Thesis Chapters by Ricardo Montes de Moraes
Tese de doutorado, 2022
Projeções de demanda são úteis para planejar a oferta de medicamentos e serviços de saúde e para ... more Projeções de demanda são úteis para planejar a oferta de medicamentos e serviços de saúde e para apoiar a formulação de políticas públicas. A partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) e da Projeção da População, do IBGE, foram estimados os aumentos da demanda por medicamentos e por serviços privados de saúde associados às mudanças demográficas no Brasil para o período de 2020 a 2060. Para medicamentos, o aumento da demanda deve ser de 50,7% nesse período e, para os serviços, de 43,3%. Isso equivale a aumentos de 0,8% e de 0,7% ao ano na demanda per capita por esses produtos. A elasticidade-renda da demanda por medicamentos e serviços privados de saúde também foi estimada. Para medicamentos, ela oscilou entre 0,25 e 0,85 dependendo dos percentis da distribuição de renda em análise. Para os serviços de saúde, a elasticidade estimada ficou entre 0,53 e 0,89. A partir da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), foi estimado um Índice de Fragilidade (IF) para as pessoas com 60 anos ou mais no Brasil. Usando métodos de matching estatístico, duas estimativas do IF foram imputadas à base de dados da POF definindo um intervalo de valores para o índice nessa pesquisa. A análise das associações entre a demanda por medicamentos e variáveis de renda, estado de saúde e estrutura demográfica é o que permite avaliar e atualizar projeções tão logo haja informações mais atualizadas sobre a população. Mais do que as taxas de crescimento, essas associações entre variáveis e os métodos usados para obtê-las são a principal contribuição desta tese para a estimativa da demanda por medicamentos e serviços privados de saúde no Brasil.
Books by Ricardo Montes de Moraes
Contas nacionais - manual do usuário, 2018
Livro com definições, bases de dados e fórmulas de cálculo usadas no Sistema de Contas Nacionais ... more Livro com definições, bases de dados e fórmulas de cálculo usadas no Sistema de Contas Nacionais do Brasil. Inclui programas em linguagem R para benchmarking de séries temporais e para ajuste sazonal.
Contas de saúde na perspectiva da contabilidade internacional : conta SHA para o Brasil, 2015 a 2019, 2022
Publicação com os principais resultados das contas de saúde do Brasil no formato do System of Hea... more Publicação com os principais resultados das contas de saúde do Brasil no formato do System of Health Accounts, da OCDE. Com dados para o período de 2015 a 2019.
Papers by Ricardo Montes de Moraes
Heliyon, 2023
Deep-renovations measures are identified as possible solutions to support European Union's natura... more Deep-renovations measures are identified as possible solutions to support European Union's natural gas phase-out and fuel independency. However, it has been difficult to increase renovation rates (about 1% per year), and previous studies have recognized socio-economic barriers as one of the reasons for that. Then, integrated (techno-socio-economic) datasets are vital to support building policy measures that circumvent the negative consequences of high gas prices. This paper's main objective is to develop and to test a methodology that merges two data sources: the European Union Statistics on Income and Living Conditions and the Household Budget Survey in order to create an integrated techno-socio-economic dataset. The following research questions are answered: What is the replicable methodology for merging both datasets in order to create an accurate statistical model? What can we learn about household savings and natural gas expenditures of household types characterised by ownership status and dwelling type? The modelling results show that the developed logistic regression model presented an accuracy of 77% using 2015 data from Spain. The explorative statistical analysis showed that the owner-occupied single-family houses predominate in the highest natural gas expenditure quintiles, while the rented single-family houses in the lowest quintiles, indicating that ownership status may have a stronger influence on the natural gas expenditure than building type. The mean annual household savings are negative, an evidence of households' budget restrictions to finance deep renovation activities. As a conclusion, the generated techno-socio-economic synthetic dataset provides useful information about the relation between household budget restrictions, natural gas expenditure and potential investment on deep renovation. Based on the generated dataset, it is also concluded that higher natural gas prices alone are not sufficient to stimulate deep renovations. For boosting renovation activities, the design of financing and incentive schemes should be end-user targeted considering the households' heterogeneity. Then, the definition of households' profiles should include ownership status and other socio-economic parameters not only dwelling type. This work prepares the ground for setting techno-socio-economic databases that can be used to design more accurate incentives and financing schemes to accelerate European building stock decarbonisation and fossil fuel independency.
