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MAILHIOT - Dinâmica e Gênese Dos Grupos

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MAILHIOT, Gerald Bernard. Dinmica e gnese dos grupos. So Paulo, 1976. Parece ter sido na ran!

a "ue #ela #ri$eira %e& tratou'se de Psicolo(ia Social e e$ ter$os ne(ati%os. Au(uste )o$te tentando de*inir a Sociolo(ia, "ue #retendia *undar e constituir co$o ci+ncia aut,no$a, declara'se contr-rio . edi*ica!o da Psicolo(ia social. )o$te #ostula "ue o social de%e a/sor%er o #s0"uico. Se(undo ele, no e1istiria seno duas ci+ncias le(0ti$as2 a ci+ncia da %ida, /iolo(ia e a ci+ncia da sociedade, sociolo(ia. Para ele seria in3til a ci+ncia inter$edi-ria, #sicolo(ia social. 4ur56ei$ c6e(a .s $es$as conclus7es e de*ine a Psicolo(ia social co$o 8u$a #ala%ra "ue desi(na toda es#9cie de (eneralidades, %ariadas e i$#recisas, se$ o/:eto de*inido;. Para ele, a #sicolo(ia no #ode ser seno indi%idual. 4e *ato, a"uela "ue se edi*ica, diante de seus ol6os, nos $eios acad+$icos de seu te$#o, 9 u$a #sico*isiolo(ia. So os *ranceses, soci<lo(os e *il<so*os sociais os #ri$eiros a introdu&ir o ter$o 8#sicolo(ia social; nas cate(orias $entais dos $eios acad+$icos. Por outro lado, so os an(lo'sa17es os #ri$eiros "ue ela/ora$ de $odo siste$-tico os #ri$eiros tratados de #sicolo(ia social. A #ri$eira o/ra 9 8 Na introduction to social psychology;, #u/licada #or =illia$ Mac4ou(all. Para ele, tudo "ue o soci<lo(o o/ser%a na orde$ social decorre de *or!as $entais >constitu0das #elos instintos sociais? "ue co$#ete ao #sic<lo(o social deter$inar. Mac4ou(all distin(ue tr+s es#a!os na #sicolo(ia2 #sicolo(ia indi%idual, "ue destaca os tra!os *unda$entais do indi%iduo@ a #sicolo(ia coleti%a, "ue trata do (ru#o e da $entalidade de (ru#o e a #sicolo(ia social, "ue estuda a in*lu+ncia do (ru#o so/re o indi%0duo. Sua in*luencia *oi $uito i$#ortante nos ABA. Asta *ase inicial, "ue %ai de 19CD a 19EC, e$ "ue a #sicolo(ia social rece/e o status acad+$ico, 9 do$inada #or duas in*lu+ncias a#arente$ente contradit<rias. Pode$os caracteri&ar esta *ase co$o 8instinti%a; ou 8#sico#eda(<(ica;. Por outro lado, o ensino e a #es"uisa e$ Psicolo(ia nos ABA, so/retudo e$ 19FC, ins#ira$'se e$ (rande #arte nas teorias Be6a%ioristas. A#<s 19EC, #arado1al$ente, a #sicolo(ia social #assa #or a"uilo "ue G. =. All#ort c6a$a de crise de indi%idualis$o. Os tra/al6os de reud so/re a #sicolo(ia dos (ru#os aca/a$ de ser tradu&idos #ara o in(l+s e (era$ #ol+$ica. 4urante a *ase anterior, era a in*luencia do (ru#o so/re o indi%iduo "ue 6a%ia sido o/ser%ada, a%aliada e $edida. A #artir de 19EC, 9 a in*luencia do indi%iduo so/re o (ru#o "ue os #sic<lo(os sociais deste te$#o tenta$ desco/rir atra%9s de e1#eri$enta!7es e$ situa!7es controladas. Mas 9 so/retudo o condutor de $ultid7es, o l0der caris$-tico, "ue a #sicolo(ia social deste te$#o #rocura co$#reender e$ ter$os de dons inatos, #redis#osi!7es . do$ina!o e de a#etites instinti%os de #oder. As desco/ertas cl0nicas de reud #arece$ se unir .s orienta!7es #sico#eda(<(icas da *ase inicial e con*ir$-'las, #ois reud #arecia ter de$onstrado a "ue #onto o 6o$e$ 9 $arcado #elo seu $eio, #rinci#al$ente *a$iliar e co$o os #ri$eiros anos de %ida i$#7e$ deter$inis$os e$ seu desen%ol%i$ento e$oti%o e social. As contri/ui!7es da #sican-lise, entretanto, so "uestionadas #ela antro#olo(ia cultural "ue coloca e$ e%id+ncia o relati%is$o das culturas. Os #sicanalistas #arece$ #reocu#ados unica$ente co$ as di$ens7es inconscientes das condutas sociais, co$ete$ o erro do reducionis$o indi%idualista. G- os #sic<lo(os sociais "ue %o /uscar 6i#<teses na antro#olo(ia e ter$ina$ #or inter#retar

"ue toda conduta social 9 resultante de #ress7es ou coer!7es s<cio'culturais, co$ete$ o erro do ane1ionis$o culturalista. Hur LeIin con%ida os #sic<lo(os sociais a centrali&ar seus es*or!os so/re o estudo dos $icro'(ru#os >*ace'to'*ace'(rou#s ou (ru#os *rente a *rente?. Hurt LeIin su(ere "ue os #sic<lo(os sociais re#ense$ a e1#eri$enta!o e$ #sicolo(ia social. Ale de$onstra co$ suas #es"uisas "ue a e1#lora!o %-lida dos *en,$enos de (ru#o de%e$ se o#erar no #r<#rio ca$#o #sicol<(ico e$ "ue eles se insere$ ao in%9s de reconstitu0dos, e$ escalas redu&idas, de la/orat<rio. As %ari-%eis de "ual"uer *en,$eno de (ru#o, de%ido sua co$#le1idade, no #ode$ ser identi*icadas seno no #r<#rio ca$#o, na #es"uisa'a!o. O estudo dos #e"uenos (ru#os constitu0a #ara LeIin u$a o#!o estrat9(ica "ue #er$itia e%entual$ente, e$ u$ *uturo ainda i$#re%is0%el, esclarecer a #sicolo(ia dos $acro'*en,$enos de (ru#o. A #artir de LeIin, u$a di%ersi*ica!o das ci+ncias sociais o#erou'se. Atual$ente 9 #reciso recon6ecer tr+s ci+ncias sociais *unda$entais2 a sociolo(ia, antro#olo(ia cultural e #sicolo(ia social. A sociolo(ia destaca as realidades sociais e$ seus as#ectos *or$ais ou estruturas@ a antro#olo(ia cultural #reocu#a co$ as di$ens7es 6ist<ricas ou antecedentes e a #sicolo(ia social co$ as di$ens7es *uncionais ou dinJ$icas. So interde#endentes e co$#le$entares2 a *or$a, a (+nese e a dinJ$ica das realidades. A1iste$ duas dire!7es e$ #sicolo(ia social. A #ri$eira consiste e$ o/ser%ar, identi*icar, de*inir e inter#retar