RESUMO E QUESTÕES DE VESTIBULARES COM GABARITO SOBRE A AMÉRICA PRE-COLOMBIANA E COLONIAL Prof. Marco Aurélio Gondim (WWW - Mgondim.blogspot - Com)
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- AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA
- AMÉRICA COLONIAL
RESUMO E QUESTÕES DE VESTIBULARES
1. A América Pré-colombiana:
Diversidade: A América, antes da chegada dos europeus em 1492, era densamente
habitada. Estima-se entre 80 a 100 milhões o número de habitantes do continente
naquele período. Havia grupos em vários estágios de desenvolvimento, desde grupos
semi-nômades que usavam a agricultura de maneira não generalizada – como os índios
encontrados no Brasil – até as grandes civilizações Inca, Asteca e Maia. Os maias
tinham como organização a cidade-estado e desapareceram como civilização antes da
chegada dos europeus. Os incas e astecas se organizavam em grandiosos impérios onde
hoje ficam aproximadamente o Peru e o México. Ambas civilizações foram destruídas
pelos espanhóis.
2. A conquista e a colonização:
. O Genocídio: Se existiam por volta de 100 milhões de habitantes na América no final
do século XV, no final do século XVI, os indígenas não passavam de 10 milhões devido
à conquista européia. Foi o maior genocídio da História. As duas grandes civilizações
foram dominadas e seus complexos sistemas produtivo e político foram tomados pelos
espanhóis. Milhões de índios foram escravizados pelos conquistadores. A violência da
invasão fez também minguar e até fez desaparecer as culturas desses povos.
. Traços gerais das colonizações: Todas as dominações feitas pelos diversos povos
europeus foram marcadas pela extrema violência dos brancos e pelo objetivo maior da
colonização, o enriquecimento dos conquistadores e de seus países de origem.
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EXERCÍCIOS
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(FUVEST/SP) Questão 5:
“Podemos dar conta boa e certa que em quarenta anos, pela tirania e ações diabólicas
dos espanhóis, morreram injustamente mais de doze milhões de pessoas...”
Bartolomé de Las Casas, 1474 – 1466.
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As duas frases acima colocam como causa da dizimação das populações indígenas a
ação violenta dos espanhóis durante a Conquista da América. Pesquisas históricas
recentes apontam outra causa, além da já indicada, que foi:
A - a incapacidade das populações indígenas em se adaptarem aos padrões culturais do
colonizador.
B - o conflito entre populações indígenas, rivais, estimulado pelos colonizadores.
C - a passividade completa das populações indígenas, decorrente de suas crenças
religiosas.
D - a ausência de técnicas agrícolas por parte das populações indígenas, diante de novos
problemas ambientais.
E - a série de doenças trazidas pelos espanhóis (varíola, tifo e gripe), para as quais as
populações indígenas não possuíam anticorpos.
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A - cuatequil e esclavización;
B - Esclavitud real e trabajo criollo;
C - mita e encomienda;
D - guerra de conquista e catequese;
E - ayllu e curaca.
(UFSCAR/SP) Questão 10: Foi portanto como (...) prêmio de vitória que foram dados
os índios aos espanhóis (...) Como, depois de ganho o Novo Mundo, ficasse tão distante
do Rei, não podia de modo algum mantê-lo em seu poder se os mesmos que o tinham
descoberto e conquistado não o guardassem (...) acostumando os índios às nossas leis
(...) Segue-se que tratemos do serviço pessoal dos índios, no qual se compreende toda a
utilidade que pode obter o encomendadero do trabalho do índio.
Este texto foi escrito pelo cronista José da Costa, no século XVI. Para entendê-lo, é
importante considerar que, na sociedade colonial hispano-americana, no período da
conquista da América, os índios:
A - tinham uma posição social semelhante aos guachupines, que eram brancos pobres
trazidos da Europa para trabalhar na lavoura, com direito também de exercer ofícios
artesanais;
B - eram considerados como simples instrumentos de trabalho e podiam ser comprados,
vendidos e doados, sendo utilizados na agricultura, nas minas, no transporte de
mercadorias e nos serviços domésticos;
C - permaneceram no regime de trabalho existente antes entre os incas, chamado de
cuatequil, no qual eram submetidos a uma servidão na agricultura, com fixação na terra
e na comunidade originária;
D - foram utilizados como mão-de-obra a partir da encomienda e da mita, sendo que no
primeiro caso eram confiados a um espanhol a quem pagavam tributo sob a forma de
prestação de serviço;
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(UFMG) Questão 11: Leia este trecho:... “não somos índios nem europeus, mas uma
espécie intermediária entre os legítimos proprietários do continente e os usurpadores
espanhóis: em suma, sendo americanos por nascimento e nossos direitos os da Europa,
temos de disputar estes aos do país e mantermo-nos nele contra a invasão dos invasores
– encontramo-nos, assim, na situação mais extraordinária e complicada”.
BOLÍVAR, Simón, Carta de Jamaica, 1815.
