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Só: Dores e delícias de morar sozinha
Só: Dores e delícias de morar sozinha
Só: Dores e delícias de morar sozinha
E-book233 páginas3 horas

Só: Dores e delícias de morar sozinha

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Sobre este e-book

Neste livro, a jornalista Rosane Queiroz traz histórias, depoimentos, ideias práticas e receitas que ilustram o universo da solidão feminina. Traz um retrato sensível e bem humorado do universo das mulheres que moram sozinhas, gostam dos momentos de solidão ou "gostariam de gostar". Além de narrar sua própria experiência, de quem viveu 11 anos sozinha, Rosane entrevistou 24 mulheres, com as mais diferentes idades e profissões, exemplificando as situações mais comuns que levam as pessoas a fazerem parte desse contexto. Nas entrevistas, são abordados tanto o lado prático – comida, decoração – como o comportamental – autoconhecimento, descobertas, momentos de solidão. A autora contou com o apoio de uma equipe de consultores nas áreas de psicologia, psiquiatria, arquitetura, psicanálise e terapias alternativas. Os depoimentos são intercalados com capítulos que narram a experiência da autora, e mostra os prós e contras de morar sozinha, com sugestões e informações sobre saúde, decoração, gastronomia, segurança etc. Lançado em 2004, "Só" vendeu duas edições, esgotou nas livrarias e agora, 11 anos depois, ganha uma reedição caprichada, com um novo capítulo sobre a era das redes sociais, que surgiram na última década, e outro com receitas de chefs famosos. O livro revela, afinal, que aprender a viver sozinha não é necessariamente sinônimo de sofrimento ou solidão, mas de descoberta e felicidade.
IdiomaPortuguês
Editorae-galáxia
Data de lançamento20 de jul. de 2015
ISBN9788584740574
Só: Dores e delícias de morar sozinha

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    - Rosane Queiroz

    Queiroz

    Depoimento

    Só por uma proposta de trabalho

    Adoro chavear a porta por dentro.

    Luciene Geraldi, 32, publicitária

    Segunda-feira, 20h30. Junho de 2000.

    Um cachorro yorkshire vestido de vermelho late loucamente e pula na visita quando a publicitária Luciene Geraldi, 32 anos, abre a porta de seu apartamento de um quarto no bairro do Itaim, em São Paulo. Acabei de chegar, não brinquei com o ‘Sake’ e ele fica assim, diz ela, referindo-se ao cãozinho. Sake continua impossível, enquanto a dona da casa pega uma cerveja long-neck na geladeira e explica o nome dele. Eu estava numa fase de beber Sake quando ele apareceu.

    Na porta da geladeira branca, fotos de amigos, foto da mãe, ímãs de serviços delivery. Um balcão divide a estreita cozinha da sala, mobiliada com um sofá de dois lugares, um baú de acrílico transparente e um aparelho de TV de 29 polegadas no chão, como se tivesse acabado de chegar da loja. Outro dia minha mãe reclamou: ‘Sua TV ainda está no chão?’ Mas mesa para TV é uma coisa tão cafona.

    Gaúcha de Porto Alegre, Luciene saiu da casa da mãe aos 30 anos, quando recebeu uma proposta de trabalho em São Paulo. Antes, fazia parte da turma que não vê razão para viver sozinha porque se sente livre na casa dos pais. Minha casa era um grande hotel. Cada um tinha seu quarto, sua TV, seu som e sua porta. Eu tinha total liberdade de entrar e sair na hora que quisesse. Meus pais são separados, tenho dois irmãos e minha mãe sempre preferiu que levássemos os namorados para casa porque, afinal, ela sabia onde a gente estava. Em dois anos administrando o próprio espaço, Luciene passou por crises de insônia e dramas domésticos, mas acabou gostando da privacidade. Adoro chavear a porta por dentro, diz.

    Um teto todo meu

    "Nos primeiros três meses fiquei num flat pago pela agência de publicidade que me contratou. Detestei. Era um ‘flat-moquifo’, um entra-e-sai de gente – de colegas da agência a garotas de programa. Meu quarto era uma coisa linda: tinha um sofá de canto amarelo, espelhos de cima a baixo, uma cortina vermelha e uma colcha vermelha. Sem contar o bar dourado e as estátuas gregas de pelados que escondi. Mas não me sentia só. Vida nova, cidade nova, trabalho legal. No fim, aluguei o apartamento da noiva de um colega de trabalho, quando ela saiu para casar. Foi bom porque não precisei de fiador. O problema é que o apartamento era todo amarelo; nos momentos de depressão, eu enlouquecia. Pintei de branco e tudo bem."

