A literatura no Brasil - Era Barroca e Era Neoclássica: Volume II
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A literatura no Brasil - Era Barroca e Era Neoclássica - Afrânio Coutinho
Afrânio Coutinho
DIREÇÃO
Eduardo de Faria Coutinho
CODIREÇÃO
A Literatura no Brasil
2
Era Barroca e Era Neoclássica
***
1ª edição digital
São Paulo
2023
Logo da Global Editora.Selo 50 anos da Global Editora.SUMÁRIO
A LITERATURA NO BRASIL
VOLUME 2
PLANO GERAL DA OBRA (Seis volumes)
SEGUNDA PARTE
ESTILOS DE ÉPOCA
Era Barroca
10. O BARROCO
11. AS ORIGENS DA POESIA
12. A LITERATURA JESUÍTICA
13. ANTÔNIO VIEIRA
14. GREGÓRIO DE MATOS
15. O MITO DO UFANISMO
16. A ORATÓRIA SACRA
17. O MOVIMENTO ACADEMISTA
BIBLIOGRAFIA SOBRE O BARROCO
Era Neoclássica
18. NEOCLASSICISMO E ARCADISMO. O ROCOCÓ
19. A LITERATURA DO SETECENTOS
20. O ARCADISMO NA POESIA LÍRICA, ÉPICA E SATÍRICA
21. PROSADORES NEOCLÁSSICOS
22. DO NEOCLASSICISMO AO ROMANTISMO
Tudo pelo Brasil, e para o Brasil.
Gonçalves de Magalhães
Since the best document of the soul of nation is its literature, and since the latter is nothing but its language as this is written down by elect speakers, can we perhaps not hope to grasp the spirit of a nation in the language of its outstanding works of literature?
Leo Spitzer
Não há dúvida que uma literatura, sobretudo uma literatura nascente, deve principalmente alimentar-se dos assuntos que lhe oferece a sua região; mas não estabelecemos doutrinas tão absolutas que a empobreçam. O que se deve exigir do escritor, antes de tudo, é certo sentimento íntimo, que o torne homem do seu tempo e do seu país, ainda quando trate de assuntos, no tempo e no espaço.
Machado de Assis
Este tratado de história literária complementa a Enciclopédia de Literatura Brasileira, dirigida por Afrânio Coutinho e J. Galante de Sousa.
São Paulo, agosto de 1997
PLANO GERAL DA OBRA
(Seis volumes)
VOLUME 1
PRELIMINARES
Prefácio da Primeira Edição (1955)
A questão da história literária. A crise de métodos. Conceitos. Relações com a crítica. Métodos histórico e estético. Tipos de história literária. A periodização. Conceito de geração. Comparação entre as artes. Historiografia e estilística. Estilo individual e estilo de época. Periodizações brasileiras. Definição e caracteres da literatura brasileira. Influências estrangeiras. Conceito, plano e caracteres da obra.
Afrânio Coutinho
Prefácio da Segunda Edição (1968)
Revisão da história literária. Conceito literário da obra. Que é estético. A obra literária em si. Estética e Nova Crítica. Periodização por estilos literários. História literária é trabalho de equipe. Conciliação entre a História e a Crítica. História e Literatura. Autonomia Literatura. Literatura e vida. Arte e social. A Crítica e o problema do Método. O método positivo. A Crítica não é gênero literário. A Nova Crítica. Para a crítica estética. Equívocos sobre a Nova Crítica. Forma e conteúdo. Espírito profissional. Princípios no Princípio. Concepção estilística. O demônio da cronologia. Vantagens da periodização estilística. O início da literatura brasileira. Literatura colonial. O Barroco. Bibliografia.
Afrânio Coutinho
Prefácio da Terceira Edição (1986)
Encerramento do Modernismo e início do Pós-Modernismo. As vanguardas. Novos rumos da Literatura Brasileira. Autonomia e Identidade Literárias.
Afrânio Coutinho
Prefácio da Quarta Edição (1997)
1. LITERATURA BRASILEIRA (INTRODUÇÃO)
Origem. Barroco. A literatura jesuítica. Neo-classicismo, Arcadismo, Rococó. Nativismo. Romantismo. Realismo-Naturalismo. Parnasianismo. Simbolismo. Impressionismo. Regionalismo. Sincretismo e transição. Modernismo. Gêneros Literários. Lirismo. Ficção. Teatro. Crônica. Crítica. Outros gêneros. Caráter do nacionalismo brasileiro.
Afrânio Coutinho
Primeira Parte
GENERALIDADES
2. O PANORAMA RENASCENTISTA
Que é o Renascimento. Mudanças operadas. O Humanismo em Portugal.
Hernâni Cidade
3. A LÍNGUA LITERÁRIA
A transplantação da língua portuguesa e a expressão literária no Brasil-colônia. A consolidação de uma norma linguística escrita. A feição brasileira da língua portuguesa e os movimentos literários: a polêmica nativista no Romantismo; a posição dos escritores e o purismo dos gramáticos no Realismo-Naturalismo; a língua literária no Modernismo e sua plenitude e maturidade pós-modernista.
Wilton Cardoso
4. O FOLCLORE: LITERATURA ORAL E LITERATURA POPULAR
Colheita e fontes da literatura oral. Importação europeia. Os contos. As lendas e os mitos. A poesia. O desafio. A modinha. Os autos populares. Os jogos infantis. A novelística.
Câmara Cascudo
5. A ESCOLA E A LITERATURA
A educação na história da literatura. O ensino colonial. Missionários e civilizadores. O aprendizado da língua. Meios de transmissão de cultura. Escola humanística. D. João VI. Ensino superior. Tradição literária do ensino.
Fernando de Azevedo
6. O ESCRITOR E O PÚBLICO
A criação literária e as condições da produção. Literatura, sistema vivo de obras. Dependência do público. Diversos públicos brasileiros. Literatura e política. Nativismo e associações. Indianismo. Independência. O Estado e os grupos dirigentes. Escritor e massa. Tradição e auditório.
Antonio Candido
7. A LITERATURA E O CONHECIMENTO DA TERRA
Literatura de ideias e literatura de imaginação. Literatura ufanista. Retratos do Brasil. Política e letras. Modernismo e folclore. Nacionalismo linguístico.
Wilson Martins
8. GÊNESE DA IDEIA DE BRASIL
A descoberta do mundo novo aos olhos dos europeus renascentistas. Pero Vaz de Caminha e sua Carta. O mito do paraíso terrestre. A catequese dos índios. A antologia cultural e a revelação do Brasil. A exaltação da nova terra. Visão edênica. As repercussões na Europa. Primeiras descrições.
Sílvio Castro
9. FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA LÍNGUA NACIONAL BRASILEIRA
Período de formação. Pontes culturais. Os jesuítas. Humanismo novo-mundista. Os indígenas. Processos linguísticos. Consolidação do sistema: séc. XVII. A reação lusófila: Pombal, o Arcadismo, as escolas régias, o séc. XIX. O Modernismo e a língua brasileira. Enfraquecimento da norma gramatical. Conclusão.