as condutas sociais ou co$#orta$entos em grupo. A #resen!a do (ru#o no 9 condi!o #ara "ue estes co$#orta$entos a#are!a$, $as 9 #or re*er+ncia . sua #artici#a!o e$ u$ (ru#o "ue eles so adotados ou no. A se(unda #osi!o #reocu#a'se co$ os co$#orta$entos de grupo. Keste caso, #ara "ue 6a:a co$#orta$ento de (ru#o 9 necess-rio "ue %-rios indi%0duos e1#eri$ente$ as $es$as e$o!7es de (ru#o e "ue estas se:a$ su*iciente$ente intensas #ara inte(r-'los en"uanto (ru#o e "ue ten6a$ coeso #ara adotar o $es$o ti#o de co$#orta$ento. Astes co$#orta$entos de (ru#o #ode$ %ariar e$ dura!o e #ode$ ser #ro%ocados #or u$ a(ente e1terior ou u$ l0der. A dinJ$ica dos (ru#os torna'se cada %e& $ais #erce/ida nos $eios uni%ersit-rios co$o a ci+ncia dos #e"uenos (ru#os. Para LeIin, s<cio'(ru#o seria u$ (ru#o de tare*a$ estruturado e orientado e$ *un!o da e1ecu!o ou do cu$#ri$ento de u$a tare*a. G- o #sico'(ru#o ou (ru#o centrado so/re si'$es$o seria u$ (ru#o de *or$a!o, estruturado e orientado e$ *un!o dos #r<#rios $e$/ros "ue constitue$ o (ru#o. O #ri$eiro #ro/le$a social ao "ual LeIin dedica sua aten!o a#<s e$i(rar #ara os ABA, 9 a #sicolo(ia de seu #r<#rio (ru#o 9tnico >:udeu?. 4e#ois de tentar elucidar a #sicolo(ia das $inorias :udias, Hut LeIin se es*or!a #or ela/orar u$a #sicolo(ia dos (ru#os $inorit-rios. A$ de$o(ra*ia u$ (ru#o constitui u$a $aioria desde "ue a #orcenta(e$ de seus $e$/ros ultra#asse de u$ a $etade da #o#ula!o "ue ele est- inserido@ e todo (ru#o co$ $enos "ue LCM da #o#ula!o 9 u$a $inoria. A$ #sicolo(ia $inoria e $aioria te$ outros sentidos. B$ (ru#o 9 considerado $aioria #sicol<(ica "uando dis#7e de estruturas, estatuto e direitos "ue l6e #er$ita$ auto'deter$inar'se no #lano do seu destino coleti%o, inde#ende do nN de seus $e$/ros. Minoria #sicol<(ica 9 todo (ru#o "ue de#ende da /oa %ontade de outro (ru#o. Ast- se$#re su:eita a

ser discri$inada ou suscet0%el de ser #elo *ato de sua sorte e seu destino estare$ na de#end+ncia do (ru#o $a:orit-rio. A $aioria #sicol<(ica, #or sua %e&, tende a se tornar u$ (ru#o #ri%ile(iado. Mas as $aiorias #sicol<(icas ta$/9$ estrati*ica$'se. 4entre eles, #ode e1istir u$a $inoria #ri%ile(iada co$ status, en"uanto e1iste u$a $aioria discri$inada, controlada e $ani#ulada. Os re(i$es #ol0ticos "ue #erse(uira$ os :udeus tentara$ se$#re #re%alecer a teoria da in*erioridade de certas etnias. Para LeIin o #ro/le$a do :udeu 9 u$a "uesto social, u$ caso de $inoria discri$inada. O "ue caracteri&a este (ru#o 9 "ue ele 9 tolerado. A e$anci#a!o dos :udeus dos (uetos no *oi #oss0%el #or $9rito deles a#enas, $as e$ conse"O+ncia da $odi*ica!o dos senti$entos e das necessidades da $aioria. Ainda 6o:e #erce/e$'se "ue as #ress7es e discri$ina!7es contra :udeus au$enta$ ou di$inue$ con*or$e as di*iculdades econ,$icas da $inoria cresce$ ou decresce$. Para LeIin a esta/ilidade do $eio *a$iliar deter$ina a esta/ilidade e$oti%a da crian!a. Isso #or"ue o $eio *a$iliar atua co$o u$ ca$#o de *or!as. O $eio *a$iliar ou "ual"uer (ru#o a "ual #erten!a o indi%iduo no 9 #ara ele so$ente u$a *onte de #rote!o ou se(uran!a. Todo (ru#o desen%ol%e suas leis, ta/us, #roi/i!7es coleti%as e se(undo tais leis a crian!a ter- $ais ou $enos es#a!o de li%re $o%i$enta!o. LeIin su(ere "ue assi$ co$o a crian!a adotada se /ene*icia ao con6ecer o $ais cedo #oss0%el a sua condi!o@ assi$ ta$/9$ de%e ser co$ a crian!a "ue #ertence a u$ (ru#o $inorit-rio, a *i$ de *acilitar sua ada#ta!o social. Para Hurt LeIin, o <dio de si entre os :udeus #ode ser encarado co$o u$ *en,$eno indi%idual, co$o u$ *en,$eno de (ru#o e co$o u$ *en,$eno social. )o$o *en,$eno de (ru#o, o <dio de si a*eta as rela!7es intra(ru#ais no interior da (rande *a$0lia :udia ou as rela!7es entre os di%ersos su/'(ru#os :udeus. An"uanto *en,$eno indi%idual, ocorre #or"ue 6- u$a %ariedade "uase in*inita de *or$as "ue o <dio de si to$a entre os :udeus en"uanto indi%0duos. )ertos :udeus, #or e1e$#lo, cul#a$ o (ru#o :udeu co$o tal ou se identi*ica$ ne(ati%a$ente a u$a *ra!o #articular de :udeus ou di*a$a$ siste$atica$ente sua #r<#ria *a$0lia. Outros re:eita$ a si #r<#rios, recusa$ aceitar'se co$o :udeus. Outros ainda diri(iro <dio e1clusi%a$ente contra as institui!7es, costu$es, l0n(ua, %alores, cultura :udia >na $aior #arte das %e&es, este 9 racionali&ado?. Para LeIin, o <dio de si 9 so/retudo u$ *en,$eno social. Inclusi%e, o <dio de si 9 o/ser%ado e$ todas as $inorias discri$inadas. LeIin no o#7e o social ao indi%idual, $as dissocia os ter$os. As $inorias #sicol<(icas so sociais e$ sua ori(e$, e$ suas estruturas e e%olu!o. Sua dinJ$ica 9 essencial$ente social. Sua so/re%i%+ncia ocorre "uando to$a$ consci+ncia deste estado *unda$ental e o aceita$. Os constituintes das $inorias e$ rela!o .s estruturas. As $inorias a#arece$ co$ %-rias ca$adas. Ko centro encontra$'se as $ais solidi*icadas. Alas co$#7e$'se de $e$/ros "ue adere$ co$ $aior /oa %ontade as institui!7es, costu$es e %alores "ue distin(ue$ seu (ru#o dos outros. G- as ca$adas #eri*9ricas so $o%eis e *luidas, co$#ostas #or $e$/ros "ue e1#eri$enta$ u$a a$/i%al+ncia e$ rela!o ao "ue distin(ue. So os $e$/ros $ar(inais das $inorias, e 9 dentre eles "ue esto os $inorit-rios de $aior sucesso.

