Formação Dos Estados Nacionais - Absolutismo - Mercantilismo
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RESUMO E QUESTÕES DE VESTIBULARES
. Língua nacional: É nesse mesmo período que surgem as línguas nacionais européias.
Elas são importantes para que todos no país se entendam na fala e na escrita e o Estado
se faça presente em todo o território com uma língua comum. O surgimento das línguas
nacionais é marcado pela publicação de grandes obras literárias nacionais.
2. A unificação de Portugal:
. Uma região voltada para o mar: Também dominada pelos mouros – muçulmanos
ibéricos – assim como a Espanha, Portugal surgiu na luta de Reconquista contra os
mouros, que chegaram na península no século VIII. Desde cedo, Portugal mostrou uma
forte tendência para a pesca e o comércio, visto que era o entreposto marítimo entre as
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1. Apresentação:
A época moderna é um período de transição entre o feudalismo medieval para o
capitalismo contemporâneo. Apesar de formas de trabalho semelhantes à servidão
continuarem comuns no campo, existe uma burguesia mercantil e manufatureira com
certo poder. Em função desse quadro social complexo em que coexistem burguesia e
nobreza, existe uma forma própria de Estado, o estado absolutista e uma teoria e política
econômica de forte intervenção do Estado também restrita a esse período histórico, o
mercantilismo.
2. O Absolutismo:
. Conceituação: O nome absolutismo dá a falsa idéia de que o rei tem poderes absolutos,
totais. Na verdade, o rei serve como um ponto de equilíbrio entre os conflitos existentes
entre as classes sociais daquela sociedade – burguesia, nobreza e campesinato. Em
função desse quadro contrastante, o rei representava o poder que terminaria com todos
os conflitos. Na verdade, o rei tinha que jogar com as pressões desses grupos sociais. A
classe hegemônica daquele meio, no entanto, era a classe que se sustentava a partir do
controle da terra, ou melhor, a nobreza e o clero.
.Antigo regime: É o nome dado ao regime absolutista pelos iluministas do século XVIII
de uma forma pejorativa. Na história é sinônimo de monarquia absoluta ou absolutismo.
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. O Direito divino dos reis: Le Bret, Bodin e Bossuet são teóricos franceses que afirmam
que os reis têm uma origem divina e por isso têm a legitimidade para governar. Essa é a
principal base de sustentação teórica do regime absolutista. Portanto, a figura do rei nos
tempos modernos é sagrada.
.O Leviatã: Hobbes afirma que o homem é o lobo do homem e sem um governo forte e
coercitivo, o homem pode se destruir. Diante dessa animalidade humana, é necessário
um governo forte na mão de um rei.
. Maquiavel: Esse autor escreveu o livro O Príncipe mostrando como os reis italianos de
seu tempo agiam, como eram anti-éticos e arbitrários, mostra como eram os regimes
absolutistas de seu tempo.
3. Mercantilismo
. O que é: É a teoria e a prática econômica dos estados modernos, das monarquias
absolutas. Tem como característica fundamental a intervenção do Estado na economia
para o fomento da riqueza nacional.
Pressupõe que a riqueza não se reproduz, ela é limitada na natureza, por isso os estados
europeus vão ter longas e numerosas guerras para ter essa riqueza. Essas medidas têm o
objetivo também de fortalecer o poder dos ainda fracos Estados nascentes. Existem
ainda aspectos específicos do mercantilismo:
. Populacionismo: O poder de uma nação também era medido pela população que havia
no reino. Isso porque a população mostrava o tamanho do exército que o país podia
montar e a produção de alimentos e manufaturas que esse país podia ter, especialmente
em períodos de guerra.
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. Contraste com o liberalismo: A teoria econômica que surge no final do século XVIII e
consolida-se no século XIX, o liberalismo, nasce da crítica dessas práticas
mercantilistas. O liberalismo defende a não intervenção do Estado na economia, já que
as leis naturais do mercado regulariam automaticamente a economia.
