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Humor e Sátira para você
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Como escrever humor - Mel Helitzer
A MAGNUS HOPUS
Para Linea Warmke e para Ethan, o comediante preferido de seus pais.
imagemimagemSumário
imagemPARTE TRÊS: A REDAÇÃO DE HUMOR PARA MERCADOS ESPECÍFICOS
CAPÍTULO 12
Sssom! Sssoom! Testando: um, dois, três: redigindo discursos com humor
CAPÍTULO 13
Humor ao vivo: comédia em pé sem ser um pé no saco
CAPÍTULO 14
O humor impresso: colunas, artigos e calhaus
CAPÍTULO 15
Piadas que passam uma boa imagem: o humor dos cartuns e dos cartões
CAPÍTULO 16
A máquina de gargalhadas: escrevendo para programas de TV
CAPÍTULO 17
O negócio dos negócios
CAPÍTULO 18
Ensinando, aprendendo, rindo
CAPÍTULO 19
E agora para terminar...
APÊNDICE
Glossário
imagemCAPÍTULO 12
Sssom! Sssoom! Testando: um, dois, três:... redigindo discursos com humor
imagemPara a maioria dos jovens, a primeira chance de uma apresentação humorística aparece quando são chamados para fazer um discurso. David Brinckley, apresentador de telejornais, comentou certa vez que chegamos ao ponto em que há mais pessoas dispostas a fazerem discursos do que pessoas dispostas a ouvirem discursos.
Mas o fato é que o ato de discursar continua sendo mais popular do que nunca. Nesta sociedade eletrônica, na qual tanta informação vem até nós via internet, televisão, laptops, rádio, e-mail e celulares, ainda existe uma necessidade de sairmos de trás de nossas mesas e nos comunicarmos pessoalmente com grupos de pessoas.
Inventamos as ocasiões para isso. Cresce a quantidade de clubes, associações e organizações religiosas, políticas e sociais, todas precisando de discursos que entretenham as pessoas. Os planejadores desses eventos, ao elaborarem a programação, continuam pensando primeiro em quem irá discursar ou dar as palestras.
imagemDe acordo com o velho ditado, todos somos ignorantes... só que cada um em assuntos diferentes. Donde se conclui que cada um de nós pode ser um expert em alguma coisa – ou pelo menos saber mais a respeito do que as outras pessoas presentes – qualificando-se assim para falar a respeito. Mas isso é só parte da história. Os discursantes são escolhidos também pela sua capacidade de dizer as coisas. Isso não mudou nos últimos 150 anos, quando, ao final do século XIX, John Morley, político inglês, escreveu: Três coisas são importantes num discurso. Quem fala, como fala e o que fala. Das três, a última é a que menos importa
.
Os discursos fornecem uma boa oportunidade para testar material humorístico, e às vezes redatores de humor aceitam convites para palestras só para testar reações do público. Se George Carlin não tivesse mergulhado na comédia stand-up, poderia ter criado fama como um grande redator de discursos. Após a morte de sua esposa, escreveu uma homília de 1.500 palavras sobre a necessidade de as pessoas valorizarem os momentos que passam juntas. Nesse ensaio, fez uso de várias técnicas e fórmulas eficazes, tanto em discursos sérios quanto em humorísticos, tais como emparelhamentos, triplos e associações (técnicas analisadas no primeiro volume deste livro). Eis um trecho.
Quer esteja escrevendo um discurso para si mesmo ou para um cliente, existem cinco blocos onde o humor pode ser importante.
Título do discurso
Apresentação do palestrante
Comentários iniciais
Corpo do discurso
Comentários finais
O TÍTULO: CHAMANDO A ATENÇÃO
O título de um discurso tem uma importância muito maior do que a maioria dos redatores lhe atribuem. O título deve não só indicar qual é o assunto como também chamar atenção ao ser relacionado na programação ou nos releases; às vezes o próprio título pode atrair a cobertura da imprensa. Depois, ao ser anunciado durante o evento pelo mediador, o título estabelece o clima para a plateia. O público sempre tem esperanças de que o próximo discurso será melhor do que o anterior. É por isso que mestres de cerimônia experientes sempre agradecem ao orador prévio e em seguida acrescentam: E agora, temos uma atração especial para vocês. Nosso próximo orador...
(Afinal, ninguém quer que ele diga: Bem, pessoal, já ouviram o que interessa, agora vamos para o resto
.)
