Modulo 2
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Modulo 2
Consideraoes de segurana
Apresentao
Nesse mdulo, voc estudar as ameaas que comprometem a segurana das equipes BREC em
operaes reais e de treinamento, bem como as normas de segurana adotadas por organismos
internacionais e padronizadas pela INSARAG/UN para todos os pases que fazem parte da rede de
resposta aos desastres.
Observe com ateno, pois ser dada nfase aos equipamentos de proteo individual, bem
como a sua utilizao.
Relacionado a esta questo, voc encontrar os passos para avaliar as condies do local de trabalho e as aes da equipe ante situaes com produtos perigosos.
Objetivos do mdulo
Ao final do estudo deste mdulo, voc dever ser capaz de:
enumerar as ameaas que um resgatista poder enfrentar em uma operao de busca e resgate
em estruturas colapsadas de nvel bsico;
identificar condio e ao insegura;
nomear as normas de segurana para as operaes de BREC;
classificar os Equipamentos de Proteo Individual (EPI), de acordo com a proteo que
oferecem;
identificar pontos a serem observados nas condies de acesso; e
identificar as aes a seguir ante a presena de produtos perigosos.
Estrutura do mdulo
Este mdulo possui as seguintes aulas:
Aula 1 - Ameaas em operaes BREC
Aula 2 - Lineamentos de operao
Aula 3 - Condies e aes inseguras
Aula 4 - Briefing de segurana
Aula 5 - Ferramentas, equipamentos e acessrios (FEAs)
Aula 6 - Condies de acesso e respostas s operaes envolvendo produtos perigosos
VANDALISMO E
ROUBO
REPETIO DE
SISMOS
CONDIES
METEOROLGICAS
ADVERSAS
FERRAMENTAS E
EQUIPAMENTOS DE
OPERAO EM MAU
ESTADO
PRESENA DE
PRODUTOS
PERIGOSOS
EXCESSIVO RUDO,
POEIRA, FUMAA
E/OU FOGO
TRABALHO EM
REAS REDUZIDAS
E/OU CONFINADAS
LEVANTAMENTO DE
PESO, EXCESSIVA FADIGA
E ESTRESSE
ESTRUTURAS
INSTVEIS
AR E GUAS
CONTAMINADOS
IMPORTANTE!
Considerando as ameaas a que esto expostos os integrantes do grupo de trabalho,
possvel afirmar que caso a segurana seja violada as consequncias podem ser
fatais. Por isso, o responsvel pelo grupo deve recordar sempre que a segurana dos
resgatistas seja o objetivo primrio, em todas as fases de cada situao ttica.
Lembre-se! As ameaas que acompanham as estruturas colapsadas so a razo de o
porqu as autoridades chamam os grupos especializados quando necessitam de
ajuda.
IMPORTANTE!
O xito da misso depende diretamente da habilidade do grupo em neutralizar os
riscos antes que se convertam em problemas. Se necessrio, o OS pode suspender a
operao inteira.
IMPORTANTE!
Em certas situaes, o oficial de segurana na cena assume toda a responsabilidade
pela segurana, enquanto o lder do grupo vigia as operaes de resgate. J, em
situaes de resgate limitadas, o lder do grupo tambm pode cumprir a funo de
oficial de segurana, o que permitiria um maior nmero de resgatistas participando
ativamente da operao.
Formato estruturado - Quando todos esto operando em um formato estruturado, so eliminadas as surpresas e todos tm uma boa ideia do que est sucedendo, quem deve faz-lo e como
deve faz-lo. Essas compreenses bsicas reduzem a confuso e incrementam a segurana, ajudando a todos a manter o mesmo plano de jogo. As situaes onde ningum tem um plano e todos esto na ao, so absolutamente perigosas. O CI necessita ter uma estratgia e um plano de
ataque. Todos os demais necessitam compreender o que so e como relacionam suas aes com
o plano. Quando os planos e as aes esto estruturados em torno dos lineamentos operacionais
e estes contm consideraes de segurana, toda a operao tem um comeo positivo.
Aporte dos lineamentos dirigidos especificamente segurana - Estes definem as condies
regulares aplicadas s aes da equipe, acima de qualquer outra condio. Devem ser absolutos e
definem as regras que sempre devem ser seguidas, sem levar em conta as decises estratgicas e
as opes tticas. No h interpretaes, clusulas de escape ou juzos contraditrios dentro dos
lineamentos obrigatrios de segurana.
