ILIMITADO
Escritos
“Depois de acordar, pediu almôndegas, uma garrafa de Château d’Yquem e uvas, papel, tinta e a conta. Ninguém notou nada de especial nele; estava tranquilo sereno e amável. Tudo indica que se suicidou por volta da meia-noite, embora seja estranho que ninguém tenho ouvido o disparo e só o tenham descoberto hoje, à uma da tarde, depois de baterem na porta e, não obtendo resposta, arrombarem-na. A garrafa de Château d’Yquem estava consumida pela metade, sobrara também meio prato de uvas. O tiro fora dado com um pequeno revólver de três tiros diretamente no coração. Correra muito pouco sangue; o revólver caíra no tapete. O próprio jovem estava meio deitado num canto do divã. Pelo visto a morte fora instantânea; não se notava nenhum sinal da agonia da morte no rosto. A expressão era serena, quase feliz, faltava pouco para estar vivo”.
Assim Fiódor Dostoievski descreveu
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