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Salv Altura - Vol 1 - 2a Ed

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AUTORIZAO PARA USO: Aos usurios deste material permitida a sua cpia parcial ou total, desde que tenha

a finalidade meramente informativa e educativa. permitida a utilizao desta apostila pelas instituies militares coirms, desde que para fins de instruo. No permitida a reproduo parcial ou total dessa apostila com finalidade comercial, no sendo, portanto, permitida a comercializao desse material sem a prvia autorizao do autor. No permitido aos usurios realizar modificaes no texto e/ou figuras contidas nesse material.

ILUSTRAES E PROJETO GRFICO


Aspirantes 2010: Cad BM Ayres Luciano Da Silva Cad BM Bruno Frana Gonalves Cad BM Caetano Barbosa Amaral Cad BM Christian Coelho Cordeiro Cad BM Cristiano Antnio Soares Cad BM Dbora Cristina C. Brando Cad BM Dilson Veloso Dias Jnior Cad BM Douglas Morau Briel (ES) Cad BM Eduardo Rodrigo Simes Cad BM Elias Simo Cad BM Jonas Braga Linke Cad BM Jos Adilson Toledo Cad BM Leonardo Piekarz Cad BM Lucas Alves Pacheco Cad BM Magno Eloizio Da Silva Cad BM Marcia Martins Correia Cad BM Ngela Lamim Da Silva Cad BM Natanael Silva De Oliveira (ES) Cad BM Rafaella Romer T. Gomes Cad BM Raphael Nardoto Barboza (ES)

Cad BM Eduardo Felipe A. Dos Santos Cad BM Olintos A. Cury De Almeida

Cad BM Eliseu Washington G. Marques Cad BM Roberto Sales Marangon Cad BM Fabiane Cruz P. Da Silva (ES) Cad BM Rodolfo Kroehling De Moura Cad BM Fabricio Eduardo Dalfior Cad BM Fabrcio Nelson Lacerda Cad BM Gustavo Moraes Falco Cad BM Heitor H. Lube Da Silva (ES) Cad BM Johnny Franco De Oliveira Cad BM Rodrigo Das Mercs Gomes Cad BM Shirley De Carvalho Neves Cad BM Vincius Bonfim Fulgncio Cad BM Wanderson Lopes De Castro Cad BM Wilker Tadeu Alves Da Silva

Dedico esta singela apostila a todos os militares do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais e de instituies co-irms que cumprem o juramento de abrir mo da prpria vida para que os outros possam viver.

AGRADECIMENTOS Aos meus alunos dos diversos cursos, em especial o Curso de Salvamento em Altura (CSAlt), os quais atravs da incessante busca do conhecimento e do brilho nos olhos, caractersticos de quem acredita que todo salvamento pode ser possvel, sempre me incentivaram a escrever algo com o intuito de somar conhecimento, ainda que fosse da maneira mais simplria. Aos Cadetes do Curso de Formao de Oficiais Bombeiros Militares (CFO BM), Aspirantes de 2010, pelo empenho em ilustrar esta apostila e de ceder suas imagens para que sirvam de fonte de consulta de outros militares, lanando uma semente para o engrandecimento do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. Ao Sr. Coronel BM Roberto Lopes de Oliveira Filho, atual Diretor de Ensino do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, pelas tentativas de reconhecer minhas apostilas como trabalho tcnico profissional e pela incluso delas como fonte de consulta dos diversos concursos internos, quando era o Diretor de Recursos Humanos

melhor acender uma vela que amaldioar a escurido. (Autor desconhecido)

SUMRIO
INTRODUO ........................................................................................ - 01 CAPTULO 1 SEGURANA NAS OPERAES ................................ - 03 CAPTULO 2 NS E AMARRAES .................................................. - 05 2.1 - Ns de Extremidades ......................................................... - 06 - Ns Simples ................................................................ - 06 - N em Oito .................................................................. - 06 - N de Frade ................................................................ - 07 2.2 - Ns de Juno ou Emenda ................................................ - 07 - N Direito .................................................................... - 07 - N de Escota Simples ................................................. - 08 - N de Escota Dupla .................................................... - 08 - N de Fita .................................................................... - 09 - N Pescador Simples .................................................. - 09 - N Pescador Duplo ..................................................... - 10 2.3 - Ns Alceados ..................................................................... - 11 - N Aselha Simples ...................................................... - 11 - N Aselha em Oito ...................................................... - 11 - N Aselha Dupla ......................................................... - 12 - N Aselha em Oito Direcional ..................................... - 13 - N Lais de Guia Simples ............................................. - 13 - N Lais de Guia Duplo ................................................ - 14 - N Borboleta ............................................................... - 24 2.4 - Ns de Arremate ................................................................ - 15 - N de Pescador Simples ............................................. - 15 - N de Pescador Duplo ................................................ - 15 - N Cote ....................................................................... - 15 2.5 - Ns de Ancoragem ............................................................ - 16 - N Boca de Lobo ........................................................ - 16

- N Fie .......................................................................... - 17 - N Lais de Guia Duplo ................................................ - 17 - N de Aselha Dupla ..................................................... - 12 2.6 - Ns Autoblocantes .............................................................. - 18 - N Prusik ..................................................................... - 18 - N Machard ................................................................ - 19 . - N Blocante Clssico .................................................. - 19 2.7 - N de Segurana ................................................................ - 20 - N UIAA ....................................................................... - 20 2.8 - Assento improvisados e Ataduras de Peito ........................ - 20 - Assento Americano ..................................................... - 21 - Assento Austraco ....................................................... - 22 - Atadura de Peito Padro EB. ....................................... - 22 . - Atadura de Peito Padro Espelelogos ....................... - 23 2.9 - N de Reforo .................................................................... - 24 - N Borboleta ................................................................ - 24 . 2.10 - N de Tracionamento ....................................................... - 25 - N Paulista .................................................................. - 25

CAPTULO 3 EQUIPAMENTOS ................................................. - 26


3.1 - Cadeirinha .......................................................................... - 27 3.2 - Capacete ............................................................................ - 29 3.3 - Luvas .................................................................................. - 29 3.4 - Mosquetes ........................................................................ - 30 3.5 - Freios .................................................................................. - 31 3.6 - Corda .................................................................................. - 32 3.7 - Cordins ............................................................................... - 34 3. 8 -Fitas .................................................................................... - 34

CAPTULO 4 PROCESSOS DE ENROLAR CORDAS .............. - 35


4.1 - Prontido ............................................................................ - 35 4.2 - Corrente Dupla ................................................................... - 36 4.3 - Corrente Tripla .................................................................... - 37 4.4 - Andino ................................................................................. - 38 4.5 - Mochila ............................................................................... - 39

CAPTULO 5 EQUILBRIO NO PRTICO ................................. - 40 CAPTULO 6 ROTAS DE FUGA ................................................ - 43


6.1 - Cabo Areo ......................................................................... - 43 6.2 - Tirolesa ............................................................................... - 46 6.3 - Rapel .................................................................................. - 47 - Rapel de Patamar em Patamar ................................... - 49 - Rapel em Negativo ...................................................... - 49 - Rapel com Auto-segurana ......................................... - 49

CAPTULO 7 ESCALADA EM ROCHA ...................................... - 51 GLOSSRIO ................................................................................. - 54 REFERNCIAS ............................................................................. - 63

INTRODUO
Dentre as inmeras atividades realizadas pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) encontram-se os trabalhos em altura, que esto ligados rea de salvamento, denominada na corporao como SALVAMENTO EM ALTURA. Como caracterstica marcante de tal atividade temos o fato do bombeiro ter que atuar em um ambiente de trabalho incomum para o ser humano que terrestre por natureza. Mister se faz ento que se adapte e, para isso, precisa treinar muito, at que aprenda a controlar o medo, que deve sempre existir, caso contrrio o profissional de salvamento pode vir a sofrer srios acidentes ou colocar a vida de outros em perigo. No Manual de Atividades de Bombeiro (MABOM), utilizado no CBMMG, temos na p. 111 o conceito de altura bem como as atividades que pertencem a esse grupo. Vejamos: Como altura inclumos todos os locais de trabalho em que o homem no possa estar apoiado diretamente sobre o plano do terreno. Assim consideramos pertencer a este grupo: a)Os trabalhos desenvolvidos em torres, rvores e lado externo das edificaes; b)Os trabalhos em que o homem opera suspenso no ar, preso apenas por cabos e cordas; c)Os trabalhos em encostas ngremes do terreno, com auxlio de cabos e cordas; d)Os trabalhos em profundidades, tais como poos, valas e similares. 01
Atividades de salvamento em altura no 2BBM

Por outro lado, tambm temos exemplos trgicos resultantes de acidentes gerados, em sua maioria, por negligncia ou por emprego de tcnicas que, posteriormente foram comprovadas como inadequadas. Destarte, o objetivo desta apostila apresentar a primeira parte da matria de Salvamento em Altura referente ao primeiro ano do Curso de Formao de Oficiais BM (CFO BM) conforme plano de disciplina a qual tambm serve para aqueles militares que tm o primeiro contato com tcnicas verticais de salvamento, como os alunos do Curso de Formao de Soldados Bombeiros Militares (CFSd BM). O objetivo desse primeiro mdulo ser a preparao tcnica, fsica e psicolgica dos alunos para atuarem fora do plano do terreno, fazendo com que tenham contanto com tarefas bsicas executadas pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais nas atividades de Salvamento em Altura. Por fim, no podemos nos esquecer da mxima que deve imperar durante todo o treinamento e no atendimento a ocorrncias:

SEGURANA ACIMA DE TUDO.