Ao escrever esse texto, o autor refere-se à situação ambígua dos:
A - criollos, formados na tradição européia, mas identificados com o Novo Continente;
B - escravos negros americanos, que perderam seus laços culturais com a África;
C - mulatos libertos nascidos na América, divididos entre diferentes tradições culturais;
D - cholos, indígenas educados por europeus, afastados das suas raízes identitárias
originais.
(UFMG) Questão 13: Leia estes trechos em que se trata das relações de trabalho nas
colônias espanholas da América:
I. As aldeias eram distribuídas entre os conquistadores, “que passavam a explorar-lhes o
sobretrabalho sem, contudo, escravizar os índios. [...] podiam exigir tributos em gêneros
[...] ou prestações de trabalho...” Os colonizadores deveriam, em contrapartida, defender
as aldeias e evangelizar os índios.
II. “Cada comunidade deveria fornecer, periodicamente, uma quantidade de
trabalhadores para as atividades coloniais [principalmente nas minas]. [...] Pelo trabalho
[...], os índios deveriam receber um salário, parte do qual obrigatoriamente em moeda
(ou metal), a fim que pudessem pagar o tributo régio.”
III. “Na hacienda praticou-se, largamente, o sistema de endividamento de trabalhadores,
a fim de retê-los na propriedade. [...] o trabalhador recebia como salário um crédito na
tienda de raya (onde retirava alimentos, roupas, etc.), além de um lote mínimo de
subsistência.”
(VAINFAS, Ronaldo. Economia e sociedade na América Espanhola. Rio de Janeiro:
Graal, 1984. p. 61-4.)
Considerando-se as formas de exploração do trabalho indígena neles descritas, os
trechos I, II e III referem-se, respectivamente, a:
A - peonaje, ejidos e plantation;
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(UNIRIO/RJ) Questão 16: "Nos anos 1575-1600, Potosi produziu talvez a metade de
toda a prata hispano-americana. Tal profusão de prata não teria vindo à tona sem a
concomitante abundância de mercúrio de Huancavélica, que naqueles mesmos anos
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estava também produzindo como nunca havia feito. Outro estimulante para Potosi foi
claramente a mão-de-obra barata e abundante fornecida através da mita de Toledo".
(LESLIE BETHELL. (ORG) História da América Latina: A América Latina Colonial,
volume II: São Paulo: Editora da USP: Brasília: Fundação Alexandre Gusmão, 1999, p
141)
A descrição acima reflete o caráter da exploração da mão-de-obra indígena na
manutenção da produção econômica colonial, sob o regime da MITA, instaurada pelo
Vice-Rei Francisco de Toledo. Podemos definir essa forma de exploração do trabalho
como:
A - escravo, decorrente do recrutamento de grupos indígenas que pagavam tributos
coletivamente, ficando sob a guarda do colonizador que se encarregava da obrigação de
instruí-los na fé católica;
B - forçado, de origem incaica, funcionando através de recrutamento por sorteio em
suas comunidades e direcionado especialmente para as atividades intensificadas nas
mineração;
C - servil indígena, hereditário, oferecendo à Coroa espanhola impostos em troca de
benefícios individuais, tais como concessão de títulos de nobreza e doação de terras para
a agricultura;
D - individual e vitalício, recrutando mediante especialização e capacitação, produzindo
uma elite trabalhadora altamente remunerada e distanciada da maioria dos outros
trabalhadores locais;
E - trabalho livre e voluntário, adotado pela Coroa espanhola para mobilizar grandes
contingentes de desempregados que se associaram aos espanhóis e, com o passar dos
anos, os sucederam como dirigentes.
(UNESP/SP) Questão 17: Não vejo nada de bárbaro ou selvagem no que dizem
daqueles povos [da América]; e, na verdade, cada qual considera bárbaro o que não se
pratica em sua terra.
(Michel de Montaigne, Ensaios, 1580-1588)
O trecho apresentado permite concluir que:
A - a opinião do autor expressa a interpretação elaborada pelo Concílio de Trento,
responsável pela Contra-Reforma;
B - pensadores europeus deram-se conta da relatividade dos valores, hábitos e costumes
vigentes em diferentes sociedades;
C - a expansão marítima propiciou fecundo contato entre povos e culturas, com
benefícios iguais para todos os envolvidos;
D - o conhecimento de outras regiões do globo colaborou para reafirmar a versão bíblica
da criação;
E - os primeiros europeus que chegaram à América, sob influência do Iluminismo,
respeitaram a diversidade cultural.
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(UEL/PR) Questão 19: A política dominante nas colônias inglesas na América do Norte
foi marcada, dentre outros fatores:
A - pelo extermínio sistemático das tribos indígenas;
B - pelo monopólio da produção de alimentos para exportação;
C - pelo uso generalizado de mão-de-obra assalariada;
D - pela exploração em larga escala de metais preciosos;
E - pela ocupação exclusiva das regiões interioranas.