    No começo

    Na casa da minha mãe sempre tinha barulho ou ao menos uma pessoa para conversar. Eu não conhecia quase ninguém na cidade, me sentia só ao chegar em casa. Meu celular ainda era de Porto Alegre e gastei uma fortuna em telefone. Ia muito ao cinema, comecei a caminhar no parque, a me obrigar a fazer coisas. O mais difícil foi me adaptar ao jeito fechado dos paulistanos. Tenho o hábito de entrar no elevador e dar ‘bom-dia’. Muitas pessoas não respondem.

    O melhor

    Chavear a porta por dentro. O Sake me incomoda às vezes, mas ter cachorro é opção. Eu pago minhas contas, posso trancar a porta e dizer: ‘Não vou abrir, não vou atender ao telefone’. [pausa] Pensando bem, acho que vou virar uma neurótica solteirona.

    O pior

    "Todas as empregadas que tive são complicadas. Não consigo dar ordens. Acho que elas se sentem inferiores e, se eu der ordens, vão se sentir mais inferiores. Tive mil faxineiras: a Ilda, a Jô, uma segunda Jô, e agora a Val. Errei com todas. O mais engraçado é que na casa da minha mãe as empregadas me odiavam porque eu era ditadora, reclamava da roupa mal passada. Aqui elas fazem o que querem, inclusive a casa e o cachorro são delas.

    Chega uma hora em que peço para limpar o vidro e elas não limpam. Detalhe: a Val limpou os vidros hoje e a janela está cheia de listras. A faca que acabo de tirar da gaveta está suja. Chega um dia em que desisto. Acho que eu tinha de ser mal-humorada como na casa da minha mãe, mas já passo o tempo todo no trabalho tendo que me impor; em casa não quero brigar.

    A primeira Jô trocava os móveis de lugar. Eu chegava do trabalho, ela tinha posto o sofá em outra parede. O banheiro é cheio de armarinhos; elas tiram as coisas de dentro para limpar e, quando põem de volta, mudam tudo. Eu acordo às 7 horas, tenho que sair correndo, de repente não tem xampu, fecho o armário, abro o outro, não tem creme, v ou pe gar o papel higiênico, acho o xampu e o creme. Agora já aviso que dá demissão trocar coisas de lugar.

    Deve ser por isso que a Val não guarda minhas roupas. É um espanto essa Val. O armário tem oito portas de cada lado e um monte de gavetas. Fiz a planta baixa dos armários, colei etiquetas nas portas e gavetas indicando onde fica cada coisa e deixei um bilhete: ‘Favor guardar as roupas no armário’. Resultado: tem duas portas vazias, ela jogou todas as roupas nessas duas portas.

    Acho que é falta de neurônios mesmo. Esses dias tinha uma meleca não-identificada no microondas; deixei outro bilhete: ‘Favor limpar a meleca do microondas’. Ela não tem o que fazer! O acordo é que fique uma hora por dia, arrume a cama, limpe a casa. Na quinta- feira, deve ficar quatro horas limpando tudo de verdade. Mesmo assim, é tempo demais para um apartamento de um quarto. Deixei dinheiro para comprar comida; até agora ela só comprou detergente."

    Momento único

    Domingo. Se está frio, adoro passar o dia deitada vendo TV. Ou saio caminhando, compro o jornal, sento embaixo de uma árvore e fico horas.

    Maus bocados

    Tive momentos de superdepressão. Crise de TPM, que juntava com problemas no trabalho e virava uma novela mexicana. Eu chegava em casa e não tinha ninguém para chorar. Pensava: ‘Estou em crise existencial; o que estou fazendo nessa cidade em que ninguém me cumprimenta?’. Tomava muito café e tinha insônia. Lembro de ficar olhando para o relógio eletrônico do Bradesco, no prédio da frente, durante horas. Mas tive um amigo de insônia. De madrugada, eu ia para a casa dele e ele me esperava com uma caneca de sopa na mão. Só que ele arrumou uma namorada. Comecei a ligar para as pessoas à uma hora da manhã e elas ficavam compadecidas. Eu ainda não tinha computador. Via TV, chorava, ligava para o ex-namorado. Ex- namorado tem que agüentar porque gosta de você e você gosta dele para o resto da vida. Escrevi cartas que nunca mandei: ‘Te amo, te adoro, não sei o que estou fazendo sem você’. No dia seguinte rasgava e pensava: ‘Eu estava mal’.

    Mania assumida

    Esse prazer de fechar a porta. Não é coisa de solteirona? Mas não quero ter manias. Cachorro é bom para isso. Sozinha, a gente começa a ficar chata, com as coisas bonitinhas, tudo no lugar. O Sake é ótimo: já comeu uma cadeira, almofadas, cinco pares de sapatos, pula em todos os meus amigos. Mas eu curto. Ele me faz companhia quando vou caminhar, se paro para tomar café ele fica sentadinho do meu lado. Já fiz vários amigos por causa dele.

