O livro Literatura e contemporaneidade: estudos em literatura afro-brasileira e africana no Brasi... more O livro Literatura e contemporaneidade: estudos em literatura afro-brasileira e africana no Brasil apresenta nomes de pesquisadoras e estudiosos do cenário literário brasileiro no que diz respeito à arte da palavra em circulação no país enquanto um projeto político e educacional. A partir da chamada para publicação acessamos textos com discussões em quatro pontos dessa encruzilhada leitora que chamamos de capítulos: Literatura Infantil de autoria negra, Educação antirracista e Lei 10.639/2003, Literatura Juvenil e as periferias, Literatura Africana. Cada eixo com pautas que valem seminários, congressos, contudo, deixamos esta ideia para você, leitor e leitora, desenvolver. Esperamos entregar leituras sobre nosso tempo de agora sem deixar as narrativas do ontem empoeirar sob nossa caminhada e muito menos perder o fôlego para os passos do amanhã que construímos nessa filosofia Sankofa, através das vertentes literárias dos irmãos africanos e das africanidades na diáspora negra no Brasi...
O presente artigo apresenta o curso de extensão universitária Pedagogias do Esperançar: a arte de... more O presente artigo apresenta o curso de extensão universitária Pedagogias do Esperançar: a arte de educar diante das perdas e do luto, que teve como principal objetivo propiciar um espaço para partilha de saberes e acolhimentos referentes a perdas e lutos. Essa formação priorizou despertar o olhar atento dos educadores para o protagonismo e as narrativas das crianças sobre seus processos de elaboração das perdas. Oferecido pelo Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Infâncias, Culturas, Educação e Sociedade - GEPICES/CEFET/RJ, em ambiente remoto, o curso acolheu cento e trinta participantes, que puderam evidenciar a necessidade de falar sobre dores individuais e coletivas, sobre a morte e o luto. Foram quatro encontros virtuais que trataram de diferentes aspectos relativos ao tema. Por meio de exposições teóricas, interações dialogadas, contação e narração de histórias, entre outras atividades, foram criados espaços para uma escuta ativa, ou seja, para o (com)partilhamento de percepções e...
No relato de experiência será apresentada uma reflexão sobre prática pedagógica realizada em uma ... more No relato de experiência será apresentada uma reflexão sobre prática pedagógica realizada em uma instituição de Educação Infantil da zona norte do município do Rio de Janeiro. A ação pedagógica se inspirou na biografia da bailarina Mercedes Baptista que dialogou de forma interdisciplinar e lúdica com a cultura e história afro-brasileira, buscando promover uma educação antirracista na primeira infância colocando em prática Lei n. 10.639/03. Palavras-chave: Educação Infantil, Lei n. 10.639/03, Mercedes Baptista.
As Epistemologias do Extremo Sul permeiam os vales e montanhas desse território de identidades re... more As Epistemologias do Extremo Sul permeiam os vales e montanhas desse território de identidades repleto de culturas (no plural) através dos cantos, poemas, mitos e oralituras diversas que demarcam o território geopolítico compartilhado entre quilombos, aldeias indígenas e comunidades tradicionais sobreviventes à chegada das empresas multinacionais e dos empreendimentos agropecuários. Nestas paisagens, a Bahia se apresenta originalíssima, habitada por grupos de etnia Pataxó e comunidades quilombolas que lutam diuturnamente pelo direito à existência, à resistência e à resiliência de seus saberes tradicionais. As universidades, símbolo do conhecimento científico, não poderiam de maneira alguma ignorar as lições advindas da sabedoria popular e, por isso, a parceria entre comunidades e universidade torna-se tão importante à medida que as epistemologias apresentam-se diversas, plurais. A imagem que estampa a capa deste volume não poderia se originar de outro elemento que não dessa parceria entre os conhecimentos universitários e os saberes tradicionais que dialogam constantemente nessas epistemologias encruzilhadas no Extremo-Sul baiano. Na capa, a obra “A Cabocla Janaína”, do artista caravelense e mestre dos saberes Itamar do Anjos Silva, que também possui o título de mestre em Ensino e Relações Étnico-Raciais (PPGER/UFSB), provoca um vislumbre das temáticas abordadas nestas epistemologias. A dupla maestria do artista o habilita a falar a partir de um entrelugar situado na hiância entre os saberes acadêmicos e os saberes tradicionais, aos quais a universidade brasileira vem paulatinamente aprendendo a valorizar. O artista, engajado nas questões socioculturais, oferece muito mais do que a sua arte para este livro: empresta também o seu prestígio para pensarmos as diferentes epistemologias que entrecruzam os tambores, as vozes, as pinturas corporais, as ciências, as beberagens e as demarcantes lutas afroindígenas empreendidas neste território de identidades através das intersecções entre o saber-fazer e o fazer-saber, constantemente presentes na vida de nossa gente.