A1iste$ $inorias "ue no acredita$ #oder asse(urar sua so/re%i%+ncia, seno se#arando'se ou e$anci#ando'se total$ente da $aioria. Alas as#ira$ . inde#end+ncia total e de*initi%a e$ rela!o . $aioria. LeIin c6e(a a *i1ar dois o/:eti%os #ara toda #es"uisa so/re os *en,$enos sociais. Astes o/:eti%os #rocura$ se:a *ornecer u$ dia(n<stico so/re u$a situa!o, se:a desco/rir ou *or$ular a dinJ$ica #r<#ria da %ida de u$ (ru#o. A #es"uisa e$ #sicolo(ia social, #ara LeIin, de%e ori(inar a #artir de u$a situa!o social concreta a $odi*icar e de%e ins#irar'se nas trans*or$a!7es e nos co$#onentes no%os "ue sur(e$ durante e so/ a in*lu+ncia da #es"uisa. Baseado e$ He(el e Gas#ers, LeIin #ro#7e "ue os *en,$enos sociais no de%e$ ser o/ser%ados e$ la/orat<rio, de $odo est-tico. 4urante a #es"uisa, o #es"uisador de%e ser ao $es$o te$#o #artici#ante e o/ser%ador. Ale *oi u$ dos #ri$eiros re#resentantes da Gestalt. Ko #lano dos o/:etos, LeIin o#ta #or u$a e1#lora!o siste$-tica e e1clusi%a dos $icro'*en,$enos de (ru#os. Para LeIin as o#!7es $etodol<(icas no se a#resenta$ co$o 6i#<teses #ro%is<rias, $as co$o #ostulados. )o$ LeIin e a #artir dele o interesse dos #es"uisadores diri(e'se #ara as atitudes coleti%as. LeIin denuncia os es"ue$as aristot9licos e a inter#reta!o. Ken6u$ co$#orta$ento de (ru#o ou 6u$ano #oderia se e1#licar unica$ente e$ ter$os de causalidade 6ist<rica. Os co$#orta$entos dos indi%0duos en"uanto seres sociais so e$ *un!o de u$a dinJ$ica inde#endente das %ontades indi%iduais. Os *en,$enos de (ru#o so irredut0%eis e no #ode$ ser e1#licados . lu& da #sicolo(ia indi%idual. Toda dinJ$ica de (ru#o 9 a resultante do con:unto das intera!7es do interior de u$ es#a!o #sicossocial. Astas intera!7es #odero ser tens7es, con*litos, re#ulsas, atra!7es, trocas, co$unica!7es, coer!7es. LeIin #reconi&a ento "ue se a#ele #ara es"ue$as (alileanos de inter#reta!o e$ #sicolo(ia social, co$o ele conse(uira *a&er e$ sociolo(ia indi%idual. iel a esta #ers#ecti%a, LeIin no #rocura a e1#lica!o dos *en,$enos de (ru#os na nature&a de cada u$ dos seus ele$entos ou de seus co$#onentes, $as nas $3lti#las intera!7es "ue se #rodu&e$ entre os ele$entos da situa!o social onde se situa$, no #r<#rio $o$ento e$ "ue so o/ser%ados e inter#retados. Se(undo LeIin, o a$/iente social contri/ui #ara a *or$a!o e trans*or$a!o das atitudes coleti%as *a%orecendo, ou, ao contr-rio, ini/indo as tend+ncias sociais :- ad"uiridas. A estrutura de $eio tal "ual 9 #erce/ida #or u$ indi%0duo de#ende de seus dese:os, necessidades, e1#ectati%as, as#ira!7es, atitudes en"uanto o conte3do ideati%o do a$/iente coloca o indi%0duo e$ u$ deter$inado estado de es#0rito. P a rela!o de reci#rocidade entre as atitudes do indi%iduo e o conte3do $enta do $eio "ue cria a situa!o da "ual o co$#orta$ento 9 a *un!o. LeIin su(ere "ue toda a situa!o social #ode ser #erce/ida e conce/ida co$o constituindo u$a cadeia de *en,$enos cu:a resultante seria os co$#orta$entos de (ru#o. Ko inicio e no *inal desta cadeia encontrar'se'ia$ as atitudes coleti%as. Asta cadeia #ode ser deco$#osta e$ %-rios te$#os2 #ri$eiro, ao n0%el da #erce#!o, e$ se(uida ao n0%el do co$#orta$ento. Ao n0%el da #erce#!o, as atitudes co$uns a u$ (ru#o >coleti%as?, seus es"ue$as $entais e a*eti%os de ada#ta!o . situa!o social deter$ina$ a #ers#ecti%a (eral na "ual os $e$/ros do (ru#o #erce/e$ o con:unto de u$a situa!o. As #erce#!7es res#ecti%as dos $e$/ros de u$ (ru#o so/re a situa!o social so

condicionadas #or suas atitudes coleti%as. Por outro lado, ao n0%el do co$#orta$ento, os es"ue$as coleti%os e as atitudes #essoais esto #resentes no ca$#o dinJ$ico, en"uanto constitue$ u$a inclina!o #ara certos ti#os de co$#orta$ento de (ru#o. Para ele, a dicoto$ia entre #essoa e $eio, introdu&ida #elos /e6a%ioristas, 9 ar/itr-ria e (ratuita. As #essoas, os o/:etos, as institui!7es, os (ru#os e os aconteci$entos sociais so ele$entos das situa!7es sociais. Astes ele$entos entret+$ entre eles rela!7es dinJ$icas cu:o con:unto so$ente deter$ina a estrutura do ca$#o social. As atitudes coleti%as co$o, ali-s, as atitudes #essoais no a#arece$ e$ LeIin ne$ co$o resultado de $ecanis$os e1teriores .s consci+ncias, ne$ co$o atos su/:eti%os das consci+ncias. Alas so se($entos de u$a situa!o social na "ual se *unde$ e$ u$a $es$a realidade dinJ$ica ele$entos o/:eti%os e conscientes. Tr+s conceitos /-sicos, to$ados de e$#r9sti$o da #sicolo(ia to#ol<(ica, #er$ite$ a LeIin e1tra#olar as i$#lica!7es deste teore$a so/re a (+nese e a dinJ$ica dos (ru#os. O $ais i$#ortante destes conceitos 9 o do ca$#o social. 