a c e n t o , se p u e d e p r e c i s a r en f o r m a d e f u n c i ó n
120 E l e m e n t o s de lingitstica
8energ)
demarcativa a l l i d o n d e el acento p o r su posicién en
l a pala.
bra o en la u n i d a d acentual m a r c a los l í m i t e s de esta
Palabra
o de esta unidad. E s t a f u n c i ó n queda Perfectamente as
rada si el acento va e n la sílaba i n i c i a l , como en chess
húngaro o en islandés. Es menos eficaz u n acento como =
del latín clásico, que es f i j o , p e r o cuya posición está deter.
minada p o r la c a n t i d a d silábica, en ú l t i m o término por la
elección de los fonemas sucesivos. E n efecto, una sucesión
de cuatro sílabas breves c o n a c e n t u a c i ó n en la primera y
en la cuarta sílabas n o p e r m i t e d e t e r m i n a r con seguridad
dónde se halla el l í m i t e e n t r e las dos palabras. En una su.
cesión como bónacaligula, los acentos n o p e r m i t e n deducir
si hay que separar bónaca ligula o como l o indica el sentido
bóna calígula. .
6

4
. s

3-37. Otros medios demarcativos

Los rasgos demarcativos d i s t i n t o s del acento aparecen


representados p o r fonemas, p o r variantes de fonemas o de
rasgos no distintivos, e i n c l u s o p o r grupos de fonemas que
en Ja lengua que se e x a m i n a n o se encuentran mas que en
inicial o final de palabra o de o t r a u n i d a d significativa. La
/ h / del inglés es al m i s m o t i e m p o fonema y signo demarca:
tivo; un préstamo como m a h o g a n y se ha adaptado al esque-
ma de behaviorist, en donde be- va seguido de una frontera
de monema. El ataque glotal [ ? ] del alemán es normalmente
un signo demarcativo, n o u n signo d i s t i n t i v o . E n tamul, los
fonemas que se pueden r e p r e s e n t a r / p t k / no son a p a
más que en inicial de palabra. E n alemán, una combinacl i
de fonemas como / - n m - / no se puede d a r mas que an
encuentro de dos monemas, p o r e j e m p l o , en unmiglich. des
algunas lenguas, especialmente e n f i n l a n d é s , determina
El análisis fonológico 121
A A A
vocales / a o u / no se encuentran en la misma palabra con
otras / á Ú y / ; en un enunciado, el, paso de una sílaba con
Ja o / o Ju/ a u n a sílaba con / á 5 / o / y / marca el paso de
una palabra a otra.
Se habla de signos demarcativos negativos cuando un fo-
nema, una variante o u n grupo de fonemas no aparece nunca
más que en el interior de palabra o de monema; éste es el
caso, p o r ejemplo, de los fonemas / d / y / 1 / en finlandés. En
esta misma lengua / l / no aparece jamás en sílaba final
y no existe en inicial más que ante vocal. Esto implica que
una combinación como / I k / no puede ser más que interior.
E l dialecto f r a n c o p r o v e n z a l de H a u t e v i l l e d a buena idea
de c ó m o u n acento, cuyo l u g a r no es completamente previ-
sible y que p o r sí m i s m o n o es capaz de i n d i c a r los límites
d e l a palabra, puede combinarse con otros rasgos p a r a ase-
g u r a r u n a d e m a r c a c i ó n perfecta, E l acento en Hauteville
puede i r en l a ú l t i m a sílaba, como en / p 0 ' t 3 / «cavidad»
/ b e ' r s / «boina» o / p e ' 3 0 / «rodrigón», o bien en l a penúltima,
como en / ' f á t á / «bolsillo» o /?ber&/ «beber» y no p e r m i t e
d e t e r m i n a r dónde t e r m i n a l a palabra. N o obstante, si el acento
va en l a ú l t i m a sílaba, l a vocal (que siempre es f i n a l o segui-
da de / r / ) t e n d r á u n a d u r a c i ó n bastante corta t a n t o si es fono-
lógicamente n o breve / p e ' o / , como si es breve / p d ' t 4 / o
[ b e ' r 8 / . Pero si el acento va en l a a n t e ú l t i m a sílaba, l a vocal
de esta sílaba será alargada considerablemente si es fonoló-
gicamente n o breve, como en / ' b e r 8 / pronunciado ['bsra].
Si esta vocal es fonológicamente breve se alarga l a conso-
nante siguiente, i n c l u s o se dobla; m i e n t r a s que / p ú ' t á / se
p r o n u n c i a [ p o ' t á ] c o n [ t ] breve / ' f á t á / se p r o n u n c i a [ ' f a t t a ]
con u n a [ t ] que se oye en ambas sílabas. E s t o i m p l i c a que
aquellos acentos que n o llevan consigo alargamiento marcan
la ú l t i m a sílaba de l a palabra, mientras que los que van.
122 Elementos de l i n g i i i s t i c a generat
L L L any
acompafiados de u n alargamiento, sea de Ja v o c a l , sea de la

consonante siguiente, caracterizan a la sílaba c o m o penúltima,

V . UTILIZACION DE LAS UNIDADES FONOLÓGICAS

3.38. Frecuencia en el léxico y frecuencia en el discurso

Sabemos que las posibilidades fonológicas de una lengua


nunca son n i c o n m u c h o íntegramente utilizadas. Ponemos
al azar los dos fonemas consonánticos franceses / 3 / y / d / ;
/ 8 / puede aparecer delante de cualquier vocal y / d / detrás
de cualquier vocal. Catorce fonermr.as vocálicos aparecen en
sílaba trabada; hay, pues, catorce monosílabos posibles: del
t i p o / 8 / más vocal más / d / . De los catorce, sólo está atesti-
guado /3o0d/, escrito chaude, si se excluye el n o m b r e propio
Chedde, conocido p o r el explosivo llamado cheddita. L a
elección de / s / y / k / , p o r ejemplo, h u b i e r a dado siete for-
mas existentes sobre catorce posibles. Las distintas unida-
des fonológicas de u n a lengua son usadas de manera muy
desigual. Determinados fonemas se encuentran en numerosas
palabras de u t i l i z a c i ó n frecuente, otros son de empleo mu-
cho más raro. E n francés, p o r e j e m p l o , el f o n e m a / t / se en-
cuentra en numerosas palabras (frecuencia en el léxico) y
aparece a m e n u d o en los enunciados (frecuencia en el dis-
curso). E n t r e las vocales / i / es frecuente t a n t o en el léxico
como en los enunciados; / l / , que es menos frecuente que / t !
en el léxico, es más frecuente en el discurso, p o r q u e aparecé
en el a r t í c u l o determinado; el >nema / ñ / es generalmente
r a r o t a n t o si el c ó m p u t o se hace en u n diccionario, como si
se hace en u n texto; sucede l o m i s m o c o n el fonema / e / ,
aunque su frecuencia en e l discurso se a u m e n t a p o r el em-
pleo de / d $ / como masculirio d e l a r t í c u l o i n d e t e r m i n a d o .
El análisis fonológico 123

3-39, Las combinaciones de fonemas

E l m o d o s e g ú n el c u a l l o s f o n e m a s d e u n a l e n g u a se p u e -
den a g r u p a r p a r a f o r m a r l o s s i g n i f i c a n t e s se m a n i f i e s t a p o r
l a c o m p a r a c i ó n de los i n v e n t a r i o s de u n i d a d e s d i s t i n t i v a s e n
las d i f e r e n t e s p o s i c i o n e s . S i n e m b a r g o , es ú t i l h a c e r esto c l a -
r a m e n t e y, a l h a c e r l o , t e n e r e n c u e n t a , d e s d e luego, l o s ras-
gos p r o s ó d i c o s . U n m é t o d o m u y i n d i c a d o es e l de seleccio-
n a r e n p r i m e r l u g a r las u n i d a d e s q u e p u e d e n c o n s t i t u i r p o r
sí m i s m a s u n s i g n i f i c a n t e aislable, así c o m o a q u e l l a s q u e ,
s i n e s t a r a t e s t i g u a d a s e n este e m p l e o , p u e d e n a p a r e c e r en
los m i s m o s i n v e n t a r i o s q u e las p r i m e r a s . E n m u c h a s lenguas
se s e l e c c i o n a n de este m o d o las l l a m a d a s vocales. E n f r a n c é s ,

/ o / eau (agua), / i / y ( a l l i ) , / ú / eu, e u t ( t e n i d o , t e n í a ) , etc.,


c o n s t i t u y e n s i g n i f i c a n t e s aislables; /0/ no puede constituir
u n s i g n i f i c a n t e a i s l a b l e , p e r o a p a r e c e e n los m i s m o s i n v e n -
t a r i o s q u e / o / , / i / y / ú / , p o r e j e m p l o , en m o l l e , m ó l e , mille,
m u l e ( / m o l / , / m o l / , / m i l / , / m i i l / ) . A c o n t i n u a c i ó n se inves-
t i g a n l o s f o n e m a s y las c o m b i n a c i o n e s q u e a p a r e c e n antes d e
las v o c a l e s y después d e ellas. E s t o nos da los g r u p o s d e
consonantes que pueden presentarse en posición inicial y
en f i n a l d e s i g n i f i c a n t e . Q u e d a entonces p o r c o m p r o b a r si
los g r u p o s i n t e r n o s c o m p r e n d i d o s e n t r e dos v o c a l e s d e l m i s -
m o s i g n i f i c a n t e se p u e d e n a n a l i z a r s i e m p r e c o m o u n a suce-
s i ó n de u n g r u p o f i n a l y d e u n g r u p o i n i c i a l . Es l o q u e p a s a
e n f r a n c é s e n e l g r u p o / k s t r / q u e se a n a l i z a e n u n g r u p o
f i n a l / - k s / ( c f . f i x e , ex) y u n g r u p o i n i c i a l / t r - / (cf. tres,
t r a n c h e ) . P e r o n o es s i e m p r e éste e l caso; en f i n l a n d é s , p o r
e j e m p l o , el g r u p o / - k s - / f i g u r a e n t r e v o c a l e s , p e r o s i / s / pue-
de f i g u r a r e n p o s i c i ó n i n i c i a l a n t e vocal, / k / n o existe en
p o s i c i ó n f i n a l . E n estos casos €s n e c e s a r i o e s t a b l e c e r u n a
lista de grupos internos. Nunca debe olvidarse tener en
124 Elementos de lingilística general
cuenta el condicionamiento prosódico: es frecuente que las
combinaciones de unidades distintivas no sean las Mismas
en el acento, antes del acento y después del acento.

3-40. L a f o r m a canónica

El examen de las combinaciones de fonemas y de unida.


des prosódicas en el c u a d r o del significante m í n i m o revela
que, en muchas lenguas, el lexema s i m p l e tiende a t o m a r una
f o r m a determinada. E n inglés y en alemán, el lexema simple
lleva generalmente u n a sílaba cuya vocal (breve, larga o d i p -
tongo) puede ser i n i c i a l o estar precedida de cualquier fone
ma consonántico o g r u p o consonántico de fonemas que esté
a d m i t i d o en la posición inicial. Si la vocal es breve va obliga-
toriamente seguida de una o de más consonantes, si es larga
o diptongo puede al m i s m o t i e m p o ser final. Esta sílaba que
es acentuable puede i r seguida de u n a sílaba no acentuada
cuya vocal, generalmente de t i m b r e [ 9 ] puede i r seguida de
una consonante o más r a r a m e n t e de u n grupo de consonan-
tes. Si se representan las vocales acentuables p o r Y si son
no breves, p o r Y si son breves, las vocales no acentuadas
p o r v y las consonantes o grupos de consonantes p o r ¢ sé
obtienen las f ó r m u l a s (c)ú(cvc) y ( c ) í c ( v c ) en las que son
facultativos los elementos que v a n entre paréntesis; inglés
I, alemán E i son de t i p o ¥, inglés ill, alemán a l l de tipo Vo,

inglés fee, alemán r o h del t i p o cv, inglés f i l l , t r i l l , strip,


strict, alemán voll, t r i t t , streng, T a k t d e l t i p o cvc, inglés
wonder, bottle, alemán M u t t e r , S c h a t t e n del t i p o c¥cve, ete.
La forma normal de los lexemas de una lengua se llama,
a veces forma canónica. La forma canónica en chino €S el
monosflabo y en las lenguas semíticas tres consonantes, CoN
O sin vocales intermedias. Estas son lenguas en las que esta
E l andlisis fonoldgico C S
nocién tiene u n s e n t i d o evidente. Es más d i f í c i l h a l l a r u n a
f o r m a canónica p a r a el francés, p o r e j e m p l o . S i n embargo,
hay que tener en cuenta que en el lenguaje c o r r i e n t e las
palabras largas t i e n d e n a reducirse a disílabos del t i p o mé-
tro, vélo, téle o téwé,

3-41. La «morfofonología»

E n l a e x p o s i c i ó n d e l a f o n o l o g í a d e u n a l e n g u a se s i e n t e
a m e n u d o l a t e n t a c i ó n d e i n c l u i r u n e x a m e n d e las a l t e r n a n -
c i a s v o c á l i c a s o c o n s o n á n t i c a s c o m o las d e eu y o u e n peu"
vent, p o u v o n s , m e u r e n t , m o u r o n s , p r e u v e , p r o u v o n s , etc., O
i n c l u s o l a s i n f l e x i o n e s d e l a l e m á n q u e se a g r u p a n b a j o e l t é r -
m i n o U m l a u t y que sirven p a r a f o r m a r plurales como B i i c h e r
o f o r m a s verbales c o m o f i l l t o gibt. E s t e examen, practicado
c o n e l n o m b r e d e m o r f o ( f o ) n o l o g i a esta p e r f e c t a m e n t e j u s -
tificado c u a n d o tiende a hacer patentes ciertos automatismos
como, p o r e j e m p l o , el q u e l l e v a a l n i ñ o a l e m á n a f o r m a r
g e b r u n g e n , a p a r t i r d e b r i n g e n , e n l u g a r de g e b r a c h t , siguien-
do el m o d e l o d e singen, gesungen. P e r o esto n o t i e n e q u e v e r
n a d a c o n l a f o n o l o g í a ; e l c o n d i c i o n a m i e n t o de l a a l t e r n a n c i a
es e s t r i c t a m e n t e m o r f o l ó g i c o y n o e s t á - e n m o d o a l g u n o de-
t e r m i n a d o p o r factores fónicos. E l t é r m i n o morfo(fo)nología,
q u e d e j a s u p o n e r u n a r e l a c i ó n c o n l a f o n o l o g í a , d e b e ser
1 e s t u d i o d e l e m p l e o c o n fines gra-
evitado p a r a ?designar €.
maticales de las distinciones de que disponen los hablantes.
Capítulo 4

LAS UNIDADES SIGNIFICATIVAS

I, E L ANÁLISIS DE LOS ENUNCIADOS

4-1. Papel marginal de los signos prosódicos

Es natural la tentación de i d e n t i f i c a r las unidades sig


nificativas con las unidades de la p r i m e r a articulación. Pero
n o se debe o l v i d a r que u n rasgo p r o s ó d i c o como la elevación
de l a curva melódica que hace de i l pleut? una pregunta,
combina u n significante ( l a elevación de l a curva) y u n sig:
nificado (el que se reconoce en francés en el monema est-cé
que). Hay, pues, signos que n o se a j u s t a n a la doble articu-
lación. Estos signos juegan u n p a p e l n o despreciable en la
comunicación humana. Pero se les debe considerar como
marginales porque u n enunciado n o es p r o p i a m e n t e lingiiis-
tico más que en l a medida en que está doblemente a r t i c
lado. En l o que sigue sólo se t e n d r á n en cuenta las unidades
de la p r i m e r a articulación, s i n p e r d e r de v i s t a que pueden
ser completadas con signos prosódicos. ÓN
Lasunidades significativas NY
4-2. D i f i c u l t a d e s del análisis: amalgama

Del m i s m o m o d o que la primera operación fonológica


consiste e n a n a l i z a r l o s s i g n i f i c a n t e s en u n i d a d e s sucesivas
mínimas ( l o s f o n e m a s ) , a q u í l a p r i m e r a o p e r a c i ó n c o n s i s t e
en a n a l i z a r los e n u n c i a d o s o f r a g m e n t o s de e n u n c i a d o s e n
sus u n i d a d e s s i g n i f i c a t i v a s sucesivas m í n i m a s q u e n o s o t r o s
l l a m a m o s m o n e m a s . H a y q u e i n d i c a r desde e l p r i n c i p i o q u e
existe el r i e s g o d e q u e l a o p e r a c i ó n n o p u e d a s e r l l e v a d a a
t é r m i n o . L a r a z ó n c o n s i s t e e n q u e l o s m o n e m a s son u n i -
dades de d o b l e c a r a : u n a c a r a es el s i g n i f i c a d o y o t r a e l
s i g n i f i c a n t e q u e es s u m a n i f e s t a c i ó n . P a r a q u e el s i g n i f i c a d o
se m a n i f i e s t e , c o n v i e n e q u e e l e n u n c i a d o sea f o n o l ó g i c a m e n -
te d i f e r e n t e d e l o q u e sería sin el signo correspondiente.
Pero p u e d e s u c e d e r q u e dos s i g n i f i c a d o s q u e c o e x i s t e n en u n
e n u n c i a d o a s o c i e n sus s i g n i f i c a n t e s d e t a l m a n e r a q u e n o se
pueda a n a l i z a r e l r e s u l t a d o e n s e g m e n t ó s sucesivos. T o m e -
mos, p o r e j e m p l o , e n f r a n c é s e l s i g n i f i c a d o «a» y e l signi-
ficado «le» d e l o s s i g n o s á y l e ; sus s i g n i f i c a n t e s s o n en ge-
neral respectivamente l a l y M / , e n i l est a P a r i s y en le
chapeau, p o r e j e m p l o . P e r o c u a n d o los dos signos c o e x i s t e n
en u n a m i s m a r e g i ó n d e l a c a d e n a h a b l a d a y les sigue u n a
consonante, o b t i e n e n u n s i g n i f i c a n t e ú n i c o i n a n a l i z a b l e / o / ,
o r t o g r á f i c a m e n t e a u ( i l v a á U'hópital; p e r o i l v a a u m a r c h é ) .
Si t o m a m o s e n i n g l é s los s i g n i f i c a d o s « c o r t a r » y «pasado», el
s i g n i f i c a n t e d e l p r i m e r o es / k a t / , e l d e l s e g u n d o g e n e r a l m e n -
te / d / ; p e r o c u a n d o e s t o s dos s i g n o s se j u n t a n e n e l enuncia-
do se m a n i f i e s t a n b a j o l a f o r m a / k a t / e n h e c u t «el c o r t ó » ,
por ejemplo (cf. el p r e s e n t e correspondiente he c u t s /hi
k a t s / ) . E n el l a t í n m a l o r u m «de las m a n z a n a s » - o r u m s i r v e
d e s i g n i f i c a n t e a los dos s i g n i f i c a d o s « g e n i t i v o » y « p l u r a l » ,
sin: que se pueda precisar Jo que corresponde al genitivo y
8
o Elementosde lingiiisticagenerat
lo que corresponde a l p l u r a l . En. todos estos casos se dice
que se han a m a l g a m a d o diferentes significantes.
Puede verse en l a amalgama u n aspecto p a r t i c u l a r de u n
fenómeno más general, que consiste en q u e u n significado
se manifiesta en f o r m a s variables, según el contexto m o r -
fológico. E n francés el significado «ir» se manifiesta, según
l o s contextos, en las f o r m a s / a l / , / v a / , f i ] o / a j / . L a exis-
tencia de estas variantes, identificadas como tales porque se
hallan en d i s t r i b u c i ó n c o m p l e m e n t a r i a , m u e s t r a que no se
puede i d e n t i f i c a r con seguridad u n m o n e m a p o r referencia
a su significado. L a u t i l i z a c i ó n del concepto de amalgama
p e r m i t e cierta l i b e r t a d al descriptor. E n u n caso como el ale-
m á n sang, p r e t é r i t o de singen, i m p o r t a poco que se analice
como u n significante discontinuo /Zz...n/, que corresponde al
significado «cantar», y a u n significante / . . . a 2 . . . / , que co-
rresponde a l significado «pasado» o que se i n t e r p r e t e / z a y /
como u n a amalgama correspondiente a dos significados dis-
tintos.

4-3. E l a n á l i s i s en m o n e m a s

L a operación que p e r m i t e el análisis de los enunciados


en monemas n o deja de ser análoga a l a que p e r m i t e anali-
zar los significantes en fonemas. Se trata, desde luego, en
los dos casos de d e t e r m i n a r los segmentos que h a n sido ob-
jeto de u n a elección p a r t i c u l a r del hablante. E n el caso de los
fonemas, se t r a t a de segmentos que h a y que elegir parao b -
tener u n significante determinado, en el caso de los monemas
se trata de segmentos que el h a b l a n t e h a debido elegir
en razón a l v a l o r que quería d a r a l mensaje. E l análisis re-
sulta de l a c o m p a r a c i ó n de enunciados cada vez menos di-
ferentes fónicamente y cada vez m á s p r ó x i m o s semántica
mente, P o r ejemplo, en f r a n c é s l o s significantes / i l k u r / i l
Las u n i d a d e s s i g n i f i c a t i v a s 129

c o u r t y [ n u k u r i ó / n o u s c o u r i o n s t i e n e n e n c o m ú n e l segmen-
i o / k u r / y sus s i g n i f i c a d o s l a n o c i ó n « c o r r e r » ; u n o s y o t r o s
p e r m a n e c e n a m p l i a m e n t e d i f e r e n t e s . P e r o y a son sensible-
mente m e n o s d i f e r e n t e s / n u k u r i ó / y / n u k u r ó / , q u e t i e n e n
en c o m ú n / n u k u r . . . 6 / y l o s s i g n i f i c a d o s « c o r r e r » y « p r i m e r a
persona d e l p l u r a l » ( e s t o s ú l t i m o s d i s o c i a d o s p o r c o m p a r a -
c i ó n de / n u k u r i ó / y / v u k u r i e / v o u s c o u r i e z , [ n u k u r ó / y
/wakure/ vous courez). Los significantes no se d i s t i n g u e n
a q u í más q u e p o r l a i n s e r c i ó n de / . . . i . . . / e n el p r i m e r o y
l a a u s e n c i a d e e s t a f / . . . i . . . / e n e l segundo; los s i g n i f i c a d o s
por l a n o c i ó n de « i m p e r f e c t o » q u e existe en el p r i m e r o y no
existe en e l s e g u n d o ; e s t a b l e c e m o s , pues, u n m o n e m a con
significado « i m p e r f e c t o » y significante / - i - / que se i n s e r t a
en e l c o m p l e j o a n t e s d e u n a / - 5 / f i n a l . E s t e s i g n o de i m p e r -
fecto t i e n e e l m i s m o significante /-i-/ cuando coincide con
Ja n o c i ó n d e « s e g u n d a p e r s o n a d e l p l u r a l » , p e r o en o t r o s
contextos se e x p r e s a p o r m e d i o d e l s i g n i f i c a n t e / - 8 / ( i l c o u r a i t
Jilkure/). E n ciertos contextos (que nous courions / k n u k u -
r i ó / ) este m i s m o s i g n i f i c a n t e / - i - / c o r r e s p o n d e a u n s i g n i f i -
cado c o m p l e t a m e n t e d i s t i n t o , e l d e l l l a m a d o « s u b j u n t i v o » .
Cuando c o e x i s t e este s i g n i f i c a d o c o n las «personas» q u e l l e -
van p a r a e l « i m p e r f e c t o » , e l s i g n i f i c a n t e / - 2 / n o posee ( e n el
caso de « c o u r i r » ) n i n g u n a e x p r e s i ó n d i s t i n t a ; después d e i l
veut / i l v 6 / , encontramos el s u b j u n t i v o que nous courions
/knukurid/, y después de i l v o i t / i l v u a / el i n d i c a t i v o q u e
nous courons / k n u k u r ó / ; en c o m b i n a c i ó n con «tercera per-
sona de s i n g u l a r » , l a f o r m a es l a m i s m a en l o s dos casos:
/ k i l k u r / a p e s a r d e las d i f e r e n c i a s de o r t o g r a f í a : q u ' i l c o u r e
y q u ' i l c o u r t ; se d i c e f r e c u e n t e m e n t e en este caso q u e el

s i g n i f i c a n t e es c e r o .
Con arreglo al examen m u y l i m i t a d o que precede, pode-
mos decir que existe e n francés u n significado «imperfecto»
que está expresado según los contextos p o r / 4 - / o p o r / € /
E. DE L I N G U Í S T I C
? A9 ,
130 E l e m e n t o s de lingilística general

y u n s i g n i f i c a d o « s u b j u n t i v o » c u y o s i g n i f i c a n t e es b i e n / - i - / ,
b i e n c e r o . U n e x a m e n m á s d e t a l l a d o , q u e se e x t e n d i e r a , p o r
e j e m p l o , a f o r m a s c o m o i l f a i s a i t / i l í z e / , q u ' i l fasse / k i l f a s / ,
n o s m o s t r a r í a q u e n u e s t r o a n á l i s i s c o n c u e r d a c o n los hechos

e n l o q u e se r e f i e r e a l s i g n o « i m p e r f e c t o » > < / - i - / , / - e / , p e r o
e x i g e s e r p r e c i s a d o e n e l caso d e l « s u b j u n t i v o » > < / - i - / , cero,
p u e s t o q u e el s u b j u n t i v o / k i l f a s / n o es i d é n t i c o a l i n d i c a t i v o
/ k i l f e / . E s t o nos l l e v a a p r e c i s a r q u e en c o e x i s t e n c i a con los
s i g n i f i c a d o s « f a i r e » , « f i n i r » , « m e n t i r » y t a n t o s o t r o s , el signi-
f i c a d o « s u b j u n t i v o » l l e v a c o n s i g o el e m p l e o de u n a v a r i a n t e
p a r t i c u l a r d e los s i g n i f i c a n t e s c o r r e s p o n d i e n t e s : / f a s / , / f i n i s / ,
/mat/.

4-4, Significantes discontinuos

S i c o m p a r a m o s / n u k u r ó / n o u s c o u r o n s con / k u r ó / cou-
r o n s , a d v e r t i m o s q u e l o s s i g n i f i c a d o s t i e n e n en c o m ú n l o s
rasgos «courir» y «primera persona d e plural», sin embargo,
el rasgo «enunciación» caracteriza al p r i m e r o en oposición
c o n e l r a s g o « m a n d a t o » d e l segundo. Se h a p e n s a d o en d e c i r
q u e / n u / es e l s i g n i f i c a n t e c o r r e s p o n d i e n t e a « e n u n c i a c i ó n » .
En este caso s e r í a preciso admitir una variante /vu/ en
/vukure/ v o u s c o u r e z q u e se o p o n e a / k u r e / courez. P e r o
contextos c o m o i l n o u s l'a d i t o c'est p o u r vous p e r m i t e n
i d e n t i f i c a r / n u / n o u s « c o n p r i m e r a p e r s o n a de p l u r a l » y / v u /
v o u s c o n « s e g u n d a p e r s o n a de p l u r a l » . T e n e m o s , p o r t a n t o ,
q u e e s t a b l e c e r q u e e n / n u k u r ó / , / n u / y / 0 / r e p r e s e n t a n el
s i g n i f i c a n t e d i s c o n t i n u o d e l s i g n i f i c a d o « p r i m e r a p e r s o n a del
p l u r a l » y q u e a d e m á s / n u / , p e r o n o / 6 / , c o m b i n a l a expre-
sión de este s i g n i f i c a d o y el de «enunciación» p o r oposi-
ción al significante cero de «mandato».
Las u n i d a d e s s i g n i f i c a t i v a s 131

4-5. L a concordancia

Los significantes discontinuos, como /nmu...ó/ en


/ n u k u r 6 / , s o n con frecuencia el resultado de l a llamada con-
cordancia. E n / l e z a n i m o p e s / les a n i m a u x paissent en oposi-
c i ó n a / l a n i m a l p e / l ' a n i m a l p a i t , el signo «plural» recibe tres
expresiones d i s t i n t a s : / l e z a . . . / en l u g a r de / l a . . . / , / . . . m o . . . /
en lugar de / . . . m a l . . . / y / . . . p e s / en l u g a r de / . , . p é / ; se puede
decir, si se quiere, q u e e l significante de «plural» es /-ez-/
acompañado de u n a variante p a r t i c u l a r de los significantes
correspondientes a los significados «animal» y «pacer». N o
h a y aquí, desde luego, más que u n solo m o n e m a de plu-
ral, ese m o n e m a cuyo significante es simplemente /-e-/ en
/ l e s a m á z / les chats mangent (sing. /lSamáz/ le chat mange).
E n u n caso de concordancia como el de género en
/ l a g r a d m é t a f i b l a s ; la grande montagne blanche, la caracte-
rística « f e m e n i n o » está i n c l u i d a en «montagne», puesto que
n o se puede d i s o c i a r «femenino» d e «montagne». Si hay en
francés u n m o n e m a de significante m u y variable ( / e s / -esse,
p o r e j e m p l o , como e n espaiiol -isa en poetisa) que corres-
p o n d e a «sexo femenino», no existe u n o que corresponda a
«género f e m e n i n o » (cf. 4-23). L o que h a y en esta lengua son
monemas o combinaciones de monemas llamadas de «género
femenino», cuyo significante es n o r m a l m e n t e discontinuo en
el sentido de que, además de su expresión central (aquí
/ . . . m ó t a ñ . . . / ) , se manifiesta en otros puntos de enuncia-
do: / l a . . . / , / . . . a d . . . / , /...38.../, en lugar de / l . . . / , l o d ,
/ . . . 4 / que figurarian si se reemplazara montagne p o r rideau
(le grand rideau blanc). *::
1 3 2 E l e m e n t o s d e l i n g i i í s t i c a general

o o o o o o

4-6. Complejidad variable de la estructura de los monemas

Los ejemplos t o m a d o s d e l francés que han sido utiliza.


dos hasta ahora dan l a i m p r e s i ó n de que el análisis de los
enunciados en monemas es u n a o p e r a c i ó n compleja, y de
hecho sí q u e l o es en general. Pero esta complejidad varía
mucho de u n a lengua a o t r a y, d e n t r o de l a misma lengua,
de u n m o n e m a a otro. H a y lenguas en las que la invariabili-
dad y la c o n t i n u i d a d de los significantes es una regla que no
conoce apenas excepciones. D o n d e el francés, con relación
al mismo significado, dice según los casos je, me o moi, el
v i e t n a m i t a no tiene más que tói. E n algunos casos el signi-
ficante de « p r i m e r a persona de singular» se extiende en fran-
cés al verbo inmediato, de donde / Z s i i / , j e suis frente a
/ t i i t / tu es, / i l 8 / i l est; / Z v e / j e vais f r e n t e a / t i i v a / tu vas,
/ i l v a / i l va, etc., en t a n t o que los equivalentes vietnamitas
de los verbos franceses t i e n e n u n r a d i c a l invariable. En e l
mismo francés no son r a r o s los significantes de monemas
invariables: «amarillo» ( j a u n e ) es siempre /¿ó6n/ bien se
emplee solo o en derivados ( c f /Zén-is/ jaunisse, /zén-?/
jaunet). E l radical de u n a a m p l i a m a y o r í a de verbos de la
lengua, como / d ó n - / «donne», / 3 á t - / «chante», /máz-/ «man:
ge» permanece idéntico en toda l a conjugación.
El estudio de las variantes de significante es objeto de la
m o r f o l o g í a . Practicada en el cuadro tradicional de la
palabra o examinando individualmente cada monemó no
coincide, contra lo que con frecuencia se cree, Con la a
meración de todos los monemas gramaticales (cÉ. 4-19). a
morfema invariable fr. pour no tiene nada qué hacer
la morfología, y el lexema all(er), con sus variantes de sig
. e:
nifcante /aL/, /va/, / i / , /aj/, f i g u r a e n e l l a c o n pleno
recho,
Las unidades s i g n i f i c a t i v a s 133

4-7. Variantes de significantes y variantes de significados

Se p u e d e n comparar las variantes de significantes de


m o n e m a s y las d e f o n e m a s y h a b l a r e n u n caso c o m o e n
o t r o de v a r i a n t e s c o m b i n a t o r i a s o contextuales. Desde luego,
h a y q u e t e n e r e n c u e n t a q u e e l c o n t e x t o q u e d e t e r m i n a las
v a r i a c i o n e s es f ó n i c o e n e l c a s o de l o s f o n e m a s , p e r o e n e l
caso de l o s m o n e m a s es u n contexto significante: f...i.../
se e m p l e a c u a n d o « i m p e r f e c t o » c o e x i s t e con « p r i m e r a o s e
gunda p e r s o n a de p l u r a l » , / . . . e / , c u a n d o coexiste con otras
«personas». E x i s t e n , s i n e m b a r g o , casos en los q u e e l c o n d i -
cionamiento del empleo de dos variantes de m o n e m a se
e x p r e s a e n t é r m i n o s de c o n t e x t o f ó n i c o . E l p l u r a l inglés se
e x p r e s a p o r / . . . 1 z / d e t r á s de s i l b a n t e o p r e p a l a t a l , p o r / . . . z /
después d e c u a l q u i e r o t r o f o n e m a s o n o r o y p o r / . . . s / des-
p u é s de c u a l q u i e r o t r o f o n e m a s o r d o ; el p l u r a l d e s i n / s i n /
es / s i m z / . L a a l t e r n a c i ó n de / s / y d e / z / n o está, s i n em-
bargo, d e t e r m i n a d a fonológicamente p o r el contexto fónico,
p u e s t o q u e s i n c e / s i n s / e x i s t e j u n t o a / s i m z / . Su c o n d i c i o -
mamiento puede ser f o r m u l a d o en t é r m i n o s fónicos, pero
sólo vale p a r a u n empleo gramatical determinado.
A d e m á s de las v a r i a n t e s c o m b i n a t o r i a s de s i g n i f i c a n t e s ,
existen variantes facultativas, como /Zpó/ j e peux, /2púi/
j e p u i s , e n u n a r e l a c i ó n m u t u a a n á l o g a a l a q u e h e m o s se-
ñalado a n t e r i o r m e n t e (3-17) entre r velar y r alveolar en el
h a b l a de u n a c t o r .
A u n q u e es l e g í t i m o e m p l e a r a q u í l a m i s m a t e r m i n o l o g í a
p a r a las u n i d a d e s de las dos a r t i c u l a c i o n e s d e l l e n g u a j e , con-
v i e n e s e ñ a l a r q u e h a y u n a d i f e r e n c i a f u n d a m e n t a l e n t r e las
v a r i a n t e s de l o s s i g n i f i c a n t e s y las v a r i a n t e s de los fonemas,
d i f e r e n c i a q u e se basa e n e l h e c h o d e q u e las v a r i a n t e s d e
f o n e m a n o se d e f i n e n p o r m a g n i t u d e s d i s c r e t a s : t o d a reali-
134 E l e m e n t o s de l i n g i í s t i c a general
_ __ - > - > _ - - = A = 2 9
H A 2general 2
zación de u n f o n e m a es u n a variante, ya que físicamente
difiere, p o r poco que sea, de c u a l q u i e r a otra realización, bien
p o r el contexto o p o r la disposición del hablante. Por el con.
t r a r i o , las variantes de significante se definen p o r fonemas
es decir, p o r unidades discretas: / k u r / cours, coure, courent,
pronunciado p o r u n campesino con r alveolar, no es una va-
r i a n t e del significante / k u r / , sino el p r o p i o significante / k u r /
que en cuanto tal n o conoce variante. H a y variante del sig.
n i f i c a n t e cuando el significado «aller» se expresa por /...al.../
en / n u z a l ó / nous allons y p o r / . . . i . . . / en / n u z i r ó / nous irons,
U n significante o una variante de significante es siempre
identificable en t é r m i n o s de unidades discretas distintivas
o de cero. Es completamente d i s t i n t o lo que sucede con el
significado del monema, cuyo valor, según los contextos o las
situaciones, varía tan a m p l i a m e n t e como la realización de un
fonema. Compárense las variantes de significado de los mo-
nemas corre tras del autobús, corre tras la fortuna, corrió
u n t o r o , es u n c o r r e d o r ( s e g ú n se d i g a esto ú l t i m o en un
estadio o en u n salón).

11. LA JERARQUÍA DE LOS MONEMAS

4.-8. L a posición del monema no es siempre pertinente

Para establecer el inventario de los fonemas hemos co"


menzado p o r separar las unidades susceptibles de aparece!
en u n contexto determinado. Se t r a t a b a de encontrar las
unidades entre las que el hablante debe elegir en cada purr
to de su enunciado para que este corresponda al mensaje
deseado. Si este mensaje contiene la palabra sal [sall,
necesario elegir en l a i n i c i a l / s / entre los fonemasc o n s o n á r
ticos que puedan figurar en esa posición, a continuación /2
Las unidades significativas 135

e n t r e los f o n e m a s v o c á l i c o s que pueden figurar en sílaba


trabada y, p o r fin, /l/ entre las c o n s o n a n t e s que pueden
a p a r e c e r e n p o s i c i ó n f i n á l . U n a vez e l e g i d o s los t r e s f o n e -
m a s / s / , / a / y / 1 / n o es p o s i b l e c o l o c a r l o s e n u n o r d e n cual-
q u i e r a , p o r q u e se o b t e n d r í a n e n t o n c e s c o m b i n a c i o n e s i m p r o -
nunciables ( / a s l / ) o bien otro monema ( / l a s / ) . El fonema
desempeña, e n e f e c t o , s u p a p e l d i s t i n t i v o e n u n a p o s i c i ó n
determinada.
E l p a p e l s i g n i f i c a t i v o d e los m o n e m a s t i e n e p o r conse-
c u e n c i a e l q u e éstos se c o m p o r t e n de m o d o m u y d i f e r e n t e .
U n e n u n c i a d o c o m o f r a n c é s P i e r r e b a t P a u l se c a m b i a e n
o t r a cosa si se i n v i e r t e el o r d e n de P i e r r e y P a u l , d e l m i s m o
m o d o q u e e n e s p a ñ o l / s a l / se c o n v i e r t e e n o t r a c o s a s i se
i n v i e r t e n / s / y /1/. Pero hay enunciados, c o m o .partiré maña-
na, c u y o s e n t i d o n o v a r í a j a m á s si c a m b i o el o r d e n d e c i e r -
tos m o n e m a s y digo m a ñ a n a p a r t i r é . Si en p a r t i r é m a ñ a n a
r e e m p l a z o m a ñ a n a p o r en c o c h e o p o r c o n m i s m a l e t a s , e s t o
n o q u i e r e d e c i r q u e he t e n i d o q u e e l e g i r e n t r e m a ñ a n a , e n
coche y c o n m i s m a l e t a s , p o r q u e e l e m p l e o de u n o de l o s t r e s
e x c l u y a el d e l o s o t r o s dos, c o m o l a e l e c c i ó n de / s / e n l a
i n i c i a l de s a l e x c l u y e / b / y c o m o el e m p l e o de P i e r r e e n
f r a n c é s P i e r r e b a t P a u l e x c l u y e Jean. E n e f e c t o , p u e d o em-
p l e a r c o n c u r r e n t e m e n t e los t r e s s e g m e n t o s y d e c i r , p. e j .
p a r t i r é m a f i a n a en c o c h e c o n m i s m a l e t a s o t a m b i é n p a r t i r é
en c o c h e m a ñ a n a c o n m i s m a l e t a s ; m a ñ a n a n o se o p o n e n i
a en c o c h e n i a con m i s maletas. Se ve a q u í c u á n p o c o se
a l e j a de h e c h o l a u t i l i z a c i ó n l i n g i i í s t i c a d e « o p o n e r s e » d e l
e m p l e o o r d i n a r i o de d i c h o t é r m i n o . M a ñ a n a n o se o p o n e a
l a p r e s e n c i a e n e l m i s m o e n u n c i a d o de en c o c h e y de c o n
m i s m a l e t a s , p e r o se o p o n e a l a d e a y e r o a l a de hoy, d e l
m i s m o m o d o q u e e n l a i n i c i a l d e l a p a l a b r a sal [ s / se o p o n e
a l a p r e s e n c i a d e / b / . E n . l o q u e se r e f i e r e a l o s f o n e m a s ,
oposición i m p l i c a i n c o m p a t i b i l i d a d en u n p u n t o : en / s a l / ,
136 E l e m e n t o s d e l i n g i l í s t i c a general
/ s / se opone a / b / en este p u n t o p a r t i c u l a r de la ca d e n a
pero no excluye este f o n e m a en una posición vecina o

como ,
se puede ver en soberano. Para los monemas o los signos
más complejos, oposición puede implicar incompatibilidaq
en u n enunciado d e t e r m i n a d o : n o es posible decir hoy par.
tiré mañana. Tanto p a r a los monemas como p a r a los fonemas,
el pertenecer a u n m i s m o sistema i m p l i c a oposición, es d e c i r ,
e l e c c i ó n e x c l u s i v a . Se puede decir, si se quiere, que
mañana, hoy, ayer pertenecen a u n m i s m o sistema,m i e n t r a s
que mañana y en coche pertenecen a sistemas diferentes.
Pero en los monemas n o se puede proceder sin restricciones
al establecimiento de sistemas de unidades susceptibles de
aparecer en u n m i s m o p u n t o de la cadena,

4-9. L i b e r t a d sintáctica y economía

Se explica fácilmente la posición f i j a de los fonemas por


una parte y p o r o t r a parte la l i b e r t a d de que gozan los ha-
blantes para ordenar los monemas en el enunciado. En el
caso de los fonemas, es económico, en efecto, que sean per-
tinentes no sólo sus rasgos oposicionales, sino sus posicio-
nes respectivas. Si l a posición respectiva en el significante
de los fonemas franceses / a / , / p / y / 1 / no fuera pertinente,
n o podrían f o r m a r más que u n solo significante, que se pro-
nunciaría indiferentemente [ a p l ] , [ p a l ] , [ l a p ] , etc. El hecho
de que su colocación no sea i n d i f e r e n t e es lo que les permite
f o r m a r las cuatro palabras diferentes / p a l / , / p l a / , / a l p / y
/ l a p / , es decir, pal, plat, alpe y lape. S i n duda, la pertinencia
de la situacién respectiva de los monemas (p. ej., francés
Pierre bat Paul) responde igualmente a u n a economia, pero
una cierta l i b e r t a d en el orden de los monemas o de los sig-
nos más complejos presenta evidentes ventajas para el ha-
blante, ya que le p e r m i t e analizar l a experiencia que va 2
Las u n i d a d e s s i g n i f i c a t i v a s 137

comunicar ?siguiendo u n o r d e n adaptado a las condiciones


particulares e n que se encuentra, Esta l i b e r t a d de construc-
ción puede q u e d a r asegurada de diversas maneras, según l o
m o s t r a r á el análisis siguiente,

4-10. T r e s m o d o s d e c a r a c t e r i z a r las r e l a c i o n e s
de u n m o n e m a

L a experiencia que se va a t r a n s m i t i r se puede considerar


como u n t o d o del que l a lengua p e r m i t e aislar algunos as-
pectos. E n l a i n f o r m a c i ó n «ayer había fiesta en el pueblo»,
?

me es posible i m a g i n a r u n a lengua en la que esta informa-


ción se pueda c o m u n i c a r b a j o l a f o r m a de tres? monemas
colocados en u n o r d e n cualquiera. Uno de ellos denotaría
p o r s í m i s m o no sólo l a n o c i ó n de «fiesta», sino l a existencia
efectiva de u n a fiesta; o t r o que designara no sólo u n pueblo,
sino u n p u e b l o como lugar en el que se produce u n acon-
tecimiento; u n t e r c e r monema, equivalente exacto de ayer,
que expresara el día que precede a aquel en que se trans-
m i t e n o como tal día, sino como el período en el que se coloca
el acontecimiento. A l p r i m e r o de ellos corresponde en espa-
f o l la sucesión de monemas había fiesta, en la que h a y
además u n m o n e m a de pasado que repite ayer con menor
precisión; l a n o c i ó n de «fiesta» y la de «existencia efectiva»
se hallan n o t a b l e m e n t e disociadas. A l segundo corresponde
la serie de monemas en el pueblo, en la que se expresan se-
paradamente la n o c i ó n de «pueblo» y l a de «lugar donde
pasa algo», indicando, además, que el pueblo en cuestión no
es u n pueblo cualquiera. Solamente el tercero encuentra su
equivalente español en el m o n e m a ú n i c o ayer, que p o r s í
m i s m o establece u n a relación definida entre el día que pre-
cede y el acontecimiento que se relata; ayer combina en
cierto m o d o el sentido de «en» y el de «el día que precede
a éste». Esto no quiere d e c i r que se esté autorizado a ana.
l i z a r el significado de ayer en dos significados distintos, sino
que estas dos nociones v a n siempre emparejadas en español
y f o r m a n u n a sola u n i d a d lingúística.
Para que u n m o n e m a s i m p l e pueda f i g u r a r en una parte
o en o t r a de u n enunciado dado sin c a m b i a r lo esencial del
mensaje, es preciso n o r m a l m e n t e que pertenezca al tipo de
los que, como ayer, hoy, mañana, llevan en sí su relación con
el resto del enunciado. E n o t r o caso, se le puede asegurar
cierta l i b e r t a d de posición p o r la adición de monemas par-
ticulares que señalan sus relaciones con el contexto, lo que
se comprueba, p o r ejemplo, en en el pueblo, en coche, con
mis maletas. U n m o n e m a que n o i m p l i c a conexiones con el
contexto y que no se asocia con monemas que las expresen
debe i n d i c a r sus relaciones con el resto del enunciado por
el lugar que ocupe en él; Paul queda expresado como objeto
de malos tratos p o r su posición después de bat en francés
Pierre bat Paul y como a u t o r de malos tratos p o r su posición
delante de bat en Paul bat Pierre,

4-11. Los monemas autónomos

Los m o n e m a s a u t ó n o m o s como ayer, quei m p l i c a n


n o sólo referencia a u n elemento de experiencia, sino también
u n a relación definida con los otros elementos de l a expe-
riencia que se comunica, n o son únicamente temporales;
pronto, p o r ejemplo, es del m i s m o tipo, pues n o -denota
simplemente l a rapidez, sino l a rapidez con la que se des-
a r r o l l a el proceso en cuestión. Estas unidades, que entran:
en l a clase t r a d i c i o n a l de los adverbios, n o son, s i n embar-
go, m u y numerosas nunca. Sólo son económicas cuando apa-
recen con gran frecuenciá, c o n más frecuencia que la exprés
Las unidades significativas 139
¡q_I_-z- ??????? O //] AA<á<[?>?4á>a0
O
_ ? __?? _ ? _ ? ? ? AAA

sión del e l e m e n t o de experiencia aislada: p r o n t o es más


frecuente que p r o n t i t u d ; ayer es más frecuente que esa
noción m i s m a d e s p r o v i s t a de carácter adverbial, es decir,
de su referencia a u n hecho determinado, hasta tal p u n t o
más f r e c u e n t e que, p a r a expresar esto ú l t i m o , hay que re-
c u r r i r a u n a designación t a n c o m p l e j a como «el día que pre-
cede a éste».
L a n a t u r a l e z a d e l a r e l a c i ó n de u n m o n e m a a u t ó n o m o
con e l r e s t o d e l e n u n c i a d o n o d e p e n d e de su p u e s t o en ese
enunciado. Esto n o i m p l i c a q u e s u p o s i c i ó n d e n t r o de l a
o r a c i ó n sea n e c e s a r i a m e n t e i n d i f e r e n t e a l s e n t i d o : p r o n t o es
p r e c i s o c o r r e r es a l g o d i s t i n t o q u e es p r e c i s o c o r r e r p r o n t o .
Se p u e d e d e c i r q u e e l p u n t o de i n c i d e n c i a n o es e l m i s m o en
los. dos casos.
Se t e n d r á en c u e n t a q u e los m o n e m a s a u t ó n o m o s conce-
b i d o s d e este m o d o n o s o n los ú n i c o s q u e n o d e p é n d e n de
o t r a cosa p a r a l a i n d i c a c i ó n de sus r e l a c i o n e s : un monema
v e r b a l , c o m o e c h a o da, r e p r e s e n t a n o sólo s u sentido, s i n o
t a m b i é n s u e m p l e o c o m o p r e d i c a d o , es d e c i r , l a n a t u r a l e z a
d e sus r e l a c i o n e s c o n los o t r o s e l e m e n t o s d e l e n u n c i a d o .