O ensaio fotográfico apresenta o cultivo do urucum e seus impactos na vida da população que ocup... more O ensaio fotográfico apresenta o cultivo do urucum e seus impactos na vida da população que ocupam as terras que ficam na beira da BR-101 no trecho da cidade de Teixeira de Freitas-BA. As fotografias foram registros da pesquisa “Beiradeiros: conflitos, vulnerabilidade e exclusão social no Extremo Sul da Bahia” que tem como objetivo investigar os modos de vida dos moradores que ocupam as faixas de terra que ficam entre as fazendas e a estrada BR-101.
Os sons dos tambores, diapasão de múltiplas oralituras, percussionam as “Epistemologias do Extrem... more Os sons dos tambores, diapasão de múltiplas oralituras, percussionam as “Epistemologias do Extremo Sul”, elementos em amálgama de um território de identidades cujo cenário aponta para uma diversidade étnica e cultural; na zona costeira, grupos de etnia Pataxó, e, do lado interior do continente, comunidades de negros que, na atualidade, mergulham em um processo de luta pelo reconhecimento das reminiscências ancestrais. A imagem do tambor corporifica uma síntese de vários elementos, cuja complexidade filia o expectador-ouvinte a uma história da qual intentaram desvinculá-lo. O ritmo que ele propaga ritualiza e reatualiza as tradições que guardam a palavra ancestral e, por isso, promove um reconhecer-se sócio-histórico, um sentimento de pertença dos sujeitos com a sua história e, por conseguinte, com a sua gente.
I Seminário Regional de Ensino e Relações Étnico-Raciais, 2019
ISBN: 978-65-80187-13-3
O Programa de Pós-graduação em Ensino e Relações Étnico-Raciais (PPGER)... more ISBN: 978-65-80187-13-3
O Programa de Pós-graduação em Ensino e Relações Étnico-Raciais (PPGER) da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) está atuando desde setembro (2017), com três turmas distribuídas nos campi: Jorge Amado (Itabuna), Sósigenes Costa (Porto Seguro), Paulo Freire (Teixeira de Freitas). A universidade, que vem atuando no Sul e Extremo Sul da Bahia, têm levantado diversas discussões pertinentes para esse território e para todo o país no que tange o debate sobre as diversas identidades que se cruzam nos corpos dos sujeitos. Fazendo-nos refletir e repensar a respeito das relações de poder, relações e configurações raciais e entender como esses aspectos atingem diretamente os espaços de educação formal. Pensando o PPGER inserido na conjuntura histórica, socioeconômica, cultural e principalmente políticas, temos desenvolvidos nossas pesquisas, atuações e debates acompanhando atentamente o desmanche da Constituição brasileira através da retirada de direitos e anulação das populações tradicionais e dos movimentos sociais que estão sendo invisibilizadas desconsiderando totalmente o histórico de lutas e batalhas travadas por esses sujeitos. No que tange o espaço de atuação do campus Paulo Freire, na importância política do PPGER nesse lócus de enunciação e diante de diversas inquietações e discussões entre os pares do programa, emerge a urgência de constituir um evento que socializará com toda a comunidade do sul baiano os debates que perpassam pelo nosso curso e que atinge a população brasileira como um todo.
