Tô nem aí: o que falam sobre mim não é problema meu
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Sobre este e-book
É um livro para aqueles que não sabem lidar muito bem com críticas nem com os "nãos" da vida, têm dificuldade de reorganizar as emoções depois que um erro ou quando um fracasso acontece, se sentem inferiores e inseguros em relação aos demais, têm medo do julgamento, deixam de dar passos em direção AOS SEUS SONHOS com receio do que os outros podem dizer ou pensar a seu respeito.
Esta obra oferece um caminho para o autoconhecimento, a libertação do medo do julgamento e a superação da insegurança e da dificuldade de dizer não.
Com ela, o leitor poderá adquirir ferramentas práticas e transformadoras que poderão conduzi-lo para uma mentalidade de prosperidade, tendo, assim, o conhecimento novo que faltava para superar o sentimento de rejeição e o medo de não agradar a todos.
Andreza Carício criou uma metodologia surpreendente capaz de fazer você enfrentar o seu medo, a insegurança e a ansiedade que podem estar o impedindo de ser feliz.
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Tô nem aí - Andreza Carício
Introdução
Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo.
Gálatas 1:10
Quando eu era pequena, escutava muito a frase: Andreza, cuidado com o que os outros vão falar de você
. Cresci ouvindo esse alerta de minha mãe e de meu pai. Sei que eles falavam com o intuito de me proteger, mas levei tão a sério que acabei me tornando uma adulta extremamente preocupada com a opinião dos outros.
O que as pessoas poderiam falar a meu respeito era algo que me assustava. Passei muito tempo vivendo o medo de ser julgada. Media minhas palavras e atitudes para não desagradar, incomodar ou ser considerada inadequada. Foi essa dor que me motivou a escrever este livro. E o que compartilho aqui são os caminhos que encontrei para mudar minha relação com a opinião dos outros e sentir meu próprio valor. Tudo isso a partir de pequenos passos adotados no dia a dia.
Sabe de onde vem essa preocupação toda com o que os outros pensam? Vem do medo de admitir para si e para os outros que somos imperfeitos. Um ser humano consciente de estar em um processo de evolução, buscando o autoconhecimento, não se abala tanto com as próprias imperfeições e nem com as dos outros. Quem tem medo da crítica verdadeiramente não tem o hábito de fazer uma auto-observação e aceitar seu valor. Vive no autoengano, buscando culpados. Julga a si e ao outro em vez de assumir a responsabilidade com sua verdade.
Já reparou que, à medida que critica a si mesmo, também CRITICA o outro?
É natural que isso ocorra, pois você só pode dar aquilo que JÁ EXISTE dentro de seu coração.
Convido você a começar a prestar atenção em suas atitudes. Já reparou que, à medida que critica a si mesmo, também critica o outro? É natural que isso ocorra, pois você só pode dar aquilo que já existe dentro de seu coração. Por isso, não devemos nos assustar com o outro, mas, sim, com nós mesmos. Não tenha medo da opinião alheia – e sim da sua.
O processo de autoaceitação precisa ocorrer dentro de você. Enquanto você não se aceitar, não conseguirá ver valor em si mesmo, não acreditará em sua capacidade e pode alimentar um complexo de inferioridade. Você se trata como um dinheiro amassado, guardado de qualquer jeito na carteira. A boa notícia é que, mesmo sendo malcuidado, ele não perdeu o seu valor. Portanto, mesmo que você se sinta amassado, pisado, seu valor não será diminuído. E quanto antes você souber disso, melhor. Muitas pessoas se permitem ser pisoteadas, sentem como se não tivessem importância. Elas precisam perceber que o termômetro de sua vida não é o outro. Quando você descobre que seu valor é dado por você mesmo, a sua percepção muda. E você descobre como é importante ser autêntico.
A segurança desejada deve estar dentro de você – e não em coisas ou pessoas. Não é preciso a avaliação do outro, nem ter títulos e mais títulos para se sentir feliz. Isso porque a única aprovação real é a que ocorre dentro da gente. As demais não passam de ilusão.
