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Coleção O Que É - Judaísmo
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E-book86 páginas1 hora

Coleção O Que É - Judaísmo

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Sobre este e-book

Este livro expõe os principais elementos do judaísmo; fala do papel central da Bíblia hebraica (Tanak), especialmente da Torá, na construção da mensagem espiritual da qual os judeus são os portadores; discute os significados da Terra de Israel, de Jerusalém, do Messias e do Templo de Jerusalém no universo religioso judaico; explica a importância de outros textos da tradição judaica, como o Talmude e os diversos livros ligados à Cabala; e descreve, de maneira sucinta, o calendário judaico e a natureza do serviço sinagogal.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento30 de jul. de 2021
ISBN9786558704324
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    Coleção O Que É - Judaísmo - Neto Ferreira Edgard Leite

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    Título – Judaísmo

    Copyright © Editora Lafonte Ltda. 2021

    Todos os direitos reservados.

    Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida por quaisquer meios

    existentes sem autorização por escrito dos editores e detentores dos direitos.

    Direção Editorial Ethel Santaella

    Organização e Revisão Ciro Mioranza

    Diagramação Demetrios Cardozo

    Imagem de capa Chenspec / Shutterstock

    Editora Lafonte

    Av. Profª Ida Kolb, 551, Casa Verde, CEP 02518-000, São Paulo-SP, Brasil

    Tel.: (+55) 11 3855-2100, CEP 02518-000, São Paulo-SP, Brasil

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    Venda de livros no atacado (+55) 11 3855-2275 – atacado@escala.com.br

    Edgard Leite Ferreira Neto

    JUDAÍSMO

    O vocábulo Bíblia se origina da tradução para o grego desse livro sagrado, feita em Alexandria do Egito por 72 sábios hebreus entre os séculos III e II a.C., que traduziram Tanak por Ta Biblía, ou seja, Os Livros, título que depois se propagou como Bíblia na tradução latina. Os mesmos sábios fixaram o termo Pentateuco para designar a Torá, bem como os títulos dos cinco livros que a compõem: Gênesis, Êxodo, Números, Levítico, Deuteronômio. Essa nomenclatura greco-latina foi difundida pelo cristianismo. Para facilitar a leitura,optamos por usá-la nas citações bíblicas. No restante do texto, seguimos sempre a terminologia hebraica.

    O Deus único

    A religião antiga do Mediterrâneo era, em geral, politeísta. Acreditavam os povos antigos em muitos deuses, que expressavam, na visão deles, diferentes dimensões espirituais do cosmo. Todo evento que gerava acontecimentos no universo visível era entendido como manifestação de um poder sobrenatural, específico.

    Como o universo, todo ele, repousa no mistério, todos os eventos do mundo, o mar e seus movimentos, o clima e suas alterações, a saúde e seus desafios, o amor e seus problemas, eram entendidos como emanando ou estando relacionados a divindades diferentes, que tinham intenções próprias. Diante delas buscavam-se soluções específicas. Um deus para os navegantes, outro para as chuvas, outro para as curas, outro para o amor.

    A questão é que esse politeísmo tinha implicações no entendimento humano sobre a natureza das coisas, porque a existência de diferentes fenômenos, com seus deuses específicos, supunha a existência de diferentes ordenadores no mundo.

    Os eventos que ocorriam, portanto, eram entendidos como acontecendo de forma relativamente independente uns dos outros. Muitos achavam que, a ser assim, era possível que os deuses entrassem em conflito e o mundo pudesse ser imerso em contradições devastadoras. Um dos grandes temores da Antiguidade era a possibilidade do caos se instalar no universo.

    Havia,certamente, uma grande angústia no mundo antigo, pois era difícil perceber o sentido, a harmonia e o equilíbrio como dominantes sobre a fragmentação implícita no politeísmo. Além do mais, aquela concepção das coisas comprometia a moral e a ética, gerando constante instabilidade no entendimento das condutas: estando as pessoas associadas a diferentes deuses, podiam estar ligadas a modelos éticos e morais distintos.

    Alguns, de fato, pensavam, eventualmente, no tema do Deus único. Principalmente como solução para esse quadro confuso. Tratava-se do sentimento, ou da suposição, de que todas as coisas pareciam emanar de uma única fonte sagrada. Ou, melhor, que havia em tudo uma única força divina em atuação, uma vez que, ao contrário do que se supunha, parecia que tudo possuía lógica análoga. Isso se traduzia na percepção de que era necessário acompanhar essa unicidade de sentido, que se expressava em unicidade da ordem e de fundamentos éticos e morais. E na unicidade da verdade.

    De qualquer maneira, mesmo que se aceitasse a existência desse Deus único, permanecia obscuro o que ele era, de fato. Se era algo inconsciente ou dotado de consciência. Se ele se misturava com o mundo, se estava fora e dentro dele, ou se residia em algum lugar além da realidade sensível.

    Na verdade, as implicações dessa frágil percepção só se tornarão claras no momento em que tal potência, ela própria, se manifestasse entre os homens, no curso de sua história.

    E o fará no interior de um pequeno clã de nômades que percorria as regiões entre a Mesopotâmia e o Egito, em torno de 1800 a.C. Foi entre os hebreus, primeiro para Abraão, de forma muito firme e transparente, que esse Uno se manifestou à consciência humana. E, a partir dele, para toda a humanidade.

    Assim poderemos ver, muitos anos depois, o rei dos judeus, Ezequias (?-687 a.C.), descendente de Abraão, com total lucidez e absoluta clareza, dirigir-se a esse Uno: Ó Senhor, Deus de Israel, que habitas entre os querubins, tu mesmo, só tu és Deus de todos os reinos da terra; tu fizeste os céus e a terra (2º.Livro dos Reis, 19:15).

    A revelação de Deus a Abraão irá ter um profundo significado na história. A visão que então se tinha sobre a ordem invisível que organiza o mundo deixará de ser, como era, turva. Os temores relativos ao caos serão aos poucos dissolvidos.

    A consciência irá florescer lentamente ao encontro dessa fonte harmoniosa e eterna, transmitindo ao ser humano uma sensação de harmonia e uma percepção silenciosa da eternidade. Os seres humanos crescerão espiritualmente e seus horizontes poderão se ampliar, com segurança, para além do mundo visível.

    Tanak, a Bíblia hebraica

    Aquilo que chamamos de Bíblia, isto é, o Livro, é a mais difundida e conhecida obra religiosa já escrita. Referimo-nos aqui à Bíblia hebraica, chamada Tanak, que não inclui o Novo Testamento dos cristãos. Mas devemos considerar que essa foi incorporando, ao longo dos séculos, muitos textos que guardam com ela convergência e identidade, e seu destino se tornou como que um complemento da própria Bíblia.

    O fato é que esse livro sobreviveu a todas as perseguições contra ele movidas, desde o momento em que suas primeiras partes foram escritas e publicadas. Na época em que apenas os judeus a tinham, romanos e gregos tentaram destruir a Bíblia, impedindo sua existência física. Na era cristã, imperadores romanos baixaram inumeráveis leis tentando proibi-la. Por onde se espalhou, pelo mundo, seu primeiro recebimento foi normalmente marcado pela perseguição.

    Tal rejeição tem a

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