4-12. Los monemas funcionales

E n t o d o s l o s casos e n los q u e u n e l e m e n t o de experien-


c i a es c o n c e b i d o c o m o a l g o q u e p u e d e e s t a r en relaciones
u c o n t e x t o r e s u l t a m á s e c o n ó m i c o q u e quede
diferentes con S
asegurada u n a expresión distinta para
este e l e m e n t o , p o r
p o r o t r a p a r t e . Su-
u n a parte, y p a r a cada t i p o de relaciones, pal
p o n g a m o s , p o r e j e m p l o , u n a l e n g u a en l a q u e e x i s t i e r a u n
m o n e m a c o n e l v a l o r «el h o m b r e q u e e j e c u t a l a acción» y
u n s i g n i f i c a n t e / b a k / , o t r o m o n e m a c o n e l v a l o r de «el h o m -
140 E l e m e n t o s de lingilística general
2 A A O t i s TCA BeNEral
bre que sufre l a acción» y u n significante / ¿ 0 m / , y otro ter.
cero con el de «el h o m b r e que saca provecho de la acción»
y un significante / t i n / . En l u g a r de l a sola palabra hombre,
habría en esa lengua tres «palabras» completamente distin.
tas: / b a k / , que se emplearía en el caso de «el h o m b r e anda»;
/ 3 o m / , en el de «he visto al hombre», y / t i n / , en el de «él ha
dado a l hombre». Si esta situación existiera para el con-
j u n t o de los equivalentes de nuestros nombres, habría en
esta lengua tres veces más «nombres» que en l a nuestra, lo
que recargaría considerablemente la memoria. N o se ha ha-
llado nunca en p a r t e alguna una lengua de este tipo. Es sin
duda p r e f e r i b l e tener solamente u n m o n e m a para «hombre»,
u n o para «mujer», u n o para «animal», etc., al que, con arre-
glo a las necesidades, se añade o t r o m o n e m a con el sentido
de «que ejecuta la acción», o t r o con el valor de «que sufre
la acción» u otro tercero con el significado «que saca pro-
vecho de l a acción». Esto se encuentra en muchas lenguas
en las que existe u n m o n e m a que señala a u n segmento ve-
cino como a u t o r de l a acción, o t r o m o n e m a que desempeña
el m i s m o papel p a r a el paciente y o t r o tercero que hace lo
m i s m o para el beneficiario de l a acción. E n español, el mo-
nema / a / a señala (entre otras cosas) el beneficiario de la
acción. E n h a dado el l i b r o a Juan, a señala la función de
Juan. F u n c i ó n expresa aquí el hecho lingtiistico que co-
rresponde a Ja relacién entre u n elemento de experiencia y
l a experiencia global. L l a m a r e m o s m o n e m a s f u n c i o -
n a l e s a los monemas que sirven p a r a i n d i c a r la función de
otro monema,
Las unidades significativas 141
A LR

4-13, E l sintagma a u t ó n o m o

Se d a e l n o m b r e d e s i n t a g m a a toda combinación de
monemas. U n s i n t a g m a a u t ó n o m o es l a c o m b i n a c i ó n
d e dos o m á s m o n e m a s , c u y a f u n c i ó n n o d e p e n d e de s u posi-
c i ó n en e l e n u n c i a d o . P u e d e s e r d e l t i p o e l a ñ o p a s a d o , e n e l
que el c o n j u n t o d e l o s m o n e m a s i n d i c a su r e l a c i ó n c o n el con-
t e x t o . C o n m á s f r e c u e n c i a está p r o v i s t o d e u n m o n e m a f u n -
c i o n a l q u e a s e g u r a l a a u t o n o m í a d e l g r u p o . Los s e g m e n t o s
de e n u n c i a d o , e n coche, c o n . m i s m a l e t a s , son s i n t a g m a s au-
t ó n o m o s . U n m o n e m a c o m o a y e r e x p r e s a p o r sí m i s m o sus
r e l a c i o n e s c o n e l c o n t e x t o ; e n el s e g m e n t o en coche, es el
p r i m e r m o n e m a en el q u e e x p r e s a las r e l a c i o n e s d e l segundo,
coche,. c o n el c o n t e x t o . Sucede lo mismo en el s i n t a g m a
a u t ó n o m o m í n i m o c o n p l a c e r o en l o s s i n t a g m a s más com-
p l e j o s , c o m o c o n m i s m a l e t a s o c o n el m a y o r p l a c e r . En
finlandés kirkkossa «en [la] iglesia» el segundo m o n e m a
-ssa e x p r e s a l a f u n c i ó n d e l p r i m e r o k i r k k o - , ]

4-14. T e n d e n c i a a l a a m a l g a m a en el s i n t a g m a a u t ó n o m o

L a autonomía de que goza u n sintagma dotado de u n mo-


nema f u n c i o n a l está perfectamente ilustrada p o r el cormpor-
tamiento de las f o r m a s nominales en latín, en donde cada
una de ellas está dotada de lo que se l l a m a una desinencia
casual, que c o n frecuencia es suficiente para i n d i c a r su fun-
ción y que p e r m i t e cierta l i b e r t a d de construcción. Esta
autonomía del c o n j u n t o tiene p o r c o n t r a p a r t i d a u n a u n i ó n
más í n t i m a de los mmonemas componentes, E l sintagma autó-
n o m o tiende en l a m a y o r p a r t e de las lenguas a constituir
u n a u n i d a d acentual en cuyo i n t e r i o r pueden atenuarse y
142 E l e m e n t o s de lingiiística generaj
e h E D o $

d e s a p a r e c e r t o d o s los f e n ó m e n o s q u e a c o m p a ñ a n a las p a u .
sas v i r t u a l e s . E s t a t e n d e n c i a a r e d u c i r l a a u t o n o m í a de los
e l e m e n t o s sucesivos d e l . s i n t a g m a e s t á f r e n a d a e n t a n t o que
l o s m o n e m a s c o m p o n e n t e s p e r m a n e c e n s e p a r a b l e s , es decir,
e n t a n t o es p o s i b l e i n t r o d u c i r u n o o v a r i o s m o n e m a s e n t r e
l o s c o m p o n e n t e s p r i m a r i o s : c o n p l a c e r , con g r a n p l a c e r , con
el m a y o r p l a c e r . Cuando no es así, l a e v o l u c i ó n fonética
p u e d e e n s o m b r e c e r r á p i d a m e n t e l a s f r o n t e r a s d e los signi-
f i c a n t e s , p u e s t o q u e los f o n e m a s f i n a l e s e i n i c i a l e s de estos
s i g n i f i c a n t e s , a l e n c o n t r a r s e e n a d e l a n t e c o n s t a n t e m e n t e en
u n c o n t e x t o d e t e r m i n a d o , s u f r i r á n las p r e s i o n e s de este con-
t e x t o . E n u n e s t a d o de l e n g u a en e l q u e / k / y / g / se pala-
t a l i z a n a n t e / i / o / e / , u n a / k / f i n a l de m o n e m a seguido de
u n a / i / i n i c i a l de u n m o n e m a s i g u i e n t e p u e d e e s c a p a r a la
p a l a t a l i z a c i ó n si h a y pausa, i n c l u s o p a u s a v i r t u a l , en e l paso
d e u n m o n e m a a o t r o . P e r o si se h a c e n c o n f u s o s los l í m i t e s
de los m o n e m a s p o r l a n o s e p a r a b i l i d a d d e los elementos
sucesivos d e l s i n t a g m a , / - k i - / se c o n v i e r t e e n / - k i - / con / k /
p a l a t a l i z a d a , y e l g r u p o p u e d e p a s a r p o s t e r i o r m e n t e a /-€i-/;
c o m o en o t r o s c o n t e x t o s se c o n s e r v a / k / sin a l t e r a c i o n , se
l l e g a r í a a q u e e l m i s m o m o n e m a t e r m i n a r a y a en / - k / , ya
e n / - 8 / . E n checo el r a d i c a l q u e s i g n i f i c a « m a n o » tiene la
f o r m a r u k - c u a n d o el m o n e m a se c o m b i n a c o n el de nomina-
t i v o , y el d e l s i n g u l a r ( r u k a ) t i e n e l a f o r m a ruc- ( = / r u t s / )
en r u c e , l o c a t i v o s i n g u l a r , y l a f o r m a r u c - en el a d j e t i v o
r u é n i ( r u é - n i ) « m a n u a l » . L a d i f e r e n c i a c i ó n de estas t r e s f o r -
m a s d e l r a d i c a l r e m o n t a a p a l a t a l i z a c i o n e s sucesivas de una
f o r m a con / - k / f i n a l en d i v e r s o s c o n t e x t o s . L a acción del
c o n t e x t o a c t ú a e n las dos d i r e c c i o n e s y a f e c t a t a n t o al mo-
nema funcional como a los otros elementos d e l sintagma.
E n griego, p o r e j e m p l o , u n a a n t i g u a -M, s i g n i f i c a n t e del mo-
n e m a f u n c i o n a l d e a c u s a t i v o , está r e p r e s e n t a d a p o r [ x l
c u a n d o el s i g n i f i c a n t e p r e c e d e n t e t e r m i n a en v o c a l , y Por
Las unidades s i g n i f i c a t i v a s 143

/-a] cuando termina en consonante: logo-n, korak-a. En fe-


nómenos de este tipo toman su origen la mayor parte de las
variantes de significantes. E l término extremo de esta ten-
dencia es el encabalgamiento de los significantes, del que
finalmente puede producirse una amalgama completa: fran-
cés au por a + le, inglés cut por cut + ed.
La i n f l u e n c i a recíproca de los significantes en contacto
va acompañada c o n frecuencia de u n a i n f l u e n c i a m u t u a de
los significados correspondientes. Los monemas casa y em-
peño tienen una significación m u y d i s t i n t a en casa de em-
peño que en Casa de B o r b ó n y en empeño heroico. A la amal-
gama f o r m a l que da al p a r t i e n d o de a + el corresponde la
amalgama semántica ojo de buey, que designa u n objeto
(planta) que n o tiene nada en común con ojo n i con buey.
Pero esto apenas sirve para las relaciones entre el monema
f u n c i o n a l y aquel cuya f u n c i ó n él expresa, porque las ne-
cesidades de l a comunicación exigen que l a individualidad
semántica de ambos permanezca intacta.

4-15. L a «palabra»

U n s i n t a g m a a u t ó n o m o f o r m a d o d e m o n e m a s n o sepa-
r a b l e s es l o q u e se l l a m a g e n e r a l m e n t e p a l a b r a , S i n em-
b a r g o , se e x t i e n d e esta d e s i g n a c i ó n a los m o n e m a s a u t ó n o -
m o s , c o m o a y e r , p r o n t o , y a l o s n o a u t ó n o m o s , sean f u n -
c i o n a l e s , c o m o p a r a , con, O No f u n c i o n a l e s , c o m o el, l i b r o ,
r o j o , c u y a i n d i v i d u a l i d a d f o n o l ó g i c a está g e n e r a l m e n t e b i e n
m a r c a d a , a u n q u e n o sé p u e d a s i e m p r e e s t a b l e c e r s u separa-
b i l i d a d . L o s t r e s e l e m e n t o s de e l l i b r o r o j o son separables,
c o m o se v e en el g r a n l i b r o n e g r o y r o j o . E n c a m b i o , p a r a el,
con él, s ó l o e x c e p c i o n a l m e n t e son disociados p o r un ele-
m e n t o i n t e r c a l a r ( p a r a t o d o e l ) , las a m a l g a m a s a l p o r a + el,
144 E l e m e n t o s de l i n g i l í s t i c a general
A a

d e l p o r de + e l ( p o p u l a r p a l p o r p a r a + e l ) t e s t i m o n i a n l a
i n t i m i d a d de los sintagmas f o r m a d o s p o r preposiciones y
artículos.
Sería i n ú t i l t r a t a r d e d e f i n i r c o n más precisión este con.
cepto de «palabra» en limgúística general. Se puede, sin
embargo, i n t e n t a r l o d e n t r o del cuadro de una lengua determi-
nada. Pero, a u n en este caso, l a aplicación de criterios rigu-
rosos conduce con frecuencia a análisis que no concuerdan
apenas con el empleo corriente de este t é r m i n o . No obstante,
existen algunas probabilidades de alcanzar resultados satis--
factorios en latín, lengua en l a que l a palabra se confunde
generalmente con l a u n i d a d acentual y donde los significan-
tes de los monemas que l a componen están con frecuencia
entremezclados de manera inextricable. Por ejemplo, tome-
mos la palabra dominus, aunque dejemos aparte la compli-
cación que trae consigo el análisis del género, que no difiere.
en p r i n c i p i o d e l : q u e se h a intentado más a r r i b a (4-5) para
el francés, establecemos tres monemas cuyós significados son
«dueño», «nominativo» y «singular». No es posible decir que
el significante del p r i m e r o sea domin-; es cierto que en latín
clásico es el radical, pues es el elemento que no varía en el
curso de la flexión, pero domin- sólo quiere decir «dueño»
en combinación con u n a serie p a r t i c u l a r de desinencias. La
situación es clara cuando examinamos cláuus, clauis y claua,
tres palabras de radical idéntico, clau-, pero muy distintas
en cuanto a las variantes p a r t i c u l a r e s de las desinencias, €S
decir, de los significantes de monemas que marcan las dis-
tintas funciones. E l significante correspondiente al significado
«dueño» es, pues, domin-, en c o m b i n a c i ó n con una serie de
_desinencias particulares. E l significante correspondiente a l
significado «nominativo» es -us, p e r o en combinación Con
domin; -us es además en estas condiciones el significar?
del monema «singular», Se manifiesta claramente que el an?
Las unidades significativas 145
I A E A A A
lisis en significantes distintos no haría aquí sino c o m p l i c a r
la exposición, sin conseguir provecho efectivo. Así, pues, es
preferible en latín r e c u r r i r al método t r a d i c i o n a l de exposi-
ción de los hechos con arreglo al cual d o m i n u s representa
una palabra de l a «segunda declinación». La existencia de
enclíticas como -que no i m p i d e i d e n t i f i c a r la palabra así ob-
tenida y la p a l a b r a como unidad acentual, p o r q u e el g r u p o
palabra + enclitica se c o m p o r t a acentualmente de m o d o dis-
t i n t o a l a palabra aislada (ejemplo, con tres breves: bonáque
f r e n t e :a p ó p u l u s ) .

4-16. Dificultades en la d e l i m i t a c i ó n de la «palabra»

Es m u c h o menos f á c i l d e l i m i t a r una unidad del m i s m o


tipo en lenguas como el inglés o el alemán. Es sabido que
la u n i d a d acentual de estas lenguas no coincide con la que
en ellas se puede l l a m a r palabra. A ello se une la d i f i c u l t a d
que hay para ponerse de acuerdo en el n ú m e r o de palabras
que contienen enunciados o segmentos como 1'1 go out o
u m nachzusehen, El inglés ofrece la d i f i c u l t a d adicional de
«genitivos» como the K i n g o f England's. También es d i f í c i l
en francés d i s t i n g u i r en todos los casos si se trata de una,
de dos o de tres p a l a b r a s : bonne d'enfant / b o n d a f a / no di-
fiécre en su c o m p o r t a m i e n t o de su equivalente alemán K i n -
dermiádchen y se la considera s i n d i f i c u l t a d como una p a l a b r a
compuesta. Pero si, como debe hacerse cuando se quiere evi-
tar l o a r b i t r a r i o , se emplean criterios formales y n o semánti-
cos y se t o m a n como base las f o r m a s de p l u r a l p a r a determi-
n a r si se t r a t a de una o varias palabras, se siente l a tentación
de considerar como una sola p a l a b r a sac 4 main, que hace
el p l u r a l / s a k a m é / y n o /sakzamé/, en cambio como tres
palabras cheval a bascule («balancín»), cuyo p l u r a l es chevaux
E. DEL I N G U Í S T I?C A
1 0,
146 Elementos de lingúística genera
A 2222 AAAA AKK K
á bascule. H a b r í a bastante dificultad en el caso de cartes 4

jouer, q u e unos dicen /kartaZué/ y otros /kartzazué/.

4-17. Se debe p r e f e r i r el sintagma a u t ó n o m o a la «palabra»

De u n a m a n e r a g e n e r a l , l a t e n d e n c i a a n o s e p a r a r en el
e n u n c i a d o los m o n e m a s q u e se p e r c i b e n c o m o e s t r e c h a m e n t e
u n i d o s p o r e l s e n t i d o , es d e m a s i a d o n a t u r a l p a r a q u e n o se
e n c u e n t r e n rasgos en t o d a s las l e n g u a s . Es, pues, m u y ge-
n e r a l l a t e n t a c i ó n de o p e r a r c o n u n a unidad significativa
m á s a m p l i a q u e el m o n e m a , a l a q u e se l l a m a «palabra».
N o h a y i n c o n v e n i e n t e e n esto si se t i e n e p r e s e n t e q u e el
t é r m i n o p a l a b r a c o r r e s p o n d e n e c e s a r i a m e n t e e n cada lengua
a tipos particulares de r e l a c i o n e s s i n t a g m á t i c a s , y si, ante
l o s h e c h o s q u e c o n d u c e n a e s t a b l e c e r este t i p o d e u n i d a d ,
se h a c e u n a c u i d a d o s a d i s t i n c i ó n e n t r e , p o r u n a p a r t e , los
r a s g o s f o n é t i c o s , d e m a r c a t i v o s o c u l m i n a t i v o s , de o t r a p a r t e
los r a s g o s f o r m a l e s de s e p a r a b i l i d a d y a m a l g a m a , y f i n a l -
m e n t e las i n d i c a c i o n e s q u e p u e d e s u m i n i s t r a r l a semántica.
E x i s t e n de h e c h o u n a i n f i n i d a d de g r a d o s p o s i b l e s e n t r e l a
i n s e p a r a b i l i d a d c o m p l e t a y l a a m a l g a m a , p o r u n lado, y la
independencia total, p o r o t r o lado. En la m e d i d a en que
j ' a i v u es, en el f r a n c é s h a b l a d o , l a f o r m a n o r m a l d e l pa-
sado de j e vois, n o r e p r e s e n t a a i v u dos s i g n i f i c a n t e s distin-
tos, s i n o m á s b i e n l a a m a l g a m a d e dos m o n e m a s de signi-
f i c a d o s «ver» y «pasado»; s i n e m b a r g o , a i y v u son f o r m a l -
m e n t e separables ( j ' a i souvent v u ) , a u n q u e e n t r e u n o y otro
n o se p u e d a i n t e r c a l a r n i el a d v e r b i o h i e r n i u n c o m p l e m e n t o
c o m o avec mes l u n e t t e s . U n c o m p l e j o c o m o j e le donne s e
a n a l i z a en signos sucesivos c o n b a s t a n t e f a c i l i d a d , p e r o h a y
en é l v a r i a n t e s d e l o s m o n e m a s de p r i m e r a y d e t e r c e r a p e r
s o n a / 2 / y / 1 / q u e p a r a l o s s i g n i f i c a d o s c o r r e s p o n d i e n t e s no
Las unidades significativas 147

a p a r e c e n m á s q u e en c o n t e x t o s de este t i p o ( e n o t r o s con-
textos / m u a / , / l i i i / ) ; ciertamente los elementos componentes
n o son i n s e p a r a b l e s , p u e s t o q u e a p a r e c e n j e te l e donne, j e
l e l u i donne, p e r o l a e l e c c i ó n de estos e l e m e n t o s i n t e r c a l a r e s
es m u y l i m i t a d a y a l g u n o s l i n g i i i s t a s h a n s e n t i d o l a t e n t a c i ó n
d e v e r en j e te le d o n n e u n a sola p a l a b r a / 2 t - I - d ó n / , a s í c o m o
en vasco se r e c o n o c e y se t r a n s c r i b e u n a sola p a l a b r a e n da-
k a r - t «yo l o llevo».
L o q u e s o b r e t o d o c o n v i e n e n o o l v i d a r e n esta m a t e r i a
es q u e e l c a r á c t e r de s i n t a g m a a u t ó n o m o , q u e u n a f o r m a l a -
t i n a c o m o h o m í i n i t i e n e . e n c o m ú n c o n sus e q u i v a l e n t e s m o -
d e r n o s f o r m a n , p o u r l ' h o m m e , p a r a e l h o m b r e , es m á s esen-
cial que su carácter de palabra; este c a r á c t e r n o es m á s
que el resultado de u n anquilosamiento gradual que ha
hecho aleatorio y poco recomendable u n análisis f o r m a l , s i n
i m p o s i b i l i t a r , sin e m b a r g o , el a n á l i s i s en s i g n i f i c a d o s d i s t i n -
tos, es d e c i r , s i n e l i m i n a r p a r a el h a b l a n t e l a n e c e s i d a d d e
elegir entre varias funciones posibles para el m o n e m a «hom-
bre». Para c o m p r e n d e r los fundamentos de l a estructura
lingúística, debemos f i j a r la a t e n c i ó n m á s b i e n e n el sin-
tagma autónomo que en el tipo particular de sintagma
autónomo caracterizado p o r l a i n s e p a r a b i l i d a d d e sus ele-
m e n t o s y q u e se a g r u p a , b a j o la d e n o m i n a c i ó n d e « p a l a b r a » ,
c o n los m o n e m a s q u e n o e n t r a n en tales s i n t a g m a s .

4-18. Dependientes, regidos y determinantes

L o s m o n e m a s q u e n o c o n t i e n e n e n sí m i s m o s l a i n d i c a c i ó n
de su f u n c i ó n (como l o hacen los monemas autónomos) y
q u e n o t i e n e n e l o f i c i o de i n d i c a r l a f u n c i ó n de u n m o n e m a
vecino ( c o m o lo hacen los m o n e m a s funcionales) pueden ser
designados como monemas dependientes. En l o s sin-
t a g m a s a u t ó n o m o s , c o m o c o n é l o c o n las g r a n d e s m a l e t a s ,
148 Elementos de lingilística general

t o d o s los m o n e m a s , e x c e p t o e l f u n c i o n a l com, son depen.


dientes en e l s e n t i d o d e q u e d e p e n d e n , p a r a l a i n d i c a c i ó n de
s u r e l a c i ó n con e l r e s t o d e l e n u n c i a d o , b i e n de u n monema
f u n c i o n a l , b i e n de s u p r o p i a p o s i c i ó n e n t r e los o t r o s elemen-
tos del enunciado.
E n las f u n c i o n e s lingiiísticas hay que d i s t i n g u i r entre
funciones primarias y funciones no primarias. Las f u n -
ciones p r i m a r i a s c o r r e s p o n d e n a las relaciones cons-
t i t u t i v a s de l a f r a s e q u e se e s t a b l e c e n e n t r e los cinco miem-
b r o s d e l e n u n c i a d o (1) a y e r , ( 2 ) e l d i r e c t o r de l a empresa,
(3) ha d i c t a d o , (4) u n a c a r t a de c u a t r o páginas, (5) al secre-
t a r i o p a r t i c u l a r q u e él h a b í a l l a m a d o . Las f u n c i o n e s primarias
s o n las d e l o s e l e m e n t o s q u é se r e f i e r e n d i r e c t a m e n t e al
e n u n c i a d o c o m o c o n j u n t o y n o a u n s e g m e n t o d e l enunciado.

E n e l e j e m p l o q u e p r e c e d e , l a f u n c i ó n de l a e m p r e s a y l a de
m a r c a d a s p o r e l m o n e m a f u n c i o n a l de, la
cuatro páginas,
de particular, indicada p o r su posición, y la de que él había
llamado, señalada p o r que, amalgama de u n pronombre y
de u n monema funcional, son funciones no primarias.
E n t r e los monemas dependientes, algunos tienen función

primaria. Es el
caso de él y de maletas, en con él, con las
ó n señalada
maletas pesadas, donde los dos tienen l a f u n c i
p o r con, Se les puede l l a m a r monemas r e g i d o s . Otros no
tienen relación con el resto del enunciado més que p o r in-
termedio de los precedentes. E n este caso están los mont-
mas «determinado» ( / l a / ) «plural» ( / o S o S . . " 8 / ) y / pesada-/
en con las maletas pesadas. Se les puede d a r el nombred e

determinantes.

4.19, Monemas gramaticales y lexicales; modalidades

Se debe hacer además la distinción entre monemas g r e


maticales (morfemas) y monemas l e x i
c a l e s (lex
Las unidades significativas 149

mas). Para ello se e s t a b l e c e n i n v e n t a r i o s d e las u n i d a d e s


susceptibles de aparecer en u n p u n t o d e t e r m i n a d o en el cua-
d r o d e l s i n t a g m a a u t ó n o m o . L o s m o n e m a s l e x i c a l e s son l o s
q u e p e r t e n e c e n a i n v e n t a r i o s i l i m i t a d o s . L o s m o n e m a s «gra:
maticales alternan con un número relativamente reducido
d e o t r o s m o n e m a s en las p o s i c i o n e s e n q u e se c o n s i d e r a n .
La frecuencia media de m o n e m a s gramaticales como de,
p a r a , c o n o l a t í n « g e n i t i v o » , « d a t i v o » , « a b l a t i v o » es b a s t a n t e
s u p e r i o r a la de m o n e m a s lexicales como hombre, rico, come.
S i en u n t e x t o c u a l q u i e r a se p o n e n a p a r t e t o d a s l a s p r e p o -
siciones y todos los sustantivos que vayan apareciendo y las
c i f r a s o b t e n i d a s e n u n a p a r t e se d i v i d e n p o r e l n ú m e r o d e
p r e p o s i c i o n e s d i s t i n t a s y las o b t e n i d a s e n l a o t r a p a r t e p o r
el n ú m e r o de s u s t a n t i v o s d i f e r e n t e s , el c o c i e n t e será m u c h o
m á s e l e v a d o p a r a las p r e p o s i c i o n e s q u e p a r a los s u s t a n t i v o s .
Los m o n e m a s funcionales son monemas gramaticales. Los
dependientes son bien gramaticales, bien lexicales. Entre
ellos, l o s m o n e m a s r e g i d o s p u e d e n p e r t e n e c e r a i n v e n t a r i o s
d i f e r e n t e s ; u n o s s o n i l i m i t a d o s , p o r e j e m p l o , e l q u e se p o -
d r í a establecer e n el contexto con u n ( a ) . . . ; otros son l i m i t a -
dos, p o r e j e m p l o , el q u e a g r u p a los m o n e m a s que p u e d e n
a p a r e c e r i n m e d i a t a m e n t e después d e con, p e r o n o d e s p u é s
de c o n + u n o o v a r i o s d e t e r m i n a n t e s . Se d i r á e n t o n c e s q u e
m a l e t a , q u e p e r t e n e c e a l p r i m e r o , es u n m o n e m a l e x i c a l , y
q u e él, q u e p e r t e n e c e a l s e g u n d o , es g r a m a t i c a l . T a m b i é n
los d e t e r m i n a n t e s son b i e n lexicales (pesada), bien grama-
ticales («determinado», «plural»). Los determinantes grama-
ticales serán llamados en adelante m o d a l i d a d e s .

4-20, Modalidades y monemas funcionales

l a s modalidades, como los artículos y los m o n e m a s de


n ú m e r o , h a n estado m u c h o t i e m p o m a l d i s t i n g u i d o s de los
150 Elementos de lingilística general
2 _ _ ? _ ? Q -_ 2 2 geral
monemas funcionales, L a diferencia entre los dos tipos es
sin embargo, fundamental. Si en el sintagma autónomo con
la sonrisa se considera centro del sintagma el monema re.
gido sonrisa, el d e t e r m i n a n t e gramatical el es u n elemento
centrípeto y el m o n e m a f u n c i o n a l con u n elemento centri.
f u g o con arreglo a l esquema< - con la ?> sonrisa. En una len-
gua como el español, en l a que la amalgama de los dos tipos
es excepcional (al, del), se puede c o m p r o b a r que la presen.
cia de u n i n d i c a d o r de f u n c i ó n como con da, ciertamente,
u n a autonomía sintáctica a l c o m p l e j o con mis maletas; en
cambio, el empleo de l a m o d a l i d a d u n en u n perro mató un
lobo n o da autonomía alguna a perro, cuya función de sujeto
se identifica solamente p o r su posición en el contexto, En
general, la p o s i b i l i d a d de empleo de u n monema funcional
está determinada p o r elementos que se hallan fuera del
sintagma autónomo del que f o r m a parte; u n tipo de oración
puede llevar u n complemento en dativo y otro tipo no lle-
varlo. Ciertamente el hablante conserva con frecuencia la
l i b e r t a d de usar o no usar u n sintagma autónomo admitido
en el esquema de enunciado que ha elegido. Después de dar,
p o r - ejemplo, es posible siempre expresar u n beneficiario,
p e r o es posible t a m b i é n n o expresarlo; se puede decir da
lecciones a los jóvenes, y t a m b i é n d a lecciones. Esto es to:
davía más claro en el caso de los sintagmas autónomos in-
troducidos p o r con, p o r ejemplo. Pero n o es menos cierto
que, en una medida variable, las necesidades de la comunt
cación i n f l u y e n siempre en l a elección del m o n e m a funcional
p o r el camino indirecto de l a elección i n i c i a l de u n d e t e r m i
nado esquema de enunciado.
Con las modalidades, las cosas suceden de modo comple-
tamente distinto, La elección de una de ellas en uN punto
de la cadena está directamente en función de las necesida-
ses ; ease jen"
des de la comunicación y, con más precisión, de la e x p r
Las unidades s i g n i f i c a t i v a s 151

c i a q u e se v a a c o m u n i c a r . E n este a s p e c t o , n o se d i s t i n g u e n
las m o d a l i d a d e s d e l o s o t r o s m o n e m á s n o f u n c i o n a l e s : e l i j o ,
p a r a d e c i r l o q u e q u i e r o d e c i r , e n t r e el c a b a l l o y u n c a b a l l o ,
d e l m i s m o m o d o q u e e l i j o e n t r e c a b a l l o y yegua. L a d i f e r e n -
c i a c o n s i s t e e n q u e m i e l e c c i ó n e n e l caso de las m o d a l i d a -
des e s t á e s t r i c t a m e n t e l i m i t a d a : «determinado» o «indeter-
m i n a d o » , e n t a n t o q u e e l n ú m e r o de a n i m a l e s e n t r e l o s q u e
puedo elegir p a r a completar u n enunciado como un perro
m a t ó . . . es p r á c t i c a m e n t e i l i m i t a d o . D e b e t e n e r s e en c u e n t a
que, reemplazando una modalidad p o r otra ? u n singular
p o r u n p l u r a l , u n artículo determinado p o r u n artículo in-
d e t e r m i n a d o ? , no c a m b i a el esquema general del enunciado.
E s t o c o i n c i d e , n a t u r a l m e n t e , c o n el h e c h o d e q u e en u n a
o r a c i ó n latina, española o francesa, cada sustantivo puede
e s t a r , e n s i n g u l a r o en p l u r a l , a e l e c c i ó n d e l h a b l a n t e . P o r
. e l c o n t r a r i o , u n a o r a c i ó n de c i e r t o t i p o en l a t í n , e x i g e u n
m o n e m a f u n c i o n a l de d a t i v o y s o l o u n o , a u n q u e se e x p r e s e
d o s veces e n dos p a l a b r a s c o o r d i n a d a s : u r b i et o r b i .

4-21. U n a c o n f u s i ó n facilitada p o r la amalgama y l a


concordancia

S o n v a r i o s los hechos, sin embargo, que contribuyen a


o s c u r e c e r la d i f e r e n c i a f u n d a m e n t a l entre monemas f u n c i o -

nales y modalidades. E n p r i m e r l u g a r , el h e c h o de q u e es-


t a n d o u n i d o s f o r m a l m e n t e en el sintagma a u t ó n o m o tienden
c o n e l t i e m p o a e n c a b a l g a r y a m a l g a m a r sus s i g n i f i c a n t e s .
Sucede, además, que unos y otros p a r t i c i p a n en los f e n d
m e n o s de la c o n c o r d a n c i a : los significantes discontinuos, que
son l a consecuencia de-ella, existen en los monemas f u n c i o
n a l e s y e n las m o d a l i d a d e s . E l h e c h o se c o m p r u e b a en u n a
l e n g u a c o m o el Jatin, en l a q u e sus s i g n i f i c a n t e s e s t á n am-
p l i a m e n t e a m a l g a m a d o s . E n p r u d e n t i b u s h o m i n i b u s , el mo-
152 Elementos de lingiiística general

nema f u n c i o n a l «dativo» y la m o d a l i d a d «plural» tienen un


significante ú n i c o que tiene aquí l a variante d i s c o n t i n u a
. . i b u s ...ibus; en p u e r i l u d u n t , el m o n e m a funcional «nomi-
nativo» n o esta representado mds que en el significante 7
pero la m o d a l i d a d p l u r a l está significada sucesivamente en
-2 y en -nt. E n francés, en donde hemos visto (45) que la
modalidad «plural» está significada sucesivamente tres veces
en les a n i m a u x paissent, los monemas funcionales son sepa:
rables con g r a n frecuencia, es decir, que su Significante no
está indisolublemente u n i d o a o t r o como -ibus lo está a
prudent- y a homin- en p r u d e n t i b u s hominibus; se encuen.
tran, s i n embargo, significantes discontinuos en & mon pere
et á m a mére, f r e n t e al inglés to m y f a t h e r and mother y al
sintagma avec m o n pére et ma mére, en donde el monema
f u n c i o n a l avec, fónicamente más pesado que 4, no se repite.
Los ejemplos precedentes p o d r í a n hacer creer que, si
bien en el caso de las modalidades el campo de la concordan-
cia es m u y amplio, quedaría en c a m b i o reducido al interior
del sintagma a u t ó n o m o en el caso de los monemas funciona-
les; n o serían caracterizados como dativos más que los co-
m ú n m e n t e llamados complementos indirectos y los adjetivos
que los califican. Pero esto sería l i m i t a r indebidamente el
abanico de las posibilidades lingiiísticas: en vasco gizonari
eman-diot «he dado al hombre», el monema de función «da-
tivo» está caracterizado n o solamente p o r la -¿ del comple-
m e n t o i n d i r e c t o gizonari, sino t a m b i é n en el verbo por -io-
de eman-diot, que c o m b i n a la expresión de «dativo» con la
de «tercera persona de singular».

4-22. E j e m p l o s de e n m a r a ñ a m i e n t o

La concordancia está considerada con frecuencia como


un medio, sin duda poco económico, de caracterizar las Te
Las unidades significativas 153
? A A
laciones en el enunciado. Por ejemplo la c o n c o r d a n c di ae :l
verbo c o n el sujeto «serviría» p a r a señalar cuáles son las
dos palabras del enunciado que están en l a relación sujeto
y predicado. E n muchos casos de relación de este tipo, l a
función de los dos elementos está claramente señalada s i n.
que intervenga la concordancia; en pater pueros amat, n o
es l a concordancia del verbo en n ú m e r o la que p e r m i t e iden-
t i f i c a r a p a t e r como sujeto. S i n embargo, acontece que, p o r
casualidad o de m a n e r a bastante regular, l a concordancia
asume el papel de i n d i c a r l a f u n c i ó n de ciertos elementos. E n
el l a t í n venatores a n i m a l occidunt, acontece que n i venatores
n i a ñ i m a l i n d i c a n cuál es el sujeto y cuál es el objeto; occi-
d u n t , que concuerda con venatores, indica que éste es el su-
j e t o y que, p o r consiguiente, a n i m a l es el objeto; desde luego,
l a c o n c o r d a n c i a sería superflua si el sujeto fuera virz e inefi-
caz si e l o b j e t o estuviera en p l u r a l (en venatores animalia
o c c i d u n t , p o r ejemplo). E n el contexto indicado se podría
p e n s a r que el significante de la modalidad «plural» es el que
asume el papel de i n d i c a d o r de la f u n c i ó n «sujeto» en vena-
t o r - y que l a d i s t i n c i ó n entre m o n e m a f u n c i o n a l y- modalidad
está a q u í entremezclada. De hecho, es necesario comprender
que el significante de n o m i n a t i v o , cuando se combina con
u n r a d i c a l de l a tercera declinación y con el m o n e m a de
p l u r a l , se realiza b a j o l a f o r m a de amalgama discontinua
/ . . . e s . . . n t / , en t a n t o que el acusativo en la misma circuns-
t a n c i a tiene simplemente la f o r m a / . . . e s / ; cuando el sujeto
tiene u n a f o r m a n o ambigua cormo virz, es / . . . 1 t f solamente
u n a p a r t e d e l significante d i s c o n t i n u o del «plural», p e r o aquí
f o r m a p a r t e d e l significante del m o n e m a f u n c i o n a l «nomi-
nativo». Es evidente que e l enmarañiamiento con frecuencia
i n e x t r i c a b l e de los significantes en ciertas lenguas h a r e t r a -
sado el r e c o n o c i m i e n t o de l a d i s t i n c i ó n f u n d a m e n t a l entre
monema funcional y modalidad.
154 E l e m e n t o s d e l i n g i i t s t i c a g e n e r a l

4-23. E l «género»

Los fenómenos de concordancia pueden extenderse a otros


monemas distintos de las modalidades y de los indicadores
de función, ya que h a y (en francés, p o r ejemplo) concor.
dancia de género, que es simplemente el significante dis.
continuo de u n m o n e m a correspondiente a l o que se llama
sustantivo. Como los elementos de este significante, separa.
dos de su núcleo central (por ejemplo, /...a...d...3/ separa.
dos de / m ó t a ñ / en la grande montagne blanche) tienen un
c o m p o r t a m i e n t o f o r m a l que recuerda el de las modalida
des, se ha i n t e n t a d o establecer en francés una modalidad
«femenino» en oposición a uma modalidad «masculino». El
hecho de que l a diferencia entre grand y grande puede fun-
c i o n a r p o r sí m i s m a ( l a c o u r des grands, la cour des grandes,
«el patio de los mayores, el patio de las mayores») podría
j u s t i f i c a r aparentemente tal proceder. Pero no hay que ol-
v i d a r que l a elección de grands o de grandes no está nor-
malmente d e t e r m i n a d a p o r el sexo de las personas en cues:
tión, sino p o r el género de las palabras garcons y filles, cuyos
representantes son aquí los dos adjetivos, es decir, por un
aspecto del sentido de garcon y u n aspecto del sentido de
fille. E l empleo de grande en lugar de grand no implica una
elección diferente de la d i s t i n c i ó n latente que existe entre
fi l l e y garcon, Sin embargo, hay que hacer n o t a r que el empleo
del p r o n o m b r e elle está a veces d e t e r m i n a d o no por el gé-
nero, sino p o r el sexo de l a persona en cuestión: .. l e doc-
teur... elle...

4-24. E l sintagma predicativo

Volvamos al mensaje del que hemos partido más arriba:


«ayer había fiesta en el pueblo», que contiene un monema
Las unidades significativas 155

a u t ó n o m o , a y e r , y u n s i n t a g m a a u t ó n o m o , en el p u e b l o . L a
autonomía de estos dos segmentos está a s e g u r a d a p o r el
s e n t i d o m i s m o d e l m o n e m a e n u n caso, p o r e l e m p l e o de u n
m o n e m a f u n c i o n a l en e l o t r o caso. A m b o s p u e d e n desapare-
c e r s i n q u e e l e n u n c i a d o d e j e de ser n o r m a l : h a b í a f i e s t a ;
a y e r ; e n e l p u e b l o n o h a c e n m á s q u e c o m p l e t a r este e n u n -
c i a d o , y es e s t o l o q u e se q u i e r e i n d i c a r c u a n d o se d i c e t r a -
d i c i o n a l m e n t e q u e s o n c o m p l e m e n t o s . P u e s t o q u e el segmen-
t o h a b í a f i e s t a p u e d e c o n s t i t u i r el m e n s a j e p o r sí m i s m o , n o
l e c o r r e s p o n d e a é l c a r a c t e r i z a r sus r e l a c i o n e s c o n a d i c i o n e s
e v e n t u a l e s ; e n c a m b i o , l o s c o m p l e m e n t o s son i d e n t i f i c a b l e s
c o m o tales p r e c i s a m e n t e p o r q u e corresponden a elementos
d e e x p e r i e n c i a c u y a r e l a c i ó n c o n el c o n j u n t o de l a experien-
c i a q u e se v a a c o m u n i c a r se j u z g a n e c e s a r i o c a r a c t e r i z a r ;
esa r e l a c i ó n c o r r e s p o n d e e n el c a m p o l i n g i i í s t i c o a l a f u n -
c i ó n . E l s i n t a g m a h a b í a f i e s t a n o es a u t ó n o m o , es i n d e p e n -
diente. L e l l a m a m o s s i n t a g m a predicativo.

4 - 2 5 , " L a actualización

H e m o s considerado más a r r i b a (4-10) la posibilidad de


expresar con u n solo m o n e m a l a noción de «fiesta» y l a «exis-
tencia efectiva» de una fiesta. Esto no es posible en español,
donde las dos nociones necesitan una expresión distinta. En
muchas lenguas, el hecho de que u n monema se emplee en
una situación b i e n definida, p o r un determinado hablante y
e n circunstancias especiales, n o es suficiente para concretar
u n a de las posibilidades semánticas que contiene su signi-
ficación de m o d o que se consiga u n enunciado lingúística-
m e n t e satisfactorio. Fiesta no es p o r sí m i s m o u n mensaje
lingilístico; p a r a que llegue a serlo es preciso anclarle en la
realidad señalando su existencia efectiva (hay fiesta), l a
156 Elementos de lingiiística general

existencia eventual ( h a b r í a f i e s t a ) o i n c l u s o l a inexistencia


( n o hay fiesta). E s necesario, según se d i c e , a c t u a l i z a r
el monema. Para hacerlo se p r e c i s a u n Contexto, es decir,
como m í n i m o dos monemas, u n o de los cuales es más espe:
cíficamente p o r t a d o r del m e n s a j e y el o t r o puede ser consi-
derado c o m o el actualizador. E l español es u n a lengua de
este tipo. L a situación n o basta p a r a a c t u a l i z a r u n m o n e m a
ú n i c o más q u e e n ' l o s m a n d a t o s , i n s u l t o s o Saludos: jvel,
¡correl, ¡vuela!, ¡ d e prisa!, ¡ a q u í ! , ¡ t r a i d o r ! , ¡ s a l u d ! E n res-
puestas c o m o sí, no, Juan, mañana, l a p r e g u n t a p r e v i a ha
p r o p o r c i o n a d o el c o n t e x t o necesario p a r a l a actualización.
Otras veces, los enunciados de u n solo m o n e m a son f o r m a s
abreviadas de enunciados más a m p l i o s d e i d é n t i c o s e n t i d o :
¡ p r o h i b i d o ! p o r ¡está p r o h i b i d o ! Se t r a t a siempre de enun-
ciados m u t i l a d o s q u e e l h a b l a n t e p u e d e r e c o m p o n e r si es
preciso, u n poco al m o d o c o m o u n a l e m á n q u e dice [ n a : m t ]
p o r Guten Abend volverá a la f o r m a { g u : t n ? a : b n t ] si se le
pide que l a r e p i t a .

