P o r ios Doctores

JOSE S. DOTTA y
TOMAS DELPORTE

S O B R E UN CASO DE
H E M A N G I O M A EP1DIDIMARIO

N contraposición a la gran frecuencia con que se observan

lesiones i n f l a m a t o r i a s agudas o crónicas del epidídimo, la
localización en ella de procesos neoplásícos es extraordi-
n a r i a m e n t e rara, y más aún la existencia de t u m o r e s de n a t u r a l e z a
benigna.
Scalfi h a b í a r e u n i d o hasta el a ñ o 1 9 3 6 - 5 8 casos de observa-
ciones publicadas de t u m o r e s epididimarios, de los cuales sólo 18
eran b e n i g n o s ; desde entonces hasta la fecha h e m o s reunido 14
publicaciones de t u m o r e s epididimarios de las cuales 8 se refieren
a t u m o r e s benignos.
N u e s t r a observación se trata de u n t u m o r a n g i o m a t o s o del epi-
d í d i m o , habiéndose p u b l i c a d o hasta la fecha tres casos más de tu-
mores de esta n a t u r a l e z a — l o s de A r d o u i n en 1 9 1 1 , H o s f o r d en
1 9 3 2 y el de D ' A v r e u en 1 9 3 6 .

Historia Clínica. — A. V. 16 años. Argentino. Soltero. H. C. i\'" 9

T. 111 (Hosp. Italiano) .
Ingreso, - - I - X I - ^ 9. Alta: H-XM9.
Antecedentes personales. — Sarampión en la ]'•' infancia, Operado hace
d o s a ñ o s de "quiste de c o r d ó n " del lado derecho.
Enfermedad actual. — Desde hace m á s o m e n o s 7 años nota una tumora-
ción en el testículo derecho, indolora espontáneamente y a la presión, que ha
a u m e n t a d o de t a m a ñ o muy lentamente. Hace d o s a ñ o s se i n t e r n ó p o r ese motivo
en u n s e r v i c i o h o s p i t a l a r i o de esta c i u d a d , d o n d e se le s o m e t i ó a u n a intervención
q u i r ú r g i c a . El p a c i e n t e m a n i f i e s t a q u e al ser d a d o de alta, la t u m o r a c i ó n persistía.
C o n c u r r e al c o n s u l t o r i o e x t e r n o de n u e s t r o servicio d o n d e se le indica la conve-
niencia de internarse.
Estado actual. — A nivel de la z o n a c o r r e s p o n d i e n t e al e p i d í d i m o derecho,
se p a l p a u n a t u m o r a c i ó n de t a m a ñ o de u n h u e v o de p a l o m a , i n d o l o r a espontánea-
mente y a la palpación, de s u p e r f i c i e i r r e g u l a r , abollonada, de c o n s i s t e n c i a elás-
 KjRevista rgentina

• ^ ' d e
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tica, y q u e está a d h e r i d a a l o s p l a n o s s u p e r f i c i a l e s . E l l a o c u p a t o t a l m e n t e la zona

c o r r e s p o n d i e n t e s al e p i d i d i m o , el q u e n o se p a l p a en n i n g u n o de s u s segmentos.
Está perfectamente delimitada, pudiéndose diferenciar bien del parénquima tes-
ticular. El cordón no se p a l p a en su trayecto intraescrotal.
El testículo y epididimo izquierdos se presentan de caracteres normales.

El r e s t o del e x a m e n c l i n i c o es negativo.
A n á l i s i s de o r i n a : n a d a de anormal.
Diagnóstico clínico. -—• T u m o r de epididimo.
Se a c o n s e j a la intervención para practicar la epididimectomia.
Operación. — (3-XI-39) Bajo anestesia local se practica una incisión

Mícrofotografía Nv 1. — (Prep. Nv 8519, aumento 7, 8 D)

A pequeño aumento, cavidades angiomatosas. En un extremo,
restos de t u b o s epididimarios.