José Ariel Castro
VOLUME 2
Segunda Parte
ESTILOS DE ÉPOCA
Era Barroca
10. O BARROCO
Ciclo dos descobrimentos. Quinhentismo português. Mito do Ufanismo. Caráter barroco da literatura dos séculos XVI a XVIII. O termo classicismo. O conceito da imitação. Gregório de Matos e a imitação. O primeiro escritor brasileiro: Anchieta. O Barroco, etimologia, conceito, caracteres, representantes. Barroco no Brasil. O Maneirismo.
Afrânio Coutinho
11. AS ORIGENS DA POESIA
Raízes palacianas da poesia brasileira. Anchieta. A sombra da Idade Média. Os Cancioneiros. Poesia épico-narrativa: a Prosopopeia. Início do Barroco. A Fênix Renascida. Júbilos da América. Início do Arcadismo.
Domingos Carvalho da Silva
12. A LiTERATURA JESUÍTICA
O jesuíta. O teatro hierático medieval e o auto. A estética jesuítica. O Barroco. Gil Vicente. Anchieta. A língua tupi. A obra anchietana. Nóbrega.
Armando Carvalho
13. ANTÔNIO VIEIRA
Vieira brasileiro. As transformações da língua portuguesa. O estilo de Vieira. O barroquismo de Vieira. A arte de pregar. Traços estilísticos. Pensamento e estilo. Alegorismo. Antíteses. Hipérbole. Originalidade.
Eugênio Gomes
14. GREGÓRIO DE MATOS
O Recôncavo no século XVII. Barroquismo. Gregório e a sátira. Visualismo. Estilo Barroco. Caracteres Barrocos.
Segismundo Spina
15. O MITO DO UFANISMO
Aspectos do Barroquismo brasileiro. O ufanismo. Botelho de Oliveira e o Barroco. Polilinguismo. Cultismo. Estilo barroco de Botelho. Nuno Marques Pereira e a narrativa barroca.
Eugênio Gomes
Relação do Naufrágio
Cândido Jucá Filho
16. A ORATÓRIA SACRA
Importância da oratória na Colônia. O Barroquismo. Eusébio de Matos. Antônio de Sá. Características estilísticas.
Carlos Burlamáqui Kopke
17. O MOVIMENTO ACADEMICISTA
Papel das academias no movimento cultural da Colônia. Barroco acadêmico. Principais manifestações, cronologia e variedades do movimento academicista. Academia Brasílica dos Esquecidos. Academia Brasílica dos Renascidos. Academia dos Seletos. Academia Científica. Academia dos Felizes.
José Aderaldo Castelo
Era Neoclássica
18. NEOCLASSICISMO E ARCADISMO. O ROCOCÓ
O Classicismo e as escolas neoclássicas. Correntes racionalistas e ilustradas
. O Brasil do século XVIII. A diferenciação e consolidação da vida na Colônia. O surgimento de novos cânones. A origem da Arcádia e a influência dos árcades italianos. A Arcádia lusitana. Os árcades sem arcádias
. O Rococó.
Afrânio Coutinho
19. A LITERATURA DO SETECENTOS
O Setecentismo: Neoclassicismo e reação antibarroca. A ideologia da época. O Iluminismo. A ideia de Natureza. O Bom Selvagem. Pré-romantismo.
António Soares Amora
20. O ARCADISMO NA POESIA LÍRICA, ÉPICA E SATÍRICA
O lirismo arcádico. O Rococó. Cláudio, Gonzaga, Alvarenga, Caldas Barbosa, Sousa Caldas; poesia narrativa: Basílio. Durão. As Cartas Chilenas. Melo Franco.
Waltensir Dutra
21. PROSADORES NEOCLÁSSICOS
Matias Aires, Silva Lisboa, Sotero.
Cândido Jucá Filho
22. DO NEOCLASSICISMO AO ROMANTISMO
Hipólito, Mont’Alverne, João Francisco Lisboa.
Luís Costa Lima
VOLUME 3
Segunda Parte
ESTILOS DE ÉPOCA
Era Romântica
23. O MOVIMENTO ROMÂNTICO
Origens do movimento. Definição e história da palavra. O Pré-romantismo. A imaginação romântica. Estado de alma romântico. Caracteres e qualidades gerais e formais. Os gêneros. As gerações românticas. O Romantismo no Brasil: origem, períodos, caracteres. O indianismo. Significado e legado.
Afrânio Coutinho
24. OS PRÓDROMOS DO ROMANTISMO
Início do Romantismo. O Arcadismo e o Préromantismo. A vida literária na Colônia. A era de D. João VI: a renovação cultural nos diversos aspectos. José Bonifácio. Borges de Barros. A imprensa. As revistas literárias. Maciel Monteiro. Gonçalves de Magalhães.
José Aderaldo Castelo
25. GONÇALVES DIAS E O INDIANISMO
Gonçalves Dias e o Romantismo. O Indianismo: origem e diversos tipos. O lirismo gonçalvino. O poeta dramático e o poeta épico. Linguagem poética. Intenções e exegese. A poética de Gonçalves Dias. Originalidade e influências. Sextilhas de Frei Antão. Prosa poemática. Contemporâneos e sucessores. Bittencourt Sampaio, Franklin Dória, Almeida Braga, Bruno Seabra, Joaquim Serra, Juvenal Galeno.
Cassiano Ricardo
26. O INDIVIDUALISMO ROMÂNTICO
Ultrarromantismo e individualismo lírico. Álvares de Azevedo. Imaginação, psicologia, subjetivismo. O byronismo. Junqueira Freire, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela, Bernardo Guimarães, Aureliano Lessa, Laurindo Rabelo, Francisco Otaviano.
Álvares de Azevedo (Eugênio Gomes)
Junqueira Freire (Eugênio Gomes)
Casimiro de Abreu (Emanuel de Morais)
Fagundes Varela (Waltensir Dutra)
27. CASTRO ALVES
Antecessores. A década de 1870. Hugoanismo. Pedro Luís, Tobias Barreto, Vitoriano Palhares, Luís Delfino. A poesia e a poética de Castro Alves. Realismo. Narcisa Amália, Machado de Assis, Quirino dos Santos, Carlos Ferreira, Siqueira Filho, Melo Morais Filho. Sousândrade.
Fausto Cunha
28. JOSÉ DE ALENCAR E A FICÇÃO ROMÂNTICA
Romantismo e Romance. Precursores. O primeiro romance brasileiro. Lucas José de Alvarenga, Pereira da Silva, Justiniano José da Rocha, Varnhagen, Joaquim Norberto, Teixeira e Sousa, Macedo, Alencar. A obra alencariana: romances urbano, histórico, regionalista. Bernardo Guimarães, Franklin Távora, Taunay, Machado·de Assis. Características estruturais do romance romântico: influências da literatura oral, do teatro, do folhetim. Características temáticas: solidão, lealdade, amor e morte, natureza, nacionalidade. Legado do romance romântico.
Heron de Alencar
29. A CRÍTICA LITERÁRIA ROMÂNTICA
Origens. O ideário crítico: sentimento da natureza; ideias da nacionalidade e originalidade: Santiago Nunes Ribeiro, Joaquim Norberto. Indianismo. Macedo Soares, José de Alencar. Definição de escritor brasileiro
. Início da historiografia literária. Literatura da fase colonial. Problema da periodização. Sociedades e periódicos. Machado de Assis crítico: sua doutrina estética, sua prática. Outros críticos.
