ILIMITADO
JARDINS Mágicos, encantados. Sensuais, coração e alma
ardins. Povoaram minha infância. De sonhos, excitações. Alegrias, medo, sensualismo. Calafrios e ansiedades. Descontração. Lugares encantados, misteriosos, mágicos, proibidos, violentos. Havia no jardim da Independência, em Araraquara, o canteiro oval, no meio da passagem principal. Que lugar terrível. Quem ia em direção ao centro, passava pela direita. Quem vinha, à esquerda. Os excêntricos invertiam, para chamar a atenção. “Viu? Ele faz tudo ao contrário!”. Isso, ainda se suportava. Todavia, o absolutamente proibido era atravessar por dentro da oval. Quem fizesse, ficava bobo. As crianças tinham medo, evitavam. Quem quer ficar bobo? As mães apontavam para os débeis mentais da cidade. Todas têm os seus, reconhecidos, cultivados. “Quer ficar assim? Babando? Dizendo besteira?”. Deste modo, os canteiros eram preservados, gramados e flores a salvo dos pés de
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