Procedimentos de segurana para a realizao das atividades de salvamento em altura

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CAPTULO 1 SEGURANA NAS OPERAES


Nas operaes de bombeiro, essencial dedicarmos um cuidado especial segurana. No se pode conceber a realizao de um trabalho ou instruo seguros quando estes se realizam em torno de equipamentos cuja segurana duvidosa ou mesmo, quando o prprio bombeiro despreza princpios de segurana. Escreveu o Cel Kassad Falco: Trabalhar com conscincia, preciso e mtodo trabalhar com segurana. (Manual de
Figura 03 Atividades de salvamento realizadacom segurana

Atividades de Bombeiros MABOM, 1 edio, 1985, p. 112). Para realizarmos atividades de resgate de vtimas utilizando tcnicas de Salvamento em Altura faz-se necessrio observarmos a todo instante alguns princpios bsicos de segurana. Tais princpios, de to bsicos, muitas vezes so ignorados pelos socorristas fazendo com que aqueles que tinham a misso de salvar vidas passem a precisar do salvamento, tornando-se vtimas (isso quando no acontece o pior). Seguem abaixo as maneiras mais comuns de se garantir a segurana nas operaes de Salvamento em Altura1: 1-Nunca se deve permitir que apenas um elemento execute a operao. 2-Os equipamentos devem ser checados e avaliados antes e depois de qualquer tipo de trabalho.
Checagem de equipamento antes da realizao da atividade de salvamento em altura

3-Aps a colocao ou vestimenta de qualquer equipamento, deve-se fazer uma checagem dos 03

RIO DE JANEIRO. Corpo de Bombeiros Militar. Manual de Salvamento em Altura. 1 edio, 1991, p. 81.

mesmos. 4-Nunca alterar os procedimentos operacionais, sem prvio conhecimento dos integrantes da guarnio. 5-todas as amarraes e fixaes de equipamentos, devem ser muito bem checadas e vigiadas. 6-Sempre que se estiver trabalhando em locais elevados, como por exemplo, peitoris de janelas e parapeitos de edifcios, o homem deve estar preso a um ponto fixo, por meio de um cabo solteiro ou fita tubular. 7-Os elementos da guarnio que estiverem empenhados no controle de velocidade das cordas de descida ou cordas guias, sempre devero usar luvas e posicionarem-se de maneira a dar sustentao s mesmas. 8-Nas transposies de cabos horizontais ou inclinados alm do equipamento que deslizar sobre a corda, o homem dever estar garantido por um sistema em separado. 9-No deve ser permitida a ajuda ou interferncia da vtima no processo de salvamento, a no ser em situaes extraordinrias.
Atividade de rapel realizada com segurana

Lembre-se: A GRAVIDADE NO DORME.

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CAPTULO 2
NS E AMARRAES

No h como falar em Salvamento em Altura sem pensar nas cordas. Por conseqncia, no h como pensar nelas sem falar dos ns e amarraes. Por n entendemos todo e qualquer arranjo feito com cordas, fitas ou similares e que se destina a um fim, ainda que apenas de decorao. Como profissionais de salvamento, no entanto, interessam-nos apenas aqueles ns que tm alguma utilidade prtica, conhecidos como ns de trabalho. Os decorativos no sero estudados e podem ser encontrados nos diversos livros de ns venda em livrarias As principais caractersticas dos ns so: FCIL CONFECO, CONFIABILIDADE e FCIL SOLTURA. Assim, quando da utilizao dos diversos modelos de ns, devemos nos preocupar, sempre, em fazer o mais fcil e confivel no esquecendo que aps os trabalhos teremos que recuperar a corda, e, por isso, o n dever ser fcil de desfazer-se. No podemos esquecer que a rapidez tambm deve ser levada em considerao. Por isso no adianta treinarmos ns muito complicados. Nas prximas pginas apresentaremos ento alguns dos principais ns utilizados no CBMMG, com o respectivo mtodo de confeco. bom salientar que a nomenclatura utilizada foi baseada no linguajar tcnico de nossos bombeiros, o qual foi difundido atravs dos anos. Com isso, caso algum adquira um livro sobre ns, observar com facilidade que os nomes podem divergir de um autor para outro. Em caso de dvida quanto s terminologias utilizadas, consulte o glossrio, ao final desta apostila. 05

2.1 - NS DE EXTREMIDADES So os ns confeccionados nas extremidades das cordas, com finalidades diversas, tais como arremate ou preparao para outros ns. Nessa categoria temos os seguintes ns: SIMPLES, EM OITO e FRADE. N Simples o mais simples de todos os ns, sendo mais conhecido por N Cego. Ser utilizado como base para o N de Fita. Pode ser usado tambm para melhorar a pegada numa corda quando esta utilizada como apoio para a escalada a determinado ponto (LEPAR). Para tanto, um dos mtodos de confeco dos ns na corda pelo processo de fradear a corda.

N em Oito Tambm conhecido por Alemo. Ser usado como base para a Aselha em Oito pela Ponta ou para confeco da Aselha Dupla em Oito.

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N de Frade Utilizado basicamente para falcaar as pontas das cordas. Tambm serve como base para o Assento Americano quando passamos o cabo solteiro em volta da cintura e damos as duas voltas com a corda, que nada mais do que o n em questo.

2.2 - NS DE JUNO OU EMENDA Ns utilizados para unir as pontas das cordas. N Direito Utilizado para unir cordas de mesmo dimetro. Deve obrigatoriamente ser arrematado, pois quando frouxo desfaz-se com relativa facilidade. Ser utilizado como finalizao do Assento Americano.

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N de Escota Simples Seu uso destina-se a unio de cordas de mesmo dimetro ou de dimetros diferentes. Normalmente o utilizamos quando precisamos iar uma corda at determinado ponto atravs do uso de uma retinida que lanada at o cho.

N de Escota Dupla Tem a mesma finalidade do N de Escota Simples, com a nica e principal diferena de aumentar a segurana evitando-se que o n se desfaa. Em cordas molhadas o ideal. Vale ressaltar que no MABOM o desenho do n de Escota Dupla diferente de todas as outras bibliografias estudadas. Nele previsto que a corda envolva duas vezes a ala da outra corda e o chicote posteriormente sendo introduzido entre as voltas de corda. O correto, segundo a maioria dos autores, o n da ilustrao abaixo onde o chicote passa duas vezes dentro da ala.

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N de Fita Tambm conhecido como N Duplo, utilizado na maioria das vezes para unir as pontas de fitas tubulares e/ou planas, formando anis de fitas. Serve tambm para unir cordas, mas pouco utilizado para esse fim. Em nosso caso especfico utilizaremos tal n para unir pedaos de fitas formando anis que sero utilizados como estropos que podero ser usados nas ancoragens.

N Pescador Simples confeccionado basicamente fazendo-se um n simples sobre outra corda e vice-versa. Utilizado para unir cordas de mesmo dimetro e nos arremates quando no for possvel realizar o n Pescador Duplo devido ao comprimento insuficiente do chicote.

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Pescador Duplo N de arremate. o mais utilizado e confivel. Serve tambm para unir cordas de mesmo dimetro. Ser usado principalmente para unir as pontas dos cordins formando cordeletes. Uma vez acochado fica difcil de descoxar. Recomenda-se ento que, quando for unir duas cordas de mesma bitola, faa-se primeiro um N Direito ou Escota Dupla e, depois sim, o Pescador Duplo, como arremate.

Alguns autores sugerem a unio das pontas do cordim atravs do n em Oito induzido, como se fosse o N de Fita, para facilitar a soltura aps o uso.

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2.3 - NS ALCEADOS So aqueles ns que formam uma ou mais alas para empregos diversos, como por exemplo, o uso em estribos. N Aselha Simples Nada mais do que um N Simples realizado com o seio de uma corda. Destina-se a ancorar a corda em determinado objeto pontiagudo ou na confeco de estribos. Seu inconveniente o fato de que, aps submetido a tenso, fica difcil de desfazer-se. Pode ser feito pelo seio ou pela ponta (induzido).