4-26. E l sujeto

Donde l a a c t u a l i z a c i ó n es i m p r e s c i n d i b l e , puede conse-


g u i r s e p o r l a c r e a c i ó n de u n c o n t e x t o c u a l q u i e r a . Puede ser
suficiente a ñ a d i r u n m o n e m a g r a m a t i c a l a l m o n e
ma central
del e n u n c i a d o :
en francés tue / t i i / puede ser actualizado
p o r m e d i o de 1
os morfemas j e / 2 / o on / 5 / . Pero, natural-
mente, un lex
ema acompañado o no de determinantes,
desempeña i g u
almente el papel de contexto actualizador:
Valcool tue, E
sto conduce a hacer obligatorio un e n u n -
ciado mínimo de dos términos, u n o que indica normalmente
un estado de cosas o un acontecimiento sobre el que se
llama la atención, recibe el n o m b r e de p r e d i c a d o , y el
Las unidades significativas 151

otro, l l a m a d o s u j e t o , i n d i c a u n p a r t i c i p a n t e activo o pa-


sivo cuyo p a p e l es realzado, e n p r i n c i p i o , de este m o d o . E l
sujeto puede ser u n m o r f e m a , francés i l m a r c h e / i l m a r 3 / , o
contener u n l e x e m a ? h o m m e marche / l ó m m a r 3 / o i n c l u s o
c o m b i n a r l e x e m a y m o r f e m a en l a f o r m a p o p u l a r ' h o m m e
i l m a r c h e /lóom i m a r s / o e l l a t í n v i r ambulat. Semántica-
mente, e l sujeto puede i n d i c a r t a n t o el paciente o e l benefi-
c i a r i o de l a acción, c o m o el agente: he indica el paciente en
inglés he suffered, he w a s killed, el beneficiario en he w a s
g i v e n a book, el agente en h e k i l l e d o en he gave a book. Según
las lenguas, el sujeto puede f o r m a r o n o f o r m a r u n sintagma
a u t ó n o m o ; e n latín, el sujeto es o bien una m o d a l i d a d del
predicado, e n o c c i d u n t , p o r ejemplo, o u n sintagma autó-
n o m o (acompañado de u n a m o d a l i d a d del verbo) en u i r i
o c c i d u n t , donde u i r í contiene u n i n d i c a d o r de función. E n
francés el sujeto n o es autónomo; su función está indicada
p o r su p o s i c i ó n respecto del predicado.
A s í , p u e s , e l s u j e t o está s i e m p r e c a r a c t e r i z a d o , sea p o r
u n m o n e m a f u n c i o n a l , sea p o r s u p o s i c i ó n . P e r o l o q u e p e r -
mite identificarlo como tal y distinguirlo de los comple-
m e n t o s es s u p r e s e n c i a o b l i g a t o r i a en u n c i e r t o t i p o de e n u n -
c i a d o ; e n l o s p e r r o s c o m e n l a s o p a o ellos c o m e n l a sopa, es
tan imposible s u p r i m i r los p e r r o s o ellos c o m o e l n ú c l e o
p r e d i c a t i v o c o m e n ; p o r el c o n t r a r i o , l a sopa p u e d e desapa-
r e c e r s i n m u t i l a r e l e n u n c i a d o n i m o d i f i c a r l a e c o n o m í a del
r e s t o . C o n r a z ó n se d e s i g n a t r a d i c i o n a l m e n t e a ese s e g m e n t o
del e n u n c i a d o c o m o « c o m p l e m e n t o » . D e los dos e l e m e n t o s
o b l i g a t o r i o s s u j e t o y p r e d i c a d o , será s u j e t o e l m o n e m a q u e
t i e n e las m a y o r e s p r o b a b i l i d a d e s de f i g u r a r t a m b i é n e n t r e
los c o m p l e m e n t o s . L o s s u j e t o s de los e j e m p l o s p r e c e d e n t e s

son c o m p l e m e n t o s e n l o s c h i n o s c o m e n l o s p e r r o s y l o s c h i -
n o s l o s c o m e n , en donde e l complemento los es una variante
de ellos.
158 E l e m
d e l i en g i tni s t itc a general
o s

4-27. Predicadosnominalese n l a s lenguasc o n sujeto

E n aquellas l e n g u a s e n l a s q u e l a combinacións u j e t o .
p r e de si f ocr maa l m d e not e o b l i g a t o r i a , a p a r t e d e l o s casos
e n q u e l a s i t u a c i ó n e s suficiente p a r al a actualización,a l
g u n s s construcciones r e g u l a r e s h a n s i d o p r á c t i c a m e nr e t e-
d u c i d a sa l p a p e i d e actualizadores d e l verdadero predicado,
E s e l caso d e i l y a , e n donde s e distinguen formalmente u n
s u j e t o i l y u n monemap r e d i c a t i v o a . E s t e a n á l i s i se s «la.
crónicamentec o r r e c i o e n i l y a s o n a r g e n t ( d e n s c e t t a
b a r q u e ) , f r a s e cuya pronunciación,incluso l a f a m i l i a r , e s JU
K j ) a / . Peroe n i y a d e s genss u r l a ploce;i l y a n o hacem á s
q u ei n t r o d u c i r e l predicador e a l gens y s e pronuncia n o r m a l
m e n t e / j a / ; d e l mismom o d o vokci, v o i l d (de vois c i , vols l a )
n o s o n e n r e a l im dé saq ud e actualiadores del predicado
q u o l o s sigue.

4.28. L e n g
súasujeto
u a s

P o rm u y frecuentequeseae l t i p o d e organizaciónm j o r »
predicado, soría une r r o r erceria universal.Nodeja d e labor
longuasc n l a s q u eu n enunciado periectamente n o r a ] c u e
pee t i e n eu n s o l o monemaq u e s e p o d r i a traducirp o r « a v i a ,
p o r «lineves,p o r «jarro», p o r «he a h í u n 20570+, Ote. y Cato
s e d a p o s ó l o e n l a s casos margisales q u erepresestaml a s
moandaios y las farmas elípticasd e comusicación, 5500 u E
b i ó n e n l o s mensajospropiamente emusciarnos. Como e l
emunciadod e u n sonema aisladepresenta, saturabecen, Y
m i s m a curvad e oniosaciónq u el o enunciodos más a p l l o s
d e u n mismo Upa,como l o afirmación,l o velorregución, A l s
puedesuntirse l a tentaciónd e hablar u n 035e caso deu n JaO>
L a s unidades significativas 159

n e m a a c t u a l i z a d o r c o n s i g n i f i c a n t e entonacional.P e r o p e r a
l a claridad d e l a exposicióne s convenienten o h a b l a rd e so
t u a l i z a c i ó n m á s q u e e n l o s casose n l o s q u ee l mouemna q u e
i n t e r v i e n e es u n au n i d a d d e l a primera articulación,e s decir,
u n monema segmental.

4 . 2 9 . E l m o n e m a p r e d i cy al at s i v o
vce
os

El p r e d i c a d o s e c o m p o n e d e u n m o n e m a p r e d i c a t i v o
acompañado o n o d e m o d a l i d a d e s . E s t e monema p r e d i c a
t i v o e s e l elemento a c u y o a l r e d e d o r s e organizal a f r a s e y
p o r r e l a c i ó n a l q u e l o s d e m á s e l e m e n t o s constitutivos c a
racterizan c u función. H a y q u e advertir, «inembargo, q u e
e n c i e r t a s l e n g u a s c o m o e l f r a n c é s y t a m b i é n e l español,
l o s h a b l a n t e st í e n e n l a p o s i b i l i d a d d e o r i e n t a re l predicado
bacía l o s participantesd e l a a c c i ó n . Pongamos,p o r ejemplo,
l a acciónd e a b r i r , u n pacientequee s l a puerta d e l jesdía
y u n a g e n t e q u e e s e l j u r d i n c r o .S l s o e m p l o sl a f o r m a d e
p r e d i c a d o lHemada « v o s a c t i v a » , e s d i r á a l j a r d i n e r oa b r e
l a p u e r t a d e l j a r d i n ; el s e omplos t a f o r m a Ramada « v o z p o
siva», e l e m n c i a d o s o r á l e p u e r t a d e l j a r d í n e s a b i e r t a p o r
e l j e r d i n e r o . E n el p r i m e r c a s o , a l p r o d i c a d o (abre) c s t á
o r i e n t a d o c o n r e l a c i ó n a l j a r d i n e r o ;c n e l segundo, e l predi-
c a d o (as a b i e r t a ) e s t á o r i e n t a d o c o m r e l a c i ó n a l a p u e r t a ,
f i n umel o n g u a c a m o e l malgache, s o puede adesads orientar
e l predicado c o n relación a l o que s e r í a e n españal ua com»
plomento circunstancial. P o r e l contraria,atras lenguas c o m o
e l v a s c o n o e s a s c o n e s t a posibilidad d e orientar e l p r e d b
c a d o : u s a v a r o n l a c a d a s l a sección,l o s p a r t i c i p a n t e s d e l y
a c c i ó n y l a s d i f e r e n t e sc i r c u n s quedat a cn o cn elle
i a esm ,o
b i e c i ó nd a f i n i 1cs eis t ruu c a h u smd eel enunciado.
n s e
140 B l e d
me ingilisticageneral
e n t o s

TIL L a . expanssde

4 - 3 . E x p a n s i ó n : t o d o l o q u e n o e s indispensable

S e l l a m a e x p a n s i ó n t o d o elemento q u e añadido a u n
enunciado n o modifica l a s relacionesm u t u s s y l a función
d e l o s elementospreexistentes.S i e l enunciado c o n s i s t e e n
u n monermna p r e d i c a t i v o aislado, t o d aa d i c i ó n d e o t r o s m o
p e m a s q u e n o modifiquen e l carácter predicativo d e l monema
primitivo representa u n a expansión dei p r e d i c a d o i n i c i a l .
E s t o sm o n e m a spueden s e r d e l o s más d i v e r s o s t i p o s . P a r
t i e n d o d e l francés v a ! s e obtienep o r expansión v e r i t e ! c o n
@Bm o n e m ea u t é a c m o ; v u l e cherchar? c o n u n sintagmsd e
p e n d í c o t e d e b a s ep r o d i c a t i t a ,v e c h e z l a r o b a ? c o n u n
elmiaganaautónomo;v e l e chercherc h e zl e voisbee! con tres
d e coros c l e m e n t o s r e u n i d o s . A s i , pues,s e p u e d e , c a c i e r t o
s e n t i d o , d e c i r q u e e n u n esuociódo t o d o p u e d e sex conside
r a d o c o m o expansión d e l moocersa p r e i i c a l i v e , excepto l o s
elementos indisponsablesp e r a l a a c t u a l i zd ea cc ei ó m no
s e m a . p o r ejemplo, a l sujeso a l i d o c d ec u t e : eml o n p e r r o s
comen l a s o p a , l e s o p e o s u b a expansión d e l predicado, l a s
p o r r a s mol o o s . Pero l a expansión n o s e e m i t a l o s c i o
t o s q u e pucden cor añadidas a capricho ¿ l moncma pred
c a t i v o . Comprende l a s a i i c i o n e s a o s ó l o a l eéxteo c o m a l
d e l ensaciado, siso t a m b i é n a cada u n a d e dos p o s d e u p
m e n t o e m i n a d o s basta a q u í . Se v e c u á n ieporrante e s e l
p a p e l que desempeñao n l a c o m t i t u c i ó n d e k n w e n a .

4 - 3 1 l e esordinación

Ms comueniented i s t i n g u i r desde dl p r i s c i p i n entre d e e


p o s d e expansión: l a expansión p a r cosámación y l a OO
L a s unidades s i g n i f i c a t i v a s 161

pansiónp o r s u b o r Existe d i expansión


n a c p io r óc o no r d. +
macióncuando l a funciónd e l elemento añadidoe s idéntica
aI n de u n o d e l o s elementos preexistentes en e l mismo
cuadro, de t a l modo ques evolvería a tener la estructura del
emunciadoprimitivo si se s u p r i m i e real elemento preexis-
tente ( y l a marca eventualde l a coordinación) ys e dejara
embsistirsolamentee l elemento añadido. En el enunciado
vendemuebles habráexpansión p o r coordinacións i s e año-
d e , después d e vende,compra precedidode u n monemapar-
t i c u l a r (y) quemarcau n determinadotipo de coordinación.
B e t o dará vende y compre muebles,e n dondecompre d e »
empeña exactamentee l mistoopapel que vende, e s decir, el
papelpredicativo, y en el mismo cuadro,esto es, en l a s mio
m a s relacionescon l o s otroselementosd e l enunciado. Si ss
suprime en e l muevo enunciadoe l predicadoprimitivovende
( y l a marca d e l a coordinación y), se obtienecompres u e
bles,quetienedistintosentido, pero l a miemaestructura que
e l eaunciadoinictal.
L a c a p a n c i ó np o r coordinaciónpuedo a f e c t a r e cualquiera
d e l a s unidados h a s t a a h o r aconsidaradas;u h monamas n t ó
p o m o a a h o y y m e ñ n o s , u n m o b c m af u n c i o n a l q n com y s i a
s u s suadeias, ema m o d a l i d a d o n c l i n g l e w i t h h i s e a d h e y
Saga, u n l o c a s o m r o j o y n e g r a , hombre y eusjor, we i e
t a p a s p r o d i c a t i v o c a d i b u j e y p i t a c o t e l e m a .D e b o t e
p a r e s o n cuonta q u e pueden s a r cnardizados elementos c o m o
h o y y sueñans( p o r ejemplo, en e l b u e n t i e m p o d e r e r á h a y
y m e ñ o n s ) , q u e se aucheycau n o € C t r o COMO elementos a m
S i omn u nom i s m n o ommaciada,
e s

4-12 L o mberdinación

La e x p pa o r snu b o a c i nó n emb caracrernada


s r di i n ó
p a r e l hecho d e que l a funciónd e l dlememo alñedidou e s e
.euwwernm-
162 E l e m e n t o s d e l i n g i i s t i c agenera
e e
e n c u e n t r a e n n i n g ú n m o m e n t o p r e e x i s t e n t e e n e l mismo cua.
d r o . E s t af u n c i ó n e s t á i n d i c a d a s e a p o r l a p o s i c i ó n d e l e j e .
m e n t o n u e v o c o n r e l a c i ó n al a u n i d a d j u n t o a l a q u e ejerca
s u f u n c i ó n , s e a p o r u n m o n e m af u n c i o n a l . L a e x p a n s i ó n q u e
r e p r e s e n t a e n f r a n c t s l a soupee n l e s c h i e n s mangentt a souge
t i e n e i n d i c a d a s u f u n c i ó n p o r s u p o s i c i ó n después d e dniicies
p r e d i c a t i v o f o r m a d o p o r e l m o n e m a p r e d i c a t i v o acompañado
d e s u s modalidades, l a f u n c i ó n d e e x p a n s i o n d e l a route, e n
l a p o u s s i t r e d e l a r o u t e e s t á m a r c a d a p o r e l monemaf u » .
c i o n a l d e . Ge v e , p u e s , q u e l a e x p a n s i ó n p e r m i t e c o m p l e t a r
|
e l e m e n t o s BO p r e d i c a t i v o s d e l e n u n c i a d o d e l a m i s m a m e .
|
n e r a q u e s e c o m p l e t ae l p r e d i c a d o , s u n q u e , c o m o e n e s o
c a s o , s e a p o r e l e m p l c o d e m e d i c s l i n g L i i s t i c o s diferentes.B a
e f e c t o , e n f r a n c é s l a f u n c i ó n d e «complemento d i r e c t o s e s
distinta d e t a d e «complementod e l nombre»e n t a n t o que u a
e s t á marcadap o r l a p o s i c i ó n y l a o t r a p o r « i m o o r e ha»
c i o n a l d e . Pero, naturalmente.nado i m p i d e q u e l a fención
s e n l a m i s m a o n l o s d o s c a s o s . p o r e j e m p l o ,e n u n a l e n g e
e n l a q u e e l e n u n c i a d oc o m p l e t o a n t e s u s a d o t u r i e r a u n e
f o r m a c o m o dl y a m e n g e r d e l e s o w p e p o r l e s c h i o w e n l a
quod e sompe l i n g i é s o rt i oip acr a am amn g ee r l no q tu eel e
Ponte 66 p a r e poutmire.
E l clomcnto s h o r d i a a d e p a c d e casucterizar (tradicional
m e n t o «depender d e s ) a c a s i t o d o sl o s ciomentos d e la p r ó
m e r a articulación, m a n c m a c i m p l e o simagras, c h e e l s
madalidados (más grande > m u c h o m á s g r a d o ) y basta las
indicadores d e f u n c i ó n (sm d i n e r o > ab ¡ehuainmeata s i a de
mero), que, s i a embarga, l a mayor parte d e l a s veros uo $00
sucoptibles d e e s p e c i bG er cocuenaro a c i o Unm be l esome .
elementsp r e c i a d o e l walord e u n m e m o a c n e (16
piúsmenzo > w e y r á p i d a m o a t o j e d e w n lemma regido i d
v e s r i d o > a l v e n i d o r o j a , e l vesrida d e baña. e l v e n i d o que
e s v e j a , e l piwceld e l e r i c a ) y puedos c r € m i m o uma e
L a s umidades s i g n i f i c a t i v a s M3

pansiónp o r subordinación d e o t r o lexema (va rápidamen


t e > v a m u y rápidamente,u n vestido b o n i t o > vestido
m u y bonito). E l elementosubordinado puede caracterizar a
u n m o n e m ap r e d i c a t i v o : d i c e > s e l o d i c e , d i c e u n a p a l a b r a ,
d i c e q u e v e n d r á ; El s a l e > s a l e mañana, é l s a l e cuando e l l a

E l elemento subordinadop u e d e t o m a r l a f o r m a d e u n
monbemaú n i c o autónomo ( c o r r e > c o r r e rápidamente) o n o
a u t ó n o m o ( g r a n d e > m u y g r a n d e ) ; e s t e monemap u e d e s e r
l e x i c a l ( u n v e s t i d o > u n v e s t i d o b o n i t o ) o gramatical ( g r a n
d e > m á s g r a n d e ) . Puede v e r u n s i n t a g m a sutónomod e l t i p o
d e l o s q u eh e m o s encontradoh a s t a a q u í : s a l e > s a l e c o n s u s
m a l e t a s , l a s igilesías > las i g l e s i a s d e R o m a . También p u e d e
s e r e l elementosubordinadou n sintagmad e forme p r e )
c a t i v a , generalmente c o n v e r t i d oe n autónomo p a r l a a d i c i ó n
d e u n monema funcional, que c o nfrecuenciae s u n a «con
j u n c i ó n d e s u b o r d i n a cp ei róonq»u ,e puede ser señaledo
c u m o e x p a n s i ó n s i m p l e m e n t e p o r e fl u g a r q u e o c u p ae n e l
e n u n c i a d o , p o r ejezmplo, d l s a l e > é l s a l a cuendo e l l a Llegue,
e l v e s t i d o > e l vestido q u e a l i a Hevea y , s í a m o s c i a tuncio>
n a l , inglés t h e f a c e was b i e c k > t h e f a c e h e s e w wasb i e c k .

4-33, L e frase

L o s clemenios s u b o rd edf o ri m a
n predicativa
a d o (se l
ma B l o m des U
n n gt i l ioc t iso s

e s una considerable ventaja,dado dl carácter df>iraenta


S o r t i s t i c o de este fenómeno.

I V . L a C o m p o YsL ai BRFVACIÓN
c i ó n

4-M L a c o m yp l a od e r i sv a c iió n mc o somexpansión


i ó n

Losp r o c eq u eds e iin d im


c a n ci o nel o s nt é r mt i a oos «com.
s
p o r c i ó n » y « d e r i v a c i ó n » p o d r i a s s e r c u n s i d e r a d o s e n ciertos

Oo pueden ser dencrivos como raultantes d e l a unión e un


euunciede d e u n elemento «que mo modifica las relaciones
mutuas y l a funciónd e dos eivaceros p r o r r i n t e r iYa aoe,
esleca extepiclo en l a g a r d e ptsse,c a h a venido par l o p i t a
s o comuerena l a s condicionescorevtermthas d e l a expansión,
y a q u e l e a ñ i c i ód ne uma preciata s e p l e m e nyt a rda a
ocxmbiatspade en l a ardeaaciond e l e e n s an be > mí

turulasad e l a s reldacionas p e r a s d e a m chemencos,,Sucodo


l o axiame s í es coñaca csmracios enhagas de e c i ó n un Ue
enmado ers concón.E n ambos cocos d s m o s c a s adadida
a o y a t e pueden queiares d e sueco wm a g a n d h e .
P u r o l a c i a c i ó n s e r í a d i iexcara a p r a a p r a Qe
Gumpuesee u r d i e m a r @ d e ld e r i a d a shrnasiin on Y A U
d a d e sh s vino ampe s t o i e el apurar w a e l y i e
celta. U n essañiamar, parucada de ectrollo y 0 6 , y Um 0 2
a l a , partiendo dem y ¿e óm,e n hus. e n v o t a , a n a n á ,
Os decie, edición ismzanónn e 09 r o m c i e d o ssitrota,H O
arceción fuera d e c o x o c n d e e n o e n t e p e r o Da
4 0 4 un t a y expencóna m a d o se empresammpristos C O
L a s emidades significativas MS
A I R eo
autopista o derivadosc o m oosncioncita: de hecho s e e l i g s
e n t r e a n t o p i s i a y p i s t a , como v e e l i g ee n t r e p i s t a y carretera,
e n t r e c a n c i o n c i t a y c a n c i ó n , c o m o e n t r e c a n c i ó n y cántico.
P e r o ,a l r e v é s d e l o q u e suceda c o n e s t r e l l u m a r y elevación,
n a d a s e opone a q u e e s t o s compuestos y e s t o s derfvados n a n
c a n e n f o r m a d e expansion, de modoq u e axfopista espensada
e n p r i n c i p i oc o m o p i s t a , p e r o t u a p i s t a c o n caracteres e s p e
c i e l e s q u e quedan veñalados p o r l a adiciónd e e s t u Hay n u
c h o s c r s o s e n l o s q u e o m c i d n corta sepresenta, t i n t o C o m o
cancionción,u n a elecciónú n i c a , s i n q u e pueda descartarse1 0 -
t a l m e n t el a tnterpretación d e q u ec o r t a e s u n a expansiónd e
eamción.S e p u e d ed e c i r , pues,q u e h a y casosd e composición y
d e d e r i v a c i ó n e n l o s q u en o e s p o s b l e e x c l u i r q u e procedan

s e p u e d eh a b l a r d e composición y d e d e r t r e c i ó n e n d o c é n
t r i c a s , t o q u e i n d i c a q u e l a acción mutuas d e l o s ehumentos
e n p r o m a c i a mo añocta a l a s relaciones d e l conjemto c o n l o
q u e e s t á f o c a d e e s t e c o n j u n t o : roomplazar al segracmo
e s n c i ó n p o r e l e r g u i c a t o comcioncita t i c a s c o m o r o l i a d o
c a m b i a r e l s r e m e n t o o n e l m i m o , p o r o no m s relaciones
c a n l o «quee s t á f u e r a d e l smpocata, E s l o s simtacmas d e l
t i p o estrallamar, elevación s e puede hablard e composición
yderteación e x o c ó n t r i c a s L a unionde l o s d o s c e s e n
t o s candecs @ c r v a r auewns relaciones c o n l o q u e estó fuera
d e l c o m p o ud eel derivado.
s t o

4 - 8 . Ranges comunes a l a composición y e l a dermreción

Fedes l a s compuestos y todaslos derivedastienen en e o


u d e en p r i m e r sorminol a unidad semanies d e l complejo
q u e está envectorimada, p e r q u e c a d o u n s carrespunde n e r
166 Elementos d e l n g i t i s t i n s
mulamento a una elecciónúnica. Pero e s t eruego es dema

d o dificól d e p e r c i b i r , l a c h i s o p o r introspección,pera qu

eponertos a l o s sintagrnes propiamente dichos (com l a s mp.


losas) que cosubtan de eloccionesmáltiples.L aúnica caracto.
rísticaque debemosretener e s que s e comportaa ea a m y».
laciones con l o s o t r o s elementosd e l enuuciado euctamenta
igual quel o s moncmesque aparecen un los mismosc o n t r a s
que e l o s , Besoimplica,p o r ejemplo, quepuedes sar acompa.
Gedos d e l o sm i e n s ómodalidades y q u e estas r o t a b l i d s
Go pueden u n c a í r e n u n elementos o l e m n e d e l company
0 ©d a l derivado;carderge e» todo v i que t e n e l a cara más
elargeda queredonda, p e r o uoe a poubledeciscorten largo
d e siguen que tiene l a cora á s alargado del o corrunsa,
S e esperoi p u l m e n t e que l o s m o s c a s unidos par com»
posición y derhución s a n bormalenentomiscciables y que,
p o r ejemple, n o extón w n o c o n o t r o ea l a relación de «cap
e a n qtu esa e hna omradiadoante».
c i o » Ledo p e r m i t i len
ría

C O entre iglesia y pequeñacommdo se p a r a d e l g r

p r i i Pero o ca lñd ios u /t y ,e l c o n c edpe pañales demos


v i t o cuán p a r o engura e s t a l cruerva M o habrá apenasU>
Oleción e n decir que francés b o m b o n a 95 am c o m p s .
nó claro que ne s e pandecombines o f premese des s e
P o bc ocn u no a madaidad
l a s de c o m p ay dr E n Yo
mañas h a u h Oa1 m smottlos m s h e sr m md e s ier e : bs o r
a m a . l o t o n a i e p u d e q u et u s d e comprnrsias, oom &
saciados e n el planeó h u n d e n A r o m a , el p a l Po
Pater Souham /oóncy mito e r a Yn
melón d e esto concordancia t a r a y carter
ms
A
M e a t s Gateeed paraamplias Entemjertos Ge booi a r

3
L a s unidades significativas M

S e t m l l a m a d o m á s arrida (4-13) sintagma at o d a com


binación d e monemas.S i n embargo d e b e distinguirssd e l
sintagmapropiamente dicho e l s i n t e m a , e s decir, e l com
p l e j o formadop o r l o s monemas constitutivos d e wocom>
puesto o d e u n derivado. Á estosmonemass e les llama Co D>
j u n t o s , p o r oposición a l o s monemasl i b r e s d e sintagmmas
propiamentedichos. E l segmento componiamos e s u n s i n -
tagmaformado p o r e l sintema /compon-/ (formado a s u v e s
p o r l o s monemasconjuntos /com-/ y /-pom/) y d e l o s m o -
acinas l i b r e s d e imperfecto / 4 a / y d e 1 p e r s . p l . /anos/.
M i r a d a sdesde e l punto d e v i s t a diacrénico. l a composición
yl a derivaciónpuedeaaparecercomo e l estadio intermedio
e n t r el a yuxtaposiciónd e monemas,puesios e n contacio p a r
las necesidades d e l a comunicación, y l a amuoigama e n u n
golo moncma: e l compuesto sooperire ha llewdo dende
c u ( j o p hasta e r icubrir,
r e

4-36. Diferencias e n t r el s c o m p a yn l oi dce rii v óe s n


ita

L a difiercacia controcompodición y d e r i a c i ó n s e y o o u m e

existo másque o n derivados,que se l a m a tredicionalm<crte


a ñ j a . U l paco d e un masomadecdol a siruación de clemenan
d e compuecto a l a d e añjo se produce exandoe t e monema
y a mo e s emplesdom á s que em compacición: esto que parece
contradirsaria,ilustre biene l estrecha pareniecoa de l a s dee
procedimmionsos, Hey of e n e w s endd e l melónhoshaed y
e l menoma L e s d e l alomán Freñoit 108 añjos p a r e ne se

y Feciñois. Uans i d a clementas de c o m p u t e s Garam v d a


e l tiempoe s que el antiguoinglás hád y el a n c u o a l l a aleman
168 Elementos de lingtitsticg
~ q B e r
heit se podían e n c o n t r a r en contextos análogos a
en los que se encuentran boyhood y Freiheit. ?ellos
El t r a t a m i e n t o precedente n o tiene en Cuenta el caso en
que los dos monemas que se asocian n o existan fuera de
combinaciones de este tipo. Se trata, sobre todo, de elemen.
tos llamados «cultos» que en su origen forman Parte de yo.
cablos tomados de u n a lengua «clásica» y que casi no son
percibidos como unidades significantes más que por aquellos
que ponen en uso la nueva palabra. Sin embargo, cuando
las palabras de este tipo se hacen numerosas y usuales, aca.
ba separándose el sentido de sus componentes, Todos los
que l o u t i l i z a n saben que termostato está formado de dos
elementos, termo- y -stato, que se hallan bien representados
en otras combinaciones del m i s m o género y cuyo sentido se
aísla con f a c i l i d a d para que se pueda intentar, sin ser técnico,
f o r m a r otras palabras cón termo- y otras con -stato. Lagran
especificidad semántica de los dos elementos, apoyada a ve
ces p o r el conocimiento de la etimología, puede tender a
hacer i n t e r p r e t a r tales formaciones como compuestos. Pero
u n elemento como tele-, que ha sido favorecido por los des-
cubrimientos de los ú l t i m o s siglos y que se combina hoy
libremente con monemas o sintagmas que existen fuera de
las combinaciones que se h a n indicado (cf. televisión y
visión, teledirigido y d i r i g i d o ) , se comporta de hecho como
u n afijo. Existe ahí u n a situación l i n g i í s t i c a p a r t i c u l a r que
no se identifica n i c o n l a composición propiamente dicha,
ni tampoco, de m o d o general, c o n la derivación, que supone
la combinación de elementos de diferente carácter. En estos
casos en que se f o r m a u n nuevo sintema partiendo de ele-
mentos aislados p o r análisis, se p o d r í a quizá hablar de «re
composición»,
Las unidades significativas 169
O O

4-37. C r i t e r i o de p r o d u c t i v i d a d

E n lingiifstica sincrénica conviene n o v e r composición y


d e r i v a c i é n m á s q u e a l l í d o n d e se t r a t a de p r o c e s o s p r o d u c -
t i v o s . C i e r t a m e n t e , es a veces d i f í c i l d e c i d i r s o b r e l a p r o -
d u c t i v i d a d de u n s u f i j o d e t e r m i n a d o . ¿Se p u e d e h a b l a r d e
u n s u f i j o - d a d si u n n i ñ o t o m a n d o el m o d e l o m a l o , m a l d a d ,
d e c e r d o f o r m a c e r d a d ? ¿Se f o r m a n t o d a v í a nuevas p a l a b r a s
p o r m e d i o d e l s u f i j o -azgo? E s p r e c i s o e v i t a r , e n t o d o caso,
q u e se l l e v e e l a n á l i s i s m á s a l l á d e l o q u e p e r m i t e e l s e n t i d o ;
s e r í a r i d í c u l o v e r e n b o r r e g o u n d e r i v a d o de b o r r a , y a q u e
s ó l o los e t i m o l o g i s t a s p u e d e n v e r l a a n a l o g í a s e m á n t i c a de
las d o s p a l a b r a s . R e s u l t a r í a e x c e s i v o e s t a b l e c e r u n m o n e m a
- c i b i r s a c a d o de r e c i b i r , p e r c i b i r , p u e s t o q u e e l h a b l a n t e co-
r r i e n t e t i e n e l a i d e a de q u e e n t r e estas p a l a b r a s s ó l o e x i s t e
u n a a n a l o g í a f o r m a l , p e r o p a r a u n m o n e m a hace f a l t a u n
significante y u n significado.
S u c e d e a veces q u e de l o s dos e l e m e n t o s d e u n c o m p u e s t o
u n o p i e r d e s u a u t o n o m í a y n o se m a n t i e n e en l a l e n g u a m á s
que en u n solo compuesto. P o r ejemplo, francés -tin, en l a t
r i e r - t i n , E n este c a s o n o se p o d r í a h a b l a r de u n a f i j o , p u e s t o
q u e el a f i j o es u n i n s t r u m e n t o de d e r i v a c i ó n y l a d e r i v a c i ó n
es u n p r o c e s o p r o d u c t i v o d e n u e v o s s i n t a g m a s .

4-38. ¿Es el a f i j o modalidad o lexema?

Se podría vacilar al clasificar los afijos entre los lexe-


más, fundándose en que, en general, n o tienen u n artícu-
l o especial en los diccionarios. E s t o sería d a r demasiada
i m p o r t a n c i a a una t r a d i c i ó n que n o se respeta siempre, p o r
l o que es m e j o r v o l v e r a la realidad lingiifstica que determi-
na, en ú l t i m o t é r m i n o , el c o m p o r t a m i e n t o de los lexicógra-
170 Elementos de lingilística general
O n E e e
fos. Se trata, de hecho, de saber si se deben colocar 0 no Jo
afijos entre las modalidades. E l c r i t e r i o establecido m á s
arriba (419) para la distinción de lexemas y morfemas era
el carácter l i m i t a d o de los inventarios en el caso de los mor.
femas; conviene, naturalmente, ver si este criterio es aplica.
ble aquí. Debe aclararse que n o se t r a t a de saber si se pueden
contar exactamente los monemas susceptibles de aparecer
en un contexto dado, sino de a n o t a r si el monema pertenece
a una serie abierta, en l a que h o y no entran quizá más que
un número restringido de unidades, p e r o que puede en cual.
quier momento aumentar, o bien si pertenece a una serie
cerrada en la que el n ú m e r o de elementos n o puede variar
sin llevar consigo una reorganización estructural. No hay
mucho interés en buscar cuántos sufijos hay en español como
a l o -ero (en arenal, r e l o j e r o ) capaces de f o r m a r sustanti-
vos de otros sustantivos, p o r q u e constituyen u n sistema bas-
tante suelto para que en cualquier m o m e n t o pueda aparecer
otro sufijo del m i s m o t i p o que no afectaría al valor y a los
usos de estos sufijos. Pero l a cosa es d i s t i n t a en sistemas
como el del n ú m e r o o el del artículo, en los que dos unida-
des opuestas cubren l a t o t a l i d a d del campo de tal manera
que en cada caso concreto es absolutamente necesario elegir
entre singular o p l u r a l y e n t r e a r t í c u l o determinado o inde-
terminado. En situaciones de este t i p o toda nueva unidad
debe labrarse u n campo p r o p i o a expensas de las unidades
tradicionales. Esto i m p l i c a que, u n a vez realizadas las condi-
ciones que determinan el empleo de u n t i p o de modalidad,
el hablante ha de elegir necesariamente entre u n número
determinado de monemas; se puede h a b l a r de un troz0
de calle sin a r t í c u l o delante d e calle, p e r o si se ?desea desta
car en el mensaje l a n o c i ó n de calle, h a y que emplear PO
cesariamente la calle o una calle. Parece, pues, qué conviené

ver en los afijos u n t i p o p a r t i c u l a r de lexemas.


Las unidades significativas 171
_ _ _ AQ AY

4-39. E l a f i j o p u e d e d e t e r m i n a r l a elección de m o d a l i d a d e s

E l c r i t e r i o n o m u y r i g u r o s o de no l i m i t a r los i n v e n t a r i o s es
el ú n i c o q u e se a p l i c a a l c o n j u n t o de los casos de d e r i v a c i ó n .
Se p u e d e s e n t i r t e n t a c i ó n de d e f i n i r el a f i j o d i c i e n d o que
f o r m a con u n l e x e m a n o d e r i v a t i v o u n c o m p l e j o capaz de
f u n c i o n a r exactamente como u n lexema simple y de combi:
narse con las mismas modalidades que éste: cancioncita
f u n c i o n a e x a c t a m e n t e i g u a l q u e c a n c i ó n y se c o m b i n a c o n
las m i s m a s m o d a l i d a d e s . P e r o se puede c o n c e b i r u n a l e n g u a
en la q u e e l s u s t a n t i v o a c o m p a ñ a d o de u n a r t í c u l o se c o m -
porte en todo y para todo c o m o el m i s m o s u s t a n t i v o sin
a r t í c u l o , sin q u e p o r e l l o nos i n c l i n e m o s a v e r en el s i n t a g m a
a r t í c u l o + s u s t a n t i v o u n d e r i v a d o y en el a r t í c u l o u n a f i j o ,
p o r q u e el h e c h o de q u e el a r t í c u l o p e r t e n e z c a a u n i n v e n t a r i o
l i m i t a d o le d a u n c a r á c t e r de g e n e r a l i d a d y de a b s t r a c c i ó n
q u e es l o q u e e n el f o n d o nos l l a m a l a a t e n c i ó n en las mo-
dalidades.
A h o r a b i e n , h a y casos en los q u e el c x a m e n de las posi-
bilidades combinatorias p e r m i t e oponer claramente afijos y
modalidades. Si tomamos los vocablos mata y matador
v e m o s q u e el p r i m e r o se c o m b i n a con t o d a u n a serie de m o -
d a l i d a d e s p e r s o n a l e s , t e m p o r a l e s , etc., q u e se p u e d e n l l a m a r
v e r b a l e s , e n t a n t o q u e e l s e g u n d o n o puede ser a c o m p a ñ a d o
d e n i n g u n a de ellas, s i n o s o l a m e n t e de m o d a l i d a d e s de t i p o s
c o m p l e t a m e n t e d i f e r e n t e s , c o m o e l a r t í c u l o , l a p o s e s i ó n , el
n ú m e r o . C o m o v a m o s a v e r , las p o s i b i l i d a d e s c o m b i n a t o r i a s
e n e l i n t e r i o r de l o s s i n t a g m a s a u t ó n o m o s p e r m i t e n d e t e r -
m i n a r Ja i d e n t i d a d d e los l e x e m a s ( o de los s i n t e m a s ) . E s t o
q u i e r e d e c i r q u e l a i d e n t i d a d de m a t a y l a de m a t a d o r son
lo más diferentes que?es posible y que el m o n e m a -dor,
que puede hacer la metamorfosis de u n verbo en nom-
172 Elementos de lingilistica gene
bre, es algo completamente d i f e r e n t e de una mod r a l
alidad,
cuya presencia puede sólo c o n f i r m a r el carácter verba l o n o
minal del lexema, pero no puede c a m b i a r su carácter E
puede resumirse diciendo que semánticamente losa f i j o sto
nen un carácter más central, menos m a r g i n a l que ae tie.
dalidades, cuyo c o r o l a r i o en el aspecto f o r m a l es que € mo

grupo constituido p o r el lexema, los afijos y las m o d a l i d a d .


son generalmente más centrales los afijos, es decir, que esta,
en contacto con el lexema y son más periféricas las mod a l
dades, es decir, que están separadas del lexema p o r los wine
En resumen, la d i f i c u l t a d que se experimenta enl i n g i i stica
general para d i s t i n g u i r entre afijos y modalidades nace da
hecho de que Jexemas y m o r f e m a s representan dos polos
que no excluyen la existencia de elementos intermediarios
considerablemente más específicos que las modalidades o los
monemas funcionales y menos específicos que el término me.
dio de los lexemas.

V. LA CLASIFICACIÓN DE LOS MONEMAS

4-40. Los compuestos y derivados t r a t a d o s como monemas

Conviene d e j a r claro desde el p r i n c i p i o que l o quea con-


tinuación se va a decir sobre la clasificación de los monemas
se aplica igualmente a los sistemas, es decir, a las combi-
naciones de monemas que se hallen c o n el resto del enun-
ciado en l a m i s m a relación e n q u e l o están los monemas
simples. Con otras palabras, serán tenidos en cuenta los com-
puestos y los derivados; l o q u e se d i g a d e l monema autó-
nomo pronto v a l d r á p a r a el d e r i v a d o rápidamente, lo que se
diga del lexema s i m p l e p i s t a v a l d r á p a r a los compuestos
autopista, estrellamar o caja de cambio. L o que nos impide
hablar aquí de «palabras» es q u e este t é r m i n o comprende
Las unidades significativas 173

n o sólo l a c o m b i n a c i ó n de e l e m e n t o s lexicales (lexernas p r o -


p i a m e n t e dichos y afijos), sino también, eventualmente, la
c o m b i n a c i ó n de estos e l e m e n t o s con las m o d a l i d a d e s y l o s
m o n e m a s f u n c i o n a l e s en f o r m a d e desinencias. D i c h o de o t r o
m o d o , « p a l a b r a » p u e d e d e s i g n a r u n s i n t a g m a en e l c u a l se
h a l l a i n c l u i d o l o q u e desearíamos t r a t a r c o m o c o n t e x t o , c u a l -
q u i e r a q u e sea el g r a d o de e n m a r a ñ a m i e n t o de Jos s i g n i f i c a n -
tes c o r r e s p o n d i e n t e s . O p e r a m o s a q u í , en el caso de l o s le-
xemas, con los «radicales» o l o s « t e m a s » de l a t e r m i n o l o g í a
tradicional,

4-41. E l mismo monema en diferentes clases

L a j e r a r q u í a de los m o n e m a s q u e se acaba de d e s a r r o l l a r
se f u n d a en e l g r a d o de a u t o n o m í a s i n t á c t i c a d e l s e g m e n t o
significativo considerado en u n c o n t e x t o d e t e r m i n a d o . Un
s e g m e n t o en u n c o n t e x t o d e t e r m i n a d o es u n m o n e m a autó-
n o m o o u n s i n t a g m a a u t ó n o m o ; en o t r o c o n t e x t o p u e d e m u y
b i e n ser u n m o n e m a d e p e n d i e n t e o u n s i n t a g m a d e p e n d i e n t e .
P o r e j e m p l o , e l d o m i n g o es a u t ó n o m o .en los n i ñ o s se a b u r r e n
el d o m i n g o , p e r o es d e p e n d i e n t e en el d o m i n g o p a s a pesa-
d a m e n t e . C i e r t a m e n t e h e m o s p o d i d o d e c i r q u e p a r a ERA u n
m o n e m a f u n c i o n a l , es d e c i r , q u e ése e r a s u p a p e l en t o d o s
los c o n t e x t o s en q u e aparece. P e r o l o q u e es p r o b a b l e m e n t e
v e r d a d e r o p a r a esta u n i d a d en e s p a ñ o l no l o es necesaria-
m e n t e p a r a sus e q u i v a l e n t e s en o t r a s lenguas; e n m u c h a s de
ellas, el m o n e m a q u e i n d i c a el b e n e f i c i a r i o de l a a c c i ó n es
a q u e l m i s m o q u e en o t r o c o n t e x t o t i e n e u n a f u n c i ó n p r e d i -
c a t i v a y c o r r e s p o n d e a n u e s t r o v e r b o dar. E n esta c u e s t i ó n
l o q u e c a r a c t e r i z a a cada l e n g u a es l a m a n e r a c o m o se esta-
blecen las clases de m o n e m a s capaces de a s u m i r l a s m i s m a s
funciones.
174 E l e m e n t o s de lingiitstica general

4-42. Encabalgamientos, transferencias, casos d i f í c i l e s

Rara vez están delimitadas exactamente estas clases. En


las lenguas en las que el equivalente de d a r aparece tanto
como i n d i c a d o r de f u n c i ó n («a», «para») que como predicado,
existen generalmente u n a m u l t i t u d de monemas que son em-
pleados como indicadores de f u n c i ó n sin que se les use jamás
como predicados, y viceversa. H a y en español una clase de
«adjetivos» caracterizada p o r empleos casi predicativos (pre.
dicados acompañados de cópula o de u n verbo de estado) y
p o r otros empleos como determinantes lexicales de los esus-
tantivos» (adjetivos calificativos). Pero los monemas de este
tipo pueden emplearse como regidos con todas las funciones
de la clase de los «sustantivos». Hay, pues, encabalgamiento.
Además es preciso d i s t i n g u i r aquí los usos que resultan de
u n a elipsis todavía sentida como tal (francés la cour des
grands [gargons]), en donde se puede restablecer al momen-
to el elemento que falta, de aquellos o t r o s casos en los que
ha habido realmente transferencia de u n a categoría a otra
(les grands de ce monde, u n g r a n d d'Espagne). N o es fácil
siempre d i s t i n g u i r claramente entre las dos situaciones lin-
gúísticas siguientes. Por u n a parte, u n verbo y u n sustantivo
presentan el m i s m o radical sin que se pueda a t r i b u i r sólo a
los contextos en que aparecen las diferencias semánticas en-
t r e u n o y otro. E n inglés f i s h se p r o n u n c i a de l a misma ma-
nera ena f i s h y en to fish. L o s sentidos de «pescado» y «pes-
car» están evidentemente emparentados, pero es claro qué
si fish representara en los dos casos la m i s m a unidad, I fish
querría decir «soy u n pez», «me c o m p o r t o como u n p e z ,
con más f u n d a m e n t o que «yo pesco». Por o t r a parte, um
m i s m o m o n e m a puede emplearse b i e n c o n f u n c i é n predica-
tiva, bien como expansión del predicado; las diferencias S&
Las unidades significativas 175

m á n t i c a s q u e se a p r e c i a n e n u n o u o t r o e m p l e o r e s u l t a n di-
recta y sincrónicamente de l a influencia de c o n t e x t o s di-
f e r e n t e s y d e f u n c i o n e s r e s p e c t i v a s . E s t e caso se da e n l a s
l e n g u a s e n las q u e , p o r e j e m p l o , l a p i e r n a se d e s i g n a c o n
u n a f o r m a q u e e n o t r a s l e n g u a s se c o m p r e n d e r í a c o m o « é l
(ella) anda», o t a m b i é n c u a n d o e n k a l i s p e l , l e n g u a i n d í g e n a
d e l E s t a d o de W a s h i n g t o n , se d e s i g n a a l á r b o l c o m o es-3it,
f o r m a q u e en u n c o n t e x t o e n el q u e t u v i e r a f u n c i ó n de p r e -
d i c a d o se t r a d u c i r í a p o r «él se m a n t i e n e d e r e c h o » . E n estos
ú l t i m o s casps se t r a t a , n a t u r a l m e n t e , d e l a m i s m a u n i d a d
l i n g i l í s t i c a , p o r q u e , a l c o n t r a r i o de l o q u e c o n s t i t u y e l a n o r -
m a en español, u n elemento lingiiístico determinado puede
f u n c i o n a r c o m o p r e d i c a d o o c o m o e x p a n s i ó n de p r e d i c a d o s i n
a l t e r a c i ó n de s u i d e n t i d a d .

4-43. «Nombres» y «verbos»

D e b e n d i s t i n g u i r s e desde el p r i n c i p i o , si h a y l u g a r a ello,
los l e x e m a s capaces de u s o s p r e d i c a t i v o s y los r e s t a n t e s lexe-
m a s . E s t a d i s t i n c i ó n n o c o i n c i d e n e c e s a r i a m e n t e con l a t r a -
d i c i o n a l e n t r e «verbos» y «nombres». E n latín Paulus bonus
« P a b l o es b u e n o » y en r u s o d o m n o v « l a casa es nuevay,
b o n u s y n o v s o n p r e d i c a d o s s i n s e r v e r b o s . Las lenguas en
las q u e esta d i s t i n c i ó n n o existe, es d e c i r , en las q u e t o d o s
l o s l e x e m a s p u e d e n s e r u s a d o s c o m o p r e d i c a d o s n o s o n en
m o d o alguno excepcionales. E s t o n o quiere decir, natural:
m e n t e , q u e d e b a r e n u n c i a r s e a e s t a b l e c e r e n ellas d i f e r e n -
t e s clases de l e x e m a s fundándose e n las p o s i b i l i d a d e s de
c o m b i n a c i ó n d e é s t o s c o n los d i f e r e n t e s m o r f e m a s ; u n o s le-
x e m a s q u e p u e d e n c o m b i n a r s e con m o d a l i d a d e s de t i e m p o
y d e p e r s o n a p o d r á n ser l l a m a d o s «verbos», y o t r o s q u e se
c o m b i n a n c o n m o d a l i d a d e s de n ú m e r o o de p o s e s i ó n se lla-
176 Elementos de lingiitstica gen
eral
i c e general
marán «nombres». S i n embargo, el empleo de estos tér
presenta el inconveniente de que hacen recordar realidan
lingiifsticas que son propias de las lenguas cuyos hab] ades
han establecido la terminología gramatical tradicional. E,
jodo caso, sería preferible abstenerse de hablar de «nomb n
y de «verbos» cuando se describe una lengua en la one
todos los lexemas son combinables con modalidades de Den
sonas y de modos, pero solamente algunos, a los que se
podría querer llamar «verbos», se acomodan con las moda.
lidades de aspecto, modalidades que presentan el objeto o
la acción bien en su duración, bien con independencia de esta
duración o bien como resultado de otra cosa. En kalispel,
monemas como tum? «madre» o cítx" «casa» se combinan
con modalidades que corresponden 1.) a nuestros pronom-
bres personales ( ¿in-túm? «yo [soy] la madre»), 2.*) a nues-
tros adjetivos posesivos (an-cítx* «[ésta es] tu casa»), 3.) a
nuestro subjuntivo (q-citx" «que sea la casa»). Otros mone
mas como moq* «montaña» o kup «empujar» se combinan
con estas mismas modalidades y además añaden otras, espt-
cialmente la del aspecto, p o r ejemplo, el aspecto durativo
(objeto o acción son considerados en su duración) con la
característica eslo)- o es-..-i en esamóg" «[eso es] una
montaña» y es-kúpi «él empuja [algo]». Es cosa clara
que los lexemas de esta lengua que se combinan con los
aspectos y los que no se combinan no forman en modo alguno
dos clases diametralmente opuestas como nuestrosverbos Y
nuestros nombres, sino más bien dos subdivisiones de e
misma clase de unidades que son todas capaces de as
funciones predicativas y no predicativas- Es sin duda es Y
tante explicable que los monemas que designan accion dali
los que designan objetos tiendan a combinarse con m o
dades diferentes. Pero los ejemplos precedentes p e r i o
que el signo que indica el objeto «montaña» puede
Las unidades significativas 177
u d e
narse» como el que denota la acción de empujar y no como
el que denota o t r o objeto, p o r ejemplo, la casa.
Es c o n v e n i e n t e en e f e c t o , r e s e r v a r l a p a l a b r a « v e r b o » p a r a
designar los monemas que no conocen o t r a función que l a
p r e d i c a t i v a . T a l e s s o n e n e s p a ñ o l lanzo, d o y , c o m o , q u e n o
p u e d e n e j e r c e r f u n c i ó n d i s t i n t a d e l a p r e d i c a t i v a más q u e
b a j o l a f o r m a de p a r t i c i p i o s o i n f i n i t i v o s , es d e c i r , u n i é n d o s e
a una m o n e m a que tiene, en este caso, valor de afijo. de de-
rivación.