    A última vez em que me senti sozinha

    "Ontem, domingo. Eram 4 horas da tarde e ninguém tinha me ligado. Eu estava atirada no sofá ‘amebando’ [virando ameba] e pensando:

    ‘Pô, todo mundo dormindo, ninguém me liga’. Tomei um banho e fui ao supermercado, quando um amigo me ligou. Pronto, passou a depressão. Ele me convidou para ir a uma livraria e falei: ‘Claro’. Claro que voltei pra casa e me enfiei debaixo das cobertas. O problema era alguém ligar."

    , até quando?

    "Na minha geração, as pessoas moram juntas, casam mais tarde. Minha adolescência foi aos 24 anos. Tive um namorado desde os 16, ia casar com ele e ter filhos gêmeos. E não rolou. Não planejo nada. Quando eu quis viver junto com ele, ele não quis, quando ele quis, eu não quis. Mas nunca tive ‘neura’ de ficar sozinha pelo resto da vida. E, quando morar com alguém, vou precisar de um cômodo da casa só meu, onde só eu possa entrar.

    Estou sem namorado há mais de um ano. Os homens ainda têm problemas com mulheres independentes. Uma amiga tinha um amigo que ela queria porque queria que eu conhecesse. Combinamos de tomar vinho em um lugar que imita uma vila italiana. Foi ótimo. Depois ela perguntou para ele: ‘Gostou da minha amiga?’. Ele quis saber mais sobre mim. Ela disse: ‘Ela mora sozinha, tem um trabalho superlegal’, deu o currículo. Quando soube que eu não tinha namorado, ele comentou: ‘E qual o problema dela?’.

    Semana passada conheci um cara fofo. Mais velho, 34 anos, bom papo, sorridente. Gosto de pessoas alegres. O cara chegou dançando. Pronto, não precisava nem falar! Saímos para conversar e senti que assustei o cara. Eu apenas trabalho e vivo, mas ele perguntava: ‘Sua família não mora aqui? Você não tem ninguém aqui?’.

    O último foi um menino que conheci em um bar e não dei a menor bola porque ele era um ‘mauricinho’ pejorativo: camisa xadrez, gel no cabelo. Ele insistiu, insistiu, até que dei meu telefone. Fomos jantar, e sou o tipo de pessoa que instiga os outros a contarem a vida inteira. Meu ex-namorado dizia que eu tinha um divã inflável na bolsa. O menino descreveu toda a separação dele em detalhes. Depois de contar todo o drama da ex-mulher, da família dele, do emprego, do apartamento que está alugando, resolveu perguntar ‘alguma coisinha’ sobre mim. Contei que morava sozinha e tinha um cachorro. Ele concluiu: ‘Pessoa que tem cachorro é que se sente sozinha, né?’. Respondi: ‘Não, inclusive o neurologista do meu ex-sogro disse que era legal ter cachorro’. Entrei em um papo- cabeça, de que ter cachorro é bom para Mal de Parkinson. Em outras palavras, ele afirmou que era coisa de solteirona e insistiu: ‘Você deve se sentir muito sozinha mesmo’. Eu disse: ‘Não, é que eu gosto de bichinhos’. Desastre total. Foi horrível: sábado à noite, eu jantando com aquele menino cheio de gel no cabelo, que veio me buscar de BMW e disse ao celular: ‘A carruagem está aqui embaixo, princesa’. Ele precisava mesmo era sair com uma loira de calça justa. Nosso contato hoje se resume a e-mails com piadinhas."

    Solidão é

    Natural. A gente nasce e morre só. São as coisas mais pesadas da vida: sair do quentinho para enfrentar toda essa confusão e depois desistir da confusão. O que tem no meio é o melhor. E não dá para ficar neurótica: tem os dias de mau humor, o dia em que você acha que seu cabelo está verde, pontudo, que está com o dente grande. Mas não vou passar a vida conjeturando sobre o que é ter ou não ter alguém. Se me sentir sozinha, vou pentear o cabelo para cima, arrumar o armário, ler revistas.

    Quando bate a solidão

    "Não fico sozinha se não quero. Existem tribos de singles. Final de semana tem ‘almojanta’ [almoço quase na hora do jantar] com amigos, domingo a gente vai ao cinema. Fica mais fácil morar sozinho se você cultiva amizades: ligue, saia para tomar um chope com alguém. Quando tenho um problema, na hora se forma uma rede dos sozinhos e começam a me ligar."