Afrânio Coutinho
30. MANUEL ANTÔNIO DE ALMEIDA
Romantismo ou Realismo? Influência de Balzac. Obra picaresca, influência espanhola. As Memórias e O Guarani. O Romantismo dominante. Fortuna da obra.
Josué Montello
VOLUME 4
Segunda Parte
ESTILOS DE ÉPOCA
Era Realista
31. REALISMO. NATURALISMO. PARNASIANISMO
Movimentos literários do século XIX. Critério de periodização literária. Realismo e Naturalismo. Sistema de ideias da época: o materialismo, o cientificismo, o determinismo. Estética e poética do Realismo e do Naturalismo: definição e caracteres. O Parnasianismo. Histórico da situação no Brasil. As academias. Introdução das novas correntes no Brasil.
Afrânio Coutinho
32. A CRÍTICA NATURALISTA E POSITIVISTA
Ideário crítico da era materialista. Fundo filosófico: Comte, Taine, Spencer. Positivismo, evolucionismo, monismo, mecanicismo, determinismo, ambientalismo, cientificismo. A geração de 70 e a renovação brasileira. A Escola do Recife. Rocha Lima, Capistrano de Abreu, Araripe Júnior, Sílvio Romero.
Afrânio Coutinho
José Veríssimo (Moisés Vellinho)
Outros críticos: Franklin Távora, Valentim Magalhães. A herança romeriana. A História Literária: Ronald de Carvalho, Artur Mota. João Ribeiro. Impressionismo crítico.
Afrânio Coutinho
33. A FICÇÃO NATURALISTA
Origens do Naturalismo no Brasil: Inglês de Sousa, Aluísio Azevedo, Celso Magalhães, José do Patrocínio. Do Realismo ao Naturalismo: de Balzac a Zola. Influxo da ciência. A polêmica naturalista no Brasil. Papel de Eça de Queirós. Anticlericalismo, combate ao preconceito racial, à escravidão, à monarquia e ao puritanismo da sociedade em relação ao problema sexual. Aluísio Azevedo, Inglês de Sousa. Júlio Ribeiro. Adolfo Caminha. Outros naturalistas. Naturalismo e regionalismo.
Josué Montello
34. A RENOVAÇÃO PARNASIANA NA POESIA
A reação antirromântica. Poesia filosóficocientífica. Teixeira de Sousa, Prado Sampaio, Martins Júnior. Poesia realista urbana: Carvalho Júnior, Teófilo Dias, Afonso Celso, Celso Magalhães. Poesia realista agreste: Bruno Seabra, Ezequiel Freire. Poesia socialista: Lúcio de Mendonça, Fontoura Xavier, Valentim Magalhães. Advento do Parnasianismo: Artur de Oliveira, Machado de Assis, Gonçalves Crespo, Luís Guimarães; Alberto de Oliveira, Raimundo Correia, Olavo Bilac, Vicente de Carvalho; Machado de Assis, Luís Delfino, B. Lopes. Poetas menores e epígonos: Rodrigo Otávio, Artur Azevedo, Filinto de Almeida, Silva Ramos, Mário de Alencar, João Ribeiro, Guimarães Passos. Venceslau de Queirós, Emílio de Meneses, Zeferino Brasil, Augusto de Lima, Luís Murat, Raul Pompeia, Francisca Júlia, Magalhães de Azeredo, Goulart de Andrade. Características da forma parnasiana.
Péricles Eugênio da Silva Ramos
35. MACHADO DE ASSIS
Importância do escritor, sua vocação artística. Atitude em face das escolas literárias. As fases de sua evolução estética. O poeta. Os primeiros romances: desenvolvimento do seu processo narrativo. Contar a essência do homem. Os grandes romances. O contista.
Barreto Filho
36. RAUL POMPEIA
Formação e iniciação literárias. Classificação. Impressionismo. Técnica da composição. Doutrina estética e processo de captação da realidade. Prosa artística: os Goncourts. Visualismo: influência da pintura. A técnica da miniatura. Estilo.
Eugênio Gomes
37. JOAQUIM NABUCO. RUI BARBOSA
O Parnasianismo na prosa: a oratória, o gosto pelo estilo requintado. Joaquim Nabuco e a campanha abolicionista. Nabuco escritor, estilista, pensador, orador.
Luís Viana Filho
Rui Barbosa e a campanha republicana. Rui, político ou homem de letras. O escritor, o orador, o homem público. A reação vernaculizante e a pureza da língua. Primado da eloquência. Missão social. Mestre da arte de falar e escrever.
Luís Delgado
38. EUCLIDES DA CUNHA
Definição de Euclides e de Os sertões. Obra de arte da linguagem, epopeia em prosa. Realismo, espírito científico. O estilo euclidiano. O poeta e o ficcionista em Os sertões. Seu senso do coletivo, a obsessão da palavra. Expressionismo e impressionismo. Interpretação do Brasil.
Franklin de Oliveira
39. LIMA BARRETO. COELHO NETO
O Naturalismo retardatário. Lima Barreto: o homem na obra. Conflito entre a estética e a revolução. O romancista. Sentimento de inferioridade racial e social.
Eugênio Gomes
Coelho Neto: posição do escritor. Obsessão com o Brasil. Seu realismo. A sua teoria da palavra, seu vocabulário. Retrato nacional.
Otávio de Faria
40. O REGIONALISMO NA FICÇÃO
Conceito de Regionalismo: evolução da ideia de incorporação do genius loci à literatura. Regionalismo e Realismo. As regiões culturais e os ciclos literários regionais. Influência das regiões no desenvolvimento da literatura brasileira. Ciclos: nortista, nordestino, baiano, central, paulista, gaúcho.
Afrânio Coutinho
Ciclo nortista
Caracteres. Fases: naturalista, com Inglês de Sousa e Veríssimo; do inferno verde
, com Euclides, Alberto Rangel; ufanista, com Raimundo Moraes, Carlos Vasconcelos, Alfredo Ladislau, Lívio Cesar, Jorge H. Hurly; modernista, com Abguar Bastos, Lauro Palhano, Dalcídio Jurandir, Eneida de Morais, Araújo Lima, Gastão Cruls, Osvaldo Orico, Francisco Galvão, Viana Moog, Peregrino Júnior, Aurélio Pinheiro, Ramaiana de Chevalier, Oséas Antunes, Nélio Reis, Ildefonso Guimarães, Lindanor Celina, Odilo Costa Filho. Ferreira de Castro.
Peregrino Júnior
Ciclo nordestino
Caracteres. Franklin Távora e a Literatura do Norte
. Adolfo Caminha, Rodolfo Teófilo, Antônio Sales, Domingos Olímpio, Araripe Júnior, Emília de Freitas, Pápi Júnior, Francisca Clotilde, Oliveira Paiva, Ana Facó, Fonseca Lobo, Gustavo Barroso, Teotônio Freire, Carneiro Vilela, Faria Neves Sobrinho, Zeferino Galvão, Olímpio Galvão, Mário Sete, Lucílio Varejão, Carlos D. Fernandes.