4-44. «Adjetivoss

L o s m o n e m a s q u e e x p r e s a n e s t a d o s o c u a l i d a d e s son es-
p e c i a l m e n t e capaces de u s o s p r e d i c a t i v o s . P u e d e n s e r d e l
t i p o r u s o d o m n o v « l a c a s a es n u e v a » , d e l t i p o l a t í n c a e l u m
a l b e t « e l c i e l o es b l a n c o » o d e l t i p o e s p a ñ o l , c o n t r a n s f e -
r e n c i a d e l a p r e d i c a c i ó n a u n a « c ó p u l a » , l a casa es nueva.
P e r o estos m o n e m a s se e m p l e a n c o n m u c h a f r e c u e n c i a t a m -
b i é n c o m o « c a l i f i c a t i v o s » , es d e c i r , c o m o e x p a n s i ó n d e lexe-
m a s n o p r e d i c a t i v o s . E n r u s o se e m p l e a en este caso ( d o m
n o v - y j . . . , « l a casa es n u e v a . . . » ) u n i n d i c a d o r de f u n c i ó n f o r -
m a l m e n t e c o m b i n a d o c o n l a i n d i c a c i ó n de caso, n ú m e r o y
género, q u e h a d e b i d o e q u i v a l e r a u n r e l a t i v o ( « l a casa, q u e
[es] nueva...»). E s t o explica l a existencia en muchos i d i o m a s
d e u n a clase p a r t i c u l a r d e « a d j e t i v o s » q u e , s e g ú n cada len-
gua, se d i s t i n g u e m á s o m e n o s c l a r a m e n t e d e l a de los v e r b o s
y de l a de los nombres.

4 -45. «Adverbios»

L o que se l l a m a tradicionalmente «adverbio» comprende


unidades que pertenecen a clases m u y diferentes. Se en-
E . D B L I N G U Í S T I ?C 1
A 2.
178 E l e m e n t o s de lingilística general
b e SHC g e n e r a l
cuentran entre e l l o s especialmente los monemas autónomos
ayer, bien y los sintemas derivados de igual comportamiento,
como vivamente, dulcemente, Se t r a t a aquí de expansiones
del predicado. Cuando el p r e d i c a d o es u n a acción, el adver-
b i o es n a t u r a l m e n t e u n c o m p l e m e n t o de esta acción: él iba
tristemente. Cuando el predicado es u n estado, el adverbio
es u n determinante de este estado, i n c l u s o cuando el pre-
dicado no es el m o n e m a que designa este estado, sino. una
«cópula». E n es tristemente célebre, tristemente se refiere
n o a es, sino a célebre; se debe separar es... tristemente
célebre, no es tristemente... célebre. Esto tiene como conse-
cuencia la transferencia del adverbio a las construcciones
calificativas: el i n d i v i d u o t r i s t e m e n t e célebre..., pero n o im-
p l i c a que las dos clases de determinantes, los del verbo y
los del adjetivo, se c o n f u n d a n necesariamente; m u y perte-
nece únicamente a l a segunda, m u c h o solamente a la pri-
mera,

4-46. «Preposiciones» y «conjunciones»

Las llamadas «preposiciones» entran directamente en la


clase de indicadores de f u n c i ó n , sin que, naturalmente, la
agoten, pues en esta clase figuran con el m i s m o derecho
monemas con significante desinencial, conjunciones d e su-
bordinación e incluso p r o n o m b r e s relativos. Los monemas
a los que se l l a m a c o r r i e n t e m e n t e conjunciones de coordina"
ción n o tienen u n a situación lingiiística u n i f o r m e ; pues, p o r
ejemplo, n o aparece en todos l o s contextos en los que $0
encuentran y o l a d i s y u n t i v a o. L o s monemas propiamente
coordinativos como estos ú l t i m o s f o r m a n una clase p a r t i c
l a r que, aunque debe clasificarse entre los morfemas, nO
Las unidades significativas 179
p u e d e i d e n t i f i c a r s e n i c o n las m o d a l i d a d e s n i c o n l o s i n d i c a -
d o r e s de f u n c i ó n .

4-47. «Pronombres»

Los pronombres tienen en c o m ú n c o n l o s l e x e m a s su


e m p l e o en f u n c i ó n p r i m a r i a , es d e c i r , c o m o m o n e m a s r e g i -
dos; pero el hecho de que pertenezcan a inventarios l i m i -
t a d o s los c o l o c a e n t r e los m o r f e m a s . E s m u y f r e c u e n t e q u e
u n m i s m o p r o n o m b r e se p r e s e n t e e n los c o n t e x t o s e n l o s
que a l t e r n a con lexemas («sustantivos») b a j o f o r m a s diferen-
tes a c u a n d o está e s t r e c h a m e n t e i n t e g r a d o e n e l s i n t a g m a
p r e d i c a t i v o . E n español, p o r e j e m p l o , te y J u a n n o a p a r e c e n
en l o s m i s m o s c o n t e x t o s ( y o te veo, y o v e o a J u a n ) , p e r o t i
y J u a n p u e d e n a l t e r n a r ( l o hago p a r a ti, lo hago p a r a J u a n ) .
E n u n caso de este t i p o se p u e d e n v e r en te y t i v a r i a n t e s d e l
significante del m i s m o monema, o b i e n identificar t i c o m o
u n m o n e m a r e g i d o y te c o m o u n a m o d a l i d a d d e l p r e d i c a d o .
D e l m i s m o m o d o , los p o s e s i v o s t u y t u y o p u e d e n s e r c o n s i -
derados como variantes combinatorias o respectivamente
c o m o u n a m o d a l i d a d de l e x e m a ( p a r a t u l i b r o ) o c o m o u n
m o n e m a r e g i d o ( p a r a el t u y o ) a c o m p a ñ a d o a s u v e z d e d i v e r -
sas m o d a l i d a d e s ( « d e t e r m i n a c i ó n » , « s i n g u l a r » ) . E l h e c h o d e
q u e y o o t ú , s e g ú n las c i r c u n s t a n c i a s , se r e f i e r a n a p e r s o n a s
r e a l e s d i f e r e n t e s n o l l e v a e n sí m á s i m p l i c a c i o n e s l i n g i i í s t i -
cas q u e e l h e c h o de q u e h o y n o se r e f i e r a a l a m i s m a r e a l i -
d a d si se e m p l e a e l 10 d e d i c i e m b r e de 1958 o e l 5 de m a y o
de 1959.
Capítulo 5

LA V A R I E D A D D E LOS I D I O M A S Y DE LOS
USOS L I N G U I S T I C O S

5-1. Heterogeneidad de las estructuras lingiiístico-sociales

Hemos supuesto hasta ahora que todo hombre pertenece


a una comunidad l i n g i í s t i c a y sólo a una. Hemos indicado
de p a s o q u e t o d o s l o s m i e m b r o s de t a l comunidad no hablan
de manera idéntica y que las divergencias puedenextenderse
lengua: Pero nos he°
a ciertos puntos de la estructura de Ja
mos apresurado a olvidar estas diferencias para no compl
car la exposición; el análisis de una Jengua A la que sé da
como uniforme es algo tan delicado que conviene simplió
car al máximo los datos del problema. No obstante, cuando
ya se ha llevado a cabo este análisis es indispensable hace?
entrar en el examen aquellos datos que habían sido prov

sionalmente dejados aparte.

5-2, C o m u n i d a d lingiitstica y c o m u n i d a d politica


. ¡es
E s c o n v e n i e n t e d e s d e el p r i m e r m o m e n t o precisar, s t
ica. E l mundo es
posible, el concepto de c o m u n i d a d lingúísti
La variedad de los idiomas y de los usos lingiitsticos 181

d i v i d i d o en entidades políticas, cada una de las cuales, p o r


regla general, usa oficialmente u n a lengua determinada. Hay,
consecuentemente, u n a tendencia a creer que todos los in-
dividuos que pertenecen a u n a m i s m a nación f o r m a n una
c o m u n i d a d l i n g i i í s t i c a homogénea y cerrada; a muchos fran-
ceses les cuesta t r a b a j o hacerse a la idea de que los ciuda-
danos de los Estados Unidos sean de lengua inglesa, y a l
gunos están convencidos de que pasada la f r o n t e r a n o r t e
de Francia se habla «belga». Las lenguas oficiales presentan
u n a f o r m a escrita, la m a y o r p a r t e de las veces fijada en los
menores detalles, que es la lengua con la que el extranjero
entabla c o n o c i m i e n t o en su p r i m e r contacto. Dentro de su
p r o p i o país las personas son en general m u y sensibles al
prestigio de la f o r m a escrita. Por la fijeza y homogeneidad
de esta f o r m a deducen gustosamente las de su lengua oficial.
I n c l u s o los-lingiiistas h a n concentrado durante mucho tiempo
su atención en las grandes lenguas literarias que estudiaban
como f i l ó l o g o s y n o h a n advertido hasta m u y tarde la im-
p o r t a n c i a que tenía para sus investigaciones el examen de
los i d i o m a s s i n e s c r i t u r a que existen j u n t o con las lenguas
nacionales. A ú n más t i e m p o h a sido preciso para a d q u i r i r
conciencia de las diferencias, muchas veces considerables,
que existen entre estas lenguas oficiales y literarias y el uso
hablado c o t i d i a n o i n c l u s o de aquellas personas cuyo com-
p o r t a m i e n t o , en general, parece más digno de imitación,
E l empleo r e s t r i c t i v o que se hace generalmente de l a
p a l a b r a lengua se f u n d a en la m i s m a identificación simplis-
t a de las comunidades políticas nacionales c o n las comuni-
dades lingíiísticas, identificación según la cual u n i d i o m a
merecería el t í t u l o de lengua en la medida en que es instru-
m e n t o de u n estado organizado. Incluso las personas cultas
v a c i l a r á n a l considerar el catalán como lengua, a pesar de
una l i t e r a t u r a de l a que puede enorgullecerse. Para muchos
182 E l e m e n t o s de l i n g i l í s t i c a general
? _ ? ? ? ? _ _ RR

franceses, h a b l a r de u n a l e n g u a b r e t o n a o d e u n a l e n g u a vasca
sería hacerse c u l p a b l e de actividades autonomistas, Estas
l i m i t a c i o n e s se r e f l e j a n e n e l e m p l e o q u e s e h a c e d e l tér:
m i n o « b i l i n g i i e » . E n e l u s o c o r r i e n t e es b i l i n g i i e a q u e l a q u i e n
se c o n s i d e r a q u e u t i l i z a c o n i g u a l f a c i l i d a d dos lenguas na-
cionales; u n l a b r i e g o d e G a l i c i a o d e l País V a s c o n o sería
« b i l i n g i i e » , s e g ú n esta i n t e r p r e t a c i ó n , a u n q u e h a b l e el espa-
ñ o l o el i d i o m a l o c a l s e g ú n q u i e n sea s u i n t e r l o c u t o r en cada
caso.

5-3. La intercomprensión como criterio


osS

Un lingiiista no p o d r í a sentirse satisfecho ante un em-


pleo de los términos f u n d a d o en u n a visión t a n sumaria de
los hechos. Si nos mantenemos en l a definición de lo que
es una lengua, dada más a r r i b a (1-14), debemos establecer
que existe lengua desde que se establece la comunicación en
el cuadro de una doble a r t i c u l a c i ó n de carácter vocal y que
se trata de u n a sola lengua y ú n i c a lengua mientras la co-
m u n i c a c i ó n está efectivamente asegurada. E s t o coincide con
los empleos corrientes del t é r m i n o lengua. E l español es, en
efecto, el i n s t r u m e n t o que u t i l i z a n con resultado positivo un
cierto n ú m e r o de seres h u m a n o s p a r a comunicarse entre
ellos. Pero n o es posible negar el t í t u l o de «lengua» al idio-
m a local de n u e s t r o labriego gallego, vasco o catalán, p o r
que es incontestablemente u n i n s t r u m e n t o lingiiístico de co-
m u n i c a c i ó n entre las poblaciones rurales de ciertas zonas Y
u n i n s t r u m e n t o d i s t i n t o del español, ya que n o p e r m i t e e s
tablecer comunicación con u n hispanohablante corriente.
Desgraciadamente, el criterio de intercomprensión no €S
siempre decisivo. En una zona en la que los habitantes de
cada valle o de cada circunscripción comprendan sin dificuk
tad a sus inmediatos vecinos, diremos que estos habitantes
hablan la m i s m a lengua, aunque de una localidad a o t r a
existan diferencias en el léxico, l a gramática o el sistema fo-
nológico. Pero si ponemos en contacto personas procedentes
de los dos extremos opuestos del t e r r i t o r i o , es m u y posible
que la suma de estas diferencias sea t a l que estas personas
ya no se comprendan. E n general, se dan todos los grados
posibles entre l a c o m p r e n s i ó n i n m e d i a t a y la i n c o m p r e n s i ó n
absoluta. P o r o t r a parte, l a comunicación puede establecerse
fácilmente c o n determinados individuos, mientras que es
casi i m p o s i b l e con otros; u n francés comprende, en general,
a los habitantes de l a p r o v i n c i a de Quebec, pero, si n o re-
curre al inglés, corre el riesgo de tener dificultades con los
empleados de los garajes y las camareras de los restauran-
tes. Con frecuencia sucede que u n a incomprensión i n i c i a l
sea seguida d e u n a relación lingúística casi n o r m a l en cuan-
to u n a desconfianza i n i c i a l h a sido vencida y se reconocen
ciertas correspondencias sistemáticas; p o r ejemplo, u n da-
n é ys u n noruego que se dan cuenta de que uno dice [ s k ]
donde el o t r o dice [ 3 ] , en ski, p o r ejemplo, están en camino
de u n a c o m p r e n s i ó n recíproca.
H a b r á necesariamente casos límites. Puede suceder que
el l i n g i i s t a haga i n t e r v e n i r consideraciones extrínsecas y ha-
ble de lenguas y n o de dialectos cuando dos variedades se
hayan hecho los i d i o m a s oficiales de dos comunidades políti-
cas diferentes. Puede t a m b i é n suceder que a l lingiiista l e con-
venga a g r u p a r y clasificar diferentes variedades lingiifsticas
-
e n f u n c i ó n d e l a n a t u r a l e z a de sus usos o de s u e x t e n s i ó n
geográfica o social sin que aporte u t i l i d a d el grado de com-
prensión entre los hablantes de las variedades en cuestión;
se consideran los dialectos de una lengua como u n c o n j u n t o
sin que esto haga suponer necesariamente una intercompren-
sión general.
184 Elementos de lingiltstica general
a lan,

5-4. Bilingiiismo y «diglosia»

La idea de que el b i l i n g i i i s m o h a de r e f e r i r s e a dos Jen.


guas en situación de i g u a l d a d está t a n extendida y tan arraj.
gada que algunos lingúiistas h a n p r o p u e s t o el t é r m i n o «diglo-
sia» p a r a designar u n a s i t u a c i ó n en l a que u n a comunidad
utiliza, según las circunstancias, u n i d i o m a más f a m i l i a r y de
m e n o r prestigio o b i e n o t r o más l i t e r a r i o y más cuidado,
E l bilingiiismo sería i n d i v i d u a l , en t a n t o q u e l a diglosia co-
rrespondería a comunidades en su c o n j u n t o . S i n embargo,
h a y tantas posibilidades diversas de simbiosis entre dos idio-
mas, que es preferible conservar el t é r m i n o «bilingiiismo»
que abarca todas m e j o r que i n t e n t a r u n a clasificación sobre
la base de u n a dicotomía simplista. E l francés y el inglés son
dos lenguas nacionales de g r a n prestigio, pero en Canadá no
es posible decir que estén r e a l m e n t e e n situación de igual.
dad. ¿Se debe en estas circunstancias h a b l a r de diglosia en
l a p r o v i n c i a de Quebec?

5-5. C o m p l e j i d a d de las situaciones lingiiísticas reales

Antes de intentar exponer claramente l a variedad de los


idiomas y de los usos lingiiísticos, conviene tener presente
un cierto número de hechos de experiencia: 1) no hay n i t
guna comunidad lingiifstica que pueda ser considerada como
compuesta por personas que hablan una lengua en todos Ios
puntos semejante; 2) hay millones de seres humanos qué
pertenecen a dos o más comunidades lingiiísticas, €s decir,
que emplean una u otra lengua según quienes sean sus Y?
terlocutores; 3) no es infrecuente que una persona que nO ha-
bla más que una lengua comprenda varias, p o r medio del oído
La variedad de los idiomas y de los usos lingilísticos 185
A A A idiomas y de l o s usoslingillsticos 185
o de la lectura; 4) l a m a y o r p a r t e de los hombres son capa-
ces de emplear, según lo exijan las circunstancias, f o r m a s
bastante divergentes de una m i s m a lengua; 5) los que n o u t l :
lizan activamente diferentes formas de este tipo, generalmen-
te comprenden s i n dificultad las que tienen ocasión de o i r
con bastante frecuencia.

5-6. Diversidad no percibida

E l ideal lingúíístico sería s i n duda que los interlocutores


practicasen siempre m u y exactamente las mismas distincio-
nes fónicas, morfológicas y lexicales, es decir, que todos usa-
r a n l a m i s m a estructura lingiifstica. Pero la realidad es que,
e n las relaciones entre las personas de una m i s m a comunidad,
l a absoluta i d e n t i d a d de los sistemas parece ser más bien
u n a excepción. De u n t o t a l de 66 parisienses de veinte a se-
senta afíios, pertenecientes en general a la burguesía y reuni:
dos p o r casualidad en 1941, no fue posible encontrar dos que
contestaran de m o d o absolutamente idéntico a 50 preguntas
encaminadas a conocer el sistema vocálico de cada i n f o r -
m a d o r . Es m u y notable en esta cuestión el hecho de que las
diferencias lingliísticas que muestran estas respuestas d i v e r
gentes n o afectan a la comprensión, n o son tenidas en cuenta
n i percibidas. Cada u n o cree hablar como todos los demás,
puesto que todos hablan «la misma lengua». Las necesidades
de la c o m u n i d a d obligan a p o s t u l a r esta identidad lingiifstica
que se i m p o n e al espíritu de las personas, las hace sordas a
las divergencias y las i n c l i n a a p o n e r en l a cuenta de las
particularidades personales (como el t i m b r e de voz) u n rasgo
lingiíístico p a r t i c u l a r que, p o r azar, l l a m e l a atención del
oyente.
E s t a t o l e r a n c i a i n v o l u n t a r i a se a d q u i e r e , c i e r t a m e n t e , a l
m i s m o t i e m p o q u e l o s h á b i t o s l i n g ú í s t i c o s , es d e c i r , e n l a i n -
)
186 E l e m e n t o s de l i n g ú í s t i c a general
_ _
_Á_
______?>____ >. Eneral
fancia. E l n i ñ o que aprende «su» lengua lo hace Por imita.
ción de su ambiente;.en la medida en que no hay total homo-
geneidad lingiifstica en este ambiente, el niño se verá forzado
a elegir, a sincretizar, a rodear. Finalmente obtendrá un sis.
tema de claras oposiciones que utilizará activamente, pero
ningún rasgo lingúístico a l cual haya estado expuesto en el
curso de su aprendizaje l e parecerá anormal, f o r m e parte o
no de su sistema personal. Además, u n rasgo determinado
puede parecerle desagradable, vulgar, grosero o, p o r el con.
t r a r i o , refinado, delicado, prestigioso, según los sentimientos
que abrigara p a r a las personas de su ambiente que lo usa-
ban. De hecho, una m u l t i t u d de comportamientos lingiiísticos
l e parecerán tan normales, t a n habituales, aunque él mismo
n o los utilice, que no los llegará a p e r c i b i r como divergen-
cias. Con otras palabras, t o d o i n d i v i d u o tiene su norma lin-
gúística activa, obligatoria, que regula el empleo que hace
de la lengua, y u n a n o r m a pasiva, m u c h o más suelta y tole
rante. E l francés que distingue / a / a n t e r i o r y / á / posterior
está educado p a r a c o m p r e n d e r u n a f o r m a del francés en l a
que patte y páte, tache y táche se p r o n u n c i e n de manera idén-
fica, e incluso n o «oirá» que u n o de sus conciudadanos pro-
n u n c i a áge o sable c o n a a n t e r i o r allí donde él emplea una a
posterior, P o r su parte, el i n d i v i d u o q u e n o distingue entre
las dos a, n o presta l a m e n o r a t e n c i ó n a l a distinción que ha-
cen sus contemporáneos e n t a n t o q u e las variaciones en la
realización de los dos fonemas n o traspase los límites a los
que él está habituado. E n cuanto a l léxico, la tolerancia es to-
davía más considerable y c o n frecuencia, aunque no necesi"
riamente, más consciente; l a m i s m a realidad puede ser desig:
nada p o r cerdo y puerco; u n o d a vueltas a l a ensalada, otro
l a mueve; uno habla de alcaucil donde o t r o dice alcachofa.
E n l o que concierne a los hechos «gramaticales», el francés
h a sido ampliamente u n i f o r m a d o p o r siglos de intervenciones
La variedad de los idiomas y de los usos lingiiísticos 187

conscientes; en este grado, su situación entre las lenguas es


más b i e n u n a excepción que la régla. N o obstante, incluso en
francés, quedan en este campo algunas posibilidades: il
sassied o i l s'assoit, j e p u i s o j e peux y algunas otras.

5-7. Diferencias sociales

Sucede, sin embargo, que todo u n c o n j u n t o de divergen-


cias aparece con frecuencia especial y gran coherencia en per-
sonas que, como los servidores, f o r m a n parte del ambiente,
p e r o con u n a situación social particular. U n complejo del
m i s m o t i p o puede también e x i s t i r en casi todas l a s personas,
p e r o no manifestarse más que en circunstancias particulares.
E n todos estos casos, el niño identifica estos rasgos lingúísti-
cos divergentes no sólo con las realidades que se supone que
corresponden a estos rasgos, sino también con l a personali-
dad de los i n d i v i d u o s que los manifiestan y las circunstancias
en las que h a n aparecido. Los adultos se extrañan a m e n u d o
de o i r que los niños emplean expresiones con u n sentido exac-
t o de las conveniencias, es decir, de las circunstancias en las
que las espera l a sociedad. N o obstante, esto se c o m p r e n d e
fácilmente cuando se reflexiona en las condiciones en las que
el n i ñ o aprende su lengua.

5-8 , Complejidad real de una situacidn unilingiie

E l n ú m e r o de variedades de lengua que el n i ñ o puede al-


canzar a i d e n t i f i c a r depende de l a comunidad en la que vive
y d e l a s i t u a c i ó n social de su familia. Hace t r e i n t a años, u n
niño de la burguesía parisiense conseguía d i s t i n g u i r p r o n t o
entre l a f o r m a lingiiística que él m i s m o empleaba en l a v i d a
188 E l e m e n t o s de lingilistica ge
? ? ? ? ? ? eR ne

diaria, u n h a b l a r p o p u l a r , n o t a b l e s o b r e t o d o POr s u sintaxis


y s u p r o s o d i a (acento a u t o m á t i c o e n l a p e n ú l t i m a sílaba)
f o r m a literaria caracterizada p o r hechos de vocabulario n e e
sintaxis acompañados de u n a m o r f o l o g í a p a r t i c u l a r del v o c a
(el passé simple) y u n a f o r m a poética que añadía a los ca.
racteres de l a f o r m a l i t e r a r i a exigencias métricas y rasgos
fonéticos particulares (la e m u d a en l a cuenta de las sílabas),
A esto podía añadirse u n estilo de jerga, incluso grosero,d e
uso e n el patio d e l liceo, p e r o evitado generalmente en fa.
milia. Las demás experiericias lingiifsticas, e l latín de iglesia
o de clase, las diversas lenguas vivas, n o entraban en cuenta,
p o r q u e n o f o r m a b a n parte p a r a el n i ñ o de «su» lengua, Esta
separación clara entre lengua «materna» y lenguas e x t r a n -
jeras está justificada, s i n duda, en el caso que acabamos de
examinar; todas las diferentes f o r m a s de francés que hemos
podido e n u m e r a r t i e n e n e n c o m ú n los rasgos esenciales de
?los sistemas fonológico, g r a m a t i c a l y lexical y se oponen
realmente como u n todo a I o q u e se puede l l a m a r «latín» o
«inglés». Pero es m u y d i f f c i l q u e sea siempre posible trazar
el l í m i t e t a n claramente.

5-9. Los bables ( = «patoiss)

En una gran parte del territorio francés, en el siglo XIX,


y aún hoy en algunas comunidades rurales, el niño sehalla
expuesto antes de los diez años a formas lingúísticas lo bas
tante divergentes en fonología, gramática y léxico como
para sugerir al lingilista la existencia de dos idiomas concu-
rrentes más bien que dos variedades de una misma lengua.
La forma lingtifstica que se aprendió primero y que s¢emplea
normalmente en el seno de la familia se llama bable ( t r a r
cés patois). Concurrentemente con esta forma, el niño jdenti-
La variedad de los idiomas y de los usos lingilísticos 189

fica y con frecuencia u t i l i z a u n a f o r m a lingiifstica en l a q u e


apenas sin vacilación se reconoce el francés, aunque difiera e n
numerosos detalles de las f o r m a s habladas e n París o en las
ciudades de provincias. Cuando este niño vaya a l a escuela se
f a m i l i a r i z a r á además, i g u a l que e l de París, c o n l a f o r m a
l i t e r a r i a y l a f o r m a poética. I m p o r t a poco relativamente que
el bable sea romance, es decir, derivado del l a t í n como el
francés y , p o r consiguiente, bastante p r ó x i m o a él, o que el
parentesco sea m u c h o más lejano, como, p o r ejemplo, en u n a
aldea de Flandes o de l a B a j a B r e t a ñ a o incluso, como e n el
País Vasco, que se t r a t e de u n h a b l a c u y a s relaciones ge-
néticas c o n otras familias de lenguas c o n t i n ú a n siendo hi-
potéticas. L o s rasgos distintivos de l a situación de bable
son los siguientes: p o r u n a parte, los dos sistemas e n con-
tacto son l o suficientemente divergentes como p a r a que el
que h a b l a el bable conciba como dos registros diferentes
su h a b l a r vernáculo y l a f o r m a local del i d i o m a general;
p o r o t r a parte, el h a b l a r l o c a l está considerado como u n a
f o r m a lingúística imperfecta que n o puede sino ganar con
t o d o p r é s t a m o que reciba de l a lengua nacional. D e esto
r e s u l t a que u n bable n o se mantiene más que durante el
t i e m p o en que existen personas p a r a las que, en determina-
das circunstancias, es más fácil u t i l i z a r este bable que l a
lengua nacional; con l o que se podría decir que, p o r defini-
ción, l o s bables están destinados a la desaparición. Pueden
desaparecer p o r confusión progresiva con l a f o r m a l o c a l de
l a lengua general; h a y regiones en las que el francés local
está más o menos i n f l u i d o p o r e l bable, según las circuns-
tancias y los interlocutores. Pueden t a m b i é n desaparecer
p o r abandono p u r o y simple, p o r h a b e r decidido u n día los
padres d e j a r de h a b l a r bable a sus hijos. U n a situación de
este t i p o puede también ser eliminada a p a r t i r del día en que
el h a b l a r local o u n a f o r m a m u y p r ó x i m a adquiera, a j u i c i o
190 Elementos de lingiiísticageneral
AA2A A general
de los que l a hablan, u n prestigio suficiente Para trastornar
la corriente que tiende a p r i v a r l e de su autonomía en pro-
vecho de l a lengua general. U n habla flamenca del norte
de Francia continúa siendo u n patois mientras no se man-
tiene mas que de l a inercia: de los que la hablan, pero se con.
vierte en u n a variedad de la lengua neerlandesa en los que la
quieren conscientemente como tal. Esta diferencia de pun-
tos de vista traerá consigo rápidamente diferencias apre-
ciables en el c o m p o r t a m i e n t o lingiiístico de los hablantes,
que evitarán determinadas palabras y formas y favorecerán
otras.

5-10. C o n d i c i o n a m i e n t o de u n a s i t u a c i ó n de bable

El t é r m i n o patois n o tiene apenas equivalente fuera del


francés, lo que sugiere que la situación lingúística que se
advierte en Francia no tiene equivalente exacto en otros lu-
gares. Es la situación de u n país en el que la lengua na-
cional goza desde hace mucho tiempo de un considerable
prestigio y se h a impuesto de m a n e r a tan general que los
habitantes de una m i s m a provincia, aunque vivan en pue:
blos u n poco alejados, la emplean con más facilidad que
u n habla local que varía de d i s t r i t o a distrito y de mu
nicipio a m u n i c i p i o . Como u n a lengua se aprende usán:
dola, la lengua nacional, en este caso el francés, es cada
vez m e j o r conocida. P o r o t r a parte, las personas pierdenl a
ocasión de c o n f r o n t a r sus lenguas vernáculas, con lo qué
las diferencias entre éstas (diferencias a las que Sép o d r e
haber habituado y que h u b i e r a n sido finalmente elimina
das) se convierten en obstáculos considerables Para la bis
municación. Se llega p o r fin a r e s t r i n g i r el USO d e l a .
(bable) a las relaciones entre gentes de la misma aldea
La variedad de los idiomas y de los usos lingilísticos 191

localidades prácticamente contiguas. Los hablantes de u n


bable que u s a n l a lengua general casi con la m i s m a f r e c u e n -
cia q u e l a v e r n á c u l a , se c o n v e n c e n desde e n t o n c e s d e q u e
esta ú l t i m a n o t i e n e n i n g ú n v a l o r p r á c t i c o y , si l a siguen
usando p o r i n e r c i a c o n las p e r s o n a s de s u edad, t o m a n l a
costumbre de dirigirse en francés a sus h i j o s y, en ge-
n e r a l , a t o d o s los j ó v e n e s de l a a l d e a . ?

5-11. Las s i t u a c i o n e s d i a l e c t a l e s

E n l o s países e n los q u e l a l e n g u a o f i c i a l h a a d q u i r i d o
t a l s i t u a c i ó n m u y r e c i e n t e m e n t e , en especial en las z o n a s
e n las q u e d u r a n t e m u c h o t i e m p o se h a n m a n i f e s t a d o resis-
t e n c i a s f r e n t e a l p o d e r c e n t r a l , las h a b l a s locales se s i g u e n
empleando en amplios territorios y frecuentemente en todas
las c i r c u n s t a n c i a s de l a v i d a , a e x c e p c i ó n d e las r e l a c i o n e s .
c o n l a s a u t o r i d a d e s n a c i o n a l e s . E s t a s h a b l a s locales se u s a n ,
e n l a c i u d a d y e n e l c a m p o , e n l a b u r g u e s í a y e n el p u e b l o ;
e n m u c h o s casos i n c l u s o se e s c r i b e n . E n el i n t e r i o r de u n o
d e t a l e s t e r r i t o r i o s q u e c o i n c i d e n m u c h a s veces c o n las p r o -
vincias, p u e d e n existir diferencias lingiiisticas manifiestas,
p e r o l a s g e n t e s se h a n h a b i t u a d o a éstas, saben p r e s c i n d i r
de ellas y existen probabilidades de q u e sean a b s o r b i d a s
d e n t r o d e l a l e n g u a en l a m e d i d a en q u e se e s t a b i l i c e l a si-
t u a c i ó n a q u í d e s c r i t a . E n tales casos se da a esta s i t u a c i ó n
e l n o m b r e de d i a l e c t o , p u e s n o se t i e n e n e n c u e n t a l a s
divergencias entre las diferentes hablas locales. La exis-
t e n c i a de d i a l e c t o s d e este t i p o se a d m i t e t r a d i c i o n a l m e n t e
e n países c o m o A l e m a n i a e I t a l i a . H a y , pues, u n dialecto
suabio, u n dialecto bávaro, u n dialecto piamontés, u n dialecto
s i c i l i a n o , etc. E s cosa c l a r a , s i n e m b a r g o , q u e u n a s i t u a c i ó n
dialectal c o m o la que se h a b o s q u e j a d o p u e d e degenerar
192 Elementos de lingiltsticg general
rápidamente hacia u n a situación de bable análoga a 1
hemos señalado en Francia. Es suficiente para ello a que
progreso de u n i d a d nacional lleve a u n r e f o r z a m i e n t o . e l
sible de la lengua oficial. N o existe, natural; ente, u n 1 o n
claro entre dialecto y bable; e l proceso de descomposici A
que conduce en ú l t i m o t é r m i n o a l a eliminación del a s fon
mas de hablar locales comienza, de hecho, cuandou n a fon
ma lingiiistica e x t e r i o r se i m p o n e a expensas de las formas
locales. No es seguro ?que l a situacién en Gascuña y en el
Piamonte sea tan d i f e r e n t e c o m o l o haría esperar la oposi.
c i ó n t a n m a r c a d a q u e se a c a b a de e s t a b l e c e r e n t r e Francia e
Italia.

5.-12. «Dialecto» opuesto a «lengua»

En todo caso, es preciso d e j a r b i e n sentado que el tér


m i n o dialecto en Italia, Alemania y otros países de Europa
supone en el uso corriente u n j u i c i o de valor. Ciertamente
este j u i c i o es menos severo que el que supone el empleo de
la palabra «patois». Pero cualesquiera que sean los senti:
mientos que u n alemán o i t a l i a n o tengan p a r a su dialecto,
no pensarán en colocarlo al m i s m o nivel que la lengua na:
cional. El bávaro es ciertamente alemán, y el piamontés,
italiano, pero: hay una f o r m a del alemán y una forma del
italiano que n o son «dialecto», sino «lengua». Hay italianos
y alemanes que n o hablan n i n g ú n dialecto, sino únicamente
la lengua nacional. Sucede a veces, s i n embargo, que la len
gua oficial y común no coincide con n i n g ú n hablarvernáculo
y que ningún m i e m b r o de l a c o m u n i d a d l a habla come
primera lengua. Su empleo está l i m i t a d o a determina _
usos en los que no se a d m i t e n lenguas vernáculas. E s t a l e
gua puede ser ante todo u n a lengua tradicional, literaria
La variedad de los idiomas y de los usos lingiiísticos 193

de r e l i g i ó n , q u e se a d a p t a m a l a las d i v e r s a s n e c e s i d a d e s d e
l a c o m u n i d a d , c o m o sucede c o n e l á r a b e c l á s i c o en los países
m u s u l m a n e s . E s t e h e c h o c r e a las c o n d i c i o n e s d e a p a r i c i ó n
de u n a s e g u n d a l e n g u a c o m ú n m e j o r a d a p t a d a a las nece-
sidades c o t i d i a n a s . E n d o n d e u n a l e n g u a c o m ú n d e e m p l e o
r e s t r i n g i d o y algunas f o r m a s vernáculas están estrechamen-
te e m p a r e n t a d a s , l o s h a b l a n t e s t i e n e n m á s c o n c i e n c i a d e l a
u n i d a d d e l c o n j u n t o q u e de sus d i v e r g e n c i a s y se s i e n t e n i n -
clinados a c o n s i d e r a r la lengua c o m ú n y l a f o r m a local m á s
b i e n c o m o d o s e s t i l o s de u n a m i s m a l e n g u a q u e c o m o dos
idiomas distintos.

5-13. L o s d i a l e c t o s c o m o v a r i e d a d e s de l e n g u a

H a y e m p l e o s c o m p l e t a m e n t e d i f e r e n t e s de l a p a l a b r a dia-
lecto, por e j e m p l o , en l o s E s t a d o s U n i d o s , e n d o n d e este
t é r m i n o d e s i g n a t o d a f o r m a l o c a l d e l inglés s i n q u e se p l a n -
tee l a c u e s t i ó n de o p o n e r a l o s d i a l e c t o s u n a f o r m a de len-
g u a m á s r e c o m e n d a b l e . T o d o n o r t e a m e r i c a n o h a b l a u n dia-
l e c t o , e l d e B o s t o n , e l de N u e v a Y o r k , e l de Chicago, o, si
h a v i a j a d o m u c h o , a l g ú n d i a l e c t o h í b r i d o , sin q u e j a m á s ten-
ga l a s e n s a c i ó n d e q u e h a b l a o t r a c o s a q u e e l i n g l é s d e A m é -
r i c a e n u n a f o r m a p e r f e c t a m e n t e a c e p t a b l e en t o d a s las c i r -
c u n s t a n c i a s d e l a v i d a . E s t a s i t u a c i ó n se p a r e c e a l a de P a r í s
y otros núcleos urbanos no meridionales de Francia, en
d o n d e e x i s t e n m ú l t i p l e s v a r i e d a d e s d e l f r a n c é s q u e en b o c a
de las p e r s o n a s c u l t a s p a r e c e n t a n aceptables q u e e n gene-
r a l las d i f e r e n c i a s p a s a n i n a d v e r t i d a s . L o s d i a l e c t o s de N o r -
t e a m é r i c a c o r r e s p o n d e n p o c o m á s o m e n o s a l o q u e se l l a m a
f o r m a s l o c a l e s d e l f r a n c é s , de n i n g u n a m a n e r a a l o s p a t o i s
d e F r a n c i a n i t a m p o c o a l o s d i a l e c t o s a l e m a n e so italianos,
q u e son d e m a s i a d o d i f e r e n t e s e n t r e sí p a r a p e r m i t i r l a i n -

E, DE L I N G U Í S T I ?
C1A 3.
E l e m e n t o s de linpiites;
194 l i n g t i t s t i c g Benerg

tercomprensión de u n e x t r e m o a o t r o del t e r r i t o r i o Naci


?Este empleo de l a p a l a b r a dialecto corresponde a] ?onal,
hace cuando se habla de los dialectos griegosa n t e r i o n s Se
establecimiento de la koiné, es decir, de u n a lengua bas, al
en el habla de Atenas que ha r e b a j a d oa las otras lengua
particulares griegas a l a categoria de f o r m a s incultas hasta
eliminarlas con la sola excepción del laconio que Sobrevive
con el nombre de tsakonio. E n el siglo v i antes de Nuestra
era no se hablaba en Atenas el «griego», sino el dialecto
ático, así como los tebanos h a b l a b a n el dialecto beocio y los
lacedemonios el dialecto laconio, lo que n o impedía, proba.
blemente, la i n t e r c o m p r e n s i ó n , p o r l o menos en el centro del
m u n d o griego. '

5.14, Divergencia y convergencia

Las consideraciones precedentes permiten seguir las eta-


pas de un proceso que ha debido repetirse millares de veces
desde que existen hombres que hablan. Un grupo humano,
agresivo o prolífico amplía su t e r r i t o r i o hasta un punto en
el que los contactos entre sus diferentes tribus pierden fre-
cuencia e intimidad. Esto trae consigo un proceso de dife-
renciación lingiística que irá aumentando si los contactos
entre las diferentes tribus se hacen aún más débiles, y Si
se establecen nuevas relaciones con tribus de otros grupos.
Se producirá la dialectización de la lengua primitiva, y est
dialectización puede llevar a una incomprensión total de una
zona con otra. Pero pasado algún tiempo, una tribu más
agresiva, más prolífica, con más inventiva o más cultura que
sus vecinos puede imponerles su hegemonía política O c u l
tural. Su dialecto se convertirá en lengua oficial O liters a
hasta donde se extienda su hegemonía, y en v i r t u d de ? °
empezará a desplazar, si estén atin poco diferenciados: * °
La variedad de los idiomas y de los usos lingiiísticos 195
eer EMBUISTICOS A D
dialectos locales p o r m e d i o de u n proceso de convergencia
seguido hasta l a confusión completa, o bien los s u s t i t u i r á
pura y simplemente. N o se ha dicho que los límites de esta
hegemonía hayan de c o i n c i d i r con los de l a expansión ini-
cial del grupo; en algunos puntos los sobrepasarán y l a
nueva lengua c u b r i r á regiones en las que el h a b l a r local es
de origen completamente diferente. E n otros puntos - r e t r o -
cederán esos límites, y algunos dialectos de este grupo pue-
den quedar i n c o r p o r a d o s a o t r a nación o a o t r a zona de
expansión c u l t u r a l en la cual f i n a l m e n t e desaparecerán.
La f r a g m e n t a c i ó n dialectal n o es u n a consecuencia inevi-
table de l a expansión «geográfica. L a distancia en sí m i s m a
no produce l a diferenciación lingiiística, sino l a debilitación
de los contactos. Si e l aumento de las distancias queda com-
pensado c o n u n m e j o r a m i e n t o de las comunicaciones, los
comportamientos lingiiísticos permanecerán idénticos. Cuan-
do se necesitaban semanas p a r a atravesar el Atlántico, :el
inglés de I n g l a t e r r a y e l de América se hacían divergentes;
el vocabulario f e r r o v i a r i o difiere de I n g l a t e r r a a los Estados
Unidos de u n a m a n e r á general y e n sus pormenores. Pero
las cóndiciones v a r í a n e n u n a época en l a que sólo se ne-
cesitan unas h o r a s p a r a trasladarse desde Nueva Y o r k a
Londres y en la que la voz atraviesa casi instantáneamente
.
el Océano; p o r ello se n o t a h o y m á s convergencia que diver-
gencia, Si u n día los rusos establecen u n a estación de obser-
vación en l a luna, n o h a y ninguna p r o b a b i l i d a d de que el
r u s o 'se dialectice allí, siempre que l a s relaciones con l a tie-
t r a no sean i n t e r r u m p i d a s .

5-15. Cómo p r e c i s a r el v a l o r de «dialecto»

Los lingilistas tienen un medio de paliar la. ambigiiedad


de la palabra dialecto. Consiste en precisar en cadacaso l a
196 Elementos de lingllística genera
BP ne

l e n g u a c o m ú n de l a q u e es u n p r o d u c t o d i v e r g e n t e el habla
de q u e se t r a t a . De este m o d o e n E s p a ñ a se p o d r á d i s t i n g u i r
e n t r e u n d i a l e c t o e s p a ñ o l c o m o el a n d a l u z , q u e n o es más
que una f o r m a p r o v i n c i a l del castellano, y u n dialecto roman.
ce de E s p a ñ a c o m o el a s t u r i a n o q u e en su base representa
u n a diferenciación l o c a l del l a t í n t r a s l a d a d o en su tiempo a
l a Península. E n G r e c i a e l t s a k o n i o es u n d i a l e c t o protogrie-
go; l a m a y o r p a r t e de las h a b l a s l o c a l e s r o m a i c a s son dife-
r e n c i a c i o n e s de l a k o i n é : las f o r m a s l o c a l e s d e l h a b l a r de la
b u r g u e s í a d e b e r í a n l l a m a r s e a d i a l e c t o s d e l g r i e g o moderno».
D e s g r a c i a d a m e n t e h a y m u c h o s casos e n los q u e es d i f f c i l re-
c o n s t r u i r e l p r o c e s o de d i f e r e n c i a c i ó n ; se p u e d e d e c i r del
suabio y d e l b á v a r o q u e s o n d i a l e c t o s a l e m a n e s s i n que esto
i m p l i q u e q u e .sean v a r i e d a d e s d e l a l e m á n c o m ú n contem-

poráneo.

5-16. Los idiomas criollos.

Los idiomas que se designan con el n o m b r e de «criollos»


son hablados p o r los descendientes de los esclavos llevados
de Africa al Nuevo M u n d o y a las islas del Océano Índico.
H a n tenido que ser el resultado de u n proceso especial cuyos
estadios se intenta r e c o n s t r u i r conceptualmente. Pero frente
a l a lengua de cultura, de l a que parecen ser una versión
m u t i l a d a y deformada, su c o m p o r t a m i e n t o actual se parece
a l de los dialectos y los patois. L a situación de una lengua
criolla francesa como l a de l a D o m i n i c a , que ¢s la forma
vernácula de gentes cuyo i d i o m a oficial es el inglés, tiene
su contrapartida en Francia, donde algunos patois neerlan-
deses son la lengua f a m i l i a r de personas que utilizan el

francés como lengua nacional.


La variedad de los idiomas y de los usos lingúlísticos 197

5-17. L o s dialectos sociales.

E l t é r m i n o « d i a l e c t o » se e m p l e a c o r r i e n t e m e n t e c o n r e -
f e r e n c i a a v a r i e d a d e s l i n g i i í s t i c a s c o n u n a l o c a l i z a c i ó n geo-
gráfica particular. Pero nada impide utilizarlo también para
designar el c o m p o r t a m i e n t o lingiiístico divergente de ciertas
clases s o c i a l e s . T a m b i é n a h í h a h a b i d o u n a r e d u c c i ó n d e l a
f r e c u e n c i a y de l a i n t i m i d a d de c o n t a c t o s e n t r e d o s segmen-
t o s de la p o b l a c i ó n . E s t o h a t r a í d o c o n s i g o u n p r o c e s o d e
d i f e r e n c i a c i ó n l i n g i i í s t i c a q u e n o se d e t i e n e m á s q u e p o r e l
m í n i m o de cooperación que supone l a coexistencia en una
misma ciudad.

