PNT NT23 - Detec Consulta Publica
PNT NT23 - Detec Consulta Publica
PNT NT23 - Detec Consulta Publica
Sumário
1 Objetivo
2 Aplicação
3 Referências bibliográficas
4 Definições
5 Condições gerais
6 Condições específicas
NORMA TÉCNICA
Sistemas de detecção e alarme de incêndio
Nº 23/2021-CBMDF
1. Objetivo
1.1. Esta Norma Técnica (NT) tem por objetivo estabelecer requisitos técnicos, necessários aos
sistemas de detecção e alarme de incêndio, a serem considerados no dimensionamento destes
sistemas em projetos apresentados para análise e, posteriormente, vistoria da instalação, realizados
pelo Departamento de Segurança Contra Incêndio (DESEG).
2. Aplicação
2.1. A presente NT se aplica às edificações e áreas de riscos no Distrito Federal que, em função
de sua classificação, conforme norma técnica específica que trata das medidas de segurança e risco
de incêndio, forem enquadradas no grupo de construções que demandam a instalação do sistema de
proteção por detecção e alarme de incêndio.
2.2. Os requisitos técnicos estabelecidos nesta norma técnica se aplicam aos sistemas de
detecção convencional, endereçável, analógico e algorítmico.
2.3. Os demais sistemas de detecção automática de incêndio não tratados nesta norma, quando
submetidos à fiscalização do Corpo de Bombeiros, serão analisados com base na literatura técnica
do fabricante, acompanhados do certificado de conformidade emitido por organismo reconhecido pelo
CBMDF.
3. Referências Bibliográficas
4. Definições
4.1. Ponto endereçável: ponto que pode ser individualmente identificado no equipamento de
controle e indicação.
4.2. Display alfanumérico: indicador capaz de dar informações pela exibição de mensagens que
consistem em textos e/ou caracteres numéricos.
4.3. Circuito de detecção: meio de transmissão que conecta pontos ao equipamento de controle
e indicação.
4.4. Sinal de primeiro alarme: sinal de um detector de incêndio ou acionador manual que é
interpretado como um alarme de incêndio, mas seguindo o que o equipamento de controle e
indicação estabelece como um estado de primeiro alarme.
2
NORMA TÉCNICA
Sistemas de detecção e alarme de incêndio
Nº 23/2021-CBMDF
4.6. Indicador: dispositivo que pode mudar seu estado para dar informação.
4.8. Zona: subdivisão geográfica das instalações protegidas na qual um ou mais pontos estão
instalados e para a qual uma indicação de zona comum é provida.
4.13. Pé-direito: altura livre de um pavimento da edificação, medida entre o piso e a parte
inferior do teto dentro do ambiente, para fins de aplicação desta NT.
5. Condições Gerais
5.2. O projeto a ser apresentado para análise deve ser elaborado respeitando a padronização
gráfica prevista em norma técnica específica do CBMDF, demonstrando os componentes do sistema,
necessários ao seu perfeito funcionamento.
3
NORMA TÉCNICA
Sistemas de detecção e alarme de incêndio
Nº 23/2021-CBMDF
5.4.1.A central deve ser localizada em áreas de fácil acesso e supervisionadas, tais como;
salas de controle, salas de segurança, portaria principal ou entrada de edifícios. Na ausência de
vigilância permanente após o período de ocupação da edificação, torna-se necessário que a central
tenha monitoramento local ou remoto.
5.4.2. No caso de equipamentos com baterias externas, as mesmas devem ser instaladas junto
à central, em área abrigada e ventilada, para evitar acúmulo de gases tóxicos e corrosivos, bem como
o estabelecido em 5.7.
5.5.1.1. Devem ser dimensionados de forma que a distância máxima a ser percorrida por
uma pessoa, em qualquer ponto da área protegida até o acionador manual mais próximo, não seja
superior a 30 metros, considerando que haja necessariamente um acionador manual distante no
máximo 05 metros das saídas de emergência (portas, escadas) dos pavimentos e/ou da edificação.
5.5.1.2. Os acionadores manuais devem ser instalados a uma altura de 0,90 m a 1,35 m
do piso acabado até a base inferior do respectivo componente, podendo ser embutido ou sobreposto
à parede.
5.5.1.3. Nas edificações com mais de um pavimento, deve ser previsto pelo menos um
acionador manual em cada pavimento. Os mezaninos estarão dispensados desta exigência, quando
o acionador manual do pavimento em que os mesmos estejam localizados, promover atendimento
para a área do mezanino, conforme item 5.5.1.1.
4
NORMA TÉCNICA
Sistemas de detecção e alarme de incêndio
Nº 23/2021-CBMDF
5.5.2.3. Avisadores devem ser instalados a uma altura do piso acabado de 2,2 m a 3,5 m,
de forma embutida ou sobreposta, preferencialmente na parede.
5.5.2.4. Nos locais de reunião de público, tais como: casas de show, de apresentações
musicais, de espetáculos diversos, boates, danceterias, salões de festas, similares e em ambientes
onde o nível sonoro ultrapasse 105dB (A), será obrigatória também a instalação de avisadores
visuais, quando houver a exigência do sistema de detecção ou de alarme.
5
NORMA TÉCNICA
Sistemas de detecção e alarme de incêndio
Nº 23/2021-CBMDF
5.5.5.1. Os detectores de chama são autorizados em ambientes nos quais não haja
pontos encobertos onde uma possível chama possa ser gerada na área protegida.
