O Que Respondi... (volume 12)
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Sobre este e-book
Mario Persona
Mario Persona é palestrante, professor e consultor de estratégias de comunicação, marketing e carreira. É também autor dos livros "Laura Loft - Diário de uma recepcionista", "Meu carro sumiu!", "Eu quero um refil!", "Crônicas para ler depois do fim do mundo", "Dia de Mudança" (também em inglês: "Moving ON"), "Marketing de Gente", "Marketing Tutti-Frutti", "Gestão de Mudanças em Tempos de Oportunidades", "Receitas de Grandes Negócios", "Crônicas de uma Internet de verão" e das coleções "O Evangelho em 3 Minutos" e "O que respondi aos que me perguntaram sobre a Bíblia".Participou também como autor convidado das coletâneas "Os 30+ em Atendimento e Vendas no Brasil", "Gigantes do Marketing", "Gigantes das Vendas", "Educação 2007", "Professor S.A." e "Coleção Aprendiz Legal", além de ter sido citado como "Case Mario Persona" no livro "Os 8 Ps do Marketing Digital". Traduziu obras como "Marketing Internacional", de Cateora e Graham, "Administração", de Schermerhorn", "Liberte a Intuição", de Roy Williams", e diversos livros de comentários sobre a Bíblia.É convidado com freqüência para palestras, workshops e treinamentos de temas ligados a negócios, marketing, comunicação, vendas e desenvolvimento pessoal e profissional. Sua presença na Web está em www.mariopersona.com.br, www.tvbarbante.com.br, www.3minutos.net, www.respondi.com.br e mais alguns outros sites, blogs e canais de vídeo.
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O Que Respondi... (volume 12) - Mario Persona
Primeiramente agradeço a Deus por permitir que este material fosse produzido e disponibilizado para milhares de leitores no Brasil e no mundo. As ideias que você encontra aqui não são originalmente minhas, e sim fruto do que tenho aprendido da Palavra de Deus fora dos sistemas denominacionais com irmãos congregados ao nome do Senhor e também com autores de outras épocas que congregavam assim. Foram eles J. G. Bellett, C. H. Brown, J. N. Darby, E. Dennett, W. W. Fereday, J. L. Harris, W. Kelly, C. H. Mackintosh, A. Miller, F. G. Patterson, A. J. Pollock, H. L. Rossier, H. Smith, C. Stanley, W. Trotter, G. V. Wigram e muitos outros.
Para que você compreenda como este livro veio a existir, creio ser necessário voltar um pouco no tempo. Depois de um período trabalhando em São Paulo, em 1988 mudei-me com minha família de volta para Limeira, minha cidade natal, a fim de colaborar com a Editora Verdades Vivas, uma organização sem fins lucrativos que produz e distribui literatura cristã. A grande quantidade de folhetos evangelísticos, livros e calendários distribuídos no Brasil e em outros países de língua portuguesa gerava um volume considerável de correspondência, não só com pedidos de publicações, mas também com perguntas sobre a Bíblia. Todas as cartas eram devidamente respondidas.
Nessa época adquiri o hábito de manter uma cópia das respostas em formato digital. Assim ficava fácil responder perguntas semelhantes ou até mesmo mesclar trechos de diferentes respostas, além de preservar aquele conhecimento. A partir de 1996 passei a usar a Internet e aí as respostas já não precisavam ser impressas, envelopadas e enviadas por carta como era feito até então. O uso do e-mail agilizou o processo e permitiu atender mais correspondentes com maior agilidade.
Em 1998 deixei a editora para atuar como executivo de uma empresa de tecnologia da informação, porém mantendo nas horas vagas minha ocupação com o evangelismo e ministério da Palavra via Internet por meio de diferentes sites e blogs. Em 2001 passei a trabalhar por conta própria como consultor e palestrante empresarial, tendo mais tempo livre e uma agenda mais flexível para dedicar-me ao evangelho.