N Aselha em Oito Confeccionado como o N em Oito (ou Alemo), s que pelo seio de uma corda. Sua vantagem em relao ao N de Aselha Simples que possui fcil soltura depois de submetido tenso. Pode ser feito pelo seio ou pela ponta (induzido). um dos ns mais utilizados nos encordoamentos s cadeirinhas (baudrier) por ser um dos mais seguros. Alguns o citam como sendo Aselha Dupla, o que parece incorreto, pois aps confeco tem-se apenas uma ala.

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N Aselha Dupla A doutrina de um modo geral no apresenta uma definio exata do que seja uma Aselha Dupla. Assim sendo, iremos considerar tal n como sendo aquele que proporciona duas alas para serem empregadas em trabalhos diversos e usaremos como bibliografia a Apostila do Estgio Bsico do Combatente de Montanha, 2 edio, 2000, do 11 Batalho de Infantaria de Montanha do Exrcito Brasileiro. Tal n feito tendo como base a Aselha em Oito. Sua principal vantagem o fato de possuir duas alas, que podem ser usadas em ancoragens onde haja dois pontos de fixao da corda ou para termos uma ancoragem mais slida quando formos rapelar com corda dupla. Tambm denominado de Aselha Dupla em Oito.

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N Aselha em Oito Direcional Trata-se de um n de Aselha que aps concludo deixa uma ala paralela corda, o que facilita o tracionamento da corda atravs da tcnica do Polipasto em Z (sistema de reduo de foras tambm conhecido por N Paulista ou N de caminhoneiro que proporciona um vantagem mecnica de 3:1).

N Lais de Guia Simples Trata-se de um dos ns mais antigos utilizados por escaladores os quais, antes do invento das cadeirinhas, o atavam ao peito para se protegerem em caso de queda (ficavam pendurados pelo peito numa posio bem incmoda e que impunha um risco de vida caso no fossem resgatados rapidamente). No sendo arrematado torna-se um n perigoso sendo apontado como o culpado por alguns acidentes em altura. A prova disso que foi substitudo pelo N Aselha em Oito pela ponta na fixao de corda na cadeirinha (encordoamento). Sua principal vantagem possuir fcil soltura mesmo depois de submetido a grandes tenses.

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N Lais de Guia Duplo Muito utilizado nos encordoamentos, pois mesmo aps ser submetido tenso possui fcil soltura. Por isso deve ser obrigatoriamente arrematado, preferencialmente com o N de Pescador Duplo. Quando feito pelo seio conhecido entre os bombeiros como Balso pelo Seio de Duas Alas.

N Borboleta Ser utilizado no tracionamento de cordas atravs do princpio do N Paulista, por ser fcil de desfazer-se depois de submetido tenso. Ver n de reforo.

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2.4 - NS DE ARREMATE Como o prprio nome indica, so aqueles ns utilizados para arrematar outros ns evitando que se desfaam e, portanto, aumentando a segurana. N de Pescador Simples Ver confeco e caractersticas na subunidade referente a ns de juno ou emenda. N de Pescador Duplo Ver confeco e caractersticas na subunidade referente a ns de juno ou emenda. Uma observao a se fazer que quando se utiliza apenas uma das partes do n como arremate, pode ser denominado de Meio Pescador Duplo. N Cote Nada mais do que um N Fiel confeccionado com o chicote da corda que sobra do n principal feito na outra corda. Detalhe: quando o desenho do n assemelha-se ao N Boca de Lobo, o n no deve ser considerado como Cote.

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2.5 - NS DE ANCORAGEM So os ns mais importantes a serem utilizados uma vez que na ancoragem que depositamos nossa vida. Com treinamento e prtica possvel confeccionar os ns aqui apresentados tanto pelo seio quanto pela ponta (induzidos). N Boca de Lobo Quando feito pela ponta deve ser arrematado sob pena de desfazer-se quando submetido tenso. Seu uso mais comum pelo seio da corda ou fita. utilizado para fixao dos anis de fita cadeirinha. Seu ponto negativo que, ao ser submetido tenso, realiza um efeito guilhotina sobre si mesmo, reduzindo em muito a resistncia da corda (cerca de 55%). Pelo Seio

Pelo chicote

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N Fiel Trata-se do n mais conhecido no CBMMG e a prova de adestramento no tocante a confeco de ns reside justamente no fato do bombeiro conseguir confeccion-lo em condies mais adversas possveis, como de olhos vendados, na perna, etc. um n muito utilizado no montanhismo, porm alguns profissionais o contra indicam sob a alegao de que depois de confeccionado e sob tenso, as cordas se sobrepem fazendo um efeito guilhotina (mordendo). No obstante isso um n extremamente confivel e de fcil confeco, podendo inclusive ser feito num mosqueto com apenas uma das mos, caso a outra esteja ocupada. Sendo confeccionado e tencionado sobre uma superfcie lisa e cilndrica, pode correr com carga aproximada de 400 kgf. Da a importncia do arremate quando o n for feito pela ponta. Pelo seio

Pelo chicote

N Lais de Guia Duplo Ver ns alceados. Seu principal inconveniente em ocorrncias reais a demora na confeco. 17

Nos treinamentos, quando houver tempo para preparar o local de instruo, o n mais indicado para as ancoragens, pois fcil de desfazer-se aps ser submetido tenso. o preferido por escaladores por ser fcil de desfazer-se depois de submetido tenso, no encordoamento da cadeirinha. N de Aselha Dupla Ver ns alceados. 2.6 - NS AUTOBLOCANTES Pertencem a esse grupo os ns que se travam sozinhos (automaticamente) quando submetidos tenso. Tais ns so empregados quando preciso subir por determinada corda e no se dispem de blocantes mecnicos. Sero utilizados tambm nas pseudo-equalizaes. N Prusik Erroneamente chamado de N Prssico, o n autoblocante mais antigo que existe e seu nome foi emprestado de seu inventor, um msico chamado Karl Prusik. Trata-se de um n muito utilizado em auto-resgates. Sua vantagem reside no fato de que pode ser confeccionado at mesmo com uma s mo e que se trava em qualquer direo que for puxado. Alguns autores recomendam apenas duas voltas em sua confeco. Por questes de segurana, padronizaremos, no mnimo, trs voltas.

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N Machard Tambm muito fcil de ser confeccionado, substitui altura o N Prusik. Embora fique travado em ambas as direes, classificado como n unidirecional (deve ser tracionado no sentido oposto ala).

N Blocante Clssico Tambm conhecido como French Prusik, Machard pelo Seio ou Machard Bidirecional. um n muito fcil de ser confeccionado e de ser afrouxado aps receber carga. Sua caracterstica principal a de aumentar em 200% a carga de ruptura do cordelete, uma vez que este utilizado de forma que fique dobrado, ou seja, o mosqueto introduzido nas duas alas. Com isso, um cordelete que tenha CR de 750 kgf, p.ex., passa a suportar carga de 1500 kgf, desde que o n seja confeccionado com um nmero de voltas suficiente.

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2.7 - N DE SEGURANA Trata-se de um n muito utilizado por escaladores para substituir o aparelho de frenagem durante a segurana na escalada. Para o bombeiro sua principal funo servir como uma opo de fortuna para realizao do rapel quando houver perda do aparelho de frenagem e se dispuser apenas de um mosqueto. N UIAA De to confivel, recebeu o nome da Unio Internacional das Associaes de Alpinismo. Tambm conhecido por N Dinmico, serve como freio durante a segurana na escalada ou durante um rapel de emergncia. Seu inconveniente que o princpio de funcionamento baseia-se no atrito gerado pela frico de duas partes da mesma corda numa pea metlica. Com isso, num uso constante, a corda poderia vir a se romper (isso no caso especfico do rapel). Lembre-se que ele para uma emergncia.

2.8 - ASSENTOS IMPROVISADOS e ATADURAS DE PEITO Tratam-se de assentos feitos de fitas ou cordas que substituem a cadeirinha (baudrier) num caso de emergncia ou para situaes especficas. No proporcionam conforto e segurana adequados, mas devem ser aprendidos pelo bombeiro que deve saber confeccion-lo inclusive numa vtima. Existe uma infinidade de modelos de assentos improvisados. Vamos nos ater aos principais que j so utilizados pelo CBMMG h anos. 20

J a atadura de peito consiste num arranjo de cordas feito na altura do trax e serve de complemento para a segurana principal realizada pelo assento improvisado ou cadeirinha. Assento Americano Como j foi citado, trata-se de um arranjo de corda ou fita que substitui a cadeirinha em casos de emergncia. Para sua confeco normalmente utilizamos um pedao de corda de aproximadamente 4,50 m de comprimento por mais ou menos 10 mm de dimetro, o qual denominamos Cabo Solteiro. Um aspecto importante a ser observado que ao final da confeco do assento ele deve ser finalizado com um N Direito e arrematado com dois Ns de Pescador Duplo somente na corda onde for realizado o n de juno (N Direito).

