5 Chaves de Potencia
5 Chaves de Potencia
5 Chaves de Potencia
Simbologia e Equivalência:
O SCR pertence a família dos dispositivos denominados Tiristores, que são dispositivos destinados
a comutação de alta velocidade, ele se baseia em 4 pedaços de materiais semicondutores que
formam uma estrutura de 4 camadas, de onde vem a denominação "diodos de 4 camadas", que se
equivale na realidade a dois transistores, um PNP e outro NPN ligados de tal modo a formar uma
chave regenerativa.
Gate
Funcionalidades:
O SCR é um dos componentes mais importantes nas aplicações em que esteja envolvido o controle
de cargas de potência de altos valores a partir da rede de energia. Funcionando como um interruptor
acionado eletronicamente ele facilmente supera seus equivalentes mecânicos, por sua velocidade,
sensibilidade e capacidade de operar com tensões e correntes elevadas. Na estrutura equivalente
formada por transistores, o anodo corresponde ao emissor do primeiro transistor que é um do tipo
PNP, o catodo corresponde ao emissor do segundo transistor. A base do primeiro transistor está
ligada ao coletor do segundo, enquanto que a base do segundo transistor está ligada ao coletor do
primeiro.
LIGANDO
Se for estabelecida uma pequena tensão positiva em relação ao catodo na comporta do SCR,
fazendo com que uma corrente pequena circule entre a base do transistor com o gate e seu emissor,
o SCR mudará de estado. Polarizando a junção deste transistor no sentido direto de condução
(junção emissor-base) o transistor terá também sua corrente de coletor aumentada numa proporção
que depende do ganho deste mesmo transistor. Lembramos que a corrente de coletor será tantas
vezes maior que a corrente de base quanto for o ganho do transistor. A corrente de coletor do
transistor com o gate é justamente uma corrente que circula num sentido que polariza a junção
emissor-base do outro transistor no sentido de também fazê-lo conduzir.
A corrente de coletor do transistor é a corrente de base do outro, o que significa que agora volta o
primeiro transistor a ser excitado num efeito de realimentação ou regeneração, mesmo que a
pequena corrente que tenha dado início ao processo ao ser aplicada na base do outro transistor,
tenha desaparecido, ele já terá dado início ao processo de realimentação que leva ambos os
transistor a terem suas correntes de coletor aumentadas numa proporção que mantém ambos
conduzindo.
Para que a realimentação ocorra numa intensidade que mantenha o SCR em plena condução, é
preciso que a corrente principal tenha um valor mínimo denominado “corrente de manutenção”. Se
a corrente principal cair abaixo deste valor, a realimentação não mais será suficiente para manter o
SCR em plena condução e ele desligará.Para um SCR da série 106 esta corrente de manutenção
(IH) tem seu valor típico entre 5 e 8 mA o que significa que esta é a corrente mínima que o circuito
de carga deve "puxar" para que o SCR funcione apropriadamente.
DESLIGANDO
Como já foi dito, um dos meios que se tem para desligar um SCR é reduzindo a corrente principal
até que ela caia abaixo do valor indicado, quando ele emtão comuta para o estado de não condução.
Uma outra maneira de se fazer o SCR desligar, é reduzindo a zero por um instante a tensão entre o
anodo e o catodo, fazendo a corrente principal cair abaixo do valor de manutenção, desligando
assim o semicondutor levando-o ao seu estado de não condução.
Isso pode ser feito de diversas maneiras, uma delas é por meio de um interruptor de pressão do tipo
normalmente aberto (NA) ligado em paralelo com o SCR curto-circuitado, ou então por meio de um
interruptor de pressão do tipo normalmente fechado (NF) ligado em série com a alimentação,
desligando-o momentaneamente.
APLICAÇÕES
Tiristores, ou retificadores controlados por silício, os SCRs são usados em muitas áreas da
eletrônica onde encontram usos em uma variedade de aplicações diferentes.