Aderbal Jurema
Ciclo baiano
Características: As diversas áreas: san-franciscana, cacaueira, garimpo, pastoreio, alambique, praia. Rosendo Muniz Barreto, Xavier Marques, Lindolfo Rocha, Fábio Luz, Cardoso de Oliveira, Afrânio Peixoto, Anísio Melhor, Nestor Duarte, Martins de Oliveira, Rui Santos, Dias da Costa, Jorge Amado, Clóvis Amorim, Herberto Sales, James Amado, Emo Duarte, Elvira Foepell, Santos Morais. (Adonias Filho).
Adonias Filho
Ciclo central
Características: Bernardo Guimarães, Felício dos Santos, Afonso Arinos, Avelino Fóscolo, Aldo Luís Delfino dos Santos, Amadeu de Queirós, João Lúcio, Abílio Velho Barreto, Godofredo Rangel, Aristides Rabelo, Afonso da Silva Guimarães, Guimarães Rosa, Mário Palmério, Nelson de Faria, Carvalho Ramos, Bernardo Élis, José J. Veiga, Gastão de Deus, Ivan Americano, Veiga Neto, Pedro Gomes de Oliveira, Domingos Félix de Sousa, Eli Brasiliense.
Wilson Lousada
Ciclo paulista
Garcia Redondo, Batista Cepelos, José Agudo, Ezequiel Freire, Monteiro Lobato, Veiga Miranda, Amando Caiubi, Valdomiro Silveira, Cornélio Pires, Albertino Moreira, Jerônimo Osório, Oliveira e Sousa, Leôncio de Oliveira, Salviano Pinto, Léo Vaz, Hilário Tácito. Os modernistas.
Edgard Cavalheiro
Ciclo gaúcho
Caldre Fião, Bernardino dos Santos, Apolinário Porto Alegre, Aquiles Porto Alegre, Alberto Cunha, Carlos Jansen, Oliveira Belo, Alcides Maia, Roque Calage, Simões Lopes Neto, Darci Azambuja, Ciro Martins, Érico Veríssimo, Ivan Pedro Martins, Contreiras Rodrigues, Otelo Rosa, Vieira Pires, Viana Moog.
Augusto Cesar Meyer
Era de Transição
41. SIMBOLISMO. IMPRESSIONISMO. MODERNISMO
Uma literatura em mudança: oposição Parnasianismo – Simbolismo. Valorização do Simbolismo e sua influência. Origens do Simbolismo. Definição e caracteres. Cronologia do Simbolismo no Brasil: os diversos grupos e figuras. Impressionismo: gênese, caracteres, influências. O Impressionismo no Brasil. A incorporação do nacional à literatura. Desintegração e aventura: preparação do Modernismo: antecedentes europeus e nacionais. Expressionismo. O moderno
em literatura: definição e caracteres. A Revolução Moderna no Brasil: definição, antecedentes, eclosão. A Semana da Arte Moderna. Futurismo e Modernismo. Modernismos brasileiro, português e hispano-americano. Graça Aranha. Os grupos e correntes do Modernismo. Regionalismo. Gilberto Freyre. As revistas e os manifestos teóricos. Cronologia e caracteres do Modernismo. Mário de Andrade. Saldo e legado do movimento: problema da língua; poesia; ficção; crônica; teatro; crítica.
Afrânio Coutinho
42. PRESENÇA DO SIMBOLISMO
A explosão Cruz e Sousa. A primeira e a segunda gerações simbolistas. No Paraná, Minas Gerais, Bahia. Nestor Vítor, Gustavo Santiago, Oliveira Gomes, Colatino Barroso, Antônio Austregésilo, Neto Machado, Carlos Fróis, Artur de Miranda, Silveira Neto, Tibúrcio de Freitas, Saturnino de Meireles, Félix Pacheco, Carlos D. Fernandes, Gonçalo Jácome. Narciso Araújo, Pereira da Silva, Paulo Araújo, Cassiano Tavares Bastos, Castro Meneses, Rocha Pombo, Gonzaga Duque, Mário Pederneiras, Lima Campos, Dario Veloso, Emiliano Perneta, Silveira Neto, Guerra Duval, Júlio César da Silva, Leopoldo de Freitas, Venceslau de Queirós, Batista Cepelos, Jacques D’Avray, José Severiano de Resende, Alphonsus de Guimaraens, Viana do Castelo, Edgard Mata, Adolfo Araújo, Mamede de Oliveira, Pedro Kilkerry, Francisco Mangabeira, Álvaro Reis, Durval de Morais, Astério de Campos, Marcelo Gama, Ernâni Rosas, Eduardo Guimarães. O poema em prosa: Raul Pompeia. A ficção simbolista: Virgílio Várzea, Alfredo de Sarandi, Graça Aranha, Rocha Pombo, G. Duque. O teatro simbolista. Legado do Movimento.
Andrade Murici
43. O IMPRESSIONISMO NA FICÇÃO
O Impressionismo: caracteres. Penetração no Brasil. A ficção impressionista: Raul Pompeia, Graça Aranha, Adelino Magalhães. Influências e repercussões.
Xavier Placer
44. A CRÍTICA SIMBOLISTA
Os críticos do Simbolismo. Nestor Vítor. A crítica de arte: Gonzaga Duque, Colatino Barroso. Outros críticos: Gustavo Santiago, Frota Pessoa, Elíseo de Carvalho, Pedro do Couto, Severiano de Rezende, Tristão da Cunha, Felix Pacheco.
Andrade Murici
45. SINCRETISMO E TRANSIÇÃO: O PENUMBRISMO
O fenômeno da transição em história literária. Sincretismo. Epígonos do Parnasianismo e do Simbolismo. Penumbrismo. Ronald de Carvalho, Mário Pederneiras, Gonzaga Duque, Lima Campos, Álvaro Moreira, Felipe D’Oliveira, Eduardo Guimarães, Homero Prates, Guilherme de Almeida, Ribeiro Couto. (Rodrigo Otávio Filho).
Rodrigo Otávio Filho
46. SINCRETISMO E TRANSIÇÃO: O NEOPARNASIANISMO
Os epígonos do Parnasianismo e o Neoparnasianismo. Júlia Cortines, Francisca Júlia, Carlos Magalhães de Azeredo, Belmiro Braga, Amadeu Amaral, Luís Carlos, Martins Fontes, Humberto de Campos, Da Costa e Silva, Artur de Sales, Gilca Machado, Hermes Fontes, Augusto dos Anjos, Raul de Leôni, Olegário Mariano, Adelmar Tavares, Batista Cepelos, Catulo Cearense, Luís Edmundo, Múcio Leão, Nilo Bruzzi, Bastos Tigre, José Albano.
Darci Damasceno
47. A REAÇÃO ESPIRITUALISTA
A Reação Espiritualista e seus antecedentes. A Companhia de Jesus e o humanismo espiritualista. A educação na Colônia. Desenvolvimento das Letras. Sentido religioso da vida. Espiritualismo definido e indefinido. Romantismo: ecletismo e sentimentalismo espiritual. A Escola do Recife e a desespiritualização da inteligência. A Questão Religiosa. Início da Reação Espiritualista: Carlos de Laet, Padre Júlio Maria. No Simbolismo. Farias Brito. No Pré-Modernismo. No Modernismo. Leonel Franca, Jackson de Figueiredo. O grupo de Festa. Durval de Morais. O espiritualismo contemporâneo. (Alceu Amoroso Lima).