As Epistemologias do Extremo Sul permeiam os vales e montanhas desse território de identidades re... more As Epistemologias do Extremo Sul permeiam os vales e montanhas desse território de identidades repleto de culturas (no plural) através dos cantos, poemas, mitos e oralituras diversas que demarcam o território geopolítico compartilhado entre quilombos, aldeias indígenas e comunidades tradicionais sobreviventes à chegada das empresas multinacionais e dos empreendimentos agropecuários. Nestas paisagens, a Bahia se apresenta originalíssima, habitada por grupos de etnia Pataxó e comunidades quilombolas que lutam diuturnamente pelo direito à existência, à resistência e à resiliência de seus saberes tradicionais. As universidades, símbolo do conhecimento científico, não poderiam de maneira alguma ignorar as lições advindas da sabedoria popular e, por isso, a parceria entre comunidades e universidade torna-se tão importante à medida que as epistemologias apresentam-se diversas, plurais. A imagem que estampa a capa deste volume não poderia se originar de outro elemento que não dessa parceria entre os conhecimentos universitários e os saberes tradicionais que dialogam constantemente nessas epistemologias encruzilhadas no Extremo-Sul baiano. Na capa, a obra “A Cabocla Janaína”, do artista caravelense e mestre dos saberes Itamar do Anjos Silva, que também possui o título de mestre em Ensino e Relações Étnico-Raciais (PPGER/UFSB), provoca um vislumbre das temáticas abordadas nestas epistemologias. A dupla maestria do artista o habilita a falar a partir de um entrelugar situado na hiância entre os saberes acadêmicos e os saberes tradicionais, aos quais a universidade brasileira vem paulatinamente aprendendo a valorizar. O artista, engajado nas questões socioculturais, oferece muito mais do que a sua arte para este livro: empresta também o seu prestígio para pensarmos as diferentes epistemologias que entrecruzam os tambores, as vozes, as pinturas corporais, as ciências, as beberagens e as demarcantes lutas afroindígenas empreendidas neste território de identidades através das intersecções entre o saber-fazer e o fazer-saber, constantemente presentes na vida de nossa gente.
O livro Literatura e contemporaneidade: estudos em literatura afro-brasileira e africana no Brasi... more O livro Literatura e contemporaneidade: estudos em literatura afro-brasileira e africana no Brasil apresenta nomes de pesquisadoras e estudiosos do cenário literário brasileiro no que diz respeito à arte da palavra em circulação no país enquanto um projeto político e educacional. A partir da chamada para publicação acessamos textos com discussões em quatro pontos dessa encruzilhada leitora que chamamos de capítulos: Literatura Infantil de autoria negra, Educação antirracista e Lei 10.639/2003, Literatura Juvenil e as periferias, Literatura Africana. Cada eixo com pautas que valem seminários, congressos, contudo, deixamos esta ideia para você, leitor e leitora, desenvolver. Esperamos entregar leituras sobre nosso tempo de agora sem deixar as narrativas do ontem empoeirar sob nossa caminhada e muito menos perder o fôlego para os passos do amanhã que construímos nessa filosofia Sankofa, através das vertentes literárias dos irmãos africanos e das africanidades na diáspora negra no Brasi...
O presente artigo apresenta o curso de extensão universitária Pedagogias do Esperançar: a arte de... more O presente artigo apresenta o curso de extensão universitária Pedagogias do Esperançar: a arte de educar diante das perdas e do luto, que teve como principal objetivo propiciar um espaço para partilha de saberes e acolhimentos referentes a perdas e lutos. Essa formação priorizou despertar o olhar atento dos educadores para o protagonismo e as narrativas das crianças sobre seus processos de elaboração das perdas. Oferecido pelo Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Infâncias, Culturas, Educação e Sociedade - GEPICES/CEFET/RJ, em ambiente remoto, o curso acolheu cento e trinta participantes, que puderam evidenciar a necessidade de falar sobre dores individuais e coletivas, sobre a morte e o luto. Foram quatro encontros virtuais que trataram de diferentes aspectos relativos ao tema. Por meio de exposições teóricas, interações dialogadas, contação e narração de histórias, entre outras atividades, foram criados espaços para uma escuta ativa, ou seja, para o (com)partilhamento de percepções e...