SCR como retificador de meia onda:
O SCR TIC116B precisa de 20 mA de corrente de gatilho para garantir o disparo, quando VAK for
de 6 VCC. Além disso, para o disparo, a tensão entre anodo e catodo deve ser igual a VGT
(aproximadamente igual a 0,6 V). Desta forma, logo no início do semiciclo positivo, a tensão da
rede de alimentação atinge um valor suficientemente alto para garantir as condições de disparo de
SCR, que conduzirá e acenderá a lâmpada.
Este circuito pode ser útil como controle de velocidade para pequenos motores, como a furadeira ou
um ventilador. Sua potência máxima é de 200 watts. Também pode ser usado como um controle de
intensidade de luz para um holofote.
Este projeto baseia-se principalmente em dois SCRs C106B que operam de acordo com o meio
ciclo positivo ou negativo. Ou seja, para um meio ciclo em que o ânodo do SCR(1) é positivo e
negativo para o cátodo, então a corrente passa pelo diodo 1N4003, depois pelo resistor de 50K e 1K
até atingir o capacitor de 0,1uF. A velocidade de carregamento dependerá do potenciômetro de 50K,
resistor de 1K e capacitor. Em seguida, essa tensão no capacitor aumentará gradualmente até atingir
65 ou 70 volts, o que fará com que a lâmpada de néon seja ativada e acione para aplicar uma tensão
ao portão e, portanto, ativar também o SCR.
Especificações
A curva característica adotada para o SCR nos permite analisar seu princípio de funcionamento.
O SCR pode ser utilizado em diversas aplicações, porém é necessário analisar as condições onde o
SCR será aplicado, apesar de ser muito utilizado, ele tem condições muito específicas para para um
bom funcionamento.
TRIAC
SIMBOLOGIA E EQUIVALÊNCIA:
Os Triacs são componentes eletrônicos que são amplamente utilizados em aplicações de controle de
energia CA, ele pode ser visto como um par de símbolos de tiristores em sentidos opostos fundidos,
dois tiristores em paralelo, mas em direções diferentes. Um Triac se comporta como dois SCRs em
oposição.
FUNCIONALIDADES
Cada um dos “SCRs” que formam um TRIAC já tem o seu funcionamento conhecido, de modo que
podemos imaginar este componente como alguma coisa semelhante a uma “chave bilateral”, que
conduz a corrente nos dois sentidos, portanto, e que pode ser disparada por um sinal aplicado ao seu
elemento de comporta.
o TRIAC tem dois terminais principais: MT1 e MT2 e um terminal de comporta, ele é usado em
circuitos de corrente alternada (apenas), ligado em série com a carga.
LIGANDO
Para dispará-lo, devemos aplicar uma tensão positiva ou negativa em sua comporta, o que permite
fazer seu disparo nos circuitos de corrente alternada em qualquer dos semiciclos. A tensão de
disparo para este componente é da ordem de 2 V, e correntes típicas na faixa dos 10 mA aos 200 mA
são encontradas, dependendo da potência do componente.O triac é capaz de conduzir de várias
maneiras – mais do que o tiristor. Pode conduzir corrente independentemente da polaridade da
tensão dos terminais MT1 e MT2. Também pode ser acionado por correntes de porta positivas ou
negativas, independentemente da polaridade da corrente MT2.
Os TRIACs podem ser disparados de 4 modos diferentes:
I+: MT2 estará positivo em relação a MT1, e a corrente de comporta tem sentido tal, que entra no
componente, ou seja, Gate positiva.
II-: MT2 é positivo em relação a MT1, e a corrente de gate sai do componente, ou seja, temos uma
comporta polarizada negativamente.
III-: MT2 negativo em relação ao MT1 aplicamos um pulso negativo ao terminal de disparo.
IV+:MT2 está negativo em relação a MT1 e a comporta positiva, ou seja, com a corrente entrando
no componente.
No I e III, obtêm-se maior sensibilidade de disparo para o TRIAC em relação às outras
possibilidades. No IV, a sensibilidade é pequena; e no II, é ainda mais reduzida, devendo ser
utilizada somente em TRIACs concebidos especialmente para este fim. Portanto, o disparo de um
TRIAC não é simétrico, ou seja, não dispara nas mesmas condições para os quatro quadrantes.
