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Sou livre para ser o que ou quem quiser: rompendo com padrões sociais
Sou livre para ser o que ou quem quiser: rompendo com padrões sociais
Sou livre para ser o que ou quem quiser: rompendo com padrões sociais
E-book183 páginas2 horas

Sou livre para ser o que ou quem quiser: rompendo com padrões sociais

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Sobre este e-book

Você já se perguntou porque, mesmo seguindo os modelos "infalíveis" de sucessos propostos por tantos especialistas da felicidade, ainda assim sua vida não mudou de forma significativa? Já se questionou sobre os motivos pelos quais aquele "plano perfeito" não o levou ao nível de vida que tanto sonhava?

Neste livro, proponho aquele que pode ser o único caminho para construirmos uma vida da qual tenhamos orgulho quando mudarmos de dimensão: Ser livre!

Você, eu, ou qualquer outra pessoa que habita este planeta pode e deve ser livre para ser o que, ou quem quiser, rompendo definitivamente com os padrões, modelos, crenças, valores de uma sociedade hipócrita, egoísta, centrada no próprio ego.

Ser livre é um estilo de vida, no qual escolhemos viver em sintonia com as nossas próprias essências, sejam elas boas, ou não.

Sinta-se livre para aceitar este fato. Sinta-se livre para questioná-lo. Afinal, a pessoa que está lendo estas linhas agora não existirá mais amanhã.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento25 de nov. de 2020
ISBN9786586939699
Sou livre para ser o que ou quem quiser: rompendo com padrões sociais

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    Pré-visualização do livro

    Sou livre para ser o que ou quem quiser - Gérson Rodrigues

    Copyright© 2020 by Literare Books International

    Todos os direitos desta edição são reservados à Literare Books International.

    Presidente:

    Mauricio Sita

    Vice-presidente:

    Alessandra Ksenhuck

    Capa:

    Gabriel Uchima

    Diagramação:

    Isabela Rodrigues

    Revisão:

    Rodrigo Rainho

    Diretora de projetos:

    Gleide Santos

    Diretora executiva:

    Julyana Rosa

    Diretor de marketing:

    Horacio Corral

    Relacionamento com o cliente:

    Claudia Pires

    Literare Books International

    Rua Antônio Augusto Covello, 472 – Vila Mariana – São Paulo, SP.

    CEP 01550-060

    Fone: +55 (0**11) 2659-0968

    site: www.literarebooks.com.br

    e-mail: literare@literarebooks.com.br

    AGRADECIMENTOS

    Dentre todas as pessoas que me inspiraram a escrever este livro, uma, em especial, fez e faz toda a diferença na minha vida. É a ela que quero dedicar estas páginas, pois, ao longo de toda a minha jornada, foi a única pessoa capaz de olhar em meus olhos com ternura e falar com firmeza: Você está errado!.

    Sem ela, este livro não existiria. Sem ela, não seria quem sou hoje. Sem ela, minha vida continuaria sendo o caos que era quando a conheci.

    A você, meu amor, Bruna Stefani Silva, dedico esta obra.

    Com amor, na primavera de 2019…

    1. A VIDA NÃO É PERFEITA

    Antonio José da Silva (nome fictício) era um empreendedor quebrado, completamente falido, alcoólatra, casado, pai de dois filhos, mas totalmente ausente em relação à sua família. Era mulherengo, grosseiro, preguiçoso e desorganizado. Seu principal hobby era se encontrar com amigos em um boteco todas as sextas-feiras, onde ficava se vangloriando das suas conquistas amorosas, sem qualquer pudor.

    Você deve estar pensando: Devo estar lendo o livro errado, afinal, o título fala sobre liberdade e, na introdução, me deparo com a história de um cara abjeto como esse. Acredite em mim, a história de Antonio é o mais perfeito ponto de partida para nossa trajetória juntos.