5-18. Lengua hablada y lengua e s c r i t a

L a creencia en la u n i d a d y la homogeneidad de cada len-


gua nacional h a tenido como consecuencia no sólo hacer
o l v i d a r l a variedad de las condiciones lingiiísticas d e n t r o de
las fronteras de cada estado, sino crear la convicción e r r ó n e a
de que necesariamente existe identidad entre l a lengua que
habla u n pueblo y la lengua que escribe. Cuando una comuni-
dad lingiifstica hasta entonces analfabeta adquiere conoci-
m i e n t o de la escritura, está dicha escritura a l servicio de
una lengua diferente. Disociar en este caso escritura y len-
gua exige una capacidad de análisis que puede m u y bien
f a l t a r al p r i n c i p i o , y h a y p r o b a b i l i d a d de que los p r i m e r o s
individuos que intentan escribir l o hagan en una lengua
extranjera. Sucede que esta situación se estabiliza y que los
i n d i v i d u o s i n s t r u i d o s que siguen hablando su lengua ver-
nácula con exclusión de cualquier o t r o i d i o m a n o saben es-
c r i b i r más que la lengua extranjera. E n muchos otros casos
198 E l e m e n t o s de lingilística general

l a l e n g u a q u e se i m p o n e e n el u s o e s c r i t o es l a d e u n a lite.
r a t u r a «clásica» o l a de t e x t o s l i t ú r g i c o s , c o m o e l l a t í n en
.
E u r o p a hasta los albores de l a época contemporánea, y como
e l s á n s c r i t o en l a I n d i a y e l á r a b e d e l C o r á n e n los Países
m u s u l m a n e s h a s t a l o s t i e m p o s a c t u a l e s . C i e r t a m e n t e esto no
e x c l u y e l o s e s f u e r z o s p a r a e s c r i b i r l a s l e n g u a s vernáculas;
e n l a E d a d M e d i a se e s c r i b í a e n c a s t e l l a n o , f r a n c é s , inglés,
a l e m á n , etc., c o n c u r r e n t e m e n t e c o n e l l a t í n c u a n d o se tra:
t a b a de a l c a n z a r u n p ú b l i c o m á s a m p l i o q u e el de los l e
trados.

5-19. ¿Lengua d i s t i n t a o estilo distinto?

Se ha intentado d i s t i n g u i r el caso e n el que la lengua


escrita es una «lengua distinta» de la vernácula, del caso en
que se la concibe como u n estilo d i s t i n t o . Pero la cosa no
es siempre fácil. Cuando se puede reconocer l a lengua escrita
como u n estado a n t e r i o r de l a lengua corriente, es difícil
precisar objetivamente u n grado de diferenciación que per:
m i t a hablar de dos lenguas en l u g a r de dos estilos. ¿Debemos
decir que los letrados del siglo v i r que hablaban romance
se servían en sus escritos ( e n latín, p e r o ¡qué l a t í n ! ) de un
estilo arcaizante de su p r o p i a lengua o que, según las c i r
cunstancias, empleaban dos lenguas, a saber, u n «romance»
local y el latín? T o m a n d o u n e j e m p l o contemporáneo, nos
podemos p r e g u n t a r en qué c u a d r o se deben clasificar en
Egipto las relaciones m u t u a s del árabe hablado, de la len
gua de los periódicos y de l a l e n g u a del Corán. Es cosa clara
que la existencia de u n m i s m o r ó t u l o ( « r o m a n e loqui», «4Fa
be») es una indicación de que la u n i d a d se sigue percibiendo
detrás de la diversidad y es a l m i s m o t i e m p o u n instrumento
poderoso para m a n t e n e r la convicción de q u e las divergs??
cias son de estilo más que de fondo. Se puede decir 4
La variedad de los idiomas y de los usos lingiitsticos 199

que la u n i d a d se m a n t i e n e en t a n t o que las diferentes f o r


mas lingiiisticas son sentidas como complementarias, q u e
cada c i r c u n s t a n c i a de la v i d a reclama una f o r m a c o n exclu-
sión de c u a l q u i e r o t r a y que, p o r consiguiente, el h a b l a n t e
n o se h a l l a n u n c a colocado ante u n a elección. L a existencia
de los más variados estilos e n l a lengua hablada y e n l a
escrita, que d a n l a i m p r e s i ó n de u n gran abanico sin solu-
c i ó n de continuidad, no puede, s i n duda, más que r e f o r z a r
la i m p r e s i ó n de u n i d a d . Es precisamente l o que sucede en
esta época en F r a n c i a y que contribuye a d i s i m u l a r las dife-
rencias considerables e n t r e l a lengua oficial y l a de l a con-
versación f a m i l i a r . E n t r e u n a f o r m a escrita que usa el passé
s i m p l e como t i e m p o de l a narración, que i n d i c a l a i n t e r r o -
gación p o r m e d i o de l a i n v e r s i ó n del sujeto y n o conoce
más q u e nous como p r o n o m b r e átono de p r i m e r a persona
d e l p l u r a l , y , de o t r a parte, u n lenguaje f a m i l i a r y descui-
dado e n e l q u e l a n a r r a c i ó n se hace en presente, en el que
las interrogaciones están caracterizadas como tales p o r u n a
e n t o n a c i ó n ascendente o p o r el empleo de est-ce que, e n
el que nous p a r t o n s se convierte en o n se trotte, entre estas
dos f o r m a s h a y estilos intermedios que rechazan e l passé
simple, p e r o conocen como variante l a i n v e r s i ó n interroga-
t i v a (veux-tu...?) y conservan nous átono con exclusión de
o n e n l a p r i m e r a persona del p l u r a l o concurrentemente
c o n él.

5-20. Forma hablada y f o r m a escrita de una misma lengua

S i n embargo, n o se debe o l v i d a r que la oposición e n t r e


u n a lengua l i t e r a r i a t r a d i c i o n a l y e l h a b l a c o t i d i a n a n o se
confunde de n i n g ú n m o d o c o n l a oposición m u c h o más clara,
que existe entre f o r m a p r i m a r i a hablada y f o r m a secundaria
200 E l e m e n t o s de l i n g i i t s t i c a general

escrita. E n francés, l a f o r m a « h a b l a d a » est-ce que Conoce


también una expresión g r á f i c a al m i s m o t i e m p o que la o r a l ,
y el p r e t é r i t o i n d e f i n i d o i l s d é v o r é r e n t se u s a en f o r m a ha.
blada y t a m b i é n escrita. Sucede, s i n embargo, q u e se vacila
en la grafía de u n a p a l a b r a f a m i l i a r como / p a g a j / (¿pagaye,
pagaie o pagaille?) o sobre la p r o n u n c i a c i ó n de una palabra
literaria como p u s i l l a n i m e o transi. Son frecuentes eninglés
los casos en los que n o se sabe b i e n c ó m o p r o n u n c i a r una
palabra cuya f o r m a escrita se conoce. E n l a exposición de
una tesis sobre la g r a f í a d e l chino, l o s m i e m b r o s de un tri-
bunal americario no se p u s i e r o n de acuerdo n i sobre l a co-
locación del acento en ideogram, n i sobre l a cualidad de
las dos p r i m e r a s vocales de la p a l a b r a .

5-21. Francés hablado y francés escrito

E n francés, las diferencias .entre las formas gráfica y


fónica son de tal naturaleza que se puede decir sin exage
racién alguna que la estructura de la lengua escrita no sé
confunde con la de la lengua hablada. E n la escrita elp l u r a l
se señala regularmente con la adición de una -s al sustantivo
y secundariamente p o r la concordancia; en la hablada se
expresa preferentemente p o r modificaciones formales en los
determinantes del sustantivo ( / l e ( z ) / en lugar de /1/, l/ a / ,
/de(z)/ en lugar de / & / , / i i n / ) . Estas divergencias son =
duda aún más chocantes si se tienen en cuenta lasd i
cias de inventario de formas entre la lenguacotidiana A ,
lengua literaria (ausencia en aquélla del pretérito inde ois
y del imperfecto de subjuntivo). Una gramática del gus
que se fundara únicamente en la f o r m a fónica de lal e n en-
hablada ofrecería una estructura que diferiría profunda? >

jenen
te de la que ofrecen las gramáticas clásicas, que 10 %
La variedad de los idiomas y de los usos lingiiísticos 201

apenas en cuenta mas que la lengua tradicional en su f o r m a


grafica. N o se hablaria en ella, p o r ejemplo, de conjugaciones
diferentes, p e r o sí se haría la d i s t i n c i ó n entre verbos de te-
ma único (ej. / d ó n - / «dar») y verbos de temas variables
(ej. / f i n i - f i n i s - / : / f i n i f i n i - r a / frente a / f i n i s d f i n i s - i d / ;
/sé-sav-so-/: / i l s¢/, / n u sav-6/, / i l so-ra/). De hecho, el sen-
t i m i e n t o de u n i d a d del francés más allá de sus f o r m a s di-
vergentes n o puede mantenerse más que a costa de u n largo
a d i e s t r a m i e n t o que p e r m i t e al niño i d e n t i f i c a r el sintagma
/ i z e m / , que p r o n u n c i a desde que aprende a hablar, con la
grafía ils a i m e n t , que debe de r e p r o d u c i r bastante f i e l m e n t e
la sucesión de fonemas y de monemas que se empleaban hace
unos m i l años,

5:22. Condicionamiento particular de los usos literarios

Se puede l a m e n t a r u n a situación que obliga a los jóve-


nes francohablantes a consagrar a este adiestramiento mu-
chas h o t a s que podrían ser empleadas en la adquisición de
conocimientos más realmente productivos. Es u n a realidad
que l a grafía francesa, que p e r m i t e a u n extranjero e n c o n t r a r
con relativa f a c i l i d a d la pronunciación de una palabra cuya
forma e s c r i t a conoce, exige u n gran esfuerzo a los que h a n
aprendido a p r o n u n c i a r l a lengua antes de leer y escribir.
Pero es necesario convencerse de que es absolutamente nor-
m a l qhe se establezcan diferencias entre el uso hablado y el
uso escrito. Se insiste generalmente en que, p o r r e p r o d u c i r
l a escritura m u y i m p e r f e c t a m e n t e las entonaciones de l a voz,
n o es'extraño que, p o r compensación, se introduzcan en ella
a l g u n á s precisiones suplementarias; la d i s t i n c i ó n entre los
homónimos, tan frecuente en l a o r t o g r a f í a francesa, halla
aquí cierta justificación. Pero éste n o es más que u n aspecto
4
202 Elementos d e l i n g i l i s t i c a ee
n
de la d i f e r e n c i a f u n d a m e n t a l de las condiciones e n al

se ejerce la actividad de hablar y l a actividad l i t e rw n que


la vida corriente la palabra no hace muchas veces más. En
glosar una situación; es, pues, posible permitirse Muchos
giros elípticos: «¡por aquí!» en u n pasillo del M e t r o os
, Con un
gesto d e l a m a n o ; « ¡ q u é cabezal», e j a l l i l » , etc. L a len
h a b l a d a .es e l dominio d e p r e d i l e c c i ó n d e l o s pronombre,

de primera y de segunda persona y de manera general de


las palabras o de los sintagmas que, como aquí, ayer o ma.
ñana, no tienen sentido concreto más que con referencia a
l a situación en que se pronuncian. Ciertamente na es raro
colocarse en la conversacióri fuera de l a situación en la que
se encuentren los interlocutores; la murmuración, que no se
considera necesariamente como: una actividad literaria, im-
plica muy frecuentemente u n comportamiento lingúístico
que no se basa sobre la situación particular en la que se
desarrolla la conversación. Por lo demás, se podría decir
que el empleo del lenguaje c o n independencia de toda clase
de circunstancias representa un ideal, pues solamente en este
caso la comunicación se establece p o r medios estrictamente
lingilísticos. Pero, mientras que no es m u y frecuente que el
hablar se sustraiga totalmente a las contingencias, el autor,
enfrentado a su cuartilla blanca, está casi condenado a prac-
ticar este ideal, puesto que no le es posible prever las con:
diciones en las que llegará su mensaje. Los intercambios
epistolares quedan naturalmente aparte, porque no partici:
pan en principio de la intención de generalidad y permanel
cia que es necesariamente la intención del autor. Es conve
niente recordar aquí que la literatura oral es una realidad
que ha precedidoa la literatura escrita, familiar para n o s
tros, y pensar que la multiplicación de aparatos hablante
puede permitir prever un resurgimiento de la composici
oral de obras y su transmisión p o r vía fónica. Pero, 2 ;
La variedad de los idiomas y de los usos lingiiísticos 203

m e d i d a en q u e csta l i t e r a t u r a o r a l p e r m a n e c e e s t r i c t a m e n t e
l i n g ú í s t i c a y n o v a a c o m p a ñ a d a de r u i d o s n i de p r o y e c c i o -
ncs luminosas destinadas a restablecer una situación, se
realizará el i d e a l l i n g i i í s t i c o de u n a comunicación que se
e s t a b l e c e p o r m e d i o de signos a r b i t r a r i o s . Sin e m b a r g o , ele-
m e n t o s n o l i n g i l í s t i c o s , c o m o el t i m b r e de v o z d e l h a b l a n t e
y l a i m p o r t a n c i a q u e p u e d e n a d q u i r i r e f e c t o s de i n s i s t e n c i a
y e l e m e n t o s n o d i s c r e t o s de l a c u r v a m e l ó d i c a a l e j a r á n e l
i d e a l r e p r e s e n t a d o p o r l a n o t a c i ó n g r á f i c a de los solos r a s g o s
p e r t i n e n t e s del enunciado.

5-23. «Sabir» y «pidgin»

H a s t a a h o r a h e m o s i n t e n t a d o e x p l i c a r l a v a r i e d a d de las
situaciones lingiístico-sociales solamente en el i n t e r i o r d e
t e r r i t o r i o s a l o s q u e la e x i s t e n c i a de u n a l e n g u a c o m ú n con-
fiere cierta unidad. L a situación en l a que ahora fijamos
n u e s t r a a t e n c i ó n es a q u e l l a en la q u e u n i n d i v i d u o o u n g r u -
p o d e i n d i v i d u o s i n t e n t a n e s t a b l e c e r c o n t a c t o f u e r a d e l do-
m i n i o de s u p r o p i a l e n g u a c o m ú n . S i este i n d i v i d u o o este
g r u p o desea e s t a b l e c e r , c o m o es p r o b a b l e , una comunica-
c i ó n l i n g i l í s t i c a , es n e c e s a r i o q u e c o n v e n z a a las gentes c o n
las que v a a e n t r a r en comunicación para que aprendan l a
lengua que él habla, o bien que él m i s m o aprenda l a lengua
de estas g e n t e s . S i n e m b a r g o , n o h a y q u e e x c l u i r e l q u e u n
deseo d e c o m u n i c a c i ó n se m a n i f i e s t e p o r a m b a s p a r t e s y q u e
c a d a u n o d e los dos g r u p o s h a g a u n e s f u e r z o p a r a c o m p r e n -
d e r l o q u e e l o t r o d i c e e i m i t a r l o l o m e j o r q u e l e es p o s i b l e .
E l r e s u l t a d o s e r á u n a l e n g u a m i x t a a l a q u e cada u n o d e
l o s g r u p o s e n c o n t a c t o i n t e n t a r á i d e n t i f i c a r más o m e n o s c o n
l a l e n g u a d e l o t r o g r u p o , p e r o q u e de h e c h o se e n c o n t r a r á
a m i t a d d e c a m i n o d e a m b a s . E s t e ' i d i o m a es p a r a t o d o s l o s
204 Elementos de lingiiística general

que lo usan una lengua auxiliar, de e s t r u c t u r a m a l caracte:


rizada, con u n léxico l i m i t a d o a las necesidades que la han
hecho nacer y que la p e r m i t e n s o b r e v i v i r . Estos instrumen-
tos de comunicación u n poco superficiales reciben con fre.
cuencia el n o m b r e de s a b i r , generalizado desde hace mucho
tiempo en los puertos del M e d i t e r r á n e o , pero t a m b i é n se les
conoce con el n o m b r e d e l i n g u a f r a n c a . Los sabir n o que-
dan limitados necesariamente a dos g r u p o s étnicos, sino que
como lingua franca pueden s e r v i r de intermediarios para
todos los pueblos representados en u n a zona geográfica de-
terminada. La expresión p o p u l a r en francés macache bono,
tomada de u n sabir norteafricano, explica b i e n el carácter
compuesto de este i d i o m a : macache es u n a deformación del
arabe ma k a n 3i «no es esto», y bono es una especie de de-
n o m i n a d o r común de las f o r m a s romances de la palabra
b u e n o . E n t r e l a s lenguas m i x t a s de este tipo hay que citar
l a j e r g a c h i n u k que u t i l i z a b a n en el siglo x i x los indios de
l a costa septentrional del Pacífico en sus relaciones de na-
c i ó n a nación y con los cazadores de lengua francesa o in-
glesa. Más cercano a nosotros en el espacio y en el tiempo
es e l russenorsk, nacido de las relaciones entre pescadores
rusos y noruegos de la costa del Á r t i c o , q u e ha tenido una
existencia efímera, p e r o que ha sido bastante bien descrito y
es u n excelente ejemplo de u n i d i o m a m i x t o a cuya génesis
h a n c o n t r i b u i d o casi en l a m i s m a m e d i d a dos lenguas p e r
fectamente conocidas.
N o hay u n l í m i t e claro entre los s a b i r y l o que se llama
D i d g i n , aunque estos ú l t i m o s tengan u n vocabulario toma:
o esencialmente de una sola lengua, del inglés. De hecho, el
p i d g i n p r o p i a m e n t e d i c h o y sus congéneres h a n desempeña"
d o y desempeñan todavía en el Pacífico el papel que desem
peñó en el l i t o r a l d e l Mediterráneo l a lingua franca. Por lo
demás, todos los pidgin. muestran, aunque n o sea más qué
La variedad de los idiomas y de los usos lingiiísticos 205

en huellas, la i n f l u e n c i a de lenguas distintas del inglés; en


todas partes aparece l a p a l a b r a savvy «saber», de origen evi-
dentemente r o m á n i c o , que emplea automáticamente el an-
glófono u n i l i n g ú e que intenta hacerse c o m p r e n d e r p o r u n
e x t r a n j e r o . E l « p e t i t négre» es poco más o menos el equi-
valente francés de los pidgin, y sirve, como ellos, de lengua
a u x i l i a r en los contactos entre gentes de diferentes idiomas.

5-24, Diferencia entre sabir y c r i o l l o

L o s i d i o m a s c r i o l l o s son sincrónicamente algo completa-


m e n t e d i s t i n t o , puesto que los usan grupos compactos de
hablantes c o n exclusión de cualquier o t r o i d i o m a y en todas
las circunstancias de l a vida. Cabe suponer, ciertamente, que
han empezado en f o r m a de p i d g i n o «petit négre» como len-
guas auxiliares y que finalmente han reemplazado a las len-
guas africanas en todos los usos en las regiones en las que,
como las Antillas, el comercio de esclavos trafa 'éstos de dife-
rentes regiones y p o r consiguiente hablaban lenguas m u y
diversas. Como su uso se ha impuesto con ocasión de rela-
ciones entre gentes de origen africano y los europeos h a n
creído siempre conveniente usar esta lengua p a r a d i r i g i r s e
a los negros, n o debe causar extrañeza e n c o n t r a r en l a es:
t r u c t u r a de las diferentes lenguas criollas, ya sean de voca-
b u l a r i o i n g .l francés,
é s , español, holandés o portugués, gran
c a n t i d a d de rasgos comunes que hacen pensar en Á f r i c a más
q u e en E u r o p a . E n su estructura lingiifstica nada incapaci-
ta en p r i n c i p i o a una lengua criolla como lengua de cul-
tura. Pero en t a n t o que una lengua c r i o l l a es sentida o iden-
t i f i c a d a como u n a f o r m a c o r r o m p i d a de u n a g r a n lengua de
civilización, su situación n o difiere apenas de l a de los ba-
bles metropolitanos.
206 Elementos de lingilística general
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5-25. El individuo establecido en el extranjero

El individuo aislado o el grupo pequeño que se traslada


al extranjero o que se expatría tiene generalmente un in.
terés evidente en aprender lo m e jo r y más rápidamente po.
sible la lengua del país de destino, porque no puede tener
la esperanza de forzar a los habitantes del país a que apren-
dan la suya, No puede librarse de esta obligación más que
en la medida en que encuentre en el extranjera grupos su:
ficientemente importantes de sus compatriotas a los que él
pueda integrarse, Con frecuencia se encuentran en las gran-
des ciudades de los Estados Unidos mujeres viejas que re
siden allí desde hace años y que no entienden una palabra
del inglés. Según la edad que tenga al llegar a su nuevo
país, según su grado de cultura y de inteligencia y según el
medio. en que viva, el inmigrante se hará comprender sim:
plemente o terminará hablando la nueva lengua como los
nativos a satisfacción de todos. Puede, bien olvidar comple
tamente su primera lengua, bien seguirla practicando, pero
al f i n con menos facilidad que su segunda lengua. o bien
conservarla siempre como la única con la que se sientereal-
mente a gusto,
Si este mismo individuo, o este mismopequeño e e
usa como lengua propia o como lengua adquirida más tar °
un idioma de gran prestigio y sus medios le permitenpagee
un poco en todos los sitios los servicios de personasp a
hablan este idioma, puede permitirse no aprender nine
lengua local, cualquiera que sea la amplitud de sus E la
zamientos; un inglés puede pasar su vida en los hoteles
Costa Azul sin hablar una palabra de francés. un pals
Si un grupo entra p o r la fuerza y se establece e produ:
nuevo p o r derecho de conquista, puede inicialmen
La variedad de los idiomas y de los usos lingiiísticos 207

c i r una s i t u a c i ó n político-social que no difiere más que p o r


su escala de l a q u e a c a b a m o s de c o n s i d e r a r . P e r o p a r e c e
q u e a l a l a r g a , e s d e c i r , d e s p u é s de v a r i a s g e n e r a c i o n e s , se
establece generalmente l a comunicación entre conquista-
d o s y c o n q u i s t a d o r e s y q u e , c u a n d o se c r e e l a u n i d a d l i n -
gúística, pesarán en la balanza los f a c t o r e s de c u l t u r a y
número más q u e u n a s u p e r i o r i d a d m i l i t a r i n i c i a l . L a con-
q u i s t a r o m a n a de l a G a l i a t u v o c o m o c o n s e c u e n c i a l a r o m a -
n i z a c i ó n l i n g i í s t i c a d e l país, m i e n t r a s q u e l a c o n q u i s t a f r a n -
c a n o c o n s i g u i ó g e r m a n i z a r m á s q u e las f r a n j a s s e p t e n t r i o -
n a l e ys orientales del territorio.

5-26. A p r e n d i z a j e de lenguas e x t r a n j e r a s

N o d e b e n o l v i d a r s e los c o n t a c t o s l i n g ú í s t i c o s q u e se esta-
b l e c e n i n d i r e c t a m e n t e p o r m e d i o de u n a l i t e r a t u r a . A q u í el
c o n t a c t o p u e d e realizarse a través del t i e m p o si esa lite-
r a t u r a h a s o b r e v i v i d o a l a c o m u n i d a d l i n g i i í s t i c a en l a q u e
se h a b í a d e s a r r o l l a d o . E n a l g u n o s casos p u e d e i m p l a n t a r s e
el a p r e n d i z a j e de u n a l e n g u a e x t r a n j e r a , v i v a o d e s a p a r e c i d a
c o m o l e n g u a h a b l a d a , y se espera q u e a d q u i e r a n s u d o m i n i o
t o d o s l o s j ó v e n e s de c i e r t o n i v e l social. E n el m u n d o a c t u a l ,
l a s p e r s o n a s c u l t a s y l o s especialistas de t o d a s las clases se
v e n e n l a n e c e s i d a d de a p r e n d e r , si n o a h a b l a r l a s , a l e e r
varias lenguas. Se comprende que una lengua extranjera
q u e a p r e n d e n y p r a c t i c a n las clases m á s i n f l u y e n t e s de u n a
n a c i ó n p u e d a d e j a r de s e r u n a l e n g u a e x t r a n j e r a y conver-
t i r s e - e n l e n g u a c o m ú n q u e f i n a l m e n t e e l i m i n a r á , p o r dialec-
t i z a c i ó n y f r a g m e n t a c i ó n , a la antigua lengua nacional. Esto
es l o q u e h a d e b i d o de p a s a r en l a Galia a p a r t i r d e l p r i m e r
s i g l o a n t e s de n u e s t r a e r a .
208 E l e m e n t o s d e l i n g i i t s t i c a general

5-27. Lengua «materna»; bilingiies y unilingiies

E n todas las posibilidades consideradas hasta aquí apa-


recen situaciones bilingiies y p l u r i l i n g i i e s . El examen atento
de estos diferentes casos p e r m i t e descartar. la concepción
ingenua según la cual existiría u n a situación claramente de.
finida llamada «bilingiiismo» en el caso en que u n mismo in.
d i v i d u o manejara dos lenguas con igual perfección, situa-
ción que n o tendría nada c o m ú n con la del individuo que
habla, a veces con g r a n facilidad, una o varias lenguas dis-
tintas de la p r i m e r a que aprendió, la llamada lengua madre.
Conviene hacer n o t a r aquí u n a serie de hechos de experien-
cia y con ello e l i m i n a r algunos p r e j u i c i o s que, favorecidos
p o r el romanticismo, se han i n t r o d u c i d o en el siglo x I x en
la burguesía u n i l i n g i i e de las grandes naciones europeas. La
p r i m e r a lengua que se aprende n o es necesariamente la de
la madre, pero puede ser la de los servidores o de cualquier
o t r a persona en contacto constante con el niño; tampoco
esta p r i m e r a lengua es forzosamente la que hablará con más
facilidad el i n d i v i d u o en la edad adulta. U n niño de cinco
hi años puede en c u a t r o meses a d q u i r i r una segunda lengua y
no ser ya capaz de decir o c o m p r e n d e r una sola palabra de
la primera. Millones de adolescentes en el m u n d o aprenden
a u t i l i z a r una nueva lengua con más seguridad y precisión
que el idioma que han practicado exclusivamente durante su
infancia; bien haya sido este ú l t i m o u n bable, u n dialecto
o una lengua nacional. Es cosa clara que cuanto mayor u t r
lidad y prestigio conserva para el i n d i v i d u o este primer
idioma, menor riesgo c o f r e de d e b i l i t a c i ó n o de dificultad
de uso; parece que la adquisición d e la segunda lengua S€
consigue más lentamente y más i m p e r f e c t a m e n t e cuanto mé-
j o r se mantiene la p r i m e r a . Cuando las dos lenguas quedan
La variedad de los idiomas y de los usos lingilísticos 209
en c o m p e t e n c i a , es n o r m a l q u e en s i t u a c i o n e s d e t e r m i n a d a s
se e m p l e e c a d a u n a de ellas con p r e f e r e n c i a s o b r e l a o t r a y
con más seguridad; u n m é d i c o m e l ó m a n o puede ser p r á c t i :
camente incapaz de conversar sobre m ú s i c a en l a lengua de
l a q u e se s i r v e c o n e x c l u s i v i d a d p a r a el e j e r c i c i o de s u p r o -
f e s i ó n . C o n r e f e r e n c i a a a q u e l l a s p e r s o n a s en las q u e gene-
r a l m e n t e se p i e n s a c u a n d o se usa el t é r m i n o « b i l i n g i i e » , e s t o
es, las p e r s o n a s que han aprendido concurrentemente dos
l e n g u a s d u r a n t e s u p r i m e r a i n f a n c i a , h a y q u e d e c i r q u e es
necesario que se a s o c i e n c i r c u n s t a n c i a s b a s t a n t e excepcio-
n a l e s p a r a q u e l o s dos i d i o m a s se m a n t e n g a n en u n a s i t u a :
c i ó n q u e se a p r o x i m e a l a i g u a l d a d ; e n este caso se d a n c a s i
n e c e s a r i a m e n t e los e m p l e o s p r e f e r e n c i a l e s q u e se h a n i n d i -
c a d o m á s a r r i b a . E l c r i t e r i o de l a p e r f e c c i ó n n o t i e n e c a s i
s e n t i d o , p u e s e n t o d a s las c o m u n i d a d e s l i n g i i f s t i c a s e x i s t e n
u n i l i n g ú e s que emplean f o r m a s que para la m a y o r p a r t e de
su comunidad son i n c o r r e c t a s . E l unilingiie no habla con
p e r f e c c i ó n , s i n o q u e c u m p l e las exigencias del m e d i o am-
b i e n t e i n m e d i a t o e n e l q u e se r e c o n o c e s u p e r t e n e n c i a a l
g r u p o . E s t e es u n c r i t e r i o q u e apenas es u t i l i z a b l e p a r a to-
das las l e n g u a s q u e h a b l a e l p l u r i l i n g ú e , p o r l o m e n o s p a r a
t o d a s a l a vez, p u e s n e c e s i t a c i e r t o t i e m p o p a r a q u e se l e
c o n s i d e r e i n t e g r a d o en u n g r u p o s o c i a l .
H a y en realidad gentes que no usan nunca más que u n
solo c o m p l e j o de habitos lingiifsticos en todas sus comuni-
caciones, que u t i l i z a n siempre la misma estructura fonética,
la m i s m a morfología, la m i s m a sintaxis e incluso e l m i s m o
léxico; éstos son los unilingiies. E l u n i l i n g ú e dispone de cier-
ta l i b e r t a d que le ofrece la estructura de su lengua, puede
e m p l e a r diferentes estilos. Puede decir, teniendo e n cuenta
el i n t e r l o c u t o r y las circunstancias, viene el padre del señor
conde, -o b i e n viene tu padre. Pero, p o r otra parte, h a y tam-
b i é n gentes que, c o n m e j o r o peor resultado, son capaces de
E, DB L I N G U Í S T I C
? 1A4,
210 Elementos de linglística general

usar en un mensaje un código y de cambiarlo totalmente en


el siguiente, esto es, emplear una fonología diferente y una
sintaxis diferente. Éstos son bilingiies y, si disponen de
más de dos códigos, plurilingiies cualquiera que sea el grado
de perfección que alcancen en el manejo. de cada uno de
estos idiomas.

5-28. L a interferencia.

E l p r o b l e m a que se-lep l a n t e a . a q u í . a l lingilista es el de

saber en q u é m e d i d a el. b i l i n g ú e consigue mantener separa»


das en todos sus detalles las dos estructuras lingiifsticas con
las q u e é l opera. alternativamente. E n principio, los signos
de cada lengua f o r m a n u n a estructura sui, generis, es decir,
onen unos a o t r o s de u n m o d o particular, d e mane
que se op
encia semántica exacta de'una len-
a que n o h a y correspond
el bilingiie anglohispano 20 puede
gua a otra. S i n . e m b a r g o ,
d e j a r de-ser sensible al hecho de que en Jag r a n mayoría d e
los casos en que dice perro en cuna lengua, debe decir 408
en la otra. Esto puede conducir a identificarcompletamente
perro y dog de tal manera que todas las situaciones,todos
los hechos de experiencia que sugieren dog en uno delos
registros, suscitan perro en el otro. Esto conduce, por ejem-
plo, a emplear perro caliente sobre el modelo hot-dog w n
Francfort. El res
designar un sandwich de salchicha de
tado es, en cierto ?modo, una unidad de significado ción
con dos significantes. En el plano de la segunda a e
sucede con frecuencia que el bilingúe identifica un fon
de una lengua con. otro de otra y los articula idéntcam ex
Muchos bilingiies anglohispanos en los Estados Unidospue
tifican la /h/ del inglés con la jota española,cuya Jaci
ciación varía entre [h] y [x] de tal modo qué su ¡den
del inglés have varia de [hev] a [xev], Sin duda estas?

eee
La variedad de los idiomas y de los usos lingiiísticos 211

tificaciones semánticas o f ó n i c a s n o son automáticas y l o s


bilingúes cultos consiguen evitarlas. Pero representan u n a
economía t a n grande y p o r ello son tan naturales, que sólo
p o r m e d i o de u n constante cuidado de conservar i n t a c t a s
ambas estructuras puede el b i l i n g i i e esperar excluir de su
c o m p o r t a m i e n t o l i n g i í s t i c o tales identificaciones. Realmen-
te n o existen más que algunos v i r t u o s o s capaces de m a n e j a r
dos o más lenguas sin que se p r o d u z c a n n u n c a en ellos los
fenómenos que se designan con el n o m b r e de i n t e r f e -
r e n c i a lingiíística. L a interferencia se manifiesta en todos
los planos de las lenguas e n contacto y en todos los grados;
en el d o m i n i o del léxico determinará, además de las exten-
siones de sentido o de empleo (véase más a r r i b a l a extensión
del empleo de p e r r o ) , el préstamo p u r o y simple de u n signo
( u n l i v i n g - r o o m , u n f i l m , u n western), el calco, es decir l a
c o m b i n a c i ó n de dos signos existentes según u n m o d e l o ex-
t r a n j e r o ( f i n de semana según el modelo week-end, auto-
pista, francés autoroute, alemán Autostrasse, según el m o -
delo del i t a l i a n o autostrada), el calco de a p r o x i m a c i ó n (ras-
cacielos, francés gratte-ciel p o r sky-scraper, franco-canadien-
se v i v o i r del inglés living-room) y la correspondencia d e
sentido (sala de estar, francés de hoy [salle de] séjour, em-
pleado como equivalente de living-room). E n todos los casos
que preceden se t r a t a de hechos de interferencia fijados casi
en la lengua que recibe el préstamo, es decir, en el u s o de
los unilingiies, hechos que no son ya la manifestación de u n
c o m p o r t a m i e n t o l i n g i í s t i c o i n d i v i d u a l como lo es, p o r ejem-
plo, solver p o r resoudre en la práctica de u n b i l i n g i i e franco-
inglés. Pero el empleo, atestiguado en los unilingiies, de i l
est supposé ( s o r t i r ) , p o r i l semble ( q u ' i l s o r t i r a ) , calcado del
inglés he's supposed ( t o go o u t ) , i l u s t r a m u y bien el proceso
que lleva desde la interferencia en el bilingiie hasta l a adop-
c i ó n p o r l a comunidad.
En ma t e r i a f ó n i c a u n a i n t e r f e r e n c i a , s e g ú n a
conducir a ampliar e l campo de vie,
fonema (inglés / h /c u y a s variaciones 9 entendese
hasta (x)). P e r o puedei g u a la f e mc t aer enlsistema
t e th)

dos fonemas diferentesd e unal e n g u as o n confundidas y =


»
g u i r e l modelo d e o t r a l e n g u a d i f e r eAlgunos
n t eb .i ;
anglo-hispanos, cuyo fonema / y / varía em español de [ y ] ,
( d j ) y [d2) (yo se pronuncia en consecuencia [jo] (4jo] a
(d%0)), confunden los fonemas l y ) y 18/ (pronunciado( aay
del inglés y, por tanto, palabrasc o m o y e t y fet que sea
nunciadas ambas indiferentements Chet]. ( j e t ) , ( t e r ) ,
En sintaxis, las interferencias que proceden de lenguss
de orden fijo, es decir, lenguas en las que la función de les
sintagmas está con mucha frecuencia indicada por mu pos
ción en el enunciado, son muy frecuentes hacia lenguas de
orden libre, es decir, aquellas en las que los diferentes de
terminantes del predicado están caracterizados por medio de
monemas funcionales específicos. E] bilingtle franco-ruso ne
tiene ningún impedimento para colocar automáticamente sus
acusativos rusos en las posicionesexigidas porlos comple
mentos directos en francés, ya que la identificación de fu»
ciones no queda afectada, aunque el ruso así tratado adquir»
r á u n a dureza insólita. Debe t e ne n e cuentaque
r s e
mismobilingiie no podría servirsee n francésde las lbert»
des sintácticas del ruso, porque c o n d u a c li arconfusión
í a n
de funciones. En la expresión de las funciones, lasinterfere»
cias no se manifestarán tanto por la de mone
mas de una lengua a otra, aunque de hecho exista (d p r o
adoptada por varias lenguas europeas en los slntog"*
tipo livre d dix francs), como por los calcos (empleo eS
de at, equivalente corriente de francés A para d i
precio: books at a dollar each). Decir, como se
cuen temente, que los hechos de estructura IDO rfologica ©
L a v e r i e d a d d e l o s ¡Nirrmar y de l o s usos i n g ú i s t i c o s 1 9
A A A rr N N
s o n objetod e préstamo e q u el o s o n e n m u y escasamedión,
n o e s m é s q u e c o m p r o b e r que e l bilingdeencuentra para e n e
lizaru n a ama!garme bes mismas di?cultadesq u e encontraria
u a u n i l i n f ú e y q u e p o t r a n s f e r e d e u n a lengua a o t r a m á s
q u e m o n e m a s f o r m a bli e m n delimitados.
e n t e

$-29. La i n t e r f e r e n c i a a b a r c a t o d o sl o s hechos d e p r é s t a m o

S e Tecará a u n a d e f o r m a c i ó n d e l o s h e c h o s s l s e t i e n e l a
o b s t i n a c i é n de d i s t i n g u i r entre prestamos vulgares y p r e s
tamos cultos i d e n t i f i c a n d o los p r i m e r o s c o n las i n t e r f e r e r »
cias entre dos comunidades l n g i í s t i c a s contemporáneas y
los segundos c o n las adquisiciones de léxico sacadas de l e m
g u a s antiguas q u e s o e m p l e a n c o n f i n e s diversos paralela»
m e n t e a l a s lenguas d e c a d a comunidad l i n g i l í s t i c a , L a h i s
toria de palabras francesas tan d i s t i n t a s c o m o h a l r , ange,
sucre, causer, f r a c t i o n , théorle, abeille, redingote, r a i l s u p e
ne b i l i n g i i i s m o e i n t e r f e r e n c i a o, más exactamente, situacio-
nes bilingiies y períodos de i n t e r f e r e n c i a d i s t i n t o s d e l o s q u e
e s p r e c i s o s u p o n e re n e l nacimiento m i s m o d e l a l e n g u a ,
c u a n d o poblaciones galas d e l c e n t r o y l a m i t a d n o r t e d e l
h e x á g o n o que forma l a Franciad e h o y h a n a p r e n d i d o e n e l
c u r s o d e v a r i o s s i g l o s a h a b l a r e l l a t í n c o n c u r r e n t e m e cnot e
n
su lengua n a t i v a céltica. Ésta es l a i m p o r t a n c i a de l o s fenó-
menos de c o n t a c t o d e l e n g u a s c u a n d o s e t r a t a d e precisar
d e qué m o d o c a m b i a n l a s l e n g u a s e n e l t i e m p o ,
Capítulo 6 e
teo

LA EVOLUCION DE LAS LENGUAS .

I. CAMBIO SOCIAL Y CAMBIO LINGUÍSTICO

6-1. T o d a s las l e n g u a s e s t á n c a m b i a n d o e n t o d o m o m e n t o

Un f r a n c é s n o necesita m á s que h o j e a r l a Chansond e


Roland o, sin i r tan lejos, leer a Rabelais o Montaigne en el
texto original, para convencerse de que las lenguas cambian
en el curso del tiempo. Nadie, sin embargo, tiene la impre
s i ó n de quel a lengua que habla cambiadurantes u v i d a o de
que las diferentes generaciones que conviven no se expresan
de manera uniforme. La estabilidad de la forma escrita, el
carácter conservador de la lengua oficial y literaria, la in-
capacidad en que se encuentran las personas de recordar
cómo hablaban ellas mismas diez o veinte años antes, todo
esto concurre a crear en ellas la convicción de la inmovill-
dad y homogeneidad del idioma que utilizan. Además tic
Ben, naturalmente, tendencia a no percibir aquello que pu:
diera contribuir a retrasar la comprensión del mensaje y 1
Ignorar toda divergencia que no impida esta comprensión:
l a evolución d e l e s leopuss n9
y o pronuncio calle o r a uma ( 1 ) y m á i n t e r l o promencia c u t o r
c o s [ + ] . el m e p r e g a s t a ¿ 0 s e u m a e s t o calle?, e u n »
prendo I n m e de l sentido . s dt e me a pregunta
m e y- n et N R eO
tiempo p a r a d a r m e c u e n t ad e q u e premmaciac a l l e d e m o d e
distinto al que y o prenuncio.
Nin embargo, es u n h e h e q u e todas l a s lenguas e s t á n e N
t o d o momento e a e s t a d o d e evolución.E o s u b . i o n t e exam
nar los p o r m e n o r de se mm f u n c i o n ap amr ai d ee snc ut b or i
l o s procesos diversos q u é p u e d e n c o n d u c i r a l a r g o p l a s e &
hacerlas irreconocibles. Puedoc e m b i a r t o d o e n u n a Jengua,
l a forma ye l v a l o r d e l o s monemas,e s d e c i r , l s m o r f o l o g í a
y e l léxico; e l o r d e n d e l o s monemase n el enunciado, e s t o
es, l a s i n t a x i s ; l a naturaleza y l a s coedicionesd e e m p l e o d e
l a s unidadesdistintivas, e s d e c i r , l a f o n o l o g í a . Aparecen f o
n e m a s nuevos,palabrasmuevas, construcciones nuevas, m i e n
t r a s q u e unidadesantiguas yg i r o s antiguos p i e r d e ns u f r o
c u e n c i a y c a c a e n e l ohvido. E s t o s e p r o d u c es i n q u e l o s
hablantes t e n g a n munca l a sensaciónd e q u e l a l e n g u a q u e
h a b l a n y ques e h a b l a a s u a l r e d e d o r d e j e d e s e r i d é n t i c a
m e n t e l a misma. ,
P a r a simplificar nuestro a n á l i s i s vamos a suponezq u e l a
l e n g u a e n e v o l u c i ó n e s l a d e u n a comunidad g s t r i c t a m e n t e
u n i l i n g ú e y perfectamente homogénea,e n e l s e n t i d o d e q u e
l a s d i f e r e n c i a s que s s podrían establecer e n e l l a n o c o r r e »
p o n d e r í a n m á s q u e a estadios sucesivosd e u n m i s m e u s o
y n o a u s o s concurrentes.Desde Juego, e s t o n o corresponde
apenas a l a r e a l i d a d t a l corno s e puede observar, p o r ejem
plo, e n e l francésh a b l a d o e n P a r í s , donde s e mezclan i o
f u e d etno d co t i pi o ya donde s existen c o n c u r r e n t e m euns toes
d e d i v e r s o o r i g e n s o c i a l y geográfico. E s , p u e s , necesario
a q u í , comol o h e r w s h e c h o m á s a r r i b a e n l a descripción,
d e j a r aparte estas variaciones y s u p o n e r u n a homogeneidad
q u e s o l o m u y excepcionalmente p o d r í a realizarse,
216 E l e m e n t o s de tingilistica general

6-2. Innovaciones lexicales y sintácticas

Se puede p a r t i r de que la evolución de una lengua se


halla bajo la dependencia de la evolución de las necesida.
des comunicativas del grupo que la emplea. Naturalmente,
la evolución de estas necesidades está en relación directa
con la evolución intelectual, social y económica de este gru-
po. El hecho es evidente en lo que se refiere al desarrollo
del léxico. La aparición de nuevos bienes de consumo trae
consigo la de nuevas designaciones; los progresos en la di.
visión del trabajo han tenido como consecuencia la creación
de nuevos términos correspondientes a las nuevas funciones
y a las nuevas técnicas. Esto va emparejado con el olvido
de los términos que designan objetos y técnicas abando-
nadas,
Es excepcional que la designación de nuevos objetos o
de nuevas técnicas conduzca directamente a la aparición de
nuevos monemas, a no ser que los términos vengan presta:
dos de otra lengua, lo que de momento no vamosa tratar.
Los hablantes proceden la mayor parte de las veces a la es-
pecificación de un monema o un grupo de monemas que ya
existen por medio de uno o varios monemas igualmente
tradicionales: caja, caja de cambio, caja de cambio automd-
fico. Esto no constituye, evidentemente, mds que un aspecto
particular del fenédmeno lingiifstico fundamental de la p r t
mera articulación según la cual una experiencia específica
se articula en una sucesión lineal de elementos menos espe
cíficos y polivalentes. Esto implica que la necesidad de desi8?
nar nuevos objetos o nuevas experiencias traería consigo 70
sólo una ampliación del léxico, sino, sobre todo, un Crec

miento de la complejidad de los enunciados; en presenc


del barco de Papin se pudo decir «ce bateau marche a
La evolución de las lenguas 217

vapeur» c o m b i n a n d o monemas preexistentes según u n es-


quema tradicional. Pero u n a vez q u e esta invención se hace
de uso corriente es preciso n o solamente consignar l a con-

junción posible del v a p o r y de la l o c o m o c i ó n en el agua,


sino también caracterizar las relaciones que se establecen
entre l a nueva m á q u i n a y otras realidades observables. Se
debe poder decir «le b a t e a u q u i marche A l a vapeur...» o «le
bateau á vapeur...», para t e r m i n a r con «le vapeur...». Los re-
finamientos sintácticos que representa l a oración de r e l a t i v o
o el uso calificativo del adjetivo son, s i n duda, más anti-
guos 'que l a m á q u i n a de vapor, pero el ejemplo precedente
indica cómo h a n podido nacer p o r la presión de necesidades
técnicas. De la comparación de las lenguas indoeuropeas se
deduce que l a oración de relativo es u n a adquisición tardía,
y la observación sincrónica i n d i c a que el tipo de expansión
que representan las oraciones subordinadas n o se impone
en algunas comunidades lingiiísticas más que p o r la presión
de nuevas necesidades introducidas p o r la cultura occidental.