Cadernos De Saude Publica, 2022
According to studies using previous editions of the Household Budgets Survey (POF) in Brazil, pay... more According to studies using previous editions of the Household Budgets Survey (POF) in Brazil, paying for a healthcare plan increases the percentage of income spent on health and fails to reduce the probability of incurring excessive health expenditures. The study's objective was to describe relations between expenditures on healthcare plans, income, and age groups, highlighting the effect of having a plan on the probability of committing more than 40% of income on health-related expenditures. An analysis of the POF 2017/2018 determined the commitment of per capita household income for payers of plans by age group and type of plan and logistic regression for factors associated with committing more than 40% of income to health-related expenditures. In 12 months, 22.1 million Brazilians spent BRL 78.1 billion on private medical insurance. The share of income spent on individual plans increases consistently with age, from 4.5% of per capita household income (at < 19 years) to 10.6% of this income (at 79 years or older). The probability of committing more than 40% of income to health expenditures decreases with income, increases with age, and is higher for those paying for health plans. Spending on healthcare plans alone exceeds 40% of per capita household income for 5.6% of Brazilians 60 years or older who pay for individual plans and for 4% of those who pay for company plans. Persons in the oldest age groups and in the lowest income brackets show the highest likelihood of spending more than 40% of their income on healthcare. A revision of the plans' adjustment by age is an alternative for attempting to mitigate this problem.
Revista de Saúde Pública
OBJETIVO Descrever padrões de consumo de medicamentos com e sem desembolso direto de recursos, se... more OBJETIVO Descrever padrões de consumo de medicamentos com e sem desembolso direto de recursos, segundo faixas de idade e de renda, destacando os fármacos associados a programas de saúde com garantias específicas de acesso. MÉTODOS Estudo descritivo observacional usando microdados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF/IBGE) 2017–2018. Inicialmente, foram definidas as garantias específicas de acesso a medicamentos do SUS pela sistematização de programas/políticas com essa previsão. A partir dos medicamentos do quadro 29 do questionário de despesas individuais (POF-4), foram selecionados tipos de medicamentos associados a essas garantias. Foram descritas as frequências e os percentuais de pessoas sem consumo e com consumo (aquisição com e sem desembolso direto de recursos), segundo faixas de idade e de renda. Para medicamentos vinculados a garantias específicas, comparou-se valores médios mensais de aquisições e padrões de consumo por faixa etária e renda. RESULTADOS Entre as pesso...
Cadernos de Saúde Pública, 2022
Estudos com edições anteriores da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) indicam que, no Brasil,... more Estudos com edições anteriores da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) indicam que, no Brasil, pagar um plano de saúde aumenta o percentual da renda gasto com saúde e não reduz a probabilidade de ter gastos excessivos com saúde. Descrevem-se relações entre gastos com planos de saúde, renda e faixas etárias, destacando o efeito de ter plano sobre a probabilidade de comprometer mais de 40% da renda com despesas relacionadas à saúde. Análise de microdados da POF 2017/2018 para determinar o comprometimento da renda domiciliar per capita dos pagantes de planos por faixa etária e por tipo de plano, e regressão logística para fatores associados a comprometer mais de 40% da renda com despesas de saúde. Em 12 meses, R$ 78,1 bilhões foram gastos com planos médicos por 22,1 milhões de pessoas. O comprometimento da renda com planos individuais aumenta consistentemente com a idade, passando de 4,5% da renda domiciliar per capita (< 19 anos) para 10,6% dessa renda (79 anos ou mais). A proba...
