ILIMITADO
VITOR MATOS EO VINHO O coração que lhe leva a razão
Vitor Matos não bebia vinho, nem quando começou a interessar-se e a estudar cozinha. Foi só quando se confrontou perante uma nova realidade – os jantares vínicos e a importância de perceber o vinho para criar propostas capazes de garantir a devida combinação.
A entrevista que estávamos a gravar caminhava para a fase final quando Vitor Matos suspira fundo e desabafa. “Acabo por não conseguir responder muito bem às perguntas que me fazes porque quando o coração se sobrepõe à razão ou ao negócio é muito difícil responder”. Ali, naquele momento, Vitor Matos assume em público o que lhe vai na alma, tudo aquilo que a pandemia de alguma forma precipitou e passou a tornar urgente.
“Qual é o amor que vai vencer”, torna-se inevitável questionar. “O meu sonho é dentro de três, quatro ou cinco anos deixar a cozinha e conseguir fazer vinhos, viver unicamente de vinhos. Não é racional, a minha mulher diz que estou maluco”, admite.
Ovinho parece ter-se tornado numa obsessão para Vitor Matos. Das saudáveis, como daqui a pouco perceberemos.
Nascido em Vila Real, a infância e juventude foram passadas entre Portugal e a Suíça porque a família decidiu procurar um futuro mais promissor. Dos regressos ao meio rural, tantas vezes parco em recursos, lembra-se que nunca podia faltar vinho na mesa, até porque a generalidade das casas tinha um lagar e meia dúzia de pipas onde
Você está lendo uma prévia, inscreva-se para ler mais.
Comece seus 30 dias grátis