1. O #ri$eiro o conceito a "ue LeIin a#ela 9 o de totalidade dinmica. LeIin *oi o #ri$eiro a utili&ar este ter$o. Ser- u$a no!o *unda$ental e$ dinJ$ica dos (ru#os. Para ele, todo con:unto de ele$entos interde#endentes constitui u$a totalidade dinJ$ica. A #ersonalidade 9 u$a totalidade dinJ$ica na $edida e$ "ue #ode ser considerada co$o u$ co$#le1o de siste$as, *or$as e #rocessos #s0"uicos. F. O se(undo conceito in%ocado #or LeIin 9 o do eu social. Para ele, a #ersonalidade re%ela'se co$o u$a con*i(ura!o de re(i7es, tendo u$a estrutura "ue ele c6a$a 8"uase'estacion-ria;. Quer si(ni*icar co$ isto "ue 9 #reciso conce/er a #ersonalidade co$o u$ siste$a "ue tende a reencontrar' se id+ntico a si $es$o e$ todas as situa!7es. O eu >sel*? re%ela'se e$ rela!o .s realidades sociais co$o u$ siste$as de c0rculos conc+ntricos. Ao centro, encontra'se u$ n3cleo constitu0do #elo "ue LeIin c6a$a o 8eu 0nti$o;@ este n3cleo 9 dinJ$ico e *or$ado #or %alores #ara ele *unda$entais, a"ueles %alores aos "uais o indi%iduo consa(ra a $aior i$#ortJncia. A$ torno deste n3cleo central, as re(i7es inter$edi-rias "ue LeIin c6a$a o 8eu social;2 o eu social en(lo/a os siste$as de %alores "ue so #artil6ados co$ certos (ru#os, #or e1, os %alores de classe, #ro*issionais. Ka #eri*eria da #ersonalidade encontra'se situado o 8eu #3/lico;. 4o $es$o $odo "ue o eu 0nti$o 9 u$ eu *ec6ado, este outro 9 u$ eu a/erto. O eu #3/lico 9 a re(io $ais su#er*icial de u$a #ersonalidade, a"uela "ue est- en(a:ada nos contatos 6u$anos ou nas tare*as e$ "ue a#enas os auto$atis$os so su*icientes ou so e1i(idos. P neste n0%el "ue se i$#lica$ a"ueles "ue #artici#a$ de *en,$enos de $assa. P (eral$ente ta$/9$ neste n0%el "ue $uitos indi%0duos inte(ra$'se e$ situa!7es de tra/al6o e$ "ue so$ente a #eri*eria de seu ser 9 en(a:ada. Se(undo as situa!7es sociais, os (raus de distancia social, nosso eu #3/lico ou nosso eu social re%este'se de di$ens7es di*erentes. Ke$ u$ ne$ outro so est-ticos. Kosso eu social #ode, estreitar'se ou dilatar'se. E. O terceiro conceito 9 o de 8ca$#o social;. Para LeIin o ca$#o social 9 u$a totalidade dinJ$ica, constitu0da #or entidades sociais coe1istentes, no necessaria$ente inte(radas entre elas. Pode$ e1istir no interior de u$ $es$o ca$#o social (ru#os, su/(ru#os, indi%0duos se#arados #or /arreiras sociais ou li(ados #or redes de co$unica!7es. O "ue caracteri&a antes de tudo u$ ca$#o social, so as #osi!7es relati%as "ue nele ocu#a$ os di*erentes

ele$entos "ue o constitue$. Astas #osi!7es so deter$inadas tanto #ela estrutura do (ru#o co$o #or sua (+nese e dinJ$ica. O ca$#o social, #ara LeIin, 9 u$a (estalt, isto 9, u$ todo irredut0%el aos su/(ru#os "ue nele coe1iste$ e aos indi%0duos "ue ele en(lo/a. A #artir deste conceito, Hurt LeIin ela/ora suas #ri$eiras 6i#<teses so/re a dinJ$ica dos #e"uenos (ru#os. A #ri$eira 6i#<tese 9 "ue o (ru#o constitui o terreno so/re o "ual o indi%iduo se $ant9$. Ale :- 6a%ia *or$ulado esta 6i#<tese tentando #reconi&ar o "ue de%eria ser a #eda(o(ia do :o%e$ $inorit-rio. Se(undo os casos, o terreno #ode ser *ir$e, *r-(il, $<%el, *luido ou el-stico. Se$#re "ue u$a #essoa no conse(ue de*inir clara$ente sua #artici#a!o social ou no estinte(rada e$ seu (ru#o, seu es#a!o %ital ou sua li/erdade de $o%i$ento no interior do (ru#o sero caracteri&ados #ela insta/ilidade e #ela a$/i(uidade. A$ se(undo lu(ar, o (ru#o 9 #ara o indi%iduo u$ instru$ento. Ou se:a, o indi%iduo $ais ou $enos consciente$ente utili&a o (ru#o e as rela!7es sociais "ue $ant9$ e$ seu (ru#o co$o instru$entos #ara satis*a&er suas necessidades #s0"uicas ou suas as#ira!7es sociais. A$ terceiro lu(ar, o (ru#o 9 u$a realidade da "ual o indi%iduo *a& #arte, $es$o a"ueles "ue se sente$ i(norados, isolados ou re:eitados. A dinJ$ica de u$ (ru#o te$ se$#re u$ as#ecto social so/re os indi%0duos "ue o constitue$. Ken6u$ $e$/ro dela esca#a total$ente. inal$ente, o (ru#o 9 #ara o indi%iduo u$ dos ele$entos ou deter$inantes de seu es#a!o %ital. P no interior de u$ es#a!o %ital, desta #arte do uni%erso social "ue l6e 9 li%re$ente acess0%el "ue se desen%ol%e ou e%olui a e1ist+ncia de u$ indi%iduo. A o (ru#o 9 u$ setor deste es#a!o. A ada#ta!o social, e$ concluso, consistiria, se(undo LeIin e$ concluir esta su#era!o e$ atuali&ar suas as#ira!7es e suas atitudes, e$ atin(ir seus o/:eti%os #essoais se$ nunca *or!ar ne$ ro$#er os la!os *uncionais co$ a realidade coleti%a ou o ca$#o social e$ "ue o indi%iduo se insere e "ue constitui o *unda$ento de sua e1ist+ncia. LeIin dedu& "ue a #ostura >e conduta? de todo indi%iduo e$ (ru#o 9 deter$inante, deter$inada de u$a #arte #ela dinJ$ica dos *atos e de outra #ela dinJ$ica dos %alores "ue #erce/e e$ cada situa!o. Ora, #ara ele, o ca$#o de *or!as "ue se destaca da intera!o dos *atos e