Neide Jallageas
Pesquisadora independente, professora, artista (fotografia, vídeo e performance), tradutora, ensaísta e editora da Kinoruss Edições e Cultura, especializada em cultura, arte e cinema russos. Pós-doutora em Meios e Processos Audiovisuais (ECA/USP) e em Literatura e Cultura Russa (FFLCH/USP) (2010‐2014), com Estágio de Pesquisa em Moscou (2012) sob tutoria de Naum Kleiman, junto aos arquivos de Serguei Eisenstein no Museu de Cinema Russo. Doutora em Comunicação e Semiótica (PUCSP) com tese sobre Andrei Tarkóvski (2007) e Mestre em Estética e Comunicação do Audiovisual ECA/USP (2002) sobre tradução intertextual de conto de Clarice Lispector. Realizou a curadoria das conferências internacionais e documentários sobre Tarkóvski para a 36ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (2012). Obras de arte de sua autoria estão nas coleções do Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte de São Paulo (Coleção Pirelli de Fotografia) e SESCSP, dentre outros. Traduziu do russo para o português Piranesi, ou a fluidez das formas, de Serguei Eisenstein (Kinoruss, 2016/Museu Lasar Segall, 2017) e, em parceria com Anastassia Bytsenko, A Perspectiva Inversa, de Pável Floriênski (Editora 34, 2012). Coorganizou com Erivoneide Barros a coletânea Panorama Tarkóvski (Kinoruss, 2017), é coautora com Celso Lima do livro VKhutemas, desenho de uma revolução (Kinoruss, 2020). Em 2018 foi co-curadora de Vkhutemas, o futuro em construção, no Sesc Pompeia (SP), mostra contemplada com o prêmio da APCA. Em 2020 recebeu o prêmio Biéli Slon (Elefante Branco) da Guilda dos Historiadores e Críticos de Cinema da Federação Russa.
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Papers by Neide Jallageas
de hábitos perceptivos frente ao mundo visível, através das
experimentações com imagens sequenciais e propostas radicais
das Vanguardas, que, no início dos 1900, buscaram romper com
os limites do espaço, através da inclusão do tempo em suas obras,
na fronteira entre fotografia e cinema, explorando e intervindo em
máquinas perspécticas.
Books by Neide Jallageas
Chub nos confia suas ricas memórias por meio de um relato dos mais fascinantes, a partir de 1918, na Moscou que ela percorria, impávida, a plenos pulmões, ainda no calor da revolução.
Ainda que o contexto soviético dos anos 1920, 30 e 40 nos surpreenda com a riqueza de detalhes, o "plano fechado" de sua vida será mesmo o cinema e essa paixão irrefreável transpira em todo o livro, desde o estilo de sua escrita, como se fosse um roteiro, até a inclusão de fragmentos de roteiros de seus próprios filmes. Por meio dessa "montagem textual", ela expõe claramente suas perspectivas, métodos e parcerias de trabalho no cinema.Assim somos apresentados à sua mesa de montagem, e ficamos sabendo que junto a ela foram dados os primeiros passos de Eisenstein pelo caminho do cinema. Além desse amigo, Chub faz referência àquelas e àqueles que percorreram com ela esse momento do cinema revolucionário: Maiakóvski, Kulechóv, Pudóvkin, Khokhlóva, Svílova, Dovjênko, Vichniévski e Kauffman, dentre outras figuras notáveis.
Este livro é encontrado integralmente em: www.kinoruss.com.br/livraria
Os Vkhutemas foram uma instituição de nível superior composta por sete faculdades: Arquitetura, Trabalho em Madeira e Metal, Poligráfica, Têxtil, Cerâmica, Pintura e Escultura, além do Departamento de Experiência e Preparação, no qual eram ministradas disciplinas propedêuticas. Embora a escola tenha sido invisibilizada historicamente, suas mestras e mestres são até hoje figuras de renome, com trabalhos de grande impacto para a história da arte, da arquitetura e do design, tais como Varvara Stepánova, Aleksandr Ródtchenko, Liubov Popova, Lázar Lissítski, Kazimir Maliévitch, Vladímir Tátlin e Aleksandra Ekster.
O livro resgata a história da escola, suas pedagogias, a produção artística e de design, bem como os textos teóricos produzidos no período, alguns deles incluídos no miolo do livro. Além da descrição de cada faculdade, a obra apresenta um panorama do contexto histórico revolucionário russo e de momentos importantes para o desenvolvimento do ensino das artes no país. Por fim, o livro retrata as conexões dos Vkhutemas com a escola alemã Bauhaus e com o trabalho do arquiteto Le Corbusier, desvelando o alcance e potencial das relações dessa instituição no tempo e no espaço.
Este livro é encontrado integralmente em: www.kinoruss.com.br/livraria
Embora a tensão entre Rússia e Ucrânia não configure uma novidade entre os estudiosos do mundo eslavo, o tema mobiliza de modo controverso as atenções mundiais. Aspectos sociológicos, linguísticos, artísticos e historiográficos são desenvolvidos nos textos deste livro, com o propósito de iluminar as possíveis causas e consequências da investida armada na Ucrânia, suas origens e desdobramentos.