    Antonio tinha um grande sonho adormecido em seu coração desde sempre: ser um empresário bem-sucedido, rico e próspero. Mas, apesar de já atuar no mercado empresarial há vinte longos anos, o máximo que havia conquistado foi uma casa própria, financiada no sistema bancário, e um carro seminovo, igualmente comprometido com dívidas. Com o passar do tempo, se resignou ao seu fracasso, e seus comportamentos nada mais eram do que reflexos de como se sentia internamente: um perdedor. Como não conseguia lidar com a dor que o aprisionava, encontrava no álcool e nas mulheres um refúgio para desaguar suas emoções nefastas. Para piorar tudo, já se encontrava com 55 anos, e uma crença dominante perturbava sua mente: não conseguiria mais reverter o quadro da sua vida e VIVER seu tão desejado sonho. Antonio havia jogado a toalha. Era um morto-vivo, que apenas contava os dias, um após o outro, vivendo como um vegetal, encontrando alguns instantes de prazer em suas fugas e dependências.

    Na verdade, em seu íntimo, Antonio ansiava pela morte. Pensamentos suicidas o dominavam quando estava sóbrio, e rezava todos os dias para que sua empresa fechasse as portas. Porém não tinha coragem de fazer nenhum dos dois. O medo da morte era maior que a dor do fracasso e, em sua empresa, havia famílias que também dependiam do negócio. Ainda havia alguma humanidade em Antonio.

    O fato é que, no alto dos seus 55 anos, Antonio estava emaranhado em uma teia da qual não conseguia se libertar. Seu casamento, sua vida financeira, seus negócios, sua carreira, seus sonhos e todas as demais áreas que representavam sua existência expressavam a verdadeira demonstração do caos, da insatisfação, de prisões emocionais, de infelicidade.

    Apesar de todo esse cenário, Antonio sempre foi um profissional talentoso em sua área, e realizava um serviço único, incomparável e diferenciado. Mesmo com os atrasos recorrentes nas entregas e toda a desorganização do seu negócio, não lhe faltavam clientes, pois ninguém fazia o que ele fazia.

    Numa sexta-feira, quando o sol já caía no horizonte, em mais uma das tantas vezes que havia estado naquele boteco, bebendo desenfreadamente e cobiçando as mulheres que por lá passavam, surgiu uma oportunidade real na vida de Antonio. Naquele mesmo ambiente, em que tantas vezes tudo o que fez foi afogar suas mágoas em álcool, Antonio conheceu alguém que iria ajudá-lo a mudar definitivamente de vida.

    Resumindo, aquele até então ilustre desconhecido tornou-se sócio de Antonio, investindo dinheiro em sua empresa. Os negócios começaram a prosperar, as dívidas sumiram, recursos financeiros abundaram e, algum tempo depois, Antonio era um rico e próspero empresário bem-sucedido, pelo menos no mundo dos negócios.

    Histórias como essa são a base da nossa narrativa cultural. Todos os dias multiplicam-se Antonios em toda a sociedade, trajetórias de pessoas comuns, como eu e você, que passaram uma vida de sofrimentos e fracassos, vivendo jornadas nada edificantes. E sabemos que alguns privilegiados, como Antonio, conseguiram virar o jogo. E talvez você possa pensar agora: Viu? Ele nunca desistiu, foi até o fim, lutou pelo seu sonho e o realizou. Antonio é um batalhador, um vencedor. Será?

    Leia a história novamente com atenção e você concluirá que Antonio é um fracassado até hoje. Mesmo rico e próspero, sua essência ainda é a do fracasso. Passou uma vida inteira errando, falhando, magoando pessoas e, eureca, uma oportunidade surge e o ALAVANCA para novos e melhores resultados empresariais. Mas foi só! As únicas áreas de sua vida que mudaram foram a empresarial e a financeira.

