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Menandro

autor grego da comédia nova
Nota: Esta página é sobre o autor grego. Se procura o rei indo-grego, consulte Menandro I. Se procura o pregador Cristão gnóstico, consulte Menandro (gnóstico).

Menandro (em grego Ménandros; ca. 342 a.C.291 a.C.) foi o principal autor da Comédia Nova, última fase da evolução dramática ateniense, que exerceu profunda influência sobre os romanos Plauto e, sobretudo, Terêncio. Filho de Diopeithes, de Cephisia,[1] nasceu em Atenas, numa família abastada, recebeu educação bem cuidada e acredita-se que tenha sido pupilo de Teofrasto. Viveu 52 anos.[1]

Menandro
Menandro
Nascimento década de 340 a.C.
Kephisia
Morte década de 290 a.C.
Freattyda
Cidadania Atenas Antiga
Progenitores
  • Diopeithes
  • Hegesistrata
Alma mater
Ocupação autor cômico, poeta
Distinções
Obras destacadas O Misantropo, Aspis, Encheiridion, Epitrepontes, Misoumenos, Perikeiromene, Samia, Sikyonioi
Movimento estético Nova Comédia
Causa da morte afogamento

Vida e obra

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Menandro escreveu 108 ou 109 comédias,[2] ou, segundo Apolodoro de Atenas, 105 peças, das quais oito ganharam prêmios.[1]

Ele costumava perder para Philemon, que era muito inferior como escritor, mas que usava de suborno, influência e suporte político para vencê-lo; uma vez, quando se encontraram, Menandro perguntou se Philemon não ficava vermelho de vergonha quando o vencia.[1]

As condições políticas vigentes em Atenas na época de Menandro não mais permitiam a sátira às instituições e homens públicos, característica da comédia antiga. Assim, os temas principais da comédia de Menandro são viagens, disputas familiares e amores clandestinos. Os personagens são inspirados em pessoas comuns: cozinheiros, escravos, médicos, filósofos, adivinhos e militares.

Menandro desfrutava de grande valor e até o século V d.C. era lido e comentado em todo o mundo antigo, do Egito aos confins ocidentais do Império Romano, tanto por pagãos como por cristãos. É do famoso gramático Aristófanes de Bizâncio o epigrama: "Menandro e vida! Qual de vós imita o outro?"

O apóstolo Paulo cita parte de uma peça teatral de Menandro em 1 Coríntios 15:33 "Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes".[3]

Comédias

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Busto de Menandro. Cópia romana de um original grego (c. 343–291 BC)

A primeira peça foi Orge (321 a.C.; Cólera), a que se seguiram mais de cem comédias, quase todas conhecidas apenas pelos títulos ou por fragmentos citados por outros autores antigos, dos quais os principais são: Os árbitros, A moça de Samos, A moça de cabelos cortados, O herói. A exceção é Dyskolos (O díscolo ou O misantropo), uma das oito peças premiadas, cujo texto completo, preservado num papiro egípcio, foi achado e publicado em 1958.

Peças completas ou quase completas

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  • Aspis ("O escudo"; metade, aproximadamente)
  • Dyskolos ("Díscolo" ou "O misantropo"; a única peça que sobreviveu inteiramente)
  • Epitrepontes ("Os árbitros"; maior parte)
  • Misoumenos ("O homem que ela odeia"; metade, aproximadamente)
  • Perikeiromene ("A moça dos cabelos cortados"; metade, aproximadamente)
  • Samia ("A garota de Samos"; maior parte)
  • Sikyonioi ou Sikyonios (metade, aproximadamente)

Apenas fragmentos disponíveis

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  • Georgos ("O fazendeiro")
  • Dis Exapaton ("Duplo trapaceiro")
  • Encheiridion ("Manual")
  • Heros ("Herói")
  • Hypobolimaios ("O mutante")
  • Karchedonios ("Cartaginês")
  • Kitharistes ("O harpista")
  • Kolax ("Bajulador")
  • Koneiazomenai ("Mulheres drogadas")
  • Leukadia
  • Methe ("Bebedeira")
  • Naukleros ("O capitão do navio")
  • Orge ("Cólera")
  • Perinthia ("Garota de Perinthos")
  • Plokion ("O colar")
  • Pseudherakles ("O falso Hércules")
  • Synaristosai ("As que comem ao meio dia"; "Mulheres que almoçam")
  • Phasma ("O fantasma")
  • Theophoroumene ("A garota possuída")
  • Trophonios

Ver também

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Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: Menandro

Referências

  1. a b c d Apolodoro de Atenas, Chronica, citado por Aulo Gélio, Noctes Atticae, Livro XVII, Capítulo 4 [http://www.attalus.org/translate/chronicles.html#244.0 [em linha]
  2. Aulo Gélio, Noctes Atticae, Livro XVII, Capítulo 4
  3. I Coríntios 15:33