EXERCÍCIOS
(UFMG) Questão 24: Leia este trecho, escrito por um pensador cujas idéias foram
influentes no processo de formação dos Estados nacionais na Europa Ocidental:
Há, porém, duas maneiras de tornar-se príncipe o homem comum, as quais não podem
ser inteiramente atribuídas ou à sorte ou ao merecimento, e não me parece que deva
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deixá-las de lado, embora de uma delas se possa mais extensamente falar no lugar em
que se discorrer sobre as repúblicas. São elas: quando, por qualquer forma criminosa ou
nefanda, se ascende ao principado; e quando, mediante o favor dos seus concidadãos,
torna-se alguém príncipe de sua pátria.
As idéias contidas nesse trecho podem ser associadas a
A - Maquiavel, que considerava a fortuna e a virtude fatores importantes para se
alcançar o poder.
B - Bodin, que defendeu, quando necessário, a investidura do soberano no poder por
meios ilícitos.
C - Grotius, que preconizava a existência de um Estado forte para controlar a sociedade
civil.
D - Hobbes, que pregava a afirmação da soberania de cada um dos indivíduos frente ao
Leviatã.
(CESGRANRIO/RJ) Questão 26: "... o príncipe, que trabalha para o seu Estado,
trabalha para os seus filhos, e o amor que tem pelo seu reino, confundido com o que tem
pela sua família, torna-se-lhe natural... O rei vê de mais longe e de mais alto; deve
acreditar-se que ele vê melhor..."
(Jacques de Bossuet. Política tirada da Sagrada Escritura. Livro II, 10ª. proposição e
Livro VI, artigo1º.)
O trecho acima se refere ao absolutismo monárquico, que se constituiu no próprio
modelo dos regimes políticos dos estados europeus do Antigo Regime. Apresentou
variáveis locais conforme se expandia na Europa, entre os séculos XVI e XVIII.
Entretanto, podemos identificar no absolutismo monárquico características comuns que
o distinguiam, entre as quais destacamos corretamente a:
A - implementação de práticas econômicas liberais como forma de consolidar a aliança
política e econômica dos reis absolutos com as burguesias nacionais;
B - unificação de diversas atribuições de Estado e de governo na figura dos monarcas,
tais como a prerrogativa de legislar e a administração da justiça real;
C - substituição de um tipo de administração baseada na distribuição de privilégios e
concessões régias por uma organização burocrática profissional que atuava em
atividades desvinculadas do Estado;
D - submissão política dos governos reais absolutistas à hierarquia eclesiástica,
conforme definido pela doutrina do Direito Divino dos Reis;
E - definição da autoridade dos monarcas absolutos e seus limites de poder, através da
atuação dos parlamentos nacionais constitucionalistas, controlados por segmentos
burgueses.
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(UFES) Questão 27: "A longa crise da economia e da sociedade européias durante os
séculos XIV e XV marcou as dificuldades e dos limites do modo de produção feudal no
último período da Idade Média. Qual foi o resultado político final das convulsões
continentais da época? No curso do século XVI, o Estado Absolutista emergiu no
Ocidente."
(ANDRESON, P. Linguagens do Estado Absolutista. São Paulo: Brasiliense, 1985: 15.)
Acerca das características do Estado Absolutista, não se pode afirmar que:
A - se constituía como um aparelho de dominação feudal recolocado e reforçado que, ao
manter submissas as massas camponesas, perpetuava o controle político exercido pela
nobreza sobre a sociedade;
B - se organizou a partir do incremento da autoridade pública e da crescente
centralização administrativa, acontecimentos corporificados no poder absoluto do
monarca cuja fundamentação jurídica provinha do Direito Romano;
C - empreendeu a retomada dos princípios tomistas vigentes no século XII, segundo os
quais toda e qualquer autoridade terrena deveria submeter-se á Santa Sé, razão pela qual
os soberanos absolutistas faziam contar o seu tempo de reinado a partir da sua sagração
em Roma;
D - procurou superar os particularismos regionais e promover a integração do reino, o
que significou a extensão do poder régio sobre territórios controlados de modo
autônomo pelos senhores feudais, passando os monarcas absolutistas a revestir novos e
extraordinários poderes diante da nobreza;
E - se empenhava em fortalecer a sua posição diante dos outros estados rivais por
intermédio da exportação de mercadorias, da proibição de exportação de ouro e prata e
do controle monárquico sobre a produção manufatureira e o comércio, princípios que
integravam a assim denominada "Doutrina Mercantilista".
