Eternidade
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Eternidade - Danielle F. Czmyr
Eternidade
A história de Leandro no Azul
Danielle Ferreira Czmyr
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SUMÁRIO
Capítulo 1 ................................................................................ 9
Capítulo 2 .............................................................................. 13
Capítulo 3 .............................................................................. 19
Capítulo 4 .............................................................................. 25
Capítulo 5 .............................................................................. 27
Capítulo 6 .............................................................................. 33
Capítulo 7 .............................................................................. 43
Capítulo 8 .............................................................................. 47
Capítulo 9 .............................................................................. 53
Capítulo 10 ............................................................................ 63
Capítulo 11 ............................................................................ 67
Capítulo 12 ............................................................................ 71
Helena ................................................................................... 75
Capítulo 12 (parte 2) ............................................................ 79
[ 5 ]
Capítulo 13 ............................................................................ 83
Capítulo 14 ............................................................................ 91
Capítulo 15 ............................................................................ 97
Dedico este livro à minha família.
Eternidade: a história de Leandro no Azul, por Danielle F. Czmyr
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Eternidade: a história de Leandro no Azul, por Danielle F. Czmyr Capítulo 1
Leandro acordou em um quarto que não conhecia.
Via, da macia cama onde estava deitado, as paredes marrom-claro e uma escrivaninha próxima a uma janela fechada com persianas amarelas, impedindo a vista do que estava lá fora. Na mesa, um vaso de flores com alguns girassóis já quase murchando. Apesar da aparente noite (pelas frestas da persiana, conseguia-se perceber a escuridão do lugar), o local em que estava iluminava-se com uma luz que parecia transpor as paredes. Não havia mais ninguém lá além dele.
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Eternidade: a história de Leandro no Azul, por Danielle F. Czmyr Decidiu levantar-se e procurar por uma maneira de sair daquele quarto. Na primeira tentativa, já percebeu que seus pulsos estavam algemados à cabeceira da cama.
Não conseguiria se levantar, nem deitar de lado. Suas mãos começavam a formigar, como se estivessem reclamando da falta de circulação de sangue que deveria chegar a elas. Sentiu-se cada vez mais agitado, quando percebeu uma luz intensa e alguém entrando por um ponto cego, pela posição em que se encontrava. Uma mulher se posicionou de maneira a ocupar seu campo de visão, visivelmente preocupada, mas não o suficiente para livrar os pulsos do rapaz:
- Você tem noção do que fez, Leandro? Não sei se vão te deixar safar dessa vez. Não sei quanto tempo levará para que os guardiões cheguem. Vim assim que soube. Me explique, por que você fez aquilo? - sentando-se na cama, pôs as mãos no rosto e começou a chorar. -
Você não se importa com o andamento do nosso trabalho? Nossa missão? Não vai dizer nada?
Leandro sentiu-se confuso, muito confuso. Como se nada do que estivesse vendo ou ouvindo fizesse algum sentido. Pensou na possibilidade de estar dormindo e sonhando. Sim, devo estar dormindo em alguma posição realmente desconfortável, pois quase não sinto mais minhas mãos. Como será que faço para acordar? Leandro pensou, enquanto tentava juntar as palavras que soassem inteligíveis:
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Eternidade: a história de Leandro no Azul, por Danielle F. Czmyr
- Desculpe - Respondeu Leandro - mas quem é você?
A moça, que já estava abatida, pôs-se a chorar de forma ainda mais intensa, tornando o ambiente um pouco embaraçoso para ambos. Leandro não tinha certeza do que deveria fazer. Será que era melhor tentar animá-la?
Nada, realmente, parecia ter mesmo sentido.
- Carry – ela disse – Meu nome é Carry. – Respirou fundo, tentando se acostumar à ideia de se apresentar.
Chegou mais perto, em seu ouvido e sussurrou – Parece que a operação não deu tão certo quanto imaginávamos.
Mas vamos ficar bem, tá certo? Preciso ir...
- Para onde você vai? Não me deixe aqui... pelo menos tire essas algemas, porque não sinto mais minhas mãos. Se me perguntassem, eu diria que nem tenho mais mãos. Carry?
Carry levantou-se rapidamente da cama, e saiu do quarto, deixando o rapaz ainda mais confuso e frustrado.
Por mais que quisesse, sair dali não era uma opção viável para o momento. Suspirou e passou alguns minutos olhando para o teto, despedindo-se mentalmente de suas mãos. Fechou os olhos e tentou imaginar de que forma havia chegado àquela situação. Provavelmente, o havia confundido com alguém parecido e com o mesmo nome que ele. Sabia que estatisticamente falando era bem possível ser preso no lugar de seu sósia-xará criminoso.
Tentou repassar mentalmente todos os fatos que
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Eternidade: a história de Leandro no Azul, por Danielle F. Czmyr aconteceram até sua chegada àquele quarto. O que havia ocorrido antes? Ele não recordava. No mês passado?
Também não. Em algum momento antes deste? Nada...
Por mais que se esforçasse, nada do passado lhe vinha à memória, fato ou nome, além do seu próprio.
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Eternidade: a história de Leandro no Azul, por Danielle F.