    Eu conheço Antonio! Quando conversamos, ele admite com clareza e simplicidade quem é de fato, assume suas falhas e sabe que, não fosse aquele encontro fortuito no boteco com seu futuro sócio na época, ainda hoje estaria vivendo a vida miserável que sempre viveu. Com efeito, ele ainda a vive… O mais interessante de tudo: Antonio aceita a responsabilidade de saber que SEMPRE FRACASSOU em sua vida. Seu sucesso atual não foi planejado, pensado, projetado; foi um acontecimento, um acaso. Mesmo hoje, tendo dinheiro e novas oportunidades, se você quiser encontrar Antonio, basta frequentar aquele boteco todas as sextas-feiras. Ele continua sendo exatamente a mesma pessoa, porém agora é um alcóolatra, mulherengo, intragável e rico.

    Talvez você possa odiar a figura de Antonio, mas há uma grande e irreparável lição que a história desse homem nos traz: ele se aceita exatamente como é, não fica tentando criar e projetar um personagem que a sociedade idealizou para si. Vive sua essência. Mesmo que ela seja desprezível, ele continua vivendo sua própria e verdadeira essência. Tudo bem, ela não é digna de elogios, mas é exatamente como ele é. Talvez sua grande obra na vida foi sentir-se confortável com o fracasso e aceitá-lo. E, mesmo tendo um sonho guardado no coração, ainda assim JAMAIS VIVEU em função das expectativas que tinha em relação ao futuro. Viveu, sim, em função da sua realidade. A verdadeira origem do sucesso de Antonio é sentir que o fracasso é aceitável e saber conviver com ele. E, mesmo querendo realizar seu sonho, estava pouco se lixando para sua vida horrível e para o que as pessoas pensavam dela.

    Vivemos em uma cultura que nutre e alimenta exaustivamente as expectativas das pessoas. Você tem que ser mais feliz, tem que ser mais saudável, mais próspero, mais rico, mais bonito, mais sarado, ser o melhor, o mais inteligente, o mais rápido, o mais competente, o mais admirado. E, se observar com atenção, notará facilmente que nos vendem a ideia, o tempo todo, de que tudo isso é perfeitamente possível para qualquer pessoa. Pior, se não estivermos alinhados com essas expectativas, nos tornamos a escória da sociedade, verdadeiros alienígenas, que não sabem e nem buscam seu verdadeiro potencial, que vivem à margem das tendências e das possibilidades de um mundo que é abundante e tem oportunidades iguais para todos.

    Na verdade, nos estimulam a colocar nossa atenção no que NÃO TEMOS, no que está faltando, nas nossas falhas e erros, tornando-os maiores aos nossos próprios olhos. Assim, compraremos tudo o que for possível e imaginável para que consigamos alcançar o paraíso da excelência. Lembra-se da frase? Você pode, você consegue!

    Se você parar para pensar um pouco, ficará claro que essa fixação na MOTIVAÇÃO a todo custo só serve para nos lembrar que não somos bons o suficiente, e que precisamos melhorar. E aí, quando melhoramos, sempre haverá um novo e mais elevado nível a ser perseguido, ou seja, a busca nunca cessa. Reflita por um momento: uma pessoa verdadeiramente feliz precisa ficar repetindo no espelho que é feliz todos os dias? É claro que não! Você conhece aquele ditado: cão que ladra não morde?

    Todos e tudo no mundo querem nos convencer que a realização plena de uma pessoa depende de mais dinheiro no banco, de uma casa melhor, de um carrão na garagem, de um corpo esbelto e sarado, da piscina dos sonhos no quintal, da viagem para o exterior todos os anos, de padrões muito elevados de sucesso.

    Quero compartilhar a certeza de alguém que já viveu na extrema pobreza e hoje vive na abundância: nada disso faz nenhuma diferença sobre como você se sente em relação à sua própria vida. Na realidade, sendo muito honesto com você, se fechar meus olhos agora, me lembrarei facilmente de momentos da mais densa felicidade quando vivia na pobreza, dos quais sinto profunda saudade.