Alceu Amoroso Lima
VOLUME 5
Segunda Parte
ESTILOS DE ÉPOCA
Era Modernista
48. A REVOLUÇÃO MODERNISTA
Antecedentes do Movimento Modernista. Atualização das letras nacionais. A Guerra de 1914. Os futuristas de 1920. A palavra futurismo
. A Semana de Arte Moderna de 1922: organização, realizações. Depois da Semana: consequências e repercussão. Os diversos grupos modernistas: Antropofagia
, Pau-Brasil
. Verdamarelo
, Anta
. Congresso Brasileiro de Regionalismo, no Recife, 1926. Principais livros do Modernismo. Encerramento do ciclo revolucionário: 1930.
Mário da Silva Brito
49. O MODERNISMO NA POESIA
Modernismo em poesia: definição. Fase da ruptura: a geração de 1922. Periodização. A Semana de Arte Moderna. Diretrizes da Renovação. Futurismo. Grupo paulista: Pau-Brasil
, Verdamarelo
, Anta
, Antropofagia
. Mário de Andrade. Oswald de Andrade. Menotti del Picchia, Guilherme de Almeida. Sérgio Milliet. Cassiano Ricardo. Raul Bopp. Luís Aranha. Rodrigues de Abreu. Grupo carioca: Manuel Bandeira. Ronald de Carvalho. Álvaro Moreira. Ribeiro Couto. Felipe D’Oliveira. Manuel de Abreu. Grupo de Festa: Tasso da Silveira. Murilo Araújo. Cecília Meireles. Francisco Karam. Grupo mineiro: A Revista. Carlos Drummond de Andrade. Emílio Moura. Abgar Renault. João Alphonsus. Pedro Nava. Grupo Verde: Ascânio Lopes. Rosário Fusco. Enrique de Resende. Guilhermino César. Francisco Peixoto. Grupo gaúcho: Augusto Meyer. Grupo do Nordeste: Ascenso Ferreira. Joaquim Cardoso. Gilberto Freyre. Câmara Cascudo. Jorge Fernandes. Jorge de Lima. Grupo baiano: Eugênio Gomes. Carvalho Filho. Hélio Simões. Pinto de Aguiar, Godofredo Filho. Sosígenes Costa. Expansão do Modernismo: Américo Facó. Dante Milano. Edgard Braga. Segunda fase: Augusto Frederico Schmidt. Murilo Mendes. Vinícius de Morais, Mário Quintana. Henriqueta Lisboa. Geração de 45: Bueno de Rivera. João Cabral. Domingos Carvalho da Silva. Geraldo Vidigal. José Paulo Moreira da Fonseca. Geir Campos. Lêdo Ivo. Maria da Saudade Cortesão. Péricles Eugênio da Silva Ramos. Concretismo: Haroldo de Campos. Augusto de Campos. Décio Pignatari. Ronaldo Azevedo. Ferreira Gullar. A forma da poesia moderna.
Péricles Eugênio da Silva Ramos
50. VANGUARDAS
Concretismo. Neoconcretismo (Albertus da Costa Marques)
Poesia-Práxis (Mário Chamie)
Poema-Processo (Álvaro Sá)
Arte-Correio (Joaquim Branco)
51. O MODERNISMO NA FICÇÃO
I. Antecedentes:
As duas linhagens da ficção brasileira: legado do século XIX. O Modernismo. Pioneiros do ciclo nordestino: Franklin Távora, José do Patrocínio, Rodolfo Teófilo, Oliveira Paiva, Domingos Olímpio, Gustavo Barroso, Mário Sette. Outros precursores do regionalismo modernista. O romance carioca do Modernismo. Adelino Magalhães. Classificação da ficção modernista: corrente social e territorial; corrente psicológica e costumista. A explosão modernista. Rachel de Queirós. Gastão Cruls. Marques Rebelo. Ciro dos Anjos.
Afrânio Coutinho
II. Experimentalismo:
Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Plínio Salgado, Alcântara Machado (Dirce Côrtes Riedel)
Ribeiro Couto (J. Alexandre Barbosa)
III. Regionalismo:
José Américo, José Lins do Rego, Jorge Amado (Luís Costa Lima)
Graciliano Ramos (Sônia Brayner)
IV. Psicologismo e Costumismo:
José Geraldo Vieira (Antônio Olinto)
Cornélio Pena (Adonias Filho)
Érico Veríssimo (Antônio Olinto)
Lúcio Cardoso (Walmir Ayala)
Otávio de Faria (Adonias Filho)
Josué Montello (Bandeira de Melo)
V. Instrumentalismo:
Guimarães Rosa (Franklin de Oliveira)
Clarice Lispector, Adonias Filho (Luís Costa Lima)
VI. Situação e Perspectivas:
José Cândido de Carvalho, Herberto Sales, Mário Palmério, Bernardo Élis, Jorge Medauar, Ascendino Leite, Macedo Miranda, Geraldo França de Lima, João Antônio, Rubem Fonseca, José Louzeiro, Nélida Piñon, Samuel Rawet, Osman Lins, Autran Dourado, Jorge Moutner, Dalton Trevisan, José J. Veiga, Geraldo Ferraz, Assis Brasil.
Ivo Barbieri
52. A CRÍTICA MODERNISTA
A crítica e o Modernismo. As várias gerações e os gêneros modernistas. A crítica sociológica. Tristão de Athayde. João Ribeiro e Nestor Vítor. As Revistas. A crítica Social. Mário de Andrade. Outros críticos. A crítica estética. Eugênio Gomes.
Wilson Martins
A Nova Crítica. Congressos de Crítica. Movimento editorial.
Afrânio Coutinho
VOLUME 6
Terceira Parte
RELAÇÕES E PERSPECTIVAS
53. NOTA EXPLICATIVA
Divisão da obra. Características. Conceitos sociológico e estético. Literatura literária. O valor da História Literária.
Afrânio Coutinho
54. EVOLUÇÃO DA LITERATURA DRAMÁTICA
Inícios do teatro: os jesuítas, Anchieta. Alencar, Martins Pena, Gonçalves de Magalhães. No Naturalismo: França Júnior, Artur Azevedo, Machado de Assis, Roberto Gomes, Coelho Neto, Cláudio de Sousa. Joracy Camargo, Oswald de Andrade. O teatro moderno. A renovação: o Teatro Estudante; Pascoal Carlos Magno, Guilherme Figueiredo, Oduvaldo Viana, Magalhães Júnior, Ariano Suassuna, Jorge Andrade, Dias Gomes, Millôr Fernandes, Nelson Rodrigues, Silveira Sampaio. O teatro infantil: Maria Clara Machado. Lúcia Benedetti. Os atores: João Caetano, Apolônia Pinto, Leopoldo Fróes, Procópio Ferreira, Cacilda Becker, Maria Della Costa, Tônia Carrero, Fernanda Montenegro, Sérgio Cardoso, Paulo Autran, Jardel Filho. Dulcina de Morais. Principais companhias.
