Deserto Lunar
De Ana Teia
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Sobre este e-book
A vida é um mar de experiências. Algumas boas, outras más. O seu conjunto forma aquilo a que chamamos "uma pessoa". Deserto Lunar fideliza numa expressão poética os largos anos de experiência da autora como pessoa.
Ana Teia
Nasceu em Julho de 1944, em Luanda. Doutorou-se na Universidade do Porto. Apaixonada pela escrita e pela natureza humana, desde criança que partilhava as suas vivências com os outros, quer em prosa, quer em verso. Do seu repertório literário salientam-se as seguintes obras – “Dezasseis anos”, “Tóino”, “Trama”, “Na Relva onde Dormem as Formigas” e "Deserto Lunar".
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Deserto Lunar - Ana Teia
DESERTO LUNAR
ANA TEIA
Poesia
Publicado por Ana Teia através da Smashwords
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Copyright 2018 Ana Teia
Capa: Luís Teia
Descubra outros livros da Autora:
Trama
Na Relva onde Dormem as Formigas
A Menina do Casaco Vermelho
Capítulos:
~~~ Lua Nova ~~~
~~~ Quarto Crescente ~~~
~~~ Lua Cheia ~~~
~~~ Quarto Minguante ~~~
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A Menina do Casaco Vermelho (Excerto)
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LUA NOVA
5 de Junho de 1995
O adeus do olhar
É o mais triste,
O mais só...
É o silêncio, é o nó,
Dificil de dar,
Daquilo que persiste.
Tu disseste-me adeus
Nos olhos inchados
Aparentemente,
De modo indiferente.
Só que vi neles
A dor, a tristeza,
Dos sonhos calados...
Seguiram-me, ao sair,
Teus olhos mortiços
Rodando, em lentidão,
Nos poços que habitam.
À volta, sorrisos,
Pessoas que ficam,
Movimento, agitação.
Mas nos teus lábios
Pairava a imagem,
Qual miragem,
De teus olhos sábios.
Ao teu sorriso
Nunca o perderei,
Colou-se, apegou-se,
Faz parte de mim,
Assim como a certeza,
Que não preciso,
De que também
Morrerei!
Vais partir,
Eu vou ficar.
Quanto tempo?
Talvez só aquele
Que o teu olhar,
Suave e lento,
Me vá permitir.
Cerra-os, morre,
Deixa-os comigo,
Aos teus olhos,
Ao teu sorriso amigo.
Nada mais quero
De ti recordar,
Sòmente o adeus,
Calmo e sereno,
Do teu olhar, pleno
De Morte e de Vida...
Estás de partida,
E, embora toldado,
De lágrimas vidrado,
Aqui fica, amiga,
O adeus furtivo,
Sem paz, perturbado,
Deste meu olhar.
Tu morres, eu vivo,
E o meu adeus
É mais triste,
O meu desespero
Maior e mais forte,
Dos que jamais sentiste!
O teu adeus é sereno,
O meu é revolta,
Pisas bem o terreno
Do que vai e não volta!
Eu não queria que
Morresses assim,
Por isso eu morro
E tu vives por mim
No adeus doce e lagunar
Que, ao sair,
Me enviou teu olhar.
Falavas, sorrias,
E com ele me dizias
(Vou-me embora).
Contavas anedotas,
Arfavas o ar
Que a custo sorvias
E com ele me dizias
(Não mais te verei!)
Já vais? Até breve.
(Não lamentes,
Lá, onde estarei,
Não mais sofrerei.)
Cumprimentos!
Serão entregues.
E os teus olhos, nos meus (Ah! Adeus, até sempre, amiga) disseram...
Quis chorar, desesperar,
Mas eles não deixaram.
Mansamente, impuseram
(Vai e não voltes
Até tudo acabar.
E está bem, podes,
Leva o meu olhar
Para que me recordes.
E não te revoltes,
Eu vou ficar bem.