6-3. A p a r i c i ó n de nuevas funciones

U n c r e c i m i e n t o d e l a c o m p l e j i d a d de las r e l a c i o n e s hu-
manas t r a e r á c o n s i g o n e c e s a r i a m e n t e u n a p e r c e p c i ó n m á s
aguda de l a v a r i e d a d de relaciones e n t r e los d i f e r e n t e s ele-
mentos de l a e x p e r i e n c i a c o m u n i c a b l e . E s t o d e t e r m i n a r í a e l
disponer de m e d i o s lingúísticos destinados a caracterizar
estas relaciones, es d e c i r , l a a p a r i c i ó n de nuevas f u n c i o n e s .
Los nuevos i n d i c a d o r e s de f u n c i ó n (preposiciones, c o n j u n -
ciones, l o c u c i o n e s p r e p o s i t i v a s o c o n j u n t i v a s ) se f o r m a n a
p a r t i r de e l e m e n t o s a u t ó n o m o s . Éstos p u e d e n s e r m o n e m a s
a u t ó n o m o s (inglés u p en he w e n t up, u p he w e n t , e m p l e a d o
como f u n c i o n a l e n u p the h i l l ) o b i e n sintagmas a u t ó n o m o s
218 E l e m e n t o s de lingiiística general
A A A general
(francés sans égard [ p o u r ] ) . E n l a s lenguas en las que lo
monemas funcionales tradicionales están amalgamados con
modalidades y son inseparables de los elementos cuya fun.
cién caracterizan (lenguas con declinaciones), los nuevos in,
dicadores de función (con frecuencia antiguos adverbios
completamente independientes) tienen un comportamiento
formal propio. Sin duda, algunas funciones pueden estar ca.
racterizadas durante mucho tiempo p o r la combinación de
un monema funcional libre y de un monema funcional
amalgamado (in urbem, in urbe, in die Stadt, in der Stadt);
pero la evolución tiende a la eliminación del .monema fun.
cional amalgamado con transferencia de ?la distinción al
predicado (él entra en la ciudad, él está en la ciudad) o al
monema funcional: libre (inglés into the city, in the city).

6-4. Sólo interesa al l i n g i i i s t a la causalidad interna

L o que se acaba de decir sobre la expresión de funciones


sirve de explicación a las repercusiones a largo plazo que
producen los cambios de la e s t r u c t u r a social en la estructu:
ra de l a lengua. Es i m p o r t a n t e destacar que la aparición y
la extensión de nuevos monemas funcionales de comporta-
miento f o r m a l p r o p i o son l a f u e n t e de u n desequilibrio que
puede resolverse p o r e l i m i n a c i ó n completa de u n rasgo central
de la estructura tradicional; p e r o esta eliminación necesitará
siglos, incluso milenios para realizarse. Esto quiere decir
que las consecuencias lingiiísticas de u n c a m b i o social actúan
a l o largo del tiempo, que e n t r a n en c o n f l i c t o con las inno-
vaciones aportadas p o r nuevas etapas de la evolución de la
sociedad y que necesariamente establecen con ellas un m o
dus vivendi que es l a e s t r u c t u r a m i s m a de la lengua en cada
momento de su evolución. D e c i r esto es i g u a l que decir cuán
La evolución de las lenguas 219
MA
difícil es precisar c o n e x a c t i t u d la causalidad de los cam-
bios lingiiísticos p a r t i e n d o de las reorganizaciones de l a es-
tructura social y de las modificaciones de las necesidades
comunicativas que de ellas resultan. Los lingiiistas, después
de reconocer l a i n f l u e n c i a decisiva de l a e s t r u c t u r a social
sobre Ja e s t r u c t u r a de l a lengua, n o tienen p r o b a b i l i d a d de
alcanzar cierta exactitud mas que si l i m i t a n su examen a u n
período bastante restringido de l a evolución de u n a lengua
y se contentan con señalar en la lengua m i s m a las huellas de
influencias exteriores y las reacciones en cadena que estas
influencias h a n podido p r o d u c i r en dicha lengua sin remon-
tarse a los eslabones prelingitísticos de l a causalidad. Cier-
tos rasgos de l a lengua estudiada deben ser necesariamente
considerados como hechos cuya existencia n o se puede jus-
tificar más que c o n l a ayuda de hipótesis incomprobables.
El verdadero o b j e t o de l a investigación lingiiística es, pues,
aquí el estudio de los conflictos que e x i s t e n . e n el i n t e r i o r
de l a lengua dentro del cuadro de las necesidades perma-
nentes de los seres humanos que se comunican entre sí p o r
medio del lenguaje.

II, ECONOMÍA DB LA LENGUA

6-5. La ley del menor esfuerzo

S e puede considerar que l a evolución lingiifstica esta re-


gida p o r l a a n t i n o m i a permanente entre las necesidades de
comunicación del h o m b r e y su tendencia a r e d u c i r al míni-
mo su actividad mental y física. E n esto, como en otras co-
sas, el c o m p o r t a m i e n t o h u m a n o está sometido a l a ley del
220 Elementos de lingiitsticg general
menor esfuerzo, según l a c u a l el h o m b r e no gasta sus fu
zas más que en l a m e d i d a e n q u e puede alcanzar los fi e
que se h a fijado. Se puede o b j e t a r que la actividad human,
en general y l a a c t i v i d a d l i n g t i f s t i c a en p a r t i c u l a r puedens e r
u n fin en sí mismas, u n j u e g o : l a c h a r l a es con frecuencia
u n a actividad s i n o b j e t o q u e n o t i e n d e realmente a la c o
municación, sino más b i e n a u n a especie de comunión, lo
que es m u y diferente. Pero esto n o i m p l i c a que la evolución
lingiifstica n o esté r e g i d a p o r l a l e y del m e n o r esfuerzo. En
efecto, el juego sólo satisface a l j u g a d o r en tanto éste res.
peta sus reglas, y las reglas del lenguaje están dictadas por
los empleos de c o m u n i c a c i ó n d e l i n s t r u m e n t o lingiñístico.
E n cada estadio d e l a evolución se produce u n equili.
b r i o entre las necesidades de l a comunicación, que exigen
unidades más numerosas y más específicas, cada una de las
cuales debe aparecer c o n m e n o r frecuencia en los enuncia-
dos, y l a i n e r c i a d e l h o m b r e que e m p u j a a l empleo de un
n ú m e r o r e d u c i d o de unidades de v a l o r más general y de em-
pleo más frecuente.

6-6. E c o n o m í a s i n t a g m á t i c a y economía paradigmática

Para remediar l a falta de especificidad de un término exis-


te, naturalmente, otro medio distinto de su sustitución; se
puede especificar un término bastante general añadiéndole
otro término que también es bastante general. Los términos
máquina y lavar tienen ambos u n amplio campo de empleo,
pero una máquina de lavar es u n objeto bien definido. Para
conseguir satisfacer sus necesidades de comunicación, los
hombres pueden elegir entre el aumento del número de las
unidades del sistema (el ama de casa puede hablar de su
Bendix, p o r ejemplo) o el aumento del número de unidades
La evolución de las lenguas 221
N Ó
empleadas en l a c a d e n a h a b l a d a ( e l a m a d e casa d i r á e n t o n -
ces « m i m á q u i n a de l a v a r » ) . E n e l p r i m e r c a s o h a y e c o n o m í a
s i n t a g m á t i c a ; u n m o n e m a , en l u g a r de t r e s , las d o s s í l a b a s y
siete f o n e m a s d e / b e n d i k s / , e n l u g a r d e las seis s í l a b a s y
los t r e c e f o n e m a s d e / m a k i n a d e l a b a r / . E n e l s e g u n d o caso
hay e c o n o m í a p a r a d i g m á t i c a , p u e s t o q u e se e v i t a a ñ a d i r u n a
unidad nueva a la lista de sustantivos que e l hablante debe
retener y e n t r e los cuales debe elegir c u a n d o habla. L o que
en p r i n c i p i o d e t e r m i n a l a e l e c c i ó n f i n a l de u n a u o t r a s o l u
c i ó n es l a f r e c u e n c i a d e l e m p l e o . S i sucede q u e el o b j e t o es
mencionado con una gran frecuencia, es m á s e c o n ó m i c o
a d o p t a r u n a d e s i g n a c i ó n c o r t a , i n c l u s o si esto t r a e c o n s i g o
u n r e c a r g o d e l a m e m o r i a . P o r e l c o n t r a r i o , si es r a r o q u e se
designe e l o b j e t o n o m i n a l m e n t e , es m á s e c o n ó m i c o n o c a r g a r
la m e m o r i a y c o n s e r v a r l a f o r m a larga. N a t u r a l m e n t e , e n t r a n
en j u e g o o t r o s f a c t o r e s . E n el e j e m p l o u t i l i z a d o , B e n d i x t i e n e
d e s v e n t a j a c o n r e l a c i ó n a l a f o r m a larga, p o r q u e n o d e s i g n a
más q u e l a s m á q u i n a s d e l a v a r de c i e r t a m a r c a , y o t r a a m a
de casa h a b l a r á d e s u B r u o d e s u Otsein. E n m u c h o s casos
l a d e s i g n a c i ó n b r e v e , q u e c o n s i s t e e n u n m o n e m a ú n i c o , es
u n a f o r m a a b r e v i a d a de l a f o r m a l a r g a s i n t e n e r en c u e n t a
su e t i m o l o g í a : c i n e o c i n e m a p o r c i n e m a t ó g r a f o , m e t r o p o r
f e r r o c a r r i l m e t r o p o l i t a n o , y esto es s u f i c i e n t e p a r a i m p e d i r s u
generalización en u n a c o m u n i d a d tradicionalista.
L o q u e se p u e d e l l a m a r e c o n o m í a de u n a l e n g u a es esta
búsqueda permanente de equilibrio entre las n e c e s i d a d e s
c o n t r a d i c t o r i a s q u e es n e c e s a r i o s a t i s f a c e r ; n e c e s i d a d e s co-
m u n i c a t i v a s p o r u n a p a r t e , i n e r c i a de l a m e m o r i a e i n e r c i a
a r t i c u l a t o r i a p o r l a o t r a p a r t e (estas dos ú l t i m a s e n c o n f l i c t o
permanente); e l j u e g o de t o d o s estos f a c t o r e s se h a l l a li-
m i t a d o p o r diversos tabús que tienden a congelar la lengua
desechando t o d a i n n o v a c i ó n demasiado evidente.
222 Elementos delingiitsticg gene
ral

6-7. Sólo la c o m u n i c a c i ó n da f o r m a a la len


gua

Para c o m p r e n d e r c ó m o y p o r q u él a s 1 cam
es necesario convencerse de que todo enunciado tod rian
mentó de enunciado exige al hablante un gasto de E
mental y física. Este gasto puede parecer insignificant
que intenta observarlo en sí mismo en circunstancias e al

males de la vida cuando el deseo de comunicar o de m l


sarse lo equilibra m u y exactamente. Pero un estado de gran
cansancio hace ver, incluso al más locuaz, que la elección
de la palabra adecuada y del fonema correcto, hasta el siny
ple uso de los órganos de la articulación, aumentan de modo
m u y perceptible la impresión de fatiga. Hay momentos en los
que «no se encuentran las palabras», otros en los que pre
valece una fatiga propiamente física, y lo que se dice se hace
confuso p o r diferenciación insuficiente de los foriemas su-
cesivos.
Se a d m i t e gustosamente este gasto de energía para la
satisfacción de las necesidades de comunicación. Las nece:
sidades que se satisfacen p o r m e d i o del empleo del lenguaje
s o n diversas, según sabemos. Pero todas ellas suponen una
u t i l i z a c i ó n de u n a lengua cuyas particularidades están deter-
minadas p o r el empleo que se hace de ella con fines comu:
nicativos. U n a lengua es u n i n s t r u m e n t o cuya organización
revela que se ha f o r m a d o en el curso del tiempo para Sa
tisfacer estos fines y que la perpetuación de su funciona-
miento está garantizada p o r su empleo para estos fines. Los
usos comunicativos del lenguaje son los que deben retener
nuestra atención si queremos descubrir el condicionamiento
de los cambios lingiiísticos. L o que entonces comprobamos
y podemos f o r m u l a r no vale necesariamente pará los enun
ciados lingtifsticos que n o b u s c a n la comunicación. Pero V?
La evolución de las lenguas 223

mos a o l v i d a r intencionadamente estos ú l t i m o s p o r estar c a l


cados de los enunciados comunicativos y mo ofrecer nada
que no p u d i é r a m o s encontrar en éstos. E n otros términos,
los rasgos que podríamos c o m p r o b a r en los enunciados n o
comunicativos son los que encontramos en los mensajes
reales. Pero mientras que en estos ú l t i m o s están constante
y estrechamente determinados y controlados p o r la necesi:
dad de t r a n s m i t i r el mensaje, en las f o r m a s más o menos
disimuladas del soliloquio no tiene otras garantías de inte-
gridad que el deseo de representar l o m e j o r posible l a co-
media de la comunicación.
Una vez dicho esto, podemos establecer que l a energía
gastada con fines lingilísticos tiende a ser p r o p o r c i o n a l a la
cantidad de i n f o r m a c i ó n transmitida. E n t é r m i n o s más sim-
ples y más directos, podemos decir que, cuando se habla
para hacerse entender, se gasta solamente en l a medida en
la que parece i m p o r t a r l o que se dice.

6-8. La redundancia

Tomadas al pie de la letra estas afirmaciones, parece que


implican que no puede subsistir en una lengua nada que n o
aporte una contribución determinada a l a comunicación y
también que cada elemento del enunciado exige u n esfuerzo
de p r o d u c c i ó n estrictamente proporcional a l a f u n c i ó n que
cumple. De hecho, todo esto, que es correcto considerado
absolutamente, n o es compatible con las circunstancias en
las que se ejerce la actividad de l a comunicación. Los inter-
cambios lingúísticos se p r o d u c e n casi .constantemente en
condiciones que están lejos de ser ideales. Es absolutamen-
te excepcional que se realicen en u n silencio absoluto; nor-
malmente se habla teniendo como fondo r u i d o s diversos,
rumores confusos, estruendos de motores, b r a m i d o s del m a r
224 Elementos de lingitsticg gen
o del viento, a lo m e jo r trinos de pájaros o m l
os d
males. Además es f r e c u e n t e que l a a t e n c i ó n del o
© ani.
repartida entre el mensaje que se i n t e n t a t r a n s m i t i r esté

preocupaciones personales, P o r ello el mensaje lina2 Sus


normal n o puede ser «telegráfico» o mínimo. L a s ba t a n ?
son rara vez tan cortas como p o d r í a n serlo si cada fom s
llenara con seguridad en todos los casos su funcién dist a
tiva; incluso fuera de t o d o contexto, vocabulario no tiene
necesidad de su p a r t e f i n a l - l a r i o p a r a distinguirse de las
demás palabras de l a lengua. Parece que una economía es.
t r i c t a debiera r e c l a m a r que n o se u t i l i c e n palabras de tres
o más de tres fonemas hasta que n o se hayan empleado to-
das las combinaciones d e dos fonemas, Ahora bien, en fran-
cés, donde las palabras de dos fonemas son especialmente
numerosas, de las dieciocho combinaciones posibles de con-
sonante + / @ / n o se u t i l i z a mds que una, a saber, jeun. Las
necesidades prácticas de l a c o m u n i c a c i ó n exigen que la forma
lingúística sea a m p l i a m e n t e r e d u n d a n t e , constantemen-
te y en todos los planos. .
. a
Esta redundancia, que es indispensable para el ejercicio
del lenguaje, es también indispensable cuando el niño trata
de adquirir el lenguaje de las personas que le rodean. Sin
duda el niño está condicionado a asociar ciertos sonidos
a ciertos hechos de experiencia, p o r ejemplo, los sonidos
[kabalo] con la percepción del animal caballo. De este modo
aprende muchos elementos de la lengua, pero no es raro
que adquiera palabras identificándolas en series de conteX
tos que acaban p o r delimitarle el sentido del término; y
decir a un hermano mayor: «mamá, tengo hambre; O N
un trozo de pan»; a su padre; «tengo hambre»; ¿cuándo er.
la comida?; refiriéndose a l gato: «tiene hambre; dale °dos
Todos estos enunciados son redundantes porque 5 ° m i
veces el deseo de tomar alimento, y esta redundancia P

e e
La evolución de las lenguas 225
A
a A A A A A q AAA

te al pequeño testigo i d e n t i f i c a r l a palabra hambre. E s t o


vale también p a r a el a d u l t o , cuando encuentra u n a p a l a b r a
nueva, sea en su p r o p i a lengua o en u n a lengua extranjera.
El artículo del diccionario, que es el ú l t i m o recurso en este
caso, n o es, al f i n y a l cabo, nada más que u n a redundancia
sistemática: «danza... baile, acción de b a i l a r y sus mu-
danzas».
La necesidad f u n d a m e n t a l de mantener esta redundancia
es uno de los factores que es preciso no p e r d e r de vista
cuando se e x a m i n a n las condiciones de la evolución l i n g i í s -
tica. N o v a r í a nada esta situación el hecho de que el m a n t e
nimiento de u n c i e r t o e q u i l i b r i o entre energía gastada e in-.
formación t r a n s m i t i d a determine en u n a g r a n m e d i d a el
sentido y l o s detalles de esta evolución.

111. INFORMACIÓN, FRECUENCIA Y COSTE

6-9. L a teoría de la i n f o r m a c i ó n y el lingúista

Los ingenieros de telecomunicación han' encontrado el


medio de c a l c u l a r la cantidad de i n f o r m a c i ó n t r a n s m i t i d a ,
una vez que h a n sido determinados el n ú m e r o de unidades
del sistema y l a p r o b a b i l i d a d de cada una de estas unidades.
En sus esfuerzos p a r a r e d u c i r los gastos de transmisión de
mensajes, h a n m e d i d o e l coste de la i n f o r m a c i ó n en f u n c i ó n
del sistema de señales empleado: alfabeto Morse, alfabeto
corriente (26 unidades), números (10 unidades), sistema bi-
nario (dos. unidades). Las constantes que han llegado a de-
ducir son de interés i n m e d i a t o para el lingiiista. Pero p a r a l a
solución de p r o b l e m a s planteados p o r l a evolución lingúiísti-
ca es r a r o que se puedan u t i l i z a r p u r a y simplemente las
E , DB L I N G U Í s T I?C 1A5.
226 E l e m e n t o s de lingilística general

f ó r m u l a s e l a b o r a d a s p o r los i n g e n i e r o s . E n e f e c t o , estas f é r -
mulas consiguen s u e x a c t i t u d al s i m p l i f i c a r l o s d a t o s con
a r r e g l o a sus n e c e s i d a d e s . D e este m o d o e l c o s t e de u n a pa-
l a b r a está c a l c u l a d o e n f u n c i ó n d e l n ú m e r o d e l e t r a s q u e
c o n t i e n e s u f o r m a e s c r i t a o d e l n ú m e r o d e f o n e m a s de q u e
se c o m p o n e ; c o n o t r a s p a l a b r a s , se j u z g a q u e c a d a u n a de
las u n i d a d e s m í n i m a s , l e t r a s o f o n e m a s , t i e n e e l m i s m o coste
q u e c u a l q u i e r a o t r a . E s t o se a d a p t a s i n d u d a m u y b i e n a las
c o n d i c i o n e s r e a l e s de c i e r t a s t r a n s m i s i o n e s , p e r o n o puede
s e r v i r p a r a las c o n d i c i o n e s c o r r i e n t e s d e los e m p l e o s gráfi-
cos o f ó n i c o s d e l a s l e n g u a s . Si, c o m o e s a d m i s i b l e , i d e n t i f i -
c a m o s c o s t e y energía, n o se p o d r í a a f i r m a r q u e e n l a escri-
t u r a c u r s i v a e y f t e n g a n e l m i s m o c o s t e . C o n r e s p e c t o a los
f o n e m a s , q u e s o n los q u e n o s i n t e r e s a n d i r e c t a m e n t e , pode-
m o s p r e g u n t a r n o s c ó m o sería p o s i b l e m e d i r y c o m p a r a r la
e n e r g í a e x i g i d a p o r l a p r o n u n c i a c i ó n d e [ a ] y l a de [ f ] . T o d o
l o m á s q u e p o d e m o s s u p o n e r es q u e l a p r o n u n c i a c i ó n de / d a r /
p i d e , p o r t é r m i n o m e d i o , m á s e n e r g í a q u e l a de / d a / , es
d e c i r , q u e s i e n d o t o d a s las d e m á s c i r c u n s t a n c i a s iguales, u n
fonema suplementario exige un gasto suplementario de
energía.
L o que, en estas condiciones, debemos t o m a r de la teoría
de l a i n f o r m a c i ó n , e n t r a a m p l i a m e n t e en el campo del sentido
común. Se trata de i n d i c a r o i l u s t r a r cómo y en qué sentido
la variación de ciertos factores es capaz de p r o d u c i r la de
otros elementos. Estas variables son el n ú m e r o de unidades
entre las que el l o c u t o r elige en u n p u n t o del enunciado. La
p r o b a b i l i d a d de las unidades expresadas p o r su f r e c u e n
c i a , el c o s t o de cada u n i d a d q u e representa, además de
la energía necesaria p a r a su realización, l o que sé
l l a m a r gasto de almacenamiento en l a m e m o r i a , y, por ú l
timo, l a i n f o r m a c i ó n que a p o r t a cada u n i d a d . -
La evolución de las lenguas 227
" m__?__?5 02 _ ? ? ? ? ? ? o a o

6-10. La información

Es p o r t a d o r de i n f o r m a c i ó n todo lo que tiene p o r efecto


reducir l a i n c e r t i d u m b r e eliminando ciertas posibilidades.
Si oigo decir / é l ha p . . . / , / p . . . / no contiene significación en-
sí m i s m o , p e r o es p o r t a d o r de i n f o r m a c i ó n en t a n t o que
excluye toda clase de enunciados posibles, como él h a dado,
él ha bebido. Si a ese enunciado cortado se añade / r / ( / é l h a
p r . . . / ) , l a inseguridad se reduce nuevamente, puesto que
quedan excluidos él ha pagado, él ha pedido, etc..., lo que
indica que / r / está dotada de i n f o r m a c i ó n . E n consecuencia,
la i n f o r m a c i ó n n o es u n a t r i b u t o de la significación, puesto
que unidades n o significantes, como / p / y / r / , p a r t i c i p a n
de ella.
L a u n i d a d de i n f o r m a c i ó n se define como la cantidad de
i n f o r m a c i ó n t r a n s m i t i d a p o r una unidad de u n sistema que
se compone de dos unidades con la misma probabilidad. Si
en u n contexto sólo pueden f i g u r a r sí o no y ambos son igual-
mente probables, el empleo de sí o de no da una c a n t i d a d
de i n f o r m a c i ó n igual a l a unidad. N o concedemos aquí v a l o r
i n f o r m a t i v o a los fonemas sucesivos de sí o de no, puesto
que hemos establecido que sólo eran posibles sí y n o y, p o r
tanto, l a / . . . i / de si y la / . . . o / de no no añadena l m e n s a j e
nada que n o se encontrara ya i m p l í c i t o en la / s . . . / y en la
/m.../. Puede suceder que la i n f o r m a c i ó n aportada en este
caso sea vital, es decir, de alta cualidad, pero cuantitativa-
mente es igual a 1, se m i d e la cantidad y n o la cualidad de
l a información.
Si la situación y el contexto han convencido previamente
al oyente de que la respuesta va a ser sí, la i n f o r m a c i ó n que
aporta sí es nula, ya que él sabía (o creía saber) que era sí
l o que i b a a oir. Si considera desde el p r i n c i p i o que sf tiene
228 E l e m e n t o s de lingilística general

más probabilidades de s a l i r que no, la i n f o r m a c i ó n que a p o r


t a s í n o será nula, p e r o será i n f e r i o r a l a q u e t r a n s m i t i r í a
sí cuando en opinión del oyente las probabilidades entre s i
y no h u b i e r a n sido iguales, es decir, será i n f e r i o r a l a uni-
dad de i n f o r m a c i ó n . Con otras palabras, cuanto más se es-
pera una reacción determinada, e n c i e r r a esta reacción me-
nos valor i n f o r m a t i v o . E n u n a n a r r a c i ó n en l a que cada
frase va automáticamente precedida de «y entonces», este
segmento n o tiene n i n g ú n v a l o r d e i n f o r m a c i ó n ,
Si suponemos ahora que en lugar de dos respuestas po-
sibles, sí y no, tenemos cuatro, todas con la misma proba-
bilidad, cada una de ellas aportará más información que si
la elección del hablante estuviera limitada a dos, como en el
primer ejemplo. Supongamos, por ejemplo, que en lugar
de sí yn o , l a s dosunidades hubierans i d o al a d e r e c yh a
l a izquierda yque l a s cuatro queahora tenemosson a l norte,
al sur, al este, al oeste. Se comprende que, si la respuesta
que se espera debe conducir a una búsqueda, una respuesta
como al sur es más informativa que a la izquierda, puesto
quecircunscribe l a búsqueda a u n a c u a r t a p a r t e d e l h o r i
zonte, mientras que la limitación a la izquierda es sólo de
la mitad. Una respuesta que encerrara una elección entre
ocho unidades, como norte, noroeste, este, etc, reducirá de
nuevo a l a mitad l a inseguridadd e l que busca,y a que l i m i t e
r á su sector a s ó l o 45* e n lugard e 90*y , port a n t o , doblará
l a información c o n relación a l a h i p ó t e s i s precedente.E n
resumen, cuanto mayor e s e l número d e unidades d e u ns i s
tema,m á s información aporta c a d a una d e e l l a s .N a t u r a l
mente, es más f á c i l retener yu t i l i z a r u n s i s t e m a reducido
como sino, derechaizquierda, que un sistema más amplio

necesidades de las comunidades o grupos, se da preferencia


a sistemas reducidos poco informativos, pero baratos, O A SÍ>
La evolución de las lenguas 229
i i
temas c o n n u m e r o s a s u n i d a d e s , m u y i n f o r m a t i v o s , p e r o m u y
caros de u t i l i z a c i ó n y de a l m a c e n a m i e n t o . D e b e n o t a r s e q u e
la r i q u e z a de i n f o r m a c i ó n d e u n s i s t e m a está en f u n c i ó n d e
dos c a r a c t e r e s q u e v a n e m p a r e j a d o s ; e l n ú m e r o e l e v a d o d e
unidades y el v a l o r d e c a d a u n a de éstas, v a l o r q u e a u m e n t a
en r e l a c i ó n c o n e l n ú m e r o .

6-11. Probabilidad y frecuencia

E n r e a l i d a d es e x c e p c i o n a l q u e las d i f e r e n t e s u n i d a d e s de
u n sistema t e n g a n todas iguales p r o b a b i l i d a d e s en u n a situa-
ción dada o en u n l u g a r d e t e r m i n a d o del enunciado. E n una
s i t u a c i ó n p a r t i c u l a r se espera n o m á s b i e n q u e s í ; e n u n a
l o c a l i d a d d e t e r m i n a d a se e s p e r a oeste m á s b i e n q u e este,
s u r o n o r t e c o n r e l a c i ó n a l a p r o c e d e n c i a d e l v i e n t o . E s t o es
e v i d e n t e c u a n d o se p i e n s a e n c o n t e x t o s q u e p e r m i t e n u n a
elección m á s a m p l i a . D e t r á s d e h a p l a n t a d o u n . . . , m a n z a n o
es m á s p r o b a b l e en n u e s t r o c l i m a q u e b a o b a b ; d e t r á s d e u n
p r i n c i p i o tan poco especificativo como he visto un..., p e r r o
tiene m á s p r o b a b i l i d a d e s q u e d i n o s a u r i o . L a s p a l a b r a s m a n -
zano y p e r r o , m u c h o m á s p r o b a b l e s a q u í q u e b a o b a b y d i n o -
saurio, contienen, de hecho, m u c h a menos i n f o r m a c i ó n .
E n la práctica sería d i f í c i l y poco provechoso t r a t a r de
determinar las probabilidades de las unidades lingúísticas en
u n contexto dado y una situación p a r t i c u l a r . Por esta ra-
zón suele l i m i t a r s e a d e t e r m i n a r la p r o b a b i l i d a d de cada
unidad en el c o n j u n t o de los contextos en que aparece, es
decir, que se calcula l a frecuencia relativa en la lengua o en
el uso lingiiístico que se estudia. Si en u n c o n j u n t o de tex-
tos elegidos como plenamente representativos, se encuentra
m i l veces la palabra perro y u n a vez la palabra dinosaurio,
se puede decir, naturalmente, que perro es m i l veces más
228 Elementos de lingtiisticg energy
mas probabilidades de s a l i r q u e no, l a informacién
t a s i no será nula, p e r o sera i n f e r i o r a l a que t r a n por.
sí cuando en o p i n i ó n del oyente las probabilidades e m
y no hubieran sido iguales, es decir, será i n f e r i o ra h e st
dad de i n f o r m a c i ó n . Con o t r a s palabras, cuanto más se ec
pera una reacción d e t e r m i n a d a , e n c i e r r a esta reacción me.
nos valor i n f o r m a t i v o . E n u n a n a r r a c i ó n en l a que cada
frase va automáticamente p r e c e d i d a de «y entonces», este
segmento no tiene n i n g ú n v a l o r de i n f o r m a c i ó n .
Si suponemos ahora que en lugar de dos respuestas po-
sibles, sí y no, tenemos cuatro, todas con la misma proba-
bilidad, cada una de ellas aportará más información que si
la elección del hablante estuviera limitada a dos, como en el
primer ejemplo. Supongamos, p o r ejemplo, que en lugar
de sí y no, las dos unidades hubieran sido a la derecha y a
la izquierda y que las cuatro que ahora tenemos son al norte,
al sur, al este, al oeste. Se comprende que, si la respuesta
que se espera debe conducir a una búsqueda, una respuesta
como al sur es más informativa que a la izquierda, puesto
que circunscribe la búsqueda a una cuarta parte del hori-
zonte, mientras que la limitación a la izquierda es sólo de
la mitad. Una respuesta que encerrara una elección entre
ocho unidades, como norte, noroeste, este, etc., reducirá de
nuevo a la mitad la inseguridad del que busca, ya que limita-
rá su sector a sélo 45° en lugar de 90° y, por tanto, doblara
la información con relación a la hipótesis precedente- En
resumen, cuanto mayor es el número de unidades de un sis
tema, más información aporta cada una de ellas. Natur
mente, es más fácil retener y u t i l i z a r un sistemar e d u c
del sino, derecha-izquierda, que un sistema m s Ss 5
necesidades de ine e etc, Con arreglo 2 1 eferenci
a sistemas r e d a s comunidades o grupos, se 62 P l o a sis
ucidos p o c o i n f o r m a t i v o s , p e r o baratos,

e . o A
i s evolución de las lenguas 229
con numerosas unidades, m u y i n f o r m a t i v o s , pero m u y
e

temasd e utilización y de almacenamiento. Debe notarse que


1ariqueza de i n f o r m a c i ó n de un sistema está en f u n c i ó n de
dos caracteres que v a n emparejados; el n ú m e r o elevado de
unidades y el valor de cada u n a de éstas, v a l o r que aumenta
en relación COn el n ú m e r o .
?a
a>
.
,

6-11. Probabilidad y frecuencia

E n r e a l i d a d es e x c e p c i o n a l q u e l a s d i f e r e n t e s u n i d a d e s de
un sistema t e n g a n t o d a s i g u a l e s p r o b a b i l i d a d e s en u n a situa-
c i ó n dada o en u n l u g a r d e t e r m i n a d o d e l e n u n c i a d o . E n u n a
situación p a r t i c u l a r se e s p e r a n o m á s b i e n q u e s í ; e n u n a
localidad d e t e r m i n a d a se e s p e r a oeste m á s b i e n q u e este,
sur o n o r t e c o n r e l a c i ó n a l a p r o c e d e n c i a d e l v i e n t o . E s t o es
evidente c u a n d o se p i e n s a e n c o n t e x t o s q u e p e r m i t e n u n a
elección m á s a m p l i a . D e t r á s de h a p l a n t a d o u n . . . , m a n z a n o
es más p r o b a b l e e n n u e s t r o c l i m a q u e b a o b a b , d e t r á s d e u n

p r i n c i p i o t a n p o c o e s p e c i f i c a t i v o c o m o he v i s t o un..., p e r r o
tiene m á s p r o b a b i l i d a d e s q u e d i n o s a u r i o . Las p a l a b r a s m a n -
zano y p e r r o , m u c h o m á s p r o b a b l e s a q u í q u e b a o b a b y d i n o -
saurio, c o n t i e n e n , d e h e c h o , m u c h a m e n o s i n f o r m a c i ó n .
En la práctica sería d i f í c i l y poco provechoso t r a t a r de
determinar las probabilidades de las unidades lingúísticas en
un contexto dado y u n a situación p a r t i c u l a r . Por esta ra-
zón suele l i m i t a r s e a d e t e r m i n a r la p r o b a b i l i d a d de cada
unidad en el c o n j u n t o de los contextos en que aparece, ¢s
decir, que se calcula l a frecuencia relativa en la lengua o en
el uso lingiifstico que se estudia. Si en u n c o n j u n t o de tex-
tos elegidos como plenamente representativos, se encuentra
mil veces la palabra perro y u n a vez l a palabra dinosaurio,
Se puede decir, naturalmente, que p e r r o es m i l veces más
230 E l e m e n t o s de lingilística general
7
f r e c u e n t e q u e d i n o s a u r i o . Se saca l a c o n c l u s i ó n d e que
t o m á s f r e c u e n t e es u n a u n i d a d ( p a l a b r a , m o n e m a P a
es menos .i n f o r m a t i.v a . , a),

6-12. Frecuencia y coste

A u n q u e sea p r o b a b l e m e n t e i m p o s i b l e determinar con pre-


cisión absoluta l a energía m e d i a necesaria para la produc.
c i ó n de una u n i d a d lingiiística determinada, no deja de ser
interesante c o m p r o b a r en qué sentido y con qué r i t m o varía
la i n f o r m a c i ó n cuando varía el gasto de energía. Se puede
en p r i n c i p i o concebir como u n t o d o inanalizable una unidad
de la p r i m e r a articulación, u n a palabra como dinosaurio.
Considerada l a cosa de este m o d o , se cae en l a cuenta de
que nos encontramos ante u n a u n i d a d de l u j o que la me-
m o r i a debe almacenar del m i s m o m o d o que la palabra perro,
pero p a r a u n uso i n f i n i t a m e n t e más l i m i t a d o . Suponiendo
que el esfuerzo de m e m o r i a sea el m i s m o para las dos pala-
bras y que l a relación de frecuencia sea de 1 al 1.000, cada
empleo de dinosaurio reclamará e l m i s m o esfuerzo quem i l
empleos de la palabra p e r r o . Desde luego, n o se trata aquí
siquiera de grados de medida, sino de u n a simple orienta-
ción. Según hemos visto, esto se encuentra compensado au:
tomáticamente p o r l a g r a n i n f o r m a c i ó n de dinosaurio, que
está en r e l a c i ó n c o n su p o c a frecuencia. Pero n o hay que
o l v i d a r que l a m e m o r i a puede defenderse, p o r medio del
olvido, de unos gastos de a l m a c e n a m i e n t o que no compensan.
Si consideramos ahora la palabra como un significante
formado p o r fonemas sucesivos, se puede admitir que su
coste está en función del número de fonemas que Ja compo
nen: /dinosaurio/ con diez fonemas es más cara que /pero/
CONCUAÍTO. ?... 0. c r ? o.
La e v o l u c i ó n d e las l e n g u a s 2 3 1
en eee 2 O 2 q q q
2 A?>?

En estas condiciones se espera que las palabras frecuen-


tes sean p o r t é r m i n o m e d i o más cortas que las palabras
raras y, ciertamente, esto es l o que se p r o d u c e estadística-
mente. La r e l a c i ó n de los diez fonemas de dinosaurio c o n
las cuatro de p e r r o es u n b u e n e j e m p l o p a r a l a r e l a c i ó n de
la frecuencia de l a p a l a b r a a su masa f o r m a l . N a t u r a l m e n t e ,
la relación 10 a 4 es algo c o m p l e t a m e n t e d i s t i n t o de l a i n -
versa de l a r e l a c i ó n de 1 a 1.000 que hemos establecido,
sin duda bastante g r a t u i t a m e n t e , p a r a l a frecuencia compa-
rada de las dos palabras. Estas relaciones n o serían del miis-
mo o r d e n más que si l a lengua n o dispusiera más que de
u n solo f o n e m a q u e se opusiera solamente a su p r o p i a au-
sencia; h a b r í a entonces u n a sola p a l a b r a de u n solo fonema,
a; u n a sola p a l a b r a de dos fonemas, aa, y así sucesivamente.
De hecho, u n a lengua n o r m a l dispone de algunas decenas
de fonemas, entre. las cuales se elige el p r i m e r fonema de'
la palabra, a ' continuación, e l segundo, y a s í sucesivamente.
Supongamos, p a r a s i m p l i f i c a r las cosas, que los 36 fone-
mas de u n a lengua p u d i e s e n f i g u r a r todos en cualquier posi-
ción, es d e c i r , q u e todos los inventarios ?de unidades distin-
tivas f u e r a n idénticos. P o d r í a h a b e r en esta lengua: 36 pala-
bras de u n f o n e m a , 36 X 36 = 1.296 palabras de dos fonemas;
36 x 36.x.36 ( = 3 6 ) = 46.656 palabras de tres fonemas;
36 X 36 X 36.X 3 6 (364)-= 1.679.616 palabras de cuatro fone-
?mas, suficientes para? satisfacer a los más exigentes. L a reali-
d a d l i n g i i f s t i c a es diferente; e n cada punto d e la cadena
sehace l a : elección, p o r ejemplo, entre los fonemas vocálicos
con exclusión de los fonemas consonánticos, y viceversa. E s
preciso, además, t e n e r e n cuenta la necesaria redundancia
de todos l o s mensajes, l o que l l e v a i m p l í c i t o que en u n a
lengua aparezcan-palabras de c u a t r o O más fonemas sin ha-
b e r agotado todas las combinaciones posibles de tres fone-
mas. S i n embargo, se explica que a una: desproporción de
232 E l e m e n t o s de lingilística general

1 a 1.000 en la frecuencia pueda corresponder una despro-


porción de 10 a 4 en el n ú m e r o de los fonemas sucesivos, ya
que nada en l a e s t r u c t u r a fonológica del español impide que
aparezcan .formas de menos de 9 fonemas p a r a palabras de
una frecuencia i n f e r i o r a l a de dinosaurio,

6-13. Debilidad de la relación entre frecuencia y coste

L o que conviene retener de t o d o esto p a r a comprender


la d i n á m i c a en lingúística se resume en los resultados siguien-
tes: existe una relación constante de proporcionalidad in-
versa entre l a frecuencia de u n a u n i d a d y l a información
que aporta, es decir, en c i e r t o sentido, su eficacia; existe una
tendencia a establecer una r e l a c i ó n constante de proporcio-
n a l i d a d inversa entre la frecuencia de u n a unidad y su coste,
esto es, la energía que se consume en cada utilización de
esta u n i d a d . U n c o r o l a r i o de estos dos resultados es que
toda modificación de la frecuencia de u n a u n i d a d lleva con-
sigo u n a variación de su eficacia y p e r m i t e prever una mo-
dificación de su f o r m a . E s t o ú l t i m o puede que no se produzca
más que a largo plazo, p o r q u e las condiciones reales del
funcionamiento de las lenguas tieriden a detener las evolu-
ciones.

6-14. Frecuencia y f o r m a e n el léxico

La frecuencia de una unidad lingúiíística puede aumentar


por la presión directa de las necesidades de la sociedad. Esto
vale, ante todo, para las unidades llamadas lexicales, pero
puede, igualmente, aplicarse a los monemas gramaticales;
las emisiones francesas de radio usan con gran frecuencia
el monema funcional depuis («On nous communique depuis
Londres...»), que ha debido de modificar la frecuencia de
La evolución de las lenguas 233

esta unidad en el habla general. E n otros casos, el aumento


de la frecuencia de u n a u n i d a d está en relación con la evo-
lución de l a e s t r u c t u r a , evolución que, como sabemos, re-
fleja m u y frecuentemente u n d e t e r m i n i s m o interno que no
se relaciona más que m u y de lejos c o n los fenómenos so-
ciales. Basta, entonces, q u e el l i n g i l i s t a señale cómo el au-
mento de frecuencia resulta de u n fenómeno l i n g i í s t i c o más
general.
Cuando l a frecuencia de una unidad aumenta, su f o r m a
tiende a reducirse. E s t o vale para una unidad m í n i m a como
para u n a u n i d a d más amplia; para una unidad d i s t i n t i v a
como p a r a u n a u n i d a d significativa, puesto que n o es nece-
sario que u n a u n i d a d tome parte en l a significación para
que aporte i n f o r m a c i ó n .
E s t á b i e n atestiguada la abreviación de formas lexicales
cuya frecuencia aumenta. Cuando se excavaron en París vías
subterráneas p a r a el transporte urbano, se habló de u n «che-
m i n d e f e r métropolitain», designación que comprende cua-
tro monemas y dieciocho fonemas sucesivos. H o y día, en
que este m e d i o de t r a n s p o r t e es u n a realidad dos veces al
día p a r a varios millones de personas, se le designa casi ge-
neralmente p o r m e d i o del monema único de cinco fonenias
métro *. Este e j e m p l o aclara dos procedimientos de abrevia-
ción que es necesario distinguir. E n p r i m e r lugar, una abre-
viación p o r e l i m i n a c i ó n de elementos no específicos (aquí
chemin de f e r ) que nos da m é t r o p o l i t a i n ; p o r otra parte, e l
corte p r o f u n d o que n o deja más que u n trozo que anterior-
mente n o tenía significación: métro. Solamente el p r i m e r
método está bien atestiguado en lingiiística histórica y en l a

* Aunque los p r o c e d i m i e n t o s son l o s mismos en español, el ejem-


plo no es traducible, p o r q u e f e r r o c a r r i l m e t r o p o l i t a n o es u n calco del
francés, y l a f o r m a a b r e v i a d a metro, un p r é s t a m o con acento adapta-
do. (N. T.)
234 Elementos de lingiiística general
A a
e t i m o l o g í a t r a d i c i o n a l ; l a p a l a b r a a r m e n i a k o g i «manteca»,
p o r s u f o r m a ade vaca», t i e n e t o d a s las p r o b a b i l i d a d e s de
ser el r e s i d u o específico d e u n s i n t a g m a d e l t i p o « g r a s a de
vaca». E l s e g u n d o m é t o d o es e l ú n i c o r e c u r s o e n las lenguas
de c i v i l i z a c i ó n de l a a c t u a l i d a d en l a s q u e l o s n u e v o s i n v e n t o s
se d e s i g n a n p o r m e d i o de t é r m i n o s c u l t o s b a s t a n t e l a r g o s .
Estas p a l a b r a s son d e s c r i p t i v a s y a n a l i z a b l e s e n e l c u a d r o de
las lenguas clásicas c u y o s e l e m e n t o s se h a n t o m a d o en prés-
tamo, p e r o son m o n o l í t i c a s y s i n a s i d e r o p a r a el h a b l a n t e de
t i p o m e d i o que n o p u e d e e q u i l i b r a r f r e c u e n c i a y coste más
q u e a b r e v i á n d o l a s s i n c o n s i d e r a c i ó n a u n a e t i m o l o g í a q u e él
ignora. Los a b r e v i a m i e n t o s p o r c o r t e ( m é t r o ) o p o r sigla
(ONU) que c e n s u r a n l o s p u r i s t a s s o n l a consecuencia d e l
hecho de que en f r a n c é s , t a l vez m á s q u e en c u a l q u i e r o t r a
l e n g u a de l a E u r o p a de hoy, l a a m p l i a c i ó n d e l l é x i c o se
realiza c o n l a m a y o r f r e c u e n c i a p o r m e d i o de elementos no
indígenas. E s t o s a b r e v i a m i e n t o s r e s u l t a n de l a necesidad in-
e v i t a b l e de r e d u c i r l a f o r m a a u n v o l u m e n q u e corresponda
a s u f r e c u e n c i a , es d e c i r , a su c o n t e n i d o de i n f o r m a c i ó n .
Se puede e q u i l i b r a r i g u a l m e n t e f r e c u e n c i a y coste reem-
plazando u n a palabra larga por otra corta, por ejemplo,
s u p e r i o r o d i r e c t o r p o r jefe. U n a p e r s o n a q u e t i e n e u n nom-
b r e de m á s de dos sílabas, si las d e m á s c i r c u n s t a n c i a s son
iguales q u e las de o t r a p e r s o n a , t i e n e más p r o b a b i l i d a d e s
de r e c i b i r u n s o b r e n o m b r e . E n este p r o c e s o i n t e r v i e n e sin
d u d a algo d i s t i n t o d e l e q u i l i b r i o de l a información, pero
este algo d i s t i n t o n o es n e c e s a r i a m e n t e l o esencial.

6-15, Frecuencia y f o r m a en gramática

La historia de la -s del nominativo singular de las lenguas


indoeuropeas y lo que se puede vislumbrar de su prehisto-
La evolución de las lenguas 235
A TT EA ?A A
ria es u n b u e n e j e m p l o de las m i s m a s i m p l i c a c i o n e s e n u n
elemento q u e escapa a la p r e s i ó n d i r e c t a de las n e c e s i d a d e s
de la sociedad. Se p u e d e s u p o n e r q u e esta d e s i n e n c i a era
p r o p i a a t o d o s l o s n o m b r e s q u e d e s i g n a b a n e n t i d a d e s capa-
ces de s e r c o n c e b i d a s c o m o agentes q u e a p a r e c e n r e p r e s e n -
tados m á s t a r d e p o r m a s c u l i n o s y f e m e n i n o s . E s t a d e s i n e n -
cia, q u e n o d e b í a e m p l e a r s e c o n las designaciones de o b j e t o s
c o n c e b i d o s y p r e s e n t a d o s c o m o pacientes, era n e c e s a r i a m e n -
te l a de u n caso e r g a t i v o q u e designa l a p e r s o n a q u e e j e c u t a
la a c c i ó n . N o era u n n o m i n a t i v o , es d e c i r , e s e n c i a l m e n t e u n
caso fuera de contexto gramatical como el vocativo, un
caso q u e se u t i l i z a p a r a « n o m b r a r a alguien», p r e s e n t a r l o o
d e s i g n a r l o c o m o el « s u j e t o » de l o q u e v a a ser d i c h o . U n
caso e r g a t i v o es u n i n d i c a d o r de f u n c i ó n . E l caso n o m i n a -
t i v o n o l o es apenas, y a q u e el e n u n c i a d o se o r d e n a en c i e r t o
m o d o c o n r e f e r e n c i a a l n o m b r e p o r él c a r a c t e r i z a d o . Una
e v o l u c i ó n de l a e s t r u c t u r a del i n d o e u r o p c o h a c o n d u c i d o a
este e r g a t i v o a d e s e m p e ñ a r el p a p e l de n o m i n a t i v o . Pero
este caso estaba r e p r e s e n t a d o casi n e c e s a r i a m e n t e en c a d a
o r a c i ó n . Se l e e m p l e a b a a l m a r g e n de l a o r a c i ó n c o n c u r r e n -
t e m e n t e c o n el v o c a t i v o q u e se h a i d e n t i f i c a d o a m p l i a m e n t e
con él. A p a r e c í a , pues, con una frecuencia extraordinaria,
que i b a e m p a r e j a d a c o n su f a l t a de e s p e c i f i c i d a d f u n c i o n a l .
U n a f o r m a c o m o el l a t í n o r a t o r , en l a q u e el n o m i n a t i v o se
i d e n t i f i c a con e l r a d i c a l , r e p r e s e n t a r í a u n i d c a l q u e d e u n a
m a n e r a o de o t r a se h a i m p u e s t o de u n m o d o g e n e r a l . P e r o
ha h a b i d o n e c e s i d a d de m i l e n i o s p a r a q u e las d i f e r e n t e s len-
guas que l u e g o h a n e l i m i n a d o l a -s d e l n o m i n a t i v o se h a y a n
e n c o n t r a d o , cada u n a p o r s u p a r t e , en u n a s i t u a c i ó n e n l a
que los h a b l a n t e s h a n p o d i d o e l e g i r e n t r e dos f o r m a s r e g u -
lares, u n a c o n -s y o t r a s i n -s, y p r e f e r i r l a segunda. E n espa-
ñ o l ha h a b i d o q u e e s p e r a r h a s t a l a e l i m i n a c i ó n de l a d e c l i -
236 E l e m e n t o s de l i n g i i t s t i c a general
. : e e e
n a c i ó n q u e h a c o n s a g r a d o l a v i c t o r i a d e l caso o b l i c u o sin -s
en el s i n g u l a r .