dos %alores de#ende de tr+s coisas2 tend+ncias do eu conce/idas co$o a $aneira 3nica #ela "ual cada indi%iduo #erce/e cada instante #resente e$ *un!o de seu #assado #essoal. Suas #erce#!7es neste #lano so condicionadas #or sua sensi/ilidade (eral, as orienta!7es *ortuitas de seu ser so ca#acidades de aten!o a*etadas ou esti$uladas #or seus estados ner%osos e suas #reocu#a!7es $ateriais e $orais. Acrescenta$'se a estas tend+ncias do eu as tend+ncias do su#ere(o, "ue a#resenta$ os i$#erati%os da sociedade, tais "uais *ora$ interiori&ados #elo indi%iduo. B$ terceiro deter$inante 9 a #r<#ria situa!o social, conce/ida co$o u$ con:unto dos *ra($entos do uni%erso social co$ os "uais ele est- e$ estado de interde#end+ncia. As tend+ncias do eu e do su#ere(o constitue$, #ara LeIin a dinJ$ica dos %alores en"uanto a dinJ$ica dos *atos nos 9 dada #ela situa!o social. Mudan!a social e controle social so #ara LeIin conceitos indissoci-%eis. Ou os (ru#os no sente$ ne$ e1#eri$enta$ nen6u$ dese:o, nen6u$a as#ira!o a e%oluir, a $udar. P o caso de todos os (ru#os con*or$istas "ue se co$#ra&e$ nas #erce#!7es estereoti#adas da situa!o social e cu:as atitudes coleti%as e co$#orta$entos de (ru#os so deter$inados e condicionados #or

#reconceitos. Para dia(nosticar estes casos, LeIin recorre ao ter$o constncia social. Ko constitui $ais u$a dinJ$ica de (ru#o, $as u$a est-tica de (ru#o, de tal $odo as estruturas *or$ais a/sor%era$ ou anulara$ e$ u$a estrati*ica!o cristali&ada as di$ens7es *uncionais destes (ru#os. A $udan!a social te$ #ouca ou nen6u$a #ossi/ilidade de se o#erar de tal $odo o status "uo 9 %alori&ado. Ko caso #resente, a $udan!a social 9 iniciada e dese:a #elos ele$entos no con*or$istas do (ru#o. Mas estes 3lti$os encontra$ resist+ncias da #arte dos $e$/ros do (ru#o "ue te$ interesses in%estidos no status "uo. Os ele$entos con*or$istas *reia$ ou tenta$ contrariar as tentati%as de $udan!a. Suas $ano/ras so (eral$ente clandestinas e tende$ a criar cli$as de (ru#o "ue torna$ as trans*or$a!7es sociais #ro%isoria$ente i$#oss0%eis, de $odo a no co$#ro$eter seus #ri%il9(ios ad"uiridos. Ko caso #resente, os ele$entos con*or$istas esto e$ $inoria, as $udan!as sociais no se o#era$ seno lenta$ente e na su#er*0cie, e$ caso de suas resist+ncias . $udan!a. LeIin $enciona o caso dos (ru#os no con*or$istas no interior dos "uais a totalidade ou a $aioria dos $e$/ros e1#eri$enta e sente u$a inclina!o #ara a $udan!a. Kestes (ru#os, as #erce#!7es de (ru#o, as atitudes coleti%as, os co$#orta$entos de (ru#o so #olari&ados #or u$a as#ira!o dos $e$/ros e$ crescer e e$ su#erar a si $es$os co$o (ru#o. Kestes (ru#os as estruturas *or$ais so *le10%eis e *uncionais. Alas *a%orece$ entre eles rela!7es inter#essoais, la!os de interde#end+ncia e intera!7es cada %e& $ais dinJ$icos. O *ator deter$inante "ue tornar- #oss0%el a $udan!a social, serse$#re o cli$a de (ru#o do$inante. Ora, o cli$a de u$ (ru#o, desco/re ento LeIin, 9 se$#re deter$inado #elo ti#o de autoridade "ue nele se e1erce. 4a0 #or"ue enuncia LeIin, $odi*icar as atitudes coleti%as ou #rodu&ir u$a $udan!a social consistente, na "uase totalidade dos casos, e$ introdu&ir u$ no%o estilo de autoridade ou u$a no%a conce#!o do #oder. LeIin #reconi&a "ue, atra%9s de u$ dia(nostico e deste do$0nio do (ru#o, c6e(ar'se'- a u$ controle $ais *uncional das atitudes do (ru#o. O o/:eti%o estrat9(ico a atin(ir inicial$ente 9 tornar (ru#os e su/(ru#os conscientes e l3cidos da dinJ$ica inerente . situa!o social e$ e%olu!o. LeIin desco/riu "ue a #roduti%idade de u$ (ru#o e sua e*ici+ncia esto estreita$ente relacionadas no so$ente co$ a co$#et+ncia de seus $e$/ros, $as co$ a solidariedade de suas rela!7es inter#essoais. Teoria das necessidades inter#essoais. )o$ este conceito Sc6ut& #retende es#eci*icar o se(uinte2 os $e$/ros de u$ (ru#o no consente$ e$ inte(rar'se seno a #artir do $o$ento e$ "ue certas necessidades *unda$entais so satis*eitas #elo (ru#o. Astas necessidades, #ara Sc6ut&, so *unda$entais #or"ue todo ser 6u$ano "ue se re3ne e$ u$ (ru#o "ual"uer as e1#eri$enta ainda "ue e$ (raus di%ersos. Por outro lado, estas necessidades so inter#essoais no sentido de "ue so$ente e$ (ru#o e #elo (ru#o elas #ode$ ser satis*eitas ade"uada$ente. Schutz consegue identificar como fundamentais trs necessidades interpessoais. A necessidade de incluso, a de controle e a de afeio . A necessidade de incluso 9 a necessidade "ue e1#eri$enta todo $e$/ro no%o de u$ (ru#o e$ se #erce/er e se sentir aceito, inte(rado, %alori&ado total$ente #or a"ueles aos "uais se :unta. Tentar- ta$/9$ %eri*icar seu (rau de aceita!o, #rocurando #ro%as de "ue no 9 i(norado, isolado ou re:eitado.