IMPORTANTE!
Os incidentes que implicam em operaes de resgate em estruturas colapsadas, mais
do que qualquer outro tipo de incidente, podem implicar em risco significativo para
os resgatistas, assim como para os indivduos a serem resgatados. Devido aos riscos
decorrentes do uso de ferramentas e equipamentos, assim como os ambientes nos
quais se desenvolve uma operao de resgate em estruturas colapsadas, todo o
pessoal que entre nas reas de trabalho dever cumprir com as normas de segurana.
Exemplos:
Uma parede que comea a inclinar-se;
Estruturas superiores que apresentam sinais de colapso iminente;
Condies ambientais: ventos fortes, chuva, relmpagos. A chuva pode escavar as fundaes
dos edifcios, debilitando-os ainda mais; e
Superfcies resvaladias e ventos fortes podem colocar os resgatistas em situaes que
dificultam a operao de equipamentos e podem comprometer o resgate.
Alm de reconhecer condies inseguras, o oficial de segurana (OS) deve tambm estar
consciente de aes inseguras que venham a cometer os resgatistas. Essa habilidade est
relacionada experincia e tambm a um estudo de acidentes anteriores em situaes similares.
O OS deve assegurar que todos os resgatistas sigam os procedimentos de segurana, dentre eles:
usar os equipamentos de proteo individual;
trabalhar em grupo;
usar corretamente as ferramentas e equipamentos;
observar os descansos apropriados;
manter-se bem hidratado;
usar um sistema de conferncia de pessoal;
seguir todas as normas de segurana estabelecidas; e
conhecer a localizao das zonas seguras.
IMPORTANTE!
Tendo conhecimento das aes e das condies inseguras, o OS pode ser um bom
vigia contra os riscos. O OS deve preocupar-se com as condies e aes que
apresentem perigo potencial ou imediato aos resgatistas. Tambm deve prever o
futuro da emergncia, em relao segurana dos resgatistas.
3.2 Ao insegura
Ao insegura um ato ou tarefa executada por um resgatista descumprindo normas
estabelecidas para sua proteo (relacionada s aes praticadas pelo resgatista).
Exemplos:
Entrar na rea de trabalho sem seu EPI;
Ingressar na rea de trabalho sem a autorizao do oficial de segurana;
Comear a operar sozinho na rea de trabalho; e
Operar equipamentos ou ferramentas defeituosas e com conhecimento do fato.
Para que o oficial de segurana (OS) possa manter um entorno que seja seguro para os
resgatistas, ele deve monitorar as aes e as condies na zona de trabalho. Ele deve tambm
estar atento a situaes que possam resultar em condies perigosas para os resgatistas. Essas
situaes devem ser corrigidas antes que possa continuar a operao de resgate.
IMPORTANTE!
difcil encontrar condies seguras em meio a uma situao de desastre.
indispensvel que o OS e todo o pessoal esteja alerta para situaes que possam
resultar em uma ameaa direta para os resgatistas. Ela poderia ser uma mudana
estrutural ou uma mudana no tempo.
IMPORTANTE!
Considerando-se ser esse um processo dinmico, ao retornar o grupo de resgate
dever fazer outra avaliao das condies.
Caso seja necessrio promover mudanas no Plano de Segurana, este o momento
de faz-lo e devemos assegurar que todos os membros do grupo estejam informados
das mudanas. Aquelas que afetem a operao inteira devem ser comunicadas
imediatamente aos superiores na cadeia de mando; as que so especficas, para uma
zona de trabalho, podem ser comunicadas diretamente ao prximo grupo de
trabalho.
O Plano de Segurana far uma recapitulao dos sinais de alerta para a operao (evacuao,
alto e reagrupar). Tambm identificar a zona de segurana onde ser feita uma recontagem do
pessoal em caso de evacuao de emergncia.
Plano de comunicaes
So identificadas as frequncias de comando, tticas operacionais e canais especiais de operao,
necessrias para ter comunicaes claras. Neste momento, os resgatistas devem sintonizar seus
rdios nas frequncias indicadas.