6-16. F r e c u e n c i a y f o r m a en f o n o l o g í a

La lentitud con que se modifica el equilibrio lingiiístico


en el caso de las formas gramaticales y, como vamosa ver,
en el de las fonológicas, se explica por el hecho mismo de
su gran frecuencia. El niño que aprende su lengua adquiere
muy pronto los hábitos que la constituyen, y sólo, a conse-
cuencia del concurso de circunstancias particulares, la ten-
dencia a equilibrar frecuencia y coste puede entrar en juego
en todos estos casos. Hay un rasgo fónico muy extendido que
es capaz de aumentar su frecuencia en proporciones consi-
derables. Se trata de la geminación consonántica, rasgo fó-
nico que distingue en francés la dedans /laddá/ de la dent
/lada/. En el cuadro de un cierto tipo de estructura lingúís-
tica, los hablantes tienden a reemplazar en ciertas palabras
la consonante simple p o r la consonante geminada, italiano
tutto «todo» con / t t / frente a la / t / simple del latín totus;
con el mismo sentido, inglés y alemán all vienen de una for-
ma con /-ll-/ paralela a la forma con: /-1-/ simple atestiguada
en inglés almighty. En una lengua que no conoce este fenó-
meno, las geminadas no son más que u n grupo consonántico
como las otras; la geminada / - t t - / del francés netteté /netté/
no tiene una situación diferente a l a del grupo / - k t / €N
francés becqueter / b e k t é / «picotear», y su frecuencia es (29
la misma, Es bastante baja para que /-tt-/ y / - k t / tengan
una información m u y superior a / - t - / simple. Si oigo en a
cés / i l at.../, tengo que elegir entre unos cuarenta rá
franceses, pero si oigo / i l akt.../, m i incertidumbre que
limitada en la vida cotidiana a dos f o r m a s : act... ive Y 0 ?
La e v o l u c i ó n d e las l e n g u a s 237
2 _??????2??0 a ,

nalise. La e n c r g í a s u p l e m e n t a r i a q u e exige l a u n i ó n de / - k - /
a / - t - / es c i e r t a m e n t e c o m p e n s a t o r i a , y esto v a l e l o m i s m o
para la e n e r g í a s u p l e m e n t a r i a q u e e x i g e / - t t - / e n l u g a r de
/-+t-/. Pero e n u n a l e n g u a en l a q u e las g e m i n a d a s t i e n d e n a
ser t a n f r e c u e n t e s como las simples correspondientes, la
información que aporta /-tt-/ tiende a identificarse con la
que a p o r t a / - t - / , y l o s h a b l a n t e s . s e n t i r á n c a d a v e z m á s l a
inclinación a r e d u c i r la energía necesaria p a r a l a articula-
ción de / - t t - / , c o n el f i n d e q u e c o r r e s p o n d a c o n s u p o d e r
de i n f o r m a c i ó n . S i n e m b a r g o , c o m o l a i d e n t i f i c a c i ó n d e / - t t - /
y de / - t - / c o n d u c i r í a a c o n f u s i o n e s i n t o l e r a b l e s , se sigue m a n -
t e n i e n d o l a o p o s i c i ó n . P e r o / - t - / cede a n t e / - t t - / q u e , p o r s u
p a r t e , t i e n d e a s i m p l i f i c a r s e y t e r m i n a d a n d o , según l a con-
f i g u r a c i ó n d e l o s s i s t e m a s , / - d - / ( l a t í n s c u t u m - > e s p a ñ o l es-
c u d o ) o / - 6 - / ( a n t i g u o i r l a n d é s b r a t h i r « h e r m a n o » c o n /-9-/
f r e n t e a t - i n i c i a l c o n s e r v a d o e n f r í «tres»). A l l í d o n d e e l sis-
t e m a n o ofrece p o s i b i l i d a d de desviación, la oposición puede
m a n t e n e r s e d u r a n t e siglos en su f o r m a p r i m i t i v a , en español
-rr-, c u y a f r e c u e n c i a es c a s i l a m i s m a q u e l a d e -r-, c o n s e r v a
u n a p r o n u n c i a c i ó n m u c h o m á s enérgica.

6-17. E f i c a c i a en u n contexto dado

El hablante n o se preocupa apenas de l a frecuencia ge-


neral de las unidades que emplea, p e r o sí de su eficacia (y
con ello de su frecuencia) en u n contexto dado y en una
situación especial. N o es r a r o que el t é r m i n o que designa
normalmente u n o de los elementos de la experiencia que se
va a c o m u n i c a r sea de u n a frecuencia e x t r a o r d i n a r i a en u n
contexto y en u n a situación determinada. E l hablante, guia-
do p o r su experiencia de oyente, sabe que los que l e v a n
a o i r no van a sacar del empleo de este térmiino casi n i n -
E l e m e n t o s de linoiites:
238 i n g ú í s t i c a general

guna información. Si desea que este elemento no page ;


vertido, tiene que encontrar u n medio de aumentar i e nad
"mación en este punto de s u intervención; con otras a l s a
t i e n e que. tratar de despertar l a atención de los oyentes E
oye decir con: tanta frecuencia un médico afamado, o °
adjetivo en este contexto mo tiene prácticamente ningún ya.
lor. S i n embargo, hay muchos modos de conferir a este
segmento del enunciado más especificidad, es decir, más ya.
lor..de información. Es posible añadir un determinante o
?varios determinantes sucesivós, y en este caso se dirá muy
afamado o' muy especialmente afamado. Se puede reempla.
z a r la forma con? débil contenido de información por otra
de sentido análogo, pero m á s inesperada 'en este contexto,
por ejemplo, un médico de categoría. Finalmente, se puede
pronunciar el término con débil información de una forma
particular que retenga la atención del oyente, por ejemplo,
separando -las sílabas, un médico a-fa-ma-do o poniendo un
énfasis especial en este mismo término o e n uno de sus
determinantes, un médico MuY a f a m a d o . Estos diferentes
procedimientos pueden ser empleados concurrentemente, y
?esto es lo más frecuente, ya que cada uno de ellos está ex-
puesto a gastarse, rápidamente. Sucede con frecuencia que
un adjetivo o un énfasis añadido con este fin se hace tan
corriente que su ausencia es más inesperada que su presen-
cia y, en consecuencia, más capaz de hacer fijar la atención;
en muchos casos, decir simplemente «un éxito» es más c o n
vincente que hablar de «un éxito de locura». El procedimien-
to de refuerzo es m u y simple, u n a ocurrencia afortunada,
una palabra nueva, un giro inesperado se manifiesta eficaz
por su novedad misma. Será objeto de imitación, pero cuan-
to mayor sea su uso, menos conseguirá despertar la atención
de lós oyentes. Se hace necesario entonces, encontra! algo
distinto, otra palabra, otro g i r o que, p o r su parte, a la larga
La evolución de las l e n g u a s 239
L a (vO rr A E A
se verá d e s a l o j a d o p o r o t r o n u e v o , L a i n s t i t u c i ó n s o c i a l q u e

es l a m o d a p a r e c e r e s u l t a r de u n c o n d i c i o n a m i e n t o a n á l o g o ;
se t r a t a , e n ú l t i m o t é r m i n o , de l l a m a r l a a t e n c i ó n d e l o t r o
sexo p o r m e d i o de n o v e d a d e s e n e l v e s t i d o q u e n o a l c a n z a n
sus fines m á s que d u r a n t e e l t i e m p o q u e s i g u e n s i e n d o n o -
vedades.

6-18. I n f o r m a c i ó n y o b r a literaria

Aunque el comportamiento del e s c r i t o r y, s o b r e todo,


del poeta, está m e n o s s u j e t o a c a m b i o , y a q u e n o es f á c i l -
m e n t e i m i t a b l e y, p o r tanto, depreciable, no deja, s i n em-
bargo, d e ser c o m p a r a b l e c o n e l d e l innovador de léxico.
Se t r a t a e n este caso de m a n t e n e r l a a t e n c i ó n d e l l e c t o r ,
y esto se o b t i e n e ofreciendo una cantidad suficiente de
información. El a u t o r puede limitarse a presentar en la
forma más directa acontecimientos reales o imaginarios
bastante excepcionales p a r a que l a densidad de i n f o r m a c i ó n
de l o q u e se n a r r a m a n t e n g a l a a t e n c i ó n . P u e d e t a m b i é n ,
p o r m e d i o d e . u n a . e l e c c i ó n o r i g i n a l de l a s u n i d a d e s l i n g i í s -
ticas, e l e v a r e l c o n t e n i d o de i n f o r m a c i ó n de s u t e x t o y d o -
sificarlo exactamente. Esto le p e r m i t e n o t e n e r que b u s c a r
a cada m o m e n t o l o i n e s p e r a d o e n las p e r i p e c i a s d e l a n a -
r r a c i ó n . E n este caso es i m p o r t a n t e h o r e b a s a r u n cierto
n i v e l de d e n s i d a d d e i n f o r m a c i ó n , n i v e l q u e d e p e n d e r á d e
la inteligencia y l a c u l t u r a del p ú b l i c o cuya a p r o b a c i ó n se
busca. Se t r a t a de n o r e d u c i r l a r e d u n d a n c i a n a t u r a l e i n -
d i s p e n s a b l e m á s a l l á d e l p u n t o e n e l q u e se h a c e s e n s i b l e
el e s f u e r z o q u e l a c o m p r e n s i ó n d e l t e x t o r e c l a m a d e l l e c t o r .
L a t e n d e n c i a a l a c o n c i s i ó n , es d e c i r , e l a u m e n t o d e l a d e n -
s i d a d d e i n f o r m a c i ó n , es f r e c u e n t e e n e l p o e t a ; m e n o r , d e s d e
luego, e n el a u t o r de e p o p e y a s e n v a r i o s c a n t o s q u e e n e l
a u t o r de s o n e t o s ; p o r u n a p a r t e e l e p í t e t o h o m é r i c o , q u e es
240 E l e m e n t o s de l i n g i l l s t i c a general

precisamente el modelo mismo del empleo redundante .


lenguaje; p o r l a o t r a p a r t e l a relación inesperada de e l
palabras en l a que cada u n a d e ellas aporta todo su men
saje, pues l a p r i m e r a n o deja prever l a segunda, E n este
caso el escollo es l a incoherencia, E n contraposición de mar
azul, que es casi redundante, p o d r í a darse m a r intelectual
en donde e l a d j e t i v o es tan inesperado que l a primerar e a c .
ción es d u d a r de si se t r a t a de u n mensaje real. Demasiada
i n f o r m a c i ó n en u n enunciado l i m i t a d o conduce a la oscuri-
dad. La lengua económicamente ideal sería aquella en la que
cada una de las palabras, cada u n o de los fonemas pudieran
e n t r a r en combinación c o n todos los demás, produciendo
cada vez u n mensaje. N u e s t r o m o d o de h a b l a r cotidiano está
lejos de esto. L a lengua d e l poeta «hermético» tiende hacia
este i d e a l .

6-19. E l «lenguaje afectivo»

Los procedimientos de renovación de los medios lingúís-


ticos han sido considerados t o n frecuencia como un fenó-
meno al margen del funcionamiento normal de la lengua. In-
cluso se ha querido ver en ellos las manifestaciones de un
lenguaje afectivo distinto del gramatical, Se trata, en efecto,
de reacciones a veces individuales de los hablantes, pero qué
no se apartan de lo que se puede esperar en el cuadro de la
estructura de la lengua. Es uno de los ragos de esta estruc-
tura la frecuencia de cada unidad, que es de donde dimana
su contenido de información, es decir, su utilidad para el
hablante en una circunstancia determinada. Pero el punto 5
que su inestabilidad es quizá más manifiesta es aquel en o
que el temperamento y las necesidades diversas decada e
blante pueden i n f l u i r en cierta medida sobre la evolución .
la lengua. No debe olvidarse, sin embargo, que una innov
La evolución de las lenguas 241
Te A q A PPP X

ción, para que sea aceptada, debe conformarse o integrarse


en este c o n j u n t o de hábitos lingiiísticos que designamos con
el nombre de estructura.

6-20. La fijación

Puede acontecer que l a frecuencia de u n sintagma au-


mente s i n q u e sea p o s i b l e a d a p t a r s u f o r m a a s u n u e v a
p r o b a b i l i d a d p o r a b r e v i a m i e n t o o corte. L a r a z ó n d e e l l o es
frecuentemente que los elementos componentes tienen una
e s p e c i f i c i d a d d e m a s i a d o d é b i l p a r a q u e sea p o s i b l e r e c o r t a r
algo a l c o n j u n t o . E n f e r r o c a r r i l m e t r o p o l i t a n o se p u e d e s i n
i n c o n v e n i e n t e q u i t a r f e r r o c a r r i l , ya que m e t r o p o l i t a n o con-

serva l a e s p e c i f i c i d a d suficiente, p e r o en « b u e n a v e n t u r a » n o
se p o d r í a s u p r i m i r - v e n t u r a s i n q u i t a r a l c o n c e p t o de «bue-
n a v e n t u r a » t o d o s u s o p o r t e f o r m a l i d e n t i f i c a b l e . P e r o aun-
q u e e l a u m e n t o de l a f r e c u e n c i a n o c o n d u c e a r e b a j a r e l
coste, n o d e j a de l l e v a r c o n s i g o i n e v i t a b l e m e n t e u n a d i s m i -
n u c i ó n de l a e s p e c i f i c i d a d q u e l l e g a a s e r i g u a l a l a d e los
m o n e m a s s i m p l e s de i d é n t i c a f r e c u e n c i a . E s t o l l e v a r á a los
h a b l a n t e s a c o n s i d e r a r f o r m a l m e n t e e l s i n t a g m a c o m o si
fuera u n m o n e m a indisociable. E n francés b o n m a r c h é es
p o c o m á s o m e n o s e l e q u i v a l e n t e d e los m o n e m a s ú n i c o s
del inglés cheap, a l e m á n b i l l i g , e s p a ñ o l b a r a t o ; se t i e n d e con-
secuentemente a f i j a r el sintagma y a decir plus b o n m a r c h é
e n l u g a r de m e i l l e u r m a r c h é . L a f r e c u e n c i a d e ¿a a V a i r , i l
a Vair, e l l e a Vair, t u as l a i r , t r a e c o n s i g o l a - f i j a c i 6 n d e l
sintagma / a 1 e r / ; el a d j é t i v o que sigue n o concuerda y a con
air, s i n o c o n el s u j e t o : elle a l ' a i r g e n t i l l e e i n c l u s o se o y e
d e c i r a l o s n i ñ o s ga m ' a l a i r a i t b o n p o r ¢a m ' a v a i t V a i r b o n .
E n e l p l a n o s e m á n t i c o , el f e n ó m e n o es p a r a l e l o a l q u e e n
el plano fónico conduce al debilitamiento y simplificación
BDE L I N G U f s T I ?C 1
A6.
242 E l e m e n t o s de lingúística general
Lee a Sa raren e n a a r t i

de las geminadas cuando éstas se hacen tan frecuentes como


las simples correspondientes. Este p r i n c i p i o se resume di-
ciendo que l o q u e tenga la frecuencia y, p o r consiguiente, la
especificidad de u n m o n e m a único tenderá a ser tratado como
u n monema único.
L a fijación desempeña u n papel considerable en la evo-
l u c i ó n lingúística; el f u t u r o de las lenguas románicas de
Occidente es el resultado de la f i j a c i ó n de u n sintagma for-
m a d o p o r el i n f i n i t i v o y las f o r m a s conjugadas del verbo
«haber»; el pasivo escandinavo (danés at sige «decir», at
siges «ser dicho») proviene de la fijación del radical verbal
y del reflexivo s i k ( > -s). E n francés p o p u l a r el pronombre
sujeto tiende a f i j a r s e con el v e r b o : m o n pére i l a dit.

6-21. Frecuencia y cambios analógicos

C u a n d o l a f r e c u e n c i a d e u n a u n i d a d d i s m i n u y e , su con-
tenido d e i n f o r m a c i ó n a u m e n t a a u t o m á t i c a m e n t e , pero su
f o r m a n o c a m b i a n e c e s a r i a m e n t e . Se u s a m u c h o menos que
h a c e d o s c i e n t o s años e l v o c a b l o rueca, p e r o l a p a l a b r a sigue
t e n i e n d o c i n c o f o n e m a s , es d e c i r , u n c o s t e m e j o r adaptado
a s u f r e c u e n c i a en o t r a época. S e r í a n e c e s a r i o u n c o n f l i c t o
de h o m o n i m i a , es d e c i r , l a a p a r i c i ó n d e o t r a p a l a b r a de p r o
n u n c i a c i ó n i d é n t i c a p a r a p r o d u c i r l a a p a r i c i ó n de u n a d e s i g :
nación más c i r c u n s t a n c i a d a c o m o rueca de hilar.
L a d i s m i n u c i ó n de la frecuencia n o ejerce, sin embargo,
una influencia considerable sobre la f o r m a y el destino de
las unidades significativas. E l n i ñ o que empieza a hablar
aprende a m a n e j a r segmentos de enunciados, incluso enun-
ciados enteros, antes de ser capaz de u t i l i z a r en otros c o n
textos los diferentes monemas de que dichos enunciados Sé
componen. Con otras palabras, l e quedan p o r descubrir
todos los recursos de l a p r i m e r a a r t i c u l a c i ó n p o r medio de la
La evolución de las lenguas 243
O A A

comparación, en general inconsciente, de enunciados que n o


difieren más que en u n solo monema. U n n i ñ o u t i l i z a r á , pues,
una f ó r m u l a como quiero que él haga... antes de d e s c u b r i r
que haga es a hace lo que sea es a es y de descubrir la re-
lación de él coma y él come en q u i e r o que coma y veo que
come. Cuando haya sentido el paralelismo de estas relacio-
nes, opondrá las dos categorías de indicativo y s u b j u n t i v o .
Se p o d r á decir entonces que él conoce s u lengua, lo que im-
plica que, como l o s adultos, puede f o r m a r u n s u b j u n t i v o de
u n verbo del que nunca h a oído más que el indicativo. E s t a
p o s i b i l i d a d de proceder p o r analogía tiene como consecuen-
cia que el n i ñ o no es ya esclavo de la tradición. E n adelante
i m i t a r á con menos gusto las formas «irregulares», es decir,
en l o esencial las variantes de significante que el contexto
n o p e r m i t e prever. Parece que el niño alcanza este estado
n o r m a l m e n t e hacia los cinco o seis años. En una sociedad
en l a que el n i ñ o n o es recogido p o r l a escuela, el aprendi-
zaje lingiifstico queda en esa edad prácticamente terminado
y los elementos lexicales que se adquieren en adelante se
integran en las clases preexistentes. Si u n significante varia-
ble, del t i p o de él e s ? n o s o t r o s somos, él i b a ? é l fuera, es de
una frecuencia tan grande que el n i ñ o antes de los cinco
años h a t e n i d o t i e m p o de aprender suficientemente su em-
pleo p a r a n o i n t e n t a r «regularizarlo» posteriormente, las
formas tradicionales se'perpetuarán. Pero si l a frecuencia
de estas f o r m a s disminuye, quedarán expuestas a ser uni-
formadas p o r generalización de una de sus variantes.
H a c e m u c h o t i e m p o q u e se h a r e c o n o c i d o l a i m p o r t a n c i a
de los c a m b i o s a n a l ó g i c o s de este t i p o en l a e v o l u c i ó n d e
las lenguas. L o s l i n g i i i s t a s de c i e r t a época v e í a n en e l l a e l
c o n t r a p e s o de los c a m b i o s f o n é t i c o s y e l ú n i c o r e c u r s o d e
las lenguas c o n t r a l a d e g e n e r a c i ó n q u e l a s a m e n a z a b a s i n :
cesar. E n c o m u n i d a d e s l i n g i i i s t i c a s t a n apegadas a l a t r a d i -
244 Elementos de lingiitstica general
E _ _ _ _ C a general
ción como la francesa, apenas se tolera la reducción a la
unidad de las variantes de significantes. E l único recurso
para los que vacilan sobre l a f o r m a de los diferentes radi-
cales de u n verbo t r a d i c i o n a l como résoudre, es crear u n
equivalente con r a d i c a l ú n i c o como solutionner (derivado de
solution). Pero los que hacen esto se exponen igualmente
a l a f u l m i n a c i ó n de los conservadores, Una lengua se puede
l l a m a r d i f í c i l en l a medida en que exige muchos años de es-
cuela antes de que los nativos l a manejen a satisfacción de
todos. E n este sentido, el francés es quizá l a lengua más
d i f í c i l del m u n d o .

6-22. Consecuencias de ciertas evoluciones fonéticas

Puede s u c e d e r q u e l a d e s p r o p o r c i ó n e n t r e f o r m a y fre-
c u e n c i a p r o c e d a de e v o l u c i o n e s f o n é t i c a s q u e t i e n d e n a re-
d u c i r l a e x t e n s i ó n d e las p a l a b r a s y e l n ú m e r o de sus rasgos
d i s t i n t i v o s . Estas e v o l u c i o n e s p u e d e n a c a b a r en algunas ho-
m o n i m i a s , pero, sobre todo, t r a e n consigo una disminución
de l a r e d u n d a n c i a i n d i s p e n s a b l e q u e p r o d u c e e l que sinóni-
m o s m á s densos t e n g a n p r e f e r e n c i a s o b r e las f o r m a s tradi-
c i o n a l e s q u e a p a r e c e n y a a b r e v i a d a s . A l o s c u a t r o fonemas
d e l r a d i c a l d e l l a t i n a u r e - m c o r r e s p o n d e n l o s c i n c o d e l español
o r e j a J o r e x a / , p e r o este ú l t i m o r e m o n t a a u n s i n ó n i m o ( d i m i -
n u t i v o ) auricula-m que resistía m e j o r el desgaste f o n é t i c o

que lá f o r m a simple.

IV. CUALIDAD DB LAS UNIDADES

6-23. Presiones en la cadena y en el sistema

Se c o n s i g u e n v e n t a j a s c o n s i d e r a b l e s r e d u c i e n d o los hechos
l i n g i i í s t i c o s a d a t o s c u a n t i t a t i v o s , c o m o se h a h e c h o en los

vd
La evolución de las lenguas 245
La my y¿mAE_ BP _C__ >
E ÍOÁO
QG89 4 AA2K?K?KX2X2>
c a p í t u l o s precedentes. Pero n o es posible o l v i d a r que la cua-
lidad de las unidades q u e i n t e r v i e n e n es u n elemento esen-
cial del c o n d i c i o n a m i e n t o de la evolución. U n e q u i l i b r i o en
la frecuencia de las geminadas y de las simples n o es más
que uno de los factores que pueden desencadenar u n a sim-
plificación d e las geminadas. Para que esta simplificación se
lleve realmente a cabo es preciso que pueda realizarse sin
producir c o n f u s i o n e s , l o que depende esencialmente de la
naturaleza f ó n i c a de las unidades del sistema. Para compren-
der el sentido de l a evolución lingiiística n o es posible o l v i d a r
que cada u n i d a d de u n enunciado, sea d i s t i n t i v a o significa-
tiva, esto es, f o n e m a o monema, encuentra su relación fónica
o su coritenido semántico sometido a u n a doble presión. P o r
una p a r t e , l a presión de sus vecinos en l a cadena hablada;
p o r o t r a parte, l a de las unidades que constituyen sistema
con l a u n i d a d de que se trata, es decir, que hubieran podido
figurar en el m i s m o l u g a r que e l l a . y que h a n tenido que s e r
desplazadas p a r a p o d e r decir lo que se quería decir. Estas
presiones s o n fónicas en u n caso y semánticas en e l otro,
p e r o se ordenan con arreglo a esquemas ?análogos. Cada vez
que u n a persona p r o n u n c i a Ja palabra lleva, se produce sobre
cada u n o de los cuatro fonemas de que consta / ] e b a / una
serie d e atracciones y presiones diferenciativas. L a articula-
c i ó n d e / 1 / tiende a adaptarse a l a de l a / e / siguiente, lo
q u e r e q u i e r e menos esfuerzo que cuando siguen [ o ] o [ u l ,
que exigen u n redondeamiento de los labios y u n ligero des-
plazamiento de l a a r t i c u l a c i ó n hacia atrás. L a articulación
de / e / está d e t e r m i n a d a p o r sus vecinos, que p o r ser u n o
palatal y el o t r o l a b i a l l a mantienen en u n a articulación más
anterior que, p o r ejemplo, en queja. Las mismas adaptacio-
nes experimentan / b / y / a / . Estas atracciones v a n indicadas
en el g r á f i c o que sigue p o r m e d i o de flechas horizontales.
?Pero, además, p o r o t r a parte, la articulación de / J / está con-
246 E l e m e n t o s d e lingllíistica general

t r o l a d a p o r l a de l o s o t r o s f o n e m a s d e l s i s t e m a f r e n t ea los
q u e t i e n e q u e c o n s e r v a r s u d i s t i n c i ó n p a r a q u e quede ase
g u r a d a l a i d e n t i f i c a c i ó n de l o s m o n e m a s . D e b e ser palatal
p a r a d i s t i n g u i r s e d e l a a l v e o l a r / 1 / , y d e b e ser l a t e r a l para
d i s t i n g u i r s e de l a n o lateral de a r t i c u l a c i ó n p r ó x i m a / y / ,
D e l m i s m o m o d o / e / d e b e a r t i c u l a r s e s i n h a c e r s e demasiado
c e r r a d a p a r a n o c o n f u n d i r s e con / i / , y así sucesivamente,
Estas p r e s i o n e s d i f e r e n c i a t i v a s e s t á n s i m b o l i z a d a s p o r las
f l e c h a s opuestas, v e r t i c a l e s y o b l i c u a s d e l g r á f i c o .

1/ Y A i (e

] > eba h o p e s E S leb < aA


|

lyf /a/ lol 1% Jol

Tomemos ahora el enunciado el n i ñ o lleva sus zapatos,


en el que vamos a suponer, para s i m p l i f i c a r el análisis, que
el niño y sus zapatos representan cada u n o solamente una
unidad. L a significación r e a l de el n i ñ o está l i m i t a d a por la
del contexto que indica, p o r ejemplo, que tiene una edad
que le permite llevar sus zapatos; lleva en este contexto de-
signa una acción m u y d i s t i n t a a l a que expresa la misma
palabra en esta t i e r r a lleva m u y buenas cosechas; hay atrac-
ción semántica m u t u a de los monemas de u n mismo enun-
ciado, lo que se indica en el esquema q u e sigue p o r medio
de flechas horizontales. P o r o t r a p a r t e , el sentido de niño
está regulado p o r l a existencia de o t r a s palabras que limitan
su esfera de empleo y que h a sido necesario excluir, cons-
ciente o inconscientemente, p a r a l l e g a r a d e c i r lo que se
quería decir. Sucede l o m i s m o con lleva y c o n sus zapatos.
La e v o l u c i ó n de las l e n g u a s 247

Esta l i m i t a c i ó n está indicada p o r las flechas opuestas en el


esquema siguiente:

el padre tira

el niño ?> lleva sus zapatos el niño « l l e v a -> sus zapatos

el p e q u e ñ o
Y Nusa
limpia

su abrigo

{
el nifio lleva < ~ s u s zapatos

sus l i b r o s

6-24. E q u i l i b r i o e n t r e los dos t i p o s de p r e s i o n

L o q u e precede p o d r i a r e s u m i r s e diciendo que toda uni-


dad t i e n d e a asimilarse a su contexto en la cadena y a dife-
r e n c i a r s e d e sus v e c i n o s en e l sistema. L a necesidad de p r e -
servar l a i d e n t i d a d d e los m o n e m a s y de los f o n e m a s , con
r e l a c i ó n a a q u e l l o s e n t r e los cuales son elegidos c u a n d o se
habla, es l o q u e e s e n c i a l m e n t e l i m i t a e l c a m p o de las v a r i a -
ciones s u s c i t a d a s p o r sus v e c i n o s en el d i s c u r s o . U n a / t / ?

que se p r o n u n c i a s i n v i b r a c i o n e s de las c u e r d a s v o c a l e s ten- Da

dería a s o n o r i z a r s e c u a n d o se e n c u e n t r e c o l o c a d a e n t r e dos
vocales q u e p o r s u n a t u r a l e z a se r e a l i z a n p o r m e d i o d e tales
v i b r a c i o n e s . P e r o esta t e n d e n c i a es i m p e d i d a p o r l a presen-
cia e n e l s i s t e m a d e / d / , q u e p r e c i s a m e n t e se d i s t i n g u e e n
esencia d e / t / p o r sus v i b r a c i o n e s g l o t a l e s : / a t a / n o p u e d e
c o n f u n d i r s e c o n / a d a / . P e r o si l a l e n g u a n o d i s t i n g u e e n t r e
250 Elementos de lingilística general
T e r e
órganos, es previsible q u e l a a r t i c u l a c i ó n del fonema se mo.
difique hasta que quede restablecida l a diferenciación má.
xima. E n general, los fonemas que se realizan en l a misma
zona a r t i c u l a t o r i a t i e n d e n a q u e d a r i g u a l m e n t e diferenciados,
Para emplear u n a m e t á f o r a espacial, se d i r á que u n sistema
evolucionará en t a n t o que no sea establecida l a e q u i d i s . -
t a n c i a e n t r e l o s f o n e m a s de que s e compone. Inclu-
so si se hace abstracción de las fluctuaciones -condicionadas
p o r el contexto de l a cadena, u n f o n e m a manifiesta constante-
mente variaciones accidentales que se apartan, p o r poco que
sea, de l o que se. puede a d m i t i r como n o r m a en una época
determinada. Estas variaciones son moderadas o detenidas
si se a p r o x i m a n peligrosamente a l o que constituye la norma
de o t r o fonema. Son toleradas m i e n t r a s n o supongan riesgo
de que el hablante n o sea comprendido. A l a larga, la nor-
ma del fonema se desplaza hacia donde las variaciones son
toleradas y se aleja de la zona en l a que son reprimidas. Si
suponemos una lengua en l a que las vocales anteriores fue-
r a n una / i / , u n a / e / cerrada, p e r o bastante próxima a / i / , y
u n a / a / , toda v a r i a c i ó n de / e / en dirección a / i / expondría
a la incomprensión; al contrario, u n a variación de / e / en la
dirección de / a / , p o r ejemplo, u n a [e], no poduciría nin-
guna d i f i c u l t a d ; estas variaciones se m u l t i p l i c a r í a n y la nor-
m a del fonema / e / n o t a r d a r í a en colocarse a igual distan-
. c i a de / i / y de / a / . Esta es l a situación que, en efecto, se
encuentra en una lengua como el español, que no conoce
más que u n solo fonema intermedio e n t r e / i / y / a / .

6 - 2 7 . C o n f u s i ó n f o n o l ó g i c a y economía

Se puede a d m i t i r en p r i n c i p i o que cuando dos fonemas


se confunden, en todas las posiciones en que aparecen O €n
La evolución de las lenguas 251
A TT
ciertas p o s i c i o n e s solamente, la energía que era necesaria
para e l m a n t e n i m i e n t o de l a d i s t i n c i ó n h a e n c o n t r a d o o t r o
l u g a r en q u e e m p l e a r s e m á s ú t i l m e n t e . E s t o n o v a l e , d e s d e
luego, si l a c o n f u s i ó n se d e b e a l a i m i t a c i ó n de l o q u e p a s a
en o t r a l e n g u a d e m a y o r p r e s t i g i o . T o m e n o s , e n f r a n c é s , los
f o n e m a s q u e l a o r t o g r a f í a n o t a l a m a y o r p a r t e d e las veces
con i n y u n . A c t u a l m e n t e se h a l l a n e n c a m i n o de c o n f u s i ó n
p o r n e g l i g e n c i a d e l m o v i m i e n t o de l a b i o s q u e los d i s t i n g u í a :
r e t r a c c i ó n p a r a i n , r e d o n d e a m i e n t o p a r a un. P o r e l c o n t r a -
r i o , l o s f o n e m a s a n o t a d o s a n y o n q u e se d i f e r e n c i a n c a s i
d e l m i s m o m o d o se c o n s e r v a n b i e n separados. A h o r a b i e n ,
esta ú l t i m a o p o s i c i ó n es de u n a g r a n u t i l i d a d ; son c e n t e n a s
los pares de palabras como temps-ton, lent-long, blanc-
b l o n d , semence-semonce, p e n s e r - p o n c e r e n las q u e sólo ase-
gura l a d i s t i n c i ó n l a oposición entre / á / y / 0 / . Esto contras-
t a c o n l o q u e se o b s e r v a en e l caso de l a o p o s i c i ó n in-un, en
la que h a y gran dificultad para e n c o n t r a r cuasi-homónimas
como b r i n y b r u n , e m p r e i n t e y e m p r u n t e ; sería, p o r o t r a
p a r t e , b a s t a n t e d i f í c i l c o l o c a r estas p a l a b r a s en c o n t e x t o s
i d é n t i c o s , d e m a n e r a q u e s o l a m e n t e l a d i f e r e n c i a en e l m o v i -
m i e n t o d e los l a b i o s a s e g u r a r a l a d i s t i n c i ó n . Así, l a o p o s i c i ó n
in-un p u e d e d e s a p a r e c e r s i n d i f i c u l t a d p a r a l a c o m p r e n s i ó n ,
l o q u e r e p r e s e n t a u n a d o b l e e c o n o m í a de a r t i c u l a c i ó n y d e
memoria.
E l c o n d i c i o n a m i e n t o de u n a c o n f u s i ó n f o n o l ó g i c a p u e d e
ser m u c h o m á s c o m p l e j o de l o q u e s u g i e r e l a p r e s e n t a c i ó n
voluntariamente simplificada de los f o n e m a s in y un. El
f r a n c é s o p o n í a t r a d i c i o n a l m e n t e dos f o n e m a s , r e p r e s e n t a d o s
a m b o s g r á f i c a m e n t e p o r a, y de este m o d o d i s t i n g u í a e n t r e
tache y táche, p a t t e y páte, lace y lasse y m u c h o s o t r o s ; esta
d i s t i n c i ó n , q u e era ú t i l , parece q u e está en v í a de e l i m i n a -
c i ó n . P a r a c o m p r e n d e r este f e n ó m e n o c o n v i e n e h a c e r n o t a r
v a r i o s hechos. Los m e r i d i o n a l e s , q u e en sus d i a l e c t o s p r o v e n -

|
'

lr
252 E l e m e n t o s de lingiiística general
zales o gascones n o conocían más que u n fonema a, no apren-
d i e r o n n u n c a a d i s t i n g u i r tache y táche, p a t t e y páte, etc.
E v i t a r c o n f l i c t o s reemplazando, p o r ejemplo, táche p o r tra-
vail, les h a sido más f á c i l que r e p r o d u c i r la distinción fono-
lógica. Gentes de o t r a s provincias, de acuerdo con sus cos-
t u m b r e s locales, h a n hecho u n a especie de distinción de?
c a n t i d a d q u e ha sido d u r a n t e mucho tiempo el rasgo más
destacado de l a oposición t a c h -e táche. Los parisienses, p o r
e l c o n t r a r i o , l o m i s m o aquí que en los demás tipos v o c á l i -
cos, h a b í a n t e n d i d o a e l i m i n a r la distinción de cantidad en
p r o v e c h o de l a de t i m b r e . Como París, que es donde se ela-
b o r a l a lengua, tiene entre su población más provincianos
q u e parisienses, h a t e n i d o que establecerse u n modus viven-
d i L o s q u e p r o n u n c i a n tache como [ta3] y táche como [ta31
n o conseguían apenas d i s t i n g u i r las dos palabras cuando
e r a n p r o n u n c i a d a s como [ t a s ] y [ t a s ] . Para c o m p r e n d e r s e
h a n t e n i d o unos y o t r o s que valerse de ardides en el uso de
l a lengua, a f i n de e v i t a r conflictos, esto es, hablar de su
t r a v a i l o de su ouvrage en l u g a r de su táche, sentirse fatigué
en l u g a r d e las. A p a r t i r de entonces ya nada impedía que se
estableciera l a confusión. De hecho, l a distinción de dost i m -
bres « a n t e r i o r » y «posterior», p o r ser la de los suburbios
carece de p r e s t i g i o y tiende a desaparecer. E n cuanto a l a s
diferencias d e cantidad, se e l i m i n a n p o r inútiles y sin para-
l e l o e n l a lengua d e h o y .

6-28. Transferencias de r a s g o s pertinentes

L a observación de casos como el de francés i n y un per:


de una oposición depende de su
m i t e n c o n c l u i r que l a suerte
r e n d i m i e n t o f u n c i o n a l , es decir, del papel distintivo
bre los dos
que le corresponde. L o q u e se acaba de decir so
La evolución de las lenguas 253
q A
fonemas a del francés, i n d i c a suficientemente que el rendi-
miento f u n c i o n a l n o es el único f a c t o r que h a y que consi-
derar. Pero sería u n error- m i n i m i z a r su i m p o r t a n c i a ; allí
donde, a p r i m e r a vista, se podría creer que se h a p r o d u c i d o
una confusión, a pesar de que la distinción representa. un
r e n d i m i e n t o i m p o r t a n t e , u n e x a m e n : m á s a fondo muestra
que en realidad el r e n d i m i e n t o era m u y d é b i l . o que la dis-
tinción no h a sido s u p r i m i d a , sino transferida a segmentos
vecinos.
En f r a n c é s , e n e l c u r s o de l a E d a d M e d i a , l a a f t i c a d a
/ t s / , r e p r e s e n t a d a p o r c e n c e n t y face,.se h a r e d u c i d o a [ s ]
s i n i d e n t i f i c a r s e c o n l a s i b i l a n t e de s e n t y de basse, q u e era
entonces una [$] apicoalveolar. Más tarde, estas dos sil-
b a n t e s se h a n c o n f u n d i d o en u n a sola, l a / s / d e l f r a n c é s de
h o y . L a o r t o g r a f í a a c t u a l p r e s t a t o d a v í a t e s t i m o n i o sobre l a
f r e c u e n c i a de estos dos f o n e m a s , r e p r e s e n t a d o s el u n o p o r
Cc, $ O -z y el o t r o p o r s o -ss-. Se p o d r i a c r e e r que l a e l i m i -
n a c i ó n d e esta o p o s i c i ó n ha d e b i d o c o n d u c i r a n u m e r o s o s
c o n f l i c t o s . D e h e c h o , l a d i f e r e n c i a e n t r e la p r e d o r s a l y l a
a p i c a l , r e p r e s e n t a d a s p o r c y p o r s r e s p e c t i v a m e n t e , se ha
t r a n s f e r i d o e n m u c h o s casos a l a v o c a l p r e c e d e n t e . L a p r o -
nunciación apical de [$] ha producido, por ejemplo, una
pronunciación más profunda de u n a /a/ precedente; este
rasgo se h a h e c h o p e r t i n e n t e c u a n d o [ $ ] ha p a s a d o a [ s ] , y
t o d a v í a h o y m u c h o s h a b l a n t e s o p o n e n la / G / de lasse a l a
/ a / de lace.

6-29. A r t i c u l a c i ó n de los f o n e m a s en rasgos d i s t i n t i v o s

E n p r i n c i p i o n a d a se o p o n e a q u e cada f o n e m a de u n a
lengua se distinga de todos los demás p o r una articulación
s u i generis. De hecho, no existe idioma en el que todos los
254 E l e m e n t o s de lingllística general

fonemas presenten este g r a d o de especificidad, Normalm


te, más del 80 p o r 100 de ellos son el resultado de la comin
nación de rasgos a r t i c u l a t o r i o s que aparecen como disti A
tivos en más de u n fonema. En estas condiciones c a d a
fonema se distingue de todos los demás p o r q u e él es el único
que presenta u n c o n j u n t o d e t e r m i n a d o de rasgos; en fran.
cés, como en español, / b / es «sonora» como / d / , «no nasal»
como / p / y «bilabial» c o m o / m / , p e r o sólo / b / es al mismo
tiempo «sonora», «no nasal» y «bilabial». Pero en francés
/ \ / es el único fonema que presenta a r t i c u l a c i ó n lateral y
/ r / el ú n i c o que, según los hablantes, es una vibrante o
una post-velar. Todos los demás fonemas son fonológica-
mente complejos.
Las ventajas teóricas de la a r t i c u l a c i ó n de los fonemas
en rasgos distintivos son evidentes. En una lengua que pre-
sente 12 fonemas consonánticos, si cada u n o de ellos tiene
una articulación específica, los hablantes deben conservar
diferentes 12 articulaciones. Pero si 6 articulaciones pueden
combinarse sin d i f i c u l t a d con u n a o con la o t r a de las dos
actividades de u n m i s m o órgano, los 12 fonemas no exigirán
más que 8 articulaciones se m a n t e n g a n distintas, ya que
una de las 6 primeras se c o m b i n a siempre con una de las
otras dos. Esto es l o que hace el francés que, al combinar
«bilabial», «labiodental», «apical», «silbante», «prepalatal» y
«dorsal» con la «sonoridad» y con l a «sordez», obtiene 12 fo-
nemas / p b f v t d s z ¿ 3 2 k g / . L a existencia de una correla-
ción de sonoridad conduce a una economía que indica la
relación de 8 a 12. Si suponemos a h o r a u n a lengua en la que
cada una de las 4 articulaciones «labial», «apical», «palatal»
y «velar» se combina con cada una de las cuatro actividades
diferentes de la glotis, p o r e j e m p l o , «sordez», «sonoridad»,
«aspiración» y «oclusión», o b t e n d r e m o s 4 X 4 = 16 fonemas,
para 44+4=8 a r t i c u l a c i o n e s diferentes. L a economía será
La evolución de las lenguas 255
La AAA
aquí de 8 a 16. En u n a lengua en la que cada consonante re-
sultara de la c o m b i n a c i ó n de tres articulaciones distintivas
y en la que cada u n a de ellas fuera n o sólo «sonora», «sorda»
o «aspirada», «labial», «apical» o «dorsal», sino también «pa-
latalizada», «labiovelarizada» o de « t i m b r e a», se obtendría
teóricamente u n sistema de 3 X 3 X x 3 = > 2 7 fonemas, p a r a
3 + 3 +43 =09 a r t i c u l a c i o n e s . L a economía sería entonces de

9 a 27. E n u n a lengua en la que cada vocal estuviera carac-


terizada como «anterior» o «posterior», «redondeada» o «re-
traída», «nasal» o «no nasal», «larga» o «breve» de grado de
apertura 1 ( [ i ] ) , 2 [ ( e ] ) , 3 ( f e ] ) o 4 ( [ a ] ) se conseguirían
2 4 + 2 + 2 + 2 + 4 = 1 2 tipos articulatorios, p a r a 2 X 2 X 2
x 2 x X x 4 = 64 fonemas vocálicos.

6-30. L a integración fonológica

E n l a m e d i d a en q u e tales c o m b i n a c i o n e s se p u e d e n p r o -
d u c i r f á c i l m e n t e e i d e n t i f i c a r p o r e l oído, d e b e n r e p r e s e n -
t a r u n a v e n t a j a r e a l p a r a u n sistema. E x i g e n q u e se m a n -
tengan diferentes menos articulaciones p a r a u n n ú m e r o total
de f o n e m a s . A l s e r estas a r t i c u l a c i o n e s m e n o s n u m e r o s a s , sé
d i s t i n g u e n m e j o r u n a s de o t r a s ; a l ser cada u n a de ellas
más f r e c u e n t e s , l o s h a b l a n t e s t e n d r á n m á s ocasiones de p e r -
cibirlas y r e p r o d u c i r l a s y quedarán fijadas más rápidamente
en e l h a b l a de l o s n i ñ o s . U n f o n e m a i n t e g r a d o e n u n o de
estos haces de o p o s i c i o n e s q u e son las c o r r e l a c i o n e s es e n
p r i n c i p i o m á s e s t a b l e q u e u n f o n e m a n o i n t e g r a d o . E n efec-
to, u n f o n e m a n o i n t e g r a d o q u e se o p o n e a t o d o s los d e m á s
p o r u n a c a r a c t e r í s t i c a específica y ú n i c a q u e d a r á a b a n d o n a -
do a sus p r o p i o s r e c u r s o s si s u e x i s t e n c i a está e n j u e g o en
v i r t u d de l a i n s i g n i f i c a n c i a de s u p a p e l d i s t i n t i v o . E n l o s
usos p a r i s i e n s e s m á s e x t e n d i d o s , / € / h a s i d o d u r a n t e m u c h o
256 Elementos de
lingiiisticg &energ)
tiempo el único fonema largo del sistema, y comoy
ción / e -/ / € / , realizada, p o r e j e m p l o , en Íaite - féte t e Oposi.
r e n d i m i e n t o - r e a l m u y débil, a c t u a l m e n t e está en vía nía un
minación. Por el c o n t r a r i o , l o s dos fonemas ingleses de elj.
/ 5 / , que se encuentran, p o r e j e m p l o , en la inicia]d e i s p a
bras thin y this, m a n t i e n e n desde hace siglos una oposicién
cuyo r e n d i m i e n t o es casi nulo, simplemente Porque están
perfectamente integrados en l a potente correlación de sono-
ridad. Una «casilla vacía» en u n a correlación, es decir, una
posibilidad c o m b i n a t o r i a s i n u t i l i z a r , tiende a ocuparse. Esto
puede suceder p o r préstamo, ya q u e el fonema extranjero
correspondiente se r e p r o d u c e s i n g r a n dificultad porque re-
presenta una c o m b i n a c i ó n de articulaciones usuales, Puede
también haber atracción e i n t e g r a c i ó n de u n fonema no in-
tegrado de articulación vecina; éste es el caso de / r / uvular,
cuando en judeo-alemán, p o r e j e m p l o , adapta su articula
ción para convertirse en l a p a r e j a sonora de u n fonema /x/.

