5... 4... 3... 2... 1: Mônica e Menino Maluquinho perdidos no espaço
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Sobre este e-book
Basta fazer a contagem regressiva "5, 4, 3, 2, 1" para que tudo comece!
E, claro, uma viagem tão emocionante pelo espaço sideral, na companhia do Astronauta, não seria completa se eles não estivessem com alguns de seus melhores amigos: Bocão e Chico Bento.
Além de enfrentar o desconhecido, e viajar por lugares onde nenhum outro ser humano jamais esteve, levarão com eles três incríveis companheiros que estiveram perdidos no planeta Terra por longos anos.
Agora é com você! Aperte o cinto, respire fundo e prepare-se para uma jornada inesquecível e sem fronteiras para amigos de verdade.
Manuel Filho
Quando eu tinha oito anos, meu nome e endereço foram publicados na seção ‘Amizade Selada’ da revista Cebolinha 54, da editora Abril, e, em razão disso, recebi cartinhas e postais de vários cantinhos do Brasil. Construí várias amizades e desejei conhecer lugares tão incríveis como os que eu descobria ainda na infância. E fiz mesmo diversas viagens: reais e imaginárias. Comecei a inventar as minhas histórias, publiquei mais de 60 livros, ganhei prêmios literários, como o Jabuti, e participo de encontros literários o ano inteiro.Também sou ator, cantor e adoro pisar nos palcos por aí.Quando o Mauricio me deixa brincar com a Turma da Mônica, eu volto a momentos inesquecíveis da minha infância. É mágico colocar palavras nas bocas destes personagens tão amados! Espero que tenha curtido esta aventura, com medinho, claro.
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- Nota: 5 de 5 estrelas5/5li e foi uma viagem pela a imaginação adoreii . Eu não estava esperando por um livro tão bom indico para todo o mundo
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5... 4... 3... 2... 1 - Manuel Filho
Filho
–Chicooooooooo!
Chico Bento quase engasgou quando escutou alguém gritando seu nome. Alguém é apenas um modo de dizer, pois ele sabia exatamente que era o Zé Lelé que estava se esgoelando.
Do alto de uma goiabeira, Chico imaginou que fosse um aviso para que fugisse rapidamente. Nhô Lau deveria estar se aproximando.
– Chico, ocê taí?
Já com metade do corpo para fora da copa da árvore, ele respondeu:
– I donde mais eu podia tá?
– Ocê falô qui ia comê goiaba – justificou Zé Lelé. – Intonce, eu achei qui ocê ia tá im riba da goiabera.
– Acertô! Donde ocê quiria qui eu tivesse? No pé di laranjera? – retrucou Chico, que, observando que Zé Lelé se demorava a pensar sobre o assunto, prosseguiu – I o qui ocê qué?
– Ocê num iscuitô as úrtima? O Chupa-Cabra atacô di novo – disse, apavorado, Zé Lelé.
Chico Bento fez cara de assustado e gritou:
– I acho qui vai atacá otra veiz. Oia ele aí atrais docê!
Zé Lelé não pensou duas vezes. Mais rápido do que onça com fome, ele subiu pelo tronco da goiabeira e se escondeu com o primo dentro da copa da árvore.
– Cadê? Cadê esse coisa-ruim? – apavorou-se Zé Lelé.
Chico Bento até tentou conter o riso, mas não conseguiu. Logo estava dando uma boa gargalhada ao ver a cara de desespero do Zé Lelé.
– Tem Chupa-Cabra ninhum. Só tem eu: o chupa-goiaba!
Zé Lelé, percebendo que havia caído na brincadeira, zangou-se:
– Isso num si faiz cum amigo, Chico.
– Percisava di vê a sua cara. Parecia qui tinha visto um lobisome.
– Antis fosse, pruque, desse aí, num tenho medo, não.
– Ah, tá bão... Já vi ôce correndo im disparada no campo com medo di um uivo assustador, i era só um cachorro.
– Foi a sombra dele qui mi atrapaiô. Ficô maior do qui era. I num percisa si alembrá disso agora. Tem coisa muito mais isquisita acontecendo.
– O Chupa-Cabra atacô di novo, ocê já falô – relembrou Chico. – I percisa tê medo dele? Como o próprio nome já diz: ele só chupa cabra, bode, ganso, porco... Si bem qui eu tenho pena dos pobrezinho... Inda bem que lá no sítio tem a Giserda e um galo, que avisa todo mundo. É uma baruiera só. Nunca si passô nada por lá. Nóis tamo tudo portegido.
– Só qui ele mudô o cardápio. Tão falando qui ele atacô uma minina lá na istrada do boi marvado, qui fica mais di treis légua dispois da vila, i qui ela num tinha uma gota di sangue dentro dela.
Chico escutou toda aquela história, desconfiado. Podia até ser uma invenção do Zé Lelé para se vingar do susto que tinha levado. Mas, por aquelas bandas, como jamais ouviram falar de vampiro ou morcego tão grande que pudesse chupar todo o sangue de um animal, o principal suspeito era sempre o Chupa-Cabra, um bicho apavorante, de mais ou menos um metro e meio de altura, olhos grandes, longos espinhos nas costas, dentes pontudos e garras muito compridas.
Quem é que gostaria de topar com um monstro desses, afinal de contas?
– I quem disse isso? – quis saber Chico.
– Tá todo mundo falando na vila. Mandaro a gente tomá cuidado, num andá sozinho di jeito ninhum. Por isso qui vim ficá cocê.
– Uai, i ocê veio sozinho inté aqui?
– Vim – respondeu Zé Lelé, dando uma baita de uma mordida em uma goiaba bem parruda, sem se dar conta do perigo que poderia ter corrido.
– Pois eu só querdito im mula sem cabeça, lobisome i saci. Esses eu já vi com esses oio qui a terra há de cumê. Num tenho medo desse tar di Chupa-Cabra! Si mi aparecesse um, eu ia sabê ixatamente como mandá ele pro lugar di donde veio, di uma veiz por todas. Nunca mais ele ia aparecê por aqui.
Chico Bento estava certo de que se tratava de uma simples brincadeira, e Zé Lelé não esboçou qualquer reação contrária. Talvez estivesse esperando o momento exato de aprontar alguma, mas Chico nem teve tempo de continuar com a provocação, pois logo escutaram uma voz realmente ameaçadora.
– Quem tá comendo minhas goiaba?
– Chico! É o Nhô Lau.
– Desse aí, eu tenho mais medo do qui di lobisome. Vamo imbora! I ligero – avisou Chico, ainda conseguindo guardar uma goiaba