ínguino-escrotal. Se l i b e r a el c o r d ó n c o n t o d o s sus e l e m e n t o s a n i v e l del orificio

e x t e r n o del c o n d u c t o inguinal y se e x t e r i o r i z a el t e s t í c u l o . La tumoración ocupa
la cara póstero-superior del testículo, siendo imposible la disección en la zona
del h i l i o , p u e s allí está í n t i m a m e n t e a d h e r i d a a los v a s o s . C o m o n o se l o g r a extir-
par la tumoración viniendo de a b a j o arriba, buscamos un plano de c l i v a j e , si-
g u i e n d o el t r a y e c t o del c o n d u c t o d e f e r e n t e , p e r o ya p o c o a n t e s de llegar al hilio
testicular, los v a s o s h a n i d o d i s m i n u y e n d o d e calibre, se h a n hechos más nume-
rosos, hasta tomar el a s p e c t o de un tejido esponjoso, que cubre como casco a
la p a r t e p ó s t e r o - s u p e r í o r del t e s t í c u l o . D a d a u n a i m p o s i b i l i d a d de disecar l o s v a s o s
del hilio, de la tumoración, sin menoscabar su integridad circulatoria, nos ve-
m o s o b l i g a d o s a p r a c t i c a r la e c t o m í a de d i c h o t e s t í c u l o . L a disección de la tumo-
ración, la hace s a n g r a r abundantemente.
 C i e r r e t o t a ! de la h e r i d a p o r planos.
Post-operatorío. — Normal.
Sin incidencias, el p a c i e n t e es d a d o de acta el I3-XI-39.
Estudto htsto-patológíco de la pieza extraída, por el D r . G. Fontana—
L a p i e z a e n v i a d a p a r a su e s t u d i o , c o n s i s t e en u n a m a s a de f o r m a irregular-
m e n t e r e d o n d e a d a , de s u p e r f i c i e a b o l l o n a d a y deshilacliada, del t a m a ñ o aproxima-
d o de u n huevo de p a l o m a grande. Se c o n t i n ú a por una prolongación corta y
acordonada. L a c o n s i s t e n c i a es r e n i t e n t e , d a n d o la i m p r e s i ó n de tener en su inte-
rior cavidades irregulares.
A l c o r t e se e n c u e n t r a n u n a serie de c a v i d a d e s de t a m a ñ o s , v a r i a b l e s , algunas

Microfotografía No 2. — (Prep. N" 8518, aumento 150 D)

Epidídimo ectásico y a t r o f i a d o .

de las cuales c o n t i e n e n aún sangre; estas cavidades forman prácticamente toda

la t u m o r a c i ó n .
Al estudio histológico, estas cavidades son anfractuosas, con paredes de
m e d i a n o g r o s o r , c o n u n c o n t e n i d o h e m á t i c o las m e n o s , p o r q u e en su m a y o r parte
están vacías. S u s p a r e d e s s o n d e n a t u r a l e z a c o n j u n t i v a , en a l g u n a s c o n resfuerzos
m u s c u l a r e s lisos y e s t á n r e v e s t i d a s en su p a r t e i n t e r i o r p o r u n e n d o t e l i o igual al
de los v a s o s s a n g u í n e o s : en a l g u n a s de ellas este e n d o t e l i o h a c a í d o posiblemente
por las m a n i o b r a s de preparación.
Buscando los tubos epididimarios. los vemos rechazados y disociados por
estas c a v i d a d e s . Observando uno de ellos a m á s a u m e n t o , se p r e s e n t a ectásico y
con las p a r e d e s adelgazadas, al lado de otros más pequeños que lo normal y
a t r o f i a d o s p o r la c o m p r e n s i ó n ejercida s o b r e los mismos.
 evisia Jlrgenüna

Í C 447
f l f ^ g i a

No encontramos en ninguna z o n a de la L u m o r a c i ó n elementos de t i p o tes-

ticular.
Diu'-inósiico. — Hemangioma de la z o n a epididimaria.