Fotos do passo a passo do assento Americano

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Continuao das fotos do assento Americano

Assento Austraco confeccionado atravs de um anel formado unindo-se as pontas do cabo solteiro com o N de Pescador Duplo. Apesar de menos confortvel que o Assento Americano, principalmente para os homens, uma opo rpida num caso de emergncia.

Fotos do passo a passo do assento Austraco

Atadura de Peito Padro EB Adotaremos o padro do Exrcito Brasileiro confeccionando a atadura a partir do N de Aselha Simples, finalizando com um N Direito do lado oposto mo de frenagem e arrematando com N Pescador Duplo.

Fotos do passo a passo da atadura de peito padro EB

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Continuao das Fotos da atadura de peito padro EB

Atadura de Peito Padro Espelelogos Bastante fcil de montar. Utiliza-se um anel de fita que ao ser torcido formando um oito, introduzido nos braos e posteriormente girado sobre a cabea para que o X fique nas costas. Para finalizar unem-se as alas com um mosqueto altura do trax.

Fotos do passo a passo da atadura de peito padro Espelelogos

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2.9 - N DE REFORO N utilizado para reforar uma corda que esteja com algum dano provocado por atrito ou corte. No CBMMG existe a cultura de se utilizar o N Catau, porm, um n no muito confivel. N Borboleta um n que forma uma ala isolando a parte danificada da corda e permitindo seu uso sem risco algum. Apresenta-se melhor do que o N Aselha pelo seu desenho que permite que as pontas da corda fiquem na mesma direo quando sob tenso. Tambm ser utilizado como n alceado, para tracionamento de Cabos Areos e Tirolesas.

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2.10 - N DE TRACIONAMENTO Utilizado quando h necessidade de se aplicar tenso a uma corda (cabo areo, tirolesa, etc.). N Paulista N bastante conhecido dos caminhoneiros por facilitar o arranjo da carga na carroceria do caminho. Como o atrito de corda com corda no recomendvel, deve-se confeccionar o n utilizando mosqueto ou o freio em oito.

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CAPTULO 3
EQUIPAMENTOS
Para a realizao das atividades de Salvamento em Altura faz-se necessria a utilizao de equipamentos com caractersticas especficas inerentes atividade quais sejam: LEVEZA, RESISTNCIA TRAO e PRATICIDADE. Como o socorrista em altura ter que levar, consigo, uma grande quantidade de equipamentos, estes devem ser construdos com os materiais mais leves possveis, para diminuir o peso a ser transportado. Por outro lado, embora leve, o equipamento deve ser resistente trao, pois dever suportar cargas elevadas, como por exemplo, os pesos do socorrista e da vtima. Finalmente, aliado leveza e resistncia trao, o equipamento deve ser prtico, ou seja, fcil de ser manuseado em condies de extremo estresse, uma vez que, normalmente, no atendimento a ocorrncias, o socorrista tem muitas preocupaes e, no pode perder tempo com equipamentos muito complicados. Dentro desse contexto, as empresas que fabricam equipamentos de resgate e os usados em atividades de altura, tm a preocupao constante de realizar pesquisas para a produo de equipamentos que atendam tais caractersticas. No obstante as caractersticas supracitadas, os equipamentos, por serem fabricados com materiais de alta tecnologia, so tambm frgeis em determinadas circunstncias, por isso, no se deve abrir mo de ler os manuais dos fabricantes e seguir risca suas orientaes quanto ao correto uso do equipamento.

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3.1 - CADEIRINHA Mais conhecida no CBMMG como Baudrier, tal equipamento nada mais do que uma cadeira para ficarmos sentados enquanto pendurados por uma corda a certa altura. As cadeirinhas utilizadas atualmente em nossa corporao so fabricadas para escalada e, por isso, sua resistncia ao calor pequena. Existem basicamente trs classes de cadeirinhas, quais sejam: -Classe I: no protegem o trax, o que pode deixar o usurio em risco de morte no caso de uma queda que o deixe inconsciente. Normalmente utilizada por escaladores e tem carga de ruptura (CR) de 15 kN (1500 kgf). -Classe II: so cadeirinhas mais robustas e utilizadas em trabalho. Tm resistncia de 40 kN, pois devem suportar os pesos do usurio e de uma possvel vtima1. -Classe III: composta de protees nas reas da cintura e do trax. Com isso, caso o socorrista tenha uma queda, mesmo ficando de cabea para baixo e inconsciente, no corre o risco de sair da cadeirinha e cair. o equipamento ideal para os bombeiros.

Baudrier (cadeirinha) nvel 3


1

Baudrier (cadeirinha) nvel 1

Um bombeiro equipado, de acordo com a NFPA 1983/2001, pesa 300 lb (trezentas libras), o que d aproximadamente 136 kgf (cento e trinta e seis quilogramas-fora). O fator de segurana adotado de 15:1, ou seja, o equipamento deve suportar 15 vezes o peso do usurio. Destarte, a cadeirinha, para preencher tais exigncias, deveria ter uma carga de ruptura (CR) de, no 2038 kgf, para um bombeiro e, aproximadamente 4000 kgf para ele e vtima. 27

Os cuidados bsicos que devemos ter ao usar tal equipamento so: a)vesti-la corretamente; b)observar se os tirantes foram passados corretamente nas fivelas; c)evitar que a corda entre em atrito com a cadeirinha durante o rapel; d)no deix-la exposta ao sol quando no estiver sendo utilizada; e)realizar as ancoragens (encordoamento) nos locais corretos da cadeirinha.

Correta forma de passar os tirantes da cadeirinha

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3.2 - CAPACETE Destina-se a proteo da cabea contra quedas de objetos ou em caso do socorrista perder o equilbrio e cair batendo a cabea em algum lugar. No deve possuir abas, pois limita o campo de viso. Como ocorrem com a maioria dos equipamentos utilizados em Salvamento em Altura, os capacetes adquiridos pelo CBMMG so fabricados para escalada e, por isso, no podem ser expostos a temperaturas elevadas, como acontece nos incndios, nem so isolantes eltricos. Algumas empresas especializadas em equipamentos para bombeiros tm trabalhado no sentido de fabricar capacetes que atendam especificamente ao nosso trabalho sem atrapalhar a atividade em altura.

3.3 - LUVAS As luvas servem para proteger as mos do calor gerado pelo atrito com a corda durante o rapel. As especficas para uso em tcnicas verticais so confeccionadas em vaqueta com proteo extra na palma da mo, onde o contato com a corda maior. Algumas j vm de fbrica com as pontas dos dedos cortados para no atrapalhar o tato, principalmente no manuseio de equipamentos como mosquetes e durante a confeco de ns e amarraes. O corte feito apenas para que a falangeta do dedo fique mostra e no todo o dedo, o que facilitaria a queimadura por atrito. Tal situao, no entanto, tem causado algumas queimaduras de 2 grau em alguns militares, motivo pelo qual desaconselhvel cortar os dedos das luvas.
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3.4 - MOSQUETES So conectores metlicos que se destinam a prender equipamentos e prover a segurana do socorrista durante as atividades em altura. Normalmente so feitos em duralumnio, um tipo de liga metlica cujas caractersticas principais so leveza e alta resistncia ruptura. O problema do mosqueto que no muito resistente toro e, por isso, no pode sofrer esforo na radial e to somente em seu sentido longitudinal. Um cuidado principal que deve ser observado ao se utilizar mosquetes de no esquecer a trava aberta. No mercado existem mosquetes com travas automticas nos quais h o travamento to logo o gatilho se feche. Deve-se evitar a todo custo que peas metlicas caiam ao cho, pois podem sofrer microfissuras invisveis a olho nu e, com o tempo, ao receber carga, a pea pode vir a partir-se causando graves acidentes. Embora no mosqueto venha impressa em seu corpo a carga de ruptura (CR) fornecida pelo fabricante, que normalmente superior a 2000 kgf (20 kN), bom considerar uma margem de segurana utilizando um fator de segurana (fs) aplicando, pelo menos, 5 vezes menos fora no equipamento. Assim, se a cr for de 2000 kgf, por exemplo, poder-se-ia aplicar uma fora de at 400 kgf para trabalhar com segurana. Esta ento seria a carga de trabalho (ct) e o fs seria 5.