Em 2005 decidi lançar o blog "O que respondi" no endereço respondi.com.br para disponibilizar as respostas que tinha armazenado em formato digital desde 1988 e acrescentar as que fossem sendo criadas. Algo que muitos perguntam é a razão de o blog não permitir comentários, mas o volume de spam, debates e opiniões deixadas na área de comentários me obrigou a eliminar esta opção de contato para me concentrar no atendimento apenas por e-mail. É sempre bom lembrar que não existe uma "equipe" para responder a correspondência que chega, pois este é um exercício pessoal.
Em 2008 iniciei um trabalho chamado O Evangelho em 3 minutos — Uma mensagem urgente para quem tem pressa
, com vídeos no Youtube e também em versões de texto e áudio no endereço 3minutos.net. Com a popularização do smartphone e da Internet móvel este formato mostrou-se excelente para alcançar pessoas a qualquer hora e em qualquer lugar com a mensagem da salvação e a sã doutrina. O site "O que respondi" passou a servir de complemento aos vídeos. Enquanto no "Evangelho em 3 minutos" a Palavra de Deus é pregada de forma rápida, no "O que respondi" ela é explicada em detalhes e com referências.
Estas e outras frentes de trabalho via Internet continuam gerando um número cada vez maior de contatos e perguntas. Em 2013 foram mais de três mil perguntas atendidas, porém graças ao blog "O que respondi" nem todas precisaram ser respondidas. Na maioria das vezes é suficiente enviar links para as mais de mil respostas existentes no blog, que já conta com cerca de quatro milhões de acessos desde sua criação.
Assim chegamos à razão deste livro que está sendo lançado nos formatos digital (e-book) e impresso (on demand). Ele atende aqueles que desejam ter acesso ao material do blog sem depender de uma conexão com a Internet. Este é um dos mais de dez volumes projetados para compor esta coleção, se considerarmos todo o conteúdo do blog "O que respondi".
Ao ler este livro não se esqueça de que está lendo as opiniões do autor, e não a Palavra de Deus. Considere também que os textos são cartas e e-mails de minha correspondência pessoal, e não uma obra literária. A linguagem é informal e despretensiosa como acontece com uma correspondência entre duas pessoas, e é provável também que você às vezes venha a achar a linguagem meio irreverente, mas isso é apenas fruto de meu estilo literário, e não de tratar levianamente as coisas de Deus ou a pessoa a quem respondi. Lembre-se também de que, para a resposta fazer sentido, às vezes incluo o que escreveram meus interlocutores e alguns são incrédulos ou ateus com opiniões depreciativas a respeito de Deus e de sua Palavra.
Não espere encontrar aqui todas as respostas e nem sequer as trate como definitivas. Elas são fruto do meu exercício com o Senhor e do que continuo aprendendo todos os dias. Por isso leia, medite, busque referências na Bíblia e ore para que o Espírito Santo lhe dê o entendimento. Sem isto até a pessoa mais inteligente e versada nas Escrituras será incapaz de entender as coisas de Deus, pois elas se discernem espiritualmente.
É provável que você encontre erros em minhas opiniões. Pode ter certeza de que eu mesmo eventualmente sou obrigado a acessar o blog "O que respondi" para fazer correções após ter sido instruído ou alertado de alguma falha por algum irmão ou por algo que li na Palavra de Deus. Se, ao comparar uma resposta mais antiga com uma mais nova, você encontrar alguma discrepância, saiba que optei por não revisar todas as respostas, mas decidi mantê-las do modo como entendia as coisas quando as escrevi, e lembre-se de que você está lendo textos escritos ao longo de um período de cerca de trinta anos. Se encontrar algum erro de digitação ou de gramática, entre em contato para eu fazer as devidas correções, pois o desejo de disponibilizar este livro o mais rápido possível nas mãos dos leitores foi maior que o tempo que tive para revisá-lo.
Este livro é vendido em formato impresso e distribuído gratuitamente em formato e-book, porém alguns sites de terceiros ou editoras irão cobrar algum valor também para a versão e-book. Em nenhum dos casos isso implica algum ganho para o autor que optou por abrir mão dos ganhos com direitos autorais. Você poderá distribuir o conteúdo deste livro, desde que o faça gratuitamente, não altere o texto e mantenha a referência ao autor.