Plano mdico
Este plano identifica o procedimento para obter tratamento mdico em caso de leso em
um membro do grupo. Tambm sero a tratados temas relativos s vtimas: tratamento prhospitalar pelos resgatistas, transporte e tratamento mdico.
Plano de reabilitao
O plano de reabilitao apresenta dois elementos. O primeiro a reabilitao do pessoal de
resgate e o segundo dos equipamentos. A norma geral para reabilitao do pessoal de 1530
minutos em uma zona segura designada para esse propsito. Os equipamentos e as ferramentas
devem ser recuperados na zona de espera ou outro sitio designado para esse fim. Caso sejam
necessrios equipamentos ou reposies adicionais, deve-se escolher um stio seguro prximo da
rea de trabalho.
Riscos especiais
Esta parte do briefing de segurana cobrir todos os riscos especiais, queo grupo anterior tenha
enfrentado ou identificado durante a avaliao inicial da rea de trabalho. Por exemplo, pode
tratar-se de produtos perigosos, sistemas vitais, elementos estruturais precrios ou fracos, ou
mesmo um risco no diretamente relacionado rea de trabalho. Uma vez identificados esses
riscos, o plano de segurana formular estratgias para trabalhar com eles.
Mensagens gerais de segurana
Este item do briefing de segurana dedicado s precaues ou procedimentos necessrios para
trabalhar na zona de resgate. Exemplos de temas que podem ser tocados:
Equipamento de proteo individual;
Operaes de levantamento e revestimento do piso;
Remoo de escombros;
Ferramentas e equipamentos;
Sade/higiene;
Hidratao;
Previso meteorolgica; e
Outros.
Aula 5 - Ferramentas, equipamentos e acessrios (FEAs)
5.1 Definies
Ferramenta: Objeto manual que serve para realizar uma tarefa, com a energia que provm
diretamente do operador.
Exemplos: guilhotina, barra, martelo, p.
Equipamento: Mquina ou aparelho de certa complexidade que serve para realizar uma tarefa
e cujo princpio de ao consiste na transformao da energia para aumentar a capacidade de
trabalho.
Exemplos: motoserra, martelo de impacto e mototrozadora.
Acessrio: Objeto que individualmente complementa e em conjunto com outros, pode
conformar um equipamento ou ferramenta, permitindo ampliar ou melhorar as capacidades
operativas ou realizar uma tarefa.
Exemplos: balde, folhas para serra, extenso eltrica, vasilha de combustvel.
IMPORTANTE!
As definies de ferramentas, equipamentos e acessrios devem estar muito claras
para o resgatista.
IMPORTANTE!
Todos os membros do grupo so responsveis pela segurana e o lder o
responsvel pela integridade fsica de seu pessoal.
Saiba mais...
O uso de EPI est baseado num conjunto de Normas Tcnicas, clique aqui para conhec-las.
Aula 6 - Condies de acesso e repostas s operaes envolvendo produtos perigosos
6.1 Condies de acesso
Condies de acesso so as condies estruturais e ambientais que o resgatista encontra em
estruturas colapsadas que permitem que execute as atividades de busca, localizao e resgate de
vtimas, dentro do permetro de segurana, em condies seguras.
6.1.1 Pontos a serem observados para assegurar as condies de acesso
Permetro de segurana: determinar permetros de segurana, identificando e demarcando a
rea de trabalho;
Servios interrompidos: assegure-se que os terminais das redes de servio como gs, gua e
eletricidade tenham sido cortados e descarregados;
Perigos e seus efeitos: afaste os perigos e seus efeitos. Assegure-se que o plano de ao esteja
anexado ao protocolo de segurana;
Zonas seguras / vias de escape: siga as normas referidas para zonas seguras e vias de escape e
mantenha contato com os membros da equipe no exterior;
Desobstruo da rea de trabalho: assegure sua rea de acesso removendo escombros para
desobstruir a rea de trabalho. Remova, se for o caso, escombros que possam estar causando
problemas e assegure a rea de acesso, alm de mant-la supervisionada.