HMS

MOSQUETO DE ALUMNIO D

MOSQUETO DE AO D

OVAL

Diversos tipos de mosquetes

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3.5 - FREIOS So equipamentos utilizados para realizar o atrito necessrio nas cordas e possibilitar uma descida em rapel com segurana. Em bibliografias norteamericanas temos o nome Dispositivo de Controle de Descidas (DCD) como referncia a todo e qualquer equipamento utilizado como freio. O mais tradicional de todos os freios , sem dvida, o Freio em Oito (ou Freio Oito). Sua concepo rene o que h de mais simples, prtico, verstil e eficiente que pode ter num invento. Alguns inconvenientes do freio oito so o fato de torcer muito a corda, formando cocas; seu superaquecimento em descidas rpidas, como em resgate de suicidas, o que queima a capa da corda; e o fato de ter que ser retirado da cadeirinha para a instalao da corda antes da descida quando o usurio no clipa antecipadamente o olha maior na cadeirinha. Outro ponto importante tambm que no autoblocante. Por outro lado, nas atividades de bombeiro ele ganha em disparado por ser muito VERSTIL. Com um freio em oito possvel realizar o rapel com corda simples ou dupla (dependendo do tamanho do olhal maior, at com corda tripla). Tambm possvel rapelar com cordas de bitolas menores como 8 mm bastando passar a corda mais vezes pelo aparelho e/ou usar o olhal menor. possvel ainda realizar descida com vtima passando a corda duas vezes pelo olhal maior, tracionar cabo areo substituindo o mosqueto no N Paulista, dar segurana ao guia na escalada, passando a corda pelo mtodo tradicional ou modo placa (similar ao ATC). Pode ser usado ainda em substituio a uma polia, como meio de fortuna. Um dos inconvenientes que o fato de no travar automaticamente pode ser remediado com o uso conjugado de um n autoblocante (por exemplo, Prusik ou Machard) antes ou depois do aparelho preso a uma solteira. Destarte, embora existam aparelhos mais sofisticados como Stop, Duplo Stop, Rack, Grigri entre outros, por experincia prtica e pelo custo benefcio do Freio Oito este tem seu lugar como freio principal a ser utilizado pelo CBMMG. Nada obsta obviamente que se adquira o Rack, para ser utilizado quando a vtima for muito pesada, por exemplo. 31

Para evitar a formao do N Boca de Lobo e causar acidente, sugerese o freio em oito com salincias laterais no olhal maior (munhes).

GRIGRI

OITO

OITO DE SALVAMENTO

STOP

Diversos tipos de freios utilizados nas descidas de Rapel

3. 6 - CORDA Por corda entende-se o conjunto de fios torcidos de determinado comprimento e dimetro e que serve a um fim. Quando esse fim especfico passa a ter a denominao de cabo. Um exemplo o Cabo Solteiro, que tem comprimento aproximado de 4,50 m e destina-se basicamente confeco de assentos improvisados. Atualmente o CBMMG possui nas viaturas da Prontido de Incndio (PI) apenas cordas semi-estticas. J em alguns batalhes, nas Companhias Escolas (Cia Esc) existem algumas cordas dinmicas. Como todo equipamento de bombeiro, as cordas deveriam ter uma certa resistncia ao calor. Porm, como so feitas de materiais sintticos, normalmente no suportam altas temperaturas. Sua exposio ao calor ento deve ser evitada ao mximo e durar o tempo suficiente para a realizao do salvamento. Os materiais de confeco das cordas podem ser NYLON, POLISTER e POLIPROPILENO, de acordo com o uso a que se destina. No CBMMG, a maioria das cordas de Nylon e Polister. 32

As cordas podem ser ESTTICAS, SEMI-ESTTICAS ou DINMICAS. Como praticamente no encontramos cordas estticas, que seriam aquelas que no teriam elasticidade alguma, vamos nos ater aos outros tipos. CORDA SEMI-ESTTICA: aquela que tem uma elasticidade de 1 a 2% em relao ao seu comprimento. utilizada para montagens de Tirolesas e Cabos Areos.

Corda enrolada tipo prontido

CORDA DINMICA: aquela que tem uma elasticidade de aproximadamente 6 a 10%. Destina-se a proporcionar segurana durante uma escalada por absorver a fora de choque gerada pela queda do escalador. As cordas de boa qualidade devem ser certificadas por rgo competente e serem utilizadas de acordo com sua finalidade. As cordas importadas vm com a certificao da UIAA e/ou CE (Conforme exigncias). Em nosso pas no h relato, ainda, de corda com alguma certificao oficial como INMETRO, por exemplo. Os cuidados bsicos que devem ser obedecidos no manuseio das cordas so: evitar que entrem em contato com areia, terra ou produtos qumicos de um modo geral; evitar deix-las expostas ao sol, por causa dos raios ultravioletas; enrol-las frouxamente; deix-las acondiciodas em mochilas prprias e desatar os ns sempre que terminar a atividade.

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3.7 - CORDINS So cordas de dimetro menor, cerca de 6 a 8 mm com aproximadamente 1,50 m de comprimento que, uma vez emendadas com N Pescador Duplo, preferencialmente, tornam-se cordeletes, que so usados para confeco de ns autoblocantes, utilizados na auto-segurana, tracionamentos de cabos etc. Os cuidados com o uso e conservao so os mesmos das cordas.

Cordim emendado com n pescador duplo tornan-se cordeletes Diferentes tipos de cordim

Cordim de 6 e 8 mm

3.8 - FITAS So realmente fitas confeccionadas em material de alta resistncia trao e abraso. Podem ser costuradas de fbrica (mais confiveis e resistentes) ou podem ser emendadas com o N de Fita. Seu emprego operacional vasto e depende da necessidade e criatividade do socorrista. Basicamente so usadas nas solteiras, nas equalizaes e nos estropos (ou strop). Como se trata de material txtil, os cuidados para conservao devem ser os mesmos citados para as cordas.

Diferentes tipos de fita

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CAPTULO 4
PROCESSOS DE ENROLAR CORDAS
Existem vrias formas de se enrolar cordas. Iremos nos ater, no entanto, a cinco processos, que iro variar de acordo com o comprimento da corda e da forma como ser empregada operacionalmente. Antes de enrolar as cordas necessrio estica-las ao solo, bate-las, para tirar as cocas e passar as mos por ela numa inspeo atravs do tato conjugada com uma anlise visual para verificar se h alguma alterao que possa comprometer a segurana (um pudo, por exemplo).

Processo da retirada de cocas das cordas

4.1 - PRONTIDO o mtodo padro utilizado no CBMMG uma vez que facilita o lanamento da corda quando tiver que ser utilizada. No Manual de Bombeiros (MABOM) o processo de se enrolar cordas prev o uso do p, ou seja, a corda entra em contato com possveis sujeiras que estiverem presentes na sola da bota. Tais impurezas podem vir a danificar a corda. Para evitar tal situao recomendamos que a corda seja enrolada nos braos de outro bombeiro, evitando, com isso, que a corda se suje.

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Passo a passo do mtodo de enrolar corda tipo prontido

4.2 - CORRENTE DUPLA Sua principal vantagem e a facilidade em desenrolarmos a corda quando necessrio. Uma das tcnicas de resgate de suicida pela tcnica do rapel inclusive prev a utilizao da corrente dupla.

Passo a passo do mtodo de enrolar corda tipo corrente dupla

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Passo a passo do mtodo de enrolar corda tipo corrente dupla

4.3 - CORRENTE TRIPLA Mtodo utilizado quando temos que enrolar uma corda muito comprida, por exemplo, com 200 m (duzentos metros) de comprimento. Por tal processo fica mais fcil transportar a corda e desenrol-la quando da necessidade de uso.

Passo a passo do mtodo de enrolar corda tipo corrente tripla

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4.4 - ANDINO Tambm conhecido como Cabeleira ou Vai-e-vem, o mtodo preferido pelos escaladores pela facilidade que proporciona ao ato de enrolar cordas. Um s bombeiro pode realizar a tarefa. Seu inconveniente operacional que, em caso de rapidez, a corda pode embolar-se e atrapalhar a operao de salvamento.

Passo a passo do mtodo de enrolar corda tipo andino

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4.5 - MOCHILA Mtodo muito utilizado pelos militares possuidores do Curso de Salvamento em Altura (CSAlt) durante as operaes de rapel ttico para resgate de pessoas em tentativa de auto-extermnio. Nada mais do que uma corrente simples feita sobre a prpria corda que deve ficar apoiada nos ombros. Tal processo de enrolar corda permite que o militar desa de rapel sem que a corda fique vista da vtima. Deve-se iniciar o processo confeccionando um n volumoso ao final da corda de forma que no passe pelo freio em oito, para evitar acidentes caso o rapelista v at o final da corda.

Passo a passo do mtodo de enrolar corda tipo mochila

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CAPTULO 5
EQUILBRIO NO PRTICO
Na atividade de Salvamento em Altura a ambientao em locais fora da cota zero (fora do nvel do cho) primordial. O homem um ser terrestre por natureza. O solo seu habitat. Como forma de proporcionar o controle do medo natural de altura existe no CBMMG uma estrutura metlica denominada Prtico, com aproximadamente 9m de altura com uma prancha de equilbrio que deve ser transposta.