BackgroundMaternity leave policies are designed to protect gender equality and the health of moth... more BackgroundMaternity leave policies are designed to protect gender equality and the health of mothers in the workforce and their children. However, maternity leave schemes are often linked to jobs in the formal sector economy. In low- and middle-income countries a large share of women work in the informal sector, and are not eligible to such benefit. This is worrisome from a social justice and a policy perspective.MethodsWe developed and applied a costing methodology to assess the cost of a maternity leave cash transfer to be operated in the informal sector of the economy in Brazil and Ghana, two countries with very different employment structures and socioeconomic contexts. ResultsThe relative cost of rolling out a maternity intervention in Brazil is between 2.2 to 3.2 times the cost in Ghana depending on the benchmark used to assess the welfare measure. We applied different scenarios that involve different coverage in weeks to assess the sensibility of the program costs while provi...
Revista Panamericana de Salud Pública
To describe the share of health care activities in the Brazilian economy between 2000 and 2007 in... more To describe the share of health care activities in the Brazilian economy between 2000 and 2007 in terms of economic value added and creation of jobs. Secondary data from the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE) for the years 2000 to 2007 were employed. The following health care activities were analyzed: public health, production of private health services and private social services, health insurance, the pharmaceutical industry, medical equipment manufacturing, and medical and pharmaceutical product sales. The share of each activity in the total economy and in the health care sector was calculated, as well as the percentage share of value-added components from the perspective of income for health care activities and the real growth in value added by health care activity. To complement the analysis, the average income of workers and the number of jobs per activity were established. The participation of the health care sector in the economy ranged from 5.2% to 5.8%....
Entre 1980 e 2009 o sistema de saúde brasileiro passou por grandes mudanças estruturais. Essas mu... more Entre 1980 e 2009 o sistema de saúde brasileiro passou por grandes mudanças estruturais. Essas mudanças podem ser quantificadas a partir de dados sobre geração de renda (Contas-satélite de Saúde) e sobre financiamento dos serviços de saúde. Nos anos 90, o Brasil teve um primeiro projeto de Conta-satélite de Saúde – produzida a partir dos censos econômicos de 1980 e 1985. A partir da adequação desses dados aos da Conta-satélite produzida para o período mais recente, é possível entender melhor o que mudou na prestação de serviços de saúde pelo governo e pelo setor privado em um período de 30 anos. As Contas-satélite apresentam a renda gerada em cada atividade econômica, quer dizer, a produção descontada dos gastos com insumos. Isso evita problemas de dupla contagem e permite entender a saúde do ponto de vista de quem presta o serviço – e não apenas de quem paga por ele.
Revista de Saúde Pública, 2012
OBJETIVO: Elaborar indicadores de desempenho e terceirização em rede de laboratórios clínicos, ba... more OBJETIVO: Elaborar indicadores de desempenho e terceirização em rede de laboratórios clínicos, baseados em sistemas de informações e registros administrativos públicos. MÉTODOS: A rede tinha 33 laboratórios com equipamentos automatizados, mas sem informatização, 90 postos de coleta e 983 funcionários, no município de Rio de Janeiro, RJ. As informações foram obtidas de registros administrativos do Sistema de Informações de Orçamentos Públicos para a Saúde e do Sistema de Informações Ambulatoriais e Hospitalares do Sistema Único de Saúde. Os indicadores (produção, produtividade, utilização e custos) foram elaborados com dados colhidos como rotina de 2006 a 2008. As variações da produção, custos e preços unitários dos testes no período foram analisadas por índices de Laspeyres e de Paasche, específicos para medir a atividade dos laboratórios, e pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. RESULTADOS: A produção foi de 10.359.111 testes e...