6
NORMA TÉCNICA
Sistemas de detecção e alarme de incêndio
Nº 23/2021-CBMDF
Detector de chama
Sensibilidade do
detector num ângulo
de 45ᵒ
Fonte B
Dobro da intensidade
da fonte A
Fonte A
5.5.6.2. A distância entre o detector linear de fumaça e o plano do teto deve atender às
especificações documentadas pelo fabricante e, caso não definida, deve-se adotar entre 0,3 m e 1,0
m, levando em consideração as características do teto, estratificação e ventilação.
7
NORMA TÉCNICA
Sistemas de detecção e alarme de incêndio
Nº 23/2021-CBMDF
em um ponto rígido, a uma distância da parede de até 1/4 da máxima distância definida em 5.4.4.6, e
eles não podem ultrapassar 3,75 m.
8
NORMA TÉCNICA
Sistemas de detecção e alarme de incêndio
Nº 23/2021-CBMDF
5.5.7.4. Os tubos de amostragem devem ser rígidos, podendo ser de cobre, latão, PVC,
CPVC ou outro material permitido pelas especificações documentadas e cálculos do fabricante do
detector por amostragem de ar. Os tubos devem ser unidos por conexões do mesmo material dos
tubos, de forma estanque e sem deformação na temperatura máxima do local de instalação. Quando
fabricados em PVC ou CPVC, suportes rígidos devem ser instalados no máximo a cada 1,50 m para
evitar a deformação.
5.6. Da manutenção.
5.7.1.Todo sistema de detecção e alarme de incêndio deve ter duas fontes de alimentação. A
principal deve ser a rede do sistema elétrico que alimenta a edificação, e a auxiliar
(reserva) é constituída por baterias, nobreak ou gerador.
5.7.2. A comutação da fonte de alimentação deve ser automática entre a fonte de energia
principal e a reserva, no caso de falha da fonte de alimentação em uso.
5.7.4.Quando a alimentação auxiliar for por gerador, também deve ter os mesmos parâmetros
de autonomia mínima.
6. Condições Específicas
6.1.1. Nos ambientes com desnível superior a 8 m entre o teto e o piso, os detectores pontuais
de fumaça devem ser instalados em níveis intermediários de no máximo 8 m entre eles. Recomenda-
se a instalação de coletores de fumaça com área mínima de 900 cm2, em todos os detectores
pontuais de fumaça localizados nos níveis intermediários.
9
NORMA TÉCNICA
Sistemas de detecção e alarme de incêndio
Nº 23/2021-CBMDF
6.1.2. Cada ambiente deve ser protegido em toda a sua área pelo mesmo tipo de detector. Não
é permitido atender ao dimensionamento previsto para proteger parte de um ambiente com
detectores de fumaça e a parte restante com detectores térmicos ou outros tipos.
6.2.1.1. Em locais com teto plano de altura superior a 5 m, o espaçamento entre detectores
pontuais de temperatura deve ser reduzido conforme tabela 05, sendo permitidas interpolações para
alturas intermediárias.
6.3.1. Em locais cujo comprimento do ambiente a ser protegido seja maior que a máxima
distância entre emissor e receptor/refletor definida em 5.5.6.3, devem ser instalados dois ou mais
detectores lineares de fumaça alinhados e complementares, de forma a proteger integralmente o
ambiente. Nesse caso a distância entre as extremidades dos feixes de luz de dois detectores
complementares deve ser inferior a 1/4 da máxima distância entre feixes de luz definida em 5.5.6.6 e
não pode exceder 3,75 m.
6.3.2. Nos locais cuja área a ser protegida for maior que 50 % da área coberta por um
único detector linear de fumaça, devem ser instalados no mínimo dois detectores lineares de fumaça.
6.4.2. Quando houver edificações ou áreas protegidas por subcentral, esta deverá estar
interligada à central supervisora, emitindo sinal simultâneo de alarme, podendo o alarme geral ser
soado somente na edificação ou área protegida pela subcentral, mas emitindo sinal de pré-alarme
10
NORMA TÉCNICA
Sistemas de detecção e alarme de incêndio
Nº 23/2021-CBMDF
para a central. O alarme geral para toda a edificação será soado caso, em 2 minutos, não sejam
tomadas medidas de ação junto à central supervisora.
6.5. Componentes com comunicação por rádio frequência
6.5.1. Para os meios de transmissão por rádio frequência, deve-se ter imunidade à
atenuação do local (degradação do sinal de rádio frequência), ou seja, o fabricante deve fornecer
meios, seja no componente em si ou por meio de configuração do sistema, para garantir que uma
atenuação local, que possa ser causada por influências de diversas razões, não afete adversamente
o meio de transmissão por rádio frequência de forma que a comunicação entre os componentes não
seja possível.
6.5.2. A perda da capacidade do sistema de transmitir uma mensagem de qualquer
componente com um meio de transmissão por rádio frequência para o Equipamento de Controle e
Indicação dentro de períodos especificados na NBR ISO 7240-2 deve ser reconhecida em menos de
300 s e deve ser indicada em menos de 100s.
6.5.3. Qualquer componente deve ser concebido de tal forma que a remoção da sua base
e/ou de seu ponto de instalação seja detectado e indicado como uma falha.
6.6. Em locais com elevada concentração de pessoas, o alarme geral pode ser substituído por um
sinal sonoro (pré-alarme) apenas na sala de segurança, junto à central, para evitar o pânico, para um
acionamento prévio da brigada de incêndio na verificação do sinal de pré-alarme.
6.6.1. Para o item anterior, a central deve possuir um temporizador para o acionamento
posterior do alarme geral, com tempo de retardo de, no máximo 2 minutos, caso não sejam tomadas
as ações necessárias para verificar o pré-alarme da central.
11