Peço que se lembre de incluir este trabalho em suas orações e de endereçar ao Senhor, e não a mim, qualquer sentimento de gratidão que porventura possa ter por esta leitura.
"Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor; como a alva, a sua vinda é certa" (Os 6:3).
Mario Persona
www.respondi.com.br
www.3minutos.net
Abril, 2018
* * * * *
Estou sendo injustamente perseguido?
Você se converteu a Cristo e na época sentiu toda a rejeição e desprezo que todo verdadeiro crente conhece bem. Mas sua família e irmãos de seu convívio até apoiaram, pois logo você foi batizado e feito membro da congregação cristã onde seus pais já estavam. Até o dia em que entendeu que Deus não criou nenhuma denominação cristã, que a salvação é por graça e não fruto de sua perseverança, e que você agora podia dizer com todas as letras que sua salvação é eterna e ninguém pode extrair você das mãos do Pai. Obviamente estas afirmações foram um soco no estômago de sua família e irmãos mais chegados, porque contradizem muito do que é ensinado na denominação que frequenta. O seu caso é parecido com o do cego de nascença, que foi curado por Jesus, mas que precisava ainda conhecer algumas coisas se quisesse conhecer melhor quem era seu Benfeitor.
Nem todos aqueles que já conhecem ao Senhor Jesus como Salvador podem se identificar integralmente com o cego de nascença de João 9. É claro que todos podem se identificar com o fato de terem sido também libertados das trevas quando creram em Jesus, mas existe uma passagem que às vezes passa despercebida para a maioria. Ela mostra que, apesar da importância da salvação eterna, Deus não quer que o salvo pare aí. Tem algo mais. Veja você: Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade
(1 Tm 2:3-4). Tendo este versículo em mente você irá encontrar na passagem de João 9 alguns detalhes que revelam ter ela uma aplicação mais ampla e de maior significado ainda para os dias difíceis em que vivemos, quando você encontra uma organização cristã apelidada de igreja
em cada esquina da cidade.
No capítulo 9 do Evangelho de João encontramos o cego curado pelo Senhor, mas o povo não consegue entender como aquilo havia acontecido. Certamente os sábios fariseus teriam uma explicação para aquilo. Mas não têm. Em Marcos 3 eles alegaram que o poder para Jesus expulsar demônios vinha de Belzebu, o príncipe dos demônios. Aqui, na cura do cego de nascença, o que Jesus expulsa são as trevas da vida daquele jovem, e os líderes religiosos não conseguem entender como alguém, que nem mesmo fazia parte do clero, e que não guardava o sábado, poderia ter feito tal coisa fora do sistema religioso que eles tanto prezavam. Eles dizem: Este homem não é de Deus, pois não guarda o sábado. Diziam outros: Como pode um homem pecador fazer tais sinais?
(Jo 9:16), e se ler isto em conexão com o que eles dizem em João 7:48, irá perceber qual era o espírito que dominava a mente daqueles clérigos: Creu nele porventura algum dos principais ou dos fariseus? Mas esta multidão, que não sabe a lei, é maldita
.
O homem que fora cego é interrogado por aqueles clérigos e, a princípio, também não entende muita coisa, mas de uma coisa ele tem certeza: ele era cego, mas agora vê. Seus pais, por prezarem mais a religião exterior do que a verdadeira obra que Deus estava fazendo em seu próprio filho, dizem não saber de nada, pois não querem se indispor com os sacerdotes e fariseus. Afinal, é preferível ficar do lado do sistema religioso oficial, reconhecido por toda a sociedade, do que dar um testemunho comprometedor. Quem iria querer ser discípulo daquele pobre filho de carpinteiro que diziam ser o Messias? Com todas as vantagens que o convívio social e religioso lhes oferecia, os pais do ex-cego não queriam nem pensar na possibilidade de serem expulsos da sinagoga.
E assim, ignorado por sua família e rejeitado pela religião de seus pais, o que era cego acaba sendo expulso pelos líderes religiosos. Dizem-lhe eles: Tu és nascido todo em pecados, e nos ensinas a nós?
