Percival Lowell
Percival Lowell (Boston, 13 de março de 1855 — Flagstaff, 13 de novembro de 1916) foi um matemático, autor, empresário e astrónomo amador estadunidense que alimentou especulações de que existiam canais em Marte, fundou o Observatório Lowell em Flagstaff, Arizona, e formaram o início do esforço que levou à descoberta de Plutão 14 anos após sua morte. A escolha do nome Plutão e seu símbolo foram parcialmente influenciados por suas iniciais PL.[1]
Percival Lowell | |
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Percival Lowell, ca. 1904 | |
Observatório Lowell | |
Nascimento | 13 de março de 1855 Boston |
Morte | 13 de novembro de 1916 (61 anos) Flagstaff |
Sepultamento | Percival Lowell Mausoleum |
Nacionalidade | estadunidense |
Cidadania | Estados Unidos |
Progenitores |
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Cônjuge | Constance Savage Keith |
Irmão(ã)(s) | Amy Lowell, Abbott Lawrence Lowell, Katherine Lowell, Elizabeth Lowell Putnam |
Alma mater | Universidade Harvard |
Ocupação | astrônomo, matemático, empresário, escritor, empreendedor, diplomata, colecionador de plantas |
Distinções | Prêmio Jules Janssen (1904) |
Obras destacadas | Mars as the abode of life |
Causa da morte | acidente vascular cerebral |
Assinatura | |
Biografia
editarPercival Lowell nasceu no seio da distinta família Lowell de Boston. O seu irmão mais novo Abbott Lawrence Lowell foi presidente da Universidade de Harvard, e a sua irmã Amy Lowell era uma bem conhecida poeta e crítica.[2]
Percival Lowell graduou-se na Universidade Harvard em 1876 com distinção em matemática, e viajou intensivamente através do Este americano antes de decidir estudar Marte e astronomia. Estava particularmente interessado nos supostos canais de Marte, como desenhados por Giovanni Schiaparelli, director do Observatório de Milão.
Em 1894 mudou-se para Flagstaff, no estado do Arizona.[2] A uma altitude superior a 7 000 pés, e com noites com pouca nebulosidade, era o sítio ideal para observações astronómicas. Nos 15 anos seguintes estudou intensivamente o planeta Marte, fazendo o desenho intricado das marcas da superfície enquanto as tentava perceber. Lowell publicou as suas observações em três livros: Mars (1895), Mars and its Canals (1906) e Mars as the Abode of Life (1908). Desse modo apresentava a opinião de que Marte teria tido formas de vida inteligente.
A maior contribuição de Lowell para estudos planetários surgiu durante os últimos oito anos da sua vida, os quais dedicou ao então chamado Planeta X, que era a designação para o planeta atrás de Netuno. A investigação prosseguiu durante alguns anos após a sua morte em Flagstaff, ocorrida em 1916; o novo planeta, chamado Plutão, foi descoberto por Clyde Tombaugh em 1930. Os símbolos astrónomicos do planeta estão como "PL" (♇), escolhido por parte para homenagear Lowell.[1] Plutão é agora considerado um planeta anão.
O asteroide 1886 Lowell, descoberto por Henry L. Giclas e Robert D. Schaldach em 1949,[3] assim como a cratera lunar Lowell[4] e a cratera marciana Lowell,[5] foram denominadas em sua memória.
Referências
- ↑ a b Rabkin, Eric S. (2005). Mars: a tour of the human imagination (em inglês). [S.l.]: Greenwood Publishing Group. p. 95. ISBN 0-275-98719-1
- ↑ a b «Chosön, a Terra das Manhãs Calmas; um Esboço da Coreia». World Digital Library. 1888. Consultado em 12 de novembro de 2013
- ↑ Schmadel, Lutz D. (2007). «(1886) Lowell». Dictionary of Minor Planet Names – (1886) Lowell. [S.l.]: Springer Berlin Heidelberg. p. 151. ISBN 978-3-540-00238-3. doi:10.1007/978-3-540-29925-7_1887
- ↑ "Lunar crater Lowell". Gazetteer of Planetary Nomenclature. USGS Astrogeology Research Program.
- ↑ "Martian crater Lowell". Gazetteer of Planetary Nomenclature. USGS Astrogeology Research Program.
Ligações externas
editar- Obras de Percival Lowell (em inglês) no Projeto Gutenberg
- Trabalhos por Percival Lowell
- Lowell Observatory
- Percival Lowell (em inglês) no Find a Grave [fonte confiável?]
793 Arizona | 9 de Abril de 1907 |