Revista Panamericana de Salud Pública, 2012
Revista de Saúde Pública, 2022
OBJECTIVE: Describe consumption patterns for monetary and non-monetary acquisition of medicines a... more OBJECTIVE: Describe consumption patterns for monetary and non-monetary acquisition of medicines according to age and income groups, highlighting pharmaceuticals associated with health programs with specific access guarantees. METHODS: Descriptive observational study using microdata from the 2017-2018 Pesquisa de Orçamentos Familiares (Household Budget Survey, POF/IBGE). We initially reviewed programs/ policies with specific guarantees of access to medicines in the SUS. Using the pharmaceutical product list of POF-4 (chart 29 of the questionnaire on individual expenditures), we selected the medicines related to these programs. We then described frequencies and percentages for not reporting medicine consumption and for reporting consumption (either through monetary or non-monetary acquisition) according to age and income groups. For medicines with distinctive access guarantees, we compared average monthly values of acquisitions and consumption patterns by age and income. RESULTS: 63% of those in the ≤ 2 minimum wage (MW) household income group did not report consuming medicines in the last month. Among those earning > 25 MW, 44.3% did not report consumption. Non-monetary acquisitions of medicines were mainly reported for the < 10 MW group and for the elderly and accounted for 20.5% of the total consumption of medicines (in value). For policies with specific access guarantees, non-monetary acquisitions reached 33.6% of total consumption. This percentage varied for the various selected medicines: vaccines, 83.3%; cancer drugs, 70.3%; diabetes, 47.9%; hypertension, 35.9%; asthma and bronchitis, 29.2%; eye problems, 14%; prostate and urinary tract, 10.7%; gynecological, 11.6%; and contraceptives, 9.7%. CONCLUSION: Shares for non-monetary acquisitions of medicines are still low but benefit mainly lower-income and older age groups. Policies and programs with specific access guarantees to medicines have increased access. Results suggest the need to strengthen and expand pharmaceutical care policies.
Cadernos de Saúde Pública, 2022
Estudos com edições anteriores da Pesquisa de Orçamentos Familiares
(POF) indicam que, no Brasil... more Estudos com edições anteriores da Pesquisa de Orçamentos Familiares
(POF) indicam que, no Brasil, pagar um plano de saúde aumenta o percentual da renda gasto com saúde e não reduz a probabilidade de ter gastos excessivos com saúde. Descrevem-se relações entre gastos com planos de saúde, renda e faixas etárias, destacando o efeito de ter plano sobre a probabilidade de comprometer mais de 40% da renda com despesas relacionadas à saúde. Análise de microdados da POF 2017/2018 para determinar o comprometimento da renda domiciliar per capita dos pagantes de planos por faixa etária e por tipo de plano, e regressão logística para fatores associados a comprometer mais de 40% da renda com despesas de saúde. Em 12 meses, R$ 78,1 bilhões foram gastos com planos médicos por 22,1 milhões de pessoas. O comprometimento da renda com planos individuais aumenta consistentemente com a idade, passando de 4,5% da renda domiciliar per capita (< 19 anos) para 10,6% dessa renda (79 anos ou mais). A probabilidade de comprometer mais de 40% da renda com despesas de saúde diminui com a renda, cresce com a idade e é maior para quem paga plano de saúde. A despesa apenas com os planos supera 40% da renda domiciliar per capita para 5,6% das pessoas com 60 anos ou mais que pagam planos individuais e para 4% das que pagam planos empresariais. As pessoas nas faixas de idade mais altas e faixas de renda mais baixas são as com maior probabilidade de comprometer mais de 40% da renda com despesas de saúde. Rever as regras de reajuste por idade dos planos é uma alternativa para tentar mitigar esse problema.
Rev Saúde Pública, 2012
OBJECTIVE: To develop performance indicators for outsourcing clinical laboratory services, based ... more OBJECTIVE: To develop performance indicators for outsourcing clinical laboratory services, based on information systems and public administrative records. METHODS: In the municipality of Rio de Janeiro, Southern Brazil, the public health laboratory network comprised 33 laboratories with automated equipment (but no integrated information system), 90 primary care units (where sample collection was performed) and 983 employees. Information records were obtained from the administrative records of the Budget Information System for Public Health and the Outpatient and Hospital Information System of the Unifi ed Health System. Performance indicators (production, productivity, usage and costs) were generated from data collected routinely from 2006 to 2008. The variations in production, costs and unit prices for tests were analyzed by Laspeyres and Paasche indices, which specifi cally measure laboratory activity, and by the Consumer Price Index from the Brazilian Institute of Geography and Statistics.