6.2 A primeira resposta a incidentes com produtos perigosos
Se ao chegar cena voc identificar que pode se tratar de um incidente com produtos perigosos,
tome as seguintes aes:
Solicite o envio de grupos especializados em produtos perigosos;
Posicione-se com seu veculo e seu pessoal em rea segura com o vento a favor, em uma rea
mais elevada, a montante (guas acima) e no mnimo a 100 m de distncia para derramamentos
qumicos e 300 m para explosivos;
Estabelea de imediato estrutura de Comando de Incidentes. Avalie a situao e informe s
demais unidades que esto respondendo Central de Comunicaes;
Isole (evacue) imediatamente a rea, evite a entrada na zona quente e estabelea um permetro
inicial de segurana;
Procure reconhecer ou identificar o produto pela natureza do local, forma e caractersticas do
continer, placas, rtulos, etiquetas e marcas corporativas. Identificar: Nmero ONU, Nome da
substncia ou produto marcado no continer, documentos de transporte e ficha de emergncia.
No caso de observar um nmero de identificao, uma placa ou rtulo, notifique imediatamente
sua central com o fim de determinar qual o tipo de produto e as aes que deve tomar a respeito;
Observe a presena de fumaa, derramamento, vapores coloridos, silvos, sons ou qualquer
manifestao que lhe indique a presena de um produto perigoso e informe imediatamente a sua
central de rdio
IMPORTANTE!
No entre na rea para fazer resgate. Solicite apoio de um grupo tcnico
especializado em produtos perigosos para fazer o controle do risco.
Nota
Na REDE EAD voc encontrar um curso especfico de Interveno em Emergncias com Produtos Perigosos. Caso
ainda no tenha se matriculado, no perca a oportunidade.
Finalizando...
Neste mdulo, voc estudou que...
Considerando as ameaas a que esto expostos os integrantes do grupo de trabalho, como por
exemplo, presena de produtos perigosos e ar e gua contaminados, possvel afirmar que caso
a segurana seja violada as consequncias podem ser fatais.
Os lineamentos de operao afetam positivamente a segurana devido a dois aspectos distintos:
formato estruturado e aportes dirigidos especificamente para segurana.
Os incidentes que implicam em operaes de resgate em estruturas colapsadas, mais do que
qualquer outro tipo de incidente, podem implicar em risco significativo para os resgatistas,
assim como para os indivduos a serem resgatados. Devido aos riscos decorrentes do uso de
ferramentas e equipamentos, assim como os ambientes nos quais se desenvolve uma operao
de resgate em estruturas colapsadas, todo o pessoal que entre nas reas de trabalho dever
cumprir com as normas de segurana.
Tendo conhecimento das aes e das condies inseguras, o OS pode ser um bom vigia contra
os riscos. O OS deve preocupar-se com as condies e aes que apresentem perigo potencial ou
imediato aos resgatistas. Tambm deve prever o futuro da emergncia em relao segurana
dos resgatistas.
es que deve tomar a respeito;
Observe a presena de fumaa, derramamento, vapores coloridos, silvos, sons ou qualquer
manifestao que lhe indique a presena de um produto perigoso e informe imediatamente a sua
central de rdio
Finalizando...
Neste mdulo, voc estudou que...
Todos os membros do grupo so responsveis pela segurana e o lder o responsvel pela
integridade fsica de seu pessoal.
EPI so diferentes elementos que tm a finalidade de resguardar o resgatista, reduzindo sua
exposio a fatores externos que possam lesion-lo. Deste modo, podemos entender por EPI
aqueles a serem utilizados por uma pessoa que, devido sua atividade est vulnervel ao
entorno , e pode sofrer algum dano ou leso.
No entre na rea para fazer resgate. Solicite apoio de um grupo tcnico especializado em
produtos perigosos para fazer o controle do risco.
Exerccios:
1 - Dentre as ameaas que pode enfrentar um resgatista em uma operao de resgate em
estruturas colapsadas nvel leve, uma a seguir no se refere ao tema:
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
( )
Luvas
Cotoveleiras
Botas
Protetores auditivos (auriculares)
4 - Marque com um (F) se for falso ou com um (V) caso seja verdadeiro:
Em caso de presena de produto perigoso o integrante da Equipe USAR Leve dever:
____ Posicionar-se contra o vento.
____ Evacuar a rea num raio de100 metros.
____ Ingressar na rea e fazer o controle do incidente.
a)
b)
c)
d)
(
(
(
(
)
)
)
)
FVF
FVV
VFF
FFF