No relato de experiência será apresentada uma reflexão sobre prática pedagógica realizada em uma ... more No relato de experiência será apresentada uma reflexão sobre prática pedagógica realizada em uma instituição de Educação Infantil da zona norte do município do Rio de Janeiro. A ação pedagógica se inspirou na biografia da bailarina Mercedes Baptista que dialogou de forma interdisciplinar e lúdica com a cultura e história afro-brasileira, buscando promover uma educação antirracista na primeira infância colocando em prática Lei n. 10.639/03. Palavras-chave: Educação Infantil, Lei n. 10.639/03, Mercedes Baptista.
As Epistemologias do Extremo Sul permeiam os vales e montanhas desse território de identidades re... more As Epistemologias do Extremo Sul permeiam os vales e montanhas desse território de identidades repleto de culturas (no plural) através dos cantos, poemas, mitos e oralituras diversas que demarcam o território geopolítico compartilhado entre quilombos, aldeias indígenas e comunidades tradicionais sobreviventes à chegada das empresas multinacionais e dos empreendimentos agropecuários. Nestas paisagens, a Bahia se apresenta originalíssima, habitada por grupos de etnia Pataxó e comunidades quilombolas que lutam diuturnamente pelo direito à existência, à resistência e à resiliência de seus saberes tradicionais. As universidades, símbolo do conhecimento científico, não poderiam de maneira alguma ignorar as lições advindas da sabedoria popular e, por isso, a parceria entre comunidades e universidade torna-se tão importante à medida que as epistemologias apresentam-se diversas, plurais. A imagem que estampa a capa deste volume não poderia se originar de outro elemento que não dessa parceria entre os conhecimentos universitários e os saberes tradicionais que dialogam constantemente nessas epistemologias encruzilhadas no Extremo-Sul baiano. Na capa, a obra “A Cabocla Janaína”, do artista caravelense e mestre dos saberes Itamar do Anjos Silva, que também possui o título de mestre em Ensino e Relações Étnico-Raciais (PPGER/UFSB), provoca um vislumbre das temáticas abordadas nestas epistemologias. A dupla maestria do artista o habilita a falar a partir de um entrelugar situado na hiância entre os saberes acadêmicos e os saberes tradicionais, aos quais a universidade brasileira vem paulatinamente aprendendo a valorizar. O artista, engajado nas questões socioculturais, oferece muito mais do que a sua arte para este livro: empresta também o seu prestígio para pensarmos as diferentes epistemologias que entrecruzam os tambores, as vozes, as pinturas corporais, as ciências, as beberagens e as demarcantes lutas afroindígenas empreendidas neste território de identidades através das intersecções entre o saber-fazer e o fazer-saber, constantemente presentes na vida de nossa gente.
O ensaio fotográfico apresenta o cultivo do urucum e seus impactos na vida da população que ocup... more O ensaio fotográfico apresenta o cultivo do urucum e seus impactos na vida da população que ocupam as terras que ficam na beira da BR-101 no trecho da cidade de Teixeira de Freitas-BA. As fotografias foram registros da pesquisa “Beiradeiros: conflitos, vulnerabilidade e exclusão social no Extremo Sul da Bahia” que tem como objetivo investigar os modos de vida dos moradores que ocupam as faixas de terra que ficam entre as fazendas e a estrada BR-101.