APLICAÇÕES
Triacs são usados em muitas aplicações. Esses componentes eletrônicos são frequentemente usados
em requisitos de comutação CA de baixa a média potência. Onde grandes níveis de energia
precisam ser comutados, dois tiristores / SCRs tendem a ser usados, pois podem ser controlados
mais facilmente.
DIAC
SIMBOLOGIA E EQUIVALÊNCIA:
O diac é muito parecido com o triac, mas o diferencial entre eles se encontra na maneira como eles
são construídos e em suas aplicações. Ambos são componentes eletrônicos usados em circuitos de
corrente alternada (CA), mas com funções diferentes.
Um diac é um comutador de onda completa ou bidirecional que dispara nos dois sentidos e ambas
as polaridades. Conduz corrente apenas quando a tensão atinge o valor de disparo e não conduz
quando a corrente elétrica é menor que o valor característico, denominada corrente de corte. Tem o
mesmo comportamento em ambas das direções, o diac pode ser fabricado de duas maneiras.
Estrutura de 3 camadas do DIAC
Nesta estrutura, a comutação ocorre quando a junção inversa polarizada experimenta a quebra
inversa. Este é o DIAC mais utilizado na prática devido à sua operação simétrica.
Este DIAC de três camadas pode atingir a tensão de ruptura de cerca de 30 V em geral e capaz de
fornecer melhorias suficientes nas características de comutação.
A estrutura de cinco camadas do DIAC é muito diferente em termos de operação. Esta estrutura de
dispositivo forma uma curva I-V que é como a versão de três camadas.
Podemos dizer que essa estrutura se parece com dois diodos de interrupção conectados de volta para
trás.
FUNCIONALIDADES
Quando fornecimento positivo com MT1 e fornecimento negativo com MT2, nesta condição apenas
P1 funcionará e N1 não funcionará e P1 e N1 estarão em polarização direta, N2 e P2 em polarização
reversa e P2 e N3 em polarização direta . . A junção do meio é polarizada inversamente. Quando N2
e P2 são polarizados reversamente, há um fluxo de corrente de fuga muito baixo devido às
portadoras minoritárias. Mas quando a tensão aumenta, a energia cinética dos elétrons dos
portadores de carga minoritários também aumenta. E devido ao aumento da tensão, a energia
cinética dos elétrons portadores minoritários aumenta rapidamente e colide com os elétrons da
camada de depleção, então cria uma ruptura e libera um grande número de buracos e elétrons. À
medida que começa a condução de corrente através da junção, a tensão através das junções diminui.
Em que tensão ocorre a ruptura, essa tensão é chamada de tensão de ruptura VBO. E após esse pico
de ruptura, o DIAC inicia a condução, e depoipara voltar ao estado de bloqueio, basta remover a
tensão por alguns instantes. Para interromper a condução de um diac, reduz-se a corrente para um
valor abaixo do valor de manutenção, especifico do componente.
APLICAÇÕES
O diac é vulgarmente utilizado como dispositivo de disparo de triacs e tiristores em circuitos de
controlo de intensidade luminosa, aquecimento, velocidade de motores e aplicações semelhantes.
Sensor de tensão
O circuito é disparado por uma tensão de entrada determinada pelo ajuste de P1. Evidentemente, a
tensão aplicada nesta entrada deve ser igual ou maior que a necessária ao disparo do Diac.
ESPECIFICAÇÕES
Curva característica do diac
Tensão
Um diac comum (normalmente a tensão desses
componentes está entre 25 e 32 V).
DIODO DE POTÊNCIA
SIMBOLOGIA E EQUIVALÊNCIA:
Um diodo é um dos mais simples dispositivos semicondutores, que tem a característica de passagem
de corrente em apenas um sentido sua característica funcional é simplesmente permitir a passagem
de corrente elétrica ou não, podemos dizer que eles trabalham como uma chave aberta ou como uma
chave fechada.
Um diodo não se comporta linearmente com respeito à tensão aplicada, como o díodo tem uma
relação exponencial, não podemos descrever o seu funcionamento utilizando apenas uma equação
como a lei de Ohm.