    Comigo aprendi

    Se eu não fizer, ninguém vai fazer. Se eu não sentar com a empregada, me explicar e tentar entender o que está se passando na cabeça dela, ela não vai entender o que eu quero. Também aprendi a conhecer os limites da minha independência. Outro dia fui a uma festa e uma menina que mora sozinha chamou um monte de gente que ela nem conhecia para continuar bebendo na casa dela. Eu teria medo. Não é porque moro sozinha que posso tudo.

    Se conselho fosse bom

    Às vezes sinto falta da família no almoço de domingo. A minha nunca foi tradicional, mas meu irmão sempre vai com a mulher e com o gato dele na coleira almoçar na casa da minha mãe. Sinto falta de não ter dado valor a isso, de achar maçante e agora não ter. Mas não daria mais certo morar com minha mãe. Primeiro, quero mudar a decoração da casa dela, jogar todas as plantas dela fora, tirar o sofá preto e botar um branco. Somos duas mandonas. Quando vou a Porto Alegre é bom, sou paparicada. Mas estranho não trancar a porta da casa por dentro. Não aconselho ninguém a fazer nada, mas acho importante aprender a ser só.

    Conversa na Cozinha

    Destaques da geladeira

    Um pote em miniatura de geléia, uma garrafa de tequila, suco de laranja, Ioiô- Cream, queijos, açúcar.

    "Não gosto de cozinhar. Para mim, a vida começa na porta: gosto de programas para almoçar, programas para jantar. Acordo às 7h20, fico na cama até as 8, entro no trabalho às 9, saio às 20 horas e vou para a aula de inglês. Depois saio para jantar ou como biscoitos com Toddynho quando chego em casa. Sempre tenho biscoitos e chás na despensa. Sou fast-food, tenho uma gaveta de deliveries. Sou prática, comprei meu carro por telefone. Disse o quanto podia pagar e que queria duas portas. Me entregaram a cor disponível. Quando me mudei, fui às Lojas Americanas e comprei tudo o que precisava de uma vez, levando em conta minhas necessidades: tenho abridor de vinho, mas não tenho prato de sopa, por exemplo.

    Às vezes compro verduras para deixar a geladeira bonita, mas não dá certo. Outro dia comprei tomatinhos-cereja, alface daquela embalada a vácuo, lavada, linda. Pus tudo fora. O problema do leite resolvi comprando o achocolatado em caixinha. Não estraga. Dos congelados de supermercado, gosto de lasanha à bolonhesa. Quando recebo amigos, sirvo torradinhas e patezinhos prontos. No limite da fome, faço um Miojo no fogão, porque ainda não comprei a panelinha para o microondas."

    Receita express: Hi-saquê da Luciene Geraldi

    É um hi-fi com saquê no lugar da vodca: coloque saquê até a metade do copo e um pouquinho de suco de laranja. Pronto".

    Capítulo 1

    Resta um

    Os números contam: há cada vez mais gente

    morando sozinha, no mundo inteiro

    Estar em família, ou casado, ajudaria,

    se você tivesse um cantinho tranqüilo só seu.

    Thomas Moore

    Quando era pequena, adorava jogar Resta Um. Era um tabuleiro em forma de xis, todo furadinho, com pinos vermelhos encaixados nos furos. O jogo consistia em usar um pino para pular o outro, utilizando os furos desocupados como apoio. Os pinos comidos iam sendo eliminados até restarem dois e, depois do último pulo, apenas um. Também conhecido como Solitaire, o brinquedo continua atual e tem sua versão na internet. A imagem do tabuleiro com o último pino fincado me veio, por associação, com a idéia de solidão. Como no efeito do Resta Um, o número de pessoas morando sozinhas aumentou nas últimas décadas no mundo todo (veja o quadro). Mesmo quem vive acompanhado conhece alguém que mora sozinho porque está longe da família, porque ainda não se casou, porque se separou, porque escolheu assim ou porque não teve outra opção. No Brasil, a proporção de pessoas que moram sozinhas, em relação ao total de domicílios, praticamente dobrou nos últimos 30 anos, Segundo a pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, divulgada em novembro de 2013, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De acordo com o estudo, as moradias com apenas uma pessoa representavam 6,2% dos domicílios do País em 1981. Em 2012, já eram 13,2%, o que significa cerca de 7 milhões de pessoas que moram sozinhas. De acordo com o IBGE, o crescimento é resultado, entre outros fatores, da queda da fecundidade e do envelhecimento crescent da população. O IBGE destaca ainda as diferenças regionais, quando se leva em consideração o sexo da pessoa que mora sozinha. No Norte, há uma proporção bem mais elevada de homens que moram sozinhos. No Sudeste e Sul,

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