Los procesos t u m o r a l e s benignos del e p i d i d i m o n o se acom-

p a ñ a n de u n cuadro clínico bien d e f i n i d o . P o r lo general es el au-
m e n t o de t a m a ñ o del testículo lo que llama la atención del e n f e r m o
o se p o n e de m a n i f i e s t o ocasionalmente en u n examen médico.
El dolor falta h a b i t u a l m c n t e , y c u a n d o él existe se presenta
como una sensación de peso o tensión sin llegar a t o m a r caracteres
de m a y o r intensidad.
Estos t u m o r e s son en general primitivos, siendo m u y raro que
sean consecuencia de la p r o l o n g a c i ó n de un proceso a n á l o g o testicu-
lar ,o viceversa, que al t u m o r de e p i d i d i m o se p r o p a g u e al testículo.
Puede ser que los t u m o r e s teratoides, o r i g i n a d o s en la rete-testis,
i n v a d a n precozmente la cabeza del e p i d i d i m o d a n d o clínicamente
el aspecto de ser u n t u m o r p r i m i t i v o del e p i d i d i m o . E n estos casos
la reacción de A.scheim y Z o n d e c k , dará un resultado positivo.
Puede hacerse el diagnóstico basándose en sus caracteres de:
consistencia, v o l u m e n , delimitación con las z o n a s vecinas y el tes-
tículo mismo, diferenciación neta entre la z o n a t u m o r a l y las par-
tes sanas del epididimo, m o v i l i d a d con respecto al testículo, con
adherencia con los p l a n o s superficiales, evolución lenta, sin adeno-
patías, y en algunos casos la t r a n s i l u m i n a c i ó n positiva, c o m o suce-
de con los l i n f a n g i o m a s y lipomas.
La posibilidad de una degeneración maligna es m u y remota,
siendo ella posible en los t e r a t o m a s y los a n g í o m a s .
El t r a t a m i e n t o es p u r a m e n t e quirúrgico, practicándose en gene-
ral la extirpación del e p i d i d i m o y sólo raras veces la castración, c o m o
sucedió en n u e s t r o caso, que d a d o las dificultades técnicas insalva-
bles nos v i m o s obligados a realizarla.
En lo referente a los h e m a n g í o m a s en particular, podemos
decir que se trata de t u m o r e s a estructura a n g i o m a t o s a , alojados
entre el ovillo de canalículos epididimarios y en u n grado más
a v a n z a d o o c u p a n d o t o d o el e p i d i d i m o . L o s caracteres histológicos
son los mismos al de t o d o s los h e m a n g i o m a s , sin tener caracterís-
ticas propias.
 Parece ser que los vasos p r o d u c t o r e s del t u m o r , son los vasos
sanguíneos p r o p í o s del e p i d í d i m o y n o los correspondientes al sis-
tema periepídidimario perteneciente a la porción inferior del c o r d ó n
espermátíco.
D e los c u a t r o casos de h e m a n g i o m a s que hemos p o d i d o reco-
ger, el de D ' A v r e u era un e n f e r m o de 2 8 años, con una evolución
de seis semanas y al que se le practicó la castración. El caso de
H o s f o r d es u n joven de 1 5 años, con un antecedente de t r a u m a t i s -
m o en el testículo, habiéndosele practicado también la castración.
N u e s t r o caso se trata de un paciente de 16 años, con una evolución
de 7 años, sin antecedentes de t r a u m a t i s m o , y al que t a m b i é n se le
e x t i r p ó el testículo. Del ú l t i m o caso, el de A r d o u i n , n o hemos p o d i d o
recoger datos.

BIBLIOGRAFIA

D Aureu A. L. — Hemangioma epididimario (Brit. J. of Surg. Abril, 1936).

Mathú Ch. P. — Quiste de paredes óseas y tumor a células intersticiales del
epidídimo. (Am J. of. Urol. V. 41. P. 188),
Scalfi A. — Tumores benignos del e p i d í d i m o . (Ann. Ital. di C h i r u r V XV
P- SI).