Os sons dos tambores, diapasão de múltiplas oralituras, percussionam as “Epistemologias do Extrem... more Os sons dos tambores, diapasão de múltiplas oralituras, percussionam as “Epistemologias do Extremo Sul”, elementos em amálgama de um território de identidades cujo cenário aponta para uma diversidade étnica e cultural; na zona costeira, grupos de etnia Pataxó, e, do lado interior do continente, comunidades de negros que, na atualidade, mergulham em um processo de luta pelo reconhecimento das reminiscências ancestrais. A imagem do tambor corporifica uma síntese de vários elementos, cuja complexidade filia o expectador-ouvinte a uma história da qual intentaram desvinculá-lo. O ritmo que ele propaga ritualiza e reatualiza as tradições que guardam a palavra ancestral e, por isso, promove um reconhecer-se sócio-histórico, um sentimento de pertença dos sujeitos com a sua história e, por conseguinte, com a sua gente.
I Seminário Regional de Ensino e Relações Étnico-Raciais, 2019
ISBN: 978-65-80187-13-3
O Programa de Pós-graduação em Ensino e Relações Étnico-Raciais (PPGER)... more ISBN: 978-65-80187-13-3
O Programa de Pós-graduação em Ensino e Relações Étnico-Raciais (PPGER) da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) está atuando desde setembro (2017), com três turmas distribuídas nos campi: Jorge Amado (Itabuna), Sósigenes Costa (Porto Seguro), Paulo Freire (Teixeira de Freitas). A universidade, que vem atuando no Sul e Extremo Sul da Bahia, têm levantado diversas discussões pertinentes para esse território e para todo o país no que tange o debate sobre as diversas identidades que se cruzam nos corpos dos sujeitos. Fazendo-nos refletir e repensar a respeito das relações de poder, relações e configurações raciais e entender como esses aspectos atingem diretamente os espaços de educação formal. Pensando o PPGER inserido na conjuntura histórica, socioeconômica, cultural e principalmente políticas, temos desenvolvidos nossas pesquisas, atuações e debates acompanhando atentamente o desmanche da Constituição brasileira através da retirada de direitos e anulação das populações tradicionais e dos movimentos sociais que estão sendo invisibilizadas desconsiderando totalmente o histórico de lutas e batalhas travadas por esses sujeitos. No que tange o espaço de atuação do campus Paulo Freire, na importância política do PPGER nesse lócus de enunciação e diante de diversas inquietações e discussões entre os pares do programa, emerge a urgência de constituir um evento que socializará com toda a comunidade do sul baiano os debates que perpassam pelo nosso curso e que atinge a população brasileira como um todo.
As Epistemologias do Extremo Sul permeiam os vales e montanhas desse território de identidades re... more As Epistemologias do Extremo Sul permeiam os vales e montanhas desse território de identidades repleto de culturas (no plural) através dos cantos, poemas, mitos e oralituras diversas que demarcam o território geopolítico compartilhado entre quilombos, aldeias indígenas e comunidades tradicionais sobreviventes à chegada das empresas multinacionais e dos empreendimentos agropecuários. Nestas paisagens, a Bahia se apresenta originalíssima, habitada por grupos de etnia Pataxó e comunidades quilombolas que lutam diuturnamente pelo direito à existência, à resistência e à resiliência de seus saberes tradicionais. As universidades, símbolo do conhecimento científico, não poderiam de maneira alguma ignorar as lições advindas da sabedoria popular e, por isso, a parceria entre comunidades e universidade torna-se tão importante à medida que as epistemologias apresentam-se diversas, plurais. A imagem que estampa a capa deste volume não poderia se originar de outro elemento que não dessa parceria entre os conhecimentos universitários e os saberes tradicionais que dialogam constantemente nessas epistemologias encruzilhadas no Extremo-Sul baiano. Na capa, a obra “A Cabocla Janaína”, do artista caravelense e mestre dos saberes Itamar do Anjos Silva, que também possui o título de mestre em Ensino e Relações Étnico-Raciais (PPGER/UFSB), provoca um vislumbre das temáticas abordadas nestas epistemologias. A dupla maestria do artista o habilita a falar a partir de um entrelugar situado na hiância entre os saberes acadêmicos e os saberes tradicionais, aos quais a universidade brasileira vem paulatinamente aprendendo a valorizar. O artista, engajado nas questões socioculturais, oferece muito mais do que a sua arte para este livro: empresta também o seu prestígio para pensarmos as diferentes epistemologias que entrecruzam os tambores, as vozes, as pinturas corporais, as ciências, as beberagens e as demarcantes lutas afroindígenas empreendidas neste território de identidades através das intersecções entre o saber-fazer e o fazer-saber, constantemente presentes na vida de nossa gente.