Prtico do 1BBM

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No existe uma frmula para realizar com sucesso tal atividade. A orientao bsica de olhar para o local onde se est pisando, manter o equilbrio e prosseguir a travessia.

Como passar no prtico com equilbrio e segurana


A orientao bsica olhar para o local onde se est pisando, manter o equilbrio e prosseguir a travessia.

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Durante os treinamentos so instaladas cordas de segurana, porm, em ocorrncias, num caso de emergncia, o bombeiro poder ter que realizar transposio de obstculos semelhantes ao Prtico numa situao em que o uso de segurana fique prejudicado ou no surta o efeito esperado em caso de queda. Para a escalada de uma estrutura metlica existem tcnicas de segurana que podem variar desde o uso de solteiras com mosquetes at mesmo escalar como se estivesse guiando uma via em rocha. As atividades de ambientao a serem executadas no prtico iro variar de acordo com o nvel de habilidade dos alunos, podendo ser travessia com os olhos vendados, transposio com outro militar s costas, transposio pela tcnica do carrinho de mo (um colega usa as mos para a transposio enquanto seu dupla o sustenta pelos ps), travessia de costas etc.

Processo de subida no prtico do 1BBM (...) existem tcnicas de segurana que podem variar desde o uso de solteiras com mosquetes at mesmo escalar como se tivesse guiando uma via em rocha.

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CAPTULO 6
ROTAS DE FUGA
Num prdio em chamas, durante ou aps o salvamento das vtimas, o bombeiro pode ter que realizar uma evacuao rpida para salvar-se ou salvar vtimas. Para tanto, utilizar as rotas de fuga. As rotas de fuga naturais so aquelas existentes na prpria estrutura
Passagem no cabo areo como rota de fuga

do prdio, como escadas e demais sadas de emergncia. No caso de estarem obstrudas, devem-se armar Tirolesas e/ou Cabos Areos para uma evacuao rpida. Em ambos os casos a vtima no deve participar do processo (s em ltimo caso). Sistemas de back up devem ser previstos e sempre que possvel deve-se usar o Tringulo de Resgate (tambm conhecido como fraldo) por facilitar a instalao na vtima. 6.1 - CABO AREO Trata-se de uma corda tensionada entre dois pontos que se destina a travessia de vtimas, bombeiros ou equipamentos. Na verdade cabo areo uma Tirolesa, s que na posio horizontal. O termo uma conveno da caserna. Para sua transposio, numa situao de EMERGNCIA, onde o bombeiro no esteja devidamente equipado, contando apenas com a roupa do corpo, esse utilizar a tcnica
Tomada no cabo areo

do Comando Crawl, pela qual deita-se 43

sobre a corda e a transpe puxando-a com as mos e rastejando sobre ela. Uma de suas pernas fica flexionada e o peito do p apia-se na corda. Tal tcnica deve ser descartada caso o bombeiro esteja equipado com cadeirinha e mosqueto ou polia (de preferncia). Nesse caso utilizar a tcnica do COMANDO CRAWL INVERTIDO.

Processo de comando Crawl invertido

No caso da travessia pelo Comando Crawl tradicional, em caso de queda durante o trajeto, o bombeiro ter que retornar ao cabo. Para tanto poder executar uma das trs manobras de retorno conhecidas, quais sejam: Oitava

Passo a passo da manobra de retorno ao cabo areo tipo oitava

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Virada do bombeiro

Passo a passo da manobra de retorno ao cabo areo tipo virada do bombeiro

Virada de bandeira

Passo a passo da manobra de retorno ao cabo areo tipo virada da bandeira

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No existe uma mais fcil do que a outra. Tudo vai depender do condicionamento fsico e do preparo tcnico do bombeiro. 6.2 - TIROLESA Por Tirolesa entende-se a tcnica de travessia entre dois pontos utilizando uma corda tensionada que forme um ngulo com a horizontal de at 20 aproximadamente. Estando a corda inclinada, deve-se ter um cuidado especial na descida. Para tanto deve ser preparado um sistema de segurana ao final da tirolesa, ou seja, no ponto de salvamento.

Torre do 1BBM com a tirolesa montada

Quando der tempo, a descida das vtimas deve ser comandada, ou seja, realizada por bombeiros. No caso de EMERGNCIA, a vtima deve ser colocada no cabo, presa ao mosqueto e descida pela fora da gravidade. No caso do bombeiro, a descida deve ser controlada com as mos, que devem estar caladas com luvas.

Processo de descida na tirolesa montada na torre do 1BBM

Alm do mosqueto principal preso Tirolesa deve haver uma segunda solteira presa corda como back up. 46

Sempre que possvel o uso de polias no deve ser descartado. Uma ateno especial deve existir para o controle da velocidade de descida, a qual aumenta significativamente, devido reduo do atrito. 6.3 - RAPEL Rapel uma tcnica de descida por corda atravs da utilizao de um dispositivo de frenagem. As estatsticas comprovam que a maioria dos acidentes em altura aconteceram durante a realizao do rapel, sendo que em quase todos a negligncia foi apontada como causa principal. Para minimizar os riscos de acidentes a utilizao de n autoblocante feito com cordelete em conjunto com o freio em oito a melhor pedida. Antes de realizar o rapel o bombeiro deve conferir equipamentos da seguinte forma: MILITAR (posto ou graduao e nome) CHECANDO EQUIPAMENTO...
Capacete Luvas

Cinto 1,2 e 3

Passo a passo da checagem de equipamento para a realizao do rapel com segurana

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Corda no freio em oite e mosqueto travado

Ancoragem

Passo a passo da checagem de equipamento para a realizao do rapel com segurana

ATENO

SEGURANA!

Em cada situao o militar ir conferindo seu equipamento: verificando se a jugular do capacete est fechada, se est calado com luvas, se as fivelas do cinto esto fechadas, se est portando o freio, se a corda foi passada corretamente no freio, se o mosqueto est fechado, se a ancoragem foi realizada corretamente e se o segurana est atento.

Militar na segurana do rapel

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Rapel de Patamar em Patamar o rapel com o qual o bombeiro salta de um patamar a outro. Serve como treinamento para o emprego da tcnica de resgate de suicida.

Descida de rapel de patamar em patamar com segurana

Rapel em Negativo Rapel realizado de tal forma que o bombeiro fique em contato apenas com a corda, ou seja, nenhuma parte de seu corpo toca a parede.

Descida de rapel em negativo

Rapel com Auto-segurana o rapel realizado com a utilizao de n autoblocante (por exemplo, Prusik ou Machard frente do freio ou o Blocante Clssico preso com um mosqueto a uma das pernas da cadeirinha) conjugado com o aparelho de frenagem.

Descida de rapel com a utilizao de auto-segurana

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Pode acontecer, no entanto, do bombeiro ficar travado pela autosegurana. Nesse caso, deve retornar posio anterior enrolando a corda em um dos ps e estendendo a perna com o auxlio das mos at afrouxar o n (isso no caso de auto-segurana feita acima do freio). Atualmente no CBMMG a experincia tem demonstrado que o n autoblocante torna-se mais eficiente se preso a uma das pernas da cadeirinha e que o melhor n para tal atividade o Blocante Clssico, pela facilidade de ser afrouxado e pela comodidade proporcionada ao socorrista no caso de rapel com vtima (rapel assistido). Um cuidado especial deve ser considerado em relao ao cordelete para que o n no fique muito apertado e possa ser danificado no atrito com a corda do rapel.

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CAPTULO 7
ESCALADA EM ROCHA

Para a realizao do salvamento de vtimas em altura o socorrista pode ter que atuar em locais diversos. Um deles pode ser em rocha, onde algum escalador tenha se acidentado. Na escalada esportiva, realizada a ttulo de esporte ou hobbie alguns critrios de segurana deixam de ser observados por conta e risco do praticante. O uso de capacete, por exemplo, uma exceo. Por outro lado, alguns equipamentos como saco de magnsio e sapatilhas so essenciais.

Saco de Magnsio e costuras

Bombeira equipada e encordada para escalar

Processos de segurana para o inicio da escalada em rocha

No Corpo de Bombeiros h ainda uma certa resistncia no uso da sapatilha de escalada. Dizem que o bombeiro tem que aprender a escalar de bota ou borzeguim, pois na ocorrncia no ter sapatilhas para calar. Isso um contra-senso, se levarmos em conta que o BM estar usando cadeirinha, luvas, 51

freio em oito, corda etc. Por que s a sapatilha dispensvel se o equipamento ideal para se pisar na pedra?

Bota, borzeguin e sapatilha Tipos de calados usados no CBMMG para a escalada em rocha

Para se escalar em rocha o bombeiro deve preocupar-se basicamente em estar em, no mnimo em trs apoios, observar sempre qual ser o prximo lance e, principalmente, estar encordado e sob o olhar atento do segurana.