Décio de Almeida Prado
55. EVOLUÇÃO DO CONTO
Primeiras manifestações. No Romantismo: Álvares de Azevedo, B. Guimarães. Machado de Assis: sua técnica. No Naturalismo: Aluísio Azevedo, Medeiros e Albuquerque, Coelho Neto, Domício da Gama, Artur Azevedo. Regionalistas: Valdomiro Silveira, Afonso Arinos, Simões Lopes Neto, Alcides Maia, Darci Azambuja, Telmo Vergara, Viriato Correia, Gustavo Barroso, Eduardo Campos, Monteiro Lobato, Carvalho Ramos. No Modernismo: Adelino Magalhães, Mário de Andrade, Alcântara Machado, Ribeiro Couto, João Alphonsus, Marques Rebelo, Guimarães Rosa. Novas tendências.
Herman Lima
56. LITERATURA E JORNALISMO
No jornalismo político: a era da Independência. A era regencial. O Segundo Reinado. A imprensa acadêmica. A propaganda republicana. A era republicana. Polemistas e planfletários.
Américo Jacobina Lacombe
57. ENSAIO E CRÔNICA
Ensaio e crônica – gêneros literários. Definição e caracteres. Conceito de crônica. A crônica e o jornal. Histórico e evolução da crônica – Romantismo. Francisco Otaviano, Manuel Antônio de Almeida, José de Alencar, Machado de Assis, França Júnior, Pompeia, Bilac, Coelho Neto, João do Rio, João Luso, José do Patrocínio Filho, Humberto de Campos, Orestes Barbosa, Álvaro Moreira e a Fon-Fon. Berilo Neves, Osório Borba. Genolino Amado, Benjamim Costallat. Henrique Pongetti, Peregrino Júnior, Manuel Bandeira, Antônio de Alcântara Machado, Carlos Drummond de Andrade, Rachel de Queiroz, Rubem Braga. Classificação da crônica. Problemas da crônica: linguagem e estilo, crônica e reportagem, literatura e filosofia. Autonomia do gênero. Importância na literatura brasileira. Outros gêneros afins: oratória, cartas, memórias, diários, máximas, biografia. Gilberto Amado, Lúcio Cardoso.
Afrânio Coutinho
58. LITERATURA E FILOSOFIA
Incapacidade para os estudos filosóficos. Ausência de correntes de pensamento. Filosofia e Literatura. Século XIX, marco inicial. A independência intelectual. Romantismo. Silvestre Pinheiro Ferreira, Gonçalves de Magalhães, Mont’Alverne, Eduardo Ferreira França, Tobias Barreto, Soriano de Sousa, Sílvio Romero. Os Positivistas. Capistrano de Abreu, Euclides da Cunha, Farias Brito, Jackson de Figueiredo, Vicente Licínio Cardoso, Graça Aranha, Paulo Prado, Tristão de Athayde, Euríalo Canabrava, Miguel Reale, Artur Versiane Veloso. Revista Brasileira de Filosofia. Kriterion.
Evaristo de Morais Filho
59. LITERATURA E ARTES
Os estilos de época. Inter-relações das artes. Barroco e Pós-Barroco. Neoclassicismo. Romantismo, Realismo, Parnasianismo. Impressionismo e Simbolismo. Modernismo.
José Paulo Moreira da Fonseca
60. LITERATURA E PENSAMENTO JURÍDICO
O século XVIII e a transformação jurídica do Estado. A vinculação da literatura com o direito. O arcadismo mineiro e os ideais jurídicos da burguesia. Gonzaga. As Cartas Chilenas e os Direitos Humanos. As eleições e a ideia da representação e assentimento popular. O constitucionalismo liberal. José Bonifácio. As faculdades de Direito de Recife e São Paulo focos de produção literária. Escritores e juristas. Rui Barbosa.
Afonso Arinos de Melo Franco
61. LITERATURA INFANTIL
Que é Literatura Infantil? Fontes. Folclore. Evolução e principais autores e obras. O século XIX e a moderna literatura infantil. Uso na educação. Aparecimento no Brasil: Livros didáticos e traduções. Diversos gêneros. Monteiro Lobato. Teatro infantil. Literatura religiosa. Histórias em quadrinhos. Revistas e jornais.
Renato Almeida
62. O VERSO: PERMANÊNCIA E EVOLUÇÃO
Debate histórico: a metrificação. Os tipos de verso. As regras. Do Barroco ao Simbolismo. O Modernismo e a mudança no sistema. Conclusões.
Mário Chamie
CONCLUSÃO
63. O PÓS-MODERNISMO NO BRASIL
Pós-Modernismo e a produção literária brasileira do século XX: Guimarães Rosa, Clarice Lispector, João Cabral de Melo Neto. A ficção brasileira dos anos 70 e 80: José J. Veiga, Murilo Rubião, Lygia Fagundes Telles, Nélida Piñon, Edla van Steen, Maria Alice Barroso. O Poema-Processo e a Arte-Postal.
Eduardo de Faria Coutinho
64. A NOVA LITERATURA BRASILEIRA
(O romance, a poesia, o conto)
Definição e situação da nova literatura brasileira. O ano de 1956: a poesia concreta, Geraldo Ferraz, Guimarães Rosa. No Romance: Herberto Sales, José Cândido de Carvalho, Osman Lins, Autran Dourado. Os novos. Adonias Filho, Clarice Lispector. Na Poesia: João Cabral. Poesia Concreta: Décio Pignatari, Haroldo de Campos, Augusto de Campos, Ferreira Gullar, José Lino Grunewald, Reinaldo Jardim, Ronaldo Azeredo. Edgard Braga, Pedro Xisto. Invenção. Poesia-Práxis: Mário Chamie. Poemas-Processo: Wlademir Dias Pino. No Conto: Samuel Rawet, Dalton Trevisan, José J. Veiga, José Louzeiro, Luís Vilela, Jorge Medauar, Rubem Fonseca, José Edson Gomes, Louzada Filho.
Assis Brasil
65. A NOVA LITERATURA
(Décadas de 1980 / 1990)
Escritores de maior atividade nesse período. Escritores veteranos pós-modernistas. Romancistas e contistas mais novos. Poetas veteranos em atividade. Poetas de província. Poetas novos com ligação com as vanguardas. A Poesia Alternativa dos anos 80.
Assis Brasil
66. VISÃO PROSPECTIVA DA LITERATURA NO BRASIL
Uma história predominantemente nacional. A crise da transição. Morfologia da exaustão. Emergência da paraliteratura. A voragem do consumo. A crônica. Alternativas vanguardistas. O signo radical. Indicações prospectivas.
Eduardo Portella
67. HISTORIOGRAFIA LITERÁRIA EM NOVO RUMO
Posição desta obra na historiografia literária brasileira. As várias fases da história literária no Brasil: a antológica e bibliográfica, a historicista, a sociológica. Varnhagen. Sílvio Romero. Outros historiadores. Orientação estética: A Literatura no Brasil, um compromisso anti-romeriano. Sua posição, suas características, suas consequências. O ensino literário. A crítica e a história literária.