FUNCIONALIDADES
Os diodos de potência são basicamente compostos por duas camadas, uma de um cristal tipo P
( carregado positivamente) e uma camada de cristal N ( carregado negativamente), a junção criada
entre eles permite a passagem de corrente elétrica em um único sentido, a diferença dos diodos de
potência dos diodos comuns é uma terceira camada denominada N extra, esta camada possibilita
que os diodos de potência possam suportar tensões elétricas mais elevadas. Como vimos
anteriormente um diodo é construído através de substâncias tipo P, com ausência de elétrons, ou
seja, sua carga predominante é positiva, e outra substância do Tipo N, com excesso de elétrons desta
forma sua carga predominante é a negativa. Um diodo é formado quando se funde esses dois cristais
de cargas opostas, formando uma junção denominada PN, quando realizamos esta junção as
camadas no centro da junção tendem a se equilibrar eletricamente, ou seja, ocorre uma
recombinação dos elétrons, uma vez que o material tipo P carregado positivamente, tem a tendência
de atrair os elétrons do lado tipo N. Quando isso acontece o material tende a equilibrar as cargas
elétricas no centro da junção gerando uma área denominada camada de depleção. É importante
destacar que este rearranjo ocorre somente no centro da junção onde as forças de atração tem maior
intensidade, as extremidades da junção continuam polarizadas com as cargas originais.
Denominamos o centro como camada de depleção ela é responsável por isolar eletricamente uma
extremidade do diodo da outra.
ESPECIFICAÇÕES
Diodos de uso geral apresentam um tempo de recuperação reversa relativamente alta ( ≈ 25µs ) e,
são utilizados em aplicações de baixa velocidade, onde o tempo de recuperação do componente não
é crítico (retificadores, conversores de baixa frequência - 1kHz , conversores com comutação pela
linha). Estes diodos trabalham dentro de uma faixa que varia de 1A até milhares de ampères e de
50V até 5000V.
Curva Característica
Essa curva é denominada de curva não ôhmica,
já que o diodo não segue a lei de Ohm, e possui
uma dependência não linear com a tensão
aplicada em seus terminais.
BJT
SIMBOLOGIA E EQUIVALÊNCIA
Existem dois tipos de transistores bipolares de junção (BJT)
PNP e NPN
Estes transistores possuem três terminais, Emissor, representado pela letra “E”, Base representada
pela letra “B” e o Coletor representado pela letra “C”.
Os dois terminais principais, terminais de potência, são o emissor e o coletor. O terceiro terminal, a
base, de baixa potência, é o terminal de controle.
FUNCIONALIDADES
O BJT terá três regiões de operação, corte, saturação e região ativa.
Corte
Quando a corrente de base for zero, a corrente no coletor será desprezível e o transistor estará em
região de corte, as junções coletor-base e base-emissor estarão com polarização invertida e o BJT se
comporta como chave aberta. A tensão máxima que está junção é de aproximadamente 7V.
Saturação
Quando a tensão entre Base-Emissor atinge uma tensão alta o suficiente para superar a barreira de
potencial, que geralmente é de 0,7 V, gera uma corrente na base (o terminal do meio), o resultado é
que uma pequena corrente na base que pode controlar uma corrente maior que flui do coletor para o
emissor como uma chave. A corrente do emissor (Ie) é a soma das correntes da base (Ib) e do
coletor (Ic). Se fosse do tipo PNP, o transistor ficaria em corte com a corrente na base e em
saturação sem ela e o sentido da tensão VCE teria que se inverter.
Ativa
E para região ativa, para um transistor ser usado como amplificador, ele deve ser polarizado com
resistores de forma que o Ic e a tensão entre o coletor e o emissor (Vce) fiquem na região de
amplificação, a tensão base-emissor estará positiva e a tensão coletor-base estará negativa.
ESPECIFICAÇÕES
Estes diodos trabalham dentro de uma faixa que varia de 1A até milhares de ampères e de 50V até
5000V.
Curva Característica