Os indi%0duos $enos sociali&ados #rocura$ inte(rar'se ao (ru#o adotando atitudes de de#end+ncia, so/retudo e$ rela!o a"ueles $e$/ros "ue #ossue$ u$ status #ri%ile(iado, 9 o caso dos (ru#os social$ente in*antis. Por outro lado, a"ueles "ue no su#erara$ a *ase da re%olta t0#ica da adolesc+ncia, tenta$ i$#or'se ao (ru#o co$ atitudes de contra'de#end+ncia e *or!ar assi$ sua incluso no (ru#o. An*i$, os indi%0duos $el6or sociali&ados, se(undo Sc6ut&, so os 3nicos "ue encontra$ e$ suas rela!7es inter#essoais cada %e& $ais #ositi%as, u$a satis*a!o ade"uada . sua necessidade de incluso, adotando #ara co$ os outros $e$/ros do (ru#o, atitudes ao $es$o te$#o de autono$ia e de interde#end+ncia. Necessidade de controle: P a necessidade "ue e1#eri$enta cada no%o (ru#o de se sentir total$ente res#ons-%el #or a"uilo "ue constitui o (ru#o, suas estruturas, atitudes, o/:eti%os, seu cresci$ento, seus #ro(ressos. Necessidade de afeio: )onsiste e$ "uerer o/ter #ro%as de ser total$ente %alori&ado #elo (ru#o. P o concreto dese:o de todo indi%iduo e$ (ru#o e$ ser #erce/ido co$o insu/stitu0%el no (ru#o. A co$unica!o instru$ental 9 se$#re utilit-ria e co$#orta se$#re se(undas inten!7es. A troca co$ o outro 9 #rocurada, #re#arada e esta/elecida #ara *ins de $ani#ula!o, $ais ou $enos con*ess-%eis. Asto neste caso as $ensa(ens #u/licit-rias ou ainda os slo(ans da #ro#a(anda #ol0tica. Ka co$unica!o consu$at<ria, o outro 9 #erce/ido co$o u$ su:eito ao encontro de "ue$ se %ai e co$ "ue$ se dese:a co$unicar@ na co$unica!o instru$ental, o outro 9 #erce/ido co$o u$ o/:eto a e1#lorar, a sedu&ir ou a en(anar co$ o o/:eti%o de asse(urar certos (an6os e satis*a&er al(uns interesses. Al(u$as i$#lica!7es #ode$ desde lo(o sere$ destacadas so/ *or$a de teore$as2 1. Quanto $ais o contato #sicol<(ico se esta/elece e$ #ro*undidade, $ais a co$unica!o 6u$ana ter- #ossi/ilidades de ser aut+ntica. F. Quanto $ais a e1#resso de si conse(uir inte(rar a co$unica!o %er/al e a no %er/al, $ais a troca co$ o outro ter- condi!7es de ser aut+ntica E. Quanto $ais a co$unica!o se esta/elecer de #essoa a #essoa #ara al9$ dos #ersona(ens, das $-scaras, dos status e das *un!7es, $ais ter- #ossi/ilidade de ser aut+ntica R. Quanto $ais as co$unica!7es intra'(ru#o *ore$ a/ertas, #ositi%as e solid-rias $ais as co$unica!7es inter'(ru#os tero #ossi/ilidade, e$ conse"O+ncia, de sere$ aut+nticas e de no ser%ire$ de e%aso ou de co$#ensa!o a u$a *alta de co$unica!7es internas e$ seu #r<#rio (ru#o L. Quanto $ais as co$unica!7es 6u$anas *ore$ consu$at<rias >encontros de su:eitos a su:eito?, $enos elas sero instru$entais >$ani#ula!7es do outro? e $ais #ossi/ilidades tero de se tornare$ aloc+ntricas e autoc+ntricas. Quanto $ais *ore$ es#ontJneas as %ias de acesso ao outro e $enos *or$ais os canais de co$unica!o, $ais a co$unica!o co$ ele t+$ #ossi/ilidade de tornar'se ade"uada e aut+ntica. )o$#onentes essenciais na co$unica!o. O emissor 9 a"uele "ue to$a a iniciati%a de co$unica!o. Ale de%e ser ca#a& de #erce/er "uando, e$

"ue e co$o o outro l6e 9 acess0%el. O receptor 9 a"uele a "ue$ se diri(e a $ensa(e$. Ale a ca#tar- na $edida e$ "ue esti%er #sicolo(ica$ente sincroni&ado e sintoni&ado co$ o e$issor. As leis #sicol<(icas "ue *a&e$ de u$ indi%iduo ao lon(o de u$a co$unica!o, u$ rece#tor ade"uado so, de inicio, as leis da $oti%a!o, e$ se(uida da #erce#!o e en*i$ as leis da i$#resso. A mensagem constitui o conte3do da co$unica!o. Se ela consiste unica$ente nu$a in*or$a!o, ento trata'se de u$a $ensa(e$ ideacional. Se, #or outro lado, ela e1#ri$e u$ senti$ento ou u$ ressenti$ento, trata'se de u$a $ensa(e$ a*eti%a. )on*or$e se trate de u$a $ensa(e$ #ositi%a ou ne(ati%a, estar- carre(ada de ternura ou a(ressi%idade. Ala #ode acu$ular tanto ele$entos intelectuais "uanto a*eti%os. A $ensa(e$ 9 nesse caso c6a$ada %ital, #ois "uer trans$itir u$a in*or$a!o de i$#ortJncia %ital #elo rece#tor. O cdigo 9 constitu0do #elo (ru#o de s0$/olos utili&ados #ara *or$ar a $ensa(e$ de tal $odo "ue ela *a!a sentido #ara o rece#tor. A lin(ua(e$, escrita ou oral, 9 se$ du%ida o c<di(o $ais utili&ado. Mas, a $3sica, #intura, escultura, dan!a, $0$ica, o teatro, cine$a, so outros c<di(os "ue trans$ite$ $ensa(ens. Desta ue ou camuflagem2 consiste no con:unto das decis7es "ue o e$issor de%e to$ar, antes de entrar e$ co$unica!o, "uanto ao conte3do da $ensa(e$ e ao c<di(o utili&ado. )a/e a ele decidir o $odo de a#resenta!o, a totalidade a*eti%a, a orde$ e a a#resenta!o da $ensa(e$. Quando a co$unica!o 9 co$#leta$ente interro$#ida, 6- !lo ueio. Ao contr-rio, "uando no 9 co$unicada seno u$a #arte do "ue os interlocutores sa/e$, #ensa$ ou sente$, a co$unica!o su/siste $ais aco$#an6a'se de *iltra(e$. Blo"ueios ou *iltra(ens #ode$ ser #ro%is<rios2 certos autores *ala$ de #ane, /ru$a, ne/ulosidade, "ueda de %isi/ilidade entre e$issor e rece#tor ou de ru0do. Seis #oss0%eis *ontes de /lo"ueios e de *iltra(ens, co$uns a toda co$unica!o 6u$ana *ora$ identi*icadas. 1. 4o lado do e$issor, os /lo"ueios ou as *iltra(ens #ode$ ser de%ido a ini/i!7es interiores. F. O e$issor #ode ta$/9$ e1#eri$entar /lo"ueios e *iltra(ens e$ suas co$unica!7es #or ra&7es e1tr0nsecas. Assi$, #ode sentir'se constran(ido a #er$anecer e$ silencio a no *alar seno co$ retic+ncia e circuns#ec!o e$ %irtude de ta/us e1teriores >#roi/i!7es coleti%as, censuras ou #ress7es de (ru#o?. O e$issor #erce/e "uais so os te$as #er$itidos, tolerados e os #roi/idos. E. Ko "ue se re*ere ao c<di(o, os /lo"ueios ou *iltra(ens #ode$ ocorrer #or causa das di*eren!as culturais R. 4o lado do rece#tor, 6- /lo"ueios ou *iltra(ens "uando ele no ca#ta ou ca#ta $al as $ensa(ens "ue l6es so endere!adas. L. A1ce#cional$ente o rece#tor #ode con6ecer estados de aliena!o, se:a #elo *ato de estar a/sol%ido #or u$a ale(ria intensa "ue o cu$ula, se:a #or se sentir in%adido #or u$a *orte an(ustia, torna'se ento inca#a& de #erce/er as $ensa(ens "ue l6e so diri(idas. Ast- 8#ertur/ado; e$ocional$ente, no co$#reende, no escuta. 6. O rece#tor, e$ *un!o do conte1to cultural e$ "ue se sociali&ou, ter'se tornado e1clusi%a$ente sensi/ili&ado #ara a co$unica!o %er/al, a #onto de no ca#tar ou ca#tar as $ensa(ens no %er/ais "ue l6e so diri(idas.