Utilizao de trs pontos de apoio

Utilizao de quatro pontos de apoio

Agarra Processo de escalada em rocha

Apoio

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Uma vez estabelecida a segurana em Top Rope, pelo Guia, que o que vai frente, os demais bombeiros podero subir em segurana uma vez que o risco de cair com esse tipo de segurana e quase zero (desde que o segurana esteja atento).

Segurana

Sistema Top Rope

Bombeiro guiando a via com uso das cordas

Vaca - queda

Processo de segurana em escalada em rocha

O uso de capacete obrigatrio. O uso de sapatilha permitido, uma vez que no se trata de uma pea do vesturio e sim um equipamento eficiente tal como cadeirinha, corda, mosqueto, etc. importante o domnio da tcnica de escala em rocha uma vez que a prtica de escalada tem crescido muito no Brasil, em especial em Minas Gerais. Caso haja necessidade do bombeiro realizar alguma escalada em alguma edificao, poder lanar mo das tcnicas de escalada em rocha. 53

GLOSSRIO

ABRIR A VIA - Iniciar a escalada de uma via; conquistar. ACOCHAR - Apertar. AGARRA - Salincia da rocha usada na escalada. Tecnicamente onde colocamos as mos. Torna-se apoio quando colocamos os ps. AIR TRAFFIC CONTROL (ATC) - Controlador de Trfego Areo. Na verdade um apelido que colocaram no aparelho de frenagem para segurana e rapel o qual permite a descida em corda dupla ou simples e facilita a colocao da corda no aparelho sem ter que desclip-lo do mosqueto. ALA - Anel que se obtm permeando a corda e unindo suas extremidades sem cruz-las. ANCORAGEM - Ponto de fixao da corda. ANEL DE FITA - Trata-se de um pedao de fita tubular ou plana unida atravs do N de Fita ou previamente costurada (mais resistentes). APOIO - Salincia da rocha onde colocamos os ps para escalar. Quando colocamos as mos denominamos tecnicamente de agarra. PROVA DE BOMBAS - Totalmente confivel. Usamos tal terminologia normalmente para nos referirmos s ancoragens que suportam foras de impacto bem grandes sem se romperem. ARREMATE - Arranjo feito no final de uma corda para reforar o n principal e evitar que se desfaa aumentando a segurana. ASCENSO - Subida. AUTOBLOCANTE - Que bloqueia por si s. Termo usado para nos referirmos aos ns que se apertam quando submetidos trao, por exemplo, Prusik, Machard, Backman entre outros. AUTO-SEGURANA - Consiste em se fazer a prpria segurana durante uma escalada (o que menos comum, mas possvel) ou num rapel (mais comum). 54

Usa-se geralmente um cordelete com um n autoblocante preso solteira acima ou abaixo do aparelho de frenagem. BACK UP - Termo ingls que significa voltar atrs, ter uma segunda chance. Na escalada e em tcnicas verticais o termo muito usado para significar redundncia, ou seja, sempre necessitamos ter pronto um segundo sistema de segurana separado do primeiro. BAIXA - Termo militar que significa no estar em condies de trabalhar por motivos diversos (baixado: problema de sade) ou que saiu do servio (demisso). BALANO - Tipo de amarrao feita em galhos e troncos de rvores antes de serem cortados, para facilitar o direcionamento de queda, evitando-se acidentes. BAUDRIER - Mesmo que cadeirinha. Termo muito usado no militarismo. BELAY LOOP - um pequeno anel de fita existente na maioria das cadeirinhas onde instala-se o mosqueto para o rapel ou para dar segurana a quem estiver escalando. Tambm chamado de anel de segurana. BITOLA - Dimetro da corda. BLOCANTE - Mesmo que autoblocante. BM - Bombeiro Militar. CABO AREO - Corda tracionada entre dois pontos de ancoragem e que serve para transposio de tropa, equipamentos e/ou feridos. No Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais padronizou-se com os usos e costumes que cabo areo na horizontal. Na diagonal torna-se Tirolesa. CABO SOLTEIRO - Pedao de corda que no tem aplicao especial. Serve para segurana e assentos. (Manual de Fundamentos de Bombeiro - MABOM) CADEIRINHA - conjunto de fitas costuradas nas pernas e cintura formando uma espcie de arreio que vestido pelo escalador. Existem modelos diversos, de acordo com as vrias atividades existentes. CARGA DE TRABALHO (CT) - a carga mxima terica que o equipamento 55

pode suportar, dentro de uma margem de segurana. o resultado de uma frmula na qual dividimos a Carga de Ruptura (CR) pelo Fator de Segurana (FS). CARGA DE RUPTURA (CR) - a carga mxima real que o equipamento pode suportar, segundo testes de laboratrios. a carga na qual o equipamento se romper. CBMMG - Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. CEBOM - Centro de Ensino de Bombeiros. CHAPELETA - uma das partes de um tipo de proteo fixa que instalada na rocha para proteo das vias. o olhal por onde introduzimos o mosqueto. CHICOTE - a extremidade de uma corda (mesmo que ponta). CLIPAR - Ato de instalar o mosqueto a alguma coisa. COCA - Laada provocada pelo desenrolar inexato da corda. O Freio em Oito comumente causa tal efeito na corda. CORDADA - Conjunto de dois ou mais escaladores unidos uns aos outros atravs de cordas. CORDA DUPLA - Tcnica de escalada onde se utilizam duas cordas dinmicas, sendo que a cada costura uma delas passada no mosqueto alternadamente. Dessa forma, caso a corda venha a arrebentar-se durante uma queda, haver a segunda corda na proteo imediatamente abaixo servindo de back up. Nesse caso usam-se cordas de 10 a 11mm. CORDA DINMICA - Corda fabricada com uma elasticidade natural que pode variar de 6 a 10% do seu comprimento com vista a absorver o impacto causado pela queda de quem estiver escalando, evitando danos ancoragem, ao equipamento e/ou ao corpo do escalador. Sua alma, ou miolo constituda de fios torcidos que funcionam como molas ao receberem tenso. CORDA ESTTICA - Praticamente no existem. No Manual de Salvamento em Altura do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro encontramos referncia a uma corda esttica que tinha inclusive alguns fios de ao na 56

constituio da alma. Seria uma corda que no se estica. Porm, difcil conceber essa hiptese em atividades de altura. Tal corda seria utilizada apenas para iamento de cargas e, principalmente, para montagem de cabos areos e tirolesas. CORDA GMEA - Tcnica de escalada onde se utilizam duas cordas de dimetros menores, normalmente 9mm cada uma, sendo ambas passadas ao mesmo tempo no mosqueto da costura. Dessa forma, no caso de queda do escalador, as duas cordas absorvero a fora de impacto. A vantagem dessa tcnica que se uma das cordas se arrebentar, a outra servir de back up. CORDA SEMI-ESTTICA - Corda que est no meio termo entre uma corda esttica e uma dinmica. Estica-se cerca de 1 a 2% do seu comprimento e deve suportar queda de fator at 1 (um) para receber a certificao UIAA. usada em tcnicas verticais para iamento de cargas, em sistemas de reduo, tirolesas entre outras. CORDA SIMPLES - a utilizao de apenas uma corda durante a escalada. CORDELETE - um cordim emendado, normalmente com um N de Pescador Duplo, formando um anel que usado, na maioria das vezes, para a confeco de ns autoblocantes para tracionamento de cordas ou para auto-segurana durante o rapel. CORDIM - So cordas de dimetros reduzidos, cerca de 6 a 8mm. So cortadas em pedaos de 1,5 a 2,0m e unidas pelas pontas formando os cordeletes. CORRER- Mesmo que escorregar. COSTURA - Equipamento composto por uma fita costurada tendo dois mosquetes, geralmente sem travas, em cada extremidade. Usada para reduzir o atrito da corda com a rocha e diminuir seu zigue-zague durante a subida, reduzindo o atrito com os mosquetes. COSTURAR - Ato de passar a corda pelas costuras durante uma escalada. CRUX - a parte mais difcil de uma via. 57