(Jo 9:34). Todavia o veneno nas palavras dos fariseus indica também o antídoto: somente aquele que tomou consciência de sua natureza pecaminosa, está apto a aprender de Deus. O apóstolo Paulo, que fora mestre em Israel, considerou como lixo toda a bagagem religiosa carnal que trazia, ao dizer:
"Ainda que também podia confiar na carne; se algum outro cuida que pode confiar na carne, ainda mais eu: Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu; segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível. Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo, e seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé" (Fp 3:4-9). Ele entendeu que, mesmo tendo sido nascido e criado na casta mais nobre e elevada da religião judaica, dentre os pecadores, ele era o principal (1 Tm 1:15).
Agora o cego já está curado; pode enxergar perfeitamente a luz. Agora vem a segunda parte do versículo que mencionei, que diz que Deus deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade
(1 Tm 2:3-4). É só depois de deixar para trás todo o sistema religioso de sua época — depois de ser expulso até pelo próprio clero — que o jovem passa a enxergar e conhecer melhor aquele que lhe havia curado. Jesus ouviu que o tinham expulsado e, encontrando-o, disse-lhe: Crês tu no Filho de Deus? Ele respondeu, e disse: Quem é ele, Senhor, para que nele creia? E Jesus lhe disse: Tu já o tens visto, e é aquele que fala contigo. Ele disse: Creio, Senhor. E o adorou
(Jo 9:35-38).
Uma adoração livre, completa e desimpedida não teria sido possível enquanto ele fosse cego, figura do estado em que nos encontrávamos quando ainda incrédulos. Mas também, mesmo depois de ver, ele continuava em um sistema religioso de homens que, embora zelosos de Deus e portadores das Escrituras, não reconheciam plenamente os direitos e reivindicações de Cristo. Foi preciso que saísse — ou fosse expulso — para conhecer melhor o Filho de Deus em sua rejeição. O Senhor Jesus estava fora, e é nesse lugar de rejeição que ele vai encontrar aquele que tinha sido. Aqui cabe muito bem a exortação de Hebreus 13:13, que diz:
"Temos um altar, de que não têm direito de comer os que servem ao tabernáculo. Porque os corpos dos animais, cujo sangue é, pelo pecado, trazido pelo sumo sacerdote para o santuário, são queimados fora do arraial. E por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta. Saiamos, pois, a ele fora do arraial, levando o seu vitupério (ou rejeição). Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura".
O Senhor sabia que o rapaz tinha sido expulso do sistema religioso dos judeus, e sabia também que ele havia permanecido numa posição de corajosa fé diante dos líderes religiosos, não temendo as consequências que isso lhe traria de rejeição até em sua própria família. Prostrando-se aos pés de Jesus, ele o adora, numa atitude que era reservada exclusivamente a Deus. Certamente ele acabara recebendo uma medida especial de revelação. Quão precioso é estar na posição daquele que fora cego e poder adorar ao Senhor fora de tudo o que é do homem e, mesmo diante da incompreensão e ataques recebidos, poder permanecer firme junto a Cristo, professando Eu era cego e agora vejo
! E também que tamanho privilégio ele tinha agora de adorar ao Senhor em total liberdade e sem nenhum clérigo humano para fazer a intermediação entre ele e Deus.
* * * * *
Devo me aprofundar em conhecer a Nova Era
?
Há alguns anos eu recebia muitas perguntas sobre a Nova Era
, mas isso hoje nem desperta mais muito interesse, talvez por não ser tão nova assim. Este movimento, se podemos chamá-lo assim, não é uma religião, mas todo um conjunto de religiões, ideias, filosofias, músicas, artes, dietas, e outras atividades que estão caminhando juntas na propagação da crença de que a presente era está terminando, para dar início a uma ‘Nova Era’. Muitas coisas estão se unindo nesse propósito: astrologia, bruxaria, espiritismo, gnose, ocultismo, teosofia, yoga, medicina alternativa, etc. Não existe um líder humano por trás de tudo isso, mas Satanás certamente detém as rédeas desse movimento.
