JÁ SE PASSAM 40 ANOS DESDE QUE David Álvarez decidiu que seu filho, Pablo Álvarez, deveria assumir o comando de Vega-Sicilia. David havia comprado a mais famosa vinícola espanhola um ano antes, em 1982, das mãos de Miguel Neumann – que não estava interessado em continuar no negócio. David, na verdade, havia sido chamado para encontrar compradores e, no fim, acabou sugerindo a Miguel que vendesse para ele.
“Demoraram um ano para dizer que sim. Jesús Anadón, que era o diretor da vinícola, preocupava-se com quem compraria VegaSicilia, para que a respeitasse e não apenas usasse o nome para fazer muito vinho e estragar a marca. Acho que foi por isso que demoraram para responder. Comecei a ir em 1983, ia um dia por semana, depois dois e, em 1985, Anadón aposentou-se. E ele propôs ao meu pai: ‘Por que não colocar seu filho no comando de Vega-Sicilia?’ Meu pai aceitou. Se eu mesmo tivesse sugerido isso, eu não teria aceitado. Eu não conhecia o mundo do vinho”, contou Pablo Álvarez em sua mais recente visita ao Brasil em que conversou com ADEGA com exclusividade.
Nessa entrevista, ele relembrou os momentos marcantes da empresa, que hoje na verdade são cinco vinícolas (Vega-Sicilia, Macán, Pintia, Alión e Tokaj-Oremus) e mais uma a caminho.
Ele conta como foi o duro processo de expansão já que nunca abriu mão da qualidade, explica como os vinhos vieram evoluindo ao longo do tempo e também como está o processo de sucessão. Pablo Álvarez também protagonizou eventos em que apresentou, entre outros vinhos, o VegaSicilia Unico