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Independência Do Brasil - 8º Ano

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Os debates para a independência

Enquanto a Revolução do Porto (1820), forçou o


regresso de D. João VI, o Brasil ficou sob a administração
de D. Pedro de Alcântara.
No entanto, as cortes portuguesas exigiam o retorno
do príncipe e a imediata recolonização do Brasil.
Havia duas facções:
Facção brasileira Facção portuguesa
-Tanto conservadores, quanto radicais não -Era formada por portugueses
aceitavam a recolonização. proprietários e comerciantes
- Eram grandes proprietários de terras, prejudicados com os acordos comerciais
burocratas (funcionários) e comerciantes com a Inglaterra.
brasileiros. - queriam a recolonização do Brasil e a
- Queria uma monarquia constitucional obediência às cortes em Portugal.
ou república.
A presença de D. Pedro no Brasil garantia
autonomia. O príncipe resistia às pressões das cortes
portuguesas. A aliança entre D. Pedro e as elites no
Brasil foi reafirmada com o “Dia do Fico”, em 9 de
janeiro de 1822.

Para resistir as ordens das cortes portuguesas, D.


Pedro decretou o “Cumpra-se”, que significava que
todas as ordens vindas de Portugal precisavam antes
passar por sua aprovação no Brasil.
No dia 7 de setembro de 1822, em viagem à São Paulo, próximo as margens do
riacho Ipiranga, D. Pedro recebeu uma carta de Portugal exigindo seu regresso e
limitando seus poderes no Brasil e outras duas de José Bonifácio e da princesa
Leopoldina aconselhando-o a romper e fazer a independência.
GUERRAS DE
INDEPENDÊNCIA
Algumas províncias do Brasil foram fiéis às cortes
de Lisboa:

Bahia – julho 1823


Maranhão – agosto 1823
Grão-Pará – outubro 1823
Cisplatina – novembro 1823

Consequências: D. Pedro I contratou navios e


mercenários. Guerra do Exército Brasileiro para expulsar
o português.
RECONHECIMENTO DA
INDEPENDÊNCIA
A independência precisava ser reconhecida
internacionalmente:

EUA – “doutrina Monroe” – 1824


(a América para os americanos)

Inglaterra – interesses econômicos – empréstimos


(Mercado consumidor)

Portugal – indenizado – 1825


(intermediação inglesa com empréstimo para o Brasil)
CONSTITUIÇÃO
D. Pedro reuniu uma assembléia constituinte
formado por deputados eleitos por voto censitário
(homens ricos). Nesse projeto estavam presentes os
ideais iluministas e o liberalismo. Então:

o poder legislativo ficava acima dos demais


o Imperador estava incluído no poder executivo e
não podia vetar as leis do legislativo.

Consequências: vendo seu poder ameaçado D. Pedro I


dissolve a assembléia com prisões e exílios.
CONSTITUIÇÃO
Este primeiro projeto constituinte tinha a frente os irmãos
Bonifácio e veio a ser conhecida como Constituição da mandioca,
devido ao modo com que instituiu o voto indireto censitário:

Os eleitores tinham que provar uma renda mínima em


alqueires de plantação de mandioca.

Alguns historiadores consideram que a mandioca não


representava apenas a quantidade de terra do eleitor, mas
também a quantidade de escravos que o mesmo possuía, visto
que a mandioca era o alimento básico dos escravos e
trabalhadores rurais da época.
CONSTITUIÇÃO
Dissolvida a Assembléia Constituinte, D. Pedro I convocou
um Conselho de Estado formado por dez homens de sua
confiança. Assim a Constituição de 1824 foi aprovada com as
seguintes alterações em relação ao projeto anterior:

✔ Criação do Poder Moderador


representado por D. Pedro, que
tinha total poder sobre os demais
poderes.

(legislativo, executivo e judiciário.)


PRINCIPAIS PONTOS DA CONSTITUIÇÃO
1º O governo era uma monarquia unitária e hereditária;
2º A existência de 4 poderes: o Legislativo, o Executivo, o Judiciário e
o Moderador, este acima dos demais poderes, exercido pelo Imperador;
3º O Estado adotava o catolicismo como religião oficial. As outras religiões
permitidas com seus cultos domésticos, sendo proibida a construção de
templos com aspecto exterior diferenciado;
4º Define quem é considerado cidadão brasileiro;
5º As eleições eram censitárias e indiretas;
6º Submissão da Igreja ao Estado, inclusive com o direito do Imperador de
conceder cargos eclesiásticos;
7º O Imperador era inimputável (não respondia judicialmente por seus
atos).
8º Por meio do Poder Moderador, o imperador nomeava os membros
vitalícios do Conselho de Estado, os presidentes de província, as
autoridades eclesiásticas, o Senado vitalício. Também nomeava e suspendia
os magistrados do Poder Judiciário, assim como nomeava e destituía os
ministros do Poder Executivo.
RUPTURA OU CONTINUIDADE

Há um debate sobre o significado da independência, ela foi


uma ruptura mesmo ou apesar da separação continuou-se com
o modelo anterior colonial?

Para muitos historiadores a independência foi uma


“continuidade” pois continuamos com a monarquia e a economia
agroexportadora.
Para Caio Prado Júnior, a independência foi “revolução
conservadora” uma ruptura porque os interesses das elites
brasileiras chocava-se com os portugueses.
A independência está inserida nas transformações do cenário
internacional. No Brasil uma nova classe dirigente surgia – os
grandes proprietários escravistas.

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