O foco na opinião alheia deixa o ser humano distante de quem ele é verdadeiramente. Vou além. Penso que buscar aprovação é um verdadeiro pedido de infelicidade eterna. O que o outro aprova é o que ele vê em você a partir do que conhece. Não significa que esteja certo, é apenas uma opinião, nada mais. Simples assim.
O caminho para se libertar da preocupação com a opinião alheia passa pelo autoconhecimento. Ter consciência de quem você é de fato tira o fardo e a necessidade de querer impressionar. A partir do momento em que você se aceita, sabe do seu valor (e também reconhece seus defeitos), não tem mais nada a provar. Então você pode relaxar e ser quem é plenamente.
O que o outro APROVA é o que ele vê em você a partir do que conhece.
Não significa que esteja certo, é apenas uma opinião, NADA MAIS.
Assim que der um voto de confiança a si mesmo – aprendendo a aprovar cada célula do seu corpo e aceitar cada defeito de sua alma –, você vai ser capaz de ouvir o que o outro pensa sem adotar uma atitude defensiva, nem sofrer. Até porque: o que for verdade, você já saberá; o que não for, você terá sabedoria para descartar.
Você vai descobrir que as pessoas não precisam concordar com o que você pensa para que você se sinta amado e aceito. Uma beleza que vejo em Jesus é que ele não tinha a necessidade de reconhecimento. Por mais que as pessoas o criticassem, ele não parava de dizer e fazer o que era parte da sua missão. Tudo porque ele sabia a verdade sobre si, quem era e para o que tinha vindo.
A cada novo desafio ou missão que escolhemos para nossa vida é preciso renovar a fé em si mesmo e superar as inseguranças que possam surgir. Enquanto eu escrevia este livro, entrei num mergulho profundo sobre minha missão e percebi que ela ia além do meu trabalho do dia a dia. Entendi que meu processo de desenvolvimento pessoal e os resultados práticos que venho tendo também poderiam e deveriam ser compartilhados com mais pessoas. Foi depois de entender o valor da minha experiência e dos conhecimentos que absorvi que me senti determinada a transmitir meu conhecimento e escrever livros para apoiar o desenvolvimento pessoal de mais gente. Foi a partir do momento em que passei a confiar na minha verdade interna, que passei a dar valor ao que considero hoje uma missão de vida.
Não foi fácil, mas aprendi que não há como ser aceito por todas as pessoas. Mas por uma eu PRE-CI-SO ser: eu mesma. Quando entendi e internalizei isso, comecei uma jornada para romper com as crenças que me impediam de reconhecer minha existência plenamente, fazendo o melhor de mim em todos os aspectos. Hoje, se eu tiver que falar em público para milhares de pessoas, vou ter aquele friozinho na barriga, claro. Mas já não sinto tanto receio de passar minha mensagem, porque sei bem do meu propósito. Comecei a perceber que o mais importante é o que existe no meu coração, fazendo o que precisa ser feito.
Dei-me conta de que não quero ser como os fariseus, que buscavam adoradores. Eles obedeciam às leis e seguiam os regulamentos, mas julgavam os outros, não tinham um coração bom. Percebi que, se, na verdade, eu não seguisse o meu coração por medo do que os outros iriam pensar, eu estaria buscando adoradores, assim como os fariseus, e não seria capaz de sentir o meu próprio bem-estar, nem de me entregar verdadeiramente ao outro. Vivendo assim, eu estaria cada vez mais longe do propósito que Deus colocou em minha vida.
E é incrível como aquilo que a gente teme tende a acontecer! Já reparou? Quando você sente medo de ser rejeitado, geralmente, seu comportamento faz com que as pessoas o rejeitem. Você cria aquilo que acredita. E quando passa a pensar e sentir de forma diferente, a consequência é se comportar de modo diferente. Então a vida muda.