A distJncia social 9 u$ *en,$eno inter'(ru#o. O outro 9 $antido . u$a distJncia intrans#on0%el, #or #ertencer a u$ outro (ru#o di*erente. Pode tratar' se, se(undo os casos, de di*eren!as culturais, di*eren!as de classe, de a*asta$entos se:a de n0%eis educacionais, se:a de n0%eis escolari&a!o >intelectuais?. A distJncia social, al9$ de ser o resultado de u$ #rocesso de des#ersonali&a!o do outro, resulta se$#re de u$a #erce#!o %ertical do outro, se(undo o siste$a de %alores "ue #re%alece no $eio, certas *un!7es sociais ou ati%idades 6u$anas so %alori&adas. O autorit-rio 9 atin(ido #ela *o/ia do outro. Ale no #ode aceitar ne$ tolerar "ue os outros se:a$ di*erentes dele. Toda di*eren!a no outro, di*eren!a de idade, se1o, cultura ou de reli(io o #ertur/a. Mas, co$o e1#licar se$el6ante deteriora!o do sentido socialS Pes"uisas recentes $ostrara$ o "ue constitui u$ #arado1o, "ue o autorit-rio 9 u$ con*or$ista@ ao contr-rio do #sico#ata, "ue 9 u$ asocial, "ue 9 u$ anti'social. O autorit-rio 9 u$ (re(-rio, cu:a sociali&a!o no se reali&ou total$ente. O autorit-rio nunca atin(iu o n0%el do altru0s$o. Seu con*or$is$o social tra& seu $edo do outro, seu #Jnico dos $ais *ortes. Ale no 9, co$o no adulto social, a e1#resso de seu res#eito #elo outro. Passi%a$ente, o autorit-rio con*or$a'se co$ todas as #ress7es sociais. Ale adota es#ontanea$ente os $itos e estere<ti#os desta sociedade. A$ (ru#o, constitui u$ ele$ento est-tico, *a%orece a cristali&a!o, #etri*ica!o das estruturas sociais. O autorit-rio re%ela'se co$o u$ ser e$ "ue$ os instintos de si$#atia no triun*ara$ dos instintos de de*esa. Seu $edo do outro 9 no *undo u$ $edo de si. Ale se recol6e, isola'se e se recusa a todo contato, troca, #or causa do %a&io de sua %ida. P inca#a& de doar ao outro, #or"ue no te$ nada a dar. )a$u*la sua i$#ot+ncia co$ sua a#ar+ncia de a(ressi%o, arro(ante, intrat-%el co$ o outro. Para c6e(ar ao altru0s$o, o 6o$e$ de%e li/erar'se dessa *alsa o/sesso "ue s< a"ueles "ue nos #arece$ se$el6antes nos so #r<1i$os e "ue #ara sere$ *raternais conosco os outros de%e$ ser id+nticos a n<s. )o$o tradu&ir "#groupS Al(uns autores su(erira$ 8(ru#os de dia(n<sticos; outros, 8(ru#o centrado so/re si $es$o;. 4e nossa #arte, #re*eri$os a e1#resso 8(ru#o de *or$a!o;, de $odo a dissociar dinJ$ica dos (ru#os e tera#ia dos (ru#os. Literal$ente, o ter$o T'(rou# de%eria ser tradu&ido #or 8(ru#o de treina$ento;, $as a e1#resso (ru#o de *or$a!o nos #areceu $enos e"ui%ocada. Hurt LeIin a#ontou tr+s o/:eti%os #ara u$a a#rendi&a(e$ e$ rela!7es 6u$anas2 1. O*erecer aos #rinci#iantes u$a e1#eri+ncia e$ (ru#o restrito, 3nico conte1to no interior do "ual as rela!7es 6u$anas de todos os $e$/ros #ode$ se esta/elecer so/re u$a /ase inter#essoal@ F. O*erecer aos #artici#antes u$a e1#eri+ncia de (ru#o concentrada so/re a co$unica!o 6u$ana e suas e1i(+ncias de autenticidade@ E. O*erecer aos #artici#antes u$a e1#eri+ncia de (ru#o durante a "ual suas rela!7es co$ as *i(uras de autoridade #oderia$ e%oluir e tornar'se $ais aut,no$as, co$o assinala$os antes os con*litos co$ a autoridade so considerados #or LeIin a *onte $ais *re"Oente de /lo"ueios na co$unica!o no interior de (ru#os.

