O crescente mercado do Açaí: um estudo da cadeia de suprimento da polpa do açaí em Imperatriz/MA
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O crescente mercado do Açaí - Fernando Pinto
1 INTRODUÇÃO
A organização do trabalho foi fortemente alterada pelo capitalismo globalizado. Na atual divisão internacional do trabalho, as etapas do processo de produção de determinado produto, mesmo estando dispersas geograficamente, se conectam de tal modo que partes de um único produto podem ser fabricadas em diferentes lugares do globo e o produto pode ser consumido em outras regiões. Esse fenômeno foi chamado por Castells (2000) como sociedade em rede
, facilitado pelas novas tecnologias da informação e comunicação. Tal tendência, também, está presente em todas as esferas da vida e, sobretudo, na econômica.
Nesta perspectiva, a cadeia de suprimentos de serviço é uma forma de rede, presente na atual sociedade. Esse tipo de cadeia se dedica à prestação de serviços, tais como: fornecimento de peças, materiais, pessoal e serviços. A cadeia de suprimento é uma representação esquemática da sequência de transformações dos recursos econômicos em bens e serviços. Nela estão os vários setores da economia, tais como: fluxos de matérias-primas, bens semiacabados e bens finais movimentando-se a jusante até o consumidor, e os fluxos monetário e de informações movimentando-se a montante, até o início da cadeia, geralmente até o setor agropecuário (ANDRADE, 2002).
A cadeia de suprimento de serviços envolve, ainda, a logística necessária para devolver um produto, manutenção, substituição ou reciclagem, processo chamado logística reversa. Esse processo econômico é definido como um conjunto de atividades que se articulam progressivamente desde os insumos básicos até o produto, incluindo distribuição e comercialização, constituindo-se em elos de uma corrente
(BRASIL, 2017, s. p).
Do sistema colonial à contemporaneidade, o Brasil aprofundou sua economia no modelo agro-minero-exportador. Em outras palavras, diante das históricas e atuais limitações de desenvolvimento científico e tecnológico, especialmente, na área industrial. O país se especializou dentro de uma divisão internacional do trabalho em atuar nos diversos segmentos econômicos voltados ao setor primário e priorizando formas irrestritas de exportação (OLIVEIRA, 2019).
No contexto da agroindústria, a fruticultura é considerada uma das atividades mais dinâmicas da economia brasileira. Conforme a Agência Brasil (2018) os produtores brasileiros exportaram 844 mil toneladas de frutas frescas e processadas para diversos países, em 2018. Neste mesmo ano, houve aumento de 14% no volume exportado em relação ao mesmo período de 2017.
No Estado do Maranhão não foi muito diferente desse contexto, tendo sua base econômica desde o período colonial até os dias de hoje dedicada ao setor primário. O modelo periférico de produção de matéria-prima (e em muitos casos com níveis limitados de beneficiamento) destinou ao Estado e outros circunvizinhos dentro da delimitação territorial da Amazônia Legal, sendo: Acre, Amapá, Pará, Amazonas, Rondônia, Roraima e parte dos estados do Mato Grosso, Tocantins e Maranhão – à mero exportador.
O processo de integração
econômica proporcionou ao Maranhão e à alguns Estados da Amazônia Legal, nos governos de Getúlio Vargas (1930 - 1945), Juscelino Kubitschek (1956 - 1961) e na Ditadura Militar (1964 - 1985) pela construção de malhas rodoviárias intensificou a divisão territorial do trabalho no Brasil entre o Norte produtor de matérias-primas e o Centro-Sul industrial.
Esse modelo foi ampliado ao longo dos anos e intensificado no início do século XX, com a leve industrialização a qual o Maranhão passou com vistas a intensificação do mercado internacional por meio da construção do porto do Itaqui na década de 1960.
E como tal, o modelo produtor de commodities para exportação tornou-se importante na especialização produtiva do território brasileiro. No Maranhão, estabeleceu-se a constituição do modelo considerado como economia de fronteira
(BECKER, 2001) baseado fortemente na criação de fronts agrícolas. Esse fato se deu com o avanço do meio técnico-científico-informacional no território brasileiro, em especial, no início da década de 1990 (SANTOS; SILVEIRA,