Este livro é encontrado integralmente em: www.kinoruss.com.br/livraria
de hábitos perceptivos frente ao mundo visível, através das
experimentações com imagens sequenciais e propostas radicais
das Vanguardas, que, no início dos 1900, buscaram romper com
os limites do espaço, através da inclusão do tempo em suas obras,
na fronteira entre fotografia e cinema, explorando e intervindo em
máquinas perspécticas.
Chub nos confia suas ricas memórias por meio de um relato dos mais fascinantes, a partir de 1918, na Moscou que ela percorria, impávida, a plenos pulmões, ainda no calor da revolução.
Ainda que o contexto soviético dos anos 1920, 30 e 40 nos surpreenda com a riqueza de detalhes, o "plano fechado" de sua vida será mesmo o cinema e essa paixão irrefreável transpira em todo o livro, desde o estilo de sua escrita, como se fosse um roteiro, até a inclusão de fragmentos de roteiros de seus próprios filmes. Por meio dessa "montagem textual", ela expõe claramente suas perspectivas, métodos e parcerias de trabalho no cinema.Assim somos apresentados à sua mesa de montagem, e ficamos sabendo que junto a ela foram dados os primeiros passos de Eisenstein pelo caminho do cinema. Além desse amigo, Chub faz referência àquelas e àqueles que percorreram com ela esse momento do cinema revolucionário: Maiakóvski, Kulechóv, Pudóvkin, Khokhlóva, Svílova, Dovjênko, Vichniévski e Kauffman, dentre outras figuras notáveis.
Este livro é encontrado integralmente em: www.kinoruss.com.br/livraria
Os Vkhutemas foram uma instituição de nível superior composta por sete faculdades: Arquitetura, Trabalho em Madeira e Metal, Poligráfica, Têxtil, Cerâmica, Pintura e Escultura, além do Departamento de Experiência e Preparação, no qual eram ministradas disciplinas propedêuticas. Embora a escola tenha sido invisibilizada historicamente, suas mestras e mestres são até hoje figuras de renome, com trabalhos de grande impacto para a história da arte, da arquitetura e do design, tais como Varvara Stepánova, Aleksandr Ródtchenko, Liubov Popova, Lázar Lissítski, Kazimir Maliévitch, Vladímir Tátlin e Aleksandra Ekster.
O livro resgata a história da escola, suas pedagogias, a produção artística e de design, bem como os textos teóricos produzidos no período, alguns deles incluídos no miolo do livro. Além da descrição de cada faculdade, a obra apresenta um panorama do contexto histórico revolucionário russo e de momentos importantes para o desenvolvimento do ensino das artes no país. Por fim, o livro retrata as conexões dos Vkhutemas com a escola alemã Bauhaus e com o trabalho do arquiteto Le Corbusier, desvelando o alcance e potencial das relações dessa instituição no tempo e no espaço.
Este livro é encontrado integralmente em: www.kinoruss.com.br/livraria
Embora a tensão entre Rússia e Ucrânia não configure uma novidade entre os estudiosos do mundo eslavo, o tema mobiliza de modo controverso as atenções mundiais. Aspectos sociológicos, linguísticos, artísticos e historiográficos são desenvolvidos nos textos deste livro, com o propósito de iluminar as possíveis causas e consequências da investida armada na Ucrânia, suas origens e desdobramentos.
Este livro é encontrado integralmente em: www.kinoruss.com.br/livraria
Pável Floriênski
Tradução de Neide Jallageas e Anastassia Bytsenko
Apresentação de Neide Jallageas
144 p. - 13 x 21 cm
ISBN 978-85-7326-499-9
2012 - 1ª edição
Considerado por muitos o "Leonardo da Vinci russo", Pável Floriênski (1882-1937) foi matemático, filósofo e inventor, além de teólogo e padre da Igreja Ortodoxa. Frequentador dos círculos simbolistas de Moscou no início do século XX, engenheiro na Rússia pós-revolucionária, e depois vítima das perseguições políticas do stalinismo, Floriênski tem no ensaio A perspectiva inversa (1919) - publicado pela primeira vez no Brasil - um de seus mais importantes legados.
Antecipando questões fundamentais da história da arte no Ocidente, o pensador russo coloca em xeque o domínio da representação objetiva da realidade, e do observador como um ponto de vista estático e abstrato. Floriênski não apenas demonstra que as opções artísticas dos pintores de ícones, rudimentares aos olhos contemporâneos, não eram fruto da ignorância das técnicas que a Idade Moderna viria a difundir, como também sustenta que alguns dos melhores exemplos da arte renascentista devem muito de sua grandeza justamente à transgressão, consciente e sistemática, da perspectiva linear.
Sua análise do papel do corpo na relação com o espaço e o tempo, e a noção de que a arte deve pautar-se por uma compreensão integral da realidade têm encontrado ressonâncias nos projetos de diversos artistas da atualidade, bem como na trajetória do cineasta Andriêi Tarkóvski (1932-1986), um de seus mais notórios seguidores.