6-31. L a asimetría de los órganos

Se podría, pues, esperar que todos los sistemas existentes


tiendan hacia una integración cada vez más completa de
todos sus fonemas p o r reducción del número de articulacio:
nes distintivas sin reducción del número de estos f o n e
Lo que se opone a ello es, p o r una parte, la necesidad di
hacer alternar en el discurso unidades de apertura s e
ferente, de donde surge l a existencia general de dos °
mas, consonántico y vocálico; p o r otra parte, la A ctra
de los órganos articulatorios. E n v i r t u d dee s t a do pue
las combinaciones articulatorias de un tipo det e iden:
den ser excelentes, es decir, fácilmente p r o n u n c i a d o ,
tificables si se realizan en un punto determinado |
La e v o l u c i ó n de las l e n g u a s 257
ee YA

a r t i c u l a t o r i o o c o n u n c i e r t o g r a d o de a b e r t u r a de este ca-
nal, p e r o t a m b i é n p u e d e n s e r de c u a l i d a d d i s t i n t i v a m e d i o c r e
cuando son realizadas en un punto diferente o con una
a b e r t u r a d i f e r e n t e . D i s t i n g u i r e n t r e las v o c a l e s c e r r a d a s u n a
/ i / anterior r e t r a i d a y una / u / p o s t e r i o r redondeada parece
b a s t a n t e n a t u r a l , p u e s t o q u e casi t o d a s las lenguas presen-
tan esta o p o s i c i ó n ; p o r e l c o n t r a r i o , si s e c o m b i n a n con u n a
abertura m á x i m a de l a boca, las n o c i o n e s de r e t r a c c i ó n y
r e d o n d e a m i e n t o de los l a b i o s n o s i g n i f i c a n nada, y sólo u n a
m i n o r í a de l e n g u a s d i s t i n g u e n e n este casó u n a v o c a l ante-
rior / a / y una vocal posterior / a / .
Esta asimetria explica especialmente que no exista en
n i n g u n a p a r t e el s i s t e m a v o c á l i c o de 64 f o n e m a s q u e se h a
b o s q u e j a d o antes. E s i n t e r e s a n t e t e n e r en c u e n t a q u e e n u n
t i p o d e l f r a n c é s , q u e se m a n t i e n e b a s t a n t e e x t e n d i d o , se usan
once de l o s d o c e r a s g o s p r e v i s t o s p a r a este s i s t e m a : n i , nu,
n o u s ( / n i / , / n i i / , / n u / ) se d i s t i n g u e n p o r el j u e g o de l o s la-
b i o s y d e l a l e n g u a y f o r m a n t r e s t i p o s d i s t i n t o s (en l u g a r
de l o s c u a t r o p r e v i s t o s ) ; l a v o c a l de b a n c / b á / se o p o n e a
l a de bas / b a / c o m o n a s a l a n o n a s a l ; f a i t e / f e t / se opone a
f é t e / f e : t / p o r l a c a n t i d a d v o c á l i c a ; riz, ré, raie, r a t ( / r i / ,
/ r é / , / r / , / r a / ) se d i s t i n g u e n p o r e l g r a d o de a p e r t u r a . P e r o
el t o t a l de l o s f o n e m a s d e l sistema, l e j o s de l l e g a r a 64,
n o pasa de 16, l o q u e n o significa, c i e r t a m e n t e , u n a econo-
mía considerable. Existen, sin duda, sistemas cuyo rendi-
m i e n t o p a r e c e b a s t a n t e m e j o r , p o r e j e m p l o , el de las v o c a l e s
danesas, q u e c u e n t a n con 20 u n i d a d e s p a r a n u e v e rasgos dis-
t i n t i v o s . P e r o u n a p r o p o r c i ó n de 16 a 11 n o es de n i n g ú n m o d o
e x t r a o r d i n a r i a . Desde luego, n o i n d i c a q u e el p r i n c i p i o q u e
p r e s i d e l a a r t i c u l a c i ó n de los f o n e m a s en rasgos p e r t i n e n t e s
se d e b a b u s c a r e n o t r a p a r t e q u e en l a economía, s i n o m á s
b i e n q u e l a e c o n o m í a de l o s s i s t e m a s f o n o l ó g i c o s es u n a cosa
c o m p l e j a en l a c u a l i n t e r v i e n e n f a c t o r e s de ó r d e n e s d i v e r s o s .
E. DE LINGUÍSTICA.
? 17

Y
E l e m e n t o s de l i n g i i í s t i c a general

6-32. Prioridad para los hechos lingiitsticos

se experimentan p a r a identificar to-


Las dificultades qué
das las circunstancias que h a n p o d i d o i n f l u i r en la génesis
de u n cambio lingúístico n o pueden a p a r t a r de u n análisis
explicativo 2 los investigadores; conviene simplemente dar
siempre p r i o r i d a d a l aspecto de l a causalidad de los fe-
hace intervenir más que la lengua de que
nómenos que no
se trata y el cuadro permanente, psíquico y fisiológico, de
toda economía lingiiística: ley del menor esfuerzo,necesidad
de comunicar y deexpresarse, conformación y funcionamiento
de los órganos. En segundo Jugar deben intervenir las inter-
ferencias de un uso lingiifstico con otro O las de un idioma so-
bre? otro. Sin que desdefie nunca los datos históricos de
cualquier clase, el que hace una descripción diacrónica no
debe hacer intervenir esos datos más que en último lugar,
después de haber agotado todas las posibilidades explicati-
yas que le ofrecen el examen de la propia evolución de la es-
tructura y el estudio de los efectos de la interferencia.

af
c m ?
C O R R E S P O N D E N C I A D E SIGNOS F O N É T I C O* S

a=a ( f r . lace) 5=4d


4, a = a ( f r . l a s s e ) 6 = ing. t h a t
e m u y a b i e r t a ( i n g . sand- dz, d z = Z
d = oclus. son. r e t r o f l e x a
&,é=e d = d? ( e n o t r o s casos = $ )
é = e D = implosiva dental sonora
= o m u y abierta (ing. h u n t ) = $
g=2Z
2 = 0
Y = é
= 5 G = o c l u s i v a v e l a r son.
e = 0 j =y, 1
á, p o s t e r i o r r e t r a í d a abierta
A,1=1
(a, r u m . m i n a )
= nasal r e t r o f l e x a
wi, p o s t e r i o r r e t r a í d a c e r r a d a q = oclus. velar s o r d a
(2, r u m . m i n a )
R = r uvular
pr, m e d i a r e t r a í d a c e r r a d a
Y = r velar
p=5b £ = r alveolar
B = i m p l o s i v a lab. son.
c = t ? ( e n o t r o s casos = t s ) sas
€ = y (al. i c h ) t = oclus. sorda retroflexa

¿ = 3 t = t

* En el texto, como se puede suponer, s o n más frecuentes las,


transcripciones fonológicas que las fonéticas, / k a b e g a / y no [ k a f e g a ] .
E l e m e n t o s de l i n g i i í s t i c a general
260

ts, t y = § * ? palatalización d e t r á s de
y = i i (en otros casos = y ) oclusiva.
3= w = v e l a r i z a c i é n detras de
p = fricat. labial sorda oclusiva.
x = fricat. dorsal sorda » = aspiración detrás de oclu-
b = fricat. apical sorda siva.
? = o c l u s i ó n glotal, b i e n de- : = larga, tanto si sigue vocal
como consonante.
l a n t e d e vocal, b i e n d e l a n t e
o d e t r á s de oclusiva.
BREVE BIBLIOGRAFÍA

I. LECTURAS COMPLEMENTARIAS Y REFERENCIAS

C a p . 1 . ? FERDINAND DE SAUSSURE, C o u r s d e l i n g u i s t i q u e g é n é r a l e , Pa-


r i s - L a u s a n n e , 1916, 5." ed., p a g s . 23-32 y 97-112, t r a d . esp. C u r s o d e l i n .
g i i í s t i c a g e n e r a l , B u e n o s A i r e s , 1945; ROBERT GoDEL, L e s s o u r c e s m a n u s -
t r i t e s d u C o u r s . . . d e S a i i s s u r e , Geneve, 1957, p a g s . 23-25 y 130-251; A .
MARTINET, L a l i n g u i s t i q u e s y n c h r o n i q u e , Paris, 1965, c a p . I , t r a d . esp.
L a l i n g t i i s t i c a s i n c r ó n i c a , M a d r i d , 1968.
C a p . 2. ? P r o b l e m a s d e l a s i g n i f i c a c i ó n : ERIC BUYSSENS, L e s l a n g a g e s
et le d i s c o u r s , B r u x e l l e s , 1943, p á g s . 5-96. F o n é t i c a e n g e n e r a l : véase
K . L . PIxE, P h o n e t i c s , A n n A r b o r , 19586; MARTIN JoOS, A c o u s t i c P h o n e -
t i c s , B a l t i m o r e , 1948; BERTIL MALMBERG, L a p h o n é t i q u e , P a r i s , 1954, p á -
g i n a 136.
C a p . 3 . ? A . M a r t n e r , A F u n c t i o n a l V i e w o f L a n g u a g e , O x f o r d , 1962,
cap. 2 ; L a l i n g u i s t i g u e s y n c h r o n i q u e , caps. 8 a 10; « L e g e n r e f é m i n i n
en i n d o - e u r o p é e n , e x a m e n f o n c t i o n n e l d u p r o b l é m e » , e n B u l l e t i n d e l a
S o c i é t é de l i g u i s t i q u e 52 (1956), p á g s . 83-95; « L e m o t » , e n P r o b l é m e s
d u l a n g a g e , P a r i s , 1966, p a g s . 39-53. P a r a e l k a l i s p e l , véase H a n s V o c r ,
T h e K a l i s p e l L a n g u a g e , O s l o , 1940
C a p . 5 . ? F . pz S a u s s u r e , C o u r s d e l i n g u i s t i q u e g é n é r a l e , p a g s . 261-289;
A. MARTINET, « D e l ' é c o n o m i e des f o r m e s d u v e r b e e n f r a n c a i s p a r l é » , e n
S t u d i a p h i l . et l i t t . i n h o n . L. S p i t z e r , B e r n , 1958, p á g s . 309-326; « D i f f u -
sion o f Language a n d S t r u c t u r a l Linguistics», en R o m a n c e P h i l o l o g y , V I ,
p á g i n a s $13, y « D i a l e c t » , e n R o m a n c e P h i l o l o g y , V I I I , p a g s . 1 - 1 1 . ? B i -
l i n g ú i s m o e i n t e r f e r e n c i a : véase URIEL WEINREICH, L a n g u a g e s i n C o n t a c t ,
N e w Y o r k , 1953.
C a p . 6 . ? E c o n o m í a l i n g i i í s t i c a : véase H E N R I F R E , L a g r a m m u i r e
des f a u t e s , P a r i s - G e n é v e - L e i p z i g , 1929; G r o r c e K . Z i p r , H u m a n B e h a v i o r
a n d t h e P r i n c i p l e o f L e a s t E f f o r t , C a m b r i d g e , M a s s . , 1949; A. MARTINET,
E c o n o m i e des. c h a n g e m e n t s p h o n é t i q u e s , B e r n e , 1 9 - ?5 T e5 o r.í a d e l a i n -
f o r m a c i ó n : e x p o s i c i o n e s r e l a t i v a m e n t e s e n c i l l a s d e PIBRRB GUIRAUD, e n
262 Elementos de lingliistica generat
a

B u l l e t i n de la Société de linguistique, L, p á g s . 119-133, y de VrroL Br.


LEVITCH, L a n g a g e d e s m a c h i n e s e t d a n g a g e h u m a i n , Bruxelles-Paris, 1956,

Il. LINGUISTICA ESTRUCTURAL~

O r i e n t a c i é n g e n e r a l : A. MARTINET, « S t r u c t u r a l L i n g u i s t i c s » , en A n t h r o -
pology Today, Chicago, 1953, p a g s . 576-586.?Las distintas tendencias
están representadas en L i n g u i s t i c s Today, New York, 1954 ( W o r d , 10,

f a s c . 2 y 3).
P a r a la « E s c u e l a de Praga», m o v i m i e n t o d e l q u e n a c i ó la fonología,
véase T r a v a u x d u C e r c l e L i n g u i s t i q u e d e P r a g u e ( = T C L P ) , 1, 2,
4,5(2),6,7y8; T C L P , 7 = » N . S. TRUBEIZKOY, G r u n d z i g e d e r Pho-
n o l o g i e , t r a d . f r . N . S. TRUBETZKOY, P r i n c i p e s d e p h o n o l o g i e , Paris, 1949.
P a r a l a g l o s e m a t i c a véase L o u i s HseLMSLEV, P r o l e g o m e n a t o a T h e o r y
o f L a n g u a g e ( t r a d . d e l d a n é s ) , B a l t i m o r e , 1953.
L a « l i n g i l í s t i c a a m e r i c a n a » , e n e l s e n t i d o e s t r i c t o d e l t é r m i n o , deriva
de LeoNARD BLooMFIELD, L a n g u a g e , N e w Y o r k , 1933. U n a e x p o s i c i ó n teó-
r i c a c a r a c t e r í s t i c a : ZELLIG S. HARRIS, S t r u c t u r a l L i n g u i s t i c s , Chicago,
1960. M á s f á c i l m e n t e a c c e s i b l e s : H . A . GLEASON, A n I n t r o d u c t i o n to
Descriptive Linguistics, New York, 19612, y CHaRLes F. Hockerr, A
C o u r s e i n M o d e r n L i n g u i s t i c s , N e w Y o r k , 1958. L a d i n á m i c a del mo-
v i m i e n t o r e s u l t a c l a r a e n R e a d i n g i n L i n g u i s t i c s , W a s h i n g t o n , 1957,
c o l e c c i ó n d e a r t í c u l o s d e d i v e r s o s a u t o r e s , c o m e n t a d o s p o r MARTIN
Joos.
Sobre una tendencia un poco divergente: KENNETH L . Pike, Lan-
guage i n R e l a t i o n t o a U n i f i e d Theory o f the Structure of Human
B e h a v i o r , G l e n d a l e , 1954-1960,
Sobre el binarismo, desarrollo de las tendencias apriorísticas de la
fonología: M. HaLleE y R. JaxoBSON, Fundamentals of Language, La
Haye, 1956; ROMAN JAKOBSON, Essais de linguistique générale, Paris, s. 4.
Acerca de l a s gramáticas t r a n s f o r m a t i v a s y generativas que se salen
del cuadro de la lingiiística e s t r u c t u r a l p r o p i a m e n t e dicha, véase NoAM
CHomsky, Syntactic Structures, La Haye, 1957; N. Ruwet, «La gram-
maire générative», en Langages 4 (1966), págs. 3-38.

Ill. GENERALIDADES

Orientación rápida: JEAN Perror, La linguistique, Paris, 1 9 5?7Entre


2 .
los manuales algo antiguos, J. VENDRYES, Le langage, Paris, 192. trad.
esp. El lenguaje, Barcelona, 1925, redactado antes de la primera guerra
mundial, es un buen ejemplo de las tendencias psicologistas pre-estTuc
turales; EDWARD SAPTR, Language, New York, 1921, trad. esp. El lenguai
R i b l i o g r a f t a
263
.
? a - - ? - a S

Meatco, Y , sigue s i e n d o c l p u n t o d e p a r t i d a p a r a t o d a i n v e s t i g a c i ó n
cobre l a c l a m f i c a c i o n de las l e n g u a s ; O r t o JESPERSEN, L a n g u a g e , L o n -
dues. 1922, c o n t i e n e u t i l i n f o r m a c i ó n sobre la h i s t o r i a d e l a l i n g i l í s t i c a
y el a p r e n d i z a j e de l a l e n g u a p o r el niño.
Acerca de la l i n g u i s t i c a histórica, cuya práctica está todavía rela-
v a m e n t e puco i n f l u i d a p o r las investigaciones e s t r u c t u r a l i s t a s : ÁN-
TINE MFULET, L i n g u i s t i q u e historique et linguistique générale, 2 vols.,
Paris, 1921 \ 1938; WALTHER VON WARTBURG, E i n f i i h r u n g i n P r o b l e m a t i k
und M e t h o d i k der Sprachwissenschaft, Halle, 1943, t r a d . esp. P r o b l e -
más y victodos de la lingiiística, M a d r i d , 1951.
Clasiticación genética de las lenguas en A. METLLBT y MARCEL COHEN,
Les langues du monde, Paris, 19522,
Revistas c o n s a g r a d a s a l a lingúística general o que conceden a m p l i o
e s p a c i o a los p r o b l e m a s g e n e r a l e s : T r a n s a c t i o n s o f t h e P h i l o l o g i c a l
S o c i e t y , L o n d r e s , desde 1854; B u l l e t i n d e t a S o c i é t é d e l i n g u i s t i q u e d e
Paris, 61 vols. publicados; Language, Baltimore, desde 1925; Norsk
T i d s s k r i f t f o r S p r o g v i d e n s k a p , O s l o , desde 1928 ( c u e s t i o n e s g e n e r a l e s ;
s o b r e t o d o e n i n g l é s y e n f r a n c é s ) ; A c t a L i n g u i s t i c a , C o p e n h a g u e , des-
de 1939 ( a p a r e c e i r r e g u l a r m e n t e ; f r a n c é s , a l e m á n , i n g l é s ) ; C a h i e r s
F e r d i n a n d d e S a u s s u r e , Geneve, desde 1941; W o r d , N e w Y o r k , des-
de 1945; Z e i t s c h r i f t f i i r P h o n e t i k u n d a l l g e m e i n e S p r a c h w i s s e n s c h a f t ,
B e r t i n , d e s d e 1946; L i n g u a , A m s t e r d a m , desde 1947. ( a p a r e c e i r r e g u l a r -
mente; sobre t o d o inglés y francés); Studia Linguistica, L u n d , desde
1947 (sobre todo francés, inglés, alemán); Archivum Linguisticum,
G l a s g o w , d e s d e 1949; K r a t y l o s , W i e s b a d e n , desde 1956: P h o n e t i c a , B á l e -
N e w Y o r k , desde 1957; L i n g u i s t i c s , L a H a y a , desde 1963; F o u n d a t i o n s
o f L a n g u a g e , D o r d r e c h t , desde 1964; J o u r n a l o f L i n g u i s t i c s , L o n d r e s ,
desde 1965: La Linguistique, P a r i s , desde 1965; la Sociedad Europea
d e L i n g i i í s t i c a p u b l i c a , desde 1967, F o l i a l i n g u i s t i c a .
D e s d e 1939, B i b l i o g r a p h i e L i n g u i s t i q u e , p u b l i c a d a p o r e l C o m i t é
I n t e r n a t i o n a l P e r m a n e n t de Linguistes, U t r e c h t - A n v e r s (francés, inglés);
un v o l u m e n anual.
INDICE DE TÉRMINOS

a b e r t u r a vocálica (grados de...), «aspiración», 2-32,


2-18. aspiradas, 2-33,
abierta, 2-17, asimetría de los órganos, 631.
abreviamiento, 66, 6-14,
« a c e n t o » , 1-5,
acento, 3-31 a 36, b a b l e s , 5 9 y 10.
a c e n t u a l ( u n i d a d . . . ) , 3-31, 3-35. b i l a b i a l e s , 2-25.
a c t u a l i z a c i ó n , 4-23, «bilingije», 5-2.
archifonema, 3-18 y 19. b i l i n g i i i s m o , 54, 5-27 a 29.
«adjetivos», ?4-44, b r e v e ( v o c a l . . . ) , 2-23.
«adverbios», 445,
« a f e c t i v o » ( l e n g u a j e . . . ) , 6-19,
a f i j o , 4-36 a 39. c a m b i o s l i n g i i f s t i c o s , 6-1 a 4.
a f r i c a d a s , 2-36. c a n a l e s p i r a t o r i o , 2-13,
« a l ó f o n o » , 3-16. c a n ó n i c a ( f o r m a . . . ) , 340.
altura melódica, 3-24, « c a s i l l a vacía», 6-30.
a m a l g a m a , 4 2 , 4-14. c e n t r a l i z a d a ( v o c a l . . . ) , 2-20.
a n á l i s i s f o n o l ó g i c o , 3-7. c e r r a d a , 2-17.
a n á l i s i s e n m o n e m a s , 4-3 a 6. clics, 2-34,
a n a l o g í a , 6-21. c ó d i g o , 1-18.
a n t e r i o r , 2-17. complementaria (distribución... par-
a p i c a l e s , 2-26. c i a l ) , 3-19,
ápice silábico, 2-39, 3-21. c o m p o s i c i ó n , 4-34 a 37.
a p i c o d e n t a l e s , 2-26. c o m u n i d a d l i n g i l f s t i c a , 5-2.
a p i c o a l v e o l a r e s , 2-26, 2-28. c o m u n i c a c i ó n ( f u n c i ó n de), 1 4 , 6 5 ,
a r b i t r a r i o s (hechos de lengua...), 67.
1-14, concordancia, 45, 421 a 23,
articulación (de fonemas), 6-29, « c o n j u n c i o n e s » , 4-46,
articulación (de sonidos), 2-11 a c o n m u t a c i ó n , 3-22.
2-39. consonantes, 2-24 a 33, 321.
articulación ( p r i m e r a a , segunda continuas, 2-24,
a.), 18 a 15, 2-10. contraste, 1-20,
266 E l e m e n t o s de lingiiística general

expresiva (función...), 3-1.


c o n t r a s t i v a ( f u n c i ó n . . . ) , 3-1.
c o n v e r g e n c i a , 5-14, eyectiva, 2-33,
coordinación, 431.
corpus, 24. faringales, 2-31.
c o r r e l a c i é n , 3-15. f a r i n g a l i z a d a s , 2-36.
coste, 6-12 y 13. f i j a c i ó n , 6-20.
criollos, 5-16, 5-24. f l o j a (vocal...), 2-21.
c u l m i n a t i v a (función...), 333. fonema, 1-9.
cuerdas vocales, 2-14. f o n e m á t i c a , 1-15, 3 5 a 23,
fonética, 2-11.
fonética (transcripción...), 2-12,
d e m a r c a c i ó n , 3-36 y 37. f o n o l ó g i c a (transcripción...), 2-12,
d e m a r c a t i v a ( f u n c i é n . . . ) , 3-36. f o r m a , 2-8.
d e p e n d i e n t e ( m o n e m a . . . ) , 4 1 8 y 19. función, 246.
d e r i v a c i é n , 4 3 4 a 39. f u n c i o n e s (de los elementos fóni-
d e t e r m i n a n t e s , 4-18 y 19.
cos), 3-1 a 4,
d i a c r é n i c o , 2-2. frecuencia (de l o s f o n e m a s ) , 3-38,
d i a l e c t o , 5-11 a 15, 5-17. f u n c i o n e s (del lenguaje), 14.
d i a l e c t i z a c i ó n , 5-14. funciones ( d e los m o n e m a s ) , 412.
d i f e r e n c i a c i ó n m á x i m a , 6-26. f u n c i o n e s p r i m a r i a s ( d e los mone-
e d i g l o s i a » , 5-4. m a s ) , 4-18.
d i v e r g e n c i a , 5-14. f r a s e , 433.
d o r s a l e s , 2-29. f r e c u e n c i a , 6-11 a 17.
discontinuo (significante...),44 y 5. f r i c a t i v a s , 2-24.
discretas (unidades...), 1-17. fuera, de situación (empleo de la
d i s t i n t i v a (funcién...), 3-1. lengua...), 5-22,
* d i s t r i b u c i ó n complementaria, 3-16,
duración (de los sonidos), 3-24.
geminación c o n s o n á n t i c a , 6-16.
g e m i n a d a s , 2-37.
e c o n o m í a l i n g i i í s t i c a , 6-5. « g é n e r o » , 4-23.
elección (del hablante), 1-19, 2-16. g é n e r o f e m e n i n o , 4 3 , 4-23,
endocéntrico, 434. g l o t a l i z a d a s , 2-33.
e n e r g í a , 3-24. g l o t a l e s , 2-32,
energía a r t i c u l a t o r i a , 2-39, g l o t i s , 2-14,
entonación, 1-16, 3-25, 3-30. g r a m a t i c a l ( m o n e m a . . . ) , 419.
equidistanciá (entre los fonemas),
habla, 1-18.
escrita (lengua...), escritura, 1-2,
h o m o n i m i a , 2-8.
5-18 a 22,
espirantes, 2-24.
exocéntrico, 4-34, «idiotismo», 1-5.
expansión, 4-30 a 33, implosivas, 2-33.
expresión (función de...), 14, i n f o r m a c i ó n , 69 a 11.
I n d i c e de t é r m i n o s 267

intercomprensión, 53, nasal (vocal...), 2-22.


i n t e r d e n t a l e s , 2-26. n e u t r a (vocal..,), 2-20.
i n t e r f e r e n c i a , 5-28. neutralización, 3-18 a 20.
i n t e g r a c i ó n ( d e f o n e m a s ) , 6-30. «nombres», 4-43.
inventarios l i m i t a d o s e i l i m i t a d o s , n o r m a activa y pasiva, 5 6 .
4-19, 438.

oposición, 1-20, 4-8,


j u n t u r a s , 346. opositiva (función), 3-1.
oclusión glotal, 2-32.
o c l u s i v a s , 2-24,
labiales, 2-25,
o r a l (vocal...), 2-22,
labiodentales, 2-25, o r d e n de las unidades, 1-10, 4 8 y 9.
labiovelares, 2-35,
o r d e n (en u n a correlación), 3-15,
labiovelarizadas, 2-35.
órganos de la palabra, 2-13,
largas (consonantes...), 2-37.
larga (vocal...), 2-23.
l a r i n g e , 2-16,
laterales, 2-24 y 27. palabra, 415 a 17.
lengua, 1-14, 1-18. p a l a t a l e s , 2-29.
p a l a t a l i z a d a s , 2-35.
l e n g u a j e , 1-1 a 4,
lexema, 19, 4-19, p a r a d i g m á t i c o , 1-20.
« p a t o i s » , véase b a b l e s .
l e x i c a l ( m o n e m a . . . ) , 419.
pausa v i r t u a l , 3 5 ,
l i n e a l ( f o r m a . . . del lenguaje), 1-10.
l i s t a a b i e r t a , 1-13. pertinencia, pertinente, 2-5,
p e r t i n e n t e (rasgo...), 3-12 a 15,
l i s t a c e r r a d a , 1-13.
pidgin, 5-23.
l i t e r a r i a (obra...), 6-18.
p o s t e r i o r , 2-17.
p r e d i c a d o , 4 2 6 a 29.
m a r c a (de c o r r e l a c i é n ) , 3-15. p r e d o r s o a l v e o l a r e s , 2-28.
ematerna» (lengua...), 5-27. p r e g l o t a l i z a d a s , 2-33.
m e d i a (vocal...), 2-20. p r e p a l a t a l e s , 2-23.
m e l o d i a de l a p a l a b r a , 1-15 y 16, «preposiciones», 446.
2-13, 3-25. presiones en l a cadena, 623 y 24,
m e n o r esfuerzo, 6-5. presiones en el sistema, 6-23 y 2 ,
mensaje, 1-18. p r é s t a m o ( v u l g a r o culto), 5-29.
m o d a l i d a d , 4-19 y 20. p r i m e r a articulación, 13, 2-10.
«mojadas», 2-29. p r o b a b i l i d a d , 6-11.
momentáneas, 2-24. «pronombres», 4-47.
m o n e m a , 19, prosodia, 1-15, 3-24 a 35.
m o n e m a a u t ó n o m o , 410 y 11.
m o n e m a f u n c i o n a l , 412.
moras, 3-29, r a s g o p e r t i n e n t e , 3-12 a 15.
m o r f e m a , 19, 4-19, « r e c o m p o s i c i ó n » ,4 3 6 .
emorfo(fo)nologias, 341. r e d o n d e a d a , 2-17.

J
Elementos de l i n g i í s t i c a general
268
sujeto, 426 a 23,
dundancia, 6-8. s u p r a s e g m e n t a l , 1-15.
), 418 y 19.
rre g i d o (monemaá
r e n d i m i e n t o f u n c i o n a l , 6-28.
t e n s a ( v o c a l . . . ) , 2-21.
retrafda, 2-17. tonos, 1-17, 3 2 6 a 30, 3-32
retroflexos, 2-26. t o n o s m e l ó d i c o s , 3-28 y 2 9
t o n o s p u n t u a l e s , 3-27, 3-29.
t r a n s c r i p c i o n e s , 2.12, :
s a b i r , 5-23.
segmentación, 3 4 , 34. unilingtie, 5-27.
u l a c i ó n , 1-8, 1-11, 2 1 0 .
segunda a r t i c uvulares, 2-16, 2-30.
serie, 3-15.
s e n t i d o , 2-7 a 9. variaciones geográficas, 2-3,
s i n c r é n i c o , 2-2, 2 4 ,
v a r i a n t e (de significado), 47,
significado, 19. v a r i a n t e (de significante), 42, 47
s i g n i f i c a n t e , 19. variantes (de fonema), 316 y 1.
s i g n o l i n g i i f s t i c o , 1-9. velares, 2-30. ,
signo p r o s ó d i c o , 4-1.
velarizadas, 2-35.
sílaba, 2-39, 3-21.
«verbos», 443.
s i l b a n t e s , 2-28.
v i b r a n t e s , 2-24 y 27.
sintagma, 413. virtualidades s e m á n t i c a s , 23,
sintagma autónomo, 4-13 a 17.
v o c a l ( c a r á c t e r . . . ) , 1-2, 1-10.
s i n t a g m a p r e d i c a t i v o , 4-24,
v o c a l e s , 2-17 a 23.
s i n t a g m á t i c o , 1-20.
v o c a l e s y c o n s o n a n t e s , 321, 339,
s o n o r a , 2-15.
v o c a l e s ( c u e r d a s . . . ) , 2-14.
s o r d a , 2-15.
v o z , 2-15.
s u b o r d i n a c i ó n , 4 3 2 y 33.
INDICE GENERAL

Págs.
o

PRÓLOGO 00. 20. ono ooo ooo on. cn cee e. 20. con sen ocn coe sen see 7

C a r t r u L o 1 . ? L A LINGUÍSTICA, EL LENGUAJE Y LA LENGUA... 11

1-1. L a l i n g i l í s t i c a , d i s c i p l i n a n o p r e s c r i p t i v a ; 1-2. C a r á o -
t e r v o c a l d e l l e n g u a j e ; 1-3. E l l e n g u a j e , i n s t i t u c i ó n h u -
m a n a ; 1-4, L a s f u n c i o n e s d e l l e n g u a j e ; 1-5. ¿Las l e n g u a s
s o n n o m e n c l a t u r a s ? ; 16. E l l e n g u a j e n o es u n c a l c o d e
l a r e a l i d a d ; 1-7. C a d a l e n g u a t i e h e s u s t i p o s ; 1-8. L a d o -
b l e a r t i c u l a c i ó n : d e l l e n g u a j e ; 1-9. L a s u n i d a d e s l i n g ú í s t i -
c a s d e b a s e ; 1-10. F o r m a l i n e a l y c a r á c t e r v o c a l ; 1-11. L a
d o b l e a r t i c u l a c i ó n y l a e c o n o m í a d e l l e n g u a j e ; 1-12. C a d a
l e n g u a t i e n e s u p r o p i a a r t i c u l a c i ó n ; 1-13. N ú m e r o d e m o -
n e m a s y d e f o n e m a s ; 1-14. ¿Qué es u n a l e n g u a ? ; 1-15. A l
m a r g e n d e l a d o b l e a r t i c u l a c i ó n ; 1-16. C a r á c t e r n o d i s -
c r e t o d e l a e n t o n a c i ó n ; 1-17, L a s u n i d a d e s d i s c r e t a s ;
1-18. L e n g u a y h a b l a , c ó d i g o y m e n s a j e ; 1-19. C a d a u n i -
dad supone u n a elección; 1-20. C o n t r a s t e s y o p o s i c i o n e s .

C a p r f r u L o 2 . ? L A DESCRIPCIÓN DE LAS LENGUAS ... ccoo 00 0.0. 38

2-1. ¿Cómo f u n c i o n a u n a lengua determinada?; 2-2. Sin-


cronía y d i a c r o n í a ; 2-3. Variedades de uso; 2 4 . E l «cor-
pus»; 2-5, La p e r t i n e n c i a ; 2 6 . Elección y función; 2-7. ¿Eli-
m i n a r el sentido?; 2 9 . La f o r m a , garantía del carácter
l i n g ú í s t i c o ; 2-9. Peligros de la t r a d u c c i ó n ; 2-10. Se debe
empezar p o r l a segunda a r t i c u l a c i ó n ; 2-11. La fonética
a r t i c u l a t o r i a ; 2-12. Las transcripciones; 2-13. E l aire en
m o v i m i e n t o ; 2-14. L a glotis; 2-15. La voz; 2-16. La faringe;
2-17. Las vocales; 2-18. Grados de a b e r t u r a de las vocales;
e
a
e.

270 Elementos de lingiística general


ra

Págs,

2-19. Tipos vocálicos i n t e r m e d i o s ; 2-20. Vocales medias


neutras y c e n t r a l i z a d a s ; 2-21. Vocales tensas y voc ale
f l o j a s ; 2-22. Vocales nasales; 2-23. Duración de las voca.
les; 2-24, Las consonantes; 2-25. Las labiales; 2-26, Las api-
cales (oclusivas, f r i c a t i v a s y espirantes); 2-27. Las apicales
(laterales y v i b r a n t e s ) ; 2-28. Las silbantes; 2-29. Las dor-
sales palatales (prepalatales); 2-30. Dorsales postpalatales
velares y u v u l a r e s ; 2-31. Faringales; 2-32. Las g l o t a l e s ;
2-33. Aspiradas y glotalizadas; 2-34. Los clics; 2-35, Articu.
laciones bucales c o m p l e j a s ; 2-36. Las africadas; 2-37, Con.
sonantes largas y geminadas; 2-38. La sílaba; 2-39, Ener-
gía a r t i c u l a t o r i a .

CapríruLO 3 . ? E L ANÁLISIS FONOLÓGICO . . . 00m ooo c0. 0... .78

I. F u n c i o n e s d e los e l e m e n t o s f ó n i c o s ... ... . . . 78

3-1. T r e s funciones fundamentales; 3-2. Rasgos caracte-


r í s t i c o s n o f u n c i o n a l e s ; 3-3. R e a l i d a d f í s i c a y función
l i n g t i f s t i c a ; 3 4 . D o s c r i t e r i o s e n c o n f l i c t o : f u n c i ó n y seg-
mentación.

82
TI. L a f o n e m á t i c a ... ...o ooo ..o ...

3-5. Las pausas v i r t u a l e s ; 36. Las j u n t u r a s internas;


3-7. ¿Qué significantes deben someterse a análisis? 38. La
segmentación f o n e m á t i c a ; 3-9. U n m i s m o sonido para dos
fonemas y viceversa; 3-10. D e f i n i r los segmentos antes de
c o m p a r a r l o s ; 3-11. O p e r a r con contextos limitados; 312,
Investigación de los rasgos p e r t i n e n t e s ; 3-13. Proporcio-
nalidad de las relaciones; 3-14. Representación gráfica de
las proporciones; 3-15. De los i n v e n t a r i o s de segmentos 4
los fonemas; 3-16. Las variantes c o m b i n a t o r i a s ; 3-17. Las
otras variantes; 3-18. N c u t r a l i z a c i ó n y archifonemas; 3 1 .
Neutralización y d i s t r i b u c i ó n complementaria parción
3-20. La neutralización se m a n i f i e s t a en las a l t e r n a n c i a ;
3-21. Vocales y consonantes; 3-22. Elementos sin valor
d i s t i n t i v o ; 3-23. Dos sonidos sucesivos como fonemá
único.
104
III. L a p r o s o d i a. . . . . . tae on. ... nee +. ES

3.25. La
3-24. Naturaleza física de Jos hechos prosódicos; 428 3%?

entonacién; 3-26. Los tonos; 3-27. Tonos puntuales;


Indice general 271
¡qE_-z_?___ _ I A < ?>4>A=+
E->_ E e € z c m A n n q I I 4 - <= 2 - 2 2 A P ? ? ? ? Á

Págs.

T o n o s m e l ó d i c o s ; 3-29. Las m o r a s ; 3-30. T o n o s y e n t o n a -


c i o n e s ; 3-31. E l r e a l z a m i e n t o p o r e l a c e n t o ; 3-32. A c e n t o s
y t o n o s ; 3-33. F u n c i o n e s d e l a c e n t o ; 3-34. Papel d e l a c e n t o
e n l a i d e n t i f i c a c i ó n d e l a p a l a b r a ; 3-35. L a j e r a r q u í a d e
los acentos.

IV. L a d e m a r c a c i ó n ... 0... c o . .bese


. nee ene wen wees . 119
3-36. La demarcación acentual; 3-37. Otros medios de-
marcativos.

V. U t i l i z a c i ó n d e l a s u n i d a d e s f o n o l ó g i c a s . . . ... ... 122


3-38. Frecuencia en el léxico y frecuencia en el discurso;
3-39. L a s c o m b i n a c i o n e s de fonemas; 340. L a f o r m a ca-
nónica; 341. L a « m o r f o f o n o l o g í a » .

CAPÍTULO 4 . ? L A S UNIDADES SIGNIFICATIVAS ... «io e... -. . . . . 126

L_ E l a n á l i s i s d e l o s e n u n c i a d o s. . . . . o s e ese ove eee 126

4-1. P a p e l m a r g i n a l d e l o s s i g n o s p r o s ó d i c o s ; 4-3. D i f i c u l -
t a d e s d e l a n á l i s i s : a m a l g a m a ; 4-3. E l a n á l i s i s e n m o n e -
m a s ; 4 4 . S i g n i f i c a n t e s d i s c o n t i n u o s ; 4-3. L a c o n c o r d a n -
c i a ; 4 6 . C o m p l e j i d a d v a r i a b l e de l a e s t r u c t u r a de los
m o n e m a s ; 47. V a r i a n t e s de significantes y variantes de
significados.

II. L a j e r a r q u í a de los m o n e m a s ... .. ++ + + . 134


4 8 . L a posición d e l m o n e m a ño es siempre pertinen-
te; 4-9. L i b e r t a d sintáctica y economía; 4-10. Tres mo-
dos de caracterizar las relaciones de u n m o n e m a ; 411.
Los m o n e m a s autónomos; 4-12, Los monemas funcio-
n a l e s ; 413. E l s i n t a g m a a u t ó n o m o ; 4-14. Tendencia a l a
a m a l g a m a en e l sintagma a u t ó n o m o ; 415. La «pala-
b r a » ; 4-16. Dificultades en la d e l i m i t a c i ó n de l a «pa-
l a b r a » ; 4-17. Se debe p r e f e r i r el sintagma a u t ó n o m o a l a
«palabra»; 418. Dependientes, .regidos y determinantes;
4-19. M o n e m a s gramaticales y lexicales; modalidades; 4-20.
M o d a l i d a d e s y m o n e m a s funcionales; 4-21. Una c o n f u s i ó n
f a c i l i t a d a p o r l a a m a l g a m a y la concordancia; 422. E j e m -
plos de e n m a r a ñ a m i e n t o ; 4-23. E l «género»; 424. E l sin-
.,

tagma predicativo; 4-25. La actualización; 426. E l sujeto;


272 E l e m e n t o s de ti
"giltsticg

Págs,
427. Predicados nominales en las lenguas c o n
428. Lenguas sin sujeto; 4-29. El monema predi sujeto;
Cativo y

TH. La expansion 00. 00. oe. ee oes oe oe ...


160
430. Expansión: todo lo que no esindispensable: BL La
c o o r d i n a c i ó n ; 4-32. L a s u b o r d i n a c i ó n ; 433, L a frase

IV. L a c o m p o s i c i ó n y d e r i v a c i ó n ... ... bee oes

164
434. La composición y l a derivación no son ión:
4-35. Rasgos comunes a l a composición y a la P c
4-36. Diferencias entre l a composición y la derivación.
437. Criterio de productividad; 4 8 . ¿Es el a j o m o d a l
d a d o lexema?; 439. E l afijo puede determinar la elec.
ción de modalidades,

V. L a c l a s i f i c a c i ó n de los m o n e m a s ... ... .. 172


440. L o s c o m p u e s t o s y d e r i v a d o s t r a t a d o s como mone-
m a s ; 4 4 1 . E l m i s m o m o n e m a en d i f e r e n t e s clases; 442,
E n c a b a l g a m i e n t o s , t r a n s f e r e n c i a s , casos difíciles; 443,
« N o m b r e s » y «verbos»; 444, « A d j e t i v o s » ; 445. «Adver-
b i o s » ; 4:46. «Preposiciones» y «conjunciones» ; 447. «Pro-
nombres»,

CAPÍTULO 5 . ? L A VARIEDAD DE LOS IDIOMAS Y DE LOS USOS


LINGUÍSTICOS. . . ... . . . eee eee cee eee ces - 180
5 1 , H e t e r o g e n e i d a d de las e s t r u c t u r a s lingiifsticas so-
ciales; 5-2. C o m u n i d a d l i n g i i f s t i c a y c o m u n i d a d politica;
5 3 . L a i n t e r c o m p r e n s i ó n c o m o c r i t e r i o ; 5 4 . Bilingiiismo
y «diglosia»; 5-5. C o m p l e j i d a d de las situaciones lingiiís-
ticas reales; 5 6 . D i v e r s i d a d n o p e r c i b i d a ; 5-7. Diferencias
sociales; 5 8 . C o m p l e j i d a d r e a l de u n a situación unilin-
g l i e ; 5 9 . L o s b a b l e s ( = « p a t o i s » ) ; 5-10. Condicionamiento
de u n a s i t u a c i ó n de b a b l e ; 5-11. Las situaciones dialec-
t a l e s ; 512. «Dialecto» o p u e s t o a «Jengua»; 5-13.L o s d i a -
lectos c o m o v a r i e d a d e s de l e n g u a ; . 5-14. Divergencia y
convergencia; 5-15. C ó m o p r e c i s a r e l v a l o r de «dialecto»;
5-16. Los i d i o m a s c r i o l l o s ; 5-17. L o s dialectos sociales; 5-18.
Lengua h a b l a d a y l e n g u a e s c r i t a ; 5-19. ¿Lengua u i s t i n t a 0
estilo d i s t i n t o ? ; 5-20. F o r m a h a b l a d a y f o r m a escrita de
Indice general 273

Págs.
? ?

una m i s m a lengua; $21. Francés h a b l a d o y francés escri-


to; 5-22. C o n d i c i o n a m i e n t o p a r t i c u l a r de l o s usos litera-
rios; 5-23. «Sabir» y «pidgin»; 5-24, Diferencia entre s a b i r
y c r i o l l o ; 5-25. E l i n d i v i d u o establecido en el e x t r a n j e r o ;
5-26. Aprendizaje de lénguas e x t r a n j e r a s ; 527. Lengua
«materna»; bilingiies y u n i l i n g i l e s ; 5-28. La i n t e r f e r e n c i a ;
5-29. La interferencia abarca todos los hechos de prés-
tamo.

CAPÍTULO 6 . ? L A EVOLUCIÓN DE LAS LENGUAS ... +... e . soe 214


I. Cambio social y cambio l i n g i l í s t i c O ... . . . . . . s+ 214
6-1. T o d a s las l e n g u a s e s t á n c a m b i a n d o en t o d o m o -
mento; 6-2. I n n o v a c i o n e s l e x i c a l e s y s i n t d c t i c a s ; 6 3 .
A p a r i c i ó n de nuevas f u n c i o n e s ; 64. Sólo interesa a l l i n -
g ú i s t a la causalidad i n t e r n a .

11. E c o n o m í a de l a l e n g u a ... ...o o. ono ooo eco ooo ane 219


6-5. L a l e y d e l m e n o r e s f u e r z o ; 6-6. E c o n o m í a s i n t a g m á -
t i c a y e c o n o m í a p a r a d i g m á t i c a ; 6-7. S ó l o l a c o m u n i c a -
c i ó n d a f o r m a a l a l e n g u a ; 6-8. L a r e d u n d a n c i a .

III. Informacion, frecuencia y COSÍ8 . . . ccoo coo ooo oo. 225


6-9. L a t e o r í a d e l a i n f o r m a c i ó n y e l l i n g i i i s t a ; 6-10. L a
i n f o r m a c i ó n ; 6-11. P r o b a b i l i d a d y f r e c u e n c i a ; 6-12, F r e -
c u e n c i a y c o s t e ; 6 - 1 3 . ' D e b i l i d a d de la relación e n t r e f r e -
c u e n c i a -y c o s t e ; 6-14. F r e c u e n c i a y f o r m a en e l l é x i c o ;
6-15. F r e c u e n c i a y f o r m a e n g r a m á t i c a ; 6-16. F r e c u e n c i a
y f o r m a e n f o n o l o g í a ; 6-17. E f i c a c i a en u n c o n t e x t o d a d o ;
6-18. I n f o r m a c i ó n y o b r a l i t e r a r i a ; 6-19. E l « l e n g u a j e afeo-
t i v o » ; 6-20. L a f i j a c i ó n ; 6-21. F r e c u e n c i a s y c a m b i o s 'ana-
lógicos; 6-22. Consecuencias de ciertas evoluciones fo-
néticas.

"IV. Cualidad de las unidades ... ..o co co. css sce ane 244
6-23. Presiones en la cadena y en el sistema; 6-24. Equili-
brio entre los dos tipos de presión.

V. D i n á m i c a de l o s s i s t e m a s f o n o l d g i c o s ... ... ... 248


6-25. Fuentes de inestabilidad en el sistema f o n o l é g i c o ;
6-26. La diferenciación m á x i m a ; 6-27. Confusión fonológt-

? , 18
E, DE L I N G U Í S T I C A
274 E l e m e n t o s d e l i n g i i t s t i c a general
Q

Págs,
<a y economía; 6-28. Transferencias de rasgos .
tes; 6-29, Articulación de los fonemas en rasgos distin
vos; 630. La integración fonoldgica; 6-31. La M i o
de los órganos; 6-32. Prioridad para los hechos lingiifs
ticos.

CORRESPONDENCIA DB SIGNOS FONÉTICOS ... .. 259


BREVB BIBLIOGRAFÍA .,. ... ... sec coe cee coe cee eee
261
ÍNDICE DE TÉRMINOS ... o... ..0. ...
tees 265
a* l

ts
Ma

A
Aer
a
AA
Ae.
pam
Cee
es

P r i ni n t Sep adi n

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