    Todo esse movimento do SUCESSO a qualquer preço tem um porquê: criar necessidades. Desde os tempos mais remotos, criar necessidades sempre foi muito bom para os negócios. Veja bem, não tenho nada contra bons negócios, mas viver em função da próxima realização faz mal para a saúde mental e emocional de qualquer pessoa. Afinal, se você vive constantemente em função do que ainda não tem, de verdade, não está vivendo.

    Sem querer parecer arrogante, com base em tudo o que já vivi e aprendi em minha trajetória de vida, considerando todo meu histórico profissional, posso mesmo afirmar que o segredo para uma vida melhor NÃO É conquistar mais, mas sim se importar com menos. E existem coisas que são verdadeiras, imediatas e importantes. Nessas, sim, vale a pena colocar energia e foco. Todo o resto é balela!

    2. DEIXANDO AS COISAS MAIS CLARAS

    Como você mesmo já percebeu, vou na contramão da autoajuda, do sucesso garantido, do modelo definitivo de realização pessoal. Se você estava buscando isso, está lendo o livro errado. Não que eu não acredite que as pessoas possam realizar seus sonhos e projetos, mas porque tenho convicção de que esse discurso facilmente vendável de que VOCÊ precisa buscar seus sonhos, metas, projetos para ser feliz é uma falácia. Cientificamente falando, não há nenhuma evidência de que a realização de sonhos, projetos, objetivos e metas aumenta os níveis de felicidade das pessoas.

    Estudos feitos pelo professor Mihaly Csikszentmihalyi comprovaram que a riqueza, por exemplo, não traz felicidade. Sua pesquisa, realizada em território americano, comprovou que as pessoas que se DECLARAM muito felizes representam em média 30% da população. O mais interessante é que esse índice se manteve mesmo quando os entrevistados eram indivíduos de níveis maiores de renda. Na prática, ter mais dinheiro não representou um percentual maior de declaração de felicidade.

    Acredito firmemente que esse movimento da BUSCA PELO SUCESSO que impacta a humanidade hoje é apenas um modelo que tem ajudado milhares de pessoas a ganhar mais e mais dinheiro vendendo livros, palestras, cursos, processos de coaching, enfim, produtos de desenvolvimento humano.

    Posso falar com propriedade e autoridade porque eu mesmo tenho atuado nessas áreas há vinte e cinco anos. Contudo, está claro para mim que a única certeza mensurável desta vida é a de que NÃO EXISTE MODELO DEFINITIVO para nada. Na vida de qualquer pessoa tudo se resume a possibilidades, e essas possibilidades são pessoais, intransferíveis, que mudam de indivíduo para indivíduo.

    Nossa essência biológica tem um propósito principal: sobreviver. Nosso fabuloso cérebro se contenta facilmente com o padrão de sobrevivência. Ora, sobreviver não é algo assim tão complexo: alimentar, defecar, repousar, procriar… Como você pode ver, é um ciclo bem simples e previsível.

    No entanto, esse mesmo cérebro tem uma peculiaridade traiçoeira que, se não prestarmos atenção, pode nos enlouquecer. E talvez seja aí que o modelo da busca constante pelo sucesso encontra sua oportunidade. Veja se conhece a cena a seguir.

    Você está prestes a ter um encontro importante com alguém e isso o deixa ansioso. Essa ansiedade vai tomando conta de todas as suas células e você começa a se perguntar por que está tão ansioso. Agora, você fica mais ansioso porque está com medo de aumentar seus níveis de ansiedade. Fica então ansioso com sua própria ansiedade.

    Ou, usando um segundo exemplo, quem sabe você está irritado com alguém da sua convivência. Fica irritado com a simples presença da pessoa na sala. Você se pergunta: Nossa, por que estou tão irritado assim?. E, quando percebe o motivo trivial da sua irritação, fica mais irritado ainda. Inicia-se então um diálogo interior conflituoso onde vozes se contrapõem umas às

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