CUME - Ponto mais alto de uma montanha. DAR UM LEVE - Aliviar o peso. DESCLIPAR - Ato de retirar o mosqueto de alguma coisa. DESCOCHAR - Ato de desmanchar os fios de uma corda. DOUBLE BACK - Termo ingls que significa dupla volta. As fivelas de determinadas cadeirinhas possuem tal sistema o qual demonstrou ser bem prtico tanto para apertar as fitas quanto para solt-las, evitando-se acidentes. Foi patenteada pela empresa PETZL. ENCADENAR - Escalar a via at o final, sem quedas. ENCORDAR (encordoar) - Fixar a corda cadeirinha mediante uma amarrao. ENFIADA - Espao compreendido entre uma parada e outra na via de escalada. EQUALIZAO - Arranjo feito com anis de fitas, fitas tubulares ou cordas, no qual o peso da carga dividido igualmente entre as ancoragens. ESTROPO - Arranjo feito com anis de fita (ou cordas) e mosqueto, onde fixamos uma corda durante a ancoragem. O anel de fita permeado uma ou mais vezes e passado em volta do ponto de ancoragem. Normalmente usada para proteger a corda evitando seu contato direto com o ponto de ancoragem. A palavra realmente significa, segundo Edil Dalbian Ferreira em seu Dicionrio para Bombeiros, cabo de ferro em forma de anel, o qual prende o remo forqueta ou tolete. Alguns manuais usam o termo ingls strop, que significa, ao p da letra, uma tira usada para afiar navalhas. FALCAA - Arremate que se faz na extremidade da corda para que ela no se desfie. Em corda de nylon a falcaa pode ser feita a fogo. FATOR DE QUEDA - um valor expresso em nmeros que representa a severidade e o grau de perigo de uma queda durante a escalada. Em Vias Ferratas e similares esse fator pode chegar a 10 ou mais. Na escalada no ultrapassa o valor 2, que considerado o mais severo. Aps uma queda de fator 2 recomenda-se descartar os equipamentos envolvidos, tamanha a fora de impacto gerada pela queda. Tal valor encontrado dividindo-se a altura da queda 58

pela quantidade total de corda liberada entre o guia e o segurana. FATOR DE SEGURANA (FS) - Valor usado no clculo da Carga de Trabalho (CT) para garantir uma margem de segurana na utilizao dos equipamentos divide-se a Carga de Ruptura (CR) pelo Fator de Segurana (FS). Segundo a National Fire Protection Association (NFPA) 1983, para as atividades de bombeiros e Salvamentos em Alturas diversas, o Fator de Segurana (FS), para carga humana 15 e para as demais cargas 5. No Brasil no temos uma doutrina a respeito a no ser o Manual de Salvamento em Altura do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, no qual o FS 5, no havendo distino entre carga humana e/ou material. Para polias normalmente e FS gira em torno de 5, segundo os fabricantes. FAZER A VIA - Escalar a via. FITA EXPRESSA - Mesmo que anel de fita. Termo normalmente utilizado para os anis de fita previamente costurados pela fbrica. A palavra expressa, por analogia, deriva do fato das fitas estarem mo, em condies de pronto emprego. FITA PLANA - Fita que no tubular, ou seja, no oca. Trata-se de uma fita nica costurada. FITA TUBULAR - Fita oca. Quando apertamos suas bordas ela fica com o formato de um tubo, da o nome. FORA DE CHOQUE - Mesmo que Fora de Impacto. a fora gerada com a queda do escalador. A frmula para seu clculo Fora (F) igual raiz quadrada de 2 multiplicado pelo peso do escalador, pela constante de elasticidade da corda e pelo Fator de Queda (FQ). FORA DE IMPACTO - Mesmo que Fora de Choque. GATILHO - Parte mvel do mosqueto por onde clipado qualquer objeto. Tambm conhecido como portal, dedo ou mola. GRAMPO - Modelo de proteo fixa feita de ao. Normalmente em forma de P. fixada perpendicularmente rocha por presso e marreta. 59

GUIA - aquele que vai frente a escalada abrindo a via e equipando-a para a subida dos demais escaladores. Na maioria das vezes sempre o mais experiente do grupo. GUIAR - Ato de escalar uma via primeiro, liderando o grupo, basicamente usando costuras, por onde ser passada a corda. HMS - Modelo de mosqueto desenvolvido para se dar segurana com o n dinmico UIAA (ou Meio-Porco). Tambm o mais recomendado para se utilizar com os freios Yoyo e SRC. A sigla abreviatura de Halbmasturf sicherung, que nada mais do que mosqueto para ser dar segurana utilizando o n UIAA. LEPAR - Contrrio de Rapel. A palavra inclusive rapel escrito de trs para frente. Significa escalar determinado ponto usando uma corda cheia de ns (corda fradeada) para facilitar a pegada. LOOP BELAY - Ver Belay Loop. MANDAR O LANCE - Escalar uma das partes da via. MORDER - prender, por ocluso, alguma parte da corda em outra parte dela ou superfcie rgida. MOSQUETO - Anel de alumnio de tamanho e formato varivel que permite a conexo entre diferentes equipamentos de escalada. (GASGUES, Marcus Vincius. Montanha em Fria. So Paulo: Editora Globo, p.262). PARADA - Local protegido da via onde os escaladores se ancoram para descansar ou montar o rapel para a descida. onde se faz a equalizao com fitas para montagem do Top Rope. PASSA-MO - Termo empregado pelo Exrcito Brasileiro para referir-se a uma corda previamente tencionada entre dois ou mais pontos por onde o escalador clipa o mosqueto de sua solteira ou instala um n blocante para transitar com segurana em altura. PASSAR A CORDA - Desenrolar a corda e desliz-la sobre as mos inspecionando seu estado de conservao e desfazendo possveis cocas 60

(tores). PNDULO - Ato de cair e, posteriormente, oscilar horizontalmente, de um ponto ao outro pendurado corda. Pode ser empregado taticamente para se chegar a determinado ponto na rocha ou de prdios onde esteja a vtima. PERMEAR - Ato de dobrar a corda ao meio. PRONTIDO DE INCNDIO - PRONTIDO efetivo de bombeiros que permanece numa organizao (unidade, subunidade, posto etc.), diuturnamente preparados e equipados para o atendimento de emergncias, desde que solicitada a interveno. Guarnies grupadas ou isoladas. (FERREIRA, Edil Daubian. Dicionrio para Bombeiros. So Paulo, 1985, p. 167). PROTEES - Equipamentos instalados na rocha ou na edificao onde sero clipadas as costuras e passada a corda. Normalmente so de matal, como chapeletas, grampos etc. PSEUDO-EQUALIZAO - Trata-se de uma quase equalizao, ou seja, a carga tem seu peso sustentado por dois ou mais pontos sendo que, geralmente, o peso maior fica na ancoragem principal. Utiliza-se ns blocantes presos corda principal. RACK - Alas das cadeirinhas destinadas a instalao de equipamentos diversos, principalmente as costuras. Algumas cadeirinhas tm racks que podem suportar at 5 kgf. Nome tambm usado numa espcie de freio para rapel constitudo de barretes e feito em ao. RAPEL - Mesmo que Rappel. Termo aportuguesado. RAPPEL - Termo que vem do francs, usado mundialmente nos crculos alpinistas. Significa descer com auxlio de uma corda fixa. (KRAKAUER, Jon. No Ar Rarefeito. P. 23). RETINIDA - uma corda fina utilizada para trabalhos especiais, como, por exemplo, iar a ponta de uma corda de bitola maior. ROTA - Mesmo que via. Termo mais usado em manuais militares. SAFAR - Ato de liberar uma corda quando enrolada ou presa. 61

SEGUNDO - o escalador que vai depois do guia. SEGURANA - aquele que faz a proteo de quem est escalando ou rapelando, cuidando para que no caia, tencionando a corda e, conseqentemente, travando o equipamento de frenagem. SEIO - Meio da corda. SOCAR - Apertar, ajustar. SOLTEIRA - Anel de fita atado cadeirinha com um n Boca de Lobo, tendo na outra extremidade um mosqueto com trava. Usada para o escalador prender-se s protees das paradas e ficar ancorado. STRING - Proteo de borracha colocada na ponta da solteira visando fixar o mosqueto na sua posio alm de proteger o tecido do anel de fita do atrito com a rocha ou superfcies speras. STROP - Ver estropo. TETO - Trecho em que a parede de escalada se projeta para fora, formando um teto sobre o escalador. (KRAKAUER, Jon. Sobre Homens e Montanhas. Companhia das Letras, 1999, p. 214). TOP ROPE - Tcnica de segurana em que a corda passada por cima. TRACIONAMENTO - Puxar, esticar, tencionar uma corda. UIAA - Unio Internacional das Associaes de Alpinistas. rgo oficial que realiza testes em equipamentos de escalada emitindo uma homologao que mundialmente conhecida com sinnimo de qualidade, confiana e segurana. VACA - Queda. O termo foi plagiado dos surfistas. VAQUETA - Tipo de couro com o qual so fabricadas luvas utilizadas no rapel. VIA - o caminho para se escalar a via. Quem conquista e fixa as protees nas vias estabelece um caminho obrigatrio para escal-la; desviar de tal caminho abrir outra via ou no fazer a via original. o mesmo que rota. VIA FERRATA - um caminho suspenso equipado de escadas e protegido por cabos de ao. (Catlogo PETZL, 2001, p. 58) 62

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