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que guardam a palavra ancestral e, por isso, promove um reconhecer-se sócio-histórico, um sentimento de pertença dos sujeitos com a sua história e, por conseguinte, com a sua gente.
O Programa de Pós-graduação em Ensino e Relações Étnico-Raciais (PPGER) da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) está atuando desde setembro (2017), com três turmas distribuídas nos campi: Jorge Amado (Itabuna), Sósigenes Costa (Porto Seguro), Paulo Freire (Teixeira de Freitas). A universidade, que vem atuando no Sul e Extremo Sul da Bahia, têm levantado diversas discussões pertinentes para esse território e para todo o país no que tange o debate sobre as diversas identidades que se cruzam nos corpos dos sujeitos. Fazendo-nos refletir e repensar a respeito das relações de poder, relações e configurações raciais e entender como esses aspectos atingem diretamente os espaços de educação formal. Pensando o PPGER inserido na conjuntura histórica, socioeconômica, cultural e principalmente políticas, temos desenvolvidos nossas pesquisas, atuações e debates acompanhando atentamente o desmanche da Constituição brasileira através da retirada de direitos e anulação das populações tradicionais e dos movimentos sociais que estão sendo invisibilizadas
desconsiderando totalmente o histórico de lutas e batalhas travadas por esses sujeitos. No que tange o espaço de atuação do campus Paulo Freire, na importância política do PPGER nesse lócus de enunciação e diante de diversas inquietações e discussões entre os pares do programa, emerge a urgência de constituir um evento que socializará com toda a comunidade do sul baiano os debates que perpassam pelo nosso curso e que atinge a população brasileira como um todo.
que guardam a palavra ancestral e, por isso, promove um reconhecer-se sócio-histórico, um sentimento de pertença dos sujeitos com a sua história e, por conseguinte, com a sua gente.
O Programa de Pós-graduação em Ensino e Relações Étnico-Raciais (PPGER) da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) está atuando desde setembro (2017), com três turmas distribuídas nos campi: Jorge Amado (Itabuna), Sósigenes Costa (Porto Seguro), Paulo Freire (Teixeira de Freitas). A universidade, que vem atuando no Sul e Extremo Sul da Bahia, têm levantado diversas discussões pertinentes para esse território e para todo o país no que tange o debate sobre as diversas identidades que se cruzam nos corpos dos sujeitos. Fazendo-nos refletir e repensar a respeito das relações de poder, relações e configurações raciais e entender como esses aspectos atingem diretamente os espaços de educação formal. Pensando o PPGER inserido na conjuntura histórica, socioeconômica, cultural e principalmente políticas, temos desenvolvidos nossas pesquisas, atuações e debates acompanhando atentamente o desmanche da Constituição brasileira através da retirada de direitos e anulação das populações tradicionais e dos movimentos sociais que estão sendo invisibilizadas
desconsiderando totalmente o histórico de lutas e batalhas travadas por esses sujeitos. No que tange o espaço de atuação do campus Paulo Freire, na importância política do PPGER nesse lócus de enunciação e diante de diversas inquietações e discussões entre os pares do programa, emerge a urgência de constituir um evento que socializará com toda a comunidade do sul baiano os debates que perpassam pelo nosso curso e que atinge a população brasileira como um todo.