O (ru#o de *or$a!o de%e conse(uir sensi/ili&ar os #artici#antes #ara rela!7es inter#essoais e assi$ torn-'los conscientes dos #rocessos #sicol<(icos e$ :o(o no *unciona$ento dos (ru#os. Astruturas e1tr0nsecas2 a? Quanto a dura!o, u$a e1#eri+ncia e$ (ru#o de *or$a!o de%e co$#ortar u$ $0ni$o de FC6s de sess7es, sendo o ideal RC6s@ /? Quanto ao nu$ero de #artici#antes, u$ (ru#o de *or$a!o de%e contar o $0ni$o de 1C e $-1i$o de FC, sendo o ideal de 1F a 1L@ c? Quanto . co$#osi!o dos #artici#antes, as #essoas so/re este #onto esta/elecera$ "ue "uanto $ais 6etero(+neo o (ru#o, $aiores as #ossi/ilidades de a#rendi&a(e$. Quanto $ais di*erentes os ti#os de tra/al6o e de %ida dos #artici#antes, $ais lenta$ente decorre a e1#eri+ncia, $as, #or outro lado, 6- $ais #ossi/ilidades #ara "ue o cli$a de (ru#o *a%ore!a as co$unica!7es a/ertas e con*iantes entre os #artici#antes. d? Quanto ao conte1to es#a!o'te$#oral da e1#eri+ncia, 9 i$#ortante "ue seu inicio e ter$ino se:a$ #re%istos, "ue os $o$entos e a dura!o de cada sesso se:a$ *i1ados, "ue a e1#eri+ncia se:a %i%ida e$ u$ $es$o lu(ar deter$inado e reser%ado ao (ru#o #ara a dura!o inteira da e1#eri+ncia. O (ru#o de *or$a!o no te$ tare*as a reali&ar, no 9 (ru#o de discusso co$ te$as a e1#lorar, #ro/le$as a resol%er ou de/ater. Os #artici#antes so con%idados e t+$ todos u$ status de i(ualdade. 4e%e$ dei1ar cair suas $-scaras e #ersona(ens "ue a sociedade os o/ri(a a re#resentar na %ida real. Ko esto su/$etidos a nen6u$a autoridade, ne$ so #ressionados #or #ra&o. 4e%e$ a#ro%eitar do es#a!o . sua $aneira. 4e%e$ co$unicar'se de #essoa a #essoa, e no de #ersona(e$ a #ersona(e$. Os #ro*issionais res#ons-%eis #ela e1#eri+ncia de%e$ ser dois de #re*er+ncia, #ela $aior #arte dos autores. 4e%e$ recusar'se a re#resentar #a#9is de2 leaders6i# >l0der do (ru#o?, no dele(ando tare*as e ne$ su(erindo te$as de discusso@ consel6eiro do (ru#o, no orientando o (ru#o e ne$ e%itando seus tro#e!os, necess-rios a sua e%olu!o@ a(ente de in*or$a!o #ara o (ru#o, inter*erindo co$ e1#osi!7es te<ricas. Os res#ons-%eis #ela e1#eri+ncia de%e$ assu$ir #a#9is2 catalisador, res#eito aos rit$os de cada u$, a/ertura e acol6i$ento a toda tentati%a de e1#resso de si, de aceita!o das di*iculdades "ue sente$ al(uns #artici#antes. Os catalisadores cria$ cli$a de con*ian!a entre os #artici#antes, e lo(o ensinar- a #r-tica de li/erdade de e1#resso no res#eito ao outro. 4e%e tornar'se a conscincia e a memria do grupo , re*letindo so/re as *ontes de /lo"ueio e *iltra(e$, #or e1e$#lo, "ue os atra#al6a$ a esta/elecer co$unica!7es aut+nticas. O #a#el de agente de formao #or u$a #resen!a #ro*issional nos es*or!os, as#ira!7es e $oti%a!7es dos #artici#antes #ara crescer no #lano de suas rela!7es inter#essoais, *a%orecendo u$a atuali&a!o de si. P necess-rio "ualidade de #resen!a %er/al e no %er/al a cada u$ dos #artici#antes, #ara tornare$'se $odelos de autenticidade inter#essoal. A #ri$eira eta#a a trans#or na a#rendi&a(e$ da autenticidade 9 a o/:eti%a!o de si ou, $ais e1ata$ente, a o/:eti%a!o da i$a(e$ de si. B$a

*onte constante de ne/ulosidade nas co$unica!7es co$ o outro 9 a distJncia e a di*eren!a entre a i$a(e$ "ue al(u9$ te$ de si e a i$a(e$ "ue os outros t+$ dele. Ser aut+ntico co$ o outro 9 inicial$ente ser aut+ntico, %erdadeiro consi(o $es$o. O/:eti%ar a i$a(e$ "ue o indi%iduo te$ de si, no consiste e$ reti*ic-'la, corri(i'la, $as re%elar ao outro o eu #ro*undo, aut+ntico "ue ele aca/a de desco/rir. A o/:eti%a!o de%e tender . aceita!o incondicional de si. A se(unda a#rendi&a(e$ ."uele "ue as#ira a rela!7es $ais aut+nticas co$ o outro 9 o/:eti%ar'se a res#eito do outro, con6ecer a "ue #onto suas #erce#!7es do outro so o/:eti%as e seleti%as. Para conse(uir %er o outro de $odo di*erente, ser- #reciso ter a #ossi/ilidade de "uestionar suas i$a(ens estereoti#adas so/re o outro. Ko so$ente as #erce#!7es dei1a$ de ser su/:eti%as, $as as atitudes *unda$entais a res#eito do outro encontra$'se trans*or$adas. As co$unica!7es co$ o outro, de *or$ais e con%encionais "ue era$, torna$'se es#ontJneas e naturais. A #assa(e$ do #lural ao sin(ular, (ra!as a o/:eti%a!o e$ rela!o ao outro, co$#leta'se (eral$ente do i$#essoal ao #essoal, #ela a#rendi&a(e$ de $odos de co$unica!7es "ue #er$ite$ tornar' se atento e #resente ao "ue constitui no outro seu eu aut+ntico. A a#rendi&a(e$ da autenticidade nas rela!7es inter#essoais co$#orta u$a terceira eta#a "ue 9 a a#rendi&a(e$ da trans#ar+ncia, u$a atitude ad"uirida. Al(uns seres a ela esto $ais #redis#ostos "ue outros, #or tend+ncia inata. P u$a a/ertura es#ontJnea ao outro. P a ade"uada e1#resso de si, tudo o "ue 9 #ensado e sentido 9 %er/ali&ado. Ao contr-rio, o #reconceito consiste se$#re e$ recol6i$ento so/re si e u$ *ec6a$ento #ro*undo ao outro. Ser trans#arente 9 c6e(ar a ser ca#a& de ser con(ruente e consonante o "ue 9 co$unicado ao outro. O rece#tor no #erce/e nen6u$a dissonJncia no "ue 9 trans$itido co$o $ensa(e$, entre o "ue o e$issor di& e entre o "ue 9 #ensado ou sentido #or ele. H- consonJncia entre a e1#resso de si e seu eu aut+ntico. 4es#o:ar'se de seus $itos e de seus estere<ti#os, li/ertar'se de seus #reconceitos, renunciar a atitudes o/stinadas e de*ensi%as a res#eito do outro #er$ite ao 6o$e$ tornar'se trans#arente ao outro, re%elar'se a"uilo "ue constitui seu $odo de ser, a#resentar u$a i$a(e$ *iel de si. A trans#ar+ncia ao outro torna #oss0%el da #arte dele a e$#atia. A 3lti$a eta#a deste #rocesso da a#rendi&a(e$ da autenticidade inter#essoal 9 a aceita!o incondicional do outro. Astas L eta#as no se constitue$ de $odo sucessi%o. Aceitar o outro incondicional$ente consiste e$ aceitar "ue cada ser 6u$ano se:a 3nico e$ suas as#ira!7es . atuali&a!o de si e e$ suas ca#acidades de su#era!o@ aceitar "ue cada 6o$e$ #ossua seus rit$os #r<#rios e $odos #r<#rios de su#erar'se e atuali&ar'se. Para atin(ir u$ (rau to co$#leto de alocentris$o, 9 necess-rio li/ertar' se de todo $ito i(ualitarista, to enrai&ado nas culturas ocidentais.

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