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(UEPA) Questão 5:
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(UNIRIO/RJ) Questão 6: "Um conhecido provérbio chinês diz que uma viagem de mil
léguas começa com um curto passo. Portugal deu esse pequeno passo, em 1415, quando
D. João I e seus filhos conquistaram Cauta, praça forte mourisca do lado sul do estreito
de Gibraltar. Dentro de um século, esse pequeno passo abria o caminho até a China."
(MISKIMIN, Harry. A Economia do Renascimento Europeu, 1300 – 1600. Lisboa:
Editorial Estampa 1984, p. 159.)
A expansão ultramarina européia, desenvolvida pelos portugueses ao longo do século
XV, permitiu a superação das limitações da economia comercial do continental europeu.
A área de atuação econômica dos europeus foi nesse período transformada e ampliada
em uma escala maior que aquela de seu continente de origem. Incluiu, também, o
continente africano, ao final do século, o asiático.
Dentre tais transformações, podemos apontar, corretamente:
A - o estabelecimento de rotas comerciais lucrativas através do Atlântico sul
viabilizadas com o tráfico de escravos.
B - a concorrência comercial promovida contra Portugal por diversas cidades européias
que mobilizaram os recursos necessários a sua expansão ultramarina.
C - a fixação dos interesse econômicos dos portugueses no rico comércio da China
transformada em principal entreposto no ultramar.
D - a ocupação e colonização preferencialmente das regiões do interior da África pelos
portugueses devido à abundância de marfim e de ouro.
E - o abandono do interesse no continente africano pelos portugueses em decorrência da
descoberta de vastas extensões de terras na América.
(UEFS/BA) Questão 7:
“Ouro, Grandeza e Glória”
(Arcebispo de Canterbury)
A frase do arcebispo resume os princípios do mercantilismo, pautados na:
A - acumulação de ouro e prata pela burguesia, o que levou os reis absolutistas a se
oporem ao processo de expansão marítima, temerosos do fortalecimento do poder dos
comerciantes.
B - exploração das minas de ouro e prata na Europa, como prioridade dos Estados
absolutistas, em detrimento da exploração das matérias-primas coloniais.
C - livre concorrência como pressuposto para o desenvolvimento industrial,
enrique-cimento e fortalecimento do poder real na Europa.
D - utilização do ouro para o embelezamento das cidades, como fortalecimento do
orgulho nacional e minimização dos problemas sociais.
E - intervenção do Estado na economia, objetivando a acumulação de metais preciosos e
o fortalecimento do Estado absolutista.
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( ) Fábrica têxtil
( ) Trabalho escravo
( ) Fábricas modernas e trabalho livre
( ) Tecnologia
( ) Fábricas de quintal
( ) Analfabetismo, Império e eleições
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(PUC-MG) Questão 12: Segundo Thomas Mun, "os meios ordinários, portanto, para
aumentar nossa riqueza e tesouro são pelo comércio exterior, para o que devemos
obedecer sempre a esta regra: vender mais anualmente aos estrangeiros em valor do que
consumimos deles". O argumento apresentado acima reflete o princípio mercantilista:
A - da busca pela obtenção e acúmulo de metais nobres;
B - das vantagens comparativas no comércio internacional;
C - da manutenção de uma balança comercial favorável;
D - do equilíbrio das contas externas e redução dos gastos públicos.
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