International Journal for Equity in Health, 2022
Background: Maternity leave policies are designed to protect gender equality and the health of mo... more Background: Maternity leave policies are designed to protect gender equality and the health of mothers in the workforce and their children. However, maternity leave schemes are often linked to jobs in the formal sector economy. In low-and middle-income countries a large share of women work in the informal sector, and are not eligible to such benefit. This is worrisome from a social justice and a policy perspective and suggests the need for intervening. Costing the implementation of potential interventions is needed for facilitating informed decisions by policy makers. Methods: We developed and applied a costing methodology to assess the cost of a maternity leave cash transfer to be operated in the informal sector of the economy in Brazil and Ghana, two countries with very different employment structures and socioeconomic contexts. We conducted sensitivity analysis by modeling different numbers of weeks covered. Results: In Brazil, the cost of the maternity cash transfer would be between 0.004% and 0.02% of the GDP, while in Ghana it would range between 0.076% and 0.28% of the GDP. The relative cost of rolling out a maternity intervention in Brazil is between 2.2 to 3.2 times the cost in Ghana depending on the benchmark used to assess the welfare measure. The differences in costs between countries was related to differences in labor market structure as well as demographic characteristics. Conclusions: Findings show how a standard methodology that relies on routinely available information is feasible and could assist policymakers in estimating the costs of supporting a maternity cash transfer for women employed in the informal sector, such intervention is expected to contribute to social justice, gender equity, and health trajectories.
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(POF) indicam que, no Brasil, pagar um plano de saúde aumenta o percentual da renda gasto com saúde e não reduz a probabilidade de ter gastos excessivos com saúde. Descrevem-se relações entre gastos com planos de saúde, renda e faixas etárias, destacando o efeito de ter plano sobre a probabilidade de comprometer mais de 40% da renda com despesas relacionadas à saúde. Análise de microdados da POF 2017/2018 para determinar o comprometimento da renda domiciliar per capita dos pagantes de planos por faixa etária e por tipo de plano, e regressão logística para fatores associados a comprometer mais de 40% da renda com despesas de saúde. Em 12 meses, R$ 78,1 bilhões foram gastos com planos médicos por 22,1 milhões de pessoas. O comprometimento da renda com planos individuais aumenta consistentemente com a idade, passando de 4,5% da renda domiciliar per capita (< 19 anos) para 10,6% dessa renda (79 anos ou mais). A probabilidade de comprometer mais de 40% da renda com despesas de saúde diminui com a renda, cresce com a idade e é maior para quem paga plano de saúde. A despesa apenas com os planos supera 40% da renda domiciliar per capita para 5,6% das pessoas com 60 anos ou mais que pagam planos individuais e para 4% das que pagam planos empresariais. As pessoas nas faixas de idade mais altas e faixas de renda mais baixas são as com maior probabilidade de comprometer mais de 40% da renda com despesas de saúde. Rever as regras de reajuste por idade dos planos é uma alternativa para tentar mitigar esse problema.
(POF) indicam que, no Brasil, pagar um plano de saúde aumenta o percentual da renda gasto com saúde e não reduz a probabilidade de ter gastos excessivos com saúde. Descrevem-se relações entre gastos com planos de saúde, renda e faixas etárias, destacando o efeito de ter plano sobre a probabilidade de comprometer mais de 40% da renda com despesas relacionadas à saúde. Análise de microdados da POF 2017/2018 para determinar o comprometimento da renda domiciliar per capita dos pagantes de planos por faixa etária e por tipo de plano, e regressão logística para fatores associados a comprometer mais de 40% da renda com despesas de saúde. Em 12 meses, R$ 78,1 bilhões foram gastos com planos médicos por 22,1 milhões de pessoas. O comprometimento da renda com planos individuais aumenta consistentemente com a idade, passando de 4,5% da renda domiciliar per capita (< 19 anos) para 10,6% dessa renda (79 anos ou mais). A probabilidade de comprometer mais de 40% da renda com despesas de saúde diminui com a renda, cresce com a idade e é maior para quem paga plano de saúde. A despesa apenas com os planos supera 40% da renda domiciliar per capita para 5,6% das pessoas com 60 anos ou mais que pagam planos individuais e para 4% das que pagam planos empresariais. As pessoas nas faixas de idade mais altas e faixas de renda mais baixas são as com maior probabilidade de comprometer mais de 40% da renda com despesas de saúde. Rever as regras de reajuste por idade dos planos é uma alternativa para tentar mitigar esse problema.