É preciso ser como as crianças, simples e verdadeiras. O mais importante é que você esteja livre para ser você mesmo. Seja o que for que pensem a seu respeito, os julgamentos não são sobre você. O julgamento de uma pessoa diz muito mais sobre ela mesma. O problema é dela. Quando o outro é julgador, sempre vai encontrar uma maneira de julgar. Mesmo se pudéssemos ser perfeitos, haveria pessoas que iriam nos criticar, porque elas não estariam satisfeitas consigo mesmas e iriam arrumar um motivo para transferir para os outros sua insatisfação. Portanto evitar o julgamento é impossível. Mas não deixar que ele nos abale é totalmente possível e real.
Neste livro, não tenho pretensão de trazer verdades absolutas, mas, sim, compartilhar possibilidades, outras maneiras de olhar para essa questão. Se fizer sentido para você, guarde; se não, descarte.
Quero apoiar você a fazer um processo de autoconhecimento para se aceitar, se valorizar e entender por que você anda se importando e se preocupando tanto com o que os outros dizem e, inconscientemente, se acomodando nesse padrão de pensar.
O benefício
oculto em se preocupar com a opinião do outro é continuar na zona de conforto, não precisando colocar energia extra falando ou fazendo algo, por ter o ganho de não ser julgado. Na verdade, escrevo entre aspas porque o benefício
não é tão benéfico quanto parece. Afinal, é apenas quando você investe energia para se aprimorar – sentindo e vivendo a sua verdade – que entra em contato com suas imperfeições para se fortalecer. Aí sim vem o benefício real, que é entregar para as pessoas aquilo que você é, mas também – e principalmente – aquilo que você não é. O medo daquilo que os outros pensam ou falam torna-se pequeno diante dessa grande verdade. Isso faz com que seu coração se sinta livre e você, muito mais inteiro. Pronto para começar essa jornada libertadora?
Andreza Carício
1
Você versus os outros.
Quem está no controle da sua vida?
O homem tem duas faces: não pode amar ninguém, se não amar a si próprio.
Albert Camus
Já parou para pensar que grande parte da sua energia vital é gasta com problemas que não são seus? Quem foi para a festa, quem ficou chateado, quem teve aumento de salário, quem bombou nas redes sociais, quem teve azar, quem teve sorte? Nada disso é da minha ou da sua conta, mas parece irresistível colocar foco no outro. Viver querendo ser aceito, curtido, aplaudido, seguido e aprovado pelas pessoas é como andar com uma fita métrica de comparação nas mãos. E isto é um perigo!
No contexto em que a sua imagem, seu desempenho e suas atitudes precisam ser comparados com as de alguém, é quase impossível conquistar a autoestima. Falo de uma autoestima genuína, de um amor-próprio, que independe do contexto ou de seguir regras. O que acontece, na prática, é uma perda de identidade por tentar se adequar ao que parece aceito pela sociedade.
Alguns problemas surgem quando você define sua vida pela opinião dos outros. Irei falar sobre alguns deles. É importante que você se abra para observar:
Perda de energia
Nos dias de hoje, é muito fácil inundar a vida com a avaliação alheia, como se ela valesse muito mais do que a visão que você tem de si mesmo. Basta postar uma foto em uma rede social para ver o que acontece em questão de segundos. Se a foto é bastante curtida e comentada, seu coração fica feliz e você tem a certeza de que é bacana mesmo. Se for pouco curtida... Mesmo que você tenha postado algo que até então achava incrível, vai passar a se questionar e ficar triste. Nesse contexto, a autoaprovação só vem desde que seja aprovada previamente pelos outros. Só depois de validar o comportamento com aquilo que os outros disseram é que você se permite gostar de si mesmo. Maluco isso, não? Se você parar para prestar atenção às suas pequenas atitudes durante o dia, desde o momento em que acorda até a hora que vai dormir, consegue contar quantas vezes fez algo buscando aprovação dos outros?
Os livros de autoajuda gostam muito de