Mesmo se o discurso ou palestra for sobre um assunto sério – política, economia, negócios ou educação – um toque humorístico no título aumentará o interesse e o público. Por exemplo, não há nada mais árido do que palestras sobre técnicas de venda, mas gerentes de vendas astutos sabem como passar a impressão de que não são tão maçantes recorrendo a títulos como:
imagemÉ HORA DO ESPETÁCULO
Faça uma lista de temas sobre os quais você se considera qualificado para desenvolver. Para cada tema escreva de três a cinco títulos que tenham um toque humorístico. Lembre-se: o título, além de ser engraçado, deve identificar o conteúdo da palestra ou discurso.
imagemAPRESENTANDO O ORADOR: E AGORA, COM VOCÊS...
Se feita corretamente, uma apresentação humorística pode humanizar o orador e deixar a plateia mais à vontade. Não permita que algum mediador ou mestre de cerimônias lhe passe uma bola murcha para seu discurso já começar capenga. (Alguém vai se lembrar dos fatos de uma biografia detalhada tirada diretamente de um currículo?)
Para conferir uma verdadeira personalidade e uma alma viva a uma apresentação, redija-a você mesmo. Com antecedência de dias, pergunte ao mestre de cerimônias se ele já tem pronto um texto que lhe apresente ao público. Mesmo que ele tenha, faça-o perceber que o seu texto contém toques humorísticos que podem tornar a apresentação mais divertida. Os mestres de cerimônia sempre reagem de maneira positiva a esse tipo de sugestão, já que gostariam também de terem falas engraçadas. Não seja tímido. Você e o MC serão os únicos a saberem quem escreveu seu texto de apresentação.
imagemÉ HORA DO ESPETÁCULO
Escreva uma apresentação de um parágrafo que resuma a sua experiência profissional. A apresentação deve ter relação com o título de sua palestra, preparar a plateia para o conteúdo de seu discurso e explicar porque você está qualificado para discorrer sobre esse tema. O humor deve estar presente no texto mas não às custas de minimizar suas qualificações. Dê uma olhada na forma como Mark Twain escolheu para apresentar a si mesmo antes de falar em público.
imagemCOMENTÁRIOS INICIAIS: UM BOM COMEÇO JÁ COMEÇA BEM
Depois de uma apresentação enaltecedora, você pode ficar sob os holofotes e encantar o público com introduções como este emparelhamento:
Um pouco de humor autodepreciativo sempre ajuda.
Embora se queira demonstrar um pouco de humildade, é importante não passar do ponto. A plateia desconfia de uma pessoa muito certinha. Golda Meir, ex-primeira ministra de Israel, certa vez disse para um colega, depois de este ser apresentado ao público: Não seja tão humilde. Você não é tão genial
.
Mesmo para um profissional consagrado, certo grau de ansiedade é normal (e mesmo desejável). A ansiedade bomba adrenalina para o sistema e atiça os artistas – incluindo os oradores – a darem o melhor de si. Umas poucas frases humorísticas podem dissipar o ceticismo da plateia e deixar que seus integrantes fiquem mais receptivos à sua fala.
Eis uma frase tão batida pelo excesso de uso como abertura de monólogos que se tornou um clichê, e até mesmo o título de um musical da Broadway: A Funny Thing Happened on the Way to the Forum (aconteceu uma coisa engraçada quando eu estava indo para o fórum). Seria fácil recomendar que nunca mais seja usada, mas – como com tantas outras regras – existem exceções.
Um orador nunca deve usar mais do que três peças de material humorístico durante seus comentários iniciais. (Lembre-se das regras de três citadas no capítulo nove do primeiro volume. Nunca use mais do que três piadas sobre o mesmo assunto num monólogo; três minutos é a duração ideal de um esquete; não aborde mais de três temas num artigo. Estas regras de três aplicam-se também a outras atividades e em outras situações.) E um orador nunca deve tentar agir como um comediante profissional ou se vangloriar como David Letterman, que consegue se sair bem nisso porque faz parte de seu personagem.
A seguinte introdução coloca um leve sorriso nos lábios e um peso enorme no estômago.
CONTEÚDO: TODOS TÊM DIREITO À MINHA OPINIÃO
Geralmente, quanto mais fácil algo é de se ler, mais difícil foi de se escrever. Falar em público é como escrever. Mas flui mais facilmente se tiver algo a dizer; então é importante que nunca se esqueça o motivo de estar fazendo o discurso ou palestra.