Afrânio Coutinho
68. AINDA E SEMPRE A LITERATURA BRASILEIRA
As teorias das origens. A expressão da Literatura Brasileira. Nossa Literatura. Independência literária. Uma literatura emancipada. Raízes culturais. O Barroco na América.
Afrânio Coutinho
69. AINDA E SEMPRE A LÍNGUA BRASILEIRA
Língua Portuguesa. Denominação da língua. Que é Língua Brasileira? Ensino da Língua. O professor de Língua. O processo de descolonização. Busca de identidade. Nossa língua. Por uma filologia brasileira. A revolução linguística. A nossa língua. O Português do Brasil. A língua que falamos. A língua do Brasil. O idioma e a constituição. Purismo e classe. Purismo linguístico.
Afrânio Coutinho
70. VISÃO FINAL
O neoparnasianismo
da geração de 1945. A procura de novos cânones. As revistas de vanguarda. A fase transitória dos congressos. As décadas de 1950 e 1960 – Grande sertão: veredas. A nova feição da crítica. A Poesia Alternativa pós 1960. Fim do Modernismo.
Afrânio Coutinho
BIOBIBLIOGRAFIA DOS COLABORADORES
Aderbal Jurema. Adonias Filho. Afonso Arinos de Melo Franco. Afrânio Coutinho. Albertus Marques. Alceu Amoroso Lima. Américo Jacobina Lacombe. Álvaro de Sá. Andrade Murici. Antonio Candido. Antônio Olinto. Antônio Soares Amora. Armando Carvalho. Assis Brasil. Augusto Meyer. Bandeira de Melo. Barreto Filho. Cândido Jucá Filho. Carlos Burlamáqui Kopke. Cassiano Ricardo. Darci Damasceno. Décio de Almeida Prado. Dirce Côrtes Riedel. Domingos Carvalho da Silva. Edgard Cavalheiro. Eduardo de Faria Coutinho. Eduardo Portella. Emanuel de Morais. Eugênio Gomes. Evaristo de Morais Filho. Fausto Cunha. Fernando de Azevedo. Franklin de Oliveira. Herman Lima. Hernâni Cidade. Heron de Alencar. Ivo Barbieri. João Alexandre Barbosa. José Aderaldo Castelo. José Ariel Castro. José Paulo Moreira da Fonseca. Josué Montello. Luís da Câmara Cascudo. Luís Costa Lima. Luís Delgado. Luís Viana Filho. Mário Chamie. Mário da Silva Brito. Matoso Câmara Jr. Moisés Vellinho. Otávio de Faria. Peregrino Júnior. Péricles Eugênio da Silva Ramos. Renato Almeida. Rodrigo Otávio Filho. Segismundo Spina. Sílvio Castro. Sonia Brayner. Xavier Placer. Walmir Ayala. Waltensir Dutra. Wilson Lousada. Wilson Martins. Wilton Cardoso.
ÍNDICE DE NOMES, TÍTULOS E ASSUNTOS
A
LITERATURA NO BRASIL
Neste Volume
PARTE II / ESTILOS DE ÉPOCA
Era Barroca / Era Neoclássica
No Volume 1
PRELIMINARES
PARTE I / GENERALIDADES
No Volume 3
PARTE II / ESTILOS DE ÉPOCA
Era Romântica
No Volume 4
PARTE II / ESTILOS DE ÉPOCA
Era Realista / Era de Transição
No Volume 5
PARTE II / ESTILOS DE ÉPOCA
Era Modernista
No Volume 6
PARTE III / RELAÇÕES E PERSPECTIVAS
CONCLUSÃO
Biobibliografia dos Colaboradores
Índice de Nomes, Títulos e Assuntos
Segunda Parte
ESTILOS DE ÉPOCA
Era Barroca
10. Afrânio Coutinho
O BARROCO
Ciclo dos descobrimentos. Quinhentismo português. Mito do Ufanismo. Caráter barroco da literatura dos séculos XVI a XVII. O termo classicismo. O conceito da imitação. Gregório de Matos e a imitação. O primeiro escritor brasileiro: Anchieta. O Barroco, etimologia, conceito, caracteres, representantes. Barroco no Brasil. O Maneirismo.
i. da expansão ao ufanismo
1. Ao ciclo dos descobrimentos da literatura portuguesa do século XVI, definido por Fidelino de Figueiredo como o conjunto de obras que têm por objetivo os descobrimentos marítimos e as suas consequências morais e políticas
,[1] pertencem as primeiras manifestações literárias da Colônia brasileira.
O quinhentismo português constitui-se, consoante ainda a lição do historiador, da combinação de elementos medievais, clássicos e nacionais. Os elementos medievais são: a velha métrica, as origens e a estrutura do teatro vicentino, a história por crônicas de reis e a novela de cavalaria; os elementos clássicos, de importação, principalmente italiana: o teatro clássico, comédia e tragédia, o romance e a écloga pastorais, a nova métrica com suas variedades de forma, e a epopeia; os elementos nacionais: o movimento interno do teatro vicentino, ou o mundo que nele se agita; a historiografia, ou narração dos grandes feitos coloniais e crônica da expansão; a epopeia, transformada por Camões de gênero clássico em instrumento da ideia nacional, os gêneros novos, ligados às narrativas das descobertas, como as relações de naufrágios e os roteiros de viajantes.
O conhecimento da literatura produzida nos três primeiros séculos da vida colonial mostra que ela se incluiu em algum desses itens ou obedece à inspiração dos motivos que dominaram o ciclo dos descobrimentos, precisamente a contribuição mais original dos portugueses à literatura universal, aliás fundamentada, em boa parte, nos sólidos motivos econômicos: a caça ao escravo, a conquista de novas terras, mercados e fontes de riqueza, a expansão do comércio. Dele irromperam as primeiras forças que aqui se expressaram sob roupagem literária; dele derivaram as primeiras letras
brasileiras. A essa literatura de expansão e descobrimento se ligam os primeiros livros escritos por portugueses ou brasileiros, no Brasil, ou acerca de fatos, coisas e homens da Colônia: a obra dos jesuítas, seja a parte tipicamente literária, lírica ou dramática, seja o acervo de cartas e informes em torno das condições da Colônia, é um capítulo da expansão espiritual portuguesa; a literatura de viajantes e descobridores, os roteiros náuticos, os relatos de naufrágios, as descrições geográficas e sociais, as descrições da natureza e do selvagem (que Sílvio Romero definiu como as duas tendências principais da literatura brasileira no século XVI), as tentativas de epopeias com assunto local, são outros tantos episódios desse ramo brasileiro da literatura de expansão ultramarina do quinhentismo português, tão bem estudada por Hernâni Cidade.[2]
A primeira grande manifestação dessas forças é a formação do mito do ufanismo, tendência à exaltação lírica da terra ou da paisagem, espécie de crença num eldorado ou paraíso terrestre
, como lhe chamou Rocha Pita pela primeira vez, e que constituirá uma linha permanente da literatura brasileira de prosa e verso. Pero Vaz de Caminha, Anchieta, Nóbrega, Cardim, Bento Teixeira, Gândavo, Gabriel Soares de Sousa, Fernandes Brandão, Rocha Pita, Vicente do Salvador, Botelho de Oliveira, Itaparica, Nuno Marques Pereira, são exemplos da série de cantores da cultura e opulência
, ou autores de diálogos das grandezas
, que constituem essa singular literatura de catálogo e exaltação dos recursos da terra prometida. Essa literatura, diga-se de passagem, não deveria estar longe de emergir de motivos econômicos de valorização da terra aos olhos europeus.