Não se trata, porém, de algo novo. Em 1981, quando eu morava em Alto Paraíso de Goiás, um lugar considerado místico por muitos simpatizantes da ‘Nova Era’ no Brasil, conheci um casal que fazia parte de um grupo empenhado no estabelecimento de sete campos de pouso (!) para discos voadores. Segundo eles, chegaria um momento em que os discos voadores iriam tirar deste planeta todas as pessoas espiritualmente ‘atrasadas’. Então, com a Terra livre desses seres ‘primitivos’, chegaria um novo líder para trazer paz a este mundo.
Mostrei a eles que a Bíblia também afirma que haverá um dia em que certas pessoas serão tiradas da Terra antes da chegada de um novo líder. Só que será o próprio Senhor Jesus (e não um disco voador) quem virá buscá-las — a todos os que foram resgatados com o seu precioso sangue derramado na cruz do Calvário. Ele virá buscar os seus que estiverem vivos naquele momento e também os que morreram em Cristo. Todos serão transformados e levados para o céu, a fim de estarem para sempre com o Senhor. Então será revelado o iníquo, o qual enganará a todos os que não deram ouvidos à verdade. As passagens bíblicas são estas:
"Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras" (1 Ts 4:13-18).
"Agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado; e então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade" (2 Ts 2:6-12).
Neste final de tempos o diabo está trabalhando arduamente a fim de preparar mentes e corações daqueles que não creem na verdade, a fim de que recebam a mentira. Todavia, é importante entendermos que, enquanto a Palavra de Deus nos alerta para a existência do mal, ela nunca sugere que devemos nos ocupar com o mal. Não temos que nos aprofundar no conhecimento das doutrinas e práticas demoníacas para estarmos preparados para combatê-las ou nos defendermos contra elas. E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as. Porque o que eles fazem em oculto até dizê-lo é torpe
(Ef 5:11-12). Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo
(Ef 6:11). Repare que é DE DEUS
, e não do inimigo, a armadura com a qual devemos estar vestidos para podermos resistir às astutas ciladas do diabo.
É triste, mas a Nova Era
terá ao seu serviço cristãos sinceros. Serão aqueles que desejam tornar-se especialistas
no assunto, estudando suas doutrinas e participando de suas reuniões, sob o pretexto de poderem informar os cristãos dos perigos do movimento. Satanás, que é muito astuto, não hesitará em usar tais cristãos para tornar o movimento mais conhecido. Nenhum crente deve procurar aprofundar-se nas doutrinas ligadas à ‘Nova Era’ e nem participar de reuniões e palestras promovidas por seus adeptos. Aqueles que fazem isto, mesmo com o argumento de estarem se preparando para combatê-las, estão correndo um sério risco. Suas mentes podem ser contaminadas pelas mentiras de Satanás, que tem alguns milhares de anos de experiência em enganar o homem. Não seja tolo em se achar capaz de entrar nos domínios das trevas sem ser influenciado de alguma forma por elas. Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo
(Cl 2:8). Aparte-se do mal, e faça o bem; busque a paz, e siga-a
(1 Pe 3:11).
Não precisamos nos tornar especialistas
no mal para podermos nos desviar dele. Se tão somente nos ocuparmos com a verdade estaremos livres de enganos. Conta-se que um barqueiro pilotava seu barco por um rio cheio de perigosas rochas submersas, quando um dos passageiros lhe perguntou: Você conhece todas as rochas perigosas deste rio?
Não
, respondeu o barqueiro; Basta que eu conheça o canal por onde devo passar
. Assim deve ser conosco também.
* * * * *
O capítulo 24 de Mateus fala da Igreja?
Não, o capítulo 24 de Mateus é bem específico de Israel, em especial do remanescente de judeus fieis que irá se converter após a Igreja deixar a terra. Muitos têm dificuldade para entender a profecia por não discernirem o lugar distinto que Israel e Igreja ocupam nas Escrituras e nos propósitos de Deus. O capítulo 24 de Mateus e outras passagens que falam da tribulação costuma ser conectado à Igreja na terra, mas isso é um erro. De um modo geral, este capítulo trata do futuro, do tempo da tribulação e vinda de Cristo para Israel. A Igreja, que é formada por todos os salvos, será arrebatada antes do tempo ou período da tribulação, como vemos em Apocalipse 3:10: Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra
. Repare que hora
na passagem é um período de tempo bem definido.
O capítulo 24 do Evangelho de Mateus trata do remanescente judeu que testemunhará e pregará o Evangelho do Reino durante o período dos cerca de sete anos que se seguem ao arrebatamento da Igreja. Ao contrário do que muitos pensam, o verbo levar
que aparece nos versículos 40 e 41 deste capítulo nada tem a ver com o arrebatamento, mas está ali fazendo um paralelo com os que foram levados
pela morte no dilúvio. É preciso ler o contexto a partir do versículo 37 para entender:
"E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem. Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro; estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra" (Mt 24:37-41).
Muitos tentam aplicar estes versículos ao arrebatamento da Igreja, mas isso é tirá-los de seu contexto. O contexto é o assunto ao qual o Senhor vem se referindo nos versículos anteriores, ou seja, o dilúvio levou a todos
; um ato judicial — a morte — ceifando vidas. Da mesma forma, quando Cristo vier para reinar (no final da grande tribulação), a morte passará ceifando a muitos; levando
a muitos. Os que ficarem vivos entrarão no milênio, mas não serão cristãos como os conhecemos hoje e nem farão parte da Igreja, que já terá sido levada para o céu. Eles serão judeus (e também gentios) que se converterão durante aquele período e que nunca escutaram o evangelho antes, ou não tinham idade suficiente para compreendê-lo.
A palavra evangelho
que aparece no capítulo é também frequentemente mal aplicada. Mateus 24:14 fala do evangelho do reino
e não do evangelho da graça de Deus
(At 20:24). Há muitos que pensam que é necessário que o evangelho da graça seja pregado por todo o mundo para que Cristo volte para buscar sua Igreja. Mas não é o que diz a passagem; ali está falando do evangelho do reino
. Cristo virá buscar sua Igreja após a conversão do último eleito antes da fundação do mundo para fazer parte dela. Ele virá buscar os que são seus: os santos celestiais. Aí é dada por encerrada a pregação do evangelho da graça, que tinha sido pregado enquanto a Igreja encontrava-se na Terra. Crê no Senhor Jesus e serás salvo
é o evangelho da graça que hoje pregamos. Arrependei-vos que o reino está próximo
é o evangelho do reino, o mesmo que foi pregado por João Batista e por Jesus e seus discípulos quando ele andou aqui, e que será pregado por um remanescente fiel que se converterá após o arrebatamento, sendo por isso perseguido ferozmente.
Outra ideia errônea, de que alguns crentes menos espirituais ou menos maduros seriam deixados para sofrerem na grande tribulação numa espécie de purgatório na terra, perde o sentido com apenas uma passagem: Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade
(1 Ts 2:11-12). Aqueles que ouviram o evangelho e não creram não terão uma segunda chance. O próprio Deus fará com que creiam na mentira do diabo. Todos os que fazem parte da Igreja têm o Espírito Santo, e, juntamente com o Espírito, serão tirados da Terra quando Cristo vier. Toda a Igreja será arrebatada; Cristo não deixará um pedaço
da noiva aqui. Hoje, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele
(Rm 8:9); nunca creu e não está salvo.
Alguns tentam ainda usar Apocalipse 12 para dizer que a Igreja passará pela tribulação, mas aquele capítulo não fala da Igreja. Esta desaparece do Apocalipse no final do capítulo 3 para só voltar a ser vista no final do livro, nas bodas do Cordeiro. Nesse meio tempo Deus estará tratando com Israel e com as nações na terra. A mulher
de Apocalipse 12 é Israel e o varão
é Cristo, aquele que há de reger com vara de ferro e que foi arrebatado para Deus, para o seu trono (Ap 12:5).
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O que é um verdadeiro arrependimento?
Quando li a notícia de que um artista, um cantor brasileiro estava arrependido, pensei em como é estranha esta palavra, arrependimento
. Após ter decepcionado seus fãs com uma declaração de mau jeito, ele publicou uma nota na qual dizia estar arrependido, seguida da expressão: Todo mundo erra
. Não é este o arrependimento bíblico, aquele do réu que coloca seu pescoço sob a lâmina do algoz, mesmo porque no cepo de execução só existe espaço para um pescoço. Não dá para colocar todo mundo
ali.
O arrependimento que tenta incluir todo mundo
é o mesmo de Adão e Eva, que se esconderam entre as árvores do jardim
(Gn 3:8). Árvore, na Bíblia, tem o sentido de humanidade; aquilo que foi criado a partir da terra. No Antigo Testamento Jesus era tipificado por uma arca de madeira revestida de ouro, a Arca da Aliança. Ali a humanidade aparecia junto com a perfeição divina e dignidade real, representadas pelo ouro. O cego que foi curado também via as pessoas como árvores que andam
(Mc 8:24), e Jesus comparou o juízo ao machado posto à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não dá bom fruto, corta-se e lança-se no fogo
(Lc 3:9). Ele falava de pessoas, evidentemente.
O arrependimento meramente exterior procura reparar o erro — como Adão e Eva com seus aventais de folhas de figueira — porém faz isso por seus próprios meios, e escondido de Deus. Aquele avental de nada adiantou para cobrir o pecado deles, pois foi preciso Deus intervir e fazer valer o seu juízo de morte contra o pecador. Ele matou um animal inocente para dele tirar a pele que serviria para cobrir o pecado do homem. Aquilo era uma figura de Cristo, o inocente pagando pela culpa do pecador.
Outro arrependimento que me vem à mente é o de Judas. Teria Judas se arrependido de verdade? Afinal, a Bíblia diz que Então Judas, o que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo o sangue inocente... E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar
(Mt 27:3-5). O arrependimento de Judas é o arrependimento do ladrão que é preso e o repórter do telejornal pergunta se ele está arrependido. É claro que ele diz que está, mas ele não estaria arrependido se o plano tivesse dado certo. O seu arrependimento é por ter sido preso. Depois de presenciar o poder de Jesus em tantas ocasiões, Judas talvez acreditasse que os guardas nunca conseguiriam prendê-lo e Judas sairia no lucro. Afinal, ele tinha andado com Jesus desde o princípio de olho no dinheiro, como é possível ver de outras passagens. Aquilo não foi arrependimento; aquilo foi frustração como a do ladrão na entrevista da TV.
O arrependimento de Caim é outro falso arrependimento que leva à perdição. Deus estava pronto a perdoar o seu pecado, mas ele deixou claro que desejava continuar senhor de seu próprio destino. Deus lhe disse: Se bem fizeres, não é certo que serás aceito
? (Gn 4:7). Todavia Caim rejeitou a graça de Deus e decidiu condenar-se a si mesmo lavrando sua própria sentença: É maior a minha maldade que a que possa ser perdoada
, e como se não bastasse, acrescenta a si mesmo uma pena que Deus não havia determinado: Todo aquele que me achar, me matará
(Gn 4:12-14). Deus não havia dito isso e nem queria dizer, porque até providenciou uma marca em Caim para impedir que outros o matassem.
Mas, e o arrependimento de Pedro? Esse foi genuíno, pois foi gerado por Deus em Pedro. Você se lembra de que Jesus, ao revelar que Pedro o negaria, disse que intercedeu por Pedro por saber que ele seria peneirado
como trigo? Mais tarde, após negar o Senhor três vezes, Pedro viu que o Senhor olhou para Pedro, e Pedro lembrou-se da palavra do Senhor... E, saindo Pedro para fora, chorou amargamente
(Lc 22:60-62). Naquele momento o mundo em redor deixou de existir e ficaram só Pedro e o Senhor olhando para ele, e é este o lugar que deve ocupar o verdadeiro arrependido. A sós com Deus e horrorizado com seu pecado.
Foi o caso da mulher adúltera, embora ali a palavra arrependimento não seja mencionada. Todos ali — a mulher e seus acusadores — foram convencidos de pecado. Seus acusadores, com suas consciências atribuladas e sabendo que não poderiam atirar a primeira pedra, fugiram da presença do Senhor. Não tendo mais ninguém para acusá-la, ela poderia ter fugido também, mas não. Ficou ali reconhecendo sua culpa bem diante do único sem pecado que poderia apedrejá-la, como a Lei determinava. E ouviu as palavras de graça saídas da boca de Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais
(Jo 8:11).
Este é o verdadeiro arrependimento. Ele é solitário diante de Deus; não se justifica dizendo que todo mundo erra
. Foi um arrependimento assim, solitário, que moveu o coração de Jeremias: Na verdade depois que [EU] me desviei, [EU] arrependi-me; e depois que [EU] fui instruído, [EU] bati na minha coxa; [EU] fiquei confundido e envergonhado, porque [EU] suportei o opróbrio da minha mocidade
(Jr 31:19).
Mas se existe o arrependimento solitário, existe também o arrependimento solidário. Nele o arrependido inclui outros em seu arrependimento, e mesmo assim é um arrependimento sincero. Falo de Daniel, no exílio em Babilônia, para onde havia sido levado ainda adolescente. O exílio era um castigo de Deus por causa da desobediência de Israel como nação, mas o menino Daniel não tinha sido diretamente culpado pelos pecados de seu povo. Mesmo assim, quando ele confessa o pecado da nação, de forma solidária ele se inclui: [NÓS] pecamos, e [NÓS] cometemos iniquidades, e [NÓS] procedemos impiamente, e [NÓS] fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos
(Dn 9:5).
Este também é o arrependimento substitutivo, de quem não tem responsabilidade direta pelo pecado, mas voluntariamente coloca seu pescoço sob a lâmina do algoz. É o que Jesus fez, quando não somente assumiu a humanidade para fazer-se um com os seres humanos, embora sem pecado, mas foi até o madeiro por amor dos verdadeiros culpados. Seus sentimentos, e o que ele fez por você e por mim, podem ser vistos profetizados no Salmo 69 e em outras passagens, onde também faz confissão por pecados que não tinha cometido: Tu, ó Deus, bem conheces a minha estultice; e os meus pecados não te são encobertos... restituí o que não furtei
(Sl 69:5). Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus
(2 Co 5:21). Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados
(1 Pe 2:24).
Diante de tamanha provisão e da promessa de que se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça
(1 Jo 1:9), por que hesitamos tanto em nos deixar conduzir a um arrependimento genuíno quando pecamos? Por que tentamos culpar outros ou nos esconder na multidão, como fizeram Adão e Eva? Por que rejeitamos a graça de Deus, como fez Caim, e passamos a viver como fugitivos? Quando criança eu não queria a injeção que o farmacêutico tentava aplicar, e lutava com todas as minhas forças. Depois eu acabava percebendo que teria sido menos dolorido se tivesse logo me sujeitado à picada, ao invés de apenas adiar a dor.
"Desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?... Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte" (Rm 2:4; 2 Co 7:10).
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Perdi minha comunhão com Deus. O que fazer?
A resposta é simples: Volte! Sim, é o que fazemos quando entramos por uma rua errada ou passamos do endereço que estávamos procurando. Simplesmente voltamos, ainda que isso nos custe algum tempo, esforços e aborrecimentos. Quem convida é o mesmo Jesus em quem um dia você creu e prometeu que ele seria seu Senhor para toda a vida. E Jesus lhes disse: Eu sou o Pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede. Tudo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora
(Jo 6:35,37). Que convite de amor Cristo nos faz! O mundo nos faz muitos convites e promete uma paz fundamentada em coisas efêmeras que não duram uma vida. Mas o Senhor oferece algo que não passa: Deixo-vos a paz, A MINHA PAZ vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá
(Jo 14:27).
Eu li que Abraham Lincoln, ao ser eleito presidente dos Estados Unidos, preparava-se para embarcar no trem que o levaria a Washington. Então, voltando-se para a multidão que o acompanhara à estação e esperava um