A maioria dessas obras não pertence à literatura no sentido estrito, e sua importância decorre de participarem desse ciclo de literatura do descobrimento e de se inclinarem para a terra brasílica, na ânsia, que domina a consciência do brasileiro do século XVII, de conhecê-la, de revelá-la, de expandi-la. Se buscarmos a sua valoração por exclusivos critérios estéticos, salta à vista a sua qualidade inferior, excetuados raros momentos. Por isso, a posição que lhes é reservada na história literária há que limitar-se à mera anotação de suas relações com o estilo de vida e de arte característico do tempo. É fenômeno encontradiço na história da literatura serem testemunho mais flagrante da época as obras medíocres do que os grandes livros. De direito, porém, o lugar de relevo que merecem é na história da cultura e da historiografia, ou das ideias sociais, pois constituem os marcos ao longo da estrada que seguiram a consciência da terra comum, o espírito insurgente, o senso histórico e o sentimento da nacionalidade, em uma palavra, a brasilidade, desde aqueles primeiros tempos em formação. Delas é que proveio o conhecimento dos fatores geográficos, econômicos e sociais sobre que se erigiu a civilização brasileira. As repercussões dessa literatura de conhecimento da terra são de importância indisfarçável, em toda a literatura de imaginação, mas sua análise não compete aos instrumentos literários, que apenas as registram.
Com expressarem, no entanto, o mito ufanista, essas obras não refogem à impregnação do estilo artístico em vigor na época. Em verdade, a literatura brasileira emerge da literatura ocidental do barroquismo. Foi sob o signo do barroco definido não só como um estilo de arte, mas também como um complexo cultural, que nasceu a literatura brasileira. Senão vejamos o que ocorre com a literatura jesuítica, com a obra ufanista, mas de sentido literário, de Botelho de Oliveira e Nuno Marques Pereira, bem assim com a de Vieira e Gregório, com a descendência do primeiro na oratória sagrada, e com a família de poetas e prosadores das academias. Se a inteligência brasileira começou a expressar-se na forma de literatura de conhecimento
(De Quincey), a literatura de poder
desponta aqui e ali, embora só mais tarde adquirindo categoria estética.
Destarte, justifica-se o estudo dos principais autores que possuem sentido estético, nessa fase da literatura brasileira. São expressões, algumas delas bastante representativas, do Barroco literário, e como tal hão que ser analisadas e valoradas. Valem como testemunhos de um estilo artístico, cujos caracteres e sinais espelham fielmente, como provam os estudos sobre eles agora executados. Mas a impregnação barroca é tão profunda nos escritores do período que a ela não escapam inclusive os historiadores e pensadores. Exemplos típicos são os casos de Rocha Pita e Frei Vicente do Salvador, cuja prosa reflete a contaminação barroca, mormente nos seus aspectos de menor qualidade.
Os gêneros literários então mais cultivados são o diálogo, a poesia lírica, a epopeia, ao lado da historiografia e da meditação pedagógica, das quais o Barroco retira o máximo partido, misturando o mitológico ao descritivo, o alegórico ao realista, o narrativo ao psicológico, o guerreiro ao pastoral, o solene ao burlesco, o patético ao satírico, o idílico ao dramático, sem falar no mestiçamento da linguagem, já iniciada como imposição da própria obra de evangelização e da nova sensibilidade linguística, de que decorrerá a diferenciação de um estilo brasileiro.
2. O reconhecimento do caráter barroco na definição da literatura produzida no Brasil dos meados do século XVI ao final do século XVIII subverte a classificação tradicional dessa literatura, impondo-se uma nova periodização, de cunho estilístico. Aliás, como disse F. Simone em relação à literatura universal, o conceito de Barroco realizou a dissolução do esquema historiográfico tradicional.
Na dependência dos critérios vigentes em historiografia literária portuguesa, na qual os escritores quinhentistas, seiscentistas e setecentistas são habitualmente definidos como clássicos, costuma denominarem-se clássicos os autores brasileiros do mesmo período, a despeito da variedade de tipos da poesia, por exemplo, que atravessa diferentes zonas de influência, como a palaciana, a clássica, a barroca, a arcádica.
Portanto, nada mais impróprio. A palavra Classicismo, de tão difícil conceituação, chega a ser absurda quando usada para rotular manifestações literárias díspares como o renascentismo, o seiscentismo e o setecentismo, incluindo figuras como Camões, Vieira e os arcádios. Essa etiqueta impediu-nos até agora de ver claro as diferenças estilísticas entre as diversas manifestações desse longo período que vai do final da Idade Média até o Romantismo. Em verdade, chamar de clássico esse período da literatura brasileira é emprestar ao epíteto um sentido vago, baseando-o apenas no fato de serem os escritores do tempo imitadores dos clássicos antigos, o mais impreciso dos sentidos que se pode ligar à expressão; até mesmo o sentido puramente laudatório de escritor modelar é inadequado, pois, com raríssimas exceções, esses autores não podem ser assim considerados nos primeiros séculos da vida brasileira.
Se quisermos dar aos termos literários um valor crítico preciso; se, como no caso das definições periódicas, desejarmos que possuam validade objetiva não somente como um padrão de julgamento, senão também como um conceito histórico-estético para a caracterização dos espécimes artísticos de um período, é-nos forçoso restringir-lhes o sentido, tornando-os equivalentes às obras ou fatos concretos que tentam definir, sem o que, como ensina Whitmore,[3] o termo falha em fazer-nos pensar mais claramente acerca do fenômeno em causa. E fazê-los fundamentados, como insiste Whitmore, na inspeção e conhecimento dos fatos à custa de uma teoria e de atos críticos.
De modo geral, o termo Classicismo é usado para designar o movimento, iniciado na Renascença, de restauração das formas e valores do mundo antigo, mormente dos séculos de Péricles e Augusto, considerados os modelos da perfeição artística e filosófica. Mas o movimento variou conforme o país, o que o torna impreciso, do ponto de vista crítico. As várias literaturas europeias adotaram-no com significado diverso, sendo que a algumas nem pode ser aplicado, como a espanhola. O Classicismo italiano é renascentista, nos séculos XV e XVI; o Classicismo francês, luisquatorziano, o apogeu da atitude clássica, é racionalista, regulador, domado; o inglês é Neoclassicismo; o chamado Classicismo português, dos séculos XVI a XVIII, compreende a mistura de elementos renascentistas e barrocos, e por último arcádicos. Que é afinal o Classicismo, a julgar por essas experiências? Que valor definitório tem o conceito? Na própria literatura francesa, em que o termo é moeda corrente no vocabulário crítico, talvez seja mais lícito falar, como acentua Lebègue,[4